Você está na página 1de 40

c ‘ j 


c c ‘ 
  

A topografia, cujo significado etimológico da palavra é ͞descrição do lugar͟, estuda os


instrumentos, métodos de operação no terreno, cálculos e desenhos necessários ao
levantamento e representação gráfica de uma parte da superfície terrestre.
Os egípcios, os gregos, os árabes e os romanos nos legaram instrumentos e processos
que, embora primitivos, serviram para descrever, delimitar e avaliar propriedades rurais, com
finalidades cadastrais. Na ½  
  (Laussedat) são mencionadas plantas e cartas
militares e geográficas organizadas nos primórdios da Topografia, chamada ainda de
Geometria aplicada.
Porém somente nos últimos séculos a topografia teve uma orientação orgânica,
passando do empirismo às bases de uma autentica ciência, devido ao desenvolvimento notável
da matemática e física.
Há registro de que o primeiro trabalho executado com técnicas e estilo próprio foi a
Carta da França, publicada no século XIX pela Academia Francesa e compilada pelo cartógrafo
italiano Cassini.
Os aperfeiçoamentos da mecânica de precisão introduzidos nos intrumentos
topográficos contribuíram eficientemente para o progresso crescente da aplicação dos
métodos desenvolvidos pela Topografia, principalmente no aperfeiçoamento da fotogrametria
terrestre e aérea, esta ultima sendo utilizada na maioria dos grandes levantamentos
topográficos, pela exatidão e custo reduzido. Se dá os créditos dos aperfeiçoamentos da
mecânica de precisão ao suíço Henrique Wild, ao italiano Ignazio Porro, à Pulfrich, à Orel, à
Casa Zeiss e tantos outros, que contribuíram para o progresso da aplicação dos métodos
desenvolvidos pela topografia.

c  ‘       

A topografia tem por finalidade determinar o contorno (ou características


tridimensionais), dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre.
Além da Topografia, podem-se destacar três outras ciências diretamente ligadas aos
processos de levantamento e representação de parte da superfície terrestre: a cartografia, a
geodésia e a fotogrametria.
A cartografia é definida como o conjunto de estudos e observações científicas,
artísticas e técnicas que, a partir de resultados de observações diretas ou da exploração de
documentos, elabora cartas, planos e outros modos de expressão, assim como a sua utilização.
A carta, vista como meio de transcrição gráfica de fenômenos geográficos, constitui o objeto
principal da Cartografia. Portanto o objetivo principal da cartografia é pesquisar métodos,
processos de elaboração e utilização de cartas, além do estudo de seu conteúdo.
A geodésia, do grego geo = terra, daiein = dividir, é uma ciência que tem por objetivo
determinar a forma e a dimensão da terra. A ciência geodésica compreende o estudo das
operações ou medições, assim como os métodos de cálculos aplicados para determinar a
forma e as dimensões da terra e seu campo gravitacional.
A fotogrametria pode ser definida como a ciência, arte e tecnologia de obter
informações confiáveis a partir de fotogramas aéreos ou terrestres, Divide-se em duas áreas
de especialização: métrica e interpretativa. A fotogrametria métrica tem uma grande

1
importância para área de mensuração, pois permite determinação de distancias, elevações,
volumes etc. Além de elaborar documentos cartográficos a partir de medidas realizadas nos
fotogramas. A fotometria interpretativa tem por objetivo proporcionar o reconhecimento de
alguns padrões de objetos (formas, comprimentos, tonalidades, texturas, etc.) baseados em
imagens fotográficas.
Observa-se que a topografia é definida como a ciência aplicada a estudar e
desenvolver métodos e instrumentos destinados a levantar e processar dados do terreno, a
partir dos quais seja possível representar graficamente a realidade física em um documento
cartográfico.
Podemos perceber então que já dois processos interdependentes que constituem o
fundamento dos trabalhos topográficos: o primeiro deles envolve questões métricas de
medição e calculo e o segundo, as questões de representação, surgindo assim duas áreas de
estudo: a topometria e a topologia
Na topometria estudam-se os diferentes métodos e instrumentos disponíveis para a
obtenção das posições de pontos topográficos, bem como os métodos de processamento e
ajustamento das medições. Os pontos topográficos são aqueles que conformam o terreno ou
área de estudo sobre a qual será desenvolvido algum projeto.
A topometria se divide em dois estudos: planimetria e altimetria. A planimetria tem
por objetivo determinar as posições relativas dos pontos topográficos no plano de projeção,
segundo um sistema de referencia previamente estipulado (x,y). A altimetria estuda métodos e
intrumentos destinador a quantificar as distancias verticais (z) dos pontos. Existem ainda
métodos e instrumentos que permitem medir simultaneamente as três coordenadas dos
pontos topográficos, que constituem a área denominada planialtimetria.

c  ‘j     

Conforme já dito, desde as civilizações mais antigas tem sido necessário determinar
limites de propriedades e dividir áreas de terra em partes menores. Através dos séculos os
usos da topografia tem se expandido de tal forma que hoje é difícil imaginar qualquer tipo
deprojeto de construção que não inclua algum tipo de levantamento.
Topos os tipos de engenheiros, assim como arquitetos, geólogos e silvicultores
envolvem-se com a topografia como um recurso de planejamento e idealização de seus
projetos. A topografia é necessária para: subdivisões, construções, auto-estradas, estradas de
ferro, canais, píeres, desembarcadouros, barragens, redes de drenagens e irrigação,
reflorestamento, locação de obras, planejamento urbano, monitoramento de estruturas,entre
muitos outros projetos. A topografia também é exigida para as plantas de distribuição de
equipamentos industriais, instalação de maquinas, controle das tolerâncias na fabricação de
navios e aeronaves, elaboração de mapas florestais e geológicos, entre outras inúmeras
aplicações

c  ‘ÿ      

c  c ‘    

Auando se posiciona um ponto nada mais está se fazendo do que atribuindo


coordenadas ao mesmo. Estas coordenadas por sua vez deverão estar referenciadas a
um sistema de coordenadas. Existem diversos sistemas de coordenadas, alguns
amplamente empregados em disciplinas como geometria e trigonometria, por

D
e e ses sses ee eese 
  es
ç
es    es 
 es
ç es   s se se     é  s se e
c e s e es  ces  se é  s se e e s  s 

 cs    e s es  e s  e 


e
e c es ee s    
 e ese s se é  c e s e s  e 

F   1  S se e c e s ces s


 é e   ese s se vés e  c e  e    sc ss
c e   e   e    e  c e    s s s y 
=y s     s
 e  
  c  sc ss  e  e  y
    D é 
ese   s se e c e s c js c e s   e
s      ee es! e
ese s s
s 1 1  "15D5 e #D -15

F   D  $e
eseç! e
s  s se e c e s ces s

 s se e c e s ces s e es  es


ç  es  é
cce  
  cj  e ês es   Z e  s e e s c e s
  ee
e
e c es s %  s se ece
 e  & c
 e   e
 e 
s ç! e 
 ese s se e c e s é e  
es c e s
ces s e es y e c  c     


Z Z

y y

 

 

F     S se e c e s ces s e'  e ev' 

#e 
s ç!  eç!
s  v s e s  s se e c e s
ces s
 e se e'   ev'  ()* 1981 !
    s se
e'  é % ee  e   sev  s     se -e  Z vê  se -e   c c 
c  se -e   vés e    e 9 +  se   -
,   s se ev'  é
% ee e % e  se -e   c c e c  se -e   vés e    e 9 + 
se  -,     

c   ‘ ü  


  es
ç  es 
 e se ee   e  vc
ce     *
e se  ee   e  s se e 
 $ cs e 

e .  /   ee  see $ e 


jeç!  ese s e 
 y e

e .  0 % e 
jeç!  see $ s e 
 y  c  se -e   s
c e s esé cs e 
 $ s!  s
  0 /     *  s ese s se e
c e s
S
1e-se  s se e c e s esé cs s e
s   s se e
c e s ces s 2$( 198 
16 ss  
 $ ee  
e e
ces   y 
 e se e
ess
es c e s esé cs  0 / se  
ec e ee s  s s ses   
e ve
s c 3

*
Figura *  Sistema de coordenadas esféricas

c  ‘Ñ     

A superfície física do nosso planeta é muito irregular, constituída de grandes elevações


e depressões - estas alterações são, no entanto, bem pequenas comparadas com as dimensões
da Terra - de fato, a maior elevação, o Everest no Himalaia, com aproximadamente 8 85
metros acima do nível do mar, é pouco maior do que o milésimo do raio terrestre. A
profundidade máxima oceânica é a fossa das marianas no oceano Pacífico, com
aproximadamente 11 metros abaixo no nível do mar.

c ‘ÿ        

Devido às irregularidades da superfície terrestre, utilizam-se modelos para a sua


representação, mais simples, regulares e geométricos e que mais se aproximam da forma real
para efetuar os cálculos. Cada um destes modelos tem a sua aplicação, e quanto mais
complexa a figura empregada para a representação da Terra, mais complexos serãoos cálculos
sobre esta superfície.

c c ‘ ü  

Em diversas aplicações a Terra pode ser considerada uma esfera, como no caso da
Astronomia. Um ponto pode ser localizado sobre esta esfera através de sua latitude e
longitude. Tratando-se de Astronomia, estas coordenadas são denominadas de latitude e
longitude astronômicas. A figura 5 ilustra estas coordenadas.

-      é o arco de meridiano contado desde o equador até o
ponto considerado, sendo, por convenção, positiva no hemisfério Norte enegativa no
hemisfério Sul.
      é o arco de equador contado desde o meridiano de
origem (Greenwich) até o meridiano do ponto considerado. Por convenção a longitude
varia de 4 a +18 4 no sentido leste de Greenwich e de 4 a -18 4 por oeste de
Greenwich.

5
Figura 5  Modelo Esférico

c  ‘ G  

O modelo geoidal é o que mais se aproxima da forma da Terra. É definido


teoricamente como sendo o nível médio dos mares em repouso, prolongado através dos
continentes.

Figura 6  Geóide Mundial (áreas azuis mais altas e áreas vermelhas mais profundas)

A superfície da terra não é uma superfície regular e é de difícil tratamento


matemático. Na figura 7 são representados de forma esquemática a superfície física da Terra,
o elipsóide e o geóide.

Figura 7  Superfície física da Terra, geóide e elipsóide

6
O geóide é uma superfície equipotencial do campo da gravidade ou superfície de nível,
sendo utilizado como referência para as altitudes ortométricas (distância contada sobre a
vertical, do geóide até a superfície física) no ponto considerado.

As linhas de força ou linhas verticais (em inglês ͞plumb line͟) são perpendiculares a
essas superfícies equipotenciais e materializadas, por exemplo, pelo fio de prumo de um
teodolito nivelado, no ponto considerado. A reta tangente à linha de força em um ponto (em
inglês ͞direction of plumb line͟) simboliza a direção do vetor gravidade neste ponto, e também
é chamada de vertical. A figura 8 ilustra este conceito.

Figura 8  Linha Vertical

c  ‘ ü   

A Geodésia adota como modelo o elipsóide de revolução (figura 9). O elipsóide de


revolução ou biaxial é a figura geométrica gerada pela rotação de uma semi-elipse (geratriz)
em torno de um de seus eixos (eixo de revolução); se este eixo for o menor tem-se um
elipsóide achatado. Mais de 7 diferentes elipsóides de revolução são utilizados em trabalhos
de Geodésia no mundo. Um elipsóide de revolução fica definido por meio de dois parâmetros,
os semi-eixos a (maior) e b (menor). Em Geodésia é tradicional considerar como parâmetros o
semi-eixo maior a e o achatamento f, expresso pela equação:


M

Sendo,
a: semi-eixo maior da elipse
b: semi-eixo menor da elipse

Figura 9  Elipsóide de revolução

As coordenadas geodésicas elipsóidicas de um ponto sobre o elipsóide ficam


assim definidas:
7
     ângulo que a normal forma com sua projeção no
plano do equador, sendo positiva para o Norte e negativa para o Sul.
      ângulo diedro formado pelo meridiano geodésico de
Greenwich (origem) e do ponto P, sendo positivo para Leste e negativo para Oeste.
A normal é uma reta ortogonal ao elipsóide que passa pelo ponto P na superfície
física.

Figura 1  Coordenadas Elipsóidicas

No "rasil, o atual Sistema Geodésico "rasileiro (SIRGASD - SIstema de Referência


Geocêntrico para as AméricaS) adota o elipsóide de revolução GRS8 (Global Reference
System 198 ), cujos semi-eixo maior e achatamento são:

a = 6.78.17, m
f = 1/D98,D57DDD1 1

c  ‘
 

Considera a porção da Terra em estudo com sendo plana. É a simplificação utilizada


pela Topografia. Esta aproximação é válida dentro de certos limites e facilita bastante os
cálculos topográficos. Face aos erros decorrentes destas simplificações, este plano tem suas
dimensões limitadas. Tem-se adotado como limite para este plano na prática a dimensão de D
a  km. A NR" 11 (Execução de Levantamento Topográfico) admite um plano com até
aproximadamente 8 km. Segundo a N"R 11, as características do sistema de projeção
utilizado em Topografia são:
a) as projetantes são ortogonais à superfície de projeção, significando estar o centro
de projeção localizado no infinito.
b) a superfície de projeção é um plano normal a vertical do lugar no ponto da
superfície terrestre considerado como origem do levantamento, sendo seu referencial
altimetrico o referido datum vertical brasileiro.
c) as deformações máximas inerentes à desconsideração da curvatura terrestre e a
refração atmosférica têm as seguintes aproximadas:
ȴL(mm) = - , 1 L (km)
ȴh (mm) = +78,1 L² (km)
ȴh´(mm) = +67 L² (km)
Onde:
ȴL = deformação planimetrica devida a curvatura da Terra, em mm.

8
ȴh = deformação altimétrica devida a curvatura da Terra, em mm.
ȴh´ = deformação altimétrica devida ao efeito conjunto da curvatura da Terra e da
refração atmosférica, em mm.
L = distância considerada no terreno, em km.

d) o plano de projeção tem a sua dimensão máxima limitada a 8 km, a partir da


origem, de maneira que o erro relativo, decorrente da desconsideração da curvatura terrestre,
não ultrapasse 1:5 nesta dimensão e 1:15 nas imediações da extremidade desta
dimensão.
e) a localização planimétrica dos pontos, medidos no terreno e projetados no plano de
projeção, se dá por intermédio de um sistema de coordenadas cartesianas, cuja
origem coincide com a do levantamento topográfico;
f) o eixo das ordenadas é a referência azimutal, que, dependendo das particularidades
do levantamento, pode estar orientado para o norte geográfico, para o norte magnético ou
para uma direção notável do terreno, julgada como importante. Uma vez que a Topografia
busca representar um conjunto de pontos no plano é necessário estabelecer um sistema de
coordenadas cartesianas para a representação dos mesmos. Este sistema pode ser
caracterizado da seguinte forma:
Eixo Z: materializado pela vertical do lugar (linha materializada pelo fio de prumo);
Eixo Y: definido pela meridiana (linha norte-sul magnética ou verdadeira);
Eixo X: sistema dextrógiro (formando 9 4 na direção leste).

Figura 11 - Plano em Topografia

Em alguns casos, o eixo Y pode ser definido por uma direção notável do
terreno, como o alinhamento de uma rua.

9
Figura 1D  Eixos definidos por uma direção notável

c ‘ü          

A seguir é demonstrado o efeito da curvatura nas distâncias e na altimetria. Na figura


1D tem-se que S é o valor de uma distância considerada sobre a Terra esférica e S͛ a projeção
desta distância sobre o plano topográfico.

Figura 1  Efeito da curvatura para a distancia (R=raio da terra=67 km)

A diferença entre S´e S será dada por:


ȴS = S´  S

Calculando S e S´e substituindo na equação tem-se:

S͛ = R tg ɽ

S=Rɽ

ȴS = R tgɽ - R ɽ

ȴS = R (tg ɽ о ɽ)

Desenvolvendo tg ɽ em série e utilizando somente os dois primeiros termos:

1
onde ɽ = S/R, logo:

A tabela 1 apresenta valores de erros absolutos e relativos para um conjunto de


distâncias.

Tabela 1  Efeito da curvatura para diferentes distancias


S(km) ѐs
1 . 8 mm
1 8.D mm
D5 1D.8 cm
5 1.  m
7 D.81 m

Analisando agora o efeito da curvatura na altimetria, de acordo com a figura 1.

Figura 1*  Efeito da curvatura na altimetria

Através da figura 1* é possível perceber que:

Isolando ȴh na equação anterior:

Desenvolvendo em série 1/cos ɽ e considerando que:

tem-se:

11
A tabela D apresenta o efeito da curvatura na altimetria para diferentes distâncias.

Tabela D  Efeito da curvatura na altimetria


S ѐh
1 m .8mm
5 m D mm
1km 78mm
1 km 7,8m
7 km 81,6m

c ‘ÿ    

O sistema de projeção Universal Transversal de Mercator (UTM) é resultado da


modificação da projeção da Transversa de Mercator (TM), que também é conhecida como
projeção de Gauss Krüger. Esta projeção foi idealizada pelo "elga Gerard Krämer (Mercator) a
partir de modificações efetuadas na projeção Gauss, o sistema UTM utiliza como superfície de
projeção 6 cilindros transversos e secantes à superfície de referencia. Cada cilindro é
responsável pela representação de 6+ de amplitude em longitude, contada a partir do
antimeridiano de Greenwich. O primeiro fuso UTM situa-se de forma intermediaria entre os
meridianos 18 + e 17*+ W, ou seja, 177+.

Figura 15 - Cilindro secante ao Elipsóide de Referencia

Observa-se que os Meridianos Centrais estão localizados nas longitudes múltiplas de


6+, acrescidas de +. Sobre este meridiano, as distâncias apresentam-se deformadas segundo o
coeficiente de deformação Ko= ,9996. Portanto, as distancias no terreno serão reduzidas
nessa região, à medida que se afasta do MC, para direita ou para esquerda. Esse coeficiente
aumenta até atingir o valor Ko=1, sobre as linhas de secância do cilindro com o elipsóide, onde
não ocorrem deformações lineares, Afastando-se dos meridianos de secância, o coeficiente
aumenta até atingir o valor Maximo, próximo a 1, 1 nos meridianos limites do fuso, onde as
distancias no terreno são ampliadas. Este valor Ko=1, 1 é calculado para as imediações da
linha do Equador, sendo que em quaisquer outras latitudes ele tende a diminuir.

1D
Figura 16  Divisão de fusos UTM no estado de São Paulo e adjacentes

Cada um dos 6 cilindros possui seu próprio sistema de referencia, tendo como origem
a interseção das linhas do Equador com o Meridiano Centras de cada fuso. As abscissas do
sistema UTM denominam-se coordenadas E (leste) e assumem o valor 5 , m no MC . À
direita de MC, as coordenadas são crescentes (>5 , m), e a esquerda, decrescentes
(< 5 , m).

Figura 17  Sistema de projeção UTM

Um fuso UTM representa os paralelos como linhas retas horizontais e os meridianos


como arcos, com concavidade voltada para o MC. Este último é o único meridiano
representado como uma linha reta. A malha de coordenadas UTM é definida por linhas

1
verticais e horizontais, que se interceptam segundo ângulos retos. Então, na superposição dos
reticulados, apenas o MC coincide com um dos eixos coordenados UTM.
O ângulo formado entre uma linha paralela ao MC e uma linha N-S (transformada de
meridiano), dá-se o nome de Convergência Meridiana, representada pela letra gama (ɶ) . Sobre
o meridiano central, a convergência meridiana é nula, uma ver que o norte verdadeiro
coincide com o norte da quadricula. À medida que se afasta do meridiano central, a
convergência meridiana aumenta.

A convergência meridiana é dada por:

C = ѐɶ . senʔ

Onde: ѐɶ é a diferença de longitude entre MC e o ponto considerado


Ɍ é a latitude do ponto

 ‘ j  

 c ‘       

Para representar a superfície da Terra são efetuadas medidas de grandezas como


direções, distâncias e desníveis. Estas observações inevitavelmente estarão afetadas por erros.

As fontes de erro poderão ser:


ͻ 9     causados pelas variações das condições ambientais, como
vento, temperatura, etc. Exemplo: variação do comprimento de uma trena com
variação da temperatura.
ͻ !   causados por problemas como a imperfeição na construção de
equipamento ou ajuste do mesmo. A maior parte dos erros instrumentais pode ser
reduzida adotando técnicas de verificação/retificação, calibração e classificação, além
de técnicas particulares de observação.
ͻ "   causados por falhas humanas, como falta de atenção ao executar uma
medição, cansaço, etc.

Os erros, causados por estes três elementos apresentados anteriormente, poderão ser
classificados em:

 c c ‘ ü   

Causados por engano na medição, leitura errada nos instrumentos, identificação de
alvo, etc., normalmente relacionados com a desatenção do observador ou uma falha no
equipamento. Cabe ao observador cercar-se de cuidados para evitar a sua ocorrência ou
detectar a sua presença. A repetição de leituras é uma forma de evitar erros grosseiros.
Alguns exemplos de erros grosseiros: anotar 196 ao invés de 169, engano na contagem
de lances durante a medição de uma distância com trena.

1*
 c  ‘ ü      

São aqueles erros cuja magnitude e sinal algébrico podem ser determinados, seguindo
leis matemáticas ou físicas. Pelo fato de serem produzidos por causas conhecidas podem ser
evitados através de técnicas particulares de observação ou mesmo eliminados mediante a
aplicação de fórmulas específicas. São erros que se acumulam ao longo do trabalho.
Exemplo de erros sistemáticos, que podem ser corrigidos através de fórmulas
específicas: efeito da temperatura e pressão na medição de distâncias com medidor
eletrônico de distância, correção do efeito de dilatação de uma trena em função da
temperatura.
Um exemplo clássico apresentado na literatura, referente a diferentes formas de
eliminar e ou minimizar erros sistemáticos é o posicionamento do nível a igual distância entre
as miras durante o nivelamento geométrico pelo método das visadas iguais, o que proporciona
a minimização do efeito da curvatura terrestre no nivelamento e falta de paralelismo entre a
linha de visada e eixo do nível tubular.

 c  ‘ ü    



São aqueles que permanecem após os erros anteriores terem sido eliminados. São
erros que não seguem nenhum tipo de lei e ora ocorrem num sentido ora noutro, tendendo a
se neutralizar quando o número de observações é grande. De acordo com GEMAEL (1991,
p.6), quando o tamanho de uma amostra é elevado, os erros acidentais apresentam uma
distribuição de freqüência que muito se aproxima da distribuição normal. Exemplo de erros
acidentais: inclinação da baliza na hora de realizar a medida e erro de pontaria na leitura de
direções horizontais
Algumas peculiaridades dos erros acidentais são:
ͻ Erros pequenos ocorrem mais freqüentemente do que os grandes, sendo mais
prováveis;
ͻ Erros positivos e negativos do mesmo tamanho acontecem com igual freqüência, ou
não igualmente prováveis;
ͻ A média dos resíduos é aproximadamente nula;
ͻ Aumentando o número de observações, aumenta a probabilidade de se chegar
próximo ao valor real.

 c  ‘     

A teoria dos erros tem como objetivo estabelecer um método seguro e conveniente
para estabelecermos o valor mais aceitável de uma medida, uma vez que qualquer medida q
se faça está isenta de perfeição
ü #  é o afastamento q existe entre o verdadeiro valor de uma grandeza e
uma medida qualquer que se obtenha da mesma grandeza. O erro verdadeiro é dado por:

E= valor verdadeiro - valor da medida

ü 
 é o afastamento que existe entre o valor mais aceitável que se tomou
para definir uma grandeza e uma medida qualquer:

15
V=valor mais aceitável  valor da medida

ü     é obtido através da somatória em módulo dos erros aparentes
dividido pelo numero de medidas:

Ema=ɇ|v|/n

ü  $ %  é o afastamento mais adequado entre o valor real x da grandeza
que se mede e o seu valor mais provável.
ü  $ %  da média aritmética se dá pela média aritmética simples entre
os valores das medidas.

 c  ‘
   ü
 !  "

A precisão está ligada a repetibilidade de medidas sucessivas feitas em condições
semelhantes, estando vinculada somente a efeitos aleatórios.
A acurácia expressa o grau de aderência das observações em relação ao seu valor
verdadeiro, estando vinculada a efeitos aleatórios e sistemáticos. A figura 18 ilustra estes
conceitos.

Figura 18 - Precisão e acurácia.

O seguinte exemplo pode ajudar a compreender a diferença entre eles: um jogador de


futebol está treinando cobranças de pênalti. Ele chuta a bola 1 vezes e nas 1 vezes acerta a
trave do lado direito do goleiro. Este jogador foi extremamente preciso. Seus resultados não
apresentaram nenhuma variação em torno do valor que se repetiu 1 vezes. Em compensação
sua acurácia foi nula. Ele não conseguiu acertar o gol, ͞verdadeiro valor͟, nenhuma vez.

  ‘ÿ     

A origem do metro ocorreu em 1791 quando a Academia de Ciências de Paris o definiu


como unidade padrão de comprimento. Sua dimensão era representada por1/1 . . de
um arco de meridiano da Terra.
Em 198, a Conferência Geral de Pesos e Medidas estabeleceu a definição atual do
͞metro͟ como a distância percorrida pela luz no vácuo durante o intervalo de tempo de
1/D99.79D.*58 s.
O  é uma unidade básica para a representação de medidas de comprimento no
sistema internacional (SI).

16
Tabela  - Prefixos.
Nome Valor Numérico Símbolo
Deca 1 1 da
deci 1 -1 d
D
Hecto 1 H
centi 1 -D c
Kilo 1  K
mili 1 - m
6
Mega 1 M
micro 1 -6 ʅ
9
Giga 1 G
nano 1 -9 n
1D
Tera 1 T
pico 1 -1D p

  ‘ü  

É comum em levantamentos topográficos a necessidade de representar no papel certa


porção da superfície terrestre. Para que isto seja possível, teremos que representar as feições
levantadas em uma escala adequada para os fins do projeto. De forma simples, podemos
definir escala com sendo a relação entre o valor de uma distância medida no desenho e sua
correspondente no terreno. A N"R 8196 (Emprego de escalas em desenho técnico:
procedimentos) define escala como sendo a relação da dimensão linear de um elemento e/ou
um objeto apresentado no desenho original para a dimensão real do mesmo e/ou do próprio
objeto.
Normalmente são empregados três tipos de notação para a representação da escala:

 
L
 

onde:
M = denominador da escala;
d = distância no desenho;
D = distância no terreno.

As escalas mais comumente usadas em topografia são: 1:D5 , 1:D , 1:5 e 1:1
A escala gráfica deve oferecer rapidamente e sem cálculos o valor real das medidas
executadas sobre o desenho, qualquer que tenha sido a redução ou ampliação sofrida por
este.
A contrução de uma escala gráfica deve obedecer os seguintes critérios:
å‘ Conhecer a escala nominal da planta
å‘ Conhecer a unidade e o intervalo de representação desta escala
å‘ Traçar uma linha reta A" de comprimento igual ao intervalo da escala da
planta
å‘ Dividir este segmento em 5 ou 1 partes iguais
å‘ Determinar a precisão gráfica da escala

17
Por exemplo, uma planta que tenha escala 1:1 e o intervalo de representação de 1
metro, a escala gráfica correspondente terá o seguinte aspecto:

Figura 19  Representação de escala

  ‘     

Plano topográfico é um plano normal à vertical do lugar no ponto da superfície


terrestre considerado como origem do levantamento, sendo seu referencial altimétrico
referido no datum vertical.
Ponto topográfico é uma posição em destaque, estrategicamente localizado na
superfície terrestre.
Pontos cotados são representações gráficas de pontos, acompanhados de sua altura.
Pontos de apoio são pontos físicos (materializados) convenientemente distribuídos de
forma com que auxiliem o levantamento topográfico.
Pontos de detalhe são pontos importantes nos acidentes naturais ou artificiais q
definem formas do detalhe ou relevo, indispensável à sua representação gráfica.
Alinhamento topográfico se define por dois pontos topográficos e servem de origem
para o levantamento dos detalhes da superfície.
Levantamento topográfico é o conjunto de atividades dirigidas para as medições e
observações que se destinam a representação do terreno em um plano ou desenho
topográfico em escala.
Tem como finalidade:
å‘ Controle, pois oferece dados suficientes para a utilização em outros
levantamentos topográficos de ordem inferior;
å‘ Cadastral, destina-se o levantamento, detalhamento e avaliação de áreas
rurais ou urbanas, busca-se enfatizar a quantificação da ocupação humana e
suas intervenções;
å‘ Engenharia, empregado na locação, instalação e contrução de obras de
engenharia;
å‘ Topográfica, pois trás o levantamento da superfície da terra, seus acidentes e
configurações.

O levantamento topográfico é planimétrico quando as projeções dos contornos e


pontos medidos são representados sobre um plano básico horizontal de referencia.
O levantamento topográfico é dito altimétrico quando são medidas as alturas desses
pontos com relação a um plano de referencia de nível. Para levantamento planimétrico são
empregados principalmente os teodolidos, que são goniômetros com círculos horizontais e
verticais graduados.
Um levantamento topográfico pode ainda ser planialtimétrico, quando um
levantamento planimétrico é acrescido da determinação altimétrica do relevo do terreno e da
frenagem natural.

18
  ‘ü       

  c ‘  
Tem finalidade de apoiar o teodolito ou estação total

Figura D  Tripés armazenados


   ‘   
Instrumento destinado a medir ângulos horizontais e verticais. Podem
ser mecânicos ou eletrônicos.

Figura D1  Teodolito e tripé em campo

19
Figura DD Teodolito no case

   ‘ Ñ  
Instrumento para detectar a vertical do lugar onde está se realizando o
levantamento. Pode ser adaptado num prisma ortogonal ou num tripé.

   ‘  
É uma fita de pano oleado em que estão ligados ao próprio tecido fios
de arame muito fino, para lhes dar consistência e invariabilidade de
comprimento. Podem ser de fibra, aço ou lona.
Seu comprimento é variável de 1 a 5 metros, na pratica usa-se a trena
de D metros.É importante aferir a trena ocasionalmente, para evitar erros.
A trena de aço oferece maior precisão nas medidas, pois é constituída
de uma lamina de aço inoxidável ou não, de 1 a 1D mm de largura e com
divisão métrica em cm.

Figura D Trena de D metros


   ‘ ´ #

Para demarcar ou balizar um alinhamento no terreno é preciso fazer uso


de balizas, que podem ser tanto de madeira como de tubo de aço.

D
Uma baliza de madeira é uma haste bem reta, sextavada, ou oitavada,
com D metros de comprimento, de madeira leve e resistente, terminada em
ponta guarnecida de ferro, dividida e pintada de branco e encarnado, de 5 em
5 cm ou de D em D cm. Uma baliza de cano de aço usada de preferência, tem
D m de comprimento, 16 a D mm de diâmetro e é pintada do mesmo modo que
a de madeira.

Figura D*  "aliza desrosqueada para guardar

Para se manter uma baliza bem a prumo, deve-se segura-la levemente


com as pontas dos dedos das mãos e em coincidência com a tacha da piqueta,
atento ao sinal do operador no instrumento.
A baliza deve estar perfeitamente verticalizada, por isso a importância no
nível de cantoneira.

Figura D5  Modo correto e modo incorreto, gerando erro na medida

  ‘
   ü 

Peças de madeira que são cravadas no terreno para a determinação dos


pontos visados. O piquete, com tamanho variando de 15 a  cm é cravado na
posição do ponto visado com parte dele (cerca de  a 5 cm) permanecendo
visível, sendo que sua principal função é a materialização de um ponto
topográfico no terreno
A estaca tem função de deixar o ponto em que esta o piquete mais visível, tem
de D a * cm, é cravada a um raio de 5 cm do piquete, com a parte chanfrada
voltada ao piquete, indicando o nome ou numero do piquete.

Figura D6  Piquete e estaca

D1
  ‘  

Instrumento destinado a gerar um plano horizontal de referencia para calcular


os desníveis entre pontos. Porem ser automáticos ou digitais.

Figura D7  Modelo de nível

  ‘  

Instrumento para medir a distância vertical de um ponto até o plano horizontal


do nível. Para os níveis digitais, a mira deve ser com códigos de barras.

Figura D8 - Mira

  ‘ ÿ   

Instrumento utilizado para apoiar a mira.

  c ‘     

Instrumento utilizado para detectar a vertical de outro instrumento. Pode ser


adaptado numa baliza ou numa mira.

DD
Figura D9  Níveis de cantoneira

  cc ‘ Î   $ 

Instrumento destinado a medir distâncias inclinadas

  c ‘ ´ 

Instrumento que serve para elevar o ponto topográfico com o objetivo de torna-
lo visível. Possui encaixe para adaptação de prisma ou antena GPS.

  c ‘
 

Instrumento destinado à reflexão do sinal emitido por um distanciômetro ou


uma estação total.

Figura   Prisma com bastão

  c ‘  $ 

Instrumento usado para medir a temperatura, importante para a correção de


valores obtidos no levantamento.

  c ‘ ´$ 

Instrumento usado para medir a pressão atmosférica, importante para correção


de valores obtidos no levantamento.

D
  c ‘ ü   $ ü $ 

Instrumentos eletrônicos para medida de ângulos e distancias inclusive


armazenamento de dados coletados execução de cálculos em campo.

Figura 1  Estação total

  c ‘ ´ 

Instrumento que se utiliza para a determinação no norte magnético, direções e
ângulos horizontais.
Uma bússola consiste essencialmente de uma agulha magnetizada, livremente
suportada no centro de um círculo horizontal graduado, também conhecido
como limbo.

  c ‘     



Instrumento para comunicação entre os operadores do levantamento.

Figura D  Radio de comunicação

D*
 ‘
   

 c ‘     

A medição de distâncias sobre um terreno é problema fundamental para os


levantamentos topográficos, para o planejamento e implantação de obras.
Em um trecho plano realiza-se a medida simples, apenas esticando uma trena entre os
pontos a serem medidos.
Se o trecho a ser medido não for plano, não permitindo medida direta, procede-se da
mesma forma, porém em sucessivos segmentos, obtendo assim distancia total por somatória
de segmentos de distancia.

 c c ‘ Î  j    ü $ 


å‘ Medida direta é aquela que se percorre a grandeza medindo com trena,
diastímetro ou outra medida padrão. Embora mais lenta que a medida
indireta, o processo direto de medida de distancia permite obter melhor
precisão. Durante a medição direta com trena PE comum o uso de baliza,
neveis de cantoneira, piquetes entre outros.

å‘ Medida Indireta é aquela em que a distancia é calculada em função da


medida de outras grandezas, não havendo necessidade de percorrer a
distancia para medir e comparar coma grandeza padrão. Na estadimetria, a
distancia é geralmente obtida através de um triangulo retângulo ou um
triangulo isósceles, utilizando-se semelhança de triângulos (teorema de
Tales).

å‘ Medida eletrônica é aquela q utiliza equipamento eletrônico de medição de


distancia, chamados distanciometros eletrônicos. Com esse tipo de
equipamento se atinge ma precisão bem maior do que utilizando outro
método. Medidas antes impossíveis ou sem alcance óptico podem ser obtidas
diretamente pelos medidores eletrônicos de distancia.

  ‘   %  

  c ‘ ½ #  &  


íngulo horizontal é o ângulo entre projeções ortogonais de duas direções em um
plano horizontal  ângulo diedro
íngulo vertical é o ângulo de uma direção com a vertical ou horizontal

   ‘ %#     


Azimute é o ângulo de um alinhamento com a linha Norte-Sul, apresentando como
origem a direção do norte e grandeza variável de + a 6 +.

D5
Figura   Representação do azimute

Azimute recíproco trata-se de um alinhamento em sentido contrario, ou seja, um


azimute "A é dito azimute recíproco de um azimute A", os quais diferem 18 +.
Rumo é o ângulo entre o alinhamento e a linha Norte-Sul, apresentando como origem
a direção norte ou sul e com grandeza variável de + a 9 +, com indicação de quadrante em
que ele está situado (NE, SE, SW ou NW).

Figura *  Representação do rumo

Sempre que possível é recomendável a transformação dos rumos em azimutes, tendo


em vista a praticidade nos cálculos de coordenadas, por exemplo, e também para a orientação
de estruturas em campo.

Figura 5  Representação do rumo em função do azimute

D6
  ‘ 

  c ‘    &  !   "



O planeta Terra pode ser considerado um gigantesco imã, devido a circulação da
corrente elétrica em seu núcleo formado de ferro e níquel em estado líquido. Estas correntes
criam um campo magnético ao redor da terra com a forma aproximada do campo magnético
ao redor de um imã de barra. Esse campo magnético exerce uma força de atração sobre a
agulha da bussola, fazendo com que a mesma entre em movimento e se estabilize quando sua
ponta imantada estivar apontando para o norte magnético.

Figura 6  Campo magnético ao redor da terra

Nos levantamentos geodésicos o nos topográficos de precisão é obrigatório a


orientação em relação ao meridiano geográfico. Os levantamentos topográficos ordinários ,de
extensões relativamente reduzidas e uso mais imediato, podem ser referidos ai meridiano
magnético.
Uma planta está devidamente orientada quando nela está representado o traço do
meridiano geográfico ou do meridiano magnético da região, ou de ambos.
Como o eixo terrestre não coincide com o eixo geográfico, há muita diferença entre a
indicação do pólo norte magnético dado pela bússola e a posição do pólo norte
geográfico,denominada de declinação magnética.
A determinação do Norte verdadeiro, fundamentada em determinações astronômicas
e utilizando o sistema GPS ou um giroscópio, é mais precisa que a técnica que se baseia na
determinação do Norte magnético para uma posterior transformação. Esta técnica deve ser
evitada, independente da precisão solicitada, quando se aplica em locais onde existe exposição
de rochas magnetizadas que por ventura possam induzir a uma interpretação errônea por suas
influências sobre a agulha imantada da bússola.

   ‘ Î    

Declinação magnética é o ângulo formado entre o meridiano verdadeiro e o meridiano


magnético; ou também pode ser identificado como desvio entre o azimute ou rumo
verdadeiros e os correspondentes magnéticos (figura ???). Varia com o tempo e com a posição
geográfica, podendo ser ocidental (ɷW), negativa quando o Pólo magnético estiver a Oeste (W)
do geográfico e oriental (ɷE) em caso contrário. Atualmente, em nosso país a declinação é
negativa, logo ocidental.
D7
Figura 7 - Representação da Declinação Magnética.

A representação da declinação magnética em cartas é feita através de curvas de igual


valor de variação anual em graus (curvas isogônicas) e curvas de igual variação anual em
minutos (curvas isopóricas). A interpolação das curvas do grau e posteriormente no minuto,
para uma dada posição na superfície física da Terra, nos permite a determinação da declinação
magnética com precisão na ordem do minuto.
No "rasil o órgão responsável pela elaboração das cartas de declinação é o
Observatório Nacional e a periodicidade de publicações da mesma é de 1 anos.
Para que se possa calcular a declinação magnética para um determinado ponto da
superfície física da terra são necessários alguns dados preliminares, tais como:
- Latitude geográfica (ʔ);
- Longitude geográfica (ʄ);
- Carta de declinação magnética da região em questão.
De posse destes dados, listados a cima e utilizando a equação, é possível obter a
declinação magnética para a região em questão.

D = Cig + [(A + fa) . Cip]

Onde:
D : Valor da declinação magnética;
Cig : Valor interpolado da curva isogônica;


 ‘     
    


 c ‘      

Durante um levantamento topográfico, normalmente são determinados pontos
de apoio ao levantamento (planimétricos, altimétricos ou planialtimétricos) e a partir
destes são levantados os demais pontos que permitem representar a área levantada. A
primeira etapa é conhecida como estabelecimento do apoio topográfico e a segunda
de levantamento de detalhes.

D8
Os levantamentos panimetricos podem ser classificados quanto a sua
importância e precisão:
å‘ Métodos primários: cuidam do levantamento do conjunto. São estes:
triangulação, interseção caminhamento e deflexão
å‘ Métodos Secundários: cuidam do levantamento de detalhes, ou seja,
dos pontos que caracterizam os acidentes, são apoiados no
levantamento principal. São estes: irradiação e coordenadas
retangulares
å‘ Métodos Auxiliares: determinam detalhes de menor importância, cuja
representação dispensa um levantamento mais cuidadoso. São estes:
alinhamento e decomposição em triângulos.

Os princípios matemáticos que regem estes métodos são as coordenadas polares,


coordenadas bipolares, coordenadas retangulares e medida de várias distancias.
A medição de uma distancia deverá ser feita pelo menos de duas formas diferentes
(ida e volta) comparando a diferença em função da precisão do equipamento utilizado, O valor
mais provável é a média das medidas obtidas.
Para medidas de ângulos, deverá ser feito no mínimo duas medidas pelo método de
leituras conjugadas (direta e inversa).
O ângulo medido deverá ser verificado em campo. Entre os métodos de verificação
temos:
å‘ Fechamento em 6 +
å‘ Repetição
å‘ íngulo duplo
å‘ Reiteração

A reiteração consiste em medir o ângulo em posições diferentes do limbo e em ambas


as posições do instrumento, não sendo necessário zerar o aparelho. A reiteração simples pode
ser de duas maneiras:
å‘ Reiteração simples: é efetuada em uma única posição do limbo em apenas
uma série de leituras.
å‘ Reiteração múltipla: é quando a leitura do ângulo é efetuada em varias
posições do limbo. Cada posição denomina-se de série.
As fases do levantamento planimétrico são:
å‘ Reconhecimento do terreno
å‘ Levantamento da poligonal
å‘ Levantamento de detalhes

 
  ‘         

Os métodos mais utilizados na determinação das coordenadas de um ponto
topográfico a partir de um ou mais pontos conhecidos são:

  c ‘ j    

A irradiação é o procedimento mais utilizado para ͞amarrar͟ pontos de detalhes a um
sistema de referencia por meio da medição de uma direção e uma distância.

D9
Y=N
X"-XA
Y" " Az"A
Y"-YA
AzA"
YA
A
X
XA X"
Figura 8  Coordenadas de um ponto a partir de outro

Na figura pode-se ver que se conhecermos as coordenadas do ponto A = (XA,YA) será


suficiente medir no ampo a distancia A" (DA") e o azimute A" (AzA") para que se possa calcular
as coordenadas do ponto "=(X",Y").
Sendo ѐX a diferença de abscissas entre os pontos e ѐY a diferença de ordenadas,
temos:
ѐXA"=DA".sen(AzA")
ѐYA"=DA".cos(AzA")

Logo,

X"=XA +DA".sen(AzA")
Y"=YA +DA".cos(AzA")

A formula mostra que é possivel determinar as coordenadas de um pondo a partir de


outro, medindo a distancia entre eles e o azimute do alinhamento.
Por outro lado, se conhecermos as coordenadas dos pontos, é possível calcular a
distancia dentre eles e o azimute do alinhamento, que eles formam.
A distancia entre dois pontos A e " será:

DA"=I         

O calculo do azimute de um alinhamento dado pelas coordenadas de dois pontos é


dado por:



AzA"=arctan(
)

Para um mesmo valor de tangente existem dois ângulos correspondentes. Se


positivo, o ângulo será do I ou III quadrante trigonométrico, se negatico, será do II ou
IV quadrante trigonométrico (diferença de 18 +).


   ‘        

A poligonação é um dos métodos mais empregados para a determinação de


coordenadas de pontos em Topografia, principalmente para a definição de pontos de apoio
planimétricos. Uma poligonal consiste em uma série de linhas consecutivas onde são
conhecidos os comprimentos e direções, obtidos através de medições em campo. O
levantamento de uma poligonal é realizado através do método de caminhamento,
percorrendo-se o contorno de um itinerário definido por uma série de pontos, medindo-se
todos os ângulos, lados e uma orientação inicial (figura 9). A partir destes dados e de uma
coordenada de partida, é possível calcular as coordenadas de todos os pontos que formam
esta poligonal.

Figura 9  Levantamento de uma poligonal

Utilizando-se uma poligonal é possível definir uma série de pontos de apoio ao


levantamento topográfico, a partir dos quais serão determinadas coordenadas de outros
pontos, utilizando, por exemplo, o método de irradiação a ser visto posteriormente. A N"R
11 (A"NT, 199*) classifica as poligonais em principal, secundária e auxiliar:
ͻ Poligonal principal: poligonal que determina os pontos de apoio topográfico de
primeira ordem;
ͻ Poligonal secundária: aquela que, apoiada nos vértice da poligonal principal
determina os pontos de apoio topográfico de segunda ordem;
ͻ Poligonal auxiliar: poligonal que, baseada nos pontos de apoio topográfico
planimétrico, tem seus vértices distribuídos na área ou faixa a ser levantada, de tal forma que
seja possível coletar, direta ou indiretamente, por irradiação, interseção ou ordenadas sobre
uma linha de base, os pontos de detalhes julgados importantes, que devem ser estabelecidos
pela escala ou nível de detalhamento do levantamento. As poligonais levantadas em campo
poderão ser fechadas, enquadradas ou abertas.
ͻ Poligonal fechada: parte de um ponto com coordenadas conhecidas e retorna ao
mesmo ponto (figura * ). Sua principal vantagem é permitir a verificação de erro de
fechamento angular e linear.

1
Figura *  Poligonal Fechada

ͻ Poligonal enquadrada: parte de dois pontos com coordenadas conhecidas e acaba


em outros dois pontos com coordenadas conhecidas (figura *1). Permite a verificação do erro
de fechamento angular e linear.

Figura *1  Poligonal Enquadrada

ͻ Poligonal aberta: parte de um ponto com coordenadas conhecidas e acaba em um


ponto cujas coordenadas deseja-se determinar (figura *D). Não é possível determinar erros de
fechamento, portanto devem-se tomar todos os cuidados necessários durante o levantamento
de campo para evitá-los.

Figura *D  Poligonal aberta

Para o levantamento de uma poligonal é necessário ter no mínimo um ponto com


coordenadas conhecidas e uma orientação. Segundo a N"R 11 (A"NT, 199*p.7), na
hipótese do apoio topográfico vincular-se à rede geodésica (Sistema Geodésico "rasileiro 
SG"), a situação ideal é que pelo menos dois pontos de coordenadas conhecidas sejam
comuns (figura *). Neste caso é possível, a partir dos dois pontos determinar um azimute de
partida para o levantamento da poligonal.

D
Figura * - Dois pontos com coordenadas conhecidas e vinculadas ao SG" comuns a
poligonal

Estes dois pontos não necessitam serem os primeiros de uma poligonal.

Figura **- Pontos com coordenadas conhecidas entre pontos da poligonal

Outros casos podem ocorrer:


ͻ Um vértice do apoio topográfico coincide com um dos vértices da poligonal e é
possível observar outro ponto para a obtenção do azimute de partida.

Figura *5  Um vértice de apoio pertencente a poligonal e observação a um segundo


vértice

ͻ Um vértice, sem ser possível observar outro ponto. Determina-se o Norte geográfico
com precisão compatível à precisão do levantamento.

Figura *6 Norte Geográfico e um ponto com coordenadas conhecidas


ͻ Nenhum ponto referenciado ao SG" faz parte da poligonal, porém existem pontos
próximos a poligonal de trabalho. Neste caso efetua-se o transporte de coordenadas através
de uma poligonal de apoio.

Figura *7  Transporte de coordenadas utilizando uma poligonal de apoio

ͻ Nenhum ponto referenciado ao SG" faz parte da poligonal, porém existem alguns
pontos próximos a poligonal de trabalho permitindo que, através do problema dePothénot,
sejam determinadas as coordenadas de um ponto da poligonal (figura *8).

Figura *8  Problema de Pothénot.

ͻ Como caso mais geral e menos recomendado, são atribuídas coordenadas arbitrárias
para um vértice e determinado o Norte geográfico por Astronomia ou utilizando um
giroscópio. Se isto não for possível, determina-se a orientação através do Norte magnético.
ͻ É possível ainda ter o eixo Y orientado segundo uma direção qualquer como o
alinhamento de um meio fio. Deve ser indicada a direção do Norte geográfico ou magnético.

Um dos elementos necessários para a definição de uma poligonal são os ângulos


formados por seus lados. A medição destes ângulos pode ser feita utilizando técnicas como
pares conjugados, repetição ou outra forma de medição de ângulos. Normalmente são
determinados os ângulos externos ou internos da poligonal. Também, é comum realizar a
medida dos ângulos de deflexão dos lados da poligonal.

Figura *9  íngulos internos e externos de uma poligonal fechada

*
O sentido de caminhamento para o levantamento da poligonal será considerado como
sendo o sentido horário. Dois conceitos importantes a saber: estação ré e estação vante. No
sentido de caminhamento da poligonal, a estação anterior a estação ocupada denomina-se de
estação RÉ e a estação seguinte de VANTE (figura 5 ).

Figura 5  Estação Ré e Vante.

Neste caso os ângulos determinados são chamados de ângulos horizontais horários


(externos) e são obtidos da seguinte forma: estaciona-se o equipamento na estação onde
serão efetuadas as medições, faz-se a pontaria na estação ré e depois faz-se a pontaria na
estação vante. O ângulo horizontal externo será dado por:

ângulo = leitura de vante  leitura de ré

Deve-:se tomar o cuidado de posicionar exatamente sobre o alvo o fio de retículo


vertical, visto que este será a referência para a medida do ângulo horizontal.
Os comprimentos dos lados da poligonal são obtidos utilizando-se trena, taqueometria
ou estação total, sendo este último o método mais empregado atualmente. Não se deve
esquecer que as distâncias medidas devem ser reduzidas a distâncias horizontais para que seja
possível efetuar o cálculo das coordenadas.


  ‘     

Os métodos mais utilizados para o calculo da área dos polígonos são:

  c ‘   

Este método consiste em dividir o polígono em figuras geométricas conhecidas,


geralmente triângulos. Com uma escala obtêm-se as distancias individualmente, que somadas
fornecem a área total do polígono. Para se obter mais segurança usa-se repetir o calculo
distribuindo as figuras geométricas conhecidas de formas diferentes.

   ‘   

Existem três tipos de métodos mecânicos para a obtenção da área de um polígono, são
eles:

5
*..D.1.‘ Planímetro
É um instrumento que deslizando-o pelo contorno do polígono registra um
valor que multiplicado por uma constante fornece a área do polígono.
Deve-se fazer cinco leituras para se obter a média.

*..D.D.‘ "alança de precisão


Consiste na pesagem de um papel cortado com a área do polígono
desejado, e a pesagem de um papel de área conhecida, por regra de três
obtém-se a área do polígono.

*..D..‘ Mesa digitalizadora


Utilizando um computador, desliza-se o mouse sobre o contorno do
polígono clicando varios pontos que ficam registrados num programa de
computador e ao termino da digitalização obtém-se a área diretamente na
tela.

   ‘    

O método trigonométrico para irradiações é um método de precisão, pois depende do


desenho da área. Calcula-se cada triangulo independentemente, pois o levantamento por
irradiação é feito medindo dois lados do triangulo e o ângulo formado entre eles.
A fórmula para encontrar a área é:

A=( L1 x LD x senü ) /D

   ‘   

A partir dos dados medidos em campo (ângulos e distâncias), orientação inicial e


coordenadas do ponto de partida, é possível calcular as coordenadas de todos os pontos da
poligonal. Inicia-se o cálculo a partir do ponto de partida (costuma-se empregar a
nomenclatura OPP para designar o ponto de partida). A figura 51 ilustra o processo de cálculo.

Figura 51  Cálculo das coordenadas.


Onde:
Az: Azimute da direção OPP-P1;
d: distância horizontal entre os pontos OPP e P1;
Xo e Yo: Coordenadas do ponto OPP;
X1 e Y1: Coordenadas do ponto P1.

6
As coordenadas do ponto P1 serão dadas por:
X1 = Xo + ȴX
Y1 = Yo + ȴY
Onde ȴX e ȴY são calculados por:
ȴX = d . sen (Az)
ȴY = d . cos (Az)

A partir da coordenada do ponto P1 será possível calcular a coordenada do próximo


ponto e assim por diante. De posse de todas as coordenadas dos pontos do polígono,
encontra-se a área deste de maneira simples.

   ‘    

Seja uma poligonal da qual são conhecidas as coordenadas dos vértices e as


projeções dos lados sobre os eixos X e Y. Projetando-se os lados do polígono sobre o eixo X, as
áreas dos trapézios limitados por cada um dos lados e sua projeção resultará do produto da
ordenada média pela abscissa relativa. Nestas condições, a área total do polígono é a soma
algébica de toas as áreas parciais.

  ‘ü        

Para a poligonal fechada, antes de calcular o azimute das direções, é necessário
fazer a verificação dos ângulos medidos. Uma vez que a poligonal forma um polígono
fechado é possível verificar se houve algum erro na medição dos ângulos. Em um
polígono qualquer, o somatório dos ângulos externos deverá ser igual a:

Somatório dos ângulos medidos = (n + D) . 18 +

E o somatório dos ângulos in ternos será:

Somatório dos ângulos medidos = (n - D) . 18 +

onde n é o número de estações da poligonal

O erro angular (Ea) cometido será dado por:

Ea = Somatório dos ângulos medidos  (n+D).18 +

Para ângulos internos o somatório dos mesmos deverá ser igual ao número de
estações menos dois, multiplicado por 18 + .
Este erro terá que ser menor que a tolerância angular (a), que pode ser
entendida como o erro angular máximo aceitável nas medições. Se o erro cometido for
menor que o erro aceitável, deve-se realizar uma distribuição do erro cometido entre

7
as estações e somente depois realizar o cálculo dos azimutes. É comum encontrar a
seguinte equação para o erro maximo admissível de fechamento angular:

Ea = K.en.I

onde N é o número de ângulos medidos na poligonal


K é o coeficiente de majoração variável de 1 a .

E a equação do erro maximo admissível de fechamento linear é dado por:

EL = K.em. I

onde L é o somatório dos comprimentos dos lados ou perímetro da poligonal


(apoiada ou fechada)
K é o coeficiente de majoração

Caso o erro cometido seja maior que o erro tolerável é necessário refazer as
medições angulares.
Auando a pontaria for realizada sobre uma baliza deve -se tomar o cuidado de
posicionar o retículo vertical exatamente sobre o eixo da baliza, considerando -se que a
mesma encontra-se perfeitamente na vertical. Do ponto de vista prático, quando a
baliza está próxima ao equipamento, a chance de cometer um erro de pontaria é
maior, conforme ilustra a figura 5D.

Figura 5D  Pontaria em baliza próxima ao equipamento e longe.

Assim, um critério utilizado para a eliminação do erro angular cometido é


distribuí-lo nos ângulos formados pelos menores lados da poligonal. Outro critério
empregado é distribuir proporcionalmente o erro para cada estação. Em qualquer um
dos casos, a correção calculada não deve ser inferior à precisão com que foram
realizadas as medições.
Como a orientação é determinada apenas para uma direção da poligonal, é necessário
efetuar o cálculo dos azimutes para todas as demais direções da poligonal. Isto é feito
utilizando os ângulos horizontais medidos em campo.
A partir do ponto de partida ( PP), calculam-se as coordenadas dos demais pontos até
retornar ao ponto de partida. A diferença entre as coordenadas calculadas e as fornecidas para
este ponto resultará no chamado erro planimétrico ou erro linear cometido (figura 9.19).

8
Como os ângulos foram ajustados, este erro será decorrente de imprecisões na
medição das distâncias.

Figura 5  Erro Planimétrico


O erro planimétrico pode ser decomposto em uma componente na direção X e outra
na direção Y (figura 5*).

Figura 5*  Decomposição do erro planimétrico.

Os valores de eX e ey podem ser calculados por:

onde: XOPPC e YOPPC são as coordenadas calculadas;


XOPP e YOPP são as coordenadas fornecidas.

O erro planimétrico Ep será dado por:

É necessário verificar se este erro está abaixo de uma determinada tolerância


linear. Normalmente esta é dada em forma de escala, como por exemplo, 1:1 . O
significado disto é que, em uma poligonal com 1 m o erro aceitável seria de 1 m.
Para calcular o erro planimétrico em forma de escala utilizam-se as seguintes fórmulas:

onde ɇd é o perímetro da poligonal (somatório de todas as distâncias da poligonal)

9
  ‘     

Entende-se por memorial descritivo o relatório ou a narração descrita sobre os fatos


que se realizam ou atos que se executaram em cumprimento dos objetivos desejados.
O memorial descritivo refere-se precisamente ao relatório que deve ser apresentado
pelo engenheiro, após a execução dos trabalhos que tenha realizado em
cumprimento do que lhe foi cometido.
Este deve conter a descrição da propriedade, incluindo:
å‘ O nome da propriedade, nome do proprietário, localização
å‘ A descrição do perímetro citando distâncias e ângulos entre alinhamentos
å‘ O nome dos confrontantes em cada trecho
å‘ A área abrangida, data, assinatura, nome e registro do profissional
responsável pelo levantamento

 ‘
     

A planilha é a disposição metódica para calculo analítico das coordenadas obtidas em
campo anotadas em uma caderneta.

Tabela   Exemplo de dados obtidos em campo organizados na Caderneta

íNGULOS
EST. P.V. íNGULOS HORIZONTAIS
VERTICAIS
hi (RV VR)
LIDOS AJUSTE/COLIMAÇÃO LIDOS
* D95+8͛*5͟ 01 96+*D͛15͟ A
DIR.
1A D D+D1͛ ͟ "
0 96+*D͛15͟
1,Dm D D1D+D1͛ ͟ C 9 +15͛ ͟
INV.
* 115+8͛*5͟ 0D 96+*D͛15͟ D 91+5 ͛ 9͟
1 D17+ ͛ 6͟ 01 11*+ *͛*͟ A D71+*͛ ͟
DIR.
DA  1+ *͛*9͟ "
0 11*+ *͛*͟
1,6m  151+ *͛*9͟ C 91+5͛D*͟
INV.
1 7+ ͛ 6͟ 0D 11*+ *͛*͟ D
D D5+51͛1D͟ 01 6+D7͛18͟ A D69+ ͛D ͟
DIR.
A * 89+18͛ ͟ "
0 6+D7͛18͟
1,5m * D69+18͛ ͟ C 91+16͛*5͟
INV.
D D 5+51͛1D͟ 0D 6+D7͛18͟ D
 1D*+58͛D1͟ 01 85+*5͛*9͟ A
DIR.
*A 1 D1 +**͛1 ͟ " D69+1*͛*5͟
0 85+*5͛*9͟
1,D5m 1  +**͛1 ͟ C
INV.
  *+58͛D1͟ 0D 85+*5͛*9͟ D 9 + 6͛*8͟

Os registros são feitos em uma folha apropriada. Existem vários modelos de planilha
de calculo. Será abordada a planilha de calculo analítico reduzida (manual) e a
planilha de calculo analítico para Excel.

Você também pode gostar