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Morfologia do plasmodium:

(parasitologia humana, 2005)

MORFOLOGIA
Os plasmódios variam individualmente em tamanho, forma
e aparência, de acordo com o seu estágio de desenvolvimento
e com suas características específicas. As formas
evolutivas extracelulares, capazes de invadir as células hospedeiras
(esporozoítos, merozoítos, oocineto), possuem um
complexo apical formado por organelas conhecidas como
roptrias e micronemas, diretamente envolvidas no processo
de interiorização celular. A microscopia eletrônica, estas formas
do parasito apresentam uma membrana externa simples
e uma membrana interna dupla, que é fenestrada e incompleta,
principalmente na extremidade anterior, onde está localizado
o complexo apical (Fig. 17.2). Este está ausente nas formas
intracelulares (trofozoítos, esquizontes e gametócitos).
Esporozoíto - é alongado, medindo cerca de 11pn de
comprimento por 1 pm de largura e apresenta núcleo central
único. Sua estrutura interna é semelhante nas diferentes espécies
de plasmódio. Sua membrana é formada por duas ca-

madas sendo a mais externa formada principalmente pela

proteína CS, a qual participa de diversas interações celula-

res durante o ciclo vital do parasito.

Forma exo-eritrocitica - após a penetração do esporozoíto


no hepatócito, ocorre a perda das organelas do
complexo apical e o parasito se toma arredondado. Esta forma
é chamada trofozoíto e após sucessivas divisões celulares
dará origem ao esquizonte tissular (ou criptozoíto),
composto por uma massa citoplasmática e milhares de núcleos
filhos. O seu tamanho varia de 30 a 70pm de diâmetro
e isto provoca aumento do tamanho do hepatócito infectado.
O número de merozoítos formados varia entre as espécies
de plasmódios humanos, mas é, em geral, acima de
10.000 parasitos (fig. 17.3B).
Merozoíto - independente da sua origem, se préeritrocítica
ou sanguínea, os merozoítos são células similares
e capazes de invadir somente hemácias. Estnituralmente,
assemelham-se aos esporozoítos, sendo porém menores e arredondados,
com 1 a 5pm de comprimento por 2pm de largura
e tendo uma membrana extema composta por três camadas.
Formas eritrocíticas - compreendem os estágios de
trofozoítos jovem, trofozoíto maduro, esquizonte e gametócitos.
As características morfológicas de cada estágio para
as diferentes espécies causadoras de malária humana estão
esquematizadas na Tabela 17.1 e detalhadas no item
Diagnóstico.
Microgameta - célula flagelada originária do processo
de exflagelação (Fig. 17.3A). Apresenta de 20 a 25pm de
comprimento, sendo constituída de uma membrana que envolve
o núcleo e o único flagelo.

Macrogameta - célula que apresenta uma estrutura


proeminente na superficie, por onde se dá a penetração do

microgameta (fecundação).

Oocineto - forma alongada de aspecto vermiforme,


móvel, com comprimento entre 10 e 20pm, contendo núcleo
volumoso e excêntrico.
Oocisto - estrutura esférica de 40 a 80pm. Apresenta
grânulos pigmentados em seu interior, os quais têm caractensticas
de cor e distribuição que variam entre as espécies. Está
envolto por uma cápsula com espessura em tomo de 0,lpm
e apresenta tamanho único em infecções de baixa densidade
e dimensões múltiplas nas infecções intensas. Em infecções
antigas a parede do oocisto se mantém aderida ao intestino
médio, tomando-se quitinosa. Estima-se que um único oocisto
possa produzir, em média, 1 .O00 esporozoítos.

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