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CURSO DE EVAPORAÇAO Reunion

DE CALDO

Conteúdo

†Objetivos
† Evaporação
† Tipos de evaporadores
† Elementos de evaporadores
† Operação da evaporação
† Controle operacional
† Cálculo de um conjunto de evaporação
Reunion
Objetivos
† Os sólidos solúveis se dividem em:
„ açúcares (que são de nosso interesse recuperar); e,
„ não açúcares (compostos orgânicos e inorgânicos - sais).
† Uma análise de caldo misto pode mostrar:
Brix = 14,1 % (total de sólidos solúveis)
Pol = 12,1 % (total de sólidos solúveis açúcares)
Pureza = 85,8 %
Água = 85,9 % (100 - Brix)
† O objetivo da operação de evaporação é a remoção da maior
parcela possível da água contida no caldo clarificado, sem incorrer
na cristalização da sacarose. Ou seja, objetiva a máxima
concentração sem o aparecimento de cristais de sacarose.
Reunion
Evaporação

† O caldo é geralmente concentrado até 60 a 65 oBx, necessitando para


tanto que cerca de 75 % de seu conteúdo de água seja removido.
† A evaporação pode ser feita em:
„ um único efeito: tachos usados antigamente para produção de
açúcar mascavo (inicialmente com fogo direto e
posteriormente com vapor).
„ múltiplo efeito: sistema empregado pelas usinas e que promove
economia de vapor de aquecimento (e bagaço).
† O múltiplo efeito, além de promover economia de vapor de aquecimento,
gera vapor (chamado vegetal) para uso no aquecimento de caldo e no
aquecimento dos cozedores a vácuo.
† A condensação de vapor no múltiplo efeito gera condensado, utilizado
como água de alimentação de caldeira, atendendo a maior parte desta
necessidade.
Reunion
Reunion
Múltiplo Efeito
† Para que o vapor gerado por uma caixa (corpo)
possa aquecer e levar o caldo da caixa seguinte à
ebulição é necessário que haja uma diferença de
temperaturas que permita o transporte do calor do
vapor ao caldo. Este efeito pode ser conseguido
pela diminuição da pressão no topo da caixa
seguinte.

† Num múltiplo efeito este efeito é conseguido pela


diminuição da pressão no topo da última caixa.
Tab. 1 - Relação entre pressão
Reunion
e temperatura de ebulição Reunion
P ressão T e m p e r a tu r a
2
k g f/c m (a ) p .s .i.g (oC )

2 ,7 2 4 ,1 8 1 2 9 ,3 4
2 ,6 2 2 ,7 6 1 2 8 ,0 8
2 ,5 2 1 ,3 3 1 2 6 ,7 9
2 ,4 1 9 ,9 1 1 2 5 ,4 6
2 ,3 1 8 ,4 9 1 2 4 ,0 8
2 ,2 1 7 ,0 7 1 2 2 ,6 5
2 ,1 1 5 ,6 4 1 2 1 ,1 6
2 ,0 1 4 ,2 2 1 1 9 ,6 2
1 ,9 1 2 ,8 0 1 1 8 ,0 1
1 ,8 1 1 ,3 8 1 1 6 ,3 3
1 ,7 9 ,9 6 1 1 4 ,5 7
1 ,6 8 ,5 3 1 1 2 ,7 3
1 ,5 7 ,1 1 1 1 0 ,7 9
1 ,4 5 ,6 9 1 0 8 ,7 4
1 ,3 4 ,2 7 1 0 6 ,5 6
1 ,2 2 ,8 4 1 0 4 ,2 5
1 ,1 1 ,4 2 1 0 1 ,7 6
1 ,0 3 3 0 ,4 7 1 0 0 ,0 0
Tab. 2 - Relação entre pressão
Reunion
e temperatura de ebulição Reunion
Vácuo
2
k g f/c m (a ) “ H g (v á c u o ) (o C )
0 ,8 9 5 4 9 6 ,0
0 ,8 3 3 5 9 5 ,0
0 ,8 0 0 6 9 3 ,9
0 ,7 6 7 7 9 2 ,7
0 ,7 3 3 8 9 1 ,5
0 ,5 6 7 13 8 4 ,8
0 ,5 3 3 14 8 3 ,3
0 ,5 0 0 15 8 1 ,6
0 ,4 6 7 16 7 9 ,9
0 ,4 3 3 17 7 8 ,1
0 ,2 6 7 22 6 6 ,5
0 ,2 0 0 24 6 0 ,2
0 ,1 6 7 25 5 5 ,8
0 ,1 3 6 26 5 1 ,5
0 ,1 0 1 27 4 5 ,5
Reunion
Príncipio de Rillieux
Num múltiplo efeito o princípio de Rillieux diz que:

“Um quilograma de vapor evaporará um número de quilogramas de água


do caldo igual ao número de corpos do múltiplo efeito”.

Portanto:
- num quádruplo efeito, um quilo de vapor evaporará quatro quilos de água;
- num quíntuplo efeito, um quilo de vapor evaporará cinco quilos de água.
Vantagens do uso do Reunion
múltiplo efeito
† Economia de vapor = Princípio de Rillieux descrito acima.
Exemplo: Qual seria o consumo de vapor de escape para se concentrar 100 toneladas de
caldo por hora de 15 oBx até 60 oBx, num triplo, num quádruplo e num quíntuplo
efeito? o
Água Consumo de
Tipo N de efeitos Evaporada Vapor de Economia
(t/h) Escape (t/h) (%)
Simples 1 75 75 0
efeito
Triplo 3 75 25,00 67
Quádruplo 4 75 18,75 75
Quíntuplo 5 75 15,00 80

Aumento da diferença de temperaturas para evaporação.


Maior diferença de temperaturas entre o vapor de aquecimento e o caldo,
correspondente à diferença entre as temperaturas de ebulição do caldo no primeiro e
no último efeito.
Diminui o tempo de exposição do caldo a altas temperaturas.
Desta forma se evita a inversão, a caramelização da sacarose e portanto a formação
de cor, que é maior à medida em que o caldo se torna mais concentrado.
Reunion
Limites de temperaturas
† Temperatura Superior:
Existe uma temperatura crítica acima da qual o açúcar contido no caldo tende a
caramelizar, causando ao mesmo tempo a perda de sacarose e a formação de cor. A cor
persistirá até a formação do cristal no cozimento, comprometendo sua qualidade.
Na literatura, para caldo de cana, há várias recomendações, que variam de 118 a
o
125 C, como temperaturas máximas a serem atingidas pelo caldo em evaporadores
comuns (“Robert”) operando como primeira caixa (pré-evaporador), onde o tempo de
contato pode ser de alguns minutos (3 a 4 minutos).
Por segurança não se deve exceder o valor de 120 oC, a uma pressão
relativa de 1,0 kgf/cm2
Evaporadores de passagem rápida permitem o uso de temperaturas maiores. O
quadro
Tipoabaixo mostra as condições
Caldopara primeira caixa (pré-evaporador).
Vapor de aquecimento
T máx (oC) P (kgf/cm2 r) T máx (oC) P (kgf/cm2 r)
Robert 120 1,0 125 a 130 1,3 a 1,7
Kestner 125 1,3 130 a 135 1,7 a 2,2

† No caso de evaporadores de filme-descendente, onde a passagem de caldo é


muito rápida, se permitem temperaturas de até 130 oC.
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Limites de temperaturas
Temperatura inferior:
O limite da temperatura inferior é dada por:
Aumento da viscosidade do xarope dificultando a transmissão de calor;
Arraste

Em evaporadores tipo Roberts, a temperatura no último efeito deve ser mantida


ao redor de 55,8 oC, que corresponde a um vácuo de 25 “Hg. Não se deve
operar a evaporação com um vácuo na última caixa inferior a 24 “Hg (60,2 oC) e
nem superior a 26 “Hg (51,5 oC).
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Diferença total de temperaturas
† Diferença total de temperatura disponível para operação:
Respeitando-se os limites apresentados se obtém esta
diferença:
Vapor de aquecimento = 127 oC
Vapor do último efeito = 56 oC
Diferença disponível = 71 oC
Reunion
Limite de concentração
A concentração na qual o açúcar contido no xarope começa a cristalizar
está ao redor de 78 a 80 oBx.
Por segurança, para se evitar que ocorra a cristalização de açúcar,
deve-se evitar a elevação da concentração do xarope acima de 70 a 72 oBx

Deve ser meta da estação de evaporação a produção de xarope com


concentração de 65 oBx.

Vantagens do uso de xarope com esta concentração:

„ Economia de vapor no cozimento.


„ Menor tempo envolvido nas operações de cozimento.
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Tipos de Evaporadores
† Os equipamentos de evaporação mais encontrados nas usinas de
açúcar no Brasil são do tipo “Robert”. Além deste há outros tipos no
mercado mundial, alguns já instalados no Brasil, como os a placas e os
de filme descendente.
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Evaporador Robert
† É o equipamento de evaporação de construção mais simples e de fácil instalação e operação. É constituído
de um feixe tubular, um domo superior para separação de arraste e coleta de vapor e um fundo para
circulação de caldo.
† Aspectos construtivos:
O feixe tubular, também chamado de calandra, é formado por dois espelhos perfurados, onde são fixados os
tubos por mandrilhamento. Geralmente são utilizados tubos com diâmetro de 38,1 mm (1 ½ “), de aço
carbono, cobre ou aço inox. O comprimento dos tubos varia de 2,0 a 4,0 m dependendo de sua posição no
múltiplo efeito.
Com a finalidade de se diminuir o risco de arraste de gotículas de caldo pelo vapor de água que deixa o
evaporador, a altura do domo superior deve ser igual a 2 a 2,5 vezes o comprimento dos tubos. A literatura
chega a citar um mínimo de 1,5 vezes o comprimento dos tubos, mas o ideal é que não seja inferior a duas
vezes este comprimento.
Lembrar que “o melhor separador de arraste é a altura do espaço vapor acima do espelho”.
† Vantagens deste equipamento:
-Equipamento de construção simples; Fácil instalação e operação; Múltiplo efeito é auto-regulável;Menor
custo; Fácil automação; Bom para separação de arraste.
† Desvantagens:
- Capacidade limitada de troca térmica;
- Maior tempo de retenção do caldo em temperaturas mais altas.
VAPOR
SEPARADOR DE
ARRASTE
VEGETAL Reunion
CENTRÍFUGO

VAPOR + GASES
INCONDENSÁVEIS

VAPOR DE
AQUECIMENTO Fig. 1 -
Evaporador
tipo Robert
ENTRADA DE
CALDO

CONDENSADO

SAÍDA DE
CALDO
CONCENTRADO
Reunion
Múltiplo Efeito
Reunion
Múltiplo Efeito
Reunion

Múltiplo Efeito
Reunion

Múltiplo Efeito
Reunion
Evaporador Kestner
† Nos evaporadores Kestner (ver figura 3), como nos Robert, o caldo sobe pelo interior dos tubos devido ao
aquecimento. A diferença reside no fato de que os Kestner usam tubos muito longos (7 metros).
† Quando o caldo é aquecido num tubo vertical muito longo, as bolhas que se formam na base aumentam em
tamanho à medida que sobem e seu diâmetro rapidamente atinge o diâmetro do tubo. Daí em diante a
parte superior dos tubos é percorrida por, primeiro, uma corrente de bolhas e, depois, por um filme de
caldo, arrastado pela fricção da corrente ascendente de vapor. Estes aspectos favorecem a transmissão de
calor pela:
- diminuição da distância média entre as partículas de caldo e a superfície dos tubos;
- elevada velocidade do líquido.
Desta maneira, o coeficiente de troca térmica é cerca de 30 % maior que nos evaporadores comuns.
† Nos evaporadores Kestner o nível de caldo deve ser mantido a 20 % da altura dos tubos, de forma a
permitir seu rápido aquecimento e formação de bolhas, o que garantirá sua aceleração vertical. Portanto,
nos Kestner é muito importante que o caldo entre com temperatura próxima a seu ponto de ebulição, se
tornando obrigatório o pré-aquecimento do caldo.
† Devido ao fato do caldo a baixa concentração formar um filme ascendente com facilidade, o que já não
ocorreria com o xarope ou caldos mais concentrados, e, também devido ao fato do vapor de escape causar
uma ebulição mais violenta que o vapor vegetal sob vácuo, os Kestner geralmente são usados como pré-
evaporador ou primeiro efeito.
Reunion
Evaporador Kestner

Vantagens de uso dos Kestner:


- ocupa menor área projetada para capacidades iguais aos Robert
correspondentes;
- permite a construção de prés e primeiros efeitos com dimensões
reduzidas, quando a superfície de evaporação necessária é muito grande
em função das sangrias de vapor necessárias.

Desvantagens:
- submete o caldo a temperaturas mais elevadas (não tão prejudicial por
ser por pouco tempo, minimizando a inversão);
- grande sensibilidade às variações de nível e de vazão de caldo;
- automação obrigatória;
- pode apresentar consumo de energia de bombeamento, se operar com
circulação forçada.
Reunion
Evaporador Kestner
Reunion
Evaporador a Placas
† Estes evaporadores foram desenvolvidos a partir dos trocadores de calor a placas, com
adaptações para circulação do caldo em fluxo vertical ascendente.
† Necessitam de grandes vasos separadores de vapor, podendo ser instalados em paralelo a
caixas “Robert” existentes como “boosters”. Podem ser instalados dentro de vasos “Robert”,
com remoção da antiga calandra.
† Sua taxa de evaporação chega a ser o dobro das taxas normalmente encontradas nos
“Robert”.
† Vantagens deste equipamento:
- ocupa pequena área projetada em comparação com Robert de mesma capacidade;
- capacidade pode ser aumentada com facilidade, pela inclusão de mais placas;
- pode ser instalado como “booster” com investimentos reduzidos;
- pode ser instalado no interior de caixas Robert, com remoção da antiga calandra.
† Desvantagens:
- automação é obrigatória;
- requer recirculação, levando a custos extras de bombeamento;
- unidades muito grandes podem apresentar problemas de circulação levando a
incrustações severas, sendo fundamental um sistema de CIP.
Reunion
Fig. 4 - Evaporador a Placas
Reunion
Fig. 4 - Evaporador a Placas
Reunion
Fig. 4 - Evaporador a Placas
Evaporador de Filme Reunion
Descendente (Falling Film)
† Este tipo de evaporador se caracteriza por ter o caldo circulando pelos tubos
verticalmente, de cima para baixo. Desta forma não há acúmulo de caldo nos tubos
formando uma coluna hidrostática, não existindo, portanto, aumento da temperatura de
ebulição. Nos “Robert” este fato diminui a diferença de temperatura efetiva na caixa.
† O vapor que se desprende do caldo, que circula verticalmente, de cima para baixo,
impulsiona o líquido para baixo, formando um filme descendente que molha totalmente
a supefície interna dos tubos. Portanto, este equipamento apresenta as vantagens dos
“Kestner”, sem o superaquecimento na parte inferior, mencionado acima.
† Os evaporadores de filme descendente, por poderem trabalhar com diferenças
menores de temperatura, permitem o uso de um número maior de efeitos. Com isso as
sangrias para aquecedores e cozedores podem ser feitas de efeitos mais próximos do
condensador, aumentando a economia de vapor de escape utilizado na evaporação.
† Este equipamento permite também o uso de temperaturas (pressões) maiores no vapor
de aquecimento, uma vez que a permanência do caldo nesta condição é minimizada
pela alta velocidade de circulação.
Evaporador de Filme Reunion
Descendente (Falling Film)
Vantagens deste equipamento:
- trabalha com pequenas diferenças de temperatura;
- coeficiente de transferência de calor maior que dos “Robert”;
- ocupa pequena área projetada.

Desvantagens:
- necessita dispositivo especial e eficaz que garanta perfeita
distribuição de caldo nos tubos, de forma a garantir superfície
de aquecimento permanentemente molhada;
- apresenta custo de bombeamento, com maior consumo de
energia, pois necessita de bombas de recirculação para todos
os efeitos;
- pode apresentar problemas severos de incrustação, sendo
fundamental um sistema CIP.
Fig. 5 - Evaporador de Filme
Reunion
Descendente (Falling Film) Reunion
Reunion
Reunion
Reunion
Reunion

Sistema de distribuição
SPRAY SYSTEMS
Reunion
Múltiplo Efeito
Reunion
Múltiplo Efeito
Reunion
Evaporador Híbrido Reunion
Placas / Filme Descendente
† Este equipamento tem seu princípio de funcionamento baseado na combinação dos
princípios do evaporador a placas e do de filme descendente. Sua superfície de aquecimento
é formada por um pacote de placas que permite que o caldo circule na vertical descendente,
na forma de filme, em canais com a forma de tubos, com o vapor circulando pelo lado de
fora, na parte corrugada das placas.

† Vantagens deste equipamento:


- segundo o fabricante, apresenta o maior coeficiente de troca térmica
- pode trabalhar com pequenas diferenças de temperatura;
- pode ser montado no interior de Robert existente, após remoção da calandra;
- baixo tempo de residência do caldo (preserva o caldo).

† Desvantagens:
- difícil limpeza em caso de incrustação do pacote de placas, por ser todo soldado.
Absolutamente indispensável um sistema CIP
Fig. 6 - Evaporador HíbridoReunion
Reunion
Placas / Filme Descendente
Reunion

Reboilers
Reunion
Circulação do caldo
† Deve ser uniforme e adequada.
„ Falta de caldo: aumento nas incrustações
„ Excesso de caldo: redução da capacidade
† Num múltiplo efeito tipo Roberts, o que faz com que o caldo circule de uma
caixa para a outra é a diferença de pressões existente entre elas.
† As pressões de operação das caixas num múltiplo efeito podem se distribuir
como apresentado na tabela abaixo:
„ Distribuição de pressões num múltiplo efeito (bar)
Caixa Pré 1o 2o 3o 4o
Quádruplo 1,70 1,19 0,68 0,167
Quíntuplo 1,90 1,47 1,03 0,60 0,167

„ Distribuição de temperaturas do vapor num múltiplo efeito (o C)


Caixa Pré 1o 2o 3o 4o
Quádruplo 115 104 88,5 55,8
Quíntuplo 118 110 100 85,5 55,8
Reunion

CIRCULAÇÃO
DO CALDO
FUNDO A
FUNDO POR
VÁLVULA

Neste sistema a tubulação de caldo é retilínea e pequena, entrando pelo fundo do evaporador. O
caldo pode ser distribuído por vários métodos: flange cônico ou serpentina com furos ou fendas,
que dirigirão o caldo em direção aos tubos da periferia da calandra.

O caldo é forçado pela pressão e, particularmente, pelo seu “flash” em direção aos tubos e na
direção oposta daquela do caldo concentrado que está saindo do evaporador. O caldo irá, no
mínimo uma vez, subir pelos tubos de aquecimento, se evaporando, antes de descer pelo tubo
central.
Reunion

CIRCULAÇÃO DO CALDO
FUNDO A FUNDO COM
SIFÃO
Reunion
Circulação do
caldo Chapman
Consiste no fechamento da parte inferior do
tubo central por um funil, que forma o ponto
de saída do caldo que passa à caixa
seguinte. Este sistema obriga o caldo a
passar pelo menos uma vez através dos
tubos, não havendo curto-circuito. Esta
modificação é fácil de ser implantada, mas
deve-se lembrar que ela elimina a
possibilidade de garantia de recirculação de
caldo em caso de necessidade.
VAPOR
Reunion
VEGETAL

Similar ao sistema anterior, com o


funil instalado no interior do tubo
VAPOR + GASES INCONDENSÁVEIS central. A borda superior do funil
ocupa apenas parte da área de
passagem do tubo central e esta
localizada a cerca de 30 % da
altura dos tubos. Em caso de
necessidade este sistema permite
a recirculação de caldo.

Circulação
“Webre”
ENTRADA DE
CALDO CONDENSADO

SAÍDA DE
CALDO CONCENTRADO
Fundo a Fundo com Reunion
controle de nível
† Para perfeito funcionamento de um evaporador é muito importante
a manutenção do nível de caldo em seu interior em seu ponto
ótimo, pois sua eficiência cai rapidamente para valores abaixo ou
acima deste ponto.

† Geralmente as válvulas disponíveis para controle do caldo são


manuais e atuadas pelos operadores. Como é muito difícil para os
operadores controlarem o nível de caldo dentro de limites muito
estreitos, pode se fazer uso de sistemas automáticos de controle
de nível, que mantém o nível praticamente constante.

† Recomendação: Prever a instalação de amostradores em todos os


pontos de entrada e saída de caldo de cada caixa, para avaliação
periódica de seu desempenho. Desta forma se pode, rapidamente,
identificar alguma caixa problemática para inspeção e reparos.
Fundo a Fundo com Reunion
controle de nível
CONTROLE AUTOMÁTICO PELA Reunion
ENTRADA
Reunion
CONTROLE AUTOMÁTICO PELA SAÍDA
ÁGUA

PCV
01

HLA LLA
CALDO 01 01 PC
01
CLARIFICADO

VAPOR

FC
01

FCV
01
LC LC LC
LCV LCV LCV
01 02 03
01 02 03

XAROPE
Reunion
CONTROLE AUTOMÁTICO LTFF
Reunion
Nível de caldo
† O nível de caldo nos evaporadores está diretamente ligado à performance do equipamento.
† Se o nível estiver muito baixo, o caldo em ebulição não atingirá o topo dos tubos, podendo
secar e levar à queima de açúcar.
† Se o nível estiver muito alto, os tubos estarão submersos desaparecendo o efeito de filme
ascendente comprometendo a evaporação.
† Experimentos feitos por Kerr resultaram no gráfico apresentado na figura 8. Este gráfico
mostra a variação da taxa de evaporação (coeficiente de transmissão de calor) em função do
nível hidrostático de caldo na calandra. O gráfico mostra claramente o máximo de taxa de
evaporação para o nível de caldo a 35 % da altura dos tubos a partir do espelho inferior.
Pode-se considerar que a taxa é máxima para níveis de caldo entre 30 e 40 % da altura dos
tubos.
† Geralmente se diz que o nível de caldo deve ser mantido a 1/3 (33 %) da altura dos
tubos, no entanto a prática mostra que este valor pode variar de 20 a 35 %.
† Por isso, o funil interno para coleta de caldo deve ser instalado a 1/3 da altura dos
tubos.
† Quando a operação da evaporação é feita manualmente, é necessária a instalação de
garrafas com indicadores de nível em todas as caixas de evaporação. Desta forma o
operador pode visualizar o nível de caldo, melhorando suas ações de controle.
† Em operação manual deve-se preferir a interligação entre caixas através de sifão invertido.
Facilita-se o controle de nível e garante-se que não haverá passagem de vapor de uma caixa
para a outra.
Reunion
Nível de caldo
Reunion
Remoção de xarope do Reunion
último efeito
† O último efeito opera sob vácuo (25 “Hg) e portanto a remoção de xarope de seu
interior só pode ser feita por coluna barométrica ou por bomba.
† A retirada por coluna barométrica é simples e eficaz, mas só pode ser praticada
se a altura geométrica disponível for da ordem de 10 metros.
† A retirada por bombas pode ser feita diretamente na tubulação ou através de
tanque situado no piso inferior da fábrica, que serve de selo hidráulico para a
coluna que conduz o xarope desde o evaporador. Havendo altura suficiente, esta
última solução deve ser a preferida. Se o selo for atmosférico, melhor ainda, pois
a bomba não terá sua sucção trabalhando sob vácuo (sujeita a vazamentos de
ar, necessitando de checagens freqüentes). As bombas utilizadas para esta
operação são do tipo centrífugas. Neste caso, lembrar que concentrações
elevadas (brix muito alto) dificultam o bombeamento.
† O controle da remoção de xarope deve ser feita pela válvula da descarga da
bomba e nunca pela da sucção, que deve permanecer sempre totalmente aberta.
Desta forma evita-se a cavitação, protegendo-se o rotor.
Decantador de xarope e Reunion
caixa de xarope
† A instalação de decantador de xarope é altamente benéfica, pois promove a
retenção de uma grande quantidade de partículas que, de outra forma, seriam
enviadas ao cozimento.

† Além do decantador de xarope, a usina deve dispor de uma caixa pulmão de


xarope com tempo de acumulação mínimo de 1 hora, para absorver as variações
de processo. Esta caixa assume primordial importância caso a usina opere
flotação de xarope.
Reunion
O Vapor de Aquecimento
† O aquecimento do pré-evaporador é feito com vapor de escape. A capacidade de projeto de
um conjunto de evaporação é definida em função da pressão e temperatura escolhidas para
trabalho.
† Se a pressão do vapor de escape cai, esta diferença diminui, caindo a capacidade do
conjunto de evaporação.
† Hugot (1), na página 574, mostra os ganhos em taxas de evaporação para um aumento de 1
oC na temperatura do vapor de escape e para a diminuição de 1 oC na temperatura do vapor

no último efeito:
„ Aumento de 1 oC na temperatura do escape resulta em
† aumento de 3% na taxa média de evaporação .
† Diminuição de 1 oC na temperatura do vapor do último efeito resulta em
aumento de 0,9% na taxa média de evaporação .
† Destes fatos decorre a importância da manutenção da pressão (temperatura) do vapor de
escape em seu valor de projeto, com a menor flutuação possível.
† Por outro lado é também muito importante que o vapor de aquecimento chegue à
evaporação saturado ou muito próximo da saturação, senão o vapor, ao entrar no
equipamento, precisará primeiro se resfriar até a temperatura de saturação para então
condensar, cedendo seu maior conteúdo de calor ao caldo.
† Destes fatos decorre a importância da instalação de um dessuperaquecedor na linha de
vapor de escape que alimenta a evaporação, para controle de sua temperatura.
Reunion
Sangrias
† Antigamente os conjuntos de evaporação eram construídos com todos os corpos do
múltiplo efeito de igual tamanho e cada um fornecia vapor ao corpo seguinte.
† Mesmo nestas condições, é possível se retirar uma parte do vapor que se dirige a
qualquer uma das caixas para utilização em aquecimentos.
† A este vapor vegetal retirado para outros usos se dá o nome de “sangria”. Ver figura 9.
† Estas quantidades de vapor a serem sangradas devem ser consideradas já quando do
projeto da estação de evaporação, para que as áreas de troca térmica dos corpos sejam
adequadas.
† A operação de sangria é muito vantajosa sob o ponto de vista de otimização do balanço
térmico. Sempre que se utiliza vapor vegetal sangrado de uma caixa de evaporação se
economiza vapor de escape, melhorando o balanço térmico e propiciando economia de
bagaço. Esta economia é maior à medida que a sangria é feita de caixas mais próximas
da última.
† O múltiplo efeito oferece uma ampla gama de temperaturas de vapor, por meio das quais
pode ser concebido um sistema de aquecimento em degraus do caldo frio até a
temperatura usada na decantação. Se em cada etapa se procurar utilizar o máximo
possível de vapores de baixa temperatura a economia de vapor obtida será maximizada.
† .
Reunion
Sangrias
Exemplos de sangrias normalmente praticadas:
Efeito de origem do vapor de sangria Uso
1a Caixa - Pré-evaporador Aquecimento de caldo para “flash”
Aquecimento de caldo clarificado
Cozedores a vácuo
Destilaria

2a Caixa Aquecimento de caldo a sulfitar


Cozedores a vácuo

3a Caixa Aquecimento de caldo a sulfitar

Recomendação:
Evitar a interligação de vapores vegetais de pressões diferentes para fornecimento alternativo a
um mesmo equipamento. Exemplo: conexão de vapor de 2a e de 3a caixas num mesmo aquecedor
de caldo.
As válvulas podem não vedar adequadamente e se promoveria o vazamento e mistura de vapores,
eventualmente atrapalhando a circulação de caldo no múltiplo efeito pela equalização de pressões
Reunion
Sangrias
Reunion
Condensados
† Todo vapor que entra na calandra de qualquer evaporador se condensa nos
tubos para ceder seu calor latente ao caldo, permitindo sua ebulição e
concentração.

† O vapor ao se condensar se transforma em água, chamada de condensado,


que deve ser removido da calandra o mais rápido possível, para não inundar a
calandra cobrindo os tubos, ou parte dos tubos, diminuindo a capacidade do
evaporador.

† A remoção deste condensado é feita através de drenos localizados na parte


inferior da calandra, nivelados ao espelho inferior.

† Os drenos de condensados devem ser amplos e instalados junto a calandra


na forma de caixas. Estas caixas são excelentes pontos para instalação de
sistemas de retirada de gases incondensáveis. A conexão dos tubos com as
caixas de drenagem deve ser feita através de uma redução, a fim de que a
captação dos condensados não sofra interferência de gases e vapores
Sistemas para Retirada Reunion
de Condensados
† Calandra sob pressão positiva:
- purgador;
- tanque de coleta, com controle de nível.

† Calandra sob vácuo:


- coluna barométrica com caixa selada;
- sifão com balões de “flash”.
Reunion
Purgadores
† Se trata de sistema mecânico cujo princípio de funcionamento se baseia na
diferença de densidade entre vapor e condensado. Dentre os vários tipos e
modelos existentes no mercado, o termostático de bóia tem funcionado bem,
permitindo, inclusive, a eliminação de ar e gases incondensáveis. Apresenta
fragilidade a golpes de ariete.

† Outro tipo também bastante utilizado e o térmico, que também funciona por
diferença de temperaturas. Seu sistema consiste de fole metálico ou
membranas, que sofrem dilatação acionando a haste da abertura de descarga.
† Este purgador apresenta dimensões reduzidas, grande capacidade de descarga
e pode operar sob vácuo. Também apresenta fragilidade a golpes de ariete.
Precisa ser instalado em local que garanta coluna de condensado a montante do
purgador.

† Os purgadores apresentam a desvantagem de serem caros e apresentarem


manutenção onerosa.
Tanque de Coleta de Controle
Reunion
de Nível Reunion

† Trata-se de solução alternativa ao uso de purgadores para caixas sob pressão


positiva, relativamente barata, eficiente e de fácil manutenção. As tubulações de
drenagem da calandra do pré-evaporador são encaminhadas a um tanque
pressurizado, localizado no piso inferior à evaporação. Este tanque dispõe de
uma malha de controle de nível de forma a manter um nível de segurança e
selagem, liberando o condensado, à medida em que é formado, para envio ao
tanque de água de alimentação das caldeiras ou ao sistema de “flash”.
Tanque de Coleta de Controle de NívelReunion
Reunion
Coluna Barométrica com caixa
Reunion
de Selo Reunion

† Trata-se de uma tubulação vertical, cuja extremidade superior esta conectada


aos drenos de coleta de condensado do fundo da calandra de um evaporador e a
extremidade inferior fica mergulhada num poço de selagem. É um sistema
eficiente, de baixíssimo custo, praticamente sem manutenção, exigindo apenas a
disponibilidade de desnível vertical adequado. Apresenta uma única
desvantagem que não permitir o aproveitamento do “flash” do condensado.

† Todas as colunas barométricas da evaporação podem se dirigir a uma única


caixa, compartimentada, centralizando a coleta. Neste caso o fluxo de
condensado sempre deve ser do mais frio para o mais quente, para se evitar a
auto evaporação do selo hidráulico que quebrará o vácuo.
Coluna Barométrica com caixa
Reunion
de Selo Reunion

† Trata-se de uma tubulação vertical, cuja extremidade superior esta conectada


aos drenos de coleta de condensado do fundo da calandra de um evaporador e a
extremidade inferior fica mergulhada num poço de selagem. É um sistema
eficiente, de baixíssimo custo, praticamente sem manutenção, exigindo apenas a
disponibilidade de desnível vertical adequado. Apresenta uma única
desvantagem que não permitir o aproveitamento do “flash” do condensado.

† Todas as colunas barométricas da evaporação podem se dirigir a uma única


caixa, compartimentada, centralizando a coleta. Neste caso o fluxo de
condensado sempre deve ser do mais frio para o mais quente, para se evitar a
auto evaporação do selo hidráulico que quebrará o vácuo.
Recuperação do Vapor Reunion
de Flash dos Condensados
† Sifões com balões de “flash”: trata-se de sistema de coleta de condensados que
permite o aproveitamento de parte de seu conteúdo de energia, pelo uso do
vapor de flash obtido pela exposição do condensado de uma caixa à pressão
menor da caixa seguinte

† Vantagens deste sistema:


- economiza energia;

- apresenta pequeno investimento inicial;

- baixíssimos custos de manutenção.


Recuperação do Vapor Reunion
de Flash dos Condensados
Reunion
Reunion
Utilização de Condensados
† O condensado do pré-evaporador deve ser reservado para utilização
como água de alimentação de caldeira.

† O condensado dos demais efeitos deve ser utilizado para:


- Embebição de cana;
- Lavagem de torta de filtro;
- Lavagem de açúcar nas centrífugas;
- Diluição de méis;
- Queima de cal;
- Lavagem de pisos e equipamentos;
- Reposição de água de lavagem de cana.

† Deve-se procurar fazer o máximo uso desta água com a finalidade de


se diminuir ou eliminar a necessidade de captação de água bruta para
as mesmas finalidades.
Reunion
Incondensáveis
† O vapor que chega às calandra de qualquer evaporador traz consigo gases incondensáveis
que precisam ser removidos continuamente. Seu acúmulo na calandra compromete o
processo de transferência de calor impedindo o perfeito funcionamento da caixa, podendo
interromper a evaporação.
† Os incondensáveis se originam de:
- ar contido no vapor de escape. Seu teor não é muito elevado, sendo maior durante as
partidas;
- gases dissolvidos no caldo e liberados durante a ebulição;
- vazamentos de ar para o interior dos corpos sob vácuo, através de juntas, válvulas visores.
† A maior parte destes gases é formada por ar.
† As quantidades destes gases presentes nos vapores é pequena para os corpos aquecidos
com vapor de escape, mas é bem maior para os corpos aquecidos com vapor vegetal,
principalmente para aqueles sob vácuo (mais sujeitos a vazamentos de ar para seu interior).
† Uma pequena proporção de gases incondensáveis é suficiente para fazer com que a
temperatura de condensação do vapor na calandra caia abaixo da temperatura do caldo que
deveria aquecer.
† Por isso sua remoção deve ser eficaz e contínua.
Reunion
Retirada de Gases
† Geralmente os corpos de evaporação têm tubulações para retirada de gases na
parte superior e na parte inferior das calandras. Testes mostraram que a
proporção de gases incondensáveis é maior na parte inferior da calandra.
Portanto, durante a operação pode-se praticamente operar com as retiradas
superiores de incondensáveis fechadas, mas nunca com as inferiores, que
sempre deverão estar purgando gases.

† O método para verificar se a remoção está sendo eficiente ou não faz uso da
medição da temperatura do vapor de aquecimento da calandra e do vapor
retirado através da tubulação de degasagem, antes da válvula de regulagem. O
vapor saindo pela degasagem deverá apresentar uma temperatura de cerca de 2
a 3 oC abaixo do vapor de aquecimento da calandra.
Reunion
Retirada de Gases
Reunion
Vácuo
† O sistema de evaporação em múltiplo efeito só funciona porque é possível se
estabelecer uma diferença de temperatura de cerca de 70 oC, entre o vapor de
aquecimento (escape - 127 oC) e o vapor que sai do último corpo (vegetal - 57
oC).

† Para obtenção desta temperatura de 57 oC no último efeito, se faz uso da


geração de vácuo em seu espaço vapor, que deve ser mantido a cerca de 25
a 26 “Hg.
† O trabalho sob vácuo apresenta as seguintes vantagens:
- reduz a temperatura de ebulição, permitindo a evaporação da água
(concentração) a baixas temperaturas;
- diminui a temperatura de operação, evitando a destruição de açúcar e a
formação de cor.
† O vácuo é um dos extremos que garante a capacidade do multiplo efeito,
portanto deve ser mantido alto (25 - 26 “Hg) e estável, evitando-se flutuações.
† Para manutenção eficiente de vácuo alto e estável é através da instalação de
sistema automático de controle de pressão no último corpo, atuando na
válvula de alimentação de água ao condensador.
Reunion
Condensadores
† Nos sistemas de evaporação se aproveita a condensação do vapor que deixa o
último efeito para geração do vácuo. Os equipamentos utilizados para este fim
são os condensadores barométricos.
† Nos condensadores o vapor que chega do evaporador é colocado em contato
direto com a água de condensação. São, portanto, trocadores de calor de
contato direto.

† Existem dois tipos de condensadores :


- as colunas barométricas, e;
- os multijatos .
Reunion
Colunas Barométricas
† São equipamentos que permitem o contato íntimo do vapor com a água, facilitando a
condensação. Dispositivos internos fazem com que a água se apresente sob a forma
de gotas, cortina, filme etc, aumentando sua área exposta ao vapor.

† Podem ser concorrente (água e vapor fluem de cima para baixo) ou contracorrente
(vapor entra por baixo e sob através da água).

† Este equipamento necessita de bomba de vácuo, ou ejetor, para remoção dos gases
incondensáveis.

† Condensadores contra corrente com saída de ar pelo topo fornecem gases com
temperatura mais baixa, diminuindo o consumo de potência na bomba de vácuo.
Reunion
Multijatos
†São equipamentos que também permitem o contato íntimo água/vapor, só que através de
jatos de água formados por bicos especiais, instalados em um espelho.

†O vapor entra abaixo do espelho e os jatos de água são responsáveis pela condensação e
pela remoção dos gases incondensáveis do interior do equipamento.

†O multijato apresenta a vantagem de não necessitar do sistema de retirada de gases


incondensáveis.

†Importante
A diferença entre as temperaturas do vapor que entra e da água que deixa o condensador
mede a eficiência do equipamento. Quanto menor esta diferença maior a eficiência do
equipamento. Na prática esta diferença chega a valores da ordem de 12 a 14 oC, mostrando
equipamentos funcionando de forma ineficiente. Existem equipamentos bem projetados
onde esta diferença chega a atingir 3 oC, significando grande economia de água.
Ar
Ar

Água Água
Reunion
fria

Vapor a Vapor a
Condensar Condensar

Condensador
Barométrico

Água Água
Quente Quente

Água
fria

Ar Ar
Condensadores

Multijato

Água
Quente

Figura 13. Geração de vácuo. Condensadores


Reunion
Recomendações e Cuidados
†Uma boa distribuição de água é fundamental para uma boa performance do condensador,
portanto bandejas e bicos devem ser mantidos conforme projeto.

†Vazamentos de ar comprometem o desempenho do condensador e do múltiplo efeito, portanto


verificações periódicas são necessárias em acessórios de tubulação, flanges, visores, etc..

†Alimentação constante de água na vazão, pressão e temperatura adequadas.

†A temperatura da água deverá ser a menor possível, pois, quanto maior a diferença de
temperatura entre a água e o vapor menor será o consumo de água.

†Instalar termômetros confiáveis para medição da temperatura do vapor que deixa o último efeito
e na perna de descarga do condensador, para avaliação periódica de sua eficiência.

†A coluna de água que deve ser mantida para garantia de selo entre a pressão exterior e o vácuo
no interior do condensador deve ter, no mínimo, 11 m de altura.
Reunion
Arraste
† Durante todo o processo de evaporação, o caldo é submetido à ebulição, que se caracteriza
pela liberação tumultuosa de vapor, com formação de bolhas e espuma.
† Este fenômeno lança no espaço vapor do corpo de evaporação uma quantidade enorme de
gotas e gotículas, algumas realmente muito pequenas, sempre encapsuladas num filme de
caldo, como uma bolha de sabão. Por serem muito levas, estas bolhas são facilmente
transportadas (arrastadas) pelo vapor que está saindo do caldo e se dirigindo ao corpo
seguinte ou ao condensador.
† O risco da ocorrência de arraste aumenta com o aumento do vácuo, portanto muito cuidado
deve ser tomado com os últimos efeitos. No entanto, sem razão aparente, em muitas
instalações se encontram últimas caixas com altura de espaço vapor muito baixa.
† Quanto menor o tamanho da bolha maior o risco dela ser arrastada. Deve-se cuidar para que
o arraste seja minimizado e aquele que vier a existir seja coletado, pois arraste é sinônimo
de perda de açúcar.
† As perdas por arraste podem chegar a 3% do peso do caldo. Em trabalho efetuado em uma
usina de açúcar do Estado de São Paulo encontrou-se, no condensador da evaporação, uma
perda de 200 kg/h de açúcar para uma moagem de 120 t cana/h, ou seja, cerca de 1,3% do
conteúdo de açúcar do caldo. Já em outra usina, com sistema adequado de separação de
arraste, encontrou-se uma perda de 172 kg/h de açúcar para 720 t cana/h, ou seja, apenas
0,16%.
Reunion
Arraste
† Para se diminuir a quantidade de caldo arrastada, dois cuidados iniciais podem ser
tomados durante a fase de projeto do evaporador:
† 1. Limitar a velocidade do vapor no domo acima do espelho a 5,0 m/s;
† 2. Aumentar a altura do espaço vapor acima do espelho.
† Mesmo assim, como para instalações existentes nem sempre é possível a aplicação
dos critérios acima e visando a garantia de uma diminuição expressiva do arraste,
foram criados os separadores de arraste.
† Existem vários modelos de separadores de arraste:
† Centrífugo;
† De selas ou de anéis;
† De impacto, instalados na tubulação de vapor;
† Mais recentemente:
† Demister;
† De impacto, de venezianas.
CENTRÍFUGO Este separador é montado no interior do evaporador
Reunion
e oferece superfícies curvas e de área de passagem decrescente,
que acelera as partículas de caldo contra suas paredes, coletando-

Centrífugo as. As partículas coletadas voltam por gravidade para o caldo.


Quando bem dimensionado é um dos melhores separadores de
arraste. Se possível deve ser construído em aço inox.
SELAS OU ANÉIS DE PALL. Consiste de uma camada de selas de
porcelana ou de anéis de “Pall”, montada no interior do evaporador,
entre duas superfícies construídas com chapas perfuradas. É um
bom sistema de separação, mas precisa ser dotado de sistema de
limpeza com acionamento externo, se possível com circulação da
mesma solução utilizada para limpeza dos tubos.
IMPACTO Consiste de um pacote de chapas, dobradas em perfíl
conveniente e instaladas alternadamente, de forma que o vapor que
passe entre duas chapas se choque com outra colocada à frente.
Estes separadores trabalham com baixas velocidades de vapor e
por isso apresentam grandes dimensões. Este fato faz com que só
possam ser instalados externamente aos evaporadores, sendo
utilizados apenas entre o último efeito e o condensador.
DEMISTER Este separador é idêntico ao de selas ou de anéis,
sendo estes elementos substituídos por uma espécie de lã metálica.
Requer muito cuidado na instalação, não devendo receber projeção
direta de caldo. Requer muita atenção com os expedientes de
limpeza. Incrusta com muita facilidade e é de difícil limpeza
MUNTERS. Desenho especial que “segura”as gotículas
CENTRÍFUGOS DE VENEZIANA Idêntico aos antigos separadores
de impacto, sendo seus elementos internos construídos em perfil
especial, com tecnologia desenvolvida por alguns fabricantes.
Recomendações e cuidados a Reunion
serem tomados para se evitar o arraste
1- Evitar a elevação do vácuo na última caixa a valores desnecessários. A operação a 25 - 26 “Hg
é satisfatória.

2- Alimentar o caldo pelo fundo da calandra, com defletores.

3- Evitar a operação do múltiplo efeito acima de sua capacidade normal.

4- Manter o nível de caldo a 1/3 da altura dos tubos, evitando variações e, se possível, instalando
controle automático.

5- Equipar o evaporador com um separador eficiente.

6- Manter uniforme a alimentação do múltiplo efeito, evitando variações bruscas.

7- Além de tudo isto, não se deve esquecer que o melhor separador de arraste é a altura do
espaço vapor. O corpo superior deve ter uma altura igual a 2 a 2,5 vezes a altura da calandra.
Reunion
Atenção
† Todo separador de arraste deve dispor de sistema para limpeza freqüente com
água, vapor ou solução de limpeza. Manter as tubulações de retorno de arraste
desobstruídas.

† Deve ser feita rotineiramente a quantificação do arraste apresentado pelos


evaporadores. Desta forma se administra as perdas e se identifica equipamentos
com problemas para programação de reparos. Evita-se também a contaminação
dos circuitos de condensado e de água das colunas barométricas.
Reunion
Perdas por Inversão de Açúcar
† Quanto maior a temperatura e quanto menor o pH, maiores as perdas por inversão. Acima
de 100 oC a taxa de inversão aumenta rapidamente. Quanto ao pH, as perdas são
maiores abaixo de 6,5.
† A estes dois fatores soma-se o tempo de exposição do caldo a determinada temperatura.
† Portanto, pH baixo de caldo clarificado, temperatura alta na evaporação e alto tempo de
retenção nos evaporadores aumentam as perdas de sacarose por inversão.
† Não se deve ficar acumulando caldo nos evaporadores, melhor compatibilizar as vazões e
os volumes dos tanques de caldo clarificado e xarope.
† De acordo com Honig, a queda normal de pH entre o caldo clarificado e o xarope é de 0,3
e não devendo exceder 0,5.
Reunion
Pureza do Xarope
† Geralmente a pureza praticamente não varia do caldo clarificado ao xarope. Pode apresentar
pequenas variações para mais e para menos. No entanto, como esta geralmente é uma
determinação de rotina do laboratório, grandes variações devem ser cuidadosamente
analisadas, pois podem estar indicando destruição de açúcares ou inversão de sacarose.
Reunion
Formação de Cor
† A maior temperatura à qual o caldo estará submetido é aquela reinante no primeiro efeito
(pré-evaporador). Portanto, é neste vaso onde pode haver a maior formação de cor.

† Deficiência de circulação de caldo e altos tempos de retenção também concorrem para o


aumento de cor.

† Vácuo baixo no último efeito é sinônimo de temperaturas altas em todos os efeitos,


aumentando a possibilidade de formação de cor.

† Sistemas de evaporação bem projetados e bem operados geralmente não apresentam


acréscimos significativos de cor.
Reunion
Perda de Calor
† Cada vez mais se vê reforçada a necessidade de economia de energia, por questões
ambientais e mesmo de uso racional, que possa permitir rendimentos adicionais
(economia de bagaço; geração de energia elétrica).
† Sob esse aspecto assume grande importância o isolamento de equipamentos e linhas,
principalmente na evaporação onde a superfície exposta geralmente é muito grande.

† Recomenda-se que todas as superfícies sejam isoladas e que o sistema de isolamento


seja estanque à entrada de água, principalmente se os equipamentos estiverem montados
a céu aberto.
† Kerr estima que as perdas num quádruplo efeito, em porcentagem do vapor fornecido ao
primeiro efeito (pré), sejam:
† 9,8% para instalação não isolada;
5,0% para instalação parcialmente isolada;
2,7% para instalação completamente isolada.
Reunion
Incrustrações e Limpeza
† Durante a operação os tubos dos evaporadores podem se incrustar tanto interna como
externamente.

† Lado Externo
† com óleo, através de vapor contaminado, no pré, sendo hoje uma ocorrência mais rara;
† com lipídios e materiais gordurosos oriundos do caldo, nas caixas que recebem vapor
vegetal;
† com óxidos de ferro ou cobre, formados por ataque do vapor às superfícies de troca térmica
(vapor vegetal com pH baixo);

† com sais de cálcio, magnésio e sílica trazidos pela água de alimentação de caldeiras ou
arrastados do próprio caldo.

† Este depósito interfere na eficiência de transmissão de calor, devendo ser praticada, na


entressafra, uma operação de limpeza das calandras. Esta operação poderia ser efetuada
por: 1. Circulação de soda cáustica concentrada ou 2. Detergentes especiais.
Reunion
Incrustrações e Limpeza
† Para se minimizar a ocorrência deste tipo de incrustação, deve-se:
„ 1. Garantir flash adequado do caldo a ser clarificado;
„ 2. Instalar separadores de arraste eficientes;
„ 3. Fazer tratamento do vapor vegetal (cuidado: produtos à base de amônea não
devem ser usados com tubos de cobre - lembrar dos aquecedores).

† Há casos de evaporadores que apresentam camadas de 20 a 50 cm, no fundo


das calandras, de flocos de material oriundo de corrosão. Este depósito
bloqueia parte da área de troca térmica, dificultando o escoamento de
condensado. Infelizmente muitas situações deste tipo só são resolvidas
quando da troca dos tubos do vaso.

† Esta camada de depósitos pode acelerar a corrosão da tubulação em sua


parte inferior.
Reunion
Lado Interno
†O depósito mais problemático é aquele que ocorre internamente aos
tubos dos evaporadores.
†Estes depósitos têm origem nos:
„ materiais em suspensão no caldo, principalmente se o caldo tiver sido
submetido a uma decantação ineficiente. Este material se deposita
principalmente no primeiro efeito.
„ sais minerais e outros não-açúcares, que, à medida que o caldo vai se
concentrando, vão se tornando insolúveis, precipitando nas paredes
internas dos tubos. O aumento da concentração e a diminuição da
temperatura ao longo do múltiplo efeito faz com que as incrustações se
tornem mais problemáticas nos últimos efeitos.

†A ocorrência de incrustações é facilitada por:


„ deficiência de circulação de caldo nos tubos (falta de caldo leva à queima
de açúcar);
„ irregularidade de fornecimento de caldo à evaporação.
Reunion
Lado Interno
†O material depositado consiste principalmente de:

- Sais de cálcio: fosfatos, sulfatos, sulfitos, oxalatos e carbonato de cálcio;


- Sílica e silicatos. A sílica forma grande parte dos depósitos do último efeito;
- Matéria orgânica: principalmente no primeiro efeito (pré).

†Uma conseqüência imediata da incrustação dos tubos dos evaporadores é a redução da


capacidade do múltiplo efeito. A incrustação reduz o coeficiente de troca térmica, tendo como
conseqüências:

- a diminuição da capacidade de evaporação do conjunto;


- a redução da concentração (brix) do xarope;
- pressão se elevando (vácuo menor) em algumas calandras.
Medidas para Diminuição da Reunion
Formação de Incrustração
† As ações para diminuição da ocorrência de incrustações se iniciam na lavagem de cana, que
contribui para a diminuição da precipitação de sílica e silicatos.

† Em seguida, se o tratamento de caldo for conduzido de forma eficiente, se diminui de forma


importante os teores de matéria orgânica e de sais, orgânicos e inorgânicos, no caldo
clarificado, diminuindo as incrustações.

† Deve-se garantir a operação da evaporação em regime uniforme, com alimentação de caldo


e retirada de xarope constantes.

† A circulação adequada de caldo é importantíssima para a redução das incrustações. Regiões


mais incrustadas indicam deficiência de circulação.

† O nível de caldo nos tubos deve ser mantido próximo a seu ótimo (1/3 da altura dos tubos),
garantindo boa circulação de caldo.

† Lembrar que num tubo bem limpo se torna mais difícil a deposição das incrustações.
Portanto, a limpeza deve ser esmerada, com conferência via calibre, para garantia de
remoção efetiva dos depósitos.
Reunion
Limpeza das Incrustrações
† A remoção das incrustações se faz de duas formas:
1- Mecanicamente, utilizando-se hidrojateamento ou raspadores (rosetas).
2- Quimicamente, através de banhos em ebulição ou sprays a quente, usando soluções de
soda cáustica ou soluções especiais.

† Também se pratica a conjugação de ambos os métodos, pela fervura prévia de solução de


soda antes da remoção mecânica.
† Pré-evaporadores geralmente são limpos adequadamente com raspadores do tipo roseta, ou
pela fervura prévia de soda (8 a 10%, durante 4 a 6 horas), com posterior uso de
hidrojateamento.

† Nos efeitos, a 4a caixa é que geralmente apresenta a incrustação mais difícil de ser
removida. Incrustações mais duras geralmente são melhor retiradas pelas rosetas, mas a
combinação de fervura de soda com o hidrojateamento pode também ser eficaz.

† Não há uma solução única a ser recomendada como regra geral para todas as usinas, pois
as incrustações dependem de particularidades que começam na lavoura, como por exemplo,
tipo de solo. Portanto, cada usina deve experimentar até desenvolver a melhor programação
e a melhor seqüência de operações para remoção de suas incrustações.
Reunion
Reunion
Reunion
Limpeza das Incrustrações
† Uma vez limpos os evaporadores, deve-se cuidar para que:
1- os equipamentos estejam isentos de partículas oriundas das operações de limpeza, para
não comprometer a qualidade do açúcar;
2- as portas de visita inferiores sejam abertas para descarga de material particulado
acumulado;

3- aproveitar a abertura destas portas e inspecionar a parte inferior dos tubos, confirmando a
eficiência de limpeza com cálibres, usinados de acordo com as dimensões internas dos
tubos utilizados;
4- se possível testar as calandras na busca de vazamentos, tubos soltos ou perfurados.
Estas ocorrências fazem com que durante a operação o vapor escape para o lado do caldo,
diminuindo o brix e, durante as paradas, o caldo fluirá para o lado do vapor, podendo
contaminar a água de alimentação das caldeiras.
Reunion
Avaliação de Performance

† A disponibilidade da medição da vazão de caldo alimentada ao múltiplo efeito, mais a


instalação de pontos de amostragem ao longo de todo o conjunto, permite a determinação
da taxa de evaporação apresentada por cada um dos efeitos.

† Este expediente deve fazer parte da rotina do laboratório para execução diária. Os
resultados indicarão claramente caixas que estejam apresentando problemas.
Causas de Mal Funcionamento da Reunion
Evaporação
† Causas possíveis de mal funcionamento da evaporação:
1- Temperatura muito baixa do caldo clarificado entrando nos prés;
2- Vazão de caldo acima do considerado para projeto da evaporação (moagem elevada, taxa de
embebição elevada, maior vazão de água de lavagem de torta);
3- Variações na vazão de caldo;
4- Partidas e paradas freqüentes;
5- Baixa pressão do vapor de escape;
6- Baixo vácuo na última caixa;
7- Deficiência na circulação de caldo;
8- Curto circuito na circulação de caldo;
9- Calandras operando com nível incorreto de caldo;
10- Deficiência na remoção de gases incondensáveis;
11- Deficiência na remoção de condensados;
12- Tubos incrustados;
13- Tubos soltos, furados ou quebrados.
CÁLCULO EVAPORAÇÃO Reunion

† Transmissão de calor em um
evaporador
„ Q = U.A. DT
† Q = Quantidade de calor trocada
† U = coeficiente de troca térmica
† A = superfície de aquecimento
† DT = Diferença de temperaturas
Reunion
CÁLCULO EVAPORAÇÃO

1 1 1 etubo eincrustaçã o
= + + +
U hi ho k tubo k incrustaçã o

† U coeficiente global
† h coeficiente de película
† e espessura
† k condutividade térmica do material
Reunion
CÁLCULO EVAPORAÇÃO
† Ponto de ebulição
„ Depende da pressão
† Pressão da fase vapor (tabela de vapor)
† Pressão hidrostática
„ Depende do teor e tipo de sólidos
dissolvidos
† Ebulioscopia
„ epe = 2B/(100-B)
Reunion
Reunion
Reunion
Reunion
CÁLCULO EVAPORAÇÃO
† Fórmula Empírica de Dessin

Taxa evaporação específica


TEE= c . (100-Bx).(T-54)
Kg/h/m2/C

c = coeficiente de Dessin (incrustação)


Bx = Brix em %
T= temperatura do vapor de aquecimento (oC)
Reunion
CÁLCULO EVAPORAÇÃO
† Coeficientes de Dessin
„ c = 0,001 Hugot
„ c = 0,0007 Brasil

† Hugot diz:
„ c = 0,0007 é medíocre
„ c = 0,001 é razoável
Reunion
CÁLCULO EVAPORAÇÃO
† Relação entre U e TEE
U = TEE . Calor latente de vaporização
Calor latente ~520 a 560 kcal/kg
† Taxa de evaporação = V/A
† V = Vazão de vapor gerado (Kg/h)
† A = Superfície de troca térmica (m2)
Reunion
CÁLCULO EVAPORAÇÃO
Comparison of residence times and heat transfer coefficients in
selected evaporators.
OHTC OHTC
(Wm2K-1) (Wm2K-1)

Type of evaporator Stages Residence time Low viscosity High viscosity


Open or vacuum 30 min / several
pan Single hours 500-1000 < 500
Vertical short Single -- 570-2800 ---
Climbing film Single 10-60 sec 2250-6000 <300
Falling film Single 5-30 sec 2000-3000 --
Plate Three 2-30 sec 2000-3000 --
Centri-Therm Single 1-10 sec 8000

University of Minnesota
Reunion
CÁLCULO EVAPORAÇÃO

Escolha das pressões de trabalho

Hugot recomenda as seguintes proporções da


queda total:

Triplo: 11/30;10/30;9/30
Quádruplo: 11/40;10,33/40;9,67/40;9/40
Quíntuplo: 11/50;10,5/50;10/50;9,5/50;9/50
Reunion
Cálculo da Evaporação
† Aquecimento do caldo no primeiro
efeito
Prática: Adicionar uma superfície extra
calculada pela fórmula:
AQ = 0,1.M.(t1-t0) onde
M = vazão de caldo (kg/h)
t1 = Temperatura do caldo no pré
t0 = Temperatura do caldo antes do pré
Trem de cálculo da Reunion
evaporação
1. Adotar o número de efeitos
2. Adotar o Brix do xarope desejado
3. Determinar as sangrias ( balanço vapor)
4. Fazer o balanço material global
5. Calcular o valor do “x”
6. Fazer os balanços caixa a caixa
7. Calcular o Brix médio de cada caixa
8. Determinar o perfil de pressões desejado
9. Calcular as temperaturas dos vapores
10. Calcular o epe caixa a caixa
11. Calcular o eph caixa a caixa
12. Calcular a temperatura de ebulição do caldo em cada evaporador
13. Calcular a diferença efetiva de temperatura entre o vapor de aquecimento e caldo em
ebulição
14. Calcular a TEE pela fórmula de Dessin
15. Calcular a superfície necessária (considerar a superfície interna)
16. Calcular a superfície necessária para aquecer o caldo à temperatura de ebulição
17. Avaliar os resultados e recalcular se necessário adotando novas pressões de trabalho
Reunion
Referências
1 - Hugot, E. - Handbook of Cane Sugar Engineering - Terceira Edição - Elsevier Publishing
Co. - 1986.

2 - Payne, John H. - Unit Operations in Cane Sugar Production - Elsevier Publishing Co. -
1982.

3 - Perk, Charles G. M. - The Manufacture of Sugar From Sugarcane - Sugar Milling


Research Institute - 1973.

4- Meade, George P.; Chen, James C. P. - Cane Sugar Handbook - John Wiley & Sons -
1977.

5 - Copersucar - Processo de Fabricação de Açúcar - Parte I.

6 - Copersucar - Curso Básico Sobre Operação de Evaporadores.

7 - BMA - Boletim “Information - 34/1996”.


7 -evaporator”
te BMA - Boletim “Information - 34/1996”.
- 1995.

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