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CONTABILIDADE DE CUSTOS
Analise e Gestão Estratégica dos Custos

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ANÁLISE E GESTÃO DE CUSTOS
SUMÁRIO

1 ± ANÁLISE E ALOCAÇÃO DE CUSTOS


2 ± ASPECTOS TRIBUTÁRIOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
3 ± CUSTOS PARA CONTROLE
4 ± ANÁLISE DAS VARIAÇÕES DE CUSTOS
5 ± ANÁLISE AVANÇADA DO COMPORTAMENTOS DOS CUSTOS
6 ± O CUSTO E A DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
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1 ± FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA


1.1 Formação de preços com base em custos
1.2 RKW
1,3 Uso do ABC para fixar preço de venda
1.4 Uso dos conceitos do custeio variável na fixação do preço
de venda
1.5 Target costing (Custeio Meta); o uso do ABC para se chegar
ao target cost
2 ± COMPRAR OU PRODUZIR
3 ± UM CASO ESPECIAL NA PRODUÇÃO CONTÍNUA
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1 ± INTRODUÇÃO:
São importantes as discussões sobre o processo decisório nos
aspectos ligados à administração de preços de vendas no que se refere
ao dilema de compra ou produção de determinados itens.
Outro aspecto importante é a discussão sobre que uma das
finalidades da contabilidade de custos é o fornecimento do preço de
venda, sobre se isto é possível ou não, dada a conjuntura em que se
encontra a empresa.
O que se verifica na prática é que, o problema de decidir o preço
a ser fixado, não é tarefa para solução só com dados de custos.
Necessário se torna, uma gama de informações sobre o Mercado
(elasticidade, na Economia) para que se possa, casando informes
internos e externos, optar pelas decisões mais corretas. Das diversas
opções de preço e quantidade, interessa a que maximiza a Margem de
Contribuição total, e não a Receita Total, desde que para qualquer
dessa alternativas o Custo Fixo se mantenha inalterado.
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2 ± FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
Para administrar preços de venda, sem dúvida é necessário
conhecer o custo do produto; porém, essa informação por si só,
embora seja necessária, não é o suficiente. Além do custo, é preciso
saber o grau de elasticidade da demanda, os preços dos concorrentes,
os preços de produtos substitutos, a estratégia de marketing da
empresa, etc.; tudo depende do mercado em que a empresa atua, que
vai desde o monopólio ou do monpsônio até a concorrência perfeita,
mercado de =   etc.
O importante é que o sistema de custos produza informações
úteis e consistentes com a filosofia da empresa, particularmente com
sua política de preços.
Face essas considerações, os preços podem ser fixados: com
base nos custos ( de dentro para fora), com base no mercado (de fora
para dentro) ou com base numa combinação de ambos.
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2.1 ± FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS
Nesta forma de calcular o preço de venda ± preço de dentro
para fora-, o ponto de partida é o custo do bem ou serviço apurado
segundo um dos critérios de Custeio por Absorção ou Custeio Variável,
etc. Sobre o custo definido agrega-se uma margem denominada

, que deve ser estimada para cobrir os gastos não incluídos no
custo, os tributos e comissões incidentes sobre o preço e o lucro
desejado pelos administradores.
No custeio por absorção, por exemplo, teríamos:
Preço de Vendas = Custo de produção + margem adicionada

)
Esse método de calcular os preços de vendas é muito utilizado
pelas empresas, entretanto, apresenta algumas deficiências, tais como:
não considerar condições de mercado, fixar o percentual de cobertura
das despesas fixas de forma arbitrária, etc.
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Suponhamos que uma empresa que, usa o custeio por absorção, apresentou os
seguintes dados:
Custo produção unitário = $8,00
Despesas Gerais de Administração (DGA) = 10% da receita bruta (o % é
estimativa)
Despesas Gerais de Vendas (DGV) = 5% do preço de venda bruto
Tributos (IMP) incidentes sobre o preço de venda = 20% bruto
Margem de Lucro desejada (MLD) = 5% sobre a receita bruta.
O 
seria, então, calculado da seguinte forma:

p = %DGA + %DGV+%IMP+%MLD 
= 10%+5%+20%+5% = 40%
sobre o preço de venda bruto.
Assim, o preço de venda (PV) será igual ao custo acrescido de 40% do PV, logo:
PV = $8,00 + 0,4 PV ou PV ± 0,4 PV = $8,00 ou 0,6 PV = $8,00 ou PV = $8,00 / 0,6
PV = $13,33
Por esse método o preço de venda seria fixado em $13,33. Logo, esse preço
seria uma referência sujeita a ajuste para mais ou para menos, de acordo com as
condições de mercado e com as negociações específicas com cada cliente.
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PV = Custo Produção + DGA + DGV + IMP + MLD
Preço de Venda = $13,33
Tributos sobre vendas =$ 2,67
Preço de venda líquido =$ 10,66
Custo produção = $ 8,00
Lucro bruto = $ 2,66
DGA = $ 1,33
DGV = $ 0,67
Lucro Operacional = $ 0,66
Algumas observações importantes:
- o custo deve ser o de reposição, a vista, e em moeda correntes. Assim o preço
de venda calculado também é para venda a vista.
- para calcular o preço de venda a prazo é preciso imbutir os encargos
financeiros
- se o critério for o Custeio Variável, então o markup terá que ser acrescido de
um percentual estimado para cobrir os custos fixos da produção, não incluídos no custo
do produto;
- se os vendedores tiverem vínculo empregatício com a empresa, então o
percentual
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de comissão deve incluir os encargos sociais e trabalhistas
- os tributos a considerar são os incidentes direta e proporcionalmente
sobre a receita de vendas, tais como: ICMS, IPI, PIS, COFINS, CPMF, ETC.
- o lucro desejado pode ser expresso de várias outras formas, inclusive
em valor absoluto, tomando-se por base o capital investido, o custo de
oportunidade, os tributos sobre o lucro, etc.

Genericamente a fórmula do preço de venda seria:

PV = CP + IMP+DGA + DGV + DF + L
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2.2 ± ³ RKW´
Com fundamento na idéia do uso dos custos para fixar o preço de
vendas, nasceu, no início do século XX, uma alocação de custos e despesas
muito conhecida no Brasil por RKW (abreviação de Reichskuratorium für
Wirtschaftlichtkeir). Trata-se de uma técnica originada na Alemanha, formulada
por um órgão semelhante ao nosso antigo CIP ± Consellho Interministerial de
Preços. Tal técnica consiste no rateio, não só dos custos de produção como
também de todas as despesas da empresa, inclusive as financeiras, a todos os
produtos.
Com esse rateio, chega-se ao custo de ³fabricar e vender´ incluindo
administrar e financiar que, fossem os rateios perfeitos, nos daria o gasto
completo de todo o processo empresarial de obtenção da receita. Bastaria
agora adicionar o lucro desejado (ou fixado governamentalmente, como na
época em que nasceu essa metodologia na Alemanha) para se ter o preço de
venda final. Aliás, muitas vezes, é exatamente isso o que se faz, de outra forma:
a empresa fixa o lucro desejado para o período como um valor global e procede
então ao seu rateio aos produtos em função de alguma base de alocação (
custo, custo + despesas etc.).
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Vale ressaltar que, para a fixação do preço, precisaríamos não só fixar
a base de distribuição dos custos, despesas e lucros como, também, prefixar o
volume de cada produto, caso contrário, não seria possível o cálculo. Mas o
volume de produção e venda de cada produto vai depender do preço. Entra-se
assim numa espécie de ÷ , do qual se consegue sair arbitrando-se ou
estimando-se o volume.
A dificuldade é que essa fórmula pode até ser usada numa economia
monopolista ou oligopolista mas, dificilmente, numa economia de mercado,
mesmo que parcialmente controlada pelo governo.
Numa economia de mercado, o que acontece na realidade, é que o
mercado é o responsável pela determinação dos preços (mesmo com algumas
restrições). Os preços são muito mais em decorrência dos mecanismos e
forças da oferta e da procura do que dos custos de obtenção dos produtos da
empresa.
Nesse contexto, é muito mais viável que a empresa analise os seus
custos para verificar se é viável trabalhar com aquele produto, cujo preço de
mercado influencia suas decisões nos custos internos.
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1.3 ± USO DO ABC PARA FIXAR PREÇO DE VENDA
Com o avento da utilização do ABC ± Custeio Baseado nas Atividades ± voltou-se a
tendência de utilizar, às vezes, a filosofia do RKW. Com base no ABC, tem-se a
possibilidade de uma alocação mais racional de muitos custos e despesas a todos os
produtos. Por isso, alguns profissionais chegam a praticar essa alocação com o objetivo
de, conhecido o custo mais as despesas globais de um produto, determinar o seu preço
de venda, bastando para isso adicionar o lucro desejado por unidade.
A mesma observação feita no item anterior é válida para esse método, ou seja, o uso do
RKW, só seria possível para mercados monopolistas ou oligopolistas ou na situação de
preços controlados pelo governo. Para essas situações, ou seja, na ausência de
concorrência, a forma do ABC é aplicável e boa, pois introduz uma forte analise nos
rateios, sendo melhor do que a forma RKW.
Por outro lado, há os mercados de concorrência monopolística, também chamados de
concorrência imperfeita, em que os produtos e serviços são ofertados pela empresa
possuem características exclusivas, sendo que, nesse tipo de mercado, há concorrência,
porém, o vendedor possui certa margem de manobra sobre o preço de venda e aí o ABC
também é muito útil.
Porém, continuam a existir, mesmo dentro do ABC, critérios ou direcionadores de custo
que contêm muito subjetivismo, além de existir os problemas relacionados a variação
nos volumes de produção no que se refere ao cálculo do custo unitário.
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No caso da empresa lançar um novo produto no mercado, por exemplo, surge o
problema de como estimar o volume a ser vendido para daí então chegar ao
³custo unitário global´, incluindo os custos fixos de produção e as despesas
de vendas administração e financiamento. Esse problema não é, obviamente,
solucionado por nenhuma forma de custeamento no caso de um mercado
competitivo.
Pode-se concluir que, quanto maior a proporção dos gastos fixos, maiores são
as dificuldade para a adoção do custo unitário como parâmetro para a definição
do preço de venda de um produto. No caso de indústria com gastos fixos
irrelevantes isso pede até parecer apropriado, mas mesmo assim há
problemas.
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1.4 USO DOS CONCEITOS DO CUSTEIO VARIÁVEL NA FIXAÇÃO DO PREÇO DE
VENDA
Do forte conhecimento e cada vez mais sensível no Brasil e bem mais
competitivo, de que o mercado é o grande definidor do preço, surge a idéia de
se utilizar a figura da Margem de Contribuição para auxiliar as tomadas de
decisões também relativas a fixação de preços. Muitas vezes consegue esse
conceito ser útil, mas com algumas restrições.
Como sabemos, o dirigente deve procurar conciliar valores, posições e
condições internos à Empresa com os que existem no meio onde ela se insere,
procurando trabalhar, não só com base no que hoje existe como também ( e
principalmente) no que espera que vá ocorrer no futuro. Nesse contexto, a
Administração global é a arte de conciliar circunstâncias presentes e futura
internas e externas à Empresa. Por isso, o preço de venda não cabe
exclusivamente ao setor de custos, mesmo que possuidor de todo arsenal de
informações que dispõe do ponto de vista interno, bem como não cabe ao setor
de marketing, com toda a gama de dados e previsões do mercado. O dirigente
deve pesar cada informação que dispõe e agir com bom sensibilidade ao tomar
a decisão final.
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Suponhamos que o dirigente fosse ouvir só o setor de custo, talvez venha
cortar produtos que, mesmo pouco ou nada rentáveis, talvez produzam boa
imagem para a firma e sejam responsáveis pelo faturamento de inúmeros
outros itens. Por outra lado, se dependesse só da área de Marketing, talvez o
dirigente venha a decidir por trabalhar só com os produtos de fácil colocação e
boa margem de comissão aos vendedores, mas que talvez sejam de baixa
lucratividade. Assim, cabe ao dirigente além de proceder a todas as análises
técnicas disponíveis, pesar bem as duas informações e usar de seu bom-
gr e capacidade de gestão para tomar a
senso, sua experiência, sua sensibilidade
decisão final naquilo que é realmente relevante para a empresa.
Vamos analisar o exemplo de uma aplicação do conceito de Margem de
Contribuição de grande valia num processo como relatado.
Suponhamos que uma empresa, antes de lançar um novo produto, faz, pelo
Departamento de Pesquisa de Mercado do seu Marketing, um levantamento em
que prevê: se o produto for colocado a $1000/unidade, provavelmente serão
vendidas as 1.000 unidades por mês e se colocar a $900/unid, provavelmente
se conseguirá vender 1.200 unidades. Qual a melhor alternativa a aplicar?
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Se a empresa desejar fazer o cálculo com base no rateio de custos e despesas
talvez fique um pouco embaraçada, já que precisará primeiro ter o volume para
depois fixar o preço. Coincidirá esse com o do Mercado?
A alternativa então é utilizarmos ao conceito de Margem de Contribuição, sendo
os Custos e Despesas Fixos os mesmos para a duas alternativas, ou seja, de
1.000 ou 1.200 unidades mensais de vendas), interessará das duas a que
propiciar a maior Margem de Contribuição Total. Suponhamos que a soma de
custos e despesas variáveis do produto seja de $700/u.
1a. Hipótese ± 1000 unidades a $1.000,00/u
Margem de Contribuição = $1.000,00 - $700 = $300/u
1000 unid x $300,00/u = $300.000,00 de MC TOTAL
2a. Hipótese ± 1200 unidades a $900,00/u
Margem de Contribuição = $900 - $700 = $200/u
1.200 unid x $200/u = $240.000,00 de MC TOTAL
Pela análise, verificamos que a hipótese a ser adotada é a 1a., com preço maior
e quantidade menor. Bastaria verificar se a MC Total é suficiente pra cobrir os
encargos fixos e ainda fornecer um lucro mínimo desejado.
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Digamos agora que, os custos e despesas variáveis seja de $350/u. A decisão a


ser tomada seria a mesma?
1a. Hipótese ± 1.000un a $1.000,00/u
Margem de Contribuição Unitária = $1.000 - $350 = $650
MC Total = 1.000 u x $650 = $650.000,00
2a. Hipótese ± 1.200 uni a $900/u
Margem de Contribuição Unitária = $900 - $350 = $550/u
MC Total = 1.200 u x $550/u = $660.000,00
Nesse caso, a 2a. Hipótese é melhor, fornecendo maior Margem de
Contribuição Total e, conseqüentemente, melhor resultado.
Torna-se, portanto, de vital importância o conhecimento da estrutura de custos
e despesas, pois só a partir da Margem de Contribuição se pode construir um
quadro analítico elucidativo.
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Algumas considerações:
- Note-se que, no exemplo, foram simuladas apenas duas opões o que não
invalidade a aplicação de outras.
±Nem sempre a alternativa melhor é a que maximiza a receita. Qualquer que seja
o custo variável, a hipótese 1a. Sempre dá receita de $1.000.000 e a 2a.
Hipótese e $1.080.000. Mas, dependendo da MC, muitas vezes a menor receita
pode propiciar o melhor resultado.
±- A melhor hipótese não é a que dá a maior MC por unidade. Isso ocorreria se a
quantidade vendida fosse sempre a mesma; variando as quantidades, sempre
interessa, de todas as diferentes possibilidades, aquela que dá a maior MC
Total.
De qualquer forma, é preciso verificar que, mesmo com o uso da MC, nem
sempre se tem a solução de se fixar o preço de venda. Afinal, como vimos
atrás, a solução tecnicamente mais adequada, que é a de analisar dados
internos de comportamento de custos e dados externos relativos a influência
dos preços nas quantidades vendidas, tem limitações.
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1.5 á á á (CUSTEIO META) E USO DO ABC PARA SE CHEGAR AO
á á á
O Custeio-Alvo ou Custeio por Meta é um processo de planejamento de lucros,
preços e custos que parte do preço de venda para chegar ao custo, razão pela
qual se diz que o custo é definido de fora para dentro.
Por causa desse motivo, muitas vezes, o preço ideal não ser capaz de produzir
o resultado mínimo necessário, ou de nem mesmo ser capaz de cobrir os
gastos fixos, surgindo dá a necessidade de se ter a escolha do caminho
inverso.
É bom lembrar que, com a crescente competitividade entre as empresas em
um mercado em constante mudança, com clientes cada vez mais exigentes e
ávidos por produtos que ajustem às suas necessidades, o preço passa a ser
formado praticamente em função da oferta e da procura.
Nesse ambiente, no qual as empresas simplesmente não podem alterar seus
preços por modificação na sua estrutura de custos, o caminho inverso
mencionado passou a ser uma fortíssima ferramenta para o melhor
posicionamento estratégico e desempenho, dadas as limitações de preço do
mercado e das
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condições vendáveis, qual o custo máximo suportável de forma a atingir o
retorno desejável?
Nasce daí a figura do ³Custo Meta´ ou custo alvo, conhecido como
á = , que nada mais é do que, dado o preço de venda que o
mercado oferece, consiga-se o mínimo de rentabilidade que se quer?
A maioria dos custos a serem incorridos em um processo produtivo é
determinado na estruturação desse processo, ou seja, na fase de
projeto do produto. Quando uma linha de produção já está
funcionando, a grande maioria de seus custos está fadada a ser
incorrida (85% dos custos totais do início da pesquisa e do projeto até
o fim da vida do produto, segundo citações bibliográficas estrangeiras),
tendo em vista estarem, a essa altura, definidas as características
técnicas do produto. As reduções de custos que se pode atingir nesse
estágio podem não ser significativas o suficiente de forma a se atingir o
custo meta.
É na fase de planejamento que existem as possibilidades de alteração
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significativa dos custos. Durante o projeto podem ser alteradas as
características do produto. Pode-se optar por reduzir o custo retirando
características do produto (como retirar o ar condicionado do modelo de um
automóvel por exemplo). Entretanto, essa alteração muda também o preço que
o mercado está disposto a pagar, bem como a quantidade que o mercado pode
absorver. Pode-se até aumentar o custo, caso o preço seja alavancado,
tomando-se cuidado com a quantidade vendida.
O custo meta, apesar de ser um conceito simples, é também uma mentalidade
de gerenciamento. Para se chegar a definição de qual o custo e qual o produto,
isto é, para se definir uma estratégia gerencial é preciso existir uma integração
entre todas as partes da empresa.
Numa visão moderna, a Contabilidade auxilia nas definições das estratégias
financeiras, apurações de custos, planejamento de orçamentos e previsões de
demonstrações, ect. A área de marketing, é a responsável pela análise do
comportamento do produto delineado pela engenharia no mercado em que a
empresa se encontra. Permite o levantamento das informações de preços,
quantidades possíveis de venda, anseios dos consumidores,etc. A engenharia
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responde por quais são as tecnologias disponíveis, quais os componentes que
devem ou podem integrar o produto, o que pode ser substituído, quais as
características podem existir, etc. Podemos citar ainda outras partes da
empresa, como, por exemplo, Planejamento, Compras, etc que devem estar
alinhadas o máximo possível para se maximizar o processo, num trabalho
integrado de equipe.
Ainda há a considerar que a empresa é induzida a olhar, não apenas para si
própria, mas sim ter o foco no cliente, qual a sua expectativa com relação ao
produto, quais os custos de propriedade que ele terá (manutenção, gastos com
embalagens, consertos, etc).
Outro aspecto a ser levado em conta é olhar os fornecedores e outros fatores
determinantes nos custos a serem incorridos. A integração da cadeia de valor
como um todo permite não só que os custos sejam atingidos, como também
que toda uma estratégica seja desenvolvida no sentido de melhoria tanto para a
empresa como para a cadeia de valor em que se insere.
Ressalte-se que a aplicação do Custeio Baseado na Atividade-ABC é muito
forte, pois permite conhecer os custos de todas as atividades envolvidas e a
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partir daí, verificar quais as atividades que não adicionam valor e que precisam
ter seus gastos reduzidos ou anulados, e quais as atividades que podem sofrer
processos de racionalização para se chegar a adaptação ao mundo real.
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2 ± COMPRAR OU PRODUZIR
Há casos em que a empresa deve analisar a conveniência de produzir
determinado componente na própria indústria ou comprar de terceiros. Para
tanto, ela deve analisar as todas as condições possíveis para tomar uma
decisão final.
Suponhamos, por exemplo, que uma empresa esteja produzindo determinado
componente que usa na elaboração de um produto. Ela apropria os Custos
Indiretos à base de hora-máquina às 800 unidades que fabrica (tanto de
componentes como de produtos), sendo todos eles fixos.Dados de custos:
Componentes: Material e Mão-de-obra diretos = $73/u
Custos Indiretos de Produção= $140.000/2000hm x 0,5hm/u=$35/u
Custo Unitário total = $108/u
Produto: Material e Mão-de-obra diretos = $360/u
Custos Indiretos de Produção = $140.000/2000hm x 2,0 hm/u = $140/u
Custo Unitário Total = $360 +140 +108 = $608/u
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A empresa está estudando uma oferta de um fornecedor que lhe propõe
entregar o componente por $80/u. Deve aceitar a oferta?
Nota-se que não se deve comparar o custo interno $108 contra o externo de
$80, necessitando-se fazer uma análise mais profunda.
1o. Se o fato de a empresa passar a comprar o componente não lhe alterar em
nada os custos fixos, já que esses sejam comuns tanto para o componente
quanto para o produto, não haverá interesse na aquisição. O custo variável é de
$73/u e, caso passe a comprá-lo, desembolsará $80/u, e terá os mesmos custos
fixos que tinha quando o fabricava.
2o ± Se existir a possibilidade de a empresa comprar o componente e eliminar
grande parte dos seus custos fixos pela desativação de parte da fábrica e
eliminasse certos custos fixos que atualmente estão sendo imputados aos
componentes, então teríamos que decidir pela aquisição dos mesmos.
Vejamos: os custos variáveis hoje são de $58.400, a compra dos componentes
custaria $64.0000 (800u x $80/u), assim, só valerá a pena a decisão se
conseguir redução dos custos fixos superior a $5.600 ($64.000-$58.400). Ai o
custo total da compra seria menor que o total da produção.
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A empresa está estudando uma oferta de um fornecedor que lhe propõe
entregar o componente por $80/u. Deve aceitar a oferta?
Nota-se que não se deve comparar o custo interno $108 contra o externo de
$80, necessitando-se fazer uma análise mais profunda.
1o. Se o fato de a empresa passar a comprar o componente não lhe alterar em
nada os custos fixos, já que esses sejam comuns tanto para o componente
quanto para o produto, não haverá interesse na aquisição. O custo variável é de
$73/u e, caso passe a comprá-lo, desembolsará $80/u, e terá os mesmos custos
fixos que tinha quando o fabricava.
2o ± Se existir a possibilidade de a empresa comprar o componente e eliminar
grande parte dos seus custos fixos pela desativação de parte da fábrica e
eliminasse certos custos fixos que atualmente estão sendo imputados aos
componentes, então teríamos que decidir pela aquisição dos mesmos.
Vejamos: os custos variáveis hoje são de $58.400, a compra dos componentes
custaria $64.0000 (800u x $80/u), assim, só valerá a pena a decisão se
conseguir redução dos custos fixos superior a $5.600 ($64.000-$58.400). Ai o
custo total d compra seria menor que o total da produção.
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 ual a decisão mais acertada poderia o empresário tomar na fixação do preço de vendas e
como são fixados esses preços? Comente a sua resposta
 ual é o conceito de markup, RKW e target cost? Explique
3 Uma empresa que, usa o custeio por absorção, apresentou os seguintes dados:
Custo produção unitário (CPu) = $,00
Despesas Gerais de Administração (DGA) = 0% da receita bruta
Despesas Gerais de Vendas (DGV) = 5% do preço de venda bruto
Tributos incidentes sobre o preço de vendas (IMP) = 0% sobre o bruto
Margem de lucro desejada (MLD) = 5% da receita bruta
Pede±se calcular o Markup dessa empresa
 Suponhamos que uma empresa, antes de lançar um novo produto, faz, pelo Departamento
de Pesquisa de Mercado do seu Marketing, um levantamento em que prevê: se o produto for
colocado a $000/unidade, provavelmente serão vendidas as  000 unidades por mês e se
colocar a $900/unid, provavelmente se conseguirá vender  00 unidades ual a melhor
alternativa a aplicar, supondo que os custos e despesas variáveis totalizaram $700?
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3 Solução Exercício 3:
O markup seria calculado da seguinte forma:
Markup = %DGA + %DGV + %IMP + %MLD
Markup = 0%+5%+0%+5% = 0% sobre o preço de venda bruto
Preço de Venda Unitário (PVu) = CPu + Markup
PVu = CPu + 0, PVu ëPVu =$,00 + 0, PVu ëPVu ± 0, PVu =,00
0,6 PVu = ,00 ë PVu = ,00/ 0,6 = 0,00 ë PVu = $0,00 , Logo,
Preço de Venda = 0,00
Custo de Produção = ,00
Tributos = ,00
Despesas Administrativas = ,00
Despesas de Vendas = ,00
Lucro Esperado = ,00
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 Solução Exercício :
1a. Hipótese ± 000 unidades a $ 000,00/u
Margem de Contribuição = $ 000,00 ± $700 = $300/u
000 unid x $300,00/u = $300 000,00 de MC TOTAL
2a. Hipótese ± 00 unidades a $900,00/u
Margem de Contribuição = $900 ± $700 = $00/u
 00 unid x $00/u = $0 000,00 de MC TOTAL
Resposta: Pela análise, verificamos que a hipótese a ser adotada é a a , com preço
maior e quantidade menor Bastaria verificar se a MC Total é suficiente pra cobrir os encargos
fixos e ainda fornecer um lucro mínimo desejado

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