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APRESENTAÇÃO

CONTABILIDADE
DO
MEIO AMBIENTE

Prof. Geraldo Pimentel


CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
SUMÁRIO

1. MÉTODO DE VALORAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

2. GERENCIANDO O MEIO AMBIENTE


2.1 Introdução
2.2 Algumas Experiências
2.3 Visão Geral da Gestão Ambiental
2.4 Histórico Ambiental
2.4.1 Anos 90
2.4.2 Ano 2001
2.4.2 Ano 2002
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
SUMÁRIO
3. CONTABILIZAÇÃO DE EVENTOS AMBIENTAIS
3.1 Caracterização de Eventos Ambientais
3.2 Princípios Fundamentais de Contabilidade e Contabilidade
Ambiental
3.2.1 Introdução à contabilidade Ambiental
3.2.2 Princípios Fundamentais de Contabilidade
3.2.3 Aplicações dos Princípios Fundamentais de Contabilidade ao
Meio Ambiente
3.3 Primeiros Lançamentos Contábeis de Eventos Ambientais
3.3.1 Operações contábeis ambientais
3.3.2 Lançamentos contábeis ambientais
3.3.3 Levantamento do Balancete Ambiental
3.4 Elaboração da Demonstração de Resultados Ambientais
3.5 Plano de Contas Ambientais
3.6 Função e Funcionamento das Contas
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

1. MÉTODOS DE VALORAÇÃO DO MEIO AMBIENTE


A valoração do meio ambiente é um dos aspectos mais
críticos de todo o processo de contabilização. Em alguns casos é
preciso dar valor monetário a bens ou serviços que não têm preço
estabelecido ou valor contratado, e isso traz incertezas, às quais
os contadores não estão acostumados. Entretanto, essas
incertezas, muitas vezes, são reflexos do desconhecimento dos
métodos que podem ser utilizados, e não uma restrição aos
métodos em si.
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A teoria econômica trata desse aspecto através de vários métodos. Em


determinadas situações, os benefícios de uma ação são percebidos, mas não
necessariamente mensuráveis em termos monetários. Em outros casos, os
benefícios são concretos, mas os preços possíveis de se identificar estão
restritos a uso local, não podem ser generalizados. Há farta variedade de
situações que podem ser identificadas através dos métodos propostos pela
Teoria Econômica. Alguns desses métodos serão resumidamente
apresentados a seguir, principalmente aqueles que poderão ser objeto de uso
pela contabilidade.
É importante considerar o fato de que, ao estudar meio ambiente e
ecologia, somos levados a pensar a longo prazo; dificilmente se obtêm
resultados de curto prazo. Nesse sentido, os processos de avaliação e
mensuração propostos pelos economistas podem diferenciar-se daqueles
utilizados pelos contadores. Embora a Teoria Contábil proponha várias formas
de avaliar os ativos e mensurar os passivos, a prática contábil restringe-se
aos métodos permitidos pela autoridade tributária do país, cujos interesses
são específicos.
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O processo de dar valor monetário a bens e serviços que não


possuem, ou cujos preços de mercado estão distorcidos, é chamado de
valoração. Quantifica e avalia os recursos, serviços e atributos de um
ecossistema1.
Sob o ponto de vista das empresas, esse processo torna-se um
componente cada vez mais importante, podendo, inclusive, influenciar
significativamente o valor das ações nas bolsas de valores. Para os
investidores, a mensuração dos impactos ambientais causados será um
diferencial no processo de tomada de decisão. Atualmente, isso é feito através
dos Relatórios de Impactos Ambientais e de avaliações de auditorias
ambientais.Esses relatórios procuram expressar os impactos potenciais de um
novo projeto ou impactos que poderão ocorrer nos projetos em andamento.
“A economia ambiental, como é ensinada nas universidades e praticada pelas
agências governamentais e bancos de desenvolvimento, é preponderamente
microeconômica. O foco teórico está nos preços e a grande questão é como
internalizar os custos ambientais externos de forma a se chegar a preços que reflitam
completamente os custos de oportunidade marginais2”.
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Os métodos sugeridos para essas avaliações podem ser divididos em


dois grandes grupos. O primeiro aplica-se aos recursos não exauríveis e o
segundo, aos recursos exauríveis.

Para os recursos não exauríveis, os principais métodos de


valoração são:
MÉTODO DIRETO e oMÉTODO INDIRETO:

Para os casos em que os recursos sejam exauríveis, os métodos de


valoração indicados são os seguintes, classificados como custos de exaustão:
MÉTODO DO PREÇO LÍQUIDO e o MÉTODO DO CUSTO DE USO
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MÉTODO DIRETO:
é aquele que valora impactos, utilizando um valor de mercado para os efeitos
que mudam a qualidade ou a quantidade de produtos que são eventualmente trocados
no mercado.

Exemplos: tratamento da água – pode-se obter o valor exato ou uma


indicação de valor, através de empresas que prestam esse tipo de serviço; aterramento
de mangues – pode influenciar a pesca; é possível medir quanto a pesca diminui e
estabelecer a perda da receita. Existe relação direta entre um impacto e o meio para
valorar seus efeitos sobre o meio ambiente. Como exemplo poderíamos citar o
derramamento de óleo feito pela Petrobrás na Baía de Guanabara em 2000; um dos
efeitos mensuráveis foi a perda da receita dos pescadores da região. Esse impacto
causado pela empresa poderia ser mensurado dessa forma.

A valoração pelo método direto pode ser melhor exemplificado através de


experiência realizada no México, onde se conseguiu estabelecer relação entre
problema ambiental e o custo relacionado, como é mostrado no Quadro 1.
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QUADRO 1 - Resumo dos principais custos ambientais no México

Problema Efeitos potenciais Método / Fórmula Custos anuais Hipóteses embutidas

  Saúde / Produtividade   (Bilhões  

      de US$)  

EROSÃO DO SOLO Perda de produção Queda média na produtividade x 1,00 Aplicação à perpetuidade das perdas

    produção (soja,milho,sorgo,trigo)   de tendência projetadas nos EUA

  Partículas: morbidade (dias de atividade ADDAR = 0,0114 x DARR bse 0,36 Dia perdido = US$ 32. Conc. PF = 119 mg/m3

  restrita / prob. Respiratório - DARR) (conc. Part. Finas padr. Legislação)   Padrão PF = g/m3

        RRAD Básico = 3

  Partícula: mortalidade TM ATM = 1,69 milhões x concent. 0,48 Conc. PS = 289 ug/dl

    part. Em suspensão    

  Ozônio: mortalidade ADARR = base + poluição x exp. 0,10 Perda da produtividade 50%

EFEITOS DA   (6,88 x vozôn) - 1)   Demais pressupostos como acima

POLUIÇÃO NO AR Chumbo: tratamento de crianças com População afetada x custos médicos 0,06 rastreamento se > 24 ug/dl

SOBRE A SAÚDE altos níveis sang. (NCS) estim. de tratamento   Exame EDTA se > 35 ug/dl

(APENAS NA       1% exige quelação. Custo hospital = 1/5 do custo

CIDADE DO       nos EUA

MÉXICO) Chumbo: educação compensatória População afetada x custos 0,02 20% daqueles > 40 ug/dl

  das crianças educacionais   Dispêndio educacional méido por criança

  Chumbo: hipertensão nos adultos População afetada x custos médios 0,01 1 ug/m3 de chumbo no ar = l ug no sangue

    estimados de tratamento    1% NCS = 0,8% prob. de hipertens.

        Conc.chumbo no ar = 1,4 ug/m3

  Chumbo: infarto do miocárdio População afetada x custos médios 0,04 60% ocorrem em hipertensos

    estimados de tratamento   Custos = 1/2 dos EUA

USO EXCESSIVO Subsídios ao abastecimento de água (Custo marg. - preço cobrado) x 1,00 Preço médio = P$ 2.900

DAS ÁGUAS SUB- na cidade do México consumo   Custo Marginal = P$ 4.500

TERRÂNEAS DE-       Consumo Médio = 1,8 bilhões de m3

VIDO AO BAIXO Subsídios a irrigação (Custo marg. - preço cobrado) x 0,16 Subsídio implícito de US$ 82/há/ano a 2 mi-

PREÇO (NÃO SÃO   consumo   lhões de há

CUSTOS SOCIAIS)        

DOENÇAS DIARREIAS Morbidade Incidência x custo de tratamento 0,03 Crianças e idosos precisam de tratamento, 50%
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MÉTODO INDIRETO: nesse caso, a valoração é feita sem o uso do valor de


mercado para o impacto ou seu efeito direto, pois não existe relação direta entre o
efeito do impacto e sua forma de valorar o efeito. Como exemplo, cita-se o fato de que
um aterro sanitário diminui o valor de uma propriedade: entretanto, não há valor de
mercado já estabelecido ou estimado para essa perda. Sobre esse método são
aplicadas três técnicas: preço hedônico (relação propriedade / meio ambiente); custo
de viagem; e avaliação contingente.
- Preço hedônico – é aquele influenciado pelos atributos do entorno de
determinada propriedade, adicionados ao preço dos atributos físicos da propriedade
em si. Vale citar o exemplo da compra de uma casa, cujo preço varia não só em função
de seu tamanho e qualidade do material, como também quanto a fatores ambientais
próximos: como facilidade de acesso, silêncio, área verde, etc. Podemos imaginar
como seria a avaliçaão de um condomínio onde todas as casas sejam iguais; no
entanto, uma está situada ao lado de um lago e outra ao lado de um aterro sanitário;
isso pode explicar o conceito de preço hedônico;
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- Custo de viagem – conhecendo o uso de determinada área para fins


recreativos, estima-se quanto as pessoas gastariam para visitá-la, em termos de
transporte, alimentação e / ou hospedagem, e qual o número de pessoas e quantas
vezes elas iriam: o resultado desse cálculo poderia ser comparado com o resultado a
ser obtido se a área tivesse outra finalidade.

- Avaliação contingente – quando o preço de mercado não pode ser obtido


existe a possibilidade de realizar uma pesquisa para estimar o quanto determinada
área pode valer. Usa-se o conceito de willingness to pay (consentimento a pagar), ou
seja, quanto a população se dispõe a pagar por uma área ambiental. Exemplo:
perguntou-se à população australiana quanto ela estaria disposta a pagar para manter
o Parque Kakadu intocado. Resultado: + US 860.000.000 (dólares australianos). O
Banco Mundial, para financiar a despoluição da represa de Guarapiranga, usou esse
conceito.

-
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Para os casos em que os recursos sejam exauríveis, os métodos de valoração


indicados são os seguintes, classificados como custos de exaustão:
MÉTODO DO PREÇO LÍQUIDO: “multiplica-se a variação física do estoque
não renovável pelo preço de mercado do recurso líquido de custo de produção,
acrescentando um fator de correção referente às variações dos preços e dos estoques
ao longo do período observado4”. A complexidade desse método explica-se pelas
características específicas dos recursos exauríveis. Nesse caso, tomando novamente
como exemplo a Petrobrás, ou mesmo uma companhia mineradora, a descoberta de
reservas de petróleo ou minério envolve cálculos complexos para se determinar a
quantidade física estocada na reserva. Em nenhum momento, entretanto, se sabe ao
certo qual a quantidade existente. Com isso, o estoque desse recurso não pode ser
avaliado como se fosse o de uma mercadoria qualquer, pois não há como determinar
com exatidão sua quantidade física. A empresa pode começar o ano registrando uma
quantidade X no estoque e, após explorar Y, o estoque final físico nem sempre será o
resultado de X-Y, pois novos estudos podem indicar revisão da quantidade da reserva,
para mais ou para menos. Além disso, os preços também sofrem variações constantes.
Por isso o uso de um fator de correção para os cálculos, desse método.
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MÉTODO DO CUSTO DE USO: “postula-se que parte da receita de


exploração do recurso natural pode ser reinvestida para garantir fluxos de rendimentos
perpétuos, quando o estoque desse capital natural estiver esgotado”4. Pode-se inferir
que o objetivo desse método seja o de propiciar algum tipo de benefício às gerações
futuras como forma de compensar a extinção do recurso natural utilizado pela geração
atual. Seria de esperar que esses rendimentos pudessem ser utilizados para garantir a
mesma condição qualitativa de vida para a geração futura, através do desenvolvimento
tecnológico que substituísse o uso do recurso natural extinto. Poderíamos imaginar
como seria a vida hoje sem o petróleo; então é de esperar que fontes alternativas de
energia seja desenvolvidas para que as futuras gerações não seja privadas dos
benefícios oriundo das utilização do petróleo hoje.
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Nota 1 – Prof. Noveli, Iara Schaeffer. Anotações de aula. Controle dos de


Impactos Ambientais, Programa de Pós Graduação, USP.1994).
Nota 2 – MAZON, Rubens. Em direção a um novo paradigma de gestão
ambiental – tecnologias limpas ou prevenção de poluição. Revista de Administração de
Empresas, São Paulo, 32(2):78-98: pag 84
Nota 3 - Prof. Noveli, Iara Schaeffer. Anotações de aula. Controle dos de
Impactos Ambientais, Programa de Pós Graduação, USP.1994).
Nota 4 – MOTTA, Ronaldo Seroa da. Contabilidade Ambiental: teoria,
metodologia e estudos de caso no Brasil. Rio de Janeiro Ipea. p.44.
Nota – idem, idem , p. 56
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2 GERENCIANDO O MEIO AMBIENTE


2.1 INTRODUÇÃO
Gerenciar o meio ambiente requer conhecimento específico. Quando se
consegue entender esse processo de gestão, mais facilmente se pode desenvolver
um sistema de informação adequado a registrar, medir e relatar suas
ações.Considerando a Contabilidade como um sistema de informação capaz de
oferecer informações adequadas ao gestor, é objetivo deste capítulo proporcionar
compreensão sobre o processo de gestão ambiental de maneira geral e,
especificamente, na atividade industrial. Com isso, espera´-se oferecer subsídios
para que os sistemas de Contabilidade Ambiental apresentados nos capítulos
subseqüentes possam ser melhor compreendidos e a ação do contador junto à
gestão da empresa seja mais eficaz.
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2.2 ALGUMAS EXPERIÊNCIAS


A gestão ambiental pode começar, muitas vezes, pela iniciativa
individual de um funcionário ou de um grupo deles. Pode ser a partir de uma
coleta seletiva de lixo com a separação de papel, latas e vidros; de uma escala
ou revezamento para o transporte de funcionários (um esquema de “carona”), ou
outros. Iniciativas como essa podem resultar numa mudança na cultura
ambiental de uma empresa. Em outras empresas, a iniciativa parte da própria
direção e pode tornar-se um programa institucional, abrangendo não só uma
unidade, mas também várias fábricas e escritórios de mesmo grupo empresarial.

Uma das experiências mais conhecidas realizadas por empresa foi a da


3M – Minnesotta Mining and Manufacturing Company -, multinacional com base
nos Estados Unidos que, desde 1976, implantou um programa chamado de
Pollution Prevention Pays, conhecido como “3P”. Desenvolvendo esse programa
em 15 países, a 3M eliminou, em sete meses, o equivalente a 70.000 toneladas
de poluição do ar, economizando cerca de US$ 11 milhões1.
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A Ciba-Geigy, empresa suíça da área química e farmacêutica, através


de mudanças em seu processo produtivo e da reciclagem da água e de
solventes, conseguiu economizar, além de dinheiro, também energia.
Conforme reportagem da revista Exame de 10 de julho de 1991, várias
têm sido as experiências brasileiras. A Riocell, do Rio Grande do Sul, produtora
de celulose, investiu 70 milhões de dólares para reduzir o mau cheiro e na
conversão de resíduos do processo produtivo em adubos orgânicos e corretivos
par a agricultura. A Colgate-Palmolive, a Ripasa, a Rhodia, a Aracruz Celulose,
entre várias outras, também implantaram programas de gestão ambiental que
resultaram, senão na eliminação, pelo menos numa redução significativa da
emissão de resíduos e no melhor aproveitamento dos recursos econômicos.
Aliás, como a própria reportagem informa, nos anos 90 as empresas
dos EUA gastaram US$ 150 bilhões na recuperação do meio ambiente. Só esse
fato já é recomendável para que sistemas de informações apropriados fossem
desenvolvidos. Se no início da década passada havia uma atividade econômica
específica, sem que sistemas de informação adequados estivessem disponíveis,
podemos imaginar que um campo de trabalho interessante estaria abrindo-se.
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Em entrevista, o Prof. Ricardo Neder, da FGV de São Paulo, chega a


afirmar que “as empresas que não incluírem a gestão ambiental em todos os
seus níveis administrativos correm o risco de desaparecer do mercado nos
próximos anos”2.
Numa pesquisa realizada pela empresa Ernst & Young e a Secretaria
do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, cujo relatório foi publicado em
1996, os resultados obtidos das 160 empresas das mais diversas áreas
mostraram que, realmente, o meio ambiente passa a ser fator importante no
planejamento e na gestão. Das empresas, 41% afirmaram que, nos próximos
cinco anos, irão buscar a certificação internacional de meio ambiente, a ISO
14000. Responderam 97% que pretendem investir na área ambiental no
mesmo período, e que os fatores que mais têm influenciado suas decisões
sobre o meio ambiente são os acionistas / políticas internas e a legislação
ambiental.
Para as empresas preocupadas em estabelecer uma política
ambiental séria, o Quadro 2 estabelece um caminho para a identificação de
suas prioridades:
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QUADRO 2 - Identificando prioridades ambientais para a empresa        
B = Baixo Emissões Uso da Resíduos Energia Meio Pressões Saúde Acidentes/ Aspectos

  Atmosféri- água / Sólidos   Ambiente Corpora-   Emergen- Legais

M = Médio cas Discharge     Natural tivas e do   cias  

            Mercado      

A = Alto                  

Agricultura, floresta e pesca B A M B A M A M M


Energia e suprimentos de água A A A A A M M A A
Minerasis, metais, produtos quí- A A A A M A A A A
micos, plásticos                  
Produtos metatúrigicos, enge- A A M M B M M M A
nharia e veículos                  
Comida, bebida e fumo B A A M A A A B M
Polpa e papel M A A M A A M M M
Outros manufaturados M M M M B B B B M
Construção B B M M A M B A M
Distribuição e transporte A B B A M B B M M
Comunicação, impressão e pu- M M M B B M B B B
blicidade                  
Bancos, finanças e seguros B B B M B M B B B
Varejo B B M M B A M B M
Marketing e propaganda B B B B B A B B B
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Fonte: Gray, R p.51

Da difusão de uma cultura ambiental, nas mais diversas organizações


surgiu o que se denominou “a cultura dos Rs”, referindo-se à consoante inicial de
várias palavras usadas na gestão ambiental, quais sejam: reduzir, reusar, reciclar,
recusar, refill, repetir, reparar, remediar, reivindicar, retornar, entre outros.
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2.3 – VISÃO GERAL DA GESTÃO AMBIENTAL


O processo de gestão ambiental leva em consideração todas aquelas
varáveis de um processo de gestão, tais como o estabelecimento de políticas,
planejamento, um plano de ação, alocação de recursos, determinação de
responsabilidades, decisão, coordenação, controle, entre outros, visando
principalmente ao desenvolvimento sustentável. Uma decisão ambiental, em
seus diversos níveis, envolve variáveis complexas e alternativas de ação nem
sempre de fácil aceitação. Infelizmente, os executivos das empresas dificilmente
escolhem a alternativa que menos danifique o meio ambiente. Embora esse seja
um objetivo a ser alcançado, num mundo que depara com questões tão
primordiais como a fome, a educação, a saúde, enfim, condições de
sobrevivência do homem que a humanidade ainda não conseguiu resolver,
decidir em favor de ações que preservem o meio ambiente torna-se mais difícil.
Assim é que o gerente ambiental de uma empresa considera, em seu
modelo de decisão, questões de caráter social e econômico. Muitas vezes, este
último prevalece sobre o primeiro.
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O grande desafio do desenvolvimento sustentável envolve diversos


obstáculos a serem superados. As questões desdobram-se, por exemplo,
preservar o ambiente, muitas vezes, significa não produzir determinados
produtos, ou incorrer em custos extremamente altos para produzi-los sem afetar
o ambiente, tornando-os com isso caros, sem condições de serem adquiridos
pelo consumidor final. Um produto cujo preço não seja competitivo corre o risco
de levar uma empresa à falência, e isso geraria desemprego e todas as
conseqüências sociais inerentes a essa situação.
Seria ingenuidade dizer que a empresa não está preocupada com o
mercado. Em última análise, ele é o grande balizador dos rumos que ela poderá
seguir. E, mesmo que a sociedade pressione para que não se polua, as
empresas terão como um dos fatores limitativos a sua intenção de não poluir o
impacto dos custos que um programa anti-poluição tem sobre o custo final de
seu produto. Outro fator a ser considerado são as exigências legais que impõem
um controle cada vez mais rígido sobre os níveis de poluição.
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Além disso, há de se convir, principalmente no Brasil – cujo índice de


analfabetismo ainda é alto, por exemplo, o consumidor brasileiro, na situação de
ter que escolher entre um produto que não polui e é mais caro e um que polui,
porém é mais barato, a probabilidade de que sua escolha recaia sobre o
segundo é bem maior.
Embora o consumidor possa ter uma preocupação com a preservação
do meio ambiente e a intenção de não consumir produtos poluentes, o preço
ainda é um fator de grande peso na decisão de comprar, e nem sempre os
produtos ambientalmente corretos conseguem ter um preço competitivo.
É sob essa perspectiva que a empresa vai decidir sobre o processo
produtivo a ser adotado. A sobrevivência do meio ambiente pode ser vista como
uma questão de médio e longo prazo; já a questão da sobrevivência do negócio
é um tópico que, do ponto de vista do empresário, é de curto prazo e lhe é mais
sensível. Assim, aspectos econômicos e sociais estarão sempre permeando
essas questões.
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A TOMADA DE DECISÃO

- Imagem da
empresa
Não produzir determinados produtos - Novos mercados

Preserva
Produzir sem poluir

Custos de proteção extremamente altos

DECISÃO
Preço não Risco de falência,
Competitivo desemprego

Não Preservar - Sobrevivência do meio ambiente: médio e longo prazo


- Sobrevivência da empresa: curto prazo
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Nota 1 – LING, Joseph T. Developing conservation-oriented technology


for industrial control, Non-waste technology and production. Oxford: Pergamon.
1978. p. 313
Nota 2 – Diário Comércio e Indústria, 21 jun 1994, p 7.
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3 – CONTABILIZAÇÃO DE EVENTOS AMBIENTAIS


3.1 CARACTERIZAÇÃO DE EVENTOS AMBIENTAIS
Eventos ambientais que impactam o meio ambiente
relacionados às atividades de setores operacionais que afetam o
patrimônio e a continuidade das empresas, a qualidade de vida das
pessoas, da fauna, da flora, dos rios e mares, e que, por conseguinte,
devem ser objeto de registro, acumulação, mensuração, avaliação e
divulgação pela contabilidade empresarial, destacando-se:
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Mineração de Carvão – provoca impactos sobre o meio ambiente


evidenciados na atmosfera, no solo e na água de superfície e subterrânea,
decorrentes da disposição inadequada de materiais sólidos considerados
rejeitos, águas acidificadas de drenagem das minas, águas de arraste e
lixificação de substâncias presentes nas pilhas de rejeitos, e efluentes com alta
concentração de sólidos provenientes das várias fases da extração e do
beneficiamento do carvão bruto.

O Código de Mineração e a Constituição Brasileira impõem


sobre as empresas de mineração exigências relativas, entre
coisas, à maneira pela qual os depósitos minerais são
explorados, à saúde e à segurança de operários, à proteção e
à restauração do meio ambiente, à prevenção da poluição e à
promoção da saúde e à segurança das comunidades, onde
estão localizadas as minas.
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Produção de cal – Contamina o meio ambiente através de organoclorados,
entre os quais as dioxinas, que são uma das substâncias químicas mais tóxicas
produzidas pelo homem, e o mercúrio, que pode afetar o sistema nervoso central e os
rins e causar deformações e retardamento mental.

Cana de açúcar – Uso de queimadas na colheita da cana que provoca


problemas ambientais, notadamente a contaminação do ar. As cinzas resultantes do
processo de queima atingem grande altitude, espalhando-se ao redor das usinas,
poluindo residências em seu entorno, provocando problemas respiratórios à população,
causando acidentes de trabalho e de percurso.

Papel e Celulose – Dentre as agressões ao meio ambiente, destacam-se:


agressão aos microorganismos e mananciais; ar carregado, proveniente de descargas
atmosféricas; descargas hídricas; disposição de resíduos; geração de compostos
orgânicos clorados. O setor busca manter a biodiversidade; certificação de madeira;
realizar produção mais limpa, através do uso de tecnologias mais limpas e que permite:
reduzir o uso de água; reduzir a geração de compostos orgânicos clorados; reduzir as
emissões atmosféricas e maior aproveitamento energético.
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Siderurgia – Degradação da qualidade da água, que implica local de


tratamento da água, construção de aterros sanitários; poluição aérea; emissões de
poluição das usinas, especialmente de material particulado, lançamentos de óleos e
graxas, carga orgânica, manganês solúvel, amônia etc., implicando investimentos para
controlá-las; descarte zero de efluente industriais; redução no consumo de produtos
químicos; produção mais limpa, através do reaproveitamento dos resíduos e na
reciclagem de materiais; eco-eficácia como prática rentável, calcada na utilização
reacional e otimizada de matérias=primas e energia dos processos produtivos.
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Indústria petrolífera – Impactos ambientais nas operações de exploração de


petróleo, como emissões e geração de resíduos; vazamentos; prevenção de acidentes
ambientais, tendo em vista os princípios de desenvolvimento sustentado; controle e
combate a derramamento de petróleo, cobrindo procedimentos de prevenção e
inspeção em relação a navios-tanques, dutos, terminais de petróleo e instalações em
alto-mar, no caso da Petrobras, etc.
As leis e os regulamentos ambientais brasileiros estipulam restrições e
proibições relativas a derramamentos e descargas ou emissões de produtos perigosos.
A observância e o cumprimento dessa leis poderão exigir despesas significativas, e uma
violação pode acarretar multas e penalidades, algumas delas relevantes. Além disso, as
operações e os empreendimentos que produzem impacto ambiental significativo exigem
avaliações de impacto ambiental, em conformidade com procedimentos de
licenciamento federais e estaduais.
Os órgãos governamentais de proteção ao meio ambiente poderão impor sanções
administrativas a que não observar as leis e regulamentos ambientais, entre outras: multas;
suspensão parcial ou total de atividades; obrigações de custeio da reparação dos prejuízos e de projetos
ambientais; cancelamento ou restrição de incentivos ou benefícios fiscais; fechamento de estabelecimentos ou
empreendimentos; e cancelamento ou suspensão da participação em linhas de crédito junto a instituições
financeiras oficiais (BNDES, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste).
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3.2 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE E


CONTABILIDADE AMBIENTAL
3.2.1 – Introdução à contabilidade ambiental
As questões ambientais, ecológicas e sociais, hoje presentes nos meios
de comunicação, vêm fazendo com que os contadores e os gestores empresariais
passem a considerá-las nos sistemas de gestão e de contabilidade, dando ensejo
ao reconhecimento da Contabilidade Ambiental. Todavia, essa contabilidade é
ainda muito pouco utilizada nas empresas, mesmo no contexto mundial.
Uma pesquisa realizada junto às125 maiores empresas americanas,
citadas por Eugênio em 2002, concluiu que apenas 11% delas tinham suas
políticas ambientais atreladas à contabilidade ambiental específica, o que sugere
que os compromissos contábeis ambientais ainda encontram-se no início de um
longo caminho a percorrer.
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

Paiva (2001) realizou uma pesquisa junto às empresas brasileiras do


setor de papel celulose e constatou que esse setor no Brasil não tem política de
contabilização, nem pratica a evidenciação contábil ambiental em sua plenitude,
não proporcionando aos usuários da informação detalhamento suficiente que
possibilite inferências dos impactos desses gastos no desempenho futuro das
empresas.

Os termos contabilidade ambiental, contabilidade ecológica,


contabilidade verde ainda são mal conhecidos.
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

OBJETIVO DA CONCONTABILIDADE AMBIENTEAL

Segundo Bergamini Jr. (1999, p.3), podem ser entendidos como:


“A contabilidade financeira ambiental tem o objetivo de registrar
as tansações da empresa que impactam o meio ambiente e os efeitos das
mesmas que afetam, ou deveriam afetar, a posição econômica e financeira
dos negócios da empresa, devendo assegurar que:
a) os custos, os ativos e os passivos ambientais estejam
contabilizados de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade
ou, na sua ausência, com as práticas contábeis geralmente aceitas; e,
b) o desempenho ambiental tenha a ampla transparência de que os
usuários da informação contábil necessitam.”
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3.2.2 – Princípios fundamentais de contabilidade


A contabilização dos eventos ambientais deve ser feita de acordo
com os Princípios Fundamentais da Contabilidade (PFC), levando ainda em
consideração a Teoria da Contabilidade, naquelas questões controversas,
que nem sempre são abordadas nos princípios.
São Princípios Fundamentais da Contabilidade, segundo a
Resolução CFC No. 750:
I – o da ENTIDADE;
II – o da CONTINUIDADE;
III – o da OPORTUNIDADE;
IV – o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V – o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;
VI – o da COMPETÊNCIA; e
VII - o da PRUDÊNCIA.
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3.2.3 – Aplicações dos Princípios fundamentais de contabilidade


A seguir, apresentam-se alguns exemplos de atividades, em que são
pertinentes o uso dos Princípios Fundamentais da Contabilidade no ponto
de vista da Contabilidade Ambiental:
-Seja o caso de uma mina em que há a ocorrência de frações de

degradação ambiental, conforme Dutra (2002). Os gastos decorrentes


desses impactos devem ser reconhecidos contabilmente, à medida que
ocorrem, conforme estabelece o “princípio de competência”, e não ao final
da exaustão da mina. O procedimento deve ser semelhante, por exemplo,
ao adotado para a despesa com o 13o. Salário de um empregado,
reconhecida e contabilizada mensalmente;
-Os gastos com a pesquisa, no exemplo de uma mina de carvão, devem

ser registrados em conta do ativo permanente, até que seja decidido pela
viabilidade ou não da exploração da jazida. No caso de a exploração da
jazida prova ser inviável economicamente, esses gastos serão
contabilizados, na demonstração do resultado do período, como perdas;
caso a exploração da jazida seja viável, serão amortizados
proporcionalmente ao tempo estimado da vida útil da jazida;
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

3.2.3 – Aplicações dos Princípios fundamentais de contabilidade -


continuação

-O princípio da continuidade, como bem acentua Eugénio (2002), pode


ser colocado em “xeque” no caso daquelas empresas que ao provocarem
danos ambientais, poderão ser forçadas a suspender temporária ou
definitivamente a sua atividade. Essa situação pode ocorrer quando:
-As autoridades públicas ou o próprio mercado imponham o

abandono da fabricação de produtos inimigos do ambiente;


-Existir uma decisão das autoridades públicas;

-A empresa não possuir uma estrutura econômico-financeira

que lhe dê a possibilidade de uma reconversão tecnológica.


CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
3.3 – PLANO DE CONTAS AMBIENTAL (ADAPTADO)
ELENCO DAS CONTAS AMBIENTAIS (ADAPTADO)
1 – ATIVO
11 – ATIVO CIRCULANTE
111 – Disponível
1111 – Caixa
1112 – Bancos C/ Movimento
112 – Créditos
1121 – Clientes
1126 – Clientes Ambientais
1127 – Subvenções Ambientais a Receber
1128 – Créditos por Serviços de Assessoria Ambiental
1129 –
113 – Estoques
1131 – Matérias Primas
1132 – Produtos em Processo
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
1133 – Produtos Acabados
1134 –
1135 -
1136 – Produtos Reciclados e Subprodutos
1137 – Insumos Ambientais
1138 – Embalagens Ambientais
12 – ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
13 – ATIVO PERMANENTE
131 – Investimentos
1317 – Participações em Outras Sociedades Ambientais
1318 – Participações em Fundos de Investimentos Ambientais
1319 –
132 – Imobilizado
1321 – Terrenos
1322 – Jazidas e Minas
1323 – Obras Civis
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

1328 – Equipamentos Ambientais


1329 – Instalações Ambientais
1351 – Depreciações Ambientais Acumuladas (-)
133 – Diferido
1337 – Projetos de Gestão Ambiental
1338 – Treinamento Ambiental
1339 – Gastos de Reorganização Ambiental
1359 – Amortização Ambiental Acumulada (-)
2 – PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
21 – PASSIVO CIRCULANTE
211 – Empréstimos e Financiamentos
2116 – Financiamentos Ambientais
212 – Fornecedores
2128 – Fornecedores de Equipamentos Ambientais
2129 – Fornecedores de Insumos Ambientais
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

213 – Obrigações
2136 – Multas por Danos Ambientais
2137 – Indenizações por Danos Ambientais
2119 – Impostos Verdes
214 – Provisões
2146 – Multas por Danos Ambientais
2147 – Indenizações por Danos Ambientais
2148 – Aquisições de Bens e Serviços de Proteção e Recuperação
Ambiental
2149 – Impostos Verdes
22 – PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
221 – Empréstimos e Financiamentos
2216 – Financiamentos Ambientais
222 – Fornecedores
2228 – Fornecedores de Equipamentos Ambientais
2229 – Fornecedores de Insumos Ambientais
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

223 – Obrigações
2236 – Multas por Danos Ambientais
2237 – Indenizações por Danos Ambientais
2239 – Impostos Verdes
224 – Provisões
2246 – Multas por Danos Ambientais
2247 – Indenizações por Danos Ambientais
2248 – Aquisições de Bens e Serviços de Proteção e Recuperação
Ambiental
2249 – Impostos Verdes
23 – RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
24 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO
241 – Capital Social
244 – Reservas de Lucros
2446 – Reserva Contingencial par Multas por Danos Ambientais
2247 – Reserva Contingencial para Indenizações por Danos Ambientais
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

2248 – Reserva Contingencial par Aquisição de Bens e Serviços para


Proteção e Recuperação Ambiental
2249 – Reserva Contingencial para Impostos Verdes
245 – Lucros ou Prejuízos Acumulados
2451 – Lucros Acumulados
3 – CONTAS DE RECEITAS
31 – RECEITA BRUTA DE VENDAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS
311 – Venda de Produtos
3111 – Mercado Nacional
3112 – Mercado Externo
312 – Vendas de Serviços
3121 – Mercado Nacional
3122 – Mercado Externo
317 – Deduções da Receita Bruta (-)
3171 – Vendas Canceladas e Devoluções
3172 - Abatimentos
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

3173 – Impostos Incidentes Sobre Vendas


32 – RECEITA BRUTA DE PRODUTOS E SERVIÇOS AMBIENTAIS
321 – Vendas de Resíduos Reciclados
322 – Vendas e / ou Reutilização de Co-Produtos
323 – Aproveitamento de Gases e Calor
324 – Redução no Consumo de Matérias-Primas
325 – Redução do Consumo de Água
326 – Prestação de Serviços Ambientais
327 – Subvenções Governamentais
4 – CUSTOS DE PRODUÇÃO E DESPESAS DE RESULTADO
41 – CUSTOS DOS PRODUTOS E SERVIÇOS VENDIDOS
411 – Custos dos Produtos Vendidos
412 – Custos dos Serviços Vendidos
413 – Custos dos Produtos e Serviços Ambientais
42 – CUSTOS VINCULADOS À PRODUÇÃO
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

421 – Custos Normas da Atividade


429 – Custos e Serviços Ambientais
4291 – Despesas de Serviços Externos para Proteção e Recuperação
Ambiental
4292 – Despesas Com Prevenção e Gestão Ambiental
4293 – Insumos Ambientais
4294 – Depreciações, Amortizações e Exaustões Ambientais
4295 – Mão-de-Obra e Encargos Sociais
4296 – Etiquetas Ambientais
4297 –
43 – DESPESAS OPERACIONAIS
431 – Despesas Normais de Atividade
439 – Despesas Ambientais
4394 – Seguros Ambientais
4395 – Auditoria Ambiental
4396 – Licenças e Impostos Ambientais
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

4397 – Multas Ambientais


4398 – Indenizações Ambientais
4399 – Provisões Ambientais
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

34 – FUNÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS CONTAS


As contas contábeis mais utilizadas pelas empresas, que surgem
normalmente em decorrência dos registros contábeis, são as seguintes:
-Bancos c/ Movimento, Caixa;

-Clientes, Contas a Receber, Clientes Ambientais;

-Obrigações a Pagar (fornecedores de bens e serviços, salários e encargos

sociais, impostos e multas a pagar, etc.)


-Empréstimos e Financiamentos (capital de giro e investimentos em ativo

fixo)
-Contas do patrimônio líquido;

-Contas representativas de investimentos permanentes;

-Contas de resultado (receitas e despesas)

Vejamos exemplificadamente seu funcionamento:


A conta Bancos c/ Movimento é debitada pelos depósitos, pelas
transferências recebidas de terceiros e pelos avisos de débito (receitas
bancárias, etc.). É creditada pelos pagamentos a terceiros, pelos cheques e
pelas transferências de recursos para terceiros e pelas despesas bancárias)
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

A conta Clientes é debitada no momento em que a empresa vende a prazo


seus produtos e serviços, ou ainda Mercadorias, no caso de uma empresa
comercial. É creditada quando os clientes pagam.
A função e funcionamento para algumas das contas representativas dos
compromissos, dos direitos, dos investimentos e das operações ambientais
são as seguintes:
11 – Ativo Circulante
-1126 – Clientes Ambientais
Referem-se a duplicatas a receber que originam de vendas a prazo de
resíduos reciclados, vendas de outputs-não produtos, sucatas e de prestação
de serviços ambientais. São debitadas pelas vendas a prazo e creditadas pelos
recebimentos.
1318 – Participação em Fundos de Investimentos Ambientais
Contempla as aplicações de recursos em Fundos Ambientais de caráter
permanente. São debitadas pelo investimento, e têm como contrapartida uma
conta do disponível. Caso a empresa aliene esses investimentos, em parte ou
em sua totalidade, as contas representativas serão creditadas, em
contrapartida de débito em contas do disponível.
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

Dependendo da representatividade dos Investimentos cm Fundos


Ambientais, estes podem ser avaliados pelos métodos de:
a) Equivalência patrimonial;
b) Método do custo.
1328 – Equipamentos Ambientais
Conta representativa de investimentos em equipamentos com o
objetivo de minimizar problemas ambientais, melhorar o meio ambiente,
prevenir impactos ambientais, reduzir o consumo de água e de resíduos,
etc.
A conta é debitada pela aquisição, em contrapartida, normalmente, de
um passivo de longo prazo (conta 2216 – Financiamentos Ambientais) ou,
ainda, em parte da conta 1112 – Bancos c/ Movimento. Esses bens estão
sujeitos à depreciação e à exaustão, no caso de investimentos para
mineração.
Obs. Outros investimentos em bens tangíveis, como por exemplo as
contas 1323- Obras Civis, 1329 – Instalações Ambientais, têm
funcionamento similar à conta Equipamentos Ambientais
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

1351 – Depreciações e Exaustão Ambientais Acumuladas


A maioria (uma exceção são terrenos) dos investimentos em ativo fixo
tem vida útil econômica limitada. Em face disso, o custo desses ativos é
apropriado aos exercícios beneficiados por seu uso, sendo que esse custo,
que representa uma diminuição do valor dos investimentos, deve ser
contabilizado mensalmente / anualmente pelas empresas, atendendo ao
regime de competência.
Os ativos fixos depreciáveis englobam compactadores de resíduos,
veículos e equipamentos de recolha, sistemas de recuperação de calor
residual, filtros de emissões gasosas, investimentos na redução de ruídos,
estações de tratamento de águas residuais, equipamentos de lavra em
minas, etc.
São creditados como contas redutoras do ativo fixo, por elemento do
imobilizado, e têm como contrapartida contas de despesas de depreciação,
que são apropriadas na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE),
como redutoras do resultado.
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

1337 – Projetos de Gestão Ambiental


Representam os investimentos feitos em conta do ativo diferido, com o
intuito do uso de tecnologia, visando melhorar as condições ambientais da
empresa, seja através de estudos para reduzir o montante de resíduos no
processo produtivo, seja eliminando ou reduzindo a poluição, consumo de
água, etc.
São debitadas pelo investimento em projetos de gestão ambientais,
normalmente contratados junto a empresas de consultoria, sendo a
contrapartida conta do passivo, ou ainda, do disponível.
211 – Empréstimos e Financiamentos
Contas que registram os compromissos das empresas junto a
instituições – bancos de desenvolvimento, investimento e comerciais – do
país e do exterior. Os recursos originários dos financiamentos tanto podem
ser alocados em ativos permanentes como em capital de giro. Os
empréstimos e financiamentos podem ser concedidos a curto prazo, sendo
contabilizados no grupo de contas 211, ou serem concedidos a longo
prazo, em que são classificados nas contas do grupo 221, tendo como
contrapartida a débito a conta 1112 – Bancos c/ Movimento
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

2216 – Financiamentos Ambientais


Esta conta é movimentada a crédito pelo recebimento de
financiamentos, normalmente para atender a política de investimentos das
empresas, que apresentam projetos a um órgão de financiamento de longo
prazo, como por exemplo o BNDES. A contrapartida é um débito em conta
corrente movimento. Esse crédito é utilizado para pagar aos fornecedores
de bens de capital. Quando do pagamento de parte, ou do financiamento
total, a conta 2216 é debitada, tendo como contrapartida a conta 1112 –
Bancos c/ Movimento.
2228 – Fornecedores de Bens de Proteção Ambiental
Representa valores referentes às aquisições de bens para uso na
melhoria da proteção ambiental, fornecimentos com vencimentos a curto
prazo, que têm como contrapartida (s) conta (s) do Ativo Fixo, no caso de
equipamentos, com vida superior a um ano. Essa conta é debitada quando
do pagamento pela empresa, normalmente através da conta 1112 – Bancos
c/ Movimento.
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

213 – Obrigações
Representam compromissos da empresa para com terceiros, cujuos
fatos geradores já ocorreram, a vencerem no prazo de um ano, ou de seu
ciclo operacional. As contas analíticas são creditadas pela ocorrência do
fato gerador, em contrapartida de uma conta de custo (alocada à produção)
ou despesa. São debitadas pelo pagamento e pelo perdão da dívida ou
anistia. As contas creditadas são, normalmente, Bancos c/ Movimento,
Caixa, ou ainda, Receitas Eventuais, podendo também ser em conta de
reversão de despesa.
2136 – Multas por Danos Ambientais
Esta conta tem sua origem em autos de infração lavrados pelos órgãos
reguladores do Meio Ambiente estaduais relativos a eventos ocorridos com
possibilidade ou não de contestação. Têm como contrapartida lançamentos
a débito, em conta de despesas, por exemplo a conta 4397 – Multas
Ambientais. No ato do pagamento da multa, o contabilista debita a conta
2136 – Multas por Danos Ambientais e credita a conta 1112 – Bancos c/
Movimento.
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

2137 – Indenizações por Danos Ambientais


Esta conta é creditada por valores referentes a indenizações,
decorrentes de danos a terceiros, por acordo, ou por julgamento em juízo,
em face de impactos ambientais (poluição), ou ainda em decorrência de
acidentes com danos. A contrapartida dessa conta é um débito em despesa
na conta 4398 – Despesas de Indenizações Ambientais.
224 – Provisões
Explicitam contas reveladoras de exigibilidades contra a empresa, em
face de riscos ambientais já existentes, e que envolvem um grau de
incerteza quanto à efetiva ocorrência e que, em função de um evento futuro,
poderá resultar em perda para a empresa. Representa um passivo de
tempestividade ou quantia incerta. As diversas contas, ou seja, as contas
2246, 2247,2248 e 2249 deste grupo são creditadas pela ocorrência do fato
gerador, com contrapartida de uma conta de custo ou de despesa, que
podem ser as contas 4396, 4397,4398 e 4399. São debitadas pela
transferência para obrigação, uma vez definidos valor e data de pagamento,
ou diretamente pelo pagamento, ou ainda pelo estorno do saldo não
utilizado.
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

244 – Reservas de Lucros


O art. 182 da Lei No. 6407/76 estipula que reservas de lucros são as
contas de reservas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.
A lei estabeleceu vários tipos de reservas de lucros, sendo que para os
objetivos deste trabalho a que nos interessa diz respeito à constituição de
Reservas para contingências.
O art. 195 da Lei No. 6404/76 estabeleceu as condições para a forma
dessa reserva, como segue:
“A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração,
destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de
compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda
julgada provável, cujo valor possa ser estimado”.
Essa Reserva para Contingências representa uma expectativa de
perdas ou prejuízos, ainda não ocorridos, referentes a impactos ambientais
em nosso caso. Como esses eventos ambientais podem ser previstos, por
precaução e em conformidade com o princípio contábil da prudência,
separa-se uma parcela de lucros já existentes, não os distribuindo aos
acionistas, para atender aos desembolsos financeiros, no período em que o
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

o prejuízo ocorrer efetivamente. As contas 2446,2247,2248 e 2249,


propostas no plano de contas, são creditadas com contrapartida da conta
de Lucros a Distribuir. São debitadas no exercício em que ocorrer tal perda
efetivamente – quando o lucro ser´-a, portanto, menor. Efetua-se a reversão
da Reserva para Contingências anteriormente constituída para a conta de
Lucros Acumulados, como acentuam Iudicibus et al. (2000)
32 – Receitas Ambientais
Incluem receitas com as vendas de resíduos reciclados ou para
reciclagem, redução dos consumos de matérias-primas e consumo de água
no processo produtivo das empresas, em decorrência da implantação de
Sistema de Gestão Ambiental. Incluem também ganhos econômicos e
financeiros pelo aproveitamento dos Gases e Calor, pela geração interna de
energia, como ocorre com empresas siderúrgicas, entre elas a Cia.
Siderúrgica de Tubarão (CST). Podem ser contabilizadas como receitas os
subsídios governamentais que alguns países concedem a empresas que
realizam investimentos de capital em projetos de proteção ambiental. As
contas a seguir são ilustrativas dessas receitas, que são creditadas quando
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

de sua ocorrência, e têm como contrapartidas as contas 1126 – Clientes


Ambientais, no caso de vendas a prazo e a conta 1112 – Bancos c/
Movimento para vendas à vista:
321 – Vendas de Resíduos Reciclados
323 – Aproveitamento de Gases e Calor
324 – Redução no Consumo de Matérias-primas
429 – Custos e Serviços Ambientais
4291 – Custos de Serviços Externos para Proteção e Recuperação
Ambiental
4292 – Custos com Prevenção e Gestão Ambiental
4293 – Insumos Ambientais
4294 – Depreciações, Amortizações e Exaustões Ambientais
4295 – Mão-de-Obra e Encargos Sociais
4298 – Etiquetas Ambientais
439 – Despesas Operacionais Ambientais
4394 – Seguros Ambientais
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE

4395 Auditoria Ambiental


4396 – Licenças e Impostos Ambientais
4397 – Indenizações Ambientais
4398 – Multas Ambientais
4399 – Provisões Ambientais

NOTA:
A contabilidade surgiu para dar respostas às necessidades do
conhecimento do patrimônio do homem e de sua evolução,
devendo contabilizar as questões relativas ao impacto ambiental, já
que afetam a continuidade e a saúde das pessoas!
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
Bateria de Exercícios
1) O que são eventos ambientais?
2) Caracterize alguns dos eventos ambientais
3) Qual a importância da contabilidade ambiental?
4) Que são Princípios Fundamentais da Contabilidade? Quais aqueles
que se referem ao meio ambiente.
5) Para que servem os Planos de Contas?
6) Cite seis contas ambientais, sendo três do ativo e três do passivo.
7) A empresa Cia. XPTO Ambiental, preocupada com os impactos
ambientais que a empresa gera e com as reclamações dos vizinhos que
moram ao redor da empresa, e por terem também tomado conhecimento de
que o órgão ambiental estadual vem ultimamente aplicando multas a
empresas do mesmo setor, procuraram solucionar o problema ambiental.
Para tanto, iniciaram curso de treinamento, em técnicas de solução
ambientais, para seu pessoal da área de produção, visando adquirir
conhecimentos, para abrandar a poluição que a empresa produz, bem
como eliminar resíduos do processo produtivo, apresentando os seguintes
gastos em janeiro / 08:
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
Bateria de Exercícios
Dia atividade / gasto
5 Inscrição no curso de treinamento – R$3.000,00- pgto ch x;
6 Compra de livros técnicos ambientais – R$500,00 – à vista;
10 Refeições pagas durante o curso – R$200,00 – â vista;
11 Compra de equipamentos de recolha de resíduos – R$15.000,00 – à
prazo com vencto. Em 30/6/08;
11 compra de equipamento de separação de resíduos – R$25.000,00 –
à prazo com vencto. Em 30/9/08
11 compra de equipamento ambientais para separação – R$1.500,00 –
à prazo com vencto. Em 20/03/08
11 aquisição de sistema de filtro – R$150.000,00 – à prazo com
vencto 30, 60, 90, e 120 dias.
11 Aquisiçã de equipamento de remoção de poeiras – R$80.000,00 –
à prazo com vencto. Em 31/12/08
12 aquisição de equipamento de despoeiramento – R$100.000,00 –
com financiamento BNDES, TJLP de 15% a.a. carência de 6 meses,
amortização em 2 parcelas, a partir de um ano;
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
Bateria de Exercícios

Dia atividade / gasto


13 Treinamento do pessoal operacional, através de consultor externo
– R$5.000,00- à vista, conf. Ch x;
18 Compra de materiais auxiliares para filtros e remoção de poeiras–
R$3.0000,00 – à prazo com vencto. 30/04/08;
18 Taxa de licença municipal para iniciar despoeiramento –
R$1.000,00 – â vista, conf. ch;
19 Taxa municipal de gestão de resíduos – R$500,00 – à vista
11 Pagamento de Salário do pessoal envolvido no programa
ambiental – R$5.000,00, crédito em C/C;
Pede-se: fazer o balancete de verificação, sabendo-se que a empresa
possui um capital de R$20.000,00, integralizado em dinheiro, sendo
que R$18.000,00 foram depositados no Banco X.
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
Bateria de Exercícios

8) Com os dados do balancete do item 7, fazer os seguintes ajuste


para adequar o referido balancete aos princípios de contabilidade:
a) Sobre os salários ambientais incidem encargos sociais (INSS,
FGTS, 13o. Salário, férias , etc) estimados em 50% que devem ser
contabilizados;
b) Depreciação de equipamentos ambientais: esses equipamentos
têm vida útil econômica estimada em cinco anos.
c) Amortização de despesas de treinamento: esses investimentos
irão beneficiar a empresa por vários anos. O contador assessorado por
especialistas ambientais definiu o prazo de cinco anos.
d) Redução de custos com matérias-primas no processo produtivo
no valor de R$3.000,00: a área de custos de produção da empresa
informou que nesse mês ocorreu uma economia com o consumo de
matérias-primas, no processo produtivo, mesmo com a produção do
mês igual ao mês anterior. Os engenheiros alegaram que isso se
deveu ao controle ambiental, que a empresa implantou.
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
Bateria de Exercícios

8) Continuação
Pede-se:
a) Fazer o novo balancete de verificação.
b) Fazer a Demonstração Gerencial do Resultado Ambiental
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
Solução de Exercícios

7) Solução;
Lançamentos contábeis
Rio de Janeiro, 5 de Janeiro de 2008
D- Despesas de Treinamento Ambiental
C- Bancos C/Movimento – Banco X
Pagamento à firma...., NF.., ch. X R$ 3.000,00
---------------------------6-----------------------
D- Livros Técnicos Ambientais
C- Caixa
Pagamento à Livraria.., NF.. R$ 500,00
---------------------------10----------------------
D- Despesas de Refeições
C- Caixa
Pagamento a Firma ...., NF ... R$ 200,00
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
Solução de Exercícios
---------------------------11----------------------
D- Equipamentos Ambientais
C- Fornecedores de Equipamentos Ambientais
Aquisição de equip, NF...da Cia...,vencto... R$ 15.000,00
----------------------------11------------------------
D- Equipamentos Ambientais
C- Fornecedores de Equipamentos Ambientais
Aquisição de equip, NF...da Cia...,vencto... R$ 25.000,00
----------------------------11------------------------
D- Materiais Ambientais
C- Fornecedores de Insumos Ambientais
Aquisição de materiais, NF...da Cia...,vencto... R$ 1.500,00
----------------------------11------------------------
D- Equipamentos Ambientais
C- Fornecedores de Equipamentos Ambientais
Aquisição de equip, NF...da Cia...,vencto... R$ 150.000,00
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
Solução de Exercícios

---------------------------11----------------------
D- Equipamentos Ambientais
C- Fornecedores de Equipamentos Ambientais
Aquisição de equip, NF...da Cia...,vencto... R$ 80.000,00
----------------------------12------------------------
D- Bancos c/Movimento - Banco X
C- Empréstimos e Financiamentos Ambientais
Obtenção de financiamento, conf. Contrato
Banco X, rel recursos BNDES R$ 100.000,00
----------------------------12------------------------
D- Equipamentos Ambientais
C- BancoC/Movimento – Banco X
Aquisição de equip. de despoeiramento
da Cia.., com repasse do BNDES R$ 100.000,00
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
Solução de Exercícios
---------------------------13----------------------
D- Despesas de Treinamento Ambiental
C- BancoC/Movimento – Banco X
Pagametno, NF...da Cia...,ch... R$ 5.000,00
----------------------------18------------------------
D- Materiais Ambientais
C- Fornecedores de Insumos Ambientais
Aquisição de materiais, NF...da Cia...,vencto R$ 3.000,00
----------------------------18------------------------
D- Despesas de Licenças Ambientais
C- Bancos c/Movimento
Pagamento de licença ao Municipio ..., ch... R$ 1.000,00
----------------------------19------------------------
D- Despesas de Licenças Ambientais
C- Caixa
Pagamento de licença ao Municipio ... R$ 500,00
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
Solução de Exercícios

---------------------------30----------------------
D- Despesas de Salários Ambientais
C- Banco C/ Movimento – Banco X
Pagamento ao pessoal, credito em C / C R$ 5.000,00
--------------------------------------------------------
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO - 31 /01/2008
CONTAS DEVEDOR CREDOR
Caixa 2.000 1.200
Bancos c/ Movimento 118.000 114.000
Materiais Ambientais 4.500

Equipamentos Ambientais 370.000

Livros Técnicos Ambiental 500


Despesas de Treinamento Ambiental 8.000

Fornecedores de Insumos Ambientais 4.500


Fornecedores de Equipamentos Ambientais 270.000
Empréstimos e Financiamentos Ambientais 100.000

Capital Social 20.000


Despesas de Salários Ambientais 5.000

Despesas com Refeições Ambientais 200


Despesas de Licenças Ambientais 1.500

Receitas c/ Reduções de Custos com Matérias Primas


TOTAL GERAL 409.700 409.700
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
Solução de Exercícios

8) Solução;
Lançamentos contábeis
Rio de Janeiro, 31 de Janeiro de 2008
D- Encargos Sociais Ambientais
C- Provisão de Encargos Sociais Ambientais R$ 2.500,00
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D- Depreciação Ambiental
C- Depreciação Acumulada Ambiental R$ 6.167,00
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D- Amortização Ambiental
C- Amortização Ambiental Acumulada R$ 133,00
---------------------------31----------------------
D- Matéria Prima
C- Receita Redução do Consumo Matérias Primas R$ 3.000,00
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
Solução de Exercícios

Despesas de Bancos c/Mov


Treinamento Ambiental Banco X CAPITAL SOCIAL
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(5) 3.000 (s) 18.000 3.000 (5) 20.000(s)
(13) 5.000 (12) 100.000 100.000(12)
5.000 (13)
1.000 (18)
5.000 (30)
Livros Despesas c/Refeições
Técnicos Ambientais CAIXA Ambientais
---------------------------------- ---------------------------------- ------------------------------
(5) 500 (s) 2.000 500 (6) (10) 200
200 (10)
500 (19)
CONTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE
Solução de Exercícios
Fornecedores
Equip. Ambientais Ambientais Materiais Ambientais
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(11) 15.000 15.000 (11) (11) 1.500
(11) 25.000 25.000 (11) (13) 3.000
(11)150.000 150.000 (11)
(11) 80.000 80.000 (11)
(12)100.000
Fornecedores de Despesas de Desp.Salários
Insumos Ambientais Licenças Ambientais Ambientais
---------------------------------- ---------------------------------- ------------------------------
(11) 1.500 (18) 1.000 (30) 5.000
(13) 3.000 (19) 500
Empr. Financ.
Ambientais

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100.000 (12)
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO - 31 /01/2008
CONTAS DEVEDOR CREDOR
Caixa 2.000 1.200
Bancos c/ Movimento 118.000 114.000
Materiais Ambientais 4.500
Matérias Primas 3.000
Equipamentos Ambientais 370.000
Depreciações Ambientais Acumuladas 6.167
Livros Técnicos Ambiental 500
Despesas de Treinamento Ambiental 8.000
Amortizações Ambientais Acumuladas 133
Fornecedores de Insumos Ambientais 4.500
Fornecedores de Equipamentos Ambientais 270.000
Empréstimos e Financiamentos Ambientais 100.000
Provisão de Encargos Sociais Ambientais 2.500
Capital Social 20.000
Despesas de Salários Ambientais 5.000
Despesas com Encargos Sociais Operacionais Ambientais 2.500
Despesas com Refeições Ambientais 200
Despesas de Licenças Ambientais 1.500
Depreciações Ambientais 6.167
Amortizações Ambientais 133
Receitas c/ Reduções de Custos com Matérias Primas 3.000
TOTAL GERAL 521.500 521.500
DEMONSTRAÇÃO GERENCIAL DE RESULTADOS AMBIENTAIS –
31/1/08

Valor R$
RECEITAS AMBIENTAIS 3.000
- Provenientes de melhorias na qualidade ambiental
- Provenientes de produtos reciclados
- Provenientes de redução no consumo de materiais (por reciclagem) 3.000
- Outros proveitos derivados da atuação ambiental
DESPESAS AMBIENTAIS 15.500
- Derivados de manipulação e tratamento de resíduos
- Derivados de prêmios de seguros
- Salários e Encargos Sociais 7.500
- Depreciações Ambientais 6.167
- Amortizações Ambientais 133
- Outros custos provenientes de atividade da empresa 1.700
RESULTADO AMBIENTAL (12.500)

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