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Introdução à Economia

Prezado Aluno,

Sabemos que o público-alvo dos cursos de pós-graduação lato sensu da Fundação


Getulio Vargas é constituído de executivos que buscam atualizar-se nas áreas de
Economia, Gestão e Direito, que são fundamentais para seu desempenho
profissional. Por razões diversas, muitos desses executivos optam pelos cursos a
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Por estarmos atentos, em todos os momentos, à presença do sujeito do aprendizado


– você, nosso aluno –, bem como a suas demandas ao realizar um curso a distância,
elaboramos o material didático dos cursos do FGV Online acreditando que a prática
educativa deve torná-lo apto à auto-aprendizagem, ao autocontrole e à
automotivação.

Cientes da relevância dos materiais e dos recursos multimídia de um curso a distância,


nós, do FGV Online, acreditamos que o trabalho que agora conosco você inicia seja,
de fato, capaz de responder positivamente às mudanças tecnológicas e sociais de
nosso tempo, bem como às suas necessidades e expectativas.

A Coordenação Pedagógica
SUMÁRIO Ética
Introdução à Economia SUMÁRIO

SUMÁRIO

ABERTURA ................................................................................................................................ 11
ARESENTAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 11
OBJETIVO E CONTEÚDO ....................................................................................................................................................... 11
ATIVIDADES ............................................................................................................................................................................... 13
GRADE DE CORREÇÃO DE ATIVIDADES ........................................................................................................................... 13
SEÇÕES ........................................................................................................................................................................................ 13
MATERIAL .................................................................................................................................................................................... 14
AVALIAÇÃO ................................................................................................................................................................................ 15
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................................................... 15
NAVEGAÇÃO .............................................................................................................................................................................. 16
PROGRAMAS E PLUGINS ....................................................................................................................................................... 18
PROFESSORES-AUTORES ....................................................................................................................................................... 18
SUPORTE ..................................................................................................................................................................................... 18

MÓDULO 1 – DEMANDA E OFERTA ........................................................................................... 19


APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 19
UNIDADE 1 – FORÇAS BÁSICAS DA ECONOMIA ................................................................................ 19
1.1 RECURSOS ESCASSOS ..................................................................................................................................................... 19
1.2 FORÇAS BÁSICAS .............................................................................................................................................................. 19
1.3 MERCADO COMPETITIVO .............................................................................................................................................. 20
1.3.1 QUANTIDADE DEMANDADA ..................................................................................................................................... 20
1.3.2 CURVA DE DEMANDA .................................................................................................................................................. 20
1.3.3 OUTROS FATORES .......................................................................................................................................................... 21
1.3.4 DESLOCAMENTOS AO LONGO DA CURVA DE DEMANDA E DA CURVA DE DEMANDA .................... 22
1.4 QUANTIDADE DE UM BEM ........................................................................................................................................... 23
1.4.1 CURVA DE OFERTA ......................................................................................................................................................... 24
1.4.2 QUANTIDADE OFERTADA DE UM BEM ................................................................................................................. 24
1.4.3 DOIS CONCEITOS ........................................................................................................................................................... 25
1.4.3.1 DESLOCAMENTOS AO LONGO DA CURVA DE OFERTA ................................................................................ 25
1.4.3.2 DESLOCAMENTOS DA CURVA DE OFERTA ....................................................................................................... 25
2.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 26
UNIDADE 2 – EQUILÍBRIO, SENSIBILIDADE, CONTROLE DE PREÇO E IMPOSTOS .............................. 27
2.1 DESEJOS CONFLITANTES ............................................................................................................................................... 27
2.2 EQUILÍBRIO .......................................................................................................................................................................... 27
2.2.1 PONTO DE INTERSEÇÃO .............................................................................................................................................. 27
2.2.2 EXCESSO OU ESCASSEZ .............................................................................................................................................. 28
2.3 ELASTICIDADE OU SENSIBILIDADE ........................................................................................................................... 28
2.4 POLÍTICA DE PREÇO MÁXIMO ..................................................................................................................................... 30
2.4.1 INTRODUÇÃO DO PREÇO MÁXIMO ........................................................................................................................ 31
2.5 POLÍTICA DE PREÇO MÍNIMO ....................................................................................................................................... 31
2.5.1 INTRODUÇÃO DE UM PREÇO MÍNIMO .................................................................................................................. 32
2.5.2 EXCESSO DE PRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 32
2.6 ÔNUS DO IMPOSTO ......................................................................................................................................................... 33
SUMÁRIO Introdução à Economia

2.6.1 SIMULAÇÃO 1 ................................................................................................................................................................. 33


2.6.2 SIMULAÇÃO 2 ................................................................................................................................................................. 34
2.6.3 TAXAR PRODUTORES E CONSUMIDORES ............................................................................................................. 35
2.6.4 COMPARTILHAMENTO DO IMPOSTO ..................................................................................................................... 35
2.7 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 36
UNIDADE 3 – PRINCÍPIOS DE ECONOMIA DO BEM-ESTAR ................................................................ 36
3.1 MEDIDAS DE BEM-ESTAR .............................................................................................................................................. 36
3.2 EXCEDENTE DO CONSUMIDOR ................................................................................................................................... 37
3.3 EXCEDENTE DO PRODUTOR ......................................................................................................................................... 37
3.4 MEDIDAS DO BEM-ESTAR .............................................................................................................................................. 38
3.5 MEDIDAS DO BEM-ESTAR .............................................................................................................................................. 38
3.6 AFETANDO O BEM-ESTAR .............................................................................................................................................. 39
3.7 PESO MORTO ...................................................................................................................................................................... 40
3.8 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 41
UNIDADE 4 – FALHAS DE MERCADO .................................................................................................. 41
4.1 EFICIÊNCIA ECONÔMICA ............................................................................................................................................... 41
4.2 PREÇOS ................................................................................................................................................................................. 41
4.3 OSCILAÇÃO DE PREÇOS ................................................................................................................................................. 42
4.4 IMPERFEIÇÕES ................................................................................................................................................................... 42
4.5 PAPEL DO ESTADO ........................................................................................................................................................... 42
4.5.1 EXTERNALIDADES ......................................................................................................................................................... 43
4.5.1.1 EXTERNALIDADES POSITIVAS E NEGATIVAS ..................................................................................................... 43
4.5.1.2 EXTERNALIDADE POSITIVA ..................................................................................................................................... 43
4.5.2 BENS ................................................................................................................................................................................... 44
4.5.2.1 BENS PRIVADOS .......................................................................................................................................................... 45
4.5.2.2 BENS PÚBLICOS .......................................................................................................................................................... 45
4.5.2.3 RECURSOS DE PROPRIEDADE COMUM .............................................................................................................. 45
4.5.3 ASSIMETRIAS DE INFORMAÇÃO ............................................................................................................................... 46
4.5.3.1 SINALIZAÇÃO DE MERCADO ................................................................................................................................. 47
4.5.3.2 RISCO MORAL .............................................................................................................................................................. 47
4.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 47
UNIDADE 5 – CENÁRIO CULTURAL ..................................................................................................... 47
5.1 FILME .................................................................................................................................................................................... 47
5.2 OBRA LITERÁRIA ................................................................................................................................................................ 48
5.3 OBRA DE ARTE ................................................................................................................................................................... 48
UNIDADE 6 – ATIVIDADES .................................................................................................................. 48
6.1 AUTOAVALIAÇÃO .............................................................................................................................................................. 48

MÓDULO 2 – ORGANIZAÇÃO DO MERCADO ........................................................................... 49


APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 49
UNIDADE 1 – LUCRO, RECEITA E CUSTO ............................................................................................. 49
1.1 ECONOMIA INDUSTRIAL ................................................................................................................................................ 49
1.2 CUSTOS EXPLÍCITOS E IMPLÍCITOS ........................................................................................................................... 49
1.3 CONCEITOS DE LUCRO ................................................................................................................................................... 50
1.4 LUCRO CONTÁBIL ............................................................................................................................................................. 50
Introdução à Economia SUMÁRIO

1.5 VISÃO CONTÁBIL .............................................................................................................................................................. 50


1.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 51
UNIDADE 2 – FUNÇÃO DA PRODUÇÃO ............................................................................................. 51
2.1 FUNÇÃO DA PRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 51
2.2 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS ......................................................................................................................................... 51
2.3 CUSTO TOTAL ..................................................................................................................................................................... 52
2.4 CUSTO MÉDIO E MARGINAL ........................................................................................................................................ 52
2.5 PONTO DE ESCALA EFICIENTE ..................................................................................................................................... 53
2.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 53
UNIDADE 3 – CONCORRÊNCIA PERFEITA ........................................................................................... 53
3.1 ESTRUTURAS DE MERCADO .......................................................................................................................................... 53
3.2 ESTRUTURAS DA ORGANIZAÇÃO DE MERCADOS ................................................................................................ 54
3.3 MERCADO DE CONCORRÊNCIA PERFEITA ................................................................................................................ 54
3.4 RECEITA NO MERCADO COMPETITIVO ..................................................................................................................... 55
3.4.1 EXEMPLIFICANDO ......................................................................................................................................................... 55
3.5 LUCRO CONTÁBIL ............................................................................................................................................................. 56
3.6 PARADIGMA ........................................................................................................................................................................ 56
3.7 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 57
UNIDADE 4 – MONOPÓLIO ................................................................................................................ 57
4.1 CARACTERÍSTICAS DO MERCADO MONOPOLISTA ............................................................................................... 57
4.2 CAUSA DO MONOPÓLIO ................................................................................................................................................ 57
4.3 EXCLUSIVIDADE DE RECURSO-CHAVE E A UMA FIRMA .................................................................................... 58
4.4 EFICIÊNCIA DA EMPRESA ............................................................................................................................................... 58
4.5 DISTORÇÃO ALOCATIVA ................................................................................................................................................. 58
4.6 INEFICIÊNCIA ALOCATIVA .............................................................................................................................................. 58
4.7 IMPOSTOS ............................................................................................................................................................................ 59
4.8 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 59
UNIDADE 5 – MONOPÓLIO NATURAL ............................................................................................... 59
5.1 EMPRESAS CARACTERIZADAS PELO MONOPÓLIO NATURAL .......................................................................... 59
5.2 ECONOMIAS DE ESCALA ................................................................................................................................................ 59
5.3 SETOR DE INFRA-ESTRUTURA ...................................................................................................................................... 60
5.4 COMPETIÇÃO ..................................................................................................................................................................... 60
5.5 AGÊNCIAS REGULADORAS ............................................................................................................................................ 61
5.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 61
UNIDADE 6 – OLIGOPÓLIO ................................................................................................................ 61
6.1 SITUAÇÕES EXTREMAS ................................................................................................................................................... 61
6.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ..................................................................................................................................... 62
6.3 EXEMPLO – DADOS ......................................................................................................................................................... 62
6.3.1 EXEMPLO – NEGOCIAÇÃO ......................................................................................................................................... 63
6.3.2 EXEMPLO – ACORDO ................................................................................................................................................... 64
6.4 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 64
UNIDADE 7 – TEORIA DOS JOGOS E OLIGOPÓLIOS .......................................................................... 64
7.1 INTERAÇÃO ESTRATÉGICA ............................................................................................................................................. 64
7.2 APLICAÇÃO DA TEORIA DOS JOGOS ......................................................................................................................... 65
7.3 ANÁLISE DE OLIGOPÓLIOS ........................................................................................................................................... 65
SUMÁRIO Introdução à Economia

7.4 EQUILÍBRIO DE NASH ...................................................................................................................................................... 65


7.4.1 EXEMPLO .......................................................................................................................................................................... 66
7.5 JOGOS DINÂMICOS .......................................................................................................................................................... 67
7.6 TEORIA DOS JOGOS ......................................................................................................................................................... 67
7.6.1 ESTRATÉGIAS DOMINANTES ..................................................................................................................................... 68
7.6.2 BONNIE E CLYDE ............................................................................................................................................................ 68
7.6.3 DILEMA DOS PRISIONEIROS ...................................................................................................................................... 68
7.6.4 DECISÕES .......................................................................................................................................................................... 69
7.6.5 ESTRATÉGIAS DOMINANTES ..................................................................................................................................... 70
7.6.6 EQUILÍBRIO DE NASH .................................................................................................................................................. 70
7.7 JOGO NÃO COOPERATIVO ............................................................................................................................................. 70
7.8 CARTEL DO PETRÓLEO .................................................................................................................................................... 71
7.8.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO ......................................................................................................................................... 71
7.9 ANÁLISE DOS CONTRATOS ............................................................................................................................................ 72
7.9.1 LEI DE CONTRATOS ....................................................................................................................................................... 72
7.9.2 PROTEÇÃO DA LEI DE CONTRATOS ........................................................................................................................ 73
7.9.3 INVESTIR E COOPERAR ................................................................................................................................................. 73
7.9.4 RELACIONAMENTOS COMERCIAIS .......................................................................................................................... 74
7.9.5 RELACIONAMENTOS DE LONGA DURAÇÃO ....................................................................................................... 74
7.9.6 JOGO DA CORRETORA .................................................................................................................................................. 75
7.10 MECANISMOS INFORMAIS .......................................................................................................................................... 75
7.11 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 76
UNIDADE 8 – CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA ............................................................................. 76
8.1 MERCADO DE CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA ............................................................................................... 76
8.2 CUSTO MARGINAL ........................................................................................................................................................... 76
8.3 PROPAGANDA ..................................................................................................................................................................... 76
8.4 REGULAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 77
8.5 INEFICIÊNCIAS ................................................................................................................................................................... 77
8.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 77
UNIDADE 9 – CENÁRIO CULTURAL ..................................................................................................... 77
9.1 FILME .................................................................................................................................................................................... 77
9.2 OBRA LITERÁRIA ................................................................................................................................................................ 77
9.3 OBRA DE ARTE ................................................................................................................................................................... 78
UNIDADE 10 – ATIVIDADES ............................................................................................................... 78
10.1 AUTOAVALIAÇÃO ............................................................................................................................................................ 78
10.2 ATIVIDADE INDIVIDUAL – ANIMAÇÃO .................................................................................................................. 78
10.2.1 ATIVIDADE INDIVIDUAL – TAREFA ....................................................................................................................... 78
10.2.2 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO PARA CORREÇÃO ......................................................................................... 79
TEXTOS UTILIZADOS ......................................................................................................................... 79
PERDAS E DANOS DOS CARTÉIS ........................................................................................................................................ 79
CARTEL DE COMBUSTÍVEIS É DESBARATADO EM BELO HORIZONTE ................................................................. 82
MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL .................................................................................................. 83

MÓDULO 3 – MACROECONOMIA ............................................................................................. 85


APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 85
Introdução à Economia SUMÁRIO

UNIDADE 1 – FLUXO CIRCULAR DA RENDA ....................................................................................... 85


1.1 QUESTÕES ........................................................................................................................................................................... 85
1.2 RENDA ................................................................................................................................................................................... 85
1.3 REMUNERAÇÃO ................................................................................................................................................................. 86
1.4 FLUXO CIRCULAR DE RENDA ....................................................................................................................................... 87
1.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 87
UNIDADE 2 – PIB ................................................................................................................................. 87
2.1 SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS .............................................................................................................................. 87
2.2 VALOR DE MERCADO DE TODOS OS BENS ............................................................................................................ 87
2.3 BENS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS ................................................................................................................................ 88
2.4 TRÊS ÓTICAS ....................................................................................................................................................................... 88
2.5 BENS E SERVIÇOS PRODUZIDOS NO PRESENTE ................................................................................................... 88
2.6 VARIAÇÃO DO PIB ............................................................................................................................................................. 89
2.7 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 89
UNIDADE 3 – ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR ......................................................................... 89
3.1 INFLAÇÃO ............................................................................................................................................................................ 89
3.2 VARIAÇÕES NO CUSTO DE VIDA ................................................................................................................................. 89
3.3 APLICAÇÕES E USOS DOS ÍNDICES DE PREÇOS ................................................................................................... 90
3.4 EFEITOS DA INFLAÇÃO ................................................................................................................................................... 90
3.5 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 90
UNIDADE 4 – ÍNDICES GERAIS DE PREÇOS ......................................................................................... 90
4.1 INFLAÇÃO DE PREÇOS .................................................................................................................................................... 90
4.2 PERÍODO DE COLETA ....................................................................................................................................................... 91
4.3 IGP-DI .................................................................................................................................................................................... 91
4.4 IGP-M .................................................................................................................................................................................... 91
4.5 APURAÇÕES ........................................................................................................................................................................ 91
4.6 SÍNTESE ................................................................................................................................................................................ 92
UNIDADE 5 – DEMANDA E OFERTA AGREGADAS .............................................................................. 92
5.1 FLUTUAÇÕES ECONÔMICAS ........................................................................................................................................ 92
5.2 RECESSÃO ............................................................................................................................................................................ 92
5.3 DEPRESSÃO ......................................................................................................................................................................... 92
5.4 SISTEMA DE DEMANDA E OFERTA AGREGADAS .................................................................................................. 93
5.5 COMPORTAMENTO DAS CURVAS ............................................................................................................................... 93
5.6 COMPONENTES DO PIB .................................................................................................................................................. 93
5.7 TRÊS GRUPOS ..................................................................................................................................................................... 94
5.8 CONSTRUÇÃO DA CURVA DE DEMANDA ................................................................................................................ 95
5.9 CURVA DE OFERTA AGREGADA DE CURTO PRAZO .............................................................................................. 96
5.10 CHOQUES .......................................................................................................................................................................... 96
5.11 EQUILÍBRIO ENTRE A OFERTA AGREGADA E A DEMANDA AGREGADA ..................................................... 97
5.12 VARIAÇÕES NA DEMANDA AGREGADA E VARIAÇÕES NA OFERTA AGREGADA ..................................... 97
5.13 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 98
UNIDADE 6 – CENÁRIO CULTURAL ..................................................................................................... 98
6.1 FILME .................................................................................................................................................................................... 98
6.2 OBRA LITERÁRIA ................................................................................................................................................................ 98
6.3 OBRA DE ARTE ................................................................................................................................................................... 98
SUMÁRIO Introdução à Economia

UNIDADE 7 – ATIVIDADES .................................................................................................................. 98


7.1 AUTOAVALIAÇÃO .............................................................................................................................................................. 98

MÓDULO 4 – SISTEMA MONETÁRIO ........................................................................................ 99


APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 99
UNIDADE 1 – MOEDA E LIQUIDEZ ...................................................................................................... 99
1.1 CURSO FORÇADO ............................................................................................................................................................. 99
1.2 TRÊS FUNÇÕES .................................................................................................................................................................. 99
1.3 TRANSAÇÃO DE VENDA E COMPRA ......................................................................................................................... 100
1.4 CONSTITUIÇÃO DA MOEDA ........................................................................................................................................ 100
1.5 LIQUIDEZ ........................................................................................................................................................................... 100
1.6 HAVERES MONETÁRIOS ................................................................................................................................................ 100
1.7 HAVERES NÃO-MONETÁRIOS ..................................................................................................................................... 101
1.8 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 101
UNIDADE 2 – BANCO CENTRAL DO BRASIL ..................................................................................... 101
2.1 MISSÃO ............................................................................................................................................................................... 101
2.2 COPOM ............................................................................................................................................................................... 101
2.3 TAXA SELIC ........................................................................................................................................................................ 102
2.4 POLÍTICA MONETÁRIA .................................................................................................................................................. 102
2.5 MERCADO ABERTO ......................................................................................................................................................... 103
2.6 RESERVAS ........................................................................................................................................................................... 103
2.7 MULTIPLICADOR BANCÁRIO ....................................................................................................................................... 103
2.8 EXECUÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA ................................................................................................................... 103
2.9 CONTROLE DA OFERTA DE MOEDA ......................................................................................................................... 104
2.10 OPERAÇÕES DE MERCADO ABERTO ...................................................................................................................... 104
2.11 SÍNTESE ............................................................................................................................................................................ 105
UNIDADE 3 – POLÍTICA MONETÁRIA ............................................................................................... 105
3.1 DEMANDA AGREGADA ................................................................................................................................................. 105
3.2 DESPESA DESEJADA ....................................................................................................................................................... 105
3.3 REDUÇÃO DA INFLAÇÃO ............................................................................................................................................. 105
3.4 OFERTA POR MOEDA E DEMANDA POR OFERTA ................................................................................................. 106
3.4.1 TRANSAÇÃO ................................................................................................................................................................... 106
3.4.2 PRECAUÇÃO ................................................................................................................................................................... 106
3.4.3 ESPECULAÇÃO OU PORTFÓLIO .............................................................................................................................. 107
3.5 TAXA DE JUROS ............................................................................................................................................................... 107
3.6 QUEDA NA TAXA DE JUROS ........................................................................................................................................ 108
3.7 OFERTA DE MOEDA ........................................................................................................................................................ 108
3.8 MUDANÇAS NA POLÍTICA MONETÁRIA ................................................................................................................. 109
3.9 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 110
UNIDADE 4 – POLÍTICA FISCAL ........................................................................................................ 110
4.1 CURTO E LONGO PRAZO .............................................................................................................................................. 110
4.2 NÍVEL DE GASTOS DO GOVERNO ............................................................................................................................. 110
4.3 DÉFICIT E SUPERÁVIT .................................................................................................................................................... 110
4.4 NOMINAL E PRIMÁRIO ................................................................................................................................................. 111
4.5 SALDO FINAL DO SETOR PÚBLICO .......................................................................................................................... 111
Introdução à Economia SUMÁRIO

4.6 DÍVIDA PÚBLICA ............................................................................................................................................................. 111


4.7 DLSP ..................................................................................................................................................................................... 112
4.8 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 112
UNIDADE 5 – SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ............................................................................. 112
5.1 SÉCULOS XIX E XX ......................................................................................................................................................... 112
5.2 PAEG ..................................................................................................................................................................................... 113
5.2.1 MUDANÇAS ................................................................................................................................................................... 113
5.2.2 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................................... 114
5.3 CONTRIBUIÇÃO ............................................................................................................................................................... 114
5.4 FORTALECIMENTO DA FEDERAÇÃO ......................................................................................................................... 114
5.5 REDUÇÃO DOS RECURSOS DA UNIÃO .................................................................................................................... 115
5.6 NOVAS FONTES DE INVESTIMENTO ........................................................................................................................ 115
5.7 AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA .......................................................................................................................... 115
5.8 EVOLUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA ........................................................................................................................ 116
5.9 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 117
UNIDADE 6 – TAXA DE CÂMBIO, REGIMES CAMBIAIS E BALANÇO DE PAGAMENTOS ................... 117
6.1 PREÇO DA MOEDA ESTRANGEIRA ............................................................................................................................ 117
6.2 REGIMES CAMBIAIS ....................................................................................................................................................... 117
6.3 REGIMES CAMBIAIS NO BRASIL ................................................................................................................................ 118
6.4 ÂNCORA CAMBIAL ......................................................................................................................................................... 119
6.5 BALANÇO DE PAGAMENTOS ..................................................................................................................................... 119
6.6 CONTA ................................................................................................................................................................................. 120
6.7 SÍNTESE .............................................................................................................................................................................. 120
UNIDADE 7 – CENÁRIO CULTURAL ................................................................................................... 120
7.1 FILME .................................................................................................................................................................................. 120
7.2 OBRA LITERÁRIA .............................................................................................................................................................. 121
7.3 OBRA DE ARTE ................................................................................................................................................................. 121
UNIDADE 8 – ATIVIDADES ................................................................................................................ 121
8.1 AUTOAVALIAÇÃO ............................................................................................................................................................ 121
8.2 ATIVIDADE INDIVIDUAL – ANIMAÇÃO ................................................................................................................... 121
8.2.1 ATIVIDADE INDIVIDUAL – TAREFA ........................................................................................................................ 121
8.2.2 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO PARA CORREÇÃO .......................................................................................... 122
TEXTOS UTILIZADOS ....................................................................................................................... 123
CONTRARIANDO A HISTÓRIA RECENTE, DESVALORIZAÇÃO DO REAL NÃO GERA INFLAÇÃO .................. 123
E O BANCO CENTRAL AGIU... ............................................................................................................................................. 124
MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL ................................................................................................ 126

MÓDULO 5 – ENCERRAMENTO .............................................................................................. 127


APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................................................... 127

ANEXOS ................................................................................................................................... 129


ANEXO 1 ........................................................................................................................................... 129
APRESENTAÇÃO DO TRABALHO PARA CORREÇÃO .................................................................................................... 129
ANEXO 2 ........................................................................................................................................... 130
GRADE DE CORREÇÃO DE ATIVIDADES ......................................................................................................................... 130
Introdução à Economia ABERTURA

ABERTURA

ARESENTAÇÃO
Em Introdução à Economia, trataremos dos principais elementos da análise econômica, em
seus dois níveis – micro e macroeconomia.

Na microeconomia, identificaremos as estruturas que organizam os mercados, apontando suas


características e consequências. Como a oferta e a demanda são forças da economia capitalista, a
análise da curva de demanda, da curva de oferta e do equilíbrio do mercado é determinante para
compreensão desse mercado.

Já na macroeconomia, discutiremos tanto as políticas públicas – a partir das quais o governo


interfere na formação dos preços e define seus tributos – quanto os diferentes índices de preços
e as flutuações da atividade econômica por meio do modelo de demanda e oferta agregadas.

Finalmente, trataremos do sistema monetário nacional, descrevendo o papel da moeda, a missão


do Banco Central do Brasil e dos bancos comerciais. Identificaremos também os instrumentos de
políticas monetária, fiscal e cambial, ou seja, as escolhas do governo em relação a variáveis
fundamentais da Economia.

Estudar e compreender a realidade econômica é uma forma de ampliar significativamente os


horizontes do conhecimento sobre o Brasil e sobre o mundo, assim como nos permite exercer
melhor e de maneira mais efetiva a cidadania. Além disso, contribui de forma decisiva para a
tomada de boas decisões nos negócios, já que a realidade econômica permeia os mais diferentes
aspectos da vida e da sociedade.

Mais ainda... Ao optar por fazer a disciplina Introdução à Economia, você optou também por
participar de um novo método de ensino – o ensino a distância. Dessa forma, você terá bastante
flexibilidade para realizar as atividades nele previstas. Embora você possa definir o tempo que irá
dedicar a esse trabalho, ele foi planejado para ser concluído em um prazo determinado. Verifique
sempre, no calendário, o tempo de que você dispõe para dar conta das atividades nele propostas.
Lá estarão agendados todos os trabalhos, inclusive aqueles a serem realizados em equipe ou
encaminhados, em data previamente determinada, ao Professor-Tutor da disciplina.

OBJETIVO E CONTEÚDO
O objetivo do Introdução à Economia é desenvolver a capacidade analítica para compreender
a ciência econômica e as relações da micro e da macroeconomia.

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ABERTURA Introdução à Economia

Para tanto, a disciplina foi estruturada em cinco módulos, onde foi inserido o seguinte conteúdo...

Módulo 1 – Demanda e Oferta

Este primeiro módulo apresenta os conceitos fundamentais da análise econômica – a


demanda, a oferta, o equilíbrio dos mercados – e avança para as elasticidades, as
políticas de controle de preços, o efeito da tributação e as falhas de mercado. Avaliaremos
também, neste módulo, o comportamento da empresa e de seus custos de produção.

Módulo 2 – Organização do Mercado

Neste módulo, avaliaremos como a firma funciona, considerando que o lucro de uma
empresa é a diferença entre suas receitas totais e seus custos totais. Diferenciaremos
os conceitos de lucro e entenderemos ainda o que significa função da produção e
concorrência perfeita. Veremos também por que o monopólio pode ser a melhor
situação para uma empresa, mas não é a ideal para os consumidores.

Entenderemos que, em mercados de oligopólio, o número de firmas é pequeno e há


necessidade de agir estrategicamente. Nosso ferramental para estudar o
comportamento estratégico será a teoria dos jogos.

Módulo 3 – Macroeconomia

A ciência econômica se divide em dois ramos – a macroeconomia e a microeconomia.


Neste módulo, nosso foco será a macroeconomia. Ela estuda a economia como um
todo, o crescimento da renda nacional, o desemprego no país, a inflação. A
macroeconomia não entra nos detalhes sobre as decisões individuais das famílias e
empresas, analisando a determinação dos agregados macroeconômicos.

Módulo 4 – Sistema monetário

Neste módulo, abordaremos com detalhe as questões relacionadas a três políticas –


monetária, fiscal e cambial. Na área monetária, abordaremos a moeda e a liquidez, e os
mercados financeiros. Na área fiscal, o foco recai sobre a operação da política fiscal no
Brasil, incluindo a dívida e o déficit público e questões como a carga tributária. Na área
cambial, estudaremos os regimes cambiais, a âncora cambial e outros elementos.

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Introdução à Economia ABERTURA

Módulo 5 – Encerramento

Neste módulo – além da avaliação desse trabalho –, você encontrará algumas divertidas
opções para testar seus conhecimentos sobre o conteúdo desenvolvido nos módulos
anteriores – caça-palavras, palavras cruzadas, forca e criptograma. Entre neles e bom
trabalho!

ATIVIDADES
Aqui foram definidos os seguintes tipos de atividades...

Autoavaliação: cujo objetivo é possibilitar que você verifique até que ponto apreendeu o
conteúdo tratado no módulo. Por se tratar de auto-avaliações, estas tarefas são constituídas de
questões objetivas devidamente gabaritadas. Dessa forma, tais tarefas não serão encaminhadas
ao Professor-Tutor e delas não resultará uma nota a ser considerada em sua média final.

Atividade individual: tarefas individuais visando à produção de texto escrito relacionado a


questões relevantes inerentes ao conteúdo aqui tratado.

GRADE DE CORREÇÃO DE ATIVIDADES


A grade de correção de atividades do Programa FGV Online tem como objetivo minimizar as
discrepâncias e as variações nas avaliações dos trabalhos de uma mesma disciplina nas diferentes
turmas ou cursos.

Do mesmo modo, por meio da grade de correção de atividades, temos a oportunidade de


garantir a transparência do processo de avaliação de nossos alunos.

A grade de correção de atividades é utilizada pelo Professor-Tutor para avaliar...


§ a atividade individual;
§ a participação individual em sala de aula.

É importante que você, ao receber o resultado de uma atividade, analise seu desempenho de
maneira detalhada. Só assim você saberá em que pontos, especificamente, você precisa melhorar.

A grade de correção de atividades encontra-se no Anexo 2.

SEÇÕES
Aqui você poderá navegar pelas seguintes seções...

calendário – na página inicial do Moodle, você poderá acessar as atividades agendadas


para todas as disciplinas em que estiver inscrito por ordem cronológica.

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ABERTURA Introdução à Economia

desempenho – no site do FGV Online, na área de alunos, você terá acesso aos resultados
das avaliações feitas, podendo, dessa forma, acompanhar seu desempenho acadêmico,
consultando, sempre que desejar, sua área de desempenho.

área de estudos – aqui você terá acesso às disciplinas em que estiver inscrito; aos módulos,
às unidades e às seções, onde está estruturada a parte teórica; às orientações para os trabalhos
individuais e em equipe, e às avaliações. Pela área de estudos, você também poderá acessar os
seguintes recursos...

calendário – para que você possa acompanhar, com tranqüilidade, as atividades aqui
propostas, fique atento ao calendário. É justamente neste espaço que serão agendados
os trabalhos a serem realizados individualmente ou em equipe.

biblioteca virtual – esta área funciona como um centro de recursos multimídia. Neste
espaço, ficarão a sua disposição as questões colocadas com mais freqüência pelos alunos que já
fizeram esta disciplina, verbetes, biografias, textos, estudos de caso, indicações de filmes e sites,
FAQs...

sala de aula – por ser este espaço interativo, você poderá desenvolver trabalhos em
equipe, interagir com os demais participantes da turma e receber um atendimento personalizado
do Professor-Tutor. Pela sala de aula, você poderá acessar ainda a área de...

perfis – onde você poderá registrar seus dados pessoais, assim como saber
quem/como são seus colegas de turma e seu Professor-Tutor. Este é o espaço reservado
ainda para e-mails.

calendário – para que você possa consultar as atividades programadas para a


disciplina por que estiver navegando, agendadas por mês.

MATERIAL
Aqui você terá acesso aos seguintes tipos de material, via web...
§ textos teóricos relativos à temática tratada;
§ atividades diversas;
§ jogos didáticos;
§ vídeos e desenhos animados;
§ textos complementares de diversos tipos;
§ biografias das pessoas citadas nos textos;
§ verbetes de termos técnicos, conceitos, processos...
§ links para diversos sites;
§ modelos específicos de documentos.

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Introdução à Economia ABERTURA

Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada deste material, no todo ou em parte,
constitui violação do copyright – Lei nº 9.610/98. Em relação às imagens que compõem as diferentes
telas, ou elas foram criadas pelo FGV Online ou foram capturadas no Corel Gallery™Gallery 1.3
Million, tendo sido a titularidade dos direitos autorais assim definida: Direitos Autorais/Copyright
(c) 1999 FGV Online e seus licenciantes. Em relação aos desenhos animados, eles foram criados pela
AB2 Comunicação e por Rodrigo Padua, a partir de roteiros criados pelo FGV Online.

AVALIAÇÃO
Por estarmos tratando de ensino a distância, aqui não nos preocupamos em utilizar os métodos,
as técnicas e os instrumentos tradicionais de avaliação da aprendizagem. Preocupamo-nos, sim,
em criar mecanismos que nos possibilitem acompanhar seu desempenho, possibilitando ainda
que você possa reelaborar e construir o conhecimento necessário ao aperfeiçoamento que se
propõe a obter.

Ainda por se tratar de ensino a distância, estamos cientes de todas as vantagens e limitações que
um trabalho como este pode apresentar. Das vantagens, não precisamos agora falar. Acreditamos
que você poderá, concretamente, avaliá-las. Das limitações, uma que muito nos incomoda é a
percepção de solidão, que se manifesta pela ausência da sala de aula... pela necessidade do
grupo... pela falta do bate-papo dos intervalos...

Considerando essas diretrizes, a avaliação se dará a partir das seguintes atividades...


§ atividade individual (AI1 e AI2): avaliada a partir da escala de 0 a 10.0 pontos;
§ participação e intervenções significativas (PI) nas reuniões síncronas e
assíncronas realizadas: avaliadas na escala de 0 a 2.0 pontos;
§ prova final obrigatória (PF), a ser realizada presencialmente, em data
previamente agendada, nas instalações das instituições conveniadas ao FGV
Management: avaliada na escala de 0 a 10.0 pontos.

Sua média final on-line (MF) será assim computada...

MF = [PF X 0.55] + {[(AI1 + AI2) / 2 + PI] X 0.45}

BIBLIOGRAFIA
BIDERMAN, Ciro; ARVATE, Paulo (orgs.). Economia do Setor Público no Brasil. Rio de Janeiro: Editora
Campus, 2004.
O livro cobre tanto a teoria mais geral de economia do setor público quanto os resultados
empíricos para o Brasil. Cada capítulo é escrito por autores diferentes, especialistas em
cada área. Os temas variam de economia da saúde, economia da educação, impostos
sobre o consumo, imposto sobre o patrimônio...

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ABERTURA Introdução à Economia

GIAMBIAGI, Fábio; ALÉM, Ana Cláudia. Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil. Rio de Janeiro:
Editora Campus, 2000. 2ª edição.
Este livro tem a rara e notável característica de ser genuinamente brasileiro. Nele se
discutem questões de finanças públicas que levam em conta as instituições do país,
além de uma ampla fundamentação empírica. O livro analisa questões concretas de
forma didática, utilizando a teoria e os instrumentos analíticos para estabelecer um
perfeito equilíbrio e integração entre a teoria e a realidade.

HALL, Robert E.; LIEBERMAN, Marc. Microeconomia: Princípios e Aplicações. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2003.
Esta obra introduz o leitor de maneira didática no campo da teoria microeconômica,
abordando os conceitos básicos e essenciais à compreensão dos fenômenos por ele
estudados.O livro utiliza uma abordagem contemporânea e focada no aprendizado,
contribuindo, certamente, para melhor compreensão da importância dos instrumentos
da teoria microeconômica nas relações dos processos dos fenômenos econômicos.

KRUGMAN, P.; WELLS, R. Introdução à economia. Rio de Janeiro: ed. Elsevier Campus, 2007.
Este livro apresenta, de forma clara e objetiva, conceitos, teorias e modelos que
constituem o instrumental básico da Ciência Econômica contemporânea. Na parte da
Microeconomia, além da discussão sobre mercado, produtores e consumidores, os
autores analisam temas de crescente importância na atualidade, como incerteza, risco,
externalidades, bens públicos e externalidades de rede. Na parte da Macroeconomia,
uma característica marcante é a apresentação de uma visão global dos principais
desenvolvimentos científicos recentes.

MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. Tradução da 3ª edição norte-americana. São Paulo:


Pioneira Thomson Learning, 2005.
Esta obra procura levar em conta as três razões principais que, segundo o autor, o aluno
tem para estudar os fundamentos da economia – entender o mundo em que vive, ser
um participante mais perspicaz da economia, compreender melhor os potenciais e os
limites da política econômica. Para atingir os objetivos propostos, o autor emprega
diversas ferramentas de aprendizado que se repetem ao longo do livro, como estudos
de caso, notícias de jornal, definições de conceitos-chave, testes rápidos, sumários dos
capítulos, lista de conceitos-chave, questões para revisão, problemas e aplicações.

MOCHÓN, F. Principios de Economia. Pearson. s/d.


A obra do professor Mochón aborda de maneira introdutória os principais conceitos e
noções aplicadas da ciência econômica. Permite, dessa forma, entender e compreender
as questões aqui levantadas e muitas outras mais.

NAVEGAÇÃO
O Moodle é um sistema de aprendizado baseado na web, criado para atividades individuais, em
equipe ou orientadas por um Professor-Tutor. Todo o trabalho on-line é feito por meio de um
browser.

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Introdução à Economia ABERTURA

A maioria das atividades é inserida na área de estudos. Desta seção, você poderá se dirigir a outras
seções, tais como a sala de aula – para realizar um trabalho com seus colegas de equipe – ou a
biblioteca virtual – para ler ou consultar um material.

Para exibir as disciplinas nas quais você já está inscrito, clique no botão . A seguir, clique na
disciplina que lhe interessa para exibir seu conteúdo programático na janela à direita. Nesta
seção, você acessará o conteúdo teórico disponibilizado e as atividades propostas. Para acessar a
biblioteca virtual, clique em , na barra de ferramentas.

Para iniciar uma atividade na , clique em seu respectivo nome. Se a atividade for individual,
leia as telas associadas a ela e siga as instruções fornecidas. Se a atividade for em equipe ou
interativa – ou seja, uma reunião on-line –, clique nela para abrir a ferramenta de chat do Moodle.

Você pode ainda verificar todas as atividades agendadas no calendário disponibilizado na área
de ferramentas da disciplina, à esquerda da tela.

Para realizar, adequadamente, esta disciplina, você deverá observar a seqüência em que as
atividades foram planejadas. Para isso, fique atento, ao final de cada seção, às seguintes
possibilidades de navegação...
§ navegação a partir dos botões específicos do curso, localizados na barra de
ferramentas, na base das telas;
§ navegação a partir da função back/retorna do browser.

Para acompanhar a seqüência de telas, em qualquer seção, é suficiente clicar no botão ,


localizado na base de cada tela.

Por meio dos botões que aparecem na barra inferior de tarefas, você poderá se locomover,
livremente, revendo textos, exercícios, avaliações... Contudo, não esqueça que, para acompanhar
a seqüência em que as atividades foram planejadas, você deverá caminhar pelas seções utilizando
os procedimentos apontados acima.

Ao final de algumas seções, indicamos alguns materiais que complementam o conteúdo que
está sendo trabalhado.

Clique no ícone para acessar as informações disponibilizadas. Algumas palavras aparecem


marcadas na tela. Clique nelas para ter acesso a mais informações sobre seu conteúdo. Ao terminar
qualquer consulta a esses materiais complementares, clique em back/retorna, na barra superior
de ferramentas do browser.

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ABERTURA Introdução à Economia

PROGRAMAS E PLUGINS
Para que você possa usufruir de todos os recursos aqui disponibilizados, é necessário que você
tenha instalados, em seu micro, alguns programas e plugins. São eles...
§ Zip Central – programa necessário à descompactação dos arquivos em Word;
§ Adobe Acrobat Reader – programa que possibilita a visualização dos arquivos criados
pelo Adobe Acrobat;
§ Flash Player – plugin que possibilita a visualização das animações criadas em Flash;
§ Windows Media Player – programa que permite a reprodução de aúdios e vídeos.

PROFESSORES-AUTORES
Frederico Turolla é doutor e mestre em Economia de Empresas pela
FGV/SP, com intercâmbio em Economia Internacional e Finanças na
Universidade de Brandeis, Estados Unidos. Atuou no mercado financeiro
por quatro anos e é sócio da consultoria Pezco. Leciona Economia na
EESP/FGV e na Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM.

Rogério Mori é doutor e mestre em Economia pela FGV/SP. Coordenador


do Centro de Macroeconomia Aplicada – CEMAP – da EESP/FGV, professor
de Economia da EESP/FGV, e coordenador de cursos de MBA e de
especialização da EESP/FGV. Ex-Secretário Adjunto de Política Econômica
do Ministério da Fazenda – 1995/1997 – e ex-assessor da Câmara de
Comércio Exterior – CAMEX – do Palácio do Planalto em 1998. Atuou no
mercado financeiro por seis anos.

SUPORTE
Caso você tenha qualquer dúvida sobre questões administrativas ou financeiras, em relação a
pagamento, trancamento, emissão de boleto, etc., entre em contato com a Secretaria Acadêmica
dos cursos do FGV Online pelo e-mail cursosfgvonline@fgv.br ou pelo telefone (21) 3799-5100...

Caso sua dúvida seja sobre a utilização do programa, clique no ícone , na barra de ferramentas.
Nesse momento, será aberta uma janela de ajuda com vários itens. Selecione aquele a que se
refere sua questão. Caso não consiga esclarecê-la, entre em contato com o suporte técnico do
FGV Online, pelo e-mail supfgvonline@fgv.br ou pelo telefone (21) 3799-5050...
§ de segunda a sexta-feira, das 9h às 22h30min;
§ aos sábados e aos domingos, das 9h às 18h.

Lembre-se...

Estamos aqui, no FGV Online, prontos para ajudá-lo a realizar bem este trabalho!

Bom trabalho...

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Introdução à Economia MÓDULO 1

MÓDULO 1 – DEMANDA E OFERTA

APRESENTAÇÃO
Este primeiro módulo apresenta os conceitos fundamentais da análise econômica – a demanda,
a oferta, o equilíbrio dos mercados – e avança para as elasticidades, as políticas de controle de
preços, o efeito da tributação e as falhas de mercado. Avaliaremos também, neste módulo, o
comportamento da empresa e de seus custos de produção.

UNIDADE 1 – FORÇAS BÁSICAS DA ECONOMIA

1.1 RECURSOS ESCASSOS


A Ciência Econômica estuda como a sociedade administra seus recursos escassos.

Por isso, a Economia é conhecida como a ciência da escassez.

1.2 FORÇAS BÁSICAS

A oferta e a demanda são as forças básicas de funcionamento de uma


economia capitalista.

A oferta e a demanda refletem o desejo de vender por parte dos vendedores.

A oferta e a demanda refletem o desejo de comprar por parte dos compradores.

Mercado é um grupo de compradores e de vendedores de um bem ou serviço, que se caracteriza


pela possibilidade de se organizar de diferentes formas.

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MÓDULO 1 Introdução à Economia

1.3 MERCADO COMPETITIVO


Vamos adotar, inicialmente, a hipótese de um mercado competitivo...

No mercado competitivo, existem muitos compradores e muitos vendedores, de forma


que nenhum deles tem capacidade de, individualmente, influenciar o preço de mercado.

Para compreendermos perfeitamente esse mecanismo, é preciso entender um conceito


importante...

...o conceito de quantidade demandada.

1.3.1 QUANTIDADE DEMANDADA


Se nos perguntam quantos carros de luxo desejamos possuir, certamente, responderemos...
Depende do preço!

Se nos oferecem carros de luxo, zero quilômetro, por R$ 10.000,00 – ou seja, mais
barato que um carro popular –, possivelmente, nos esforçaremos para comprar um
automóvel de luxo.

Se o preço de um carro de luxo for o preço real de um carro de luxo, a demanda desse
produto, para as pessoas dispostas a comprar um carro e pagar o preço de um carro
popular, será zero.

Quantidade demandada é a quantidade de um bem que os consumidores desejam adquirir, a


um dado preço.

Sendo assim, se o preço do carro de luxo aumentar, vamos querer comprar menos
carros.

Se o preço do carro de luxo diminuir, vamos querer comprar mais carros.

Isso acontece para a maioria dos bens.

Essa é a Lei da demanda.

1.3.2 CURVA DE DEMANDA


Segundo a Lei da demanda, a quantidade demandada de um bem diminui quando o preço
aumenta.

Logo, a curva de demanda relaciona o preço de um bem à quantidade demandada.

20
Introdução à Economia MÓDULO 1

Como, pela Lei da demanda, a relação entre quantidade demandada e preço é inversa, a curva de
demanda tem inclinação para baixo.

1.3.3 OUTROS FATORES


O preço não é o único fator que influencia na quantidade demandada de um bem.

São determinantes da demanda...

Renda...
Quanto maior a renda do consumidor, maior será sua demanda.

Tipo de bem...
Quão indispensável ou importante é a aquisição desse bem.

Bens substitutos...
Dois produtos são substitutos quando o consumidor pode substituir um pelo outro em
seu consumo.

Bens complementares...
Dois produtos são complementares quando são consumidos conjuntamente.

Preferências...
Quanto mais se gosta de um bem, mais se deseja adquiri-lo a um dado preço. As
preferências mudam com o tempo e, em geral, seguem o que se costuma chamar de
moda.

21
MÓDULO 1 Introdução à Economia

Expectativas...
Quando o consumidor percebe que as coisas vão melhorar na economia, ele tende a
comprar mais. Se o consumidor acha que as coisas estão piorando ou que pode vir a
perder o emprego, ele reduz o consumo para se preparar para os tempos difíceis.

Outros fatores...
Muitos fatores podem influenciar a demanda de diversos bens – até mesmo motivos
psicológicos ou sociais.

1.3.4 DESLOCAMENTOS AO LONGO DA CURVA DE DEMANDA E DA CURVA DE DEMANDA


Dois importantes conceitos precisam ser diferenciados...

Deslocamentos ao longo da curva de demanda...


Constituem uma alteração na quantidade demandada de um bem – decorre de uma
alteração no preço do bem.

A curva de demanda, graficamente, mostra a relação entre a quantidade demandada e


o preço.

Desse modo, qualquer alteração do preço desloca o consumidor ao longo da curva de


demanda porque muda a quantidade demandada.

Vejamos...

22
Introdução à Economia MÓDULO 1

Deslocamentos da curva de demanda...


Ocorrem em resposta a mudanças em qualquer outro fator que não o preço como...
renda do consumidor;
§ preço de bens substitutos ou complementares;
§ preferências;
§ expectativas;
§ número de compradores.

Quando outros fatores – que não o preço – mudam, o consumidor passa a demandar,
ao mesmo preço de antes, uma quantidade maior ou menor de bens.

Desse modo, o consumidor não se desloca ao longo da curva de demanda, mas pula
para uma nova curva de demanda – mais à esquerda ou mais à direita.

Vejamos...

1.4 QUANTIDADE DE UM BEM


Se somos empresários e nos perguntam quantas unidades de produto desejamos produzir e
vender, certamente, responderemos...

Depende do preço!

Se nos dizem que o preço de nosso produto está atingindo preços muito altos no
mercado, certamente, produziremos todos os produtos que formos capazes.

23
MÓDULO 1 Introdução à Economia

Quantidade ofertada é a quantidade de um bem que os vendedores


desejam produzir, a um dado preço.

1.4.1 CURVA DE OFERTA


Segundo a Lei da oferta, a quantidade ofertada de um bem diminui quando seu preço cai.

Logo, a curva de oferta relaciona o preço de um bem à quantidade ofertada.

Vejamos...

1.4.2 QUANTIDADE OFERTADA DE UM BEM


O preço não é o único fator que influencia na quantidade ofertada de um bem.

São determinantes da oferta...

Preço dos insumos...


Quando os insumos ficam mais caros, a disposição dos empresários em ofertar um
produto se reduz.

Tecnologia...
Quando há um avanço tecnológico, os empresários ficam encorajados a ofertar mais.

24
Introdução à Economia MÓDULO 1

Expectativas...
Quanto melhor a expectativa sobre o futuro dos negócios, mais os empresários investem
na capacidade produtiva e ofertam mais.

Por outro lado, quando o panorama dos negócios não parece tão
interessante, os empresários tendem a retrair sua oferta.

1.4.3 DOIS CONCEITOS


Agora, temos de diferenciar mais dois conceitos importantes...
§ deslocamentos ao longo da curva de oferta;
§ deslocamentos da curva de oferta.

1.4.3.1 DESLOCAMENTOS AO LONGO DA CURVA DE OFERTA


Aumentos no preço causam uma elevação da quantidade ofertada, logo, há deslocamentos ao
longo da curva de oferta...

1.4.3.2 DESLOCAMENTOS DA CURVA DE OFERTA


Os deslocamentos da curva de oferta ocorrem em função de vários fatores...
§ preço dos insumos;
§ tecnologia;
§ expectativas...

25
MÓDULO 1 Introdução à Economia

Quando aumenta o preço dos insumos...

Quando a tecnologia piora...

Quando as expectativas dos empresários se deterioram...

...a curva de oferta se desloca para a esquerda.

Quando o preço dos insumos cai...

Quando a tecnologia melhora...

Quando a confiança dos empresários aumenta...

...a curva de oferta se desloca para a direita.

Vejamos os deslocamentos curva de oferta, para os dois lados...

2.5 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

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Introdução à Economia MÓDULO 1

UNIDADE 2 – EQUILÍBRIO, SENSIBILIDADE, CONTROLE DE PREÇO E IMPOSTOS

2.1 DESEJOS CONFLITANTES


Os desejos dos produtores e dos consumidores são conflitantes.

Os consumidores desejam comprar quando o preço cai.

Os produtores desejam vender mais quando o preço sobe.

Esses desejos conflitantes interagem no mercado.

O equilíbrio entre demanda e oferta é a situação em que o preço atingiu um nível em que a
quantidade ofertada é igual à quantidade demandada.

2.2 EQUILÍBRIO
Há apenas um preço e uma quantidade que deixam produtores e consumidores igualmente
satisfeitos.

2.2.1 PONTO DE INTERSEÇÃO


O equilíbrio de mercado é o ponto de interseção entre a curva de demanda e a curva de
oferta.

27
MÓDULO 1 Introdução à Economia

Esse ponto de interseção é importante porque...

...somente neste ponto os consumidores estarão satisfeitos ao pagarem o preço que


pagarão pela quantidade que comprarão...

...somente neste ponto os vendedores estarão satisfeitos em receberem o preço que


receberão pela quantidade que venderão.

2.2.2 EXCESSO OU ESCASSEZ

Os mercados não estão sempre em equilíbrio.

Quando o preço está acima do equilíbrio, há excesso de oferta – ou escassez de demanda.

No entanto, o preço de qualquer bem se ajusta de forma a levar a quantidade ofertada


e a quantidade demandada de volta ao equilíbrio.

2.3 ELASTICIDADE OU SENSIBILIDADE


A elasticidade se refere à resposta matemática de uma variável a mudanças em outra
variável.

A elasticidade é também chamada de sensibilidade, pois mede o quanto uma variável


é sensível a alterações em outra variável.

28
Introdução à Economia MÓDULO 1

Vejamos, agora, os tipos de elasticidades mais comuns...

Elasticidade-preço da demanda...
Mede a variação percentual na quantidade demandada em função de uma variação
percentual de 1% no preço...

Elasticidade-renda da demanda...
Mede a variação percentual na quantidade demandada em função de uma variação
percentual de 1% na renda...

29
MÓDULO 1 Introdução à Economia

Elasticidade-preço da oferta...
Mede a variação percentual na quantidade ofertada em função de uma variação
percentual de 1% no preço...

Elasticidade-preço cruzada da demanda...


Mede a variação percentual na quantidade demandada de um bem I em função de
uma variação percentual de 1% no preço de um bem J...

2.4 POLÍTICA DE PREÇO MÁXIMO


No mercado livre e desregulado, as forças do mercado estabelecem os preços e as quantidades
de equilíbrio.

Em alguns casos, o equilíbrio pode não ser a situação desejável.

O governo pode intervir na formação dos preços criando preços máximos – teto – e preços
mínimos – piso.

30
Introdução à Economia MÓDULO 1

No caso do preço máximo, o governo impõe um teto de preços – ou um preço limite.

Em geral, o governo impõe um preço máximo quando considera que o consumidor


está pagando muito caro por um bem ou serviço.

O objetivo de uma política de preço máximo é proteger o consumidor.

2.4.1 INTRODUÇÃO DO PREÇO MÁXIMO


A introdução de um preço máximo pode ser assim representada...

Quando o governo impõe um preço máximo, os empresários se sentem menos encorajados a


oferecer o produto e reduzem sua oferta para 75 unidades.

Os consumidores passam a demandar uma quantidade maior – 125 unidades – do


produto.

A consequência imediata do preço máximo é um mercado livre racionado por meio do preço.

Quando há preço máximo, os vendedores precisam racionar o bem escasso entre os


compradores.

2.5 POLÍTICA DE PREÇO MÍNIMO


No caso do preço mínimo, o governo impõe um piso de preços.

Para ser eficaz, esse preço tem que ser superior ao nível de equilíbrio.

31
MÓDULO 1 Introdução à Economia

Em geral, o governo impõe um preço mínimo quando considera que o produtor não está sendo
adequadamente remunerado por sua produção, especialmente, quando se trata de um bem
importante para a sociedade.

O objetivo de uma política de preço mínimo é proteger o produtor.

2.5.1 INTRODUÇÃO DE UM PREÇO MÍNIMO


A introdução de um preço mínimo pode ser assim representada...

Quando o governo impõe um preço mínimo, os empresários se sentem encorajados a aumentar


sua oferta – 120 unidades.

Os consumidores passam a demandar uma quantidade menor – 80 unidades do produto.

Haverá uma sobra de produto no mercado – 40 unidades – já que os consumidores


demandarão apenas 80 unidades frente a uma superoferta de 120 unidades.

2.5.2 EXCESSO DE PRODUÇÃO


A consequência imediata do preço mínimo é o excesso de produção dos empresários
que poderá se converter em estoques.

Para evitar que isso aconteça, os empresários poderão acabar dando descontos, mesmo que isso
não seja permitido.

Novamente, há uma tendência a levar os preços de volta ao equilíbrio do mercado.

32
Introdução à Economia MÓDULO 1

2.6 ÔNUS DO IMPOSTO


Quem paga o imposto, o produtor ou o consumidor?

O ônus de um imposto recai sobre consumidores e vendedores dependendo da elasticidade da oferta


e da demanda.

Incidência tributária é a maneira pela qual o ônus de um imposto é repartido entre


consumidores e produtores.

2.6.1 SIMULAÇÃO 1

Vamos simular a introdução de um imposto de R$ 0,50 que recai somente


sobre os consumidores, ou seja, nada é pago pelo produtor...

O imposto desloca a curva de demanda para a esquerda, no mesmo montante de R$ 0,50.

O preço de equilíbrio desse mercado sem imposto era de R$ 3,00.

O deslocamento da curva de demanda levou a um novo preço de equilíbrio de R$ 2,80.

O preço final a ser pago pelos consumidores será esse novo preço de equilíbrio acrescido do
imposto...

R$ 2,80 + R$ 0,50

33
MÓDULO 1 Introdução à Economia

O preço final pago pelos consumidores passou a ser de R$ 3,30.

Os produtores receberão o preço de equilíbrio de R$ 2,80 que continua livre de


impostos.

2.6.2 SIMULAÇÃO 2
Vamos fazer uma nova simulação, introduzindo o mesmo imposto – R$ 0,50 – só para o produtor...

Ou seja, nada é pago pelo consumidor.

O imposto desloca a curva de oferta para a esquerda, no mesmo montante de 0,50.

O preço de equilíbrio desse mercado sem imposto era de R$ 3,00.

O deslocamento da curva de oferta levou a um novo preço de equilíbrio de R$ 3,30.

O preço final que os produtores receberão será esse novo preço de equilíbrio, menos o imposto...

(R$ 3,30 – R$ 0,50)

O preço final pago pelos consumidores passou a ser de R$ 3,30.

Os consumidores pagarão o preço de equilíbrio de R$ 3,30 que ficará livre de impostos.

34
Introdução à Economia MÓDULO 1

2.6.3 TAXAR PRODUTORES E CONSUMIDORES


Qual é então a diferença entre taxar os produtores e os consumidores?

Quando o governo taxa os produtores ou os consumidores, a quantidade vendida é


menor.

A introdução do imposto reduz o tamanho do mercado.

No entanto, tanto faz taxar produtores ou consumidores.

Independentemente de o governo cobrar o imposto do vendedor ou do consumidor, eles


compartilham o valor do imposto.

Se os consumidores pagam mais, os produtores recebem menos.

2.6.4 COMPARTILHAMENTO DO IMPOSTO


O compartilhamento de um imposto sobre bens e serviços não depende de o governo cobrar o
imposto do produtor ou do consumidor, mas da elasticidade da oferta e da demanda.

Quando a oferta é mais elástica do que a demanda, os consumidores pagarão a maior


parte do imposto.

35
MÓDULO 1 Introdução à Economia

Quando a demanda é mais elástica do que a oferta, os produtores pagarão a maior


parte do imposto.

2.7 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 3 – PRINCÍPIOS DE ECONOMIA DO BEM-ESTAR

3.1 MEDIDAS DE BEM-ESTAR


A Economia do Bem-Estar é o ramo da Economia que estuda como a alocação de recursos afeta o
bem-estar econômico das pessoas.

Nesse ramo da Economia, são usadas duas medidas de bem-estar...

...o excedente do consumidor...

...o excedente do produtor.

Nós sabemos que, em um mercado, o preço de equilíbrio vale para todos os consumidores.

36
Introdução à Economia MÓDULO 1

Entretanto, muitos consumidores estariam dispostos a pagar mais pelo bem.

3.2 EXCEDENTE DO CONSUMIDOR


Suponhamos que você adquiriu um refrigerante gelado em um dia quente na praia
por R$ 1,00.

Para muitos consumidores, a satisfação propiciada pelo refrigerante vale


mais que isso.

Alguns pagariam o dobro ou o triplo pelo mesmo refrigerante naquele momento, ou seja, a
disposição de pagar pelo bem é maior que o preço pago.

O fato de que todos pagaram R$ 1,00 enquanto pagariam mais pelo bem constitui um ganho de
bem-estar do consumidor.

Esse ganho é chamado de excedente do consumidor, que corresponde ao montante


que o consumidor está disposto a pagar, menor do que o que ele paga efetivamente
pelo bem ou serviço.

Importante notarmos que os consumidores que estavam dispostos a pagar, pelo bem,
menos que o preço de equilíbrio, simplesmente, não o compraram.

3.3 EXCEDENTE DO PRODUTOR


Muitas vezes, o produtor acaba vendendo o bem por um preço maior que o que ele aceitaria
receber.

Portanto, o excedente do produtor corresponde ao montante que os produtores


recebem menos os seus custos de produção.

O excedente do produtor é semelhante ao do consumidor.

37
MÓDULO 1 Introdução à Economia

3.4 MEDIDAS DO BEM-ESTAR


Os dois excedentes – do consumidor e do produtor – podem ser avaliados graficamente na figura
a seguir...

3.5 MEDIDAS DO BEM-ESTAR


Os excedentes do consumidor e do produtor são as medidas mais conhecidas do bem-estar em
Economia.

Elas podem nos ajudar a avaliar as perdas de bem-estar que são causadas pela introdução
de um imposto.

38
Introdução à Economia MÓDULO 1

Vejamos qual a receita do governo com a introdução de um imposto. Ela pode ser representada
pela área listrada na figura a seguir...

O imposto é a diferença entre os preços pagos pelo consumidor e recebidos pelo produtor,
multiplicada pela quantidade vendida.

A quantidade, no entanto, é calculada após o imposto.

3.6 AFETANDO O BEM-ESTAR


Como o imposto afeta o bem-estar?

39
MÓDULO 1 Introdução à Economia

Observemos a figura...

É possível notarmos que o quadrado representa o montante de recursos que o governo passou a
extrair do mercado após o imposto.

As áreas acima e abaixo do quadrado continuam sendo excedentes do consumidor e do produtor,


portanto, continuam representando ganhos de bem-estar.

Já as duas áreas à frente do quadrado desaparecem do sistema – são chamadas de


perdas de peso morto, ou deadweight loss.

3.7 PESO MORTO


As perdas de peso morto são consideradas pelos economistas como o custo, em termos de bem-
estar, da introdução de um imposto.

A introdução de um imposto não corresponde simplesmente à transferência dos


recursos que estavam em um mercado para o governo.

Ela é pior do que isso, porque faz desaparecer um montante de bem-estar.

40
Introdução à Economia MÓDULO 1

O governo ganha com um imposto menos do que o mercado perde.

O restante são perdas de peso morto.

3.8 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 4 – FALHAS DE MERCADO

4.1 EFICIÊNCIA ECONÔMICA


Os economistas distinguem dois tipos de eficiência...

...a eficiência produtiva e eficiência alocativa.

Olhando em conjunto, as duas constituem a eficiência econômica.

Eficiência produtiva...
Produção utilizando o menor conjunto de insumos. Em outras palavras, uma economia
atinge a máxima eficiência produtiva quando não é mais possível produzir mais de um
bem sem produzir menos de algum outro bem.

Eficiência alocativa...
Melhor alocação de recursos entre os indivíduos, de tal forma que não é possível
melhorar a situação de um indivíduo sem piorar a situação de outro. A situação de
melhor eficiência alocativa é chamada de Ótimo de Pareto.

4.2 PREÇOS
Segundo a Teoria Econômica convencional, quando os mercados funcionam livremente, sem
qualquer intervenção do Estado, a sociedade atinge a maior eficiência produtiva e a maior
eficiência alocativa possível.

Em outras palavras, quanto mais competitivo é o mercado, maior é o bem-estar dos


consumidores – eficiência alocativa – e mais baixo o custo de produção – eficiência
produtiva.

Em uma economia em que os mercados funcionam perfeitamente, os


preços são a batuta do funcionamento do sistema econômico.

41
MÓDULO 1 Introdução à Economia

4.3 OSCILAÇÃO DE PREÇOS


Quando há escassez, os preços sobem.

A alta dos preços envia um sinal automático aos produtores – produzam mais do bem
escasso – e aos consumidores – consumam menos do bem escasso.

Quando um bem ou serviço é abundante, ocorre o inverso.

O preço mais baixo envia um sinal aos produtores, para que estes produzam menos, e
aos consumidores, para que consumam mais.

Percebe como os preços coordenam o funcionamento dos mercados?

4.4 IMPERFEIÇÕES
Há preços que não se ajustam em resposta à escassez.

O estudo dos mercados perfeitos não passa de um paradigma contra o qual podem ser
analisadas as situações imperfeitas.

A Teoria Econômica considera as imperfeições do mercado e tem muito a dizer sobre elas.

Na prática, os economistas dedicam mais tempo ao estudo das situações em que os


mercados não funcionam perfeitamente, ou seja, às chamadas falhas de mercado.

Os economistas chamam de falhas de mercado à situação em que o livre funcionamento dos


mercados não propicia a maior eficiência alocativa ou produtiva possível.

E isso é muito comum na vida econômica!

4.5 PAPEL DO ESTADO


Há pelo menos quatro tipos de falhas de mercado em que há necessidade de intervenção do
Estado...
§ externalidades;
§ bens públicos e de propriedade comum;
§ assimetrias de informação;
§ poder de mercado.

Essas falhas de mercado são uma importante justificativa, sob o ponto de vista econômico, para
que o Estado tenha funções relevantes.

Onde há falha do mercado em criar a máxima eficiência produtiva e alocativa, o Estado


deve usar seu poder para fazê-lo.

42
Introdução à Economia MÓDULO 1

O Estado, portanto, tem o importante papel de corrigir falhas de mercado.

As políticas de regulação, defesa da concorrência e outras têm por objetivo permitir que o Estado
atue corretamente sobre as falhas de mercado.

Quando o sistema de mercado falha em maximizar o bem-estar dos indivíduos, há


necessidade de ação do Estado.

4.5.1 EXTERNALIDADES

Você sabe o que são as externalidades?

As externalidades ocorrem quando a ação de um agente econômico afeta o bem-estar de outro


agente econômico.

As externalidades referem-se à falta de compensação do impacto da ação de uma pessoa sobre


o bem-estar de outras que não participam da ação.

As externalidades ocorrem quando alguém exerce uma atividade que influencia o bem-estar de
outras pessoas e não recebe nem paga nenhuma compensação por aquele efeito.

4.5.1.1 EXTERNALIDADES POSITIVAS E NEGATIVAS


As externalidades podem ser positivas ou negativas.

Externalidades positivas...
As externalidades positivas ocorrem, por exemplo, quando...
§ ocorre pesquisa de novas tecnologias das quais poderemos usufruir no
futuro;
§ a restauração de prédios históricos no centro da cidade traz agradáveis
lembranças e o prazer de passear por lugares de importância histórica;
§ uma nova avenida é construída em nosso bairro, valorizando nosso imóvel,
sem que devamos compensar o Estado pela melhoria.

Externalidades negativas...
As externalidades negativas ocorrem, por exemplo, quando pisamos nas fezes do
cachorro alheio deixadas na calçada.

Tenho direito à indenização por essa externalidade negativa?

4.5.1.2 EXTERNALIDADE POSITIVA


Apesar de se chamar positiva, a externalidade positiva não é boa para o sistema econômico.

43
MÓDULO 1 Introdução à Economia

Justamente o fato de que os causadores da externalidade não conseguem se apropriar


de seus benefícios é que reduz um incentivo para que essa externalidade seja gerada.

Por exemplo, se os ganhos de valorização imobiliária decorrentes de uma obra viária importante
em nosso bairro pudessem ser apropriados, ao menos em parte, pelo poder público, haveria
muito mais incentivo para a construção de obras viárias necessárias.

Tal ação reduziria o congestionamento das cidades e tornaria o sistema viário urbano
mais completo e eficiente.

Alguns países cobram tributos como a contribuição de melhoria, cujo objetivo é


justamente internalizar uma externalidade positiva.

Nesse sentido, as externalidades positivas não devem ser bem vistas...

4.5.2 BENS
Os bens podem ser classificados conforme dois de seus atributos – rivalidade e excludência.

A rivalidade quer dizer que o custo marginal de provisão de uma unidade adicional do
bem é maior que zero. Ou seja, o consumo de um bem não permite o consumo por
outro, portanto, haverá custos para aumentar a produção, para que outra pessoa também
possa consumir.

A não excludência quer dizer que não é possível atribuir direitos de propriedade sobre
seu usufruto.

Vejamos a matriz que relaciona essas duas características de um bem...

44
Introdução à Economia MÓDULO 1

4.5.2.1 BENS PRIVADOS

São exemplos de bens privados as casquinhas de sorvete, as roupas, as


rodovias pedagiadas e congestionadas.

A maioria dos bens são bens privados.

Para esses bens, o consumo de uma pessoa afeta o consumo de uma outra.

O custo marginal de oferecer uma unidade adicional é positivo e há como excluir um


indivíduo do consumo do bem.

4.5.2.2 BENS PÚBLICOS


Os bens públicos são definidos como...

...não rivais – isto é, seu custo marginal é nulo, ou CMg = 0.

...não excludentes – não há como excluir um indivíduo do consumo do bem.

Os bens públicos são bens que deverão ser fornecidos pelo Estado, caso contrário não serão
providos na quantidade eficiente.

São exemplos de bens públicos a Defesa Nacional e a iluminação pública.

4.5.2.3 RECURSOS DE PROPRIEDADE COMUM


Para entendermos os recursos de propriedade comum, pensemos então em um bem econômico
importante...

...o ar que respiramos!

O ar é um bem econômico muito importante.

O ar presta serviços econômicos importantes...


§ na respiração humana – ninguém controla a quantidade de ar que se aspira ou
expira;
§ como insumo de processos industriais que usam oxigênio;
§ como veículo de descarte de resíduos da combustão de veículos automotores;
§ como veículo de descarte de resíduos de processos industriais que envolvem
atrito, moagem, fumaça.

Se o mercado funciona perfeitamente, a escassez do ar deveria gerar um aumento de preços.

45
MÓDULO 1 Introdução à Economia

Imaginemos agora a seguinte situação...

Em um dia de inverno, um homem chegando ao Aeroporto de Congonhas, em São


Paulo, de avião, olha a cidade do alto e vê que há uma camada de poluição sobre a
cidade.

O homem logo pensa: – Isso quer dizer que os paulistanos enfrentam hoje escassez de ar
puro para respirarem, em sua cidade. Os mercados deveriam resolver esse problema!

Sendo a oferta de ar relativamente fixa, o preço deveria subir para desestimular a demanda. Desse
modo, menos gente usaria o ar para descartar a poluição de seu automóvel e teríamos uma
atmosfera mais limpa.

Mas... por que isso não acontece?

A resposta é clara – o ar é um recurso comum, ou bem de propriedade comum.

Como os direitos de propriedade sobre o ar não estão bem definidos, e é difícil defini-los
corretamente, o mercado não funciona perfeitamente.

Sabemos que o preço do ar é zero. Com preço zero, os indivíduos consomem mais
desse bem do que seria desejável – sobreconsomem ar – e a escassez acaba sendo
inevitável.

Portanto, agora podemos definir melhor os recursos de propriedade comum...

Recursos de propriedade comum são bens que têm rivalidade, mas não são excludentes.

4.5.3 ASSIMETRIAS DE INFORMAÇÃO


Uma assimetria de informação ocorre quando uma parte tem mais acesso à informação
relevante do que a outra.

Por exemplo, a falta de informação completa no momento da compra de um automóvel usado


aumenta o risco da aquisição e reduz o valor do automóvel.

Isso gera a chamada seleção adversa, que faz com que algumas transações socialmente
desejáveis não sejam realizadas.

Em um exemplo clássico, no mercado de automóveis usados, a maior parte dos bons


automóveis usados não será oferecida no mercado.

46
Introdução à Economia MÓDULO 1

Os compradores sempre acreditam que encontrarão os piores carros para


comprar, e não são capazes de avaliar, corretamente, se se trata de um bom carro
ou não.

4.5.3.1 SINALIZAÇÃO DE MERCADO


Uma das soluções para a seleção adversa é a sinalização de mercado.

Os vendedores podem usar sinais para transmitir informações sobre a qualidade do


produto aos compradores. Isso reduz os problemas causados pela existência de
informação assimétrica.

Por exemplo, os carros vendidos em concessionárias costumam ser vistos


como mais confiáveis do que os vendidos na rua.

4.5.3.2 RISCO MORAL


Outra falha de mercado é o risco moral – moral hazard –, que ocorre, por exemplo,
quando a assinatura de um contrato muda os incentivos que regem o comportamento
das partes.

Por exemplo, um indivíduo fecha um contrato de seguro contra roubo de seu carro.

No entanto, após fechar o contrato, passa a descuidar do automóvel, expondo-o ainda


mais ao risco de roubo, já que transferiu esse risco à seguradora.

Para lidar com essa falha, os contratos de seguro contêm cláusulas específicas para
evitar essa mudança indesejável de comportamento.

No caso do mercado de crédito, o tomador sabe mais de suas reais


condições de solvência do que o credor.

O credor cobra uma taxa de juros mais elevada do que o socialmente desejável.

4.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 5 – CENÁRIO CULTURAL

5.1 FILME
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, assista a
uma cena do filme Um herói de brinquedo no ambiente on-line.

47
MÓDULO 1 Introdução à Economia

5.2 OBRA LITERÁRIA


Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, leia o texto
Senhora no ambiente on-line.

5.3 OBRA DE ARTE


Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, aprecie o
quadro Sem título no ambiente on-line.

UNIDADE 6 – ATIVIDADES

6.1 AUTOAVALIAÇÃO
Acesse, no ambiente on-line, a autoavaliação deste módulo.

48
Introdução à Economia MÓDULO 2

MÓDULO 2 – ORGANIZAÇÃO DO MERCADO

APRESENTAÇÃO
Neste módulo, avaliaremos como a firma funciona, considerando que o lucro de uma empresa é
a diferença entre suas receitas totais e seus custos totais. Diferenciaremos os conceitos de lucro
e entenderemos, ainda, o que significa função da produção e concorrência perfeita. Veremos
também por que o monopólio pode ser a melhor situação para uma empresa, mas não é a ideal
para os consumidores.

Entenderemos que, em mercados de oligopólio, o número de firmas é pequeno e há necessidade


de agir estrategicamente. Nosso ferramental para estudar o comportamento estratégico será a
teoria dos jogos.

UNIDADE 1 – LUCRO, RECEITA E CUSTO

1.1 ECONOMIA INDUSTRIAL


A economia industrial – ou organização industrial – é o campo da economia que
estuda como as decisões empresariais relativas a preços e quantidades dependem das
condições de mercado.

Em microeconomia, frequentemente...

...as empresas são chamadas de firmas, e os setores – que são os conjuntos em que as
firmas se organizam – são as indústrias.

Vamos explicar melhor...

Uma indústria, ou seja, um setor, não é, necessariamente, industrial. Os microeconomistas


costumam se referir a indústria agropecuária, a indústria bancária e assim por diante.

Daí o campo de estudo ser chamado de economia industrial.

1.2 CUSTOS EXPLÍCITOS E IMPLÍCITOS


Para avaliar o funcionamento da firma, sob a ótica econômica, temos de considerar que o lucro de
uma empresa é a diferença entre suas receitas totais e seus custos totais.

Os custos totais de uma firma podem ser de dois tipos – custos explícitos e custos
implícitos.

Os custos explícitos são aqueles efetivamente incorridos e pagos monetariamente.

49
MÓDULO 2 Introdução à Economia

Os custos implícitos, ou custos de oportunidade, são aqueles que surgem da pergunta...

Em vez de aplicar o capital na empresa, quanto seria possível obter aplicando os recursos
no mercado financeiro?

1.3 CONCEITOS DE LUCRO


Podemos diferenciar dois conceitos de lucro...
§ lucro econômico – receita total menos custo total, incluindo os custos de
oportunidade;
§ lucro contábil – registro exclusivo dos custos explícitos.

1.4 LUCRO CONTÁBIL

De uma maneira geral, podemos dizer que o lucro econômico é menor que
o lucro contábil.

Por exemplo...

Se aplicarmos R$ 10.000 em um negócio que oferece um lucro contábil de 5%, ou


seja, R$ 500 ao ano, sob o ponto de vista econômico, teremos prejuízo, já que uma
aplicação financeira segura – como a caderneta de poupança – oferece melhor
remuneração.

1.5 VISÃO CONTÁBIL


A principal diferença da visão econômica da empresa é que os economistas incluem os custos
implícitos – ou custos de oportunidade – entre os custos da empresa.

Os contadores só registram os custos efetivamente incorridos e pagos monetariamente.

50
Introdução à Economia MÓDULO 2

Desse modo, a visão contábil acaba apresentando um resultado superior ao que seria
obtido na visão do economista.

1.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 2 – FUNÇÃO DA PRODUÇÃO

2.1 FUNÇÃO DA PRODUÇÃO


A função de produção relaciona a quantidade de insumos – trabalhadores – à quantidade de
produto em cada período.

As funções de produção, normalmente, apresentam produto marginal decrescente.

Quando se aumenta o número de trabalhadores, a produção cresce. No entanto, cada


aumento no número de trabalhadores gera um aumento na produção cada vez menor.

Logo, uma função de produção típica pode ser assim representada...

produção
por dia
15 função de produção
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0 1 2 3 4 5 mão-de-obra empregada

2.2 CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS


Os custos fixos independem da quantidade produzida.

Os custos variáveis estão relacionados ao nível de produção.

51
MÓDULO 2 Introdução à Economia

2.3 CUSTO TOTAL


Vejamos os dados de uma empresa com custo fixo de R$ 3,00...

Quando a quantidade produzida é igual a zero, o custo total é igual ao custo fixo de R$ 3,00.

A cada aumento de produção, o custo total aumenta.

Logo, os aumentos no custo de produção são crescentes.

2.4 CUSTO MÉDIO E MARGINAL


Para a análise econômica da empresa, temos de conhecer ainda dois conceitos de custos
relevantes...

Custo médio...
Razão entre o custo total e a quantidade produzida. Em geral, o custo médio decresce
com o aumento da produção, mas a partir de certo nível de produto passa a aumentar.

Custo marginal...
Variação do custo total. Em geral, o custo marginal cresce com a quantidade produzida.

52
Introdução à Economia MÓDULO 2

2.5 PONTO DE ESCALA EFICIENTE


Vejamos o comportamento do custo médio e do custo marginal em uma empresa típica...

O ponto de escala eficiente corresponde ao mínimo custo médio, ou seja, o ponto em que a
empresa conseguirá produzir ao menor custo unitário possível.

No entanto, em função das condições de mercado, não é vantajoso para muitas


empresas produzir no ponto de escala eficiente.

2.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 3 – CONCORRÊNCIA PERFEITA

3.1 ESTRUTURAS DE MERCADO


Os economistas classificam as estruturas de mercado básicas em quatro categorias...
§ concorrência perfeita;
§ monopólio;
§ concorrência monopolística;
§ oligopólio.

53
MÓDULO 2 Introdução à Economia

3.2 ESTRUTURAS DA ORGANIZAÇÃO DE MERCADOS


As quatro estruturas básicas de organização dos mercados podem ser assim representadas...

1. Um mercado com muitos produtores e vendedores é chamado de concorrencial


perfeito.

2. Um mercado com um único produtor é chamado de monopolista.

3. Quando há um número razoável de produtores com produtos levemente


diferenciados, há concorrência monopolística.

4. Quando pouco produtores concentram o mercado, é o oligopólio.

3.3 MERCADO DE CONCORRÊNCIA PERFEITA


Vejamos as características do mercado de concorrência perfeita...
§ grande número de compradores e vendedores;
§ produto homogêneo;
§ inexistência de barreiras à entrada e à saída.

Podemos apontar duas consequências para o mercado de concorrência perfeita...

...nenhum comprador ou vendedor pode, individualmente, afetar o equilíbrio de


mercado.

...cada participante do mercado toma o preço de equilíbrio como um dado.

54
Introdução à Economia MÓDULO 2

3.4 RECEITA NO MERCADO COMPETITIVO


A receita – RT – de uma empresa em um mercado competitivo é igual ao produto do preço – P –
pela quantidade vendida – Q...

RT = P x Q

A receita média – RMe –, ou receita unitária – RT –, é igual ao preço – P...

RMe = RT / Q = p

A receita marginal – RMg – é o aumento na receita total – ART – quando a empresa vende uma
unidade a mais – U+1...

RMg = ART / AQ = P

3.4.1 EXEMPLIFICANDO
Vejamos os dados de um produtor agrícola...

A cada unidade vendida, o preço é constante e igual a R$ 6,00. A receita média por unidade
vendida é sempre igual ao preço. A receita marginal também é igual ao preço.

Isso significa que, ao vender mais uma unidade, o produtor agrícola aumentará sua receita em R$
6,00 igual ao preço.

55
MÓDULO 2 Introdução à Economia

Vejamos sua estrutura de custos...

Para maximizar seus lucros, o produtor agrícola deve produzir 4 unidades.

3.5 LUCRO CONTÁBIL


A ausência de lucro econômico não significa que a empresa não obtém lucro contábil.

Se seu lucro econômico é zero, a empresa poderá ainda ter um lucro contábil.

O lucro contábil remunera o capital e o trabalho de seus proprietários, ou seja, igual ao


custo de oportunidade desses recursos.

Em um mercado competitivo, todas as empresas obtêm lucro econômico


zero.

3.6 PARADIGMA

Em um mercado de concorrência perfeita, a empresa pode ter lucro


econômico?

É claro que não, pois os consumidores demandarão uma quantidade zero de seu
produto!

56
Introdução à Economia MÓDULO 2

Em concorrência perfeita, todas as empresas produzirão na escala mínima eficiente.

Se uma empresa apresentar custo mais elevado, sairá do mercado.

Embora a concorrência perfeita seja a melhor estrutura de mercado para o bem-estar dos
consumidores e a eficiência das firmas, não há exemplo real de um mercado perfeitamente
competitivo.

A competição perfeita é apenas um paradigma contra o qual um mercado pode ser


avaliado.

3.7 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 4 – MONOPÓLIO

4.1 CARACTERÍSTICAS DO MERCADO MONOPOLISTA


O mercado monopolista apresenta duas características básicas...
§ a presença de apenas um produtor;
§ a existência de barreiras à entrada.

Como consequências do mercado monopolista temos...

...a ausência de concorrentes próximos para o produtor e a consequente possibilidade


deste influir diretamente sobre o preço de seu produto.

...a escolha do equilíbrio de mercado pelo monopolista.

...a posição da firma monopolista como formadora de preços, em vez de tomadora de


preços.

4.2 CAUSA DO MONOPÓLIO


A principal causa do monopólio são as barreiras à entrada.

As principais fontes de barreiras à entrada são...


§ propriedade exclusiva de um recurso-chave;
§ concessão pelo governo de exclusividade a uma firma;
§ eficiência da empresa.

57
MÓDULO 2 Introdução à Economia

4.3 EXCLUSIVIDADE DE RECURSO-CHAVE E A UMA FIRMA


A exclusividade a uma firma ocorre, por exemplo, na distribuição de água encanada às residências.

Nesse caso, o governo prefere evitar a duplicação dos custos fixos da rede mantendo um único
operador.

Esse único operador, em geral, é uma empresa ou departamento do próprio governo.

A exclusividade também ocorre quando são concedidas patentes, cujo objetivo é garantir à
empresa inovadora o direito sobre sua inovação durante um determinado período, com o objetivo
de estimular a atividade de inovação por parte das empresas.

4.4 EFICIÊNCIA DA EMPRESA


Vamos entender o que significa a eficiência da empresa...

Se a empresa é capaz de operar com custos muito mais baixos que qualquer outra, ela
poderá expulsar as demais do mercado.

4.5 DISTORÇÃO ALOCATIVA


No monopólio, as firmas são formadores de preços – price makers.

A empresa competitiva é tomadora de preços – price takers.

O monopólio gera uma distorção alocativa – beneficia produtores em detrimento de consumidores.

O monopólio é a melhor situação para uma empresa, mas não é a ideal para
os consumidores.

4.6 INEFICIÊNCIA ALOCATIVA

Há casos em que essa ineficiência alocativa gerada pelo monopólio é


estimulada pelo governo.

Um exemplo de como a ineficiência alocativa é estimulada pelo governo é o caso das patentes.

O poder de monopólio é compensado pelo incentivo à produção de um bem público


– a tecnologia aplicada aos produtos e serviços.

É o caso, também, dos monopólios naturais, cujos custos fixos elevados e custos médios
decrescentes exigem um monopólio – e essa é a melhor situação para o consumidor.

58
Introdução à Economia MÓDULO 2

4.7 IMPOSTOS
O monopólio produz menos do que a quantidade de produto que seria socialmente desejável.

O monopólio causa perda de peso morto similar à do imposto.

Os impostos não são uma mera transferência entre o setor privado e o governo...

Uma parte do bem-estar desaparece com a introdução do imposto.

Da mesma forma que, com os impostos, o monopólio não gera uma mera transferência de renda
entre produtores e consumidores.

Uma parte do bem-estar de produtores e consumidores desaparece, e a sociedade fica


menos eficiente.

Todo monopólio produz uma alocação ineficiente de recursos.

4.8 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 5 – MONOPÓLIO NATURAL

5.1 EMPRESAS CARACTERIZADAS PELO MONOPÓLIO NATURAL

Há um tipo especial de monopólio que recebe uma atenção separada, o


chamado monopólio natural.

Em termos de negócios, os setores caracterizados pela presença de monopólio natural têm uma
dinâmica bastante diferente do que acontece nos demais setores da economia.

Em particular, nesse setor, as decisões de preços, quantidades e de investimentos não


são de livre escolha das firmas, mas são, em geral, sujeitas à regulação pública.

Há um monopólio natural quando uma única firma é capaz de servir a todo o mercado a um custo
unitário menor do que se houvesse duas ou três firmas nesse mercado.

5.2 ECONOMIAS DE ESCALA


O monopólio natural ocorre quando há economias de escala.

Um exemplo de monopólio natural é a distribuição de água encanada por meio de


uma rede de tubulações.

59
MÓDULO 2 Introdução à Economia

Nesse setor, o custo fixo é tão alto que, se a rede fosse duplicada, o custo médio
cresceria muito. Quando isso ocorre, é preferível ter um único produtor a ter
concorrência.

5.3 SETOR DE INFRA-ESTRUTURA


Normalmente, os monopólios naturais ocorrem no setor de infra-estrutura.

Em geral, o setor de infraestrutura é marcado por custos fixos muito elevados, e por
formas de capital de utilização altamente específica ao setor.

Muitos segmentos da indústria de infraestrutura não são monopólios naturais, mas devido aos
elevados custos fixos e aos tipos muito específicos de capital, são regulados por terem
características próximas de monopólios naturais, ou que desaconselham a concorrência.

Você, como consumidor, prefere comprar um produto ou serviço em um


mercado altamente competitivo, com muitos ofertantes, ou em um mercado
monopolista, com um único ofertante?

Pode ser que você tenha respondido: EM UM MERCADO COMPETITIVO, onde os preços
são mais baixos!!!

Mas se você respondeu: depende do mercado, acertou!

5.4 COMPETIÇÃO
Na maioria dos mercados, é realmente melhor para o consumidor adquirir o bem ou
serviço de um produtor que esteja em um ambiente de competição feroz.

60
Introdução à Economia MÓDULO 2

Entretanto, há alguns bens e serviços específicos para os quais o consumidor pode preferir ser
atendido por um monopolista.

É o caso dos chamados monopólios naturais, nos quais o custo fixo é tão alto
que a duplicação da rede levaria a um custo muito mais alto para ambos os
produtores.

Mesmo que competissem entre si, teriam que praticar preços altos a tal ponto que um
dos dois fatalmente iria à falência.

5.5 AGÊNCIAS REGULADORAS


No caso de monopólios naturais – que são a forma mais grave da falha de mercado,
conhecida como poder de mercado –, o governo poderá ofertar ele mesmo os produtos
e serviços, por meio de empresas estatais.

Nesse caso, não será preciso controlar o poder de monopólio, já que o Estado não tem como
objetivo o lucro máximo.

Alternativamente, o Estado poderá permitir a exploração privada, mas deverá regular e


fiscalizar a prestação privada do serviço por meio, por exemplo, de agências reguladoras.

As agências reguladoras ganharam muito espaço no debate econômico


atual, pois se destinam a regular setores fundamentais que são caracterizados por
um monopólio natural.

5.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 6 – OLIGOPÓLIO

6.1 SITUAÇÕES EXTREMAS


O monopólio e a concorrência perfeita são situações extremas.

No entanto, a maior parte das empresas se enquadra em uma situação intermediária,


chamada, genericamente, de competição imperfeita ou concorrência imperfeita.

A competição imperfeita ou concorrência imperfeita ocorre em indústrias onde as firmas têm


competidores, mas não se comportam como tomadoras de preços.

61
MÓDULO 2 Introdução à Economia

Essas indústrias podem ser de dois tipos...


§ oligopólio – poucos vendedores de produtos similares ou idênticos;
§ concorrência monopolística – muitas firmas vendendo produtos similares – mas
não idênticos.

6.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


Devido ao pequeno número de vendedores, a principal característica do oligopólio é a tensão...

...cooperação versus autointeresse.

A presença de poucos produtores e de produtos idênticos ou similares são


as principais características do mercado oligopolista.

Podemos apontar como principais consequências do mercado oligopolista...

...a interdependência dos produtores.

...a importância da cooperação mútua para melhorar situação para os oligopolistas.

...a possibilidade de os oligopolistas, por meio da cooperação, agirem como


monopolistas, cobrando p > CMg .

6.3 EXEMPLO – DADOS


Vejamos a forma mais simples de oligopólio...

Um duopólio na produção de água mineral – ou seja, um mercado dividido entre duas empresas.

Uma cidade isolada só possui duas fontes de água mineral.

A água nesses poços é abundante e pode ser extraída sem qualquer custo.

Logo, o custo marginal, CMg, é zero.

62
Introdução à Economia MÓDULO 2

A demanda pela água mineral nessa cidade é...

Se houvesse competição nesse mercado, a água acabaria sendo entregue de graça aos
consumidores.

A quantidade demandada ao preço zero seria de 120 mil litros de água mineral.

Em uma situação de monopólio, o outro extremo, o produtor de água mineral procuraria


igualar o custo marginal à receita marginal.

Essa é a condição para obtenção de lucro máximo.

O CMg é zero.

Se ele oferecer mais que 60 mil litros, a RMg seria negativa...

Ou seja, o preço da próxima unidade seria menor que o preço da unidade anterior.

A RMg é zero na quantidade de 60 mil litros.

6.3.1 EXEMPLO – NEGOCIAÇÃO


O ponto de RMg nula é a produção de 60 mil litros. Produzindo essa quantidade, a receita total,
que é igual ao lucro total já que o custo é zero, seria de R$36.000.

No entanto, se nessa indústria houver dois produtores, formando um duopólio e eles


competirem entre si, o preço se dirigirá a zero.

63
MÓDULO 2 Introdução à Economia

Os produtores terão, portanto, de negociar um acordo.

No acordo, eles trataram o mercado como se formassem uma só empresa.

6.3.2 EXEMPLO – ACORDO


No acordo, os produtores discutiram alguns conceitos importantes...
§ colusão ou conluio – acordo sobre quantidades a serem produzidas ou preços a
serem cobrados;
§ cartel – grupo de firmas agindo conjuntamente;
§ equilíbrio de Nash – situação em que os jogadores, interagindo uns com os
outros, escolhem a melhor estratégia para si, dada a estratégia dos demais jogadores.

Sabendo que o maior lucro que esse mercado comporta é o que seria obtido por um monopolista,
os produtores acordaram que, conjuntamente, deveriam produzir como se formassem um
monopólio.

Os lucros de monopólio seriam então divididos pelos dois concorrentes.

A cooperação entre oligopolistas não é desejável para a sociedade, porque eles


produzirão pouco a um preço mais elevado.

As leis antitruste de várias jurisdições costumam proibir esse tipo de cooperação, vedando vários
tipos de coordenação entre empresas.

6.4 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 7 – TEORIA DOS JOGOS E OLIGOPÓLIOS

7.1 INTERAÇÃO ESTRATÉGICA


A Teoria dos Jogos estuda...

...o comportamento estratégico das pessoas ou empresas....

...comportamentos de agentes racionais em ambiente de interação estratégica.

Interação estratégica existe na interdependência mútua das decisões dos agentes.

Um dos principais expoentes da Teoria dos Jogos é John Nash, tema do filme
Uma Mente Brilhante.

64
Introdução à Economia MÓDULO 2

7.2 APLICAÇÃO DA TEORIA DOS JOGOS


Em mercados de oligopólio, o número de firmas é pequeno e há necessidade de agir
estrategicamente.

O lucro de cada firma depende não apenas de sua própria produção, mas da produção das
concorrentes.

É uma ótima aplicação da Teoria dos Jogos!

7.3 ANÁLISE DE OLIGOPÓLIOS


A Teoria dos Jogos é muito usada para a análise de oligopólios, já que os oligopolistas podem
cooperar, atingindo um equilíbrio não cooperativo, ou agir estrategicamente, o que poderá ser
ruim para eles.

É por causa desse tipo de comportamento nos oligopólios que essa estrutura de mercado
é marcada por uma tensão permanente entre cooperação e autointeresse.

Outra característica que torna a Teoria dos Jogos um poderoso instrumento para a compreensão
dos oligopólios é a interdependência estratégica entre as firmas.

Como elas são em pequeno número, suas políticas de negócios estão altamente
interligadas, de forma que qualquer ação de uma firma afeta diretamente os resultados
da outra.

Em mercados assim, não há saída para a firma, senão agir de forma estratégica, levando em
consideração as ações das firmas concorrentes.

A Teoria dos Jogos permite levar em consideração essa interdependência


estratégica dos agentes em um mercado.

7.4 EQUILÍBRIO DE NASH


Já introduzimos o conceito de Equilíbrio de Nash, os jogadores interagem
escolhendo a melhor estratégia para si, dada a estratégia dos demais.

Um jogo pode não ter equilíbrio de Nash, assim como pode ter mais de um equilíbrio de Nash.

A Matriz de Recompensas ou de payoffs é um conjunto de números que traduzem


numericamente as preferências dos jogadores.

65
MÓDULO 2 Introdução à Economia

7.4.1 EXEMPLO
Vejamos um exemplo de Matriz de Recompensas ou de payoffs...

66
Introdução à Economia MÓDULO 2

7.5 JOGOS DINÂMICOS


Jogos dinâmicos podem ser representados por árvores de jogos,como a árvore a seguir, apresentada
por Ronaldo Fiani...

Árvore de jogos
informação sobre o sequenciamento lógico das jogadas

mantém
preço (4 , 1)
ramos líder
nós
lança vantagem

reduz preço (2, 2)


inovadora
(1o movimento) mantém
preço (1 , 4)
não lança
vantagem
líder
reduz preço (1 , 3)

7.6 TEORIA DOS JOGOS


Uma das formulações mais conhecidas em Teoria dos Jogos é o dilema dos prisioneiros.

O dilema dos prisioneiros ilustra a dificuldade em cooperar, mesmo quando a cooperação


deixaria ambas as partes em melhor situação.

Nesse exemplo famoso, dois bandidos, Bonnie e Clyde, são mantidos


incomunicáveis em suas celas.

Só há provas contra eles por porte ilegal de armas, o que lhes daria um ano de cadeia
cada um.

Não há provas dos grandes assaltos a bancos de que os dois prisioneiros são acusados
pela polícia.

A polícia oferece um acordo aos dois, separadamente, dando a cada um deles a possibilidade de
se livrar de sua pena por porte ilegal de arma se incriminar o outro.

67
MÓDULO 2 Introdução à Economia

7.6.1 ESTRATÉGIAS DOMINANTES


Vejamos as possibilidades de decisão dos prisioneiros e suas possíveis consequências...

7.6.2 BONNIE E CLYDE


Pensemos no problema de Bonnie e de Clyde, que estão isolados um do outro e incomunicáveis.

Se Bonnie e Clyde continuarem em silêncio, sem incriminar o outro, só pegarão um


ano por porte de arma cada um.

Se ambos confessarem, incriminando-se mutuamente, pegarão 8 anos de cadeia cada


um deles.

Se Clyde confessar e Bonnie ficar em silêncio, ele pode ser solto e Bonnie pegará uma pena alta,
de 20 anos.

Ao contrário, se Bonnie confessar e Clyde não disser nada, Clyde ficará com a pena de
20 anos e Bonnie ficará livre.

7.6.3 DILEMA DOS PRISIONEIROS


O dilema dos prisioneiros ilustra a dificuldade em cooperar, mesmo quando a cooperação deixaria
ambas as partes em melhor situação.

68
Introdução à Economia MÓDULO 2

Não há dúvida de que, se os dois prisioneiros pudessem se comunicar, combinariam o


jogo e permaneceriam ambos em silêncio.

Esta é a chamada solução cooperativa do jogo.

No entanto, eles não podem se comunicar!

7.6.4 DECISÕES
Clyde pensa que poderia confessar ou ficar em silêncio e que sua vantagem dependerá da
decisão da Bonnie.

Se Bonnie confessar, Clyde pegará 8 anos ou será solto – respectivamente, se Bonnie


ficar quieta ou confessar.

Se Clyde ficar quieto, pegará 1 ano ou 20 anos – respectivamente, se Bonnie ficar


quieta ou confessar.

Clyde prefere confessar e ficar com 8 anos ou a liberdade, em vez de ficar entre duas penas de 20
anos ou 1 ano.

A melhor estratégia para Clyde, levando em conta as possíveis jogadas de Bonnie, é


confessar.

Bonnie enfrentará uma decisão similar – terá de decidir entre confessar e pegar 8 ou ficar em
liberdade, e ficar quieta e pegar 1 ano ou 20 anos.

Ela decide confessar.

Chamamos de estratégia dominante a estratégia de confessar tanto de Bonnie quanto


de Clyde.

Como ambos decidiram confessar, o Equilíbrio de Nash é o par – confessa, confessa – que é o
resultado da decisão de ambos os jogadores.

69
MÓDULO 2 Introdução à Economia

7.6.5 ESTRATÉGIAS DOMINANTES


A figura ilustra as estratégias dominantes dos dois jogadores.

decisão de Bonnie

confessa permanece em silêncio

Bonnie Bonnie
pega 8 anos pega 20 anos
confessa
Clyde Clyde
pega 8 anos é solto
decisão
de Clyde Bonnie Bonnie
é solta pega 1 ano
permanece
em silêncio Clyde Clyde
pega 20 anos pega 1 ano

7.6.6 EQUILÍBRIO DE NASH


O equilíbrio de Nash não é a melhor situação possível para os dois, já que
ambos pegarão 8 anos.

A melhor situação seria a estratégia cooperativa, em que pegariam um ano cada um.

Entretanto, o resultado da decisão estratégica nem sempre é bom para as partes.

Transferindo-se os resultados do Dilema dos Prisioneiros para o mundo das empresas, as


legislações de defesa da concorrência de várias jurisdições procuram induzi-las a jogar os jogos
de forma não cooperativa.

Se as empresas combinarem o jogo, atingirão um equilíbrio cooperativo que é bom


para elas – e ruim para o consumidor.

7.7 JOGO NÃO COOPERATIVO


As legislações de defesa da concorrência de várias jurisdições procuram deixar que as empresas
joguem um jogo não cooperativo.

70
Introdução à Economia MÓDULO 2

A estratégia dominante as leva a um equilibro de Nash que seja benéfico ao consumidor


e ruim para elas.

Uma implicação importante da solução não cooperativa desse jogo é aplicável aos
cartéis.

Enquanto a legislação antitruste procura gerar soluções não cooperativas em jogos horizontais
entre empresas – evitando cartéis –, a lei de contratos procura gerar playoffs que conduzem a
soluções cooperativas.

A cooperação entre oligopolistas não é desejável porque produzirão pouco a


um preço mais elevado.

As leis antitruste de várias jurisdições costumam proibir esse tipo de cooperação.

7.8 CARTEL DO PETRÓLEO


Outro jogo apresentado por Gregory Mankiw é o do cartel do petróleo.

7.8.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO


Irã e Iraque combinaram o jogo e decidiram ambos manter a produção baixa.

No entanto, Saddam Hussein pensou que, se saísse do acordo e o Irã o respeitasse,


poderia faturar US$ 60 bilhões.

71
MÓDULO 2 Introdução à Economia

Produzir muito é a estratégia dominante para o Iraque.

Naturalmente, o Irã raciocina da mesma maneira, porque essa é sua estratégia


dominante.

Os dois países mantêm alta produção e o cartel será quebrado.

Qualquer que seja a decisão do Irã, o Iraque obtém 40 ou 60 com alta produção, contra 30 ou 50
com baixa produção.

O mesmo acontece com o Irã.

7.9 ANÁLISE DOS CONTRATOS


Outra aplicação de teoria dos jogos é na análise de contratos.

Para ilustrar tecnicamente a importância da exigibilidade dos contratos, considere o


jogo da corretora, em um único lance e sem que haja uma lei de contratos em vigor.

Neste jogo, o primeiro jogador – investidor – decide se irá ou não investir um certo volume
de dinheiro, colocando-o sob controle do segundo jogador, uma agência de investimento –
corretora –, em troca de uma renumeração do ativo investido.

O segundo jogador tem como opções cooperar ou apropriar-se do investimento, ou seja...

Caso o segundo jogador decida cooperar, cada jogador receberá 0,5 unidades,
correpondentes ao rendimento do ativo, ou seja, o primeiro jogador retoma sua unidade
do ativo acrescida de 0,5, enquanto o segundo jogador é remunerado com 0,5 unidade
por sua cooperação.

Caso o segundo jogador decida se apropriar da unidade investida, o primeiro jogador


nada receberá.

7.9.1 LEI DE CONTRATOS


A tabela a seguir apresenta, para cada combinação de estratégias, os payoffs de cada jogador...

segundo jogador
coopera apropria

primeiro jogador investe 0,5 0,5 -1,0 1,0

não investe 0 0 0 0

72
Introdução à Economia MÓDULO 2

Note que a estratégia que maximiza os ganhos do segundo jogador é apropriar-se da unidade de
ativo investida.

O primeiro jogador pode antecipar que o segundo jogador não irá cooperar e decide
não investir. Nessas condições, a solução para este jogo seria não investe.

Esse jogo ilustra a falta que faz uma lei de contratos.

7.9.2 PROTEÇÃO DA LEI DE CONTRATOS


Considere agora o mesmo jogo apresentado anteriormente, só que, dessa vez, sob uma lei de
contratos que torna as promessas exigíveis, ou passíveis de ressarcimento, caso não sejam
cumpridas.

A tabela a seguir apresenta os payoffs do jogo quando o primeiro jogador oferece o


investimento em troca de uma promessa exigível de cooperação feita pelo segundo
jogador...

segundo jogador
coopera apropria

primeiro jogador investe 0,5 0,5 0,5 -0,5

não investe 0 0 0 0

Nessa situação, o primeiro jogador receberá seu patrimônio de volta mais a remuneração do
mesmo, independentemente da decisão do segundo jogador.

Por outro lado, se o segundo jogador optar por quebrar a promessa e apropriar-se do
ativo, ele terá um payoff líquido de -0.5, pois terá que devolver para o primeiro a
unidade investida da qual ele se apropriou indevidamente, acrescida da remuneração
prometida no momento em que se comprometeu a cooperar.

7.9.3 INVESTIR E COOPERAR


Quando as promessas são exigíveis, a melhor estratégia para o primeiro jogador é investir e, para
o segundo jogador, é cooperar.

A exigibilidade da promessa, portanto, converteu o jogo de uma solução não cooperativa


em uma solução cooperativa.

Essa conclusão nos permite enunciar a importância das leis que garantam os contratos
– promover e possibilitar que as pessoas cooperem, convertendo jogos com soluções
não cooperativas em jogos com soluções cooperativas.

73
MÓDULO 2 Introdução à Economia

Se, ao invés de analisarmos a melhor estratégia individual de cada jogador, analisarmos


a eficiência de cada solução, definida como a soma dos payoffs de cada célula das
figuras que representam os payoffs dos dois jogos que acabamos de enunciar, teremos...

A solução mais eficiente será aquela que maximizar a soma dos payoffs, o que ocorre
quando o primeiro jogador investe e o segundo jogador coopera.

7.9.4 RELACIONAMENTOS COMERCIAIS


Contratos, frequentemente, criam um relacionamento entre as partes.

Tal relacionamento cria deveres legais que podem não estar explícitos nos contratos.

Relacionamentos comerciais, normalmente, duram anos, e as condições nas quais os contratos


foram estabelecidos mudam ao longo do ciclo de vida desse relacionamento.

Uma boa lei de contratos permite converter jogos com soluções ineficientes
em jogos com soluções eficientes.

7.9.5 RELACIONAMENTOS DE LONGA DURAÇÃO


As partes devem responder às mudanças, na medida em que procuram defender seus próprios
interesses.

Para tanto, devem ser capazes de acomodar as mudanças, agindo de forma flexível, e
não se mantendo inalteradas e atreladas a regras rígidas.

As partes envolvidas em um relacionamento de longa duração, normalmente, confiam em


dispositivos informais, ao invés de confiar em regras exigíveis para assegurar a cooperação.

A partir da constatação de que os dispositivos informais operam no sentido de criar e


manter relações duradouras, os economistas procuraram identificar como a perpetuação
do relacionamento, e não os contratos formais, afetam o comportamento das partes
envolvidas.

74
Introdução à Economia MÓDULO 2

Jogos repetitivos são um incentivo não formal para a cooperação entre as


partes.

7.9.6 JOGO DA CORRETORA


Consideremos o jogo da corretora, descrito anteriormente, no qual a promessa de cooperação
não é, a priori, exigível e cujos payoffs do segundo jogador – o qual denominaremos agente –
estão apresentados na tabela a seguir...

Caso o segundo jogador, em qualquer rodada, opte pela estratégia de se apropriar do investimento
do primeiro jogador – o qual denominaremos principal – seu payoff será de 1 nesta rodada e 0
nas rodadas seguintes, uma vez que o primeiro jogador, seja por antecipar uma provável
apropriação do segundo jogador, seja para puni-lo pela apropriação, não mais irá investir seu ativo.

Por outro lado, caso o segundo jogador opte por cooperar continuamente, após três rodadas, seu
payoff acumulado será de 1,5 – portanto, maior do que se adotasse a estratégia de se apropriar do
investimento.

O primeiro jogador seria induzido a recompensar a cooperação reinvestindo


o ativo no período seguinte.

7.10 MECANISMOS INFORMAIS

Relacionamentos de longa duração exigem comprometimento das partes


envolvidas.

Formas tradicionais de comprometimento, como relações de amizade, parentesco, éticas ou


religiosas, podem facilitar a cooperação econômica entre as pessoas sem a proteção do Estado.

Portanto, formas tradicionais de comprometimento dominam as relações econômicas


em comunidades em que o poder do Estado é fraco.

Estratégias comerciais inteligentes criam mecanismos informais para que as partes protejam seus
interesses em relacionamentos de longa duração entre clientes e fornecedores.

Esse é o caso, quando um cliente tem o poder de interferir em um ou mais estágios da


cadeia de produção de seus fornecedores.

75
MÓDULO 2 Introdução à Economia

7.11 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 8 – CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA

8.1 MERCADO DE CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA


As características relevantes de um mercado de concorrência monopolística são...
§ grande número de produtores;
§ leve diferenciação de produto;
§ entrada e saída relativamente livres.

Em um mercado de concorrência monopolística...

...cada um dos produtores não é um tomador de preços, portanto, é capaz de influenciar


os preços de mercado.

...os lucros sempre são conduzidos ao mínimo possível, devido à liberdade de entrada
e saída no mercado.

8.2 CUSTO MARGINAL


A diferença entre o preço e o custo marginal encoraja a entrada de novas firmas, reduzindo os
lucros das firmas que estão na indústria.

A concorrência monopolística, no curto prazo, opera com características de monopólio.

A concorrência monopolística, com o passar do tempo, vai tendendo a uma situação


mais parecida com a concorrência perfeita.

Pode haver lucros econômicos no curto prazo, mas esses lucros estão, constantemente, ameaçados
pela entrada de novos competidores na indústria.

As firmas em concorrência monopolística cobram um preço superior ao


custo marginal.

8.3 PROPAGANDA
A propaganda pode ser um instrumento da concorrência monopolística.

A propaganda cria a diferenciação de produtos.

Tal diferenciação criada pela propaganda é percebida pelo consumidor nas marcas.

76
Introdução à Economia MÓDULO 2

No entanto, essa diferenciação se dá com o tempo.

Por isso, no curto prazo, as firmas podem obter posição dominante em alguma indústria cara...

...ou seja, em alguma indústria com características de concorrência monopolística –,


mas essa vantagem será temporária.

8.4 REGULAÇÃO
A diferença entre preço e custo marginal corresponde a uma ineficiência alocativa.

Isso significa a possibilidade de que as empresas, em um mercado de concorrência


monopolística, obtenham lucros econômicos positivos no curto prazo.

Se existe essa ineficiência alocativa, ou seja P >CMg, não deveria haver regulação?

Regular todas as firmas em concorrência monopolística seria muito caro, trazendo talvez mais
custos do que benefícios.

8.5 INEFICIÊNCIAS
Nesse tipo de mercado, as distorções no preço só ocorrem no curto prazo – e vão se dissipando
com o tempo quando a concorrência vai dirigindo os preços ao custo marginal.

Se as ineficiências serão corrigidas com o tempo, não há necessidade de a sociedade


dispender recursos na defesa da concorrência para regular um mercado que sozinho
chegará ao equilíbrio.

8.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 9 – CENÁRIO CULTURAL

9.1 FILME
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, assista a
uma cena do filme Roda viva com Benjamin Steinbrunch no ambiente on-line.

9.2 OBRA LITERÁRIA


Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, leia o texto
A luneta mágica no ambiente on-line.

77
MÓDULO 2 Introdução à Economia

9.3 OBRA DE ARTE


Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, aprecie o
quadro Fundição de ferro no ambiente on-line.

UNIDADE 10 – ATIVIDADES

10.1 AUTOAVALIAÇÃO
Acesse, no ambiente on-line, a autoavaliação deste módulo.

10.2 ATIVIDADE INDIVIDUAL – ANIMAÇÃO

Antes de iniciar a próxima tarefa, assista à animação, no ambiente on-line, que


introduz a problemática da Atividade Individual Cartéis.

‘O cartel pode ser definido como uma situação em que um grupo de firmas age
conjuntamente, definindo quantidades ou preços.’

10.2.1 ATIVIDADE INDIVIDUAL – TAREFA


Nesta atividade individual, iremos analisar a formação de cartéis no Brasil e suas consequências.

Por esta tarefa, você poderá receber de 0 a 10 pontos.

Observe a grade de correção utilizada pelo Professor-Tutor na avaliação dessa atividade,


disponível no Anexo 2.

Acesse, na biblioteca virtual, a categoria de formatação de trabalhos acadêmicos.

INFORMAÇÕES SOBRE A ATIVIDADE INDIVIDUAL


Objetivo

Analisar o problema dos cartéis na economia brasileira.

Suporte ao trabalho

Para subsidiar seu trabalho...


§ leia o texto Perdas e danos dos cartéis, disponível no final desta unidade;
§ leia o texto Cartel de combustíveis é desbaratado em Belo Horizonte, disponível no
final desta unidade;
§ leia a Cartilha do CADE, disponível no ambiente on-line.

78
Introdução à Economia MÓDULO 2

Tarefa

A partir da leitura realizada, elabore um texto que analise os cartéis no Brasil.

Para tal, considere...


§ os setores com maior incidência de cartéis;
§ as consequências dos cartéis para a economia brasileira;
§ as ações que devem ser adotadas por consumidores e empresas quando um cartel
é identificado.

Registro do trabalho

Registre os dados desta atividade na Matriz de atividade individual. Para tal...


§ acesse o arquivo com a Matriz de atividade individual, disponível no ambiente
on-line;
§ abra o arquivo;
§ salve esse arquivo em seu computador;
§ preencha a matriz com os dados de seu trabalho;
§ salve seu trabalho;
§ disponibilize o trabalho ao Professor-Tutor para correção.

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

10.2.2 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO PARA CORREÇÃO


Lembre-se de que as orientações sobre o desenvolvimento desta atividade começam no início
desta seção, ou seja, na tela da animação.

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

Para saber como apresentar seu trabalho ao Professor-Tutor na sala de aula, leia o
Anexo 1.

TEXTOS UTILIZADOS

PERDAS E DANOS DOS CARTÉIS


A sociedade brasileira habituou-se, no período mais recente, a ler, ver e ouvir notícias sobre a
descoberta de cartéis, principalmente de postos de gasolina. Notícia recente referiu-se à inédita
condenação pelo CADE do cartel de postos de combustíveis de Florianópolis. O tipo de cartel
mais comum é aquele formado por dois ou mais vendedores de bens ou serviços, supostamente
concorrentes entre si, que, secretamente, se comunicam com o objetivo de fixar preços idênticos
e elevados para o mesmo produto, evitando, conseqüentemente, a competição entre eles.

79
MÓDULO 2 Introdução à Economia

Entretanto, poucos sabem a razão de esta conduta ser considerada uma infração à ordem
econômica, imputável administrativamente (Lei 8.884/94), com multas para empresas e indivíduos.
Em alguns países, como o próprio Brasil, é também um crime imputável juridicamente (Lei 8.137/
90), com penas de prisão para os indivíduos envolvidos. Para as empresas pode haver ainda
processos cíveis por perdas e danos, movidos pelos consumidores.

Para entendermos isto teremos que recorrer a alguns conceitos em que se baseia uma economia
de mercado. Os brasileiros não estão muito acostumados a este conceito. Afinal, desde sempre
nos habituamos à intervenção do Estado em todos os aspectos da vida econômica, quer produzindo
bens e serviços por meio de suas empresas, quer impondo regras restritivas ao livre comércio,
quer, ainda, fixando e controlando preços e salários do setor privado. Este ambiente começou a
mudar a partir de 1989: a abertura comercial com a redução das tarifas de importação, a privatização
e a liberação dos preços culminam com o novo ordenamento econômico do Plano Real. Com a
introdução das concepções de equilíbrio fiscal e monetário, foi possível garantir a manutenção da
estabilidade econômica implantada a partir de 1994. Nessa mesma época, o Brasil trocou o
controle de preços pela lei da oferta e da demanda, ao adotar a Lei 8.884, passando a contar com
um moderno aparato de defesa e promoção da concorrência. Por esta lei, o livre jogo das forças
de mercado, em um ambiente concorrencial, deve ser suficiente para garantir preços estáveis e
justos.

Uma economia de livre mercado supõe que cada produtor procure maximizar seu lucro, dada
uma certa tecnologia, tanto quanto um indivíduo busca maximizar seu bem estar, sujeito à sua
limitação orçamentária. Se houver concorrência, este encontro de interesses levará a uma alocação
ótima dos recursos produtivos, produzindo quantidades e qualidades de produtos de acordo com
a capacidade do país, tanto quanto levará ao maior bem estar do seu povo. Concorrência existe
desde que nenhum agente econômico seja capaz de impor preços nesse mercado, sendo preço
o resultado do encontro dos desejos dos produtores concorrentes em ofertar quantidades e
qualidades de produtos e dos desejos dos consumidores em adquiri-los. A concorrência será
tanto maior quanto mais livre for o comércio entre os países, e quanto menor for a interferência
do Estado no processo econômico.

A existência de cartéis, portanto, fere mortalmente o mercado: eles causam dano ao consumidor
e têm efeito pernicioso sobre a eficiência econômica. Para os que participam de cartéis seus
inimigos são os consumidores; seus companheiros nessa ação, ao invés de concorrerem entre si,
tornam-se aliados em burlar a economia de mercado. Um cartel bem sucedido eleva seus preços
acima do nível de concorrência e reduz a produção. Adicionalmente, o cartel protege seus autores
da exposição às forças de mercado, reduzindo a pressão sobre eles para controlar custos e inovar.
Todos esses efeitos afetam adversamente a eficiência da economia de mercado e o bem estar.

O Comitê de Concorrência da OECD realizou uma enquete entre seus membros sobre casos de
cartéis investigados entre 1996 e 2000, numa tentativa de conhecer melhor o dano deles
decorrentes. Os países que responderam reportaram 119 casos, em muitos dos quais foi impossível
medir os danos. Foi possível, entretanto, verificar que os 16 casos de cartel mais importantes
envolveram um montante de comércio de 55 bilhões de dólares em todo o mundo. Concluiu-se,
também, que a margem de lucro dos cartéis varia significativamente, e em alguns deles pode
chegar a 50%, tornando claro que a magnitude do dano dos cartéis é de muitos bilhões de dólares
anuais.

80
Introdução à Economia MÓDULO 2

Um dos países mais bem sucedidos em caçar cartéis são os Estados Unidos. Seus casos mais
importantes referem-se a lisinas, ácido cítrico, vitaminas e eletrodos de grafite, cujo comércio
afetado foi superior 45 bilhões de dólares e o dano estimado foi de cerca de 1,3 bilhões de
dólares. As sanções aplicadas foram multas de quase dois bilhões de dólares e prisão para 13
executivos das companhias envolvidas.

No Brasil, não temos ainda sido muito efetivos na identificação e punição de cartéis. Condenamos
até hoje dois cartéis: o do aço e o de postos de combustíveis de Florianópolis. O caso do cartel de
aço ilustra como o controle de preços no Brasil foi pernicioso e como ainda continua produzindo
seus efeitos deletérios. As três empresas envolvidas pediram audiência ao Secretário da Seae e
comunicaram que na semana seguinte elevariam os preços de seus produtos igualmente, como
estavam habituadas a fazer antes da liberação de preços. Foram, na ocasião, advertidas da infração
que estariam cometendo, caso assim procedessem e, a despeito disso, fizeram o anunciado. Um
outro caso na mesma linha ocorreu em 6 de fevereiro de 1999, quando os principais jornais do Rio
de Janeiro anunciaram na sua primeira página que o seu Sindicato havia deliberado por um
aumento de 20% no preço dos jornais a partir daquela data. Estes são dois exemplos de como a
antiga sistemática de controle de preços adotada pelo governo brasileiro, de sentar-se à mesa
com produtores para determinar preços em conjunto, provavelmente continua prevalecendo,
mesmo anos depois do fim do controle de preços no Brasil. Estes dois casos, todavia, são exemplos
do que poderíamos chamar de cartéis tolos: por hábitos antigos, anunciaram à autoridade ou
publicamente que estavam cometendo a infração.

O mesmo não ocorre, entretanto, em outros casos de cartel investigados pelo SBDC, como o caso
de postos de combustíveis de Florianópolis, já julgado, ou de Salvador e de Brasília, a serem
julgados, ou ainda o complô de gerentes de vendas de algumas empresas farmacêuticas contra
os remédios genéricos. Seus autores, reunidos em segredo, sabiam estar cometendo uma infração
à ordem econômica. Ameaças de morte contra não seguidores do cartel são freqüentes. Não
podemos nos esquecer do assassinato do procurador que investigava em Belo Horizonte o cartel
de falsificação de gasolina, que nada mais é do que uma forma disfarçada de aumento de preços.
Muitos casos semelhantes a este podem ocorrer em associações e sindicatos de produtores.
Reúnem-se, começam a conversar sobre amenidades, e logo a conversa deriva para os preços de
seus produtos, numa verdadeira conspiração contra o povo.

O combate a essa infração administrativa e criminal à ordem econômica só será mais efetivo no
Brasil se os órgãos de defesa da concorrência forem dotados de maior capacidade de investigação.
Nos países em que cartel é crime, o aparato policial e de procuradores trabalha junto com os
órgãos de defesa da concorrência, ampliando as possibilidades de investigação. No período
recente, tivemos algumas experiências que demonstram como esse trabalho em conjunto pode
frutificar. Foram, no entanto, colaborações eventuais que, para serem mais eficazes em outros
casos, têm que se tornar institucionalizadas.

** Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda

Fonte
CONSIDERA, Claudio M. Perdas e danos dos cartéis. Folha de São Paulo, 31 maio 2002. Disponível em: <http://
www.seae.fazenda.gov.br/central_documentos/textos_artigos/2002-1/5-artigoperdasedanos>. Acesso em: 24
set. 2009.

81
MÓDULO 2 Introdução à Economia

CARTEL DE COMBUSTÍVEIS É DESBARATADO EM BELO HORIZONTE


Belo Horizonte, 03/07/08 (MJ) – A “Operação Mão Invisível” – a maior já realizada na América do
Sul contra cartéis – cumpriu nesta quinta-feira (3) 42 mandados de busca e apreensão, além de 24
prisões temporárias em residências, escritórios, postos de combustíveis, sindicatos e distribuidoras
de Belo Horizonte.

Coordenada pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, a Operação é


resultado de dez meses de investigações, envolvendo uma organização criminosa que – mediante
acordos e ajustes – forçava o preço de combustível para cima do valor de mercado, lesando os
interesses dos consumidores em sete municípios de Minas Gerais e também no Rio de Janeiro.

Em Belo Horizonte, participaram da ação cerca de 250 policiais federais, promotores do Ministério
Público de Minas Gerais, técnicos da SDE e da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE),
do Ministério da Fazenda.

Os membros da suposta organização poderão ser impedidos de comercializar o combustível e


responderão, ainda, pelos crimes de formação de quadrilha. As penas chegam a 15 anos de prisão.
Todos os presos serão encaminhados à Superintendência da Polícia Federal da capital mineira e
ficarão à disposição da Justiça Estadual.

Operação Mão Invisível

O nome da operação é uma referência aos termos usados pelo ator Adam Smith no livro “A
Riqueza das Nações”, para explicar que os homens são frequentemente “levados por uma mão
invisível sem que o saibam, sem que tenham essa intenção, a promover o interesse da sociedade”.

É no inesperado resultado da luta competitiva por melhoramento próprio que a mão invisível
regula a economia e, Smith explica como a mútua competição (ou concorrência) força o preço
dos produtos para baixo, até seus níveis “naturais”,que correspondam ao seu custo de produção.
O termo é usado até hoje por estudiosos de todo o mundo, quando se fala em liberalismo
econômico.

Fonte
CARTEL de combustíveis é desbaratado em Belo Horizonte. Disponível em: <http://www.seae.fazenda.gov.br/
noticias/cartel-de-combustiveis-e-desbaratado-em-belo-horizonte/?searchterm=cartéis>. Acesso em: 24 set.
2009.

82
Introdução à Economia MÓDULO 2

MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL*

Módulo: Atividade:
Título:
Aluno:
Disciplina: Turma:
Introdução

Setores com maior incidência de cartéis

Consequências dos cartéis para a economia brasileira

Ações que devem ser adotadas em caso de cartéis

Conclusão

Referências bibliográficas

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as
linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

83
Introdução à Economia MÓDULO 3

MÓDULO 3 – MACROECONOMIA

APRESENTAÇÃO
A ciência econômica se divide em dois ramos – a macroeconomia e a microeconomia. Neste
módulo, nosso foco será a macroeconomia. Ela estuda a economia como um todo, o crescimento
da renda nacional, o desemprego no país, a inflação. A macroeconomia não entra nos detalhes
sobre as decisões individuais das famílias e empresas, analisando a determinação dos agregados
macroeconômicos.

UNIDADE 1 – FLUXO CIRCULAR DA RENDA

1.1 QUESTÕES
A macroeconomia não entra nos detalhes sobre as decisões individuais das famílias e empresas,
analisando a determinação dos agregados macroeconômicos.

A macroeconomia, portanto, busca responder algumas questões...

Qual a razão das diferenças de renda per capita nos diferentes países?

Por que os preços sobem rapidamente em alguns períodos, sendo bem mais estáveis em
outros períodos?

Por que o produto e o emprego crescem em determinados anos e se contraem em outros?

1.2 RENDA
Quando avaliamos a situação econômica de uma pessoa, o primeiro elemento que analisamos é
sua renda.

Da mesma forma, quando avaliamos se a economia está caminhando bem ou mal, é


natural analisarmos o total da renda produzida nessa economia como um todo.

85
MÓDULO 3 Introdução à Economia

O funcionamento de uma economia de mercado pode ser representado por meio do diagrama
do fluxo circular da renda...

receitas mercado de bens despesas


e serviços
• empresas vendem;
bens e • familias compram.
serviços
vendidos

empresas familias

• produzem e vendem • compram e consomem


bens e serviços; bens e serviços;
• adquirem e utilizam dos • possuem e vendem
bens de produção. fatores de produção.

mercado de fatores
de produção
• familias vendem;
salários, • empresas compram. renda
aluguéis e
lucros
= fluxo de insumos
e
= fluxo de reais

1.3 REMUNERAÇÃO
As famílias compram bens e serviços das empresas.

As empresas, por sua vez, usam os recursos que receberam da venda de bens e serviços às
famílias...

...remuneram os empresários com os lucros...

...pagam empréstimos de recursos com os juros.

Usam os recursos, até mesmo, para alugar propriedades.

As empresas também usam seus recursos para remunerar as famílias pelos


seus serviços de trabalho, ou seja, pagar salários.

86
Introdução à Economia MÓDULO 3

1.4 FLUXO CIRCULAR DE RENDA


Os recursos que as famílias recebem das empresas como remuneração de seus fatores de produção
– trabalho, capital, terra – são os mesmos recursos que as famílias usam para comprar bens e
serviços dessas empresas.

No fluxo circular da renda – para a economia como um todo – a renda deve ser igual
à despesa.

Toda transação tem um comprador e um vendedor.

Todo real gasto por algum comprador é recebido por algum vendedor.

É por isso que o fluxo da renda é chamado de circular.

1.5 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 2 – PIB

2.1 SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS


Ao calcularmos o total produzido em uma economia, estaremos calculando seu Produto Interno
Bruto, ou seja, seu PIB.

O PIB é igual ao total de despesas das famílias e à renda total recebida pelas famílias.

O Sistema de Contas Nacionais – Contabilidade Nacional – registra, de forma sistemática


e ampla, as transações realizadas em uma economia.

O Sistema de Contas Nacionais é a mais importante fonte de informações


macroeconômicas.

2.2 VALOR DE MERCADO DE TODOS OS BENS


O PIB – além de ser a variável mais conhecida e utilizada em todo o mundo – é a
variável síntese do Sistema de Contas Nacionais.

O PIB é uma medida de renda, despesa ou produção de uma economia.

O PIB representa o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país em
um determinado período.

87
MÓDULO 3 Introdução à Economia

O produto é avaliado por seus preços de mercado.

Os preços refletem o quanto as pessoas estão dispostas a pagar por um bem, ou seja,
seu valor de mercado.

2.3 BENS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS


O PIB inclui tanto bens tangíveis – alimentos, vestuário, carros – como serviços intangíveis – corte
de cabelo, serviços domésticos e consultas médicas.

Apesar de ser muito abrangente, o PIB pode não captar transações informais, serviços
não transacionados – serviços domésticos.

O PIB contabiliza somente o valor dos bens finais, não os bens intermediários.

Desse modo, o valor é contabilizado somente uma vez.

O conceito empregado é o de valor adicionado – bens intermediários são descontados para não
gerar dupla contagem.

2.4 TRÊS ÓTICAS


O PIB de uma economia pode ser visto sob três óticas...

demanda
produção renda
dispêndio

setor primário salários consumo


indústria aluguéis investimentos
serviços lucros gastos do governo
juros exportações líquidas

2.5 BENS E SERVIÇOS PRODUZIDOS NO PRESENTE

O PIB inclui bens e serviços produzidos no presente.

O PIB não inclui transações envolvendo produtos produzidos no passado.

88
Introdução à Economia MÓDULO 3

A venda de um carro usado não é incluído no PIB.

O PIB mede o valor da produção gerada dentro dos limites de um país.

O PIB mede o valor de produção que tem lugar em um intervalo de tempo específico,
quase sempre de um trimestre ou um ano.

2.6 VARIAÇÃO DO PIB


O crescimento econômico é medido pela variação do Produto Interno Bruto – PIB – descontada
a inflação.

O crescimento econômico, portanto, refere-se à variação do PIB real, que é a medida


mais difundida no mundo atual.

Quando dizemos que o país cresceu 3,8% no ano passado, estamos nos
referindo, na verdade, à variação do PIB real.

2.7 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 3 – ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR

3.1 INFLAÇÃO
A inflação se refere à situação em que o nível médio de preços da economia está crescendo.

A taxa de inflação é a porcentagem de variação no nível de preços em relação ao


período anterior.

O índice de preços ao consumidor é uma medida do custo geral dos bens e serviços
comprados por um consumidor típico.

O IPCA utilizado como medida de inflação para o regime de Metas de Inflação pelo Banco Central
é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

3.2 VARIAÇÕES NO CUSTO DE VIDA


O índice de preços ao consumidor é utilizado para monitorar as variações no custo de vida ao
longo do tempo.

Quando o IPC sobe, temos de gastar mais reais para manter o mesmo padrão
de vida.

89
MÓDULO 3 Introdução à Economia

3.3 APLICAÇÕES E USOS DOS ÍNDICES DE PREÇOS

Em um grande número de situações da vida prática, precisamos descontar os


efeitos da inflação das variáveis econômicas.

Há inúmeras aplicações e usos dos índices de preços...

...atualizar valores monetários.

...estabelecer indexadores para um contrato.

3.4 EFEITOS DA INFLAÇÃO


Os índices de preços são usados para corrigir os efeitos da inflação quando os valores em reais são
comparados em diferentes momentos.

3.5 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 4 – ÍNDICES GERAIS DE PREÇOS

4.1 INFLAÇÃO DE PREÇOS


Os Índices Gerais de Preços – IGPs – registram a inflação de preços desde matérias
primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais.

Os Índices Gerais de Preços se apresentam em três versões...


§ IGP-DI;
§ IGP-M;
§ IGP-10.

90
Introdução à Economia MÓDULO 3

4.2 PERÍODO DE COLETA


O que distingue cada um dos Índices Gerais de Preços – IGP-DI, IGP-M e IGP-10 – é o período de
coleta...

períodos de coleta de preços

mês anterior mês de referência


11 21 01 10 20 30
IGP - 10
IGP - M
IGP - DI

4.3 IGP-DI
O IGP-DI é calculado para o mês cheio – mês-calendário.

Portanto, a taxa de inflação do IGP-DI mede a inflação de um mês-calendário em relação ao mês-


calendário anterior.

4.4 IGP-M

O IGP-M é calculado nos 30 dias que terminam no dia 20 do mês de


referência.

O IGP-M desloca o mês-calendário dez dias para trás.

Portanto, o IGP-M mede a inflação em trinta dias, mas seu período de cálculo não corresponde ao
mês-calendário.

4.5 APURAÇÕES
O IGP-10 é calculado no período de 30 dias que terminam no dia 10 do mês de
referência.

O IGP-DI desloca o mês-calendário 20 dias para trás.

O IGP-M tem 3 apurações mensais – duas prévias e uma de fechamento do índice.

O IGP-DI e o IGP-10 têm apenas uma apuração mensal.

91
MÓDULO 3 Introdução à Economia

4.6 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 5 – DEMANDA E OFERTA AGREGADAS

5.1 FLUTUAÇÕES ECONÔMICAS


A atividade econômica flutua ano a ano.

Na maioria dos anos, a produção de bens e serviços cresce.

Flutuações econômicas são, geralmente, irregulares e imprevisíveis.

As flutuações na economia são, geralmente, chamadas de ciclos econômicos.

Muitas variáveis macroeconômicas que medem algum tipo de renda ou produto flutuam,
conjuntamente, e muito próximas.

Embora flutuem juntas, muitas vezes, suas flutuações são em magnitudes diferentes.

5.2 RECESSÃO
Em alguns anos, o crescimento natural da economia não acontece, causando uma recessão.

A recessão é um período de declínio da renda real e crescimento do desemprego.

O governo pode adotar políticas contra uma recessão...

...não fazer nada e esperar para que preços e salários se ajustem – em geral, esse ajuste
leva um tempo excessivamente longo e causa grandes transtornos à economia.

...tomar uma atitude e aumentar a demanda agregada, utilizando a política monetária


ou a política fiscal.

5.3 DEPRESSÃO
Quando o produto diminui, o desemprego aumenta.

Duas variáveis são usadas para descrever as flutuações de curto prazo das atividades econômicas...

...a produção da economia de bens e serviços medidas pelo PIB real.

...o nível geral de preços medido pelo Índice de Preços ao Consumidor – IPC – ou pelo
deflator do PIB.

92
Introdução à Economia MÓDULO 3

A depressão é uma severa recessão.

5.4 SISTEMA DE DEMANDA E OFERTA AGREGADAS


O sistema de demanda e oferta agregadas descreve as flutuações de longo
prazo das atividades econômicas.

A curva da demanda agregada...

...apresenta a quantidade de bens e serviços que as famílias, empresas e o governo


estão dispostos a comprar a cada nível de preços.

A curva da oferta agregada...

...apresenta a quantidade de bens e serviços que as empresas desejam produzir e


vender a cada nível de preços.

5.5 COMPORTAMENTO DAS CURVAS


Vejamos o comportamento das curvas da demanda agregada e da oferta agregada...

nível de
preço

oferta agregada

nível de
preços de
equilíbrio

demanda agregada

0 produto de nível de
equilíbrio produto

5.6 COMPONENTES DO PIB


No longo prazo, a curva da oferta agregada é vertical.

No curto prazo, a curva de oferta agregada é positivamente inclinada.

93
MÓDULO 3 Introdução à Economia

São quatro os componentes do PIB, Y, que contribuem para a demanda agregada de bens e
serviços...

Y = C + I + G + NX

Sendo...
§ consumo – C – as despesas das famílias com bens e serviços, com exceção das
compras de residências;
§ investimentos – I – as despesas com bens de capital, estoques e instalações,
incluindo novas residências;
§ gastos governamentais – G – as despesas em bens e serviços do governo, nas
esferas federal, estadual e municipal. Não incluem pagamentos de transferências
porque eles são realizados em contraparte a produtos ou serviços produzidos;
§ exportações líquidas – NX – exportações menos as importações, ou seja, o
relacionamento do país com o resto do mundo.

5.7 TRÊS GRUPOS


Podemos classificar os componentes da demanda agregada em três grupos – setor privado, setor
público e setor externo, ou seja, o resto do mundo.

Essa classificação é apresentada na figura a seguir...

T = tributos

G = gastos do governo

demanda do
setor público

94
Introdução à Economia MÓDULO 3

5.8 CONSTRUÇÃO DA CURVA DE DEMANDA


Vamos ver como a curva da demanda agregada é construída...

nível de preços

P1

P2
1. Uma diminuição
no nível de preços... demanda
agregada

0 Y1 Y2 quantidade
de produto
2... aumenta a quantidade de
bens e serviços demandados.

A inclinação negativa da curva da demanda agregada mostra que uma queda no nível
de preços eleva a quantidade geral de bens e serviços demandados.

Muitos outros fatores afetam a quantidade de bens e serviços demandados a cada nível de
preços.

Os deslocamentos da curva da demanda agregada decorrem de mudanças advindas


do consumo, dos investimentos, dos gastos governamentais, das exportações líquidas.

Quando um desses outros fatores se altera, a curva da demanda agregada se desloca.

95
MÓDULO 3 Introdução à Economia

5.9 CURVA DE OFERTA AGREGADA DE CURTO PRAZO


Vejamos a curva de oferta agregada de curto prazo...

nível de
preços
curva de
oferta
agregada

P1

P2
2.... reduz a
1. Uma
quantidade de bens e
redução no
serviços ofertados no
nível dos
curto-prazo.
preços...

0 Y2 Y1 quantidade de produto

5.10 CHOQUES
Por que a curva da oferta agregada poderia se deslocar?

Ela se desloca devido a choques surgidos...

...no mercado de trabalho, como, por exemplo, uma guerra ou uma imigração, que
alteram o contingente de mão-de-obra disponível para a economia.

...a partir de uma alteração no capital produtivo da economia, como um grande atentado
terrorista ou um grande desastre natural. Os atentados de 11 de setembro contra os
Estados Unidos, por exemplo, deslocaram a curva de oferta agregada para a esquerda,
porque um grande volume de capital foi perdido.

...com a descoberta ou a perda de grandes estoques de recursos naturais, a economia


passa a contar com mais matéria-prima ou bens exportáveis. É o caso, por exemplo, da
descoberta de uma grande reserva de gás natural na Bacia de Santos.

...com a mudança da tecnologia. Por exemplo, a introdução de novas tecnologias de


telecomunicações no Brasil, no fim da década passada, permitiu a expansão da oferta
de vários setores.

96
Introdução à Economia MÓDULO 3

...com uma mudança no nível de preços esperados. Se os agentes econômicos acreditam


que haverá mais inflação, eles reajustarão suas expectativas e mudarão seu
comportamento de acordo com essas expectativas.

5.11 EQUILÍBRIO ENTRE A OFERTA AGREGADA E A DEMANDA AGREGADA


Vejamos como se dá o equilíbrio entre a oferta agregada e a demanda agregada, no curto prazo...

nível de
preço

oferta agregada

preço de
equilíbrio

demanda agregada

0 taxa natural quantidade


de produto de produto

5.12 VARIAÇÕES NA DEMANDA AGREGADA E VARIAÇÕES NA OFERTA AGREGADA


As flutuações econômicas são causadas por variações na demanda agregada e variações
na oferta agregada.

Do lado da demanda agregada...

...no curto prazo, os deslocamentos na curva de demanda agregada causam flutuações


na produção de bens e serviços na economia.

...no longo prazo, deslocamentos na demanda agregada afetam o nível geral de preços,
mas não afetam o produto.

Do lado da oferta agregada...

...uma diminuição em um dos determinantes da oferta agregada desloca a curva para


a esquerda.

97
MÓDULO 3 Introdução à Economia

Com isso, o produto cai abaixo da taxa natural, o desemprego sobe e o


nívelde preços se eleva.

5.13 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 6 – CENÁRIO CULTURAL

6.1 FILME
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, assista a
uma cena do filme Roger e eu no ambiente on-line.

6.2 OBRA LITERÁRIA


Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, leia o texto
Triste fim de Policarpo Quaresma no ambiente on-line.

6.3 OBRA DE ARTE


Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, aprecie a
obra Carro novo no ambiente on-line.

UNIDADE 7 – ATIVIDADES

7.1 AUTOAVALIAÇÃO
Acesse, no ambiente on-line, a autoavaliação deste módulo.

98
Introdução à Economia MÓDULO 4

MÓDULO 4 – SISTEMA MONETÁRIO

APRESENTAÇÃO
Neste módulo, abordaremos com detalhe as questões relacionadas a três políticas – monetária,
fiscal e cambial. Na área monetária, abordaremos a moeda e a liquidez, e os mercados financeiros.
Na área fiscal, o foco recai sobre a operação da política fiscal no Brasil, incluindo a dívida e o déficit
público e questões como a carga tributária. Na área cambial, estudaremos os regimes cambiais, a
âncora cambial e outros elementos.

UNIDADE 1 – MOEDA E LIQUIDEZ

1.1 CURSO FORÇADO


Moeda é o conjunto de ativos em uma economia que as pessoas regularmente usam para adquirir
bens e serviços de outras pessoas.

A moeda tem poder liberatório – capacidade de pagamento – instantâneo.

A aceitação da moeda é garantida por lei.

É o que chamamos de curso forçado.

1.2 TRÊS FUNÇÕES


A moeda tem três funções na economia...

Meio de troca...
A moeda é o item que os compradores dão aos vendedores quando querem adquirir
bens e serviços, sendo tudo aquilo que é prontamente aceito como pagamento.

Em épocas passadas, a humanidade utilizou sal, metais preciosos e outros bens como
meio de troca. Entretanto, o uso de outros bens como moeda enfrenta o problema da
indivisibilidade – por exemplo, se um fabricante de automóveis quiser tomar um
cafezinho e tiver que pagar com carros...

O surgimento da moeda tornou as coisas muito mais fáceis.

Unidade de conta...
A moeda é o padrão de referência que as pessoas usam para definir preços e registrar
dívidas.

A moeda serve como medida universal do valor das mercadorias e serviços, sendo
fundamental para a comparação do valor entre os diferentes bens e serviços e o
registro das transações por meio, por exemplo, dos sistemas de contabilidade.

99
MÓDULO 4 Introdução à Economia

Reserva de valor...
A moeda é o item que as pessoas usam para transferir poder de compra do presente
para o futuro. A moeda representa direito sobre outras mercadorias. Por esse motivo,
permite a uma pessoa comprar um bem ou serviço sem vender outro, e vice-versa.

1.3 TRANSAÇÃO DE VENDA E COMPRA


Sem a moeda, para comprar um bem ou serviço seria necessário vender outro...

Com a moeda, podemos, por exemplo, realizar uma transação de venda,


usando a moeda para realizar, posteriormente, uma transação de compra.

1.4 CONSTITUIÇÃO DA MOEDA


A moeda pode se apresentar sob várias formas...

...moeda mercadoria – toma a forma de uma mercadoria com certo valor intrínseco –
por exemplo, o ouro e a prata.

...moeda fiduciária – sem valor intrínseco – usada como moeda em função de um


decreto do governo – por exemplo, as moedas, as cédulas e os depósitos bancários.

Atualmente, a moeda é constituída por dois grupos principais...


§ papel-moeda – cédulas e moedas metálicas em poder do público;
§ depósitos à vista – totais das contas nos bancos comerciais que podem ser acessados
via cheques ou sacados pelos correntistas.

1.5 LIQUIDEZ

Liquidez é a facilidade com que um ativo pode ser convertido em meio de


troca na economia.

Um imóvel de luxo é um bem pouco líquido. Podem ser necessários meses ou anos para que o
proprietário consiga transformar esse bem em moeda.

As aplicações em fundos de investimentos costumam apresentar alta liquidez.

Em muitos fundos de investimento, basta um telefonema ou uma rápida operação na internet,


para converter a aplicação em moeda.

1.6 HAVERES MONETÁRIOS


A moeda – em seu conceito restrito – é constituída por ativos de alta liquidez.

Ativos de alta liquidez correspondem ao papel moeda em poder do público, como


notas e moedas em circulação no país, e aos depósitos à vista nos bancos comerciais.

100
Introdução à Economia MÓDULO 4

Esse conceito de moeda – chamado de M1 – é constituído dos chamados


haveres monetários.

1.7 HAVERES NÃO-MONETÁRIOS

Há ativos que têm alta liquidez, mas não podem ser utilizados em
transações, são os haveres não-monetários, também conhecidos como quase-
moeda.

Os haveres não-monetários não podem ser utilizados em transações.

Entretanto, um depósito de poupança pode ser resgatado imediatamente – isto é, transformado


em moeda – e a moeda usada em transações.

Os haveres monetários têm máxima liquidez, porque, por excelência, são a própria
moeda.

1.8 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 2 – BANCO CENTRAL DO BRASIL

2.1 MISSÃO
O Banco Central do Brasil tem como missão assegurar a estabilidade do poder de compra da
moeda e a solidez do sistema financeiro nacional.

O Banco Central do Brasil...

...assegura a estabilidade do poder de compra por meio da administração da política


monetária...

...garante a solidez do sistema financeiro por meio de seus órgãos com função de
supervisão do sistema bancário em geral...

...funciona, ainda, como emprestador de última instância.

O Banco Central controla a quantidade de moeda na economia.

2.2 COPOM

A política monetária é a definição da oferta de moeda pelo Banco Central.

101
MÓDULO 4 Introdução à Economia

No Brasil, atualmente, a política monetária é definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco
Central – COPOM – que foi instituído em junho de 1996.

O COPOM define, mensalmente, uma meta para a taxa SELIC que será praticada naquele
mês.

A ata da reunião, justificando os motivos pelo qual foi adotada uma determinada política monetária
– contracionista, neutra ou expansionista – é divulgada na semana seguinte.

2.3 TAXA SELIC


A taxa SELIC é a taxa overnight do Sistema Especial de Liquidação e Custódia.

A taxa SELIC é a taxa média das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos
públicos federais realizados nesse sistema.

A taxa SELIC é a taxa utilizada como referência pela política monetária do


Banco Central.

2.4 POLÍTICA MONETÁRIA


Vejamos como funciona a política monetária...

taxa de MS oferta de moeda


juros

taxa de
juros de
equilíbrio −
SELIC
i
Md
demanda por moeda

moeda

102
Introdução à Economia MÓDULO 4

2.5 MERCADO ABERTO

O COPOM define a SELIC.

O Departamento de Operações do Mercado Aberto do Banco Central passa a atuar no mercado


aberto, comprando e vendendo títulos, reduzindo ou aumentando a liquidez.

Isso acontece até que o mercado se equilibre na taxa desejada pelo COPOM.

Os bancos comerciais podem influenciar a quantidade de depósitos à vista na economia...

...consequentemente, podem aumentar ou diminuir a oferta de moeda.

2.6 RESERVAS
Reservas são os depósitos que os bancos receberam, mas não emprestaram.

Em um sistema bancário de reservas fracionárias, os bancos mantêm em caixa somente


uma fração do montante depositado.

Os bancos repassam o restante em forma de empréstimos.

A razão ou coeficiente de reservas é a fração dos depósitos que os bancos


mantêm como reservas.

2.7 MULTIPLICADOR BANCÁRIO


Quando um banco faz um empréstimo, o montante emprestado, geralmente, será
depositado em outro banco.

Este ato gera mais depósitos e mais recursos para serem emprestados.

Logo, quando um banco empresta com base em suas reservas, a oferta de moeda é
criada.

Esse processo de criação de moeda pelos bancos dá origem à idéia do multiplicador bancário.

O multiplicador bancário é a quantidade de moeda que o sistema bancário gera para


cada Real em reservas.

2.8 EXECUÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA


O Banco Central tem seu papel mais importante no controle monetário – execução da política
monetária.

103
MÓDULO 4 Introdução à Economia

O Banco Central dispõe de três ferramentas para atuar na política monetária...

Operações de ‘open-market’...
Principal mecanismo pelo qual os bancos centrais de todo o mundo operacionalizam
sua política monetária no dia-a-dia. O Banco Central conduz operações de open-market
quando ele compra títulos do governo ou os vende ao mercado.

Alterações nas exigências dos recolhimentos compulsórios...


Recolhimentos mínimos obrigatórios de reservas bancárias que os bancos comerciais
devem manter em relação aos diversos tipos de depósitos do banco.

Em outras palavras, são o percentual dos depósitos que um banco comercial não
poderá transformar em empréstimos.

Alterações nas taxas de redesconto...


Taxas de juros que o Banco Central cobra dos bancos por empréstimos.

Como o Banco Central é o banqueiro dos bancos, ele manipula a taxa a que emprestará
dinheiro aos bancos em dificuldades de caixa.

2.9 CONTROLE DA OFERTA DE MOEDA


Os instrumentos de política monetária operam por meio do controle da oferta de
moeda pelo Banco Central.

Na prática, o controle da oferta de moeda pelo Banco Central não é preciso.

O Banco Central enfrenta dois problemas que se originam na estrutura de reservas do sistema
bancário.

O Banco Central não controla a quantidade de moeda que as famílias decidem manter
como depósitos nos bancos.

O Banco Central não controla a quantidade de moeda que os bancos decidem emprestar.

Entretanto, o Banco Central vai ajustando a quantidade desejada de moeda por meio desses
instrumentos.

2.10 OPERAÇÕES DE MERCADO ABERTO


O Banco Central utiliza, principalmente, as operações de mercado aberto.

A mudança da taxa de recolhimento compulsório e a mudança na taxa de redesconto bancário


são instrumentos utilizados em raras ocasiões.

104
Introdução à Economia MÓDULO 4

No dia-a-dia, a política monetária se vale mesmo das operações de mercado


aberto.

2.11 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 3 – POLÍTICA MONETÁRIA

3.1 DEMANDA AGREGADA


Os principais determinantes da demanda agregada são...
§ o consumo das famílias;
§ os investimentos;
§ os gastos do governo;
§ as exportações líquidas.

A despesa desejada pelas famílias e pelas empresas determina a demanda


global de bens e serviços.

3.2 DESPESA DESEJADA


Quando a despesa desejada varia, a demanda agregada se desloca, causando flutuações de curto
prazo do produto e do emprego.

Logo, a política monetária e a política fiscal são utilizadas pelo governo para
reduzir ou eliminar as flutuações de curto prazo do produto e do emprego, de
modo a estabilizar a economia.

3.3 REDUÇÃO DA INFLAÇÃO

Há um custo para reduzir a inflação de um país.

Para reduzir a inflação, o Banco Central deve atuar com uma política monetária restritiva –
contracionista.

Quando o Banco Central diminui a taxa de crescimento da moeda, ele contrai a demanda
agregada.

Há, portanto, uma redução da quantidade de bens e serviços que as empresas produzem,
o que, por sua vez, eleva o desemprego.

Logo, aspectos relevantes para o funcionamento do mercado financeiro são a oferta e


a demanda de moeda.

105
MÓDULO 4 Introdução à Economia

3.4 OFERTA POR MOEDA E DEMANDA POR OFERTA


A oferta de moeda é controlada pelo Banco Central por meio das operações de open-market,
mudanças nas alíquotas de recolhimento compulsório dos bancos e alteração das taxas de
redesconto.

A oferta de moeda é fixada pelo Banco Central e, portanto, a quantidade de moeda


ofertada não depende da taxa de juros.

A quantidade de moeda ofertada pelo Banco Central é representada por uma curva de oferta
vertical.

A demanda de moeda, feita pelos indivíduos, é determinada por vários fatores...


§ transação;
§ precaução;
§ especulação ou portfólio.

3.4.1 TRANSAÇÃO
As pessoas mantêm saldos monetários para fazer pagamentos.

Deixamos o dinheiro disponível para fazer compras.

O dinheiro de que precisamos para fazer compras não pode ficar aplicado em um
fundo de investimentos.

O dinheiro tem de estar disponível na conta corrente ou em nosso poder, como papel
moeda.

Desse modo, o primeiro motivo para demandarmos moeda tem a ver com nossas transações.

3.4.2 PRECAUÇÃO
Se há uma incerteza quanto às datas de recebimentos e pagamentos, em geral, não
programamos, com antecedência, nossas compras e transações.

Muitas vezes, decidimos, inesperadamente, comprar um sorvete ou um jornal.

Por isso, normalmente, carregamos no bolso mais dinheiro do que efetivamente iremos
precisar.

E, para despesas eventuais, deixamos ainda algum saldo na conta corrente.

Portanto, o primeiro motivo para demandarmos moeda tem a ver com precaução.

106
Introdução à Economia MÓDULO 4

Demandamos moeda porque não sabemos quando precisaremos dela.

3.4.3 ESPECULAÇÃO OU PORTFÓLIO

A moeda não rende juros, mas não tem risco.

As aplicações financeiras, por sua vez, têm risco.

Quando a taxa de juros sobe, passamos a deixar menos dinheiro na conta corrente para
transações.

Quando a taxa de juros sobe, reduzimos o montante que deixamos disponível por
precaução.

Dessa forma, quanto maior for a taxa de juros, menor será a demanda de moeda.

Portanto, o equilíbrio no mercado monetário é feito pela oferta e pela demanda de


moeda.

3.5 TAXA DE JUROS


A taxa de juros é o preço da moeda no tempo.

E, como qualquer outra mercadoria, esse preço é governado pelas forças da oferta e da
demanda.

As taxas de juros se ajustam para equilibrar a oferta e a demanda por moeda.

Em função da taxa de juros de equilíbrio, a quantidade de moeda


demandada se iguala à quantidade de moeda ofertada pelo Banco Central.

107
MÓDULO 4 Introdução à Economia

3.6 QUEDA NA TAXA DE JUROS


Quando o Banco Central altera sua política monetária, ele desloca a curva da demanda
agregada...

taxa de
juros

oferta de moeda

r1

taxa de juros
de equilíbrio

r2
demanda
de moeda

0 M1
d quantidade M2
d
quantidade de
fixada pelo BCB moeda

Um aumento na oferta monetária desloca a curva de demanda agregada para a direita.


Sem mudanças na curva de demanda de moeda, as taxas de juros caem.

A queda nas taxas de juros aumenta a quantidade de bens e serviços demandados.

3.7 OFERTA DE MOEDA


Quando o Banco Central expande a oferta de moeda...

...ocorre a redução das taxas de juros e aumenta a quantidade de bens e serviços


demandados em determinado nível de preços, deslocando a curva da demanda
agregada para a direita.

Quando o Banco Central contrai a oferta de moeda...

...ocorre a elevação das taxas de juros e a redução da quantidade de bens e serviços


demandados para determinado nível de preços, deslocando a curva de demanda
agregada para a esquerda.

108
Introdução à Economia MÓDULO 4

(a) O mercado monetário


taxa de oferta
juros moeda, OM
OM1

r1 1. Quando
o BC aumenta
a oferta de
2. . . . a moeda...
r2
taxa de
juros de demanda de moeda
equilíbrio ao nível de preço P
se reduz...
0 quantidade
de moeda

(b) A curva de demanda agregada


nível
preço

DA
demanda
agregada, DA1
0 Y1 Y2 quantidade
de produto
3.... o que aumenta a quantidade de bens e serviços
demandados para aquele nível de preços

3.8 MUDANÇAS NA POLÍTICA MONETÁRIA


A política monetária pode ser descrita tanto em termos de oferta de moeda quanto em termos de
taxas de juros.

Mudanças na política monetária podem ser vistas tanto em termos da mudança das
taxas de juros praticadas quanto em termos de mudança na oferta de moeda.

Uma variação na taxa SELIC afeta o equilíbrio no mercado monetário e isso


influencia a curva da demanda agregada.

109
MÓDULO 4 Introdução à Economia

3.9 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 4 – POLÍTICA FISCAL

4.1 CURTO E LONGO PRAZO


A política fiscal se refere às escolhas do governo em relação a seu nível de gastos e no nível de
impostos ou tributos praticados.

A longo prazo, a política fiscal influencia a poupança, os investimentos e o crescimento.

A curto prazo, a política fiscal afeta, primeiramente, a curva de demanda agregada.

4.2 NÍVEL DE GASTOS DO GOVERNO


Quando o governo altera seus gastos de bens e serviços, ele desloca diretamente a curva de
demanda agregada.

Há dois efeitos macroeconômicos da alteração no nível de gastos do governo...

Efeito multiplicador...
Refere-se ao deslocamento adicional da demanda agregada resultante da política
fiscal expansionista que aumenta a renda e, portanto, aumenta o consumo dos agentes.
Ou seja, os gastos do governo possuem um efeito multiplicador sobre a demanda
agregada. Cada real gasto pelo governo pode aumentar a demanda agregada de bens
e serviços em mais de um real.

Efeito deslocamento...
Um aumento nos gastos governamentais faz com que as taxas de juros se elevem.
Taxas de juros mais elevadas reduzem os gastos com investimentos, ou seja, uma
redução na demanda agregada que é resultante da expansão fiscal e que eleva as
taxas de juros.

4.3 DÉFICIT E SUPERÁVIT


O saldo do setor público é o déficit ou superávit.

Quando o governo gasta mais que arrecada, há um déficit público.

Quando a arrecadação tributária é suficiente para fazer frente aos gastos, há um superávit
público.

Quando a arrecadação e os gastos são iguais, há um equilíbrio orçamentário.

110
Introdução à Economia MÓDULO 4

4.4 NOMINAL E PRIMÁRIO


Os dois conceitos mais relevantes, utilizados no Brasil, são o nominal e o primário...

correção monetária

juros nominais
déficit nominal serviço da dívida
– ou déficit total juros reais
déficit operacional
não é mais calculado
oficialmente no Brasil
déficit primário

Fonte: Prof. Paulo Nogueira Batista Jr (REP - 1989)

4.5 SALDO FINAL DO SETOR PÚBLICO


O saldo final do setor público é conhecido como déficit ou superávit nominal, ou total.

Se essa conta não incluir os juros nominais pagos sobre a dívida pública, obtém-se o
saldo primário.

O déficit público é o fluxo que aumenta o estoque da dívida pública.

O superávit é o fluxo que reduz o estoque da dívida pública.

A dívida pública resulta da acumulação dos desequilíbrios passados entre a


arrecadação do governo e suas despesas.

4.6 DÍVIDA PÚBLICA


A dívida pública é dita uma variável de estoque, e o déficit público, uma variável de
fluxo.

Para se ter uma idéia do tamanho da dívida pública brasileira, é bom separar dois conceitos...

Dívida Bruta do Setor Público – DBSP...


A DBSP mede o total de passivos do governo. Nessa dívida, a parcela mobiliária –
securitizada ou em títulos – é a mais importante.

Quando se compara a dívida pública de diversos países, o conceito bruto costuma ser
preferido por olhar apenas o lado dos passivos – que são genuinamente as dívidas do
governo, sem descontar ativos, cujo conceito pode variar de um país para outro.

111
MÓDULO 4 Introdução à Economia

Dívida Líquida do Setor Público – DLSP...


A DLSP mede o total de passivos, descontando os ativos líquidos. É similar ao Patrimônio
Líquido da contabilidade comercial.

4.7 DLSP
Costumamos usar o conceito de dívida líquida quando o mercado financeiro avalia a solvência da
dívida pública...

...ou seja, se vale a pena ou não emprestar ao governo – especialmente, a que preço
vale a pena emprestar ao governo.

Desse modo, o Banco Central divulga, mensalmente, os dados da dívida do setor público.

DLSP ganha as principais manchetes dos jornais e é avaliada mais de perto


pelo mercado financeiro nacional.

É por isso que a DLSP é considerada a medida mais importante do endividamento do setor
público brasileiro.

Assim como o déficit, a dívida é usualmente medida em percentual do PIB.Tal medida


permite relativizar seu tamanho pelo tamanho da economia.

4.8 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 5 – SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

5.1 SÉCULOS XIX E XX

Entre o fim do século XIX e o começo do século XX, o Brasil era uma
economia de base, predominantemente, agropecuária, altamente aberta ao
comércio exterior.

O país exportava um pequeno número de commodities agropecuárias e minerais.

O país também importava uma parcela significativa dos produtos manufaturados que
consumia.

Em uma economia com essas características, as principais opções para a obtenção de receita
tributária eram a taxação direta da propriedade da terra e a tributação dos fluxos de comércio
exterior.

Na época, concentrou-se a receita na tributação indireta dos fluxos de comércio exterior.

112
Introdução à Economia MÓDULO 4

5.2 PAEG
A partir da Constituição Federal de 1934, o país começou a alterar a estrutura tributária herdada
do período imperial, substituindo fontes ligadas ao comércio exterior por fontes internas.

As feições atuais do Sistema Tributário Nacional foram conferidas por uma ampla reforma
tributária realizada no período do Plano de Ação Econômica Governamental – PAEG,
entre 1964 e 1967.

Essa foi, possivelmente, a mais ampla e ambiciosa reforma tributária em toda


a história do Brasil.

5.2.1 MUDANÇAS
A tabela a seguir apresenta as principais mudanças no Sistema Tributário Nacional com a reforma
tributária dos anos 60...

113
MÓDULO 4 Introdução à Economia

5.2.2 OBJETIVOS
Os principais objetivos da reforma tributária dos anos 60 foram...

Reduzir o déficit público, considerado fonte da inflação.

Gerar recursos para a política de desenvolvimento e, desse modo, gerar recursos para
o governo direcionar o desenvolvimento.

Melhorar a qualidade da tributação, reduzindo a participação dos impostos cumulativos


então existentes, como o imposto estadual sobre vendas e consignações e o imposto
federal sobre o consumo. Em substituição, criaram-se impostos sobre o valor agregado,
não cumulativos, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias – ICM –, mais tarde,
ICMS, e o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

Centralizar o sistema tributário no Governo Federal e limitar o poder de estados e


municípios sobre legislação tributária.

Racionalizar o sistema tributário com medidas como a arrecadação de impostos por


meio da rede bancária e medidas administrativas voltadas para a cobrança do Imposto
de Renda.

5.3 CONTRIBUIÇÃO
A reforma tributária dos anos 60 criou um sistema moderno, baseado no conceito de valor
agregado, com participação relativamente limitada de impostos com incidência cumulativa.

Essas características positivas do sistema, entretanto, começaram a se perder


rapidamente, a partir do fim dos anos 60.

O marco inicial da reintrodução da cascata ou cumulatividade no sistema tributário


veio com a criação do PIS/PASEP em 1970.

Essas duas contribuições incidem sobre o faturamento e, portanto, são cumulativas.

A incidência sobre o faturamento torna a contribuição imune aos efeitos da


inflação – que se acelerava naquele momento.

5.4 FORTALECIMENTO DA FEDERAÇÃO

A Constituição Federal de 1988 teve como aspecto central o fortalecimento


da Federação.

A Constituição Federal de 1988 redistribuiu as receitas entre as unidades federativas.

114
Introdução à Economia MÓDULO 4

Aumentou-se a autonomia dos estados e dos municípios – em especial, com o retorno


do direito de fixação de alíquotas do ICMS.

A União também perdeu o direito de conceder isenções de impostos estaduais e municipais ou


de impor condições e restrições à entrega e ao emprego de recursos distribuídos aos estados e
aos municípios.

A reforma tributária contida na nova Carta não alterou a estrutura tributária, focando na
partilha dos recursos, por meio de uma descentralização dos recursos tributários
disponíveis.

5.5 REDUÇÃO DOS RECURSOS DA UNIÃO


O principal problema associado à Constituição Federal de 1988 teria sido a redução
dos recursos da União, sem a correspondente desoneração dos encargos financeiros
que cabiam ao governo federal.

A União viu-se com um volume menor de receitas e teve de arcar com o


mesmo volume de encargos.

No pós-Constituição, foram adotadas medidas para compensar as perdas, o que piorou a qualidade
da tributação e dos serviços públicos.

As principais medidas vieram na forma de...

...novos impostos, contornando-se os que são base para distribuição do FPE, do FPM e
dos fundos de desenvolvimento regional – IR e IPI.

...reintrodução de impostos cumulativos – as contribuições.

5.6 NOVAS FONTES DE INVESTIMENTO


No ano de 1994, o governo federal implementou o Plano Real e estabilizou a economia brasileira
após uma sequência espetacular de tentativas de estabilização fracassadas.

Apesar de inúmeros aspectos benéficos, a estabilização acarretou perda de senhoriagem


do Estado, o que gerou a necessidade de novas fontes de financiamento.

Invariavelmente, essas fontes são buscadas entre impostos cumulativos, de cobrança


mais simples, gerando deterioração da qualidade da tributação.

5.7 AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA

Em fins de 1998, o governo federal lançou o Programa de Estabilidade Fiscal.

115
MÓDULO 4 Introdução à Economia

O Programa de Estabilidade Fiscal previa a geração de superávits primários capazes de estabilizar


a trajetória do endividamento público no horizonte de alguns anos.

Como houve dificuldade em realizar cortes de despesas, recorreu-se ao aumento da


carga tributária.

O aumento da tributação ocorreu, novamente, em tributos com menor qualidade, ou


seja, tributos com maior cumulatividade.

5.8 EVOLUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA


A carga tributária nacional mudou de patamar nos últimos anos.

O gráfico a seguir mostra como evoluiu essa carga tributária, medida em percentual do
PIB brasileiro, desde 1950 até 2004...

40,0
38%

Plano Real
35,0 (estabilização
e ajuste fiscal)

30,0 25%

PAEG
25,0 (estabilização
e ajuste fiscal)

20,0
16%
15,0

10,0

5,0

0,0

Fonte: IPEADATA. Estimativa para 2004.

No debate sobre a reforma tributária, a redução das despesas públicas é uma forma de reduzir a
necessidade de impostos.

116
Introdução à Economia MÓDULO 4

Portanto, um dos focos do debate sobre a reforma tributária deve estar do lado da
despesa pública.

5.9 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 6 – TAXA DE CÂMBIO, REGIMES CAMBIAIS E BALANÇO DE PAGAMENTOS

6.1 PREÇO DA MOEDA ESTRANGEIRA


A taxa de câmbio é o preço da moeda estrangeira...
§ 1 dólar = R$ 3,50;
§ 1 pé de alface = R$ 0,50.

Valorização ou apreciação cambial...


Aumento do poder de compra da moeda nacional perante outras moedas.

Queda na taxa de câmbio – menos R$ por US$.

Desvalorização ou depreciação cambial...


Redução do poder de compra da moeda nacional.

Aumento da taxa de câmbio – mais R$ por US$.

6.2 REGIMES CAMBIAIS


Os regimes cambiais podem ser classificados como...

Fixo...
Taxa de câmbio determinada pelo BACEN, que intervém no mercado comprando e
vendendo divisas e mantendo o equilíbrio nas reservas.

Um regime administrado como o de bandas cambiais adotado no Brasil, entre 1995 e


1998, pode ser considerado semi-fixo.

Livre ou flutuante...
A taxa de câmbio ajusta-se para equilibrar as divisas. O BACEN não intervém na taxa de
câmbio.

117
MÓDULO 4 Introdução à Economia

O regime atual de câmbio utilizado no Brasil não é totalmente livre, mas comporta
algumas intervenções na taxa de câmbio. Neste caso, é chamado de flutuação suja.

6.3 REGIMES CAMBIAIS NO BRASIL


Os regimes de câmbio recentes no Brasil são...

4,00
3,80
3,60
3,43
3,40 regime de câmbio
3,20 administrado mudança de
3,00 regime
2,80
> 2,77

2,60
2,40
2,20 2,27
2,00 sobrevalorização
1,80 >
1,60
1,40 regime de
regime de bandas flutuação suja
1,20
1,00
0,80

118
Introdução à Economia MÓDULO 4

6.4 ÂNCORA CAMBIAL


A âncora cambial tem como objetivo controlar a inflação mantendo a taxa de câmbio apreciada.

No caso brasileiro, a política era de fazer desvalorizações graduais da moeda, sem


deixá-la depreciar até o nível de equilíbrio.

Atualmente, o BC atua para controlar os excessos na taxa de câmbio.

Os instrumentos disponíveis são...


§ compra e venda de reservas internacionais;
§ colocação ou recompra de títulos cambiais;
§ oferta de swaps cambiais;
§ política de juros;
§ ameaças e credibilidade.

O BC atua também para recompor as reservas internacionais, recomprando


divisas em momentos de alta liquidez.

6.5 BALANÇO DE PAGAMENTOS


O Balanço de Pagamentos é a contabilização sistemática das transações econômicas dos residentes
de uma nação com o restante do mundo.

Na perspectiva contábil, o Balanço de pagamentos é um registro das transações de um


país com o mundo exterior.

Na perspectiva econômica, Balanço de pagamentos é o resultado síntese do


funcionamento global da economia nacional.

119
MÓDULO 4 Introdução à Economia

6.6 CONTA
Vejamos a tabela abaixo...

Do lado esquerdo do balanço de pagamentos, temos a conta corrente ou conta de


transações correntes.

Do lado direito do balanço de pagamentos, temos a conta capital e financeira.

6.7 SÍNTESE
Acesse, no ambiente on-line, a síntese desta unidade.

UNIDADE 7 – CENÁRIO CULTURAL

7.1 FILME
Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, acesse uma
cena do filme Caiu do céu no ambiente on-line.

120
Introdução à Economia MÓDULO 4

7.2 OBRA LITERÁRIA


Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, leia o texto
Quase ela deu o ‘sim’, mas... no ambiente on-line.

7.3 OBRA DE ARTE


Para refletir um pouco mais sobre questões relacionadas ao conteúdo deste módulo, aprecie a
obra Inserções em circuitos ideológicos: projeto cédula no ambiente on-line.

UNIDADE 8 – ATIVIDADES

8.1 AUTOAVALIAÇÃO
Acesse, no ambiente on-line, a autoavaliação deste módulo.

8.2 ATIVIDADE INDIVIDUAL – ANIMAÇÃO


Antes de iniciar a próxima tarefa, assista à animação, no ambiente on-line,
que introduz a problemática da Atividade Individual Depreciação da taxa de
câmbio.

Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades


monetárias de outra moeda.

1 dólar = R$ 2,20

8.2.1 ATIVIDADE INDIVIDUAL – TAREFA


Nesta atividade individual, analisaremos os efeitos de choques de oferta a partir da
depreciação da taxa de câmbio.

Por esta tarefa, você poderá receber de 0 a 10 pontos.

Observe a grade de correção utilizada pelo Professor-Tutor na avaliação dessa atividade,


disponível no Anexo 2.

Acesse, na biblioteca virtual, a categoria de formatação de trabalhos acadêmicos.

INFORMAÇÕES SOBRE A ATIVIDADE INDIVIDUAL


Objetivo

Avaliar os efeitos de choques de oferta, a partir da depreciação da taxa de câmbio.

121
MÓDULO 4 Introdução à Economia

Suporte ao trabalho...

Para subsidiar seu trabalho...


§ acesse e leia as últimas notícias buscando pela palavra câmbio, <http://aeinvestimentos.
limao.com.br>;
§ leia o texto Contrariando a História recente, desvalorização do real não gera inflação,
disponível no final desta unidade;
§ leia o texto E o Banco Central agiu..., que comenta o choque de oferta gerado pelo
câmbio, disponível no final desta unidade.

Tarefa

A partir da leitura realizada, elabore um texto que analise se a mudança na taxa de câmbio
constitui de fato um choque de oferta sobre as empresas brasileiras.

Para tal, considere os seguintes aspectos...


§ quando ocorre um choque de oferta, a curva da oferta se desloca para a esquerda;
§ o choque de oferta leva o mercado a um novo equilíbrio.

Registro do Trabalho

Registre os dados desta atividade na Matriz de atividade individual. Para tal...


§ acesse o arquivo com a Matriz de atividade individual, disponível no ambiente
on-line;
§ abra o arquivo;
§ salve esse arquivo em seu computador;
§ preencha a matriz com os dados de seu trabalho;
§ salve seu trabalho;
§ encaminhe o trabalho ao Professor-Tutor para correção.

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

8.2.2 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO PARA CORREÇÃO


Lembre-se de que as orientações sobre o desenvolvimento desta atividade começam no início
desta seção, ou seja, na tela da animação.

Não se esqueça de verificar a data agendada para esta atividade no calendário.

Para saber como apresentar seu trabalho ao Professor-Tutor na sala de aula, leia o
Anexo 1.

122
Introdução à Economia MÓDULO 4

TEXTOS UTILIZADOS

CONTRARIANDO A HISTÓRIA RECENTE, DESVALORIZAÇÃO DO REAL NÃO GERA INFLAÇÃO


Ao contrário do que aconteceu em períodos passados, a desvalorização do real frente ao dólar,
causada pela crise financeira internacional, não provocou aumento de preços ao consumidor. O
que se percebe, na verdade, é desaceleração dos custos na indústria.

Estudo realizado pelo Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia/Fundação Getulio Vargas) revelou
que o efeito da desvalorização cambial sobre os preços foi fortemente compensado pelo
comportamento das cotações das commodities, que seguem em sentido oposto ao dólar,
amortecendo seu impacto.

A História

A mais brusca desvalorização cambial ocorrida no Brasil foi em 1999, quando houve mudança do
regime fixo para o flutuante. Em pouco menos de 60 dias de adotada esta medida, a moeda
nacional desvalorizou-se em quase 80%. A recuperação foi lenta, resultando em uma valorização
de 45% depois de quatro meses de estouro da queda. Havia desaceleração da atividade
econômica.

O acontecimento seguinte foi em 2002, diante de um cenário de incertezas da condução da


política econômica. Em abril, com o acirramento do processo eleitoral, o real perdeu 70% de seu
valor frente ao dólar, em cerca de 180 dias após o início da queda. A atividade econômica se
recuperava.

A crise instalada no ano passado provocou a desvalorização cambial de 45% em cerca de 90 dias
úteis. Desta vez, as raízes do processo são externas e atingiram o País em um momento de
crescimento da economia.

Preços

Uma interpretação de economistas conclui que o câmbio em desvalorização produz uma onda
de pressão de custos para a indústria, que repassa isso aos consumidores. A análise de 1999, em
que a transmissão foi mais intensa e rápida, e de 2002, em que a inflação foi mais prolongada,
comprovam essa tese.

“Desta vez, um fenômeno diferente vem se apresentando. Os efeitos da desvalorização sobre os


índices de preços são muito mais amenos e já dão sinais de devolverem parte da alta em um
período muito curto, de apenas três meses após a crise haver se instalado. É um comportamento
que destoa dos processos anteriores”, diz o estudo, em relação à desvalorização de 2008.

O motivo para isso é a queda dos preços das commodities. É possível verificar a intensidade desse
movimento usando um índice com base 100 na média de 2000 para acompanhar o nível de

123
MÓDULO 4 Introdução à Economia

preços, em dólar, de uma cesta de commodities agrícolas e industriais. Em 1999, o índice variou de
118 para 119, de janeiro a dezembro. Em meados de 2002, ele passou de 199 (maio) para 247
(fevereiro/03). Na última desvalorização cambial, o índice passou de 261 em julho de 2008 para
143 no mês passado.

Fonte
NUNES, Flávia Furlan. Contrariando a História recente, desvalorização do real não gera inflação. Disponível em:
<http://estrategiaemercado.blogspot.com/2009/01/contrariando-historia-recente.html>. Acesso em: 05 maio
2009.

E O BANCO CENTRAL AGIU...


Felizmente, o BC deixou de lado o tratamento jocoso que Lula tem dado à crise e foi à luta de
maneira eficiente.

Na coluna da semana passada, alertei para os primeiros sinais – ainda de natureza financeira – de
que a crise que estamos vivendo nas principais economias do mundo havia chegado forte ao
Brasil. Fui ainda mais longe ao pedir uma ação decisiva por parte do Banco Central para evitar
problemas de maior gravidade, principalmente no setor produtivo. Posteriormente, o mercado
foi informado de que empresas brasileiras haviam realizado volumes incríveis – aparentemente
US$ 60 bilhões – de operações especulativas com a taxa de câmbio. Ao contrário do que disse
nosso presidente, a especulação não era contra o real, mas a favor da nossa moeda. Imprudentes,
algumas empresas apostaram na queda continuada da taxa de câmbio como forma de reduzir os
custos de seus empréstimos.

Apanhadas em um movimento mundial de valorização do dólar, acabaram por provocar um


desequilíbrio extraordinário no mercado futuro da BM&F, ao tentar cobrir suas posições. Para a
especulação passar do dólar futuro para o mercado à vista, foi um passo. Dessa forma, um
desequilíbrio de caixa que afetou poucas empresas transformou-se em um choque de oferta
importante no lado real da economia. O real chegou a R$ 2,50 por dólar – uma desvalorização de
quase 50% em poucas semanas. Se a febre em nossa economia estava na casa dos 38 graus, com
o choque do câmbio chegou a atingir, na última quarta-feira, mais de 40 graus. Nessa situação,
somente um tratamento de choque – tipo banheira com água gelada – poderia evitar o pior. E,
felizmente, o Banco Central deixou de lado o tratamento jocoso que Lula tem dado à crise e foi
à luta de maneira eficiente.

Quando escrevo esta coluna, o paciente já dá sinais de melhora, e a taxa de câmbio deve voltar a
refletir apenas o realinhamento global das moedas emergentes. Com isso, o governo pode se
preocupar com os desdobramentos dos impactos da crise externa. O primeiro ponto é a
recomposição da liquidez do sistema bancário, principalmente no segmento dos bancos médios
e pequenos. A redução dos depósitos compulsórios, principalmente no segmento mais atingido
pela crise, é uma decisão correta e eficiente. Agora será preciso monitorar a forma como esses
recursos serão reciclados para a economia. Já temos sinais claros de que os bancos estão evitando
expandir seus empréstimos por conta dos riscos – reais ou imaginários – que vão aparecer em
uma economia submetida a uma parada brusca em sua liquidez. A eficiência da medida tomada
está diretamente ligada à forma como os bancos vão tratar a questão do crédito daqui para a
frente.

124
Introdução à Economia MÓDULO 4

Nesse aspecto, os elevados prejuízos criados pela especulação com a taxa de câmbio vieram
reforçar o comportamento cauteloso, medroso até, do sistema financeiro. Não posso deixar de
citar outra questão que me preocupa hoje. A brusca interrupção das operações de ACC
(Adiantamento de Contrato de Câmbio) já está criando uma queda importante da disponibilidade
de dólares no mercado. Afinal, entre US$ 40 bilhões e US$ 60 bilhões em adiantamentos de
câmbio vinham irrigando o mercado.

Isso é importante porque, nos últimos anos, o câmbio comercial foi o amortecedor natural do
mercado, permitindo estabilidade mesmo em momentos de fortes remessas de capital financeiro
para o exterior. Caso persistam as saídas de capital de curto prazo – ações e títulos de renda fixa –,
poderemos viver uma nova fase de desvalorização do real.

Fonte
BARROS, Luiz Carlos Mendonça de. E o Banco Central agiu.... Folha de S. Paulo, São Paulo, 10 out. 2008.
Disponível em: <http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2008/10/10/e-o-banco-central-
agiu>. Acesso em: 05 maio 2009.

125
MÓDULO 4 Introdução à Economia

MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL*

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as
linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

126
Introdução à Economia MÓDULO 5

MÓDULO 5 – ENCERRAMENTO

APRESENTAÇÃO
Na unidade 1 deste módulo, você encontrará algumas divertidas opções para testar seus
conhecimentos sobre o conteúdo desenvolvido em toda a disciplina. São elas...
§ caça-palavras;
§ palavras cruzadas;
§ forca;
§ criptograma.

A estrutura desses jogos é bem conhecida por todos.Você poderá escolher o jogo de sua preferência
ou jogar todos eles... a opção é sua! Em cada um deles você encontrará perguntas – acompanhadas
de gabaritos e comentários – por meio das quais você poderá se autoavaliar.

Já na unidade 2, é hora de falarmos sério!!!! Sabemos que o novo – e a disciplina que você
terminou de cursar enquadra-se em uma modalidade de ensino muito nova para todos nós,
brasileiros – tem de estar sujeito à crítica... a sugestões... a redefinições. Por estarmos cientes
desse processo, contamos com cada um de vocês para nos ajudar a avaliar nosso trabalho.

Então? Preparado?

127
Introdução à Economia A N E XOS

ANEXOS

ANEXO 1

APRESENTAÇÃO DO TRABALHO PARA CORREÇÃO


Para enviar seu trabalho ao Professor-Tutor para correção...
§ vá à área de <discussões particulares>;
§ clique no ícone <nova mensagem>;
§ no campo <para>, selecione o Professor-Tutor;
§ você também poderá iniciar uma nova mensagem particular, quando na área
discussões gerais. Para isso, clique em <lista de usuários>, no alto da página.
Selecione o Professor-Tutor e, na janela aberta do perfil desse usuário, clique no
ícone <MP>, de mensagem privada;
§ no campo <assunto>, selecione <atividade individual – solicitar revisão>
(caso esteja enviando a tarefa pela primeira vez ao Professor-Tutor) ou <entrega
final> (caso esteja enviando a tarefa para a atribuição de nota);
§ na área <mensagem>, anexe seu trabalho clicando no ícone <adicionar anexo>,
disponível na tela;
§ se preferir, digite seu trabalho. Para isso, você ainda terá a opção de selecionar a
fonte, o tamanho e a cor de seu texto;
§ à esquerda da tela, você encontrará diferentes opções de Emoticons – cuja utilização,
contudo, não é obrigatória – para personalizar seu texto;
§ a qualquer momento da edição de seu texto, você poderá <pré-visualizar> a
forma de exibição da mensagem ou ainda <limpar tudo> o que escreveu;
§ você poderá optar ainda por acrescentar ser avisado quando sua mensagem for
lida, selecionando <notificar-me quando a mensagem for lida>;
§ salve a mensagem.

Lembre-se de que as orientações sobre o desenvolvimento desta tarefa começam na primeira


seção da atividade.

129
A N E XOS Introdução à Economia

ANEXO 2

GRADE DE CORREÇÃO DE ATIVIDADES1

Atividade individual (AI1 e AI2) – 0 a 10 pontos

1
Quando o item não se aplicar, considerar a pontuação máxima.

130
Introdução à Economia A N E XOS

Participação individual (PI) – 0 a 2 pontos

131

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