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Prezado Aluno,
A Coordenação Pedagógica
SUMÁRIO Ética
Introdução à Economia SUMÁRIO
SUMÁRIO
ABERTURA ................................................................................................................................ 11
ARESENTAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 11
OBJETIVO E CONTEÚDO ....................................................................................................................................................... 11
ATIVIDADES ............................................................................................................................................................................... 13
GRADE DE CORREÇÃO DE ATIVIDADES ........................................................................................................................... 13
SEÇÕES ........................................................................................................................................................................................ 13
MATERIAL .................................................................................................................................................................................... 14
AVALIAÇÃO ................................................................................................................................................................................ 15
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................................................... 15
NAVEGAÇÃO .............................................................................................................................................................................. 16
PROGRAMAS E PLUGINS ....................................................................................................................................................... 18
PROFESSORES-AUTORES ....................................................................................................................................................... 18
SUPORTE ..................................................................................................................................................................................... 18
ABERTURA
ARESENTAÇÃO
Em Introdução à Economia, trataremos dos principais elementos da análise econômica, em
seus dois níveis – micro e macroeconomia.
Mais ainda... Ao optar por fazer a disciplina Introdução à Economia, você optou também por
participar de um novo método de ensino – o ensino a distância. Dessa forma, você terá bastante
flexibilidade para realizar as atividades nele previstas. Embora você possa definir o tempo que irá
dedicar a esse trabalho, ele foi planejado para ser concluído em um prazo determinado. Verifique
sempre, no calendário, o tempo de que você dispõe para dar conta das atividades nele propostas.
Lá estarão agendados todos os trabalhos, inclusive aqueles a serem realizados em equipe ou
encaminhados, em data previamente determinada, ao Professor-Tutor da disciplina.
OBJETIVO E CONTEÚDO
O objetivo do Introdução à Economia é desenvolver a capacidade analítica para compreender
a ciência econômica e as relações da micro e da macroeconomia.
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ABERTURA Introdução à Economia
Para tanto, a disciplina foi estruturada em cinco módulos, onde foi inserido o seguinte conteúdo...
Neste módulo, avaliaremos como a firma funciona, considerando que o lucro de uma
empresa é a diferença entre suas receitas totais e seus custos totais. Diferenciaremos
os conceitos de lucro e entenderemos ainda o que significa função da produção e
concorrência perfeita. Veremos também por que o monopólio pode ser a melhor
situação para uma empresa, mas não é a ideal para os consumidores.
Módulo 3 – Macroeconomia
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Introdução à Economia ABERTURA
Módulo 5 – Encerramento
Neste módulo – além da avaliação desse trabalho –, você encontrará algumas divertidas
opções para testar seus conhecimentos sobre o conteúdo desenvolvido nos módulos
anteriores – caça-palavras, palavras cruzadas, forca e criptograma. Entre neles e bom
trabalho!
ATIVIDADES
Aqui foram definidos os seguintes tipos de atividades...
Autoavaliação: cujo objetivo é possibilitar que você verifique até que ponto apreendeu o
conteúdo tratado no módulo. Por se tratar de auto-avaliações, estas tarefas são constituídas de
questões objetivas devidamente gabaritadas. Dessa forma, tais tarefas não serão encaminhadas
ao Professor-Tutor e delas não resultará uma nota a ser considerada em sua média final.
É importante que você, ao receber o resultado de uma atividade, analise seu desempenho de
maneira detalhada. Só assim você saberá em que pontos, especificamente, você precisa melhorar.
SEÇÕES
Aqui você poderá navegar pelas seguintes seções...
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ABERTURA Introdução à Economia
desempenho – no site do FGV Online, na área de alunos, você terá acesso aos resultados
das avaliações feitas, podendo, dessa forma, acompanhar seu desempenho acadêmico,
consultando, sempre que desejar, sua área de desempenho.
área de estudos – aqui você terá acesso às disciplinas em que estiver inscrito; aos módulos,
às unidades e às seções, onde está estruturada a parte teórica; às orientações para os trabalhos
individuais e em equipe, e às avaliações. Pela área de estudos, você também poderá acessar os
seguintes recursos...
calendário – para que você possa acompanhar, com tranqüilidade, as atividades aqui
propostas, fique atento ao calendário. É justamente neste espaço que serão agendados
os trabalhos a serem realizados individualmente ou em equipe.
biblioteca virtual – esta área funciona como um centro de recursos multimídia. Neste
espaço, ficarão a sua disposição as questões colocadas com mais freqüência pelos alunos que já
fizeram esta disciplina, verbetes, biografias, textos, estudos de caso, indicações de filmes e sites,
FAQs...
sala de aula – por ser este espaço interativo, você poderá desenvolver trabalhos em
equipe, interagir com os demais participantes da turma e receber um atendimento personalizado
do Professor-Tutor. Pela sala de aula, você poderá acessar ainda a área de...
perfis – onde você poderá registrar seus dados pessoais, assim como saber
quem/como são seus colegas de turma e seu Professor-Tutor. Este é o espaço reservado
ainda para e-mails.
MATERIAL
Aqui você terá acesso aos seguintes tipos de material, via web...
§ textos teóricos relativos à temática tratada;
§ atividades diversas;
§ jogos didáticos;
§ vídeos e desenhos animados;
§ textos complementares de diversos tipos;
§ biografias das pessoas citadas nos textos;
§ verbetes de termos técnicos, conceitos, processos...
§ links para diversos sites;
§ modelos específicos de documentos.
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Introdução à Economia ABERTURA
Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada deste material, no todo ou em parte,
constitui violação do copyright – Lei nº 9.610/98. Em relação às imagens que compõem as diferentes
telas, ou elas foram criadas pelo FGV Online ou foram capturadas no Corel Gallery™Gallery 1.3
Million, tendo sido a titularidade dos direitos autorais assim definida: Direitos Autorais/Copyright
(c) 1999 FGV Online e seus licenciantes. Em relação aos desenhos animados, eles foram criados pela
AB2 Comunicação e por Rodrigo Padua, a partir de roteiros criados pelo FGV Online.
AVALIAÇÃO
Por estarmos tratando de ensino a distância, aqui não nos preocupamos em utilizar os métodos,
as técnicas e os instrumentos tradicionais de avaliação da aprendizagem. Preocupamo-nos, sim,
em criar mecanismos que nos possibilitem acompanhar seu desempenho, possibilitando ainda
que você possa reelaborar e construir o conhecimento necessário ao aperfeiçoamento que se
propõe a obter.
Ainda por se tratar de ensino a distância, estamos cientes de todas as vantagens e limitações que
um trabalho como este pode apresentar. Das vantagens, não precisamos agora falar. Acreditamos
que você poderá, concretamente, avaliá-las. Das limitações, uma que muito nos incomoda é a
percepção de solidão, que se manifesta pela ausência da sala de aula... pela necessidade do
grupo... pela falta do bate-papo dos intervalos...
BIBLIOGRAFIA
BIDERMAN, Ciro; ARVATE, Paulo (orgs.). Economia do Setor Público no Brasil. Rio de Janeiro: Editora
Campus, 2004.
O livro cobre tanto a teoria mais geral de economia do setor público quanto os resultados
empíricos para o Brasil. Cada capítulo é escrito por autores diferentes, especialistas em
cada área. Os temas variam de economia da saúde, economia da educação, impostos
sobre o consumo, imposto sobre o patrimônio...
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ABERTURA Introdução à Economia
GIAMBIAGI, Fábio; ALÉM, Ana Cláudia. Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil. Rio de Janeiro:
Editora Campus, 2000. 2ª edição.
Este livro tem a rara e notável característica de ser genuinamente brasileiro. Nele se
discutem questões de finanças públicas que levam em conta as instituições do país,
além de uma ampla fundamentação empírica. O livro analisa questões concretas de
forma didática, utilizando a teoria e os instrumentos analíticos para estabelecer um
perfeito equilíbrio e integração entre a teoria e a realidade.
HALL, Robert E.; LIEBERMAN, Marc. Microeconomia: Princípios e Aplicações. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2003.
Esta obra introduz o leitor de maneira didática no campo da teoria microeconômica,
abordando os conceitos básicos e essenciais à compreensão dos fenômenos por ele
estudados.O livro utiliza uma abordagem contemporânea e focada no aprendizado,
contribuindo, certamente, para melhor compreensão da importância dos instrumentos
da teoria microeconômica nas relações dos processos dos fenômenos econômicos.
KRUGMAN, P.; WELLS, R. Introdução à economia. Rio de Janeiro: ed. Elsevier Campus, 2007.
Este livro apresenta, de forma clara e objetiva, conceitos, teorias e modelos que
constituem o instrumental básico da Ciência Econômica contemporânea. Na parte da
Microeconomia, além da discussão sobre mercado, produtores e consumidores, os
autores analisam temas de crescente importância na atualidade, como incerteza, risco,
externalidades, bens públicos e externalidades de rede. Na parte da Macroeconomia,
uma característica marcante é a apresentação de uma visão global dos principais
desenvolvimentos científicos recentes.
NAVEGAÇÃO
O Moodle é um sistema de aprendizado baseado na web, criado para atividades individuais, em
equipe ou orientadas por um Professor-Tutor. Todo o trabalho on-line é feito por meio de um
browser.
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Introdução à Economia ABERTURA
A maioria das atividades é inserida na área de estudos. Desta seção, você poderá se dirigir a outras
seções, tais como a sala de aula – para realizar um trabalho com seus colegas de equipe – ou a
biblioteca virtual – para ler ou consultar um material.
Para exibir as disciplinas nas quais você já está inscrito, clique no botão . A seguir, clique na
disciplina que lhe interessa para exibir seu conteúdo programático na janela à direita. Nesta
seção, você acessará o conteúdo teórico disponibilizado e as atividades propostas. Para acessar a
biblioteca virtual, clique em , na barra de ferramentas.
Para iniciar uma atividade na , clique em seu respectivo nome. Se a atividade for individual,
leia as telas associadas a ela e siga as instruções fornecidas. Se a atividade for em equipe ou
interativa – ou seja, uma reunião on-line –, clique nela para abrir a ferramenta de chat do Moodle.
Você pode ainda verificar todas as atividades agendadas no calendário disponibilizado na área
de ferramentas da disciplina, à esquerda da tela.
Para realizar, adequadamente, esta disciplina, você deverá observar a seqüência em que as
atividades foram planejadas. Para isso, fique atento, ao final de cada seção, às seguintes
possibilidades de navegação...
§ navegação a partir dos botões específicos do curso, localizados na barra de
ferramentas, na base das telas;
§ navegação a partir da função back/retorna do browser.
Por meio dos botões que aparecem na barra inferior de tarefas, você poderá se locomover,
livremente, revendo textos, exercícios, avaliações... Contudo, não esqueça que, para acompanhar
a seqüência em que as atividades foram planejadas, você deverá caminhar pelas seções utilizando
os procedimentos apontados acima.
Ao final de algumas seções, indicamos alguns materiais que complementam o conteúdo que
está sendo trabalhado.
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ABERTURA Introdução à Economia
PROGRAMAS E PLUGINS
Para que você possa usufruir de todos os recursos aqui disponibilizados, é necessário que você
tenha instalados, em seu micro, alguns programas e plugins. São eles...
§ Zip Central – programa necessário à descompactação dos arquivos em Word;
§ Adobe Acrobat Reader – programa que possibilita a visualização dos arquivos criados
pelo Adobe Acrobat;
§ Flash Player – plugin que possibilita a visualização das animações criadas em Flash;
§ Windows Media Player – programa que permite a reprodução de aúdios e vídeos.
PROFESSORES-AUTORES
Frederico Turolla é doutor e mestre em Economia de Empresas pela
FGV/SP, com intercâmbio em Economia Internacional e Finanças na
Universidade de Brandeis, Estados Unidos. Atuou no mercado financeiro
por quatro anos e é sócio da consultoria Pezco. Leciona Economia na
EESP/FGV e na Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM.
SUPORTE
Caso você tenha qualquer dúvida sobre questões administrativas ou financeiras, em relação a
pagamento, trancamento, emissão de boleto, etc., entre em contato com a Secretaria Acadêmica
dos cursos do FGV Online pelo e-mail cursosfgvonline@fgv.br ou pelo telefone (21) 3799-5100...
Caso sua dúvida seja sobre a utilização do programa, clique no ícone , na barra de ferramentas.
Nesse momento, será aberta uma janela de ajuda com vários itens. Selecione aquele a que se
refere sua questão. Caso não consiga esclarecê-la, entre em contato com o suporte técnico do
FGV Online, pelo e-mail supfgvonline@fgv.br ou pelo telefone (21) 3799-5050...
§ de segunda a sexta-feira, das 9h às 22h30min;
§ aos sábados e aos domingos, das 9h às 18h.
Lembre-se...
Estamos aqui, no FGV Online, prontos para ajudá-lo a realizar bem este trabalho!
Bom trabalho...
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Introdução à Economia MÓDULO 1
APRESENTAÇÃO
Este primeiro módulo apresenta os conceitos fundamentais da análise econômica – a demanda,
a oferta, o equilíbrio dos mercados – e avança para as elasticidades, as políticas de controle de
preços, o efeito da tributação e as falhas de mercado. Avaliaremos também, neste módulo, o
comportamento da empresa e de seus custos de produção.
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MÓDULO 1 Introdução à Economia
Se nos oferecem carros de luxo, zero quilômetro, por R$ 10.000,00 – ou seja, mais
barato que um carro popular –, possivelmente, nos esforçaremos para comprar um
automóvel de luxo.
Se o preço de um carro de luxo for o preço real de um carro de luxo, a demanda desse
produto, para as pessoas dispostas a comprar um carro e pagar o preço de um carro
popular, será zero.
Sendo assim, se o preço do carro de luxo aumentar, vamos querer comprar menos
carros.
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Introdução à Economia MÓDULO 1
Como, pela Lei da demanda, a relação entre quantidade demandada e preço é inversa, a curva de
demanda tem inclinação para baixo.
Renda...
Quanto maior a renda do consumidor, maior será sua demanda.
Tipo de bem...
Quão indispensável ou importante é a aquisição desse bem.
Bens substitutos...
Dois produtos são substitutos quando o consumidor pode substituir um pelo outro em
seu consumo.
Bens complementares...
Dois produtos são complementares quando são consumidos conjuntamente.
Preferências...
Quanto mais se gosta de um bem, mais se deseja adquiri-lo a um dado preço. As
preferências mudam com o tempo e, em geral, seguem o que se costuma chamar de
moda.
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MÓDULO 1 Introdução à Economia
Expectativas...
Quando o consumidor percebe que as coisas vão melhorar na economia, ele tende a
comprar mais. Se o consumidor acha que as coisas estão piorando ou que pode vir a
perder o emprego, ele reduz o consumo para se preparar para os tempos difíceis.
Outros fatores...
Muitos fatores podem influenciar a demanda de diversos bens – até mesmo motivos
psicológicos ou sociais.
Vejamos...
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Introdução à Economia MÓDULO 1
Quando outros fatores – que não o preço – mudam, o consumidor passa a demandar,
ao mesmo preço de antes, uma quantidade maior ou menor de bens.
Desse modo, o consumidor não se desloca ao longo da curva de demanda, mas pula
para uma nova curva de demanda – mais à esquerda ou mais à direita.
Vejamos...
Depende do preço!
Se nos dizem que o preço de nosso produto está atingindo preços muito altos no
mercado, certamente, produziremos todos os produtos que formos capazes.
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MÓDULO 1 Introdução à Economia
Vejamos...
Tecnologia...
Quando há um avanço tecnológico, os empresários ficam encorajados a ofertar mais.
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Introdução à Economia MÓDULO 1
Expectativas...
Quanto melhor a expectativa sobre o futuro dos negócios, mais os empresários investem
na capacidade produtiva e ofertam mais.
Por outro lado, quando o panorama dos negócios não parece tão
interessante, os empresários tendem a retrair sua oferta.
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MÓDULO 1 Introdução à Economia
2.5 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
26
Introdução à Economia MÓDULO 1
O equilíbrio entre demanda e oferta é a situação em que o preço atingiu um nível em que a
quantidade ofertada é igual à quantidade demandada.
2.2 EQUILÍBRIO
Há apenas um preço e uma quantidade que deixam produtores e consumidores igualmente
satisfeitos.
27
MÓDULO 1 Introdução à Economia
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Introdução à Economia MÓDULO 1
Elasticidade-preço da demanda...
Mede a variação percentual na quantidade demandada em função de uma variação
percentual de 1% no preço...
Elasticidade-renda da demanda...
Mede a variação percentual na quantidade demandada em função de uma variação
percentual de 1% na renda...
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MÓDULO 1 Introdução à Economia
Elasticidade-preço da oferta...
Mede a variação percentual na quantidade ofertada em função de uma variação
percentual de 1% no preço...
O governo pode intervir na formação dos preços criando preços máximos – teto – e preços
mínimos – piso.
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Introdução à Economia MÓDULO 1
A consequência imediata do preço máximo é um mercado livre racionado por meio do preço.
Para ser eficaz, esse preço tem que ser superior ao nível de equilíbrio.
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MÓDULO 1 Introdução à Economia
Em geral, o governo impõe um preço mínimo quando considera que o produtor não está sendo
adequadamente remunerado por sua produção, especialmente, quando se trata de um bem
importante para a sociedade.
Para evitar que isso aconteça, os empresários poderão acabar dando descontos, mesmo que isso
não seja permitido.
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Introdução à Economia MÓDULO 1
2.6.1 SIMULAÇÃO 1
O preço final a ser pago pelos consumidores será esse novo preço de equilíbrio acrescido do
imposto...
R$ 2,80 + R$ 0,50
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MÓDULO 1 Introdução à Economia
2.6.2 SIMULAÇÃO 2
Vamos fazer uma nova simulação, introduzindo o mesmo imposto – R$ 0,50 – só para o produtor...
O preço final que os produtores receberão será esse novo preço de equilíbrio, menos o imposto...
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Introdução à Economia MÓDULO 1
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MÓDULO 1 Introdução à Economia
2.7 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
Nós sabemos que, em um mercado, o preço de equilíbrio vale para todos os consumidores.
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Introdução à Economia MÓDULO 1
Alguns pagariam o dobro ou o triplo pelo mesmo refrigerante naquele momento, ou seja, a
disposição de pagar pelo bem é maior que o preço pago.
O fato de que todos pagaram R$ 1,00 enquanto pagariam mais pelo bem constitui um ganho de
bem-estar do consumidor.
Importante notarmos que os consumidores que estavam dispostos a pagar, pelo bem,
menos que o preço de equilíbrio, simplesmente, não o compraram.
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MÓDULO 1 Introdução à Economia
Elas podem nos ajudar a avaliar as perdas de bem-estar que são causadas pela introdução
de um imposto.
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Introdução à Economia MÓDULO 1
Vejamos qual a receita do governo com a introdução de um imposto. Ela pode ser representada
pela área listrada na figura a seguir...
O imposto é a diferença entre os preços pagos pelo consumidor e recebidos pelo produtor,
multiplicada pela quantidade vendida.
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MÓDULO 1 Introdução à Economia
Observemos a figura...
É possível notarmos que o quadrado representa o montante de recursos que o governo passou a
extrair do mercado após o imposto.
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Introdução à Economia MÓDULO 1
3.8 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
Eficiência produtiva...
Produção utilizando o menor conjunto de insumos. Em outras palavras, uma economia
atinge a máxima eficiência produtiva quando não é mais possível produzir mais de um
bem sem produzir menos de algum outro bem.
Eficiência alocativa...
Melhor alocação de recursos entre os indivíduos, de tal forma que não é possível
melhorar a situação de um indivíduo sem piorar a situação de outro. A situação de
melhor eficiência alocativa é chamada de Ótimo de Pareto.
4.2 PREÇOS
Segundo a Teoria Econômica convencional, quando os mercados funcionam livremente, sem
qualquer intervenção do Estado, a sociedade atinge a maior eficiência produtiva e a maior
eficiência alocativa possível.
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MÓDULO 1 Introdução à Economia
A alta dos preços envia um sinal automático aos produtores – produzam mais do bem
escasso – e aos consumidores – consumam menos do bem escasso.
O preço mais baixo envia um sinal aos produtores, para que estes produzam menos, e
aos consumidores, para que consumam mais.
4.4 IMPERFEIÇÕES
Há preços que não se ajustam em resposta à escassez.
O estudo dos mercados perfeitos não passa de um paradigma contra o qual podem ser
analisadas as situações imperfeitas.
A Teoria Econômica considera as imperfeições do mercado e tem muito a dizer sobre elas.
Essas falhas de mercado são uma importante justificativa, sob o ponto de vista econômico, para
que o Estado tenha funções relevantes.
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Introdução à Economia MÓDULO 1
As políticas de regulação, defesa da concorrência e outras têm por objetivo permitir que o Estado
atue corretamente sobre as falhas de mercado.
4.5.1 EXTERNALIDADES
As externalidades ocorrem quando alguém exerce uma atividade que influencia o bem-estar de
outras pessoas e não recebe nem paga nenhuma compensação por aquele efeito.
Externalidades positivas...
As externalidades positivas ocorrem, por exemplo, quando...
§ ocorre pesquisa de novas tecnologias das quais poderemos usufruir no
futuro;
§ a restauração de prédios históricos no centro da cidade traz agradáveis
lembranças e o prazer de passear por lugares de importância histórica;
§ uma nova avenida é construída em nosso bairro, valorizando nosso imóvel,
sem que devamos compensar o Estado pela melhoria.
Externalidades negativas...
As externalidades negativas ocorrem, por exemplo, quando pisamos nas fezes do
cachorro alheio deixadas na calçada.
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MÓDULO 1 Introdução à Economia
Por exemplo, se os ganhos de valorização imobiliária decorrentes de uma obra viária importante
em nosso bairro pudessem ser apropriados, ao menos em parte, pelo poder público, haveria
muito mais incentivo para a construção de obras viárias necessárias.
Tal ação reduziria o congestionamento das cidades e tornaria o sistema viário urbano
mais completo e eficiente.
4.5.2 BENS
Os bens podem ser classificados conforme dois de seus atributos – rivalidade e excludência.
A rivalidade quer dizer que o custo marginal de provisão de uma unidade adicional do
bem é maior que zero. Ou seja, o consumo de um bem não permite o consumo por
outro, portanto, haverá custos para aumentar a produção, para que outra pessoa também
possa consumir.
A não excludência quer dizer que não é possível atribuir direitos de propriedade sobre
seu usufruto.
44
Introdução à Economia MÓDULO 1
Para esses bens, o consumo de uma pessoa afeta o consumo de uma outra.
Os bens públicos são bens que deverão ser fornecidos pelo Estado, caso contrário não serão
providos na quantidade eficiente.
45
MÓDULO 1 Introdução à Economia
O homem logo pensa: – Isso quer dizer que os paulistanos enfrentam hoje escassez de ar
puro para respirarem, em sua cidade. Os mercados deveriam resolver esse problema!
Sendo a oferta de ar relativamente fixa, o preço deveria subir para desestimular a demanda. Desse
modo, menos gente usaria o ar para descartar a poluição de seu automóvel e teríamos uma
atmosfera mais limpa.
Como os direitos de propriedade sobre o ar não estão bem definidos, e é difícil defini-los
corretamente, o mercado não funciona perfeitamente.
Sabemos que o preço do ar é zero. Com preço zero, os indivíduos consomem mais
desse bem do que seria desejável – sobreconsomem ar – e a escassez acaba sendo
inevitável.
Recursos de propriedade comum são bens que têm rivalidade, mas não são excludentes.
Isso gera a chamada seleção adversa, que faz com que algumas transações socialmente
desejáveis não sejam realizadas.
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Introdução à Economia MÓDULO 1
Por exemplo, um indivíduo fecha um contrato de seguro contra roubo de seu carro.
Para lidar com essa falha, os contratos de seguro contêm cláusulas específicas para
evitar essa mudança indesejável de comportamento.
O credor cobra uma taxa de juros mais elevada do que o socialmente desejável.
4.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
5.1 FILME
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, assista a
uma cena do filme Um herói de brinquedo no ambiente on-line.
47
MÓDULO 1 Introdução à Economia
UNIDADE 6 – ATIVIDADES
6.1 AUTOAVALIAÇÃO
Acesse, no ambiente on-line, a autoavaliação deste módulo.
48
Introdução à Economia MÓDULO 2
APRESENTAÇÃO
Neste módulo, avaliaremos como a firma funciona, considerando que o lucro de uma empresa é
a diferença entre suas receitas totais e seus custos totais. Diferenciaremos os conceitos de lucro
e entenderemos, ainda, o que significa função da produção e concorrência perfeita. Veremos
também por que o monopólio pode ser a melhor situação para uma empresa, mas não é a ideal
para os consumidores.
Em microeconomia, frequentemente...
...as empresas são chamadas de firmas, e os setores – que são os conjuntos em que as
firmas se organizam – são as indústrias.
Os custos totais de uma firma podem ser de dois tipos – custos explícitos e custos
implícitos.
49
MÓDULO 2 Introdução à Economia
Em vez de aplicar o capital na empresa, quanto seria possível obter aplicando os recursos
no mercado financeiro?
De uma maneira geral, podemos dizer que o lucro econômico é menor que
o lucro contábil.
Por exemplo...
50
Introdução à Economia MÓDULO 2
Desse modo, a visão contábil acaba apresentando um resultado superior ao que seria
obtido na visão do economista.
1.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
produção
por dia
15 função de produção
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0 1 2 3 4 5 mão-de-obra empregada
51
MÓDULO 2 Introdução à Economia
Quando a quantidade produzida é igual a zero, o custo total é igual ao custo fixo de R$ 3,00.
Custo médio...
Razão entre o custo total e a quantidade produzida. Em geral, o custo médio decresce
com o aumento da produção, mas a partir de certo nível de produto passa a aumentar.
Custo marginal...
Variação do custo total. Em geral, o custo marginal cresce com a quantidade produzida.
52
Introdução à Economia MÓDULO 2
O ponto de escala eficiente corresponde ao mínimo custo médio, ou seja, o ponto em que a
empresa conseguirá produzir ao menor custo unitário possível.
2.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
53
MÓDULO 2 Introdução à Economia
54
Introdução à Economia MÓDULO 2
RT = P x Q
RMe = RT / Q = p
A receita marginal – RMg – é o aumento na receita total – ART – quando a empresa vende uma
unidade a mais – U+1...
RMg = ART / AQ = P
3.4.1 EXEMPLIFICANDO
Vejamos os dados de um produtor agrícola...
A cada unidade vendida, o preço é constante e igual a R$ 6,00. A receita média por unidade
vendida é sempre igual ao preço. A receita marginal também é igual ao preço.
Isso significa que, ao vender mais uma unidade, o produtor agrícola aumentará sua receita em R$
6,00 igual ao preço.
55
MÓDULO 2 Introdução à Economia
Se seu lucro econômico é zero, a empresa poderá ainda ter um lucro contábil.
3.6 PARADIGMA
É claro que não, pois os consumidores demandarão uma quantidade zero de seu
produto!
56
Introdução à Economia MÓDULO 2
Embora a concorrência perfeita seja a melhor estrutura de mercado para o bem-estar dos
consumidores e a eficiência das firmas, não há exemplo real de um mercado perfeitamente
competitivo.
3.7 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 4 – MONOPÓLIO
57
MÓDULO 2 Introdução à Economia
Nesse caso, o governo prefere evitar a duplicação dos custos fixos da rede mantendo um único
operador.
A exclusividade também ocorre quando são concedidas patentes, cujo objetivo é garantir à
empresa inovadora o direito sobre sua inovação durante um determinado período, com o objetivo
de estimular a atividade de inovação por parte das empresas.
Se a empresa é capaz de operar com custos muito mais baixos que qualquer outra, ela
poderá expulsar as demais do mercado.
O monopólio é a melhor situação para uma empresa, mas não é a ideal para
os consumidores.
Um exemplo de como a ineficiência alocativa é estimulada pelo governo é o caso das patentes.
É o caso, também, dos monopólios naturais, cujos custos fixos elevados e custos médios
decrescentes exigem um monopólio – e essa é a melhor situação para o consumidor.
58
Introdução à Economia MÓDULO 2
4.7 IMPOSTOS
O monopólio produz menos do que a quantidade de produto que seria socialmente desejável.
Os impostos não são uma mera transferência entre o setor privado e o governo...
Da mesma forma que, com os impostos, o monopólio não gera uma mera transferência de renda
entre produtores e consumidores.
4.8 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
Em termos de negócios, os setores caracterizados pela presença de monopólio natural têm uma
dinâmica bastante diferente do que acontece nos demais setores da economia.
Há um monopólio natural quando uma única firma é capaz de servir a todo o mercado a um custo
unitário menor do que se houvesse duas ou três firmas nesse mercado.
59
MÓDULO 2 Introdução à Economia
Nesse setor, o custo fixo é tão alto que, se a rede fosse duplicada, o custo médio
cresceria muito. Quando isso ocorre, é preferível ter um único produtor a ter
concorrência.
Em geral, o setor de infraestrutura é marcado por custos fixos muito elevados, e por
formas de capital de utilização altamente específica ao setor.
Muitos segmentos da indústria de infraestrutura não são monopólios naturais, mas devido aos
elevados custos fixos e aos tipos muito específicos de capital, são regulados por terem
características próximas de monopólios naturais, ou que desaconselham a concorrência.
Pode ser que você tenha respondido: EM UM MERCADO COMPETITIVO, onde os preços
são mais baixos!!!
5.4 COMPETIÇÃO
Na maioria dos mercados, é realmente melhor para o consumidor adquirir o bem ou
serviço de um produtor que esteja em um ambiente de competição feroz.
60
Introdução à Economia MÓDULO 2
Entretanto, há alguns bens e serviços específicos para os quais o consumidor pode preferir ser
atendido por um monopolista.
É o caso dos chamados monopólios naturais, nos quais o custo fixo é tão alto
que a duplicação da rede levaria a um custo muito mais alto para ambos os
produtores.
Mesmo que competissem entre si, teriam que praticar preços altos a tal ponto que um
dos dois fatalmente iria à falência.
Nesse caso, não será preciso controlar o poder de monopólio, já que o Estado não tem como
objetivo o lucro máximo.
5.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 6 – OLIGOPÓLIO
61
MÓDULO 2 Introdução à Economia
Um duopólio na produção de água mineral – ou seja, um mercado dividido entre duas empresas.
A água nesses poços é abundante e pode ser extraída sem qualquer custo.
62
Introdução à Economia MÓDULO 2
Se houvesse competição nesse mercado, a água acabaria sendo entregue de graça aos
consumidores.
A quantidade demandada ao preço zero seria de 120 mil litros de água mineral.
O CMg é zero.
Ou seja, o preço da próxima unidade seria menor que o preço da unidade anterior.
63
MÓDULO 2 Introdução à Economia
Sabendo que o maior lucro que esse mercado comporta é o que seria obtido por um monopolista,
os produtores acordaram que, conjuntamente, deveriam produzir como se formassem um
monopólio.
As leis antitruste de várias jurisdições costumam proibir esse tipo de cooperação, vedando vários
tipos de coordenação entre empresas.
6.4 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
Um dos principais expoentes da Teoria dos Jogos é John Nash, tema do filme
Uma Mente Brilhante.
64
Introdução à Economia MÓDULO 2
O lucro de cada firma depende não apenas de sua própria produção, mas da produção das
concorrentes.
É por causa desse tipo de comportamento nos oligopólios que essa estrutura de mercado
é marcada por uma tensão permanente entre cooperação e autointeresse.
Outra característica que torna a Teoria dos Jogos um poderoso instrumento para a compreensão
dos oligopólios é a interdependência estratégica entre as firmas.
Como elas são em pequeno número, suas políticas de negócios estão altamente
interligadas, de forma que qualquer ação de uma firma afeta diretamente os resultados
da outra.
Em mercados assim, não há saída para a firma, senão agir de forma estratégica, levando em
consideração as ações das firmas concorrentes.
Um jogo pode não ter equilíbrio de Nash, assim como pode ter mais de um equilíbrio de Nash.
65
MÓDULO 2 Introdução à Economia
7.4.1 EXEMPLO
Vejamos um exemplo de Matriz de Recompensas ou de payoffs...
66
Introdução à Economia MÓDULO 2
Árvore de jogos
informação sobre o sequenciamento lógico das jogadas
mantém
preço (4 , 1)
ramos líder
nós
lança vantagem
Só há provas contra eles por porte ilegal de armas, o que lhes daria um ano de cadeia
cada um.
Não há provas dos grandes assaltos a bancos de que os dois prisioneiros são acusados
pela polícia.
A polícia oferece um acordo aos dois, separadamente, dando a cada um deles a possibilidade de
se livrar de sua pena por porte ilegal de arma se incriminar o outro.
67
MÓDULO 2 Introdução à Economia
Se Clyde confessar e Bonnie ficar em silêncio, ele pode ser solto e Bonnie pegará uma pena alta,
de 20 anos.
Ao contrário, se Bonnie confessar e Clyde não disser nada, Clyde ficará com a pena de
20 anos e Bonnie ficará livre.
68
Introdução à Economia MÓDULO 2
7.6.4 DECISÕES
Clyde pensa que poderia confessar ou ficar em silêncio e que sua vantagem dependerá da
decisão da Bonnie.
Clyde prefere confessar e ficar com 8 anos ou a liberdade, em vez de ficar entre duas penas de 20
anos ou 1 ano.
Bonnie enfrentará uma decisão similar – terá de decidir entre confessar e pegar 8 ou ficar em
liberdade, e ficar quieta e pegar 1 ano ou 20 anos.
Como ambos decidiram confessar, o Equilíbrio de Nash é o par – confessa, confessa – que é o
resultado da decisão de ambos os jogadores.
69
MÓDULO 2 Introdução à Economia
decisão de Bonnie
Bonnie Bonnie
pega 8 anos pega 20 anos
confessa
Clyde Clyde
pega 8 anos é solto
decisão
de Clyde Bonnie Bonnie
é solta pega 1 ano
permanece
em silêncio Clyde Clyde
pega 20 anos pega 1 ano
A melhor situação seria a estratégia cooperativa, em que pegariam um ano cada um.
70
Introdução à Economia MÓDULO 2
Uma implicação importante da solução não cooperativa desse jogo é aplicável aos
cartéis.
Enquanto a legislação antitruste procura gerar soluções não cooperativas em jogos horizontais
entre empresas – evitando cartéis –, a lei de contratos procura gerar playoffs que conduzem a
soluções cooperativas.
71
MÓDULO 2 Introdução à Economia
Qualquer que seja a decisão do Irã, o Iraque obtém 40 ou 60 com alta produção, contra 30 ou 50
com baixa produção.
Neste jogo, o primeiro jogador – investidor – decide se irá ou não investir um certo volume
de dinheiro, colocando-o sob controle do segundo jogador, uma agência de investimento –
corretora –, em troca de uma renumeração do ativo investido.
Caso o segundo jogador decida cooperar, cada jogador receberá 0,5 unidades,
correpondentes ao rendimento do ativo, ou seja, o primeiro jogador retoma sua unidade
do ativo acrescida de 0,5, enquanto o segundo jogador é remunerado com 0,5 unidade
por sua cooperação.
segundo jogador
coopera apropria
não investe 0 0 0 0
72
Introdução à Economia MÓDULO 2
Note que a estratégia que maximiza os ganhos do segundo jogador é apropriar-se da unidade de
ativo investida.
O primeiro jogador pode antecipar que o segundo jogador não irá cooperar e decide
não investir. Nessas condições, a solução para este jogo seria não investe.
segundo jogador
coopera apropria
não investe 0 0 0 0
Nessa situação, o primeiro jogador receberá seu patrimônio de volta mais a remuneração do
mesmo, independentemente da decisão do segundo jogador.
Por outro lado, se o segundo jogador optar por quebrar a promessa e apropriar-se do
ativo, ele terá um payoff líquido de -0.5, pois terá que devolver para o primeiro a
unidade investida da qual ele se apropriou indevidamente, acrescida da remuneração
prometida no momento em que se comprometeu a cooperar.
Essa conclusão nos permite enunciar a importância das leis que garantam os contratos
– promover e possibilitar que as pessoas cooperem, convertendo jogos com soluções
não cooperativas em jogos com soluções cooperativas.
73
MÓDULO 2 Introdução à Economia
A solução mais eficiente será aquela que maximizar a soma dos payoffs, o que ocorre
quando o primeiro jogador investe e o segundo jogador coopera.
Tal relacionamento cria deveres legais que podem não estar explícitos nos contratos.
Uma boa lei de contratos permite converter jogos com soluções ineficientes
em jogos com soluções eficientes.
Para tanto, devem ser capazes de acomodar as mudanças, agindo de forma flexível, e
não se mantendo inalteradas e atreladas a regras rígidas.
74
Introdução à Economia MÓDULO 2
Caso o segundo jogador, em qualquer rodada, opte pela estratégia de se apropriar do investimento
do primeiro jogador – o qual denominaremos principal – seu payoff será de 1 nesta rodada e 0
nas rodadas seguintes, uma vez que o primeiro jogador, seja por antecipar uma provável
apropriação do segundo jogador, seja para puni-lo pela apropriação, não mais irá investir seu ativo.
Por outro lado, caso o segundo jogador opte por cooperar continuamente, após três rodadas, seu
payoff acumulado será de 1,5 – portanto, maior do que se adotasse a estratégia de se apropriar do
investimento.
Estratégias comerciais inteligentes criam mecanismos informais para que as partes protejam seus
interesses em relacionamentos de longa duração entre clientes e fornecedores.
75
MÓDULO 2 Introdução à Economia
7.11 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
...os lucros sempre são conduzidos ao mínimo possível, devido à liberdade de entrada
e saída no mercado.
Pode haver lucros econômicos no curto prazo, mas esses lucros estão, constantemente, ameaçados
pela entrada de novos competidores na indústria.
8.3 PROPAGANDA
A propaganda pode ser um instrumento da concorrência monopolística.
Tal diferenciação criada pela propaganda é percebida pelo consumidor nas marcas.
76
Introdução à Economia MÓDULO 2
Por isso, no curto prazo, as firmas podem obter posição dominante em alguma indústria cara...
8.4 REGULAÇÃO
A diferença entre preço e custo marginal corresponde a uma ineficiência alocativa.
Se existe essa ineficiência alocativa, ou seja P >CMg, não deveria haver regulação?
Regular todas as firmas em concorrência monopolística seria muito caro, trazendo talvez mais
custos do que benefícios.
8.5 INEFICIÊNCIAS
Nesse tipo de mercado, as distorções no preço só ocorrem no curto prazo – e vão se dissipando
com o tempo quando a concorrência vai dirigindo os preços ao custo marginal.
8.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
9.1 FILME
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, assista a
uma cena do filme Roda viva com Benjamin Steinbrunch no ambiente on-line.
77
MÓDULO 2 Introdução à Economia
UNIDADE 10 – ATIVIDADES
10.1 AUTOAVALIAÇÃO
Acesse, no ambiente on-line, a autoavaliação deste módulo.
‘O cartel pode ser definido como uma situação em que um grupo de firmas age
conjuntamente, definindo quantidades ou preços.’
Suporte ao trabalho
78
Introdução à Economia MÓDULO 2
Tarefa
Registro do trabalho
Para saber como apresentar seu trabalho ao Professor-Tutor na sala de aula, leia o
Anexo 1.
TEXTOS UTILIZADOS
79
MÓDULO 2 Introdução à Economia
Entretanto, poucos sabem a razão de esta conduta ser considerada uma infração à ordem
econômica, imputável administrativamente (Lei 8.884/94), com multas para empresas e indivíduos.
Em alguns países, como o próprio Brasil, é também um crime imputável juridicamente (Lei 8.137/
90), com penas de prisão para os indivíduos envolvidos. Para as empresas pode haver ainda
processos cíveis por perdas e danos, movidos pelos consumidores.
Para entendermos isto teremos que recorrer a alguns conceitos em que se baseia uma economia
de mercado. Os brasileiros não estão muito acostumados a este conceito. Afinal, desde sempre
nos habituamos à intervenção do Estado em todos os aspectos da vida econômica, quer produzindo
bens e serviços por meio de suas empresas, quer impondo regras restritivas ao livre comércio,
quer, ainda, fixando e controlando preços e salários do setor privado. Este ambiente começou a
mudar a partir de 1989: a abertura comercial com a redução das tarifas de importação, a privatização
e a liberação dos preços culminam com o novo ordenamento econômico do Plano Real. Com a
introdução das concepções de equilíbrio fiscal e monetário, foi possível garantir a manutenção da
estabilidade econômica implantada a partir de 1994. Nessa mesma época, o Brasil trocou o
controle de preços pela lei da oferta e da demanda, ao adotar a Lei 8.884, passando a contar com
um moderno aparato de defesa e promoção da concorrência. Por esta lei, o livre jogo das forças
de mercado, em um ambiente concorrencial, deve ser suficiente para garantir preços estáveis e
justos.
Uma economia de livre mercado supõe que cada produtor procure maximizar seu lucro, dada
uma certa tecnologia, tanto quanto um indivíduo busca maximizar seu bem estar, sujeito à sua
limitação orçamentária. Se houver concorrência, este encontro de interesses levará a uma alocação
ótima dos recursos produtivos, produzindo quantidades e qualidades de produtos de acordo com
a capacidade do país, tanto quanto levará ao maior bem estar do seu povo. Concorrência existe
desde que nenhum agente econômico seja capaz de impor preços nesse mercado, sendo preço
o resultado do encontro dos desejos dos produtores concorrentes em ofertar quantidades e
qualidades de produtos e dos desejos dos consumidores em adquiri-los. A concorrência será
tanto maior quanto mais livre for o comércio entre os países, e quanto menor for a interferência
do Estado no processo econômico.
A existência de cartéis, portanto, fere mortalmente o mercado: eles causam dano ao consumidor
e têm efeito pernicioso sobre a eficiência econômica. Para os que participam de cartéis seus
inimigos são os consumidores; seus companheiros nessa ação, ao invés de concorrerem entre si,
tornam-se aliados em burlar a economia de mercado. Um cartel bem sucedido eleva seus preços
acima do nível de concorrência e reduz a produção. Adicionalmente, o cartel protege seus autores
da exposição às forças de mercado, reduzindo a pressão sobre eles para controlar custos e inovar.
Todos esses efeitos afetam adversamente a eficiência da economia de mercado e o bem estar.
O Comitê de Concorrência da OECD realizou uma enquete entre seus membros sobre casos de
cartéis investigados entre 1996 e 2000, numa tentativa de conhecer melhor o dano deles
decorrentes. Os países que responderam reportaram 119 casos, em muitos dos quais foi impossível
medir os danos. Foi possível, entretanto, verificar que os 16 casos de cartel mais importantes
envolveram um montante de comércio de 55 bilhões de dólares em todo o mundo. Concluiu-se,
também, que a margem de lucro dos cartéis varia significativamente, e em alguns deles pode
chegar a 50%, tornando claro que a magnitude do dano dos cartéis é de muitos bilhões de dólares
anuais.
80
Introdução à Economia MÓDULO 2
Um dos países mais bem sucedidos em caçar cartéis são os Estados Unidos. Seus casos mais
importantes referem-se a lisinas, ácido cítrico, vitaminas e eletrodos de grafite, cujo comércio
afetado foi superior 45 bilhões de dólares e o dano estimado foi de cerca de 1,3 bilhões de
dólares. As sanções aplicadas foram multas de quase dois bilhões de dólares e prisão para 13
executivos das companhias envolvidas.
No Brasil, não temos ainda sido muito efetivos na identificação e punição de cartéis. Condenamos
até hoje dois cartéis: o do aço e o de postos de combustíveis de Florianópolis. O caso do cartel de
aço ilustra como o controle de preços no Brasil foi pernicioso e como ainda continua produzindo
seus efeitos deletérios. As três empresas envolvidas pediram audiência ao Secretário da Seae e
comunicaram que na semana seguinte elevariam os preços de seus produtos igualmente, como
estavam habituadas a fazer antes da liberação de preços. Foram, na ocasião, advertidas da infração
que estariam cometendo, caso assim procedessem e, a despeito disso, fizeram o anunciado. Um
outro caso na mesma linha ocorreu em 6 de fevereiro de 1999, quando os principais jornais do Rio
de Janeiro anunciaram na sua primeira página que o seu Sindicato havia deliberado por um
aumento de 20% no preço dos jornais a partir daquela data. Estes são dois exemplos de como a
antiga sistemática de controle de preços adotada pelo governo brasileiro, de sentar-se à mesa
com produtores para determinar preços em conjunto, provavelmente continua prevalecendo,
mesmo anos depois do fim do controle de preços no Brasil. Estes dois casos, todavia, são exemplos
do que poderíamos chamar de cartéis tolos: por hábitos antigos, anunciaram à autoridade ou
publicamente que estavam cometendo a infração.
O mesmo não ocorre, entretanto, em outros casos de cartel investigados pelo SBDC, como o caso
de postos de combustíveis de Florianópolis, já julgado, ou de Salvador e de Brasília, a serem
julgados, ou ainda o complô de gerentes de vendas de algumas empresas farmacêuticas contra
os remédios genéricos. Seus autores, reunidos em segredo, sabiam estar cometendo uma infração
à ordem econômica. Ameaças de morte contra não seguidores do cartel são freqüentes. Não
podemos nos esquecer do assassinato do procurador que investigava em Belo Horizonte o cartel
de falsificação de gasolina, que nada mais é do que uma forma disfarçada de aumento de preços.
Muitos casos semelhantes a este podem ocorrer em associações e sindicatos de produtores.
Reúnem-se, começam a conversar sobre amenidades, e logo a conversa deriva para os preços de
seus produtos, numa verdadeira conspiração contra o povo.
O combate a essa infração administrativa e criminal à ordem econômica só será mais efetivo no
Brasil se os órgãos de defesa da concorrência forem dotados de maior capacidade de investigação.
Nos países em que cartel é crime, o aparato policial e de procuradores trabalha junto com os
órgãos de defesa da concorrência, ampliando as possibilidades de investigação. No período
recente, tivemos algumas experiências que demonstram como esse trabalho em conjunto pode
frutificar. Foram, no entanto, colaborações eventuais que, para serem mais eficazes em outros
casos, têm que se tornar institucionalizadas.
Fonte
CONSIDERA, Claudio M. Perdas e danos dos cartéis. Folha de São Paulo, 31 maio 2002. Disponível em: <http://
www.seae.fazenda.gov.br/central_documentos/textos_artigos/2002-1/5-artigoperdasedanos>. Acesso em: 24
set. 2009.
81
MÓDULO 2 Introdução à Economia
Em Belo Horizonte, participaram da ação cerca de 250 policiais federais, promotores do Ministério
Público de Minas Gerais, técnicos da SDE e da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE),
do Ministério da Fazenda.
O nome da operação é uma referência aos termos usados pelo ator Adam Smith no livro “A
Riqueza das Nações”, para explicar que os homens são frequentemente “levados por uma mão
invisível sem que o saibam, sem que tenham essa intenção, a promover o interesse da sociedade”.
É no inesperado resultado da luta competitiva por melhoramento próprio que a mão invisível
regula a economia e, Smith explica como a mútua competição (ou concorrência) força o preço
dos produtos para baixo, até seus níveis “naturais”,que correspondam ao seu custo de produção.
O termo é usado até hoje por estudiosos de todo o mundo, quando se fala em liberalismo
econômico.
Fonte
CARTEL de combustíveis é desbaratado em Belo Horizonte. Disponível em: <http://www.seae.fazenda.gov.br/
noticias/cartel-de-combustiveis-e-desbaratado-em-belo-horizonte/?searchterm=cartéis>. Acesso em: 24 set.
2009.
82
Introdução à Economia MÓDULO 2
Módulo: Atividade:
Título:
Aluno:
Disciplina: Turma:
Introdução
Conclusão
Referências bibliográficas
*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as
linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.
83
Introdução à Economia MÓDULO 3
MÓDULO 3 – MACROECONOMIA
APRESENTAÇÃO
A ciência econômica se divide em dois ramos – a macroeconomia e a microeconomia. Neste
módulo, nosso foco será a macroeconomia. Ela estuda a economia como um todo, o crescimento
da renda nacional, o desemprego no país, a inflação. A macroeconomia não entra nos detalhes
sobre as decisões individuais das famílias e empresas, analisando a determinação dos agregados
macroeconômicos.
1.1 QUESTÕES
A macroeconomia não entra nos detalhes sobre as decisões individuais das famílias e empresas,
analisando a determinação dos agregados macroeconômicos.
Qual a razão das diferenças de renda per capita nos diferentes países?
Por que os preços sobem rapidamente em alguns períodos, sendo bem mais estáveis em
outros períodos?
1.2 RENDA
Quando avaliamos a situação econômica de uma pessoa, o primeiro elemento que analisamos é
sua renda.
85
MÓDULO 3 Introdução à Economia
O funcionamento de uma economia de mercado pode ser representado por meio do diagrama
do fluxo circular da renda...
empresas familias
mercado de fatores
de produção
• familias vendem;
salários, • empresas compram. renda
aluguéis e
lucros
= fluxo de insumos
e
= fluxo de reais
1.3 REMUNERAÇÃO
As famílias compram bens e serviços das empresas.
As empresas, por sua vez, usam os recursos que receberam da venda de bens e serviços às
famílias...
86
Introdução à Economia MÓDULO 3
No fluxo circular da renda – para a economia como um todo – a renda deve ser igual
à despesa.
Todo real gasto por algum comprador é recebido por algum vendedor.
1.5 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
UNIDADE 2 – PIB
O PIB é igual ao total de despesas das famílias e à renda total recebida pelas famílias.
O PIB representa o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país em
um determinado período.
87
MÓDULO 3 Introdução à Economia
Os preços refletem o quanto as pessoas estão dispostas a pagar por um bem, ou seja,
seu valor de mercado.
Apesar de ser muito abrangente, o PIB pode não captar transações informais, serviços
não transacionados – serviços domésticos.
O PIB contabiliza somente o valor dos bens finais, não os bens intermediários.
O conceito empregado é o de valor adicionado – bens intermediários são descontados para não
gerar dupla contagem.
demanda
produção renda
dispêndio
88
Introdução à Economia MÓDULO 3
O PIB mede o valor de produção que tem lugar em um intervalo de tempo específico,
quase sempre de um trimestre ou um ano.
Quando dizemos que o país cresceu 3,8% no ano passado, estamos nos
referindo, na verdade, à variação do PIB real.
2.7 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
3.1 INFLAÇÃO
A inflação se refere à situação em que o nível médio de preços da economia está crescendo.
O índice de preços ao consumidor é uma medida do custo geral dos bens e serviços
comprados por um consumidor típico.
O IPCA utilizado como medida de inflação para o regime de Metas de Inflação pelo Banco Central
é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Quando o IPC sobe, temos de gastar mais reais para manter o mesmo padrão
de vida.
89
MÓDULO 3 Introdução à Economia
3.5 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
90
Introdução à Economia MÓDULO 3
4.3 IGP-DI
O IGP-DI é calculado para o mês cheio – mês-calendário.
4.4 IGP-M
Portanto, o IGP-M mede a inflação em trinta dias, mas seu período de cálculo não corresponde ao
mês-calendário.
4.5 APURAÇÕES
O IGP-10 é calculado no período de 30 dias que terminam no dia 10 do mês de
referência.
91
MÓDULO 3 Introdução à Economia
4.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
Muitas variáveis macroeconômicas que medem algum tipo de renda ou produto flutuam,
conjuntamente, e muito próximas.
Embora flutuem juntas, muitas vezes, suas flutuações são em magnitudes diferentes.
5.2 RECESSÃO
Em alguns anos, o crescimento natural da economia não acontece, causando uma recessão.
...não fazer nada e esperar para que preços e salários se ajustem – em geral, esse ajuste
leva um tempo excessivamente longo e causa grandes transtornos à economia.
5.3 DEPRESSÃO
Quando o produto diminui, o desemprego aumenta.
Duas variáveis são usadas para descrever as flutuações de curto prazo das atividades econômicas...
...o nível geral de preços medido pelo Índice de Preços ao Consumidor – IPC – ou pelo
deflator do PIB.
92
Introdução à Economia MÓDULO 3
nível de
preço
oferta agregada
nível de
preços de
equilíbrio
demanda agregada
0 produto de nível de
equilíbrio produto
93
MÓDULO 3 Introdução à Economia
São quatro os componentes do PIB, Y, que contribuem para a demanda agregada de bens e
serviços...
Y = C + I + G + NX
Sendo...
§ consumo – C – as despesas das famílias com bens e serviços, com exceção das
compras de residências;
§ investimentos – I – as despesas com bens de capital, estoques e instalações,
incluindo novas residências;
§ gastos governamentais – G – as despesas em bens e serviços do governo, nas
esferas federal, estadual e municipal. Não incluem pagamentos de transferências
porque eles são realizados em contraparte a produtos ou serviços produzidos;
§ exportações líquidas – NX – exportações menos as importações, ou seja, o
relacionamento do país com o resto do mundo.
T = tributos
G = gastos do governo
demanda do
setor público
94
Introdução à Economia MÓDULO 3
nível de preços
P1
P2
1. Uma diminuição
no nível de preços... demanda
agregada
0 Y1 Y2 quantidade
de produto
2... aumenta a quantidade de
bens e serviços demandados.
A inclinação negativa da curva da demanda agregada mostra que uma queda no nível
de preços eleva a quantidade geral de bens e serviços demandados.
Muitos outros fatores afetam a quantidade de bens e serviços demandados a cada nível de
preços.
95
MÓDULO 3 Introdução à Economia
nível de
preços
curva de
oferta
agregada
P1
P2
2.... reduz a
1. Uma
quantidade de bens e
redução no
serviços ofertados no
nível dos
curto-prazo.
preços...
0 Y2 Y1 quantidade de produto
5.10 CHOQUES
Por que a curva da oferta agregada poderia se deslocar?
...no mercado de trabalho, como, por exemplo, uma guerra ou uma imigração, que
alteram o contingente de mão-de-obra disponível para a economia.
...a partir de uma alteração no capital produtivo da economia, como um grande atentado
terrorista ou um grande desastre natural. Os atentados de 11 de setembro contra os
Estados Unidos, por exemplo, deslocaram a curva de oferta agregada para a esquerda,
porque um grande volume de capital foi perdido.
96
Introdução à Economia MÓDULO 3
nível de
preço
oferta agregada
preço de
equilíbrio
demanda agregada
...no longo prazo, deslocamentos na demanda agregada afetam o nível geral de preços,
mas não afetam o produto.
97
MÓDULO 3 Introdução à Economia
5.13 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
6.1 FILME
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, assista a
uma cena do filme Roger e eu no ambiente on-line.
UNIDADE 7 – ATIVIDADES
7.1 AUTOAVALIAÇÃO
Acesse, no ambiente on-line, a autoavaliação deste módulo.
98
Introdução à Economia MÓDULO 4
APRESENTAÇÃO
Neste módulo, abordaremos com detalhe as questões relacionadas a três políticas – monetária,
fiscal e cambial. Na área monetária, abordaremos a moeda e a liquidez, e os mercados financeiros.
Na área fiscal, o foco recai sobre a operação da política fiscal no Brasil, incluindo a dívida e o déficit
público e questões como a carga tributária. Na área cambial, estudaremos os regimes cambiais, a
âncora cambial e outros elementos.
Meio de troca...
A moeda é o item que os compradores dão aos vendedores quando querem adquirir
bens e serviços, sendo tudo aquilo que é prontamente aceito como pagamento.
Em épocas passadas, a humanidade utilizou sal, metais preciosos e outros bens como
meio de troca. Entretanto, o uso de outros bens como moeda enfrenta o problema da
indivisibilidade – por exemplo, se um fabricante de automóveis quiser tomar um
cafezinho e tiver que pagar com carros...
Unidade de conta...
A moeda é o padrão de referência que as pessoas usam para definir preços e registrar
dívidas.
A moeda serve como medida universal do valor das mercadorias e serviços, sendo
fundamental para a comparação do valor entre os diferentes bens e serviços e o
registro das transações por meio, por exemplo, dos sistemas de contabilidade.
99
MÓDULO 4 Introdução à Economia
Reserva de valor...
A moeda é o item que as pessoas usam para transferir poder de compra do presente
para o futuro. A moeda representa direito sobre outras mercadorias. Por esse motivo,
permite a uma pessoa comprar um bem ou serviço sem vender outro, e vice-versa.
...moeda mercadoria – toma a forma de uma mercadoria com certo valor intrínseco –
por exemplo, o ouro e a prata.
1.5 LIQUIDEZ
Um imóvel de luxo é um bem pouco líquido. Podem ser necessários meses ou anos para que o
proprietário consiga transformar esse bem em moeda.
100
Introdução à Economia MÓDULO 4
Há ativos que têm alta liquidez, mas não podem ser utilizados em
transações, são os haveres não-monetários, também conhecidos como quase-
moeda.
Os haveres monetários têm máxima liquidez, porque, por excelência, são a própria
moeda.
1.8 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
2.1 MISSÃO
O Banco Central do Brasil tem como missão assegurar a estabilidade do poder de compra da
moeda e a solidez do sistema financeiro nacional.
...garante a solidez do sistema financeiro por meio de seus órgãos com função de
supervisão do sistema bancário em geral...
2.2 COPOM
101
MÓDULO 4 Introdução à Economia
No Brasil, atualmente, a política monetária é definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco
Central – COPOM – que foi instituído em junho de 1996.
O COPOM define, mensalmente, uma meta para a taxa SELIC que será praticada naquele
mês.
A ata da reunião, justificando os motivos pelo qual foi adotada uma determinada política monetária
– contracionista, neutra ou expansionista – é divulgada na semana seguinte.
A taxa SELIC é a taxa média das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos
públicos federais realizados nesse sistema.
taxa de
juros de
equilíbrio −
SELIC
i
Md
demanda por moeda
moeda
102
Introdução à Economia MÓDULO 4
Isso acontece até que o mercado se equilibre na taxa desejada pelo COPOM.
2.6 RESERVAS
Reservas são os depósitos que os bancos receberam, mas não emprestaram.
Este ato gera mais depósitos e mais recursos para serem emprestados.
Logo, quando um banco empresta com base em suas reservas, a oferta de moeda é
criada.
Esse processo de criação de moeda pelos bancos dá origem à idéia do multiplicador bancário.
103
MÓDULO 4 Introdução à Economia
Operações de ‘open-market’...
Principal mecanismo pelo qual os bancos centrais de todo o mundo operacionalizam
sua política monetária no dia-a-dia. O Banco Central conduz operações de open-market
quando ele compra títulos do governo ou os vende ao mercado.
Em outras palavras, são o percentual dos depósitos que um banco comercial não
poderá transformar em empréstimos.
Como o Banco Central é o banqueiro dos bancos, ele manipula a taxa a que emprestará
dinheiro aos bancos em dificuldades de caixa.
O Banco Central enfrenta dois problemas que se originam na estrutura de reservas do sistema
bancário.
O Banco Central não controla a quantidade de moeda que as famílias decidem manter
como depósitos nos bancos.
O Banco Central não controla a quantidade de moeda que os bancos decidem emprestar.
Entretanto, o Banco Central vai ajustando a quantidade desejada de moeda por meio desses
instrumentos.
104
Introdução à Economia MÓDULO 4
2.11 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
Logo, a política monetária e a política fiscal são utilizadas pelo governo para
reduzir ou eliminar as flutuações de curto prazo do produto e do emprego, de
modo a estabilizar a economia.
Para reduzir a inflação, o Banco Central deve atuar com uma política monetária restritiva –
contracionista.
Quando o Banco Central diminui a taxa de crescimento da moeda, ele contrai a demanda
agregada.
Há, portanto, uma redução da quantidade de bens e serviços que as empresas produzem,
o que, por sua vez, eleva o desemprego.
105
MÓDULO 4 Introdução à Economia
A quantidade de moeda ofertada pelo Banco Central é representada por uma curva de oferta
vertical.
3.4.1 TRANSAÇÃO
As pessoas mantêm saldos monetários para fazer pagamentos.
O dinheiro de que precisamos para fazer compras não pode ficar aplicado em um
fundo de investimentos.
O dinheiro tem de estar disponível na conta corrente ou em nosso poder, como papel
moeda.
Desse modo, o primeiro motivo para demandarmos moeda tem a ver com nossas transações.
3.4.2 PRECAUÇÃO
Se há uma incerteza quanto às datas de recebimentos e pagamentos, em geral, não
programamos, com antecedência, nossas compras e transações.
Por isso, normalmente, carregamos no bolso mais dinheiro do que efetivamente iremos
precisar.
Portanto, o primeiro motivo para demandarmos moeda tem a ver com precaução.
106
Introdução à Economia MÓDULO 4
Quando a taxa de juros sobe, passamos a deixar menos dinheiro na conta corrente para
transações.
Quando a taxa de juros sobe, reduzimos o montante que deixamos disponível por
precaução.
Dessa forma, quanto maior for a taxa de juros, menor será a demanda de moeda.
E, como qualquer outra mercadoria, esse preço é governado pelas forças da oferta e da
demanda.
107
MÓDULO 4 Introdução à Economia
taxa de
juros
oferta de moeda
r1
taxa de juros
de equilíbrio
r2
demanda
de moeda
0 M1
d quantidade M2
d
quantidade de
fixada pelo BCB moeda
108
Introdução à Economia MÓDULO 4
r1 1. Quando
o BC aumenta
a oferta de
2. . . . a moeda...
r2
taxa de
juros de demanda de moeda
equilíbrio ao nível de preço P
se reduz...
0 quantidade
de moeda
DA
demanda
agregada, DA1
0 Y1 Y2 quantidade
de produto
3.... o que aumenta a quantidade de bens e serviços
demandados para aquele nível de preços
Mudanças na política monetária podem ser vistas tanto em termos da mudança das
taxas de juros praticadas quanto em termos de mudança na oferta de moeda.
109
MÓDULO 4 Introdução à Economia
3.9 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
Efeito multiplicador...
Refere-se ao deslocamento adicional da demanda agregada resultante da política
fiscal expansionista que aumenta a renda e, portanto, aumenta o consumo dos agentes.
Ou seja, os gastos do governo possuem um efeito multiplicador sobre a demanda
agregada. Cada real gasto pelo governo pode aumentar a demanda agregada de bens
e serviços em mais de um real.
Efeito deslocamento...
Um aumento nos gastos governamentais faz com que as taxas de juros se elevem.
Taxas de juros mais elevadas reduzem os gastos com investimentos, ou seja, uma
redução na demanda agregada que é resultante da expansão fiscal e que eleva as
taxas de juros.
Quando a arrecadação tributária é suficiente para fazer frente aos gastos, há um superávit
público.
110
Introdução à Economia MÓDULO 4
correção monetária
juros nominais
déficit nominal serviço da dívida
– ou déficit total juros reais
déficit operacional
não é mais calculado
oficialmente no Brasil
déficit primário
Se essa conta não incluir os juros nominais pagos sobre a dívida pública, obtém-se o
saldo primário.
Para se ter uma idéia do tamanho da dívida pública brasileira, é bom separar dois conceitos...
Quando se compara a dívida pública de diversos países, o conceito bruto costuma ser
preferido por olhar apenas o lado dos passivos – que são genuinamente as dívidas do
governo, sem descontar ativos, cujo conceito pode variar de um país para outro.
111
MÓDULO 4 Introdução à Economia
4.7 DLSP
Costumamos usar o conceito de dívida líquida quando o mercado financeiro avalia a solvência da
dívida pública...
...ou seja, se vale a pena ou não emprestar ao governo – especialmente, a que preço
vale a pena emprestar ao governo.
Desse modo, o Banco Central divulga, mensalmente, os dados da dívida do setor público.
É por isso que a DLSP é considerada a medida mais importante do endividamento do setor
público brasileiro.
4.8 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
Entre o fim do século XIX e o começo do século XX, o Brasil era uma
economia de base, predominantemente, agropecuária, altamente aberta ao
comércio exterior.
O país também importava uma parcela significativa dos produtos manufaturados que
consumia.
Em uma economia com essas características, as principais opções para a obtenção de receita
tributária eram a taxação direta da propriedade da terra e a tributação dos fluxos de comércio
exterior.
112
Introdução à Economia MÓDULO 4
5.2 PAEG
A partir da Constituição Federal de 1934, o país começou a alterar a estrutura tributária herdada
do período imperial, substituindo fontes ligadas ao comércio exterior por fontes internas.
As feições atuais do Sistema Tributário Nacional foram conferidas por uma ampla reforma
tributária realizada no período do Plano de Ação Econômica Governamental – PAEG,
entre 1964 e 1967.
5.2.1 MUDANÇAS
A tabela a seguir apresenta as principais mudanças no Sistema Tributário Nacional com a reforma
tributária dos anos 60...
113
MÓDULO 4 Introdução à Economia
5.2.2 OBJETIVOS
Os principais objetivos da reforma tributária dos anos 60 foram...
Gerar recursos para a política de desenvolvimento e, desse modo, gerar recursos para
o governo direcionar o desenvolvimento.
5.3 CONTRIBUIÇÃO
A reforma tributária dos anos 60 criou um sistema moderno, baseado no conceito de valor
agregado, com participação relativamente limitada de impostos com incidência cumulativa.
114
Introdução à Economia MÓDULO 4
A reforma tributária contida na nova Carta não alterou a estrutura tributária, focando na
partilha dos recursos, por meio de uma descentralização dos recursos tributários
disponíveis.
No pós-Constituição, foram adotadas medidas para compensar as perdas, o que piorou a qualidade
da tributação e dos serviços públicos.
...novos impostos, contornando-se os que são base para distribuição do FPE, do FPM e
dos fundos de desenvolvimento regional – IR e IPI.
115
MÓDULO 4 Introdução à Economia
O gráfico a seguir mostra como evoluiu essa carga tributária, medida em percentual do
PIB brasileiro, desde 1950 até 2004...
40,0
38%
Plano Real
35,0 (estabilização
e ajuste fiscal)
30,0 25%
PAEG
25,0 (estabilização
e ajuste fiscal)
20,0
16%
15,0
10,0
5,0
0,0
No debate sobre a reforma tributária, a redução das despesas públicas é uma forma de reduzir a
necessidade de impostos.
116
Introdução à Economia MÓDULO 4
Portanto, um dos focos do debate sobre a reforma tributária deve estar do lado da
despesa pública.
5.9 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
Fixo...
Taxa de câmbio determinada pelo BACEN, que intervém no mercado comprando e
vendendo divisas e mantendo o equilíbrio nas reservas.
Livre ou flutuante...
A taxa de câmbio ajusta-se para equilibrar as divisas. O BACEN não intervém na taxa de
câmbio.
117
MÓDULO 4 Introdução à Economia
O regime atual de câmbio utilizado no Brasil não é totalmente livre, mas comporta
algumas intervenções na taxa de câmbio. Neste caso, é chamado de flutuação suja.
4,00
3,80
3,60
3,43
3,40 regime de câmbio
3,20 administrado mudança de
3,00 regime
2,80
> 2,77
2,60
2,40
2,20 2,27
2,00 sobrevalorização
1,80 >
1,60
1,40 regime de
regime de bandas flutuação suja
1,20
1,00
0,80
118
Introdução à Economia MÓDULO 4
119
MÓDULO 4 Introdução à Economia
6.6 CONTA
Vejamos a tabela abaixo...
6.7 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.
7.1 FILME
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse uma
cena do filme Caiu do céu no ambiente on-line.
120
Introdução à Economia MÓDULO 4
UNIDADE 8 – ATIVIDADES
8.1 AUTOAVALIAÇÃO
Acesse, no ambiente on-line, a autoavaliação deste módulo.
1 dólar = R$ 2,20
121
MÓDULO 4 Introdução à Economia
Suporte ao trabalho...
Tarefa
A partir da leitura realizada, elabore um texto que analise se a mudança na taxa de câmbio
constitui de fato um choque de oferta sobre as empresas brasileiras.
Registro do Trabalho
Para saber como apresentar seu trabalho ao Professor-Tutor na sala de aula, leia o
Anexo 1.
122
Introdução à Economia MÓDULO 4
TEXTOS UTILIZADOS
Estudo realizado pelo Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia/Fundação Getulio Vargas) revelou
que o efeito da desvalorização cambial sobre os preços foi fortemente compensado pelo
comportamento das cotações das commodities, que seguem em sentido oposto ao dólar,
amortecendo seu impacto.
A História
A mais brusca desvalorização cambial ocorrida no Brasil foi em 1999, quando houve mudança do
regime fixo para o flutuante. Em pouco menos de 60 dias de adotada esta medida, a moeda
nacional desvalorizou-se em quase 80%. A recuperação foi lenta, resultando em uma valorização
de 45% depois de quatro meses de estouro da queda. Havia desaceleração da atividade
econômica.
A crise instalada no ano passado provocou a desvalorização cambial de 45% em cerca de 90 dias
úteis. Desta vez, as raízes do processo são externas e atingiram o País em um momento de
crescimento da economia.
Preços
Uma interpretação de economistas conclui que o câmbio em desvalorização produz uma onda
de pressão de custos para a indústria, que repassa isso aos consumidores. A análise de 1999, em
que a transmissão foi mais intensa e rápida, e de 2002, em que a inflação foi mais prolongada,
comprovam essa tese.
O motivo para isso é a queda dos preços das commodities. É possível verificar a intensidade desse
movimento usando um índice com base 100 na média de 2000 para acompanhar o nível de
123
MÓDULO 4 Introdução à Economia
preços, em dólar, de uma cesta de commodities agrícolas e industriais. Em 1999, o índice variou de
118 para 119, de janeiro a dezembro. Em meados de 2002, ele passou de 199 (maio) para 247
(fevereiro/03). Na última desvalorização cambial, o índice passou de 261 em julho de 2008 para
143 no mês passado.
Fonte
NUNES, Flávia Furlan. Contrariando a História recente, desvalorização do real não gera inflação. Disponível em:
<http://estrategiaemercado.blogspot.com/2009/01/contrariando-historia-recente.html>. Acesso em: 05 maio
2009.
Na coluna da semana passada, alertei para os primeiros sinais – ainda de natureza financeira – de
que a crise que estamos vivendo nas principais economias do mundo havia chegado forte ao
Brasil. Fui ainda mais longe ao pedir uma ação decisiva por parte do Banco Central para evitar
problemas de maior gravidade, principalmente no setor produtivo. Posteriormente, o mercado
foi informado de que empresas brasileiras haviam realizado volumes incríveis – aparentemente
US$ 60 bilhões – de operações especulativas com a taxa de câmbio. Ao contrário do que disse
nosso presidente, a especulação não era contra o real, mas a favor da nossa moeda. Imprudentes,
algumas empresas apostaram na queda continuada da taxa de câmbio como forma de reduzir os
custos de seus empréstimos.
Quando escrevo esta coluna, o paciente já dá sinais de melhora, e a taxa de câmbio deve voltar a
refletir apenas o realinhamento global das moedas emergentes. Com isso, o governo pode se
preocupar com os desdobramentos dos impactos da crise externa. O primeiro ponto é a
recomposição da liquidez do sistema bancário, principalmente no segmento dos bancos médios
e pequenos. A redução dos depósitos compulsórios, principalmente no segmento mais atingido
pela crise, é uma decisão correta e eficiente. Agora será preciso monitorar a forma como esses
recursos serão reciclados para a economia. Já temos sinais claros de que os bancos estão evitando
expandir seus empréstimos por conta dos riscos – reais ou imaginários – que vão aparecer em
uma economia submetida a uma parada brusca em sua liquidez. A eficiência da medida tomada
está diretamente ligada à forma como os bancos vão tratar a questão do crédito daqui para a
frente.
124
Introdução à Economia MÓDULO 4
Nesse aspecto, os elevados prejuízos criados pela especulação com a taxa de câmbio vieram
reforçar o comportamento cauteloso, medroso até, do sistema financeiro. Não posso deixar de
citar outra questão que me preocupa hoje. A brusca interrupção das operações de ACC
(Adiantamento de Contrato de Câmbio) já está criando uma queda importante da disponibilidade
de dólares no mercado. Afinal, entre US$ 40 bilhões e US$ 60 bilhões em adiantamentos de
câmbio vinham irrigando o mercado.
Isso é importante porque, nos últimos anos, o câmbio comercial foi o amortecedor natural do
mercado, permitindo estabilidade mesmo em momentos de fortes remessas de capital financeiro
para o exterior. Caso persistam as saídas de capital de curto prazo – ações e títulos de renda fixa –,
poderemos viver uma nova fase de desvalorização do real.
Fonte
BARROS, Luiz Carlos Mendonça de. E o Banco Central agiu.... Folha de S. Paulo, São Paulo, 10 out. 2008.
Disponível em: <http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2008/10/10/e-o-banco-central-
agiu>. Acesso em: 05 maio 2009.
125
MÓDULO 4 Introdução à Economia
*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as
linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.
126
Introdução à Economia MÓDULO 5
MÓDULO 5 – ENCERRAMENTO
APRESENTAÇÃO
Na unidade 1 deste módulo, você encontrará algumas divertidas opções para testar seus
conhecimentos sobre o conteúdo desenvolvido em toda a disciplina. São elas...
§ caça-palavras;
§ palavras cruzadas;
§ forca;
§ criptograma.
A estrutura desses jogos é bem conhecida por todos.Você poderá escolher o jogo de sua preferência
ou jogar todos eles... a opção é sua! Em cada um deles você encontrará perguntas – acompanhadas
de gabaritos e comentários – por meio das quais você poderá se autoavaliar.
Já na unidade 2, é hora de falarmos sério!!!! Sabemos que o novo – e a disciplina que você
terminou de cursar enquadra-se em uma modalidade de ensino muito nova para todos nós,
brasileiros – tem de estar sujeito à crítica... a sugestões... a redefinições. Por estarmos cientes
desse processo, contamos com cada um de vocês para nos ajudar a avaliar nosso trabalho.
Então? Preparado?
127
Introdução à Economia A N E XOS
ANEXOS
ANEXO 1
129
A N E XOS Introdução à Economia
ANEXO 2
1
Quando o item não se aplicar, considerar a pontuação máxima.
130
Introdução à Economia A N E XOS
131