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www.mundodosfilosofos.com.br/pitagoras.htm
www.inf.ufsc.br/~l3c/artigos/fractais.pdf
REFLEXÃO
O UNIVERSO É REGIDO POR NÚMEROS?
Pitágoras foi um homem de gênio, porque é o primeiro filósofo grego a quem ocorre à
idéia de que o princípio donde tudo o mais se deriva, aquilo que existe de verdade, o
verdadeiro ser, o ser em si não é uma coisa; ou melhor, dito, é uma coisa; porém que não se
vê, nem se ouve, nem se toca, nem se cheira, que não é acessível aos sentidos. Essa coisa é
o “número”. Para Pitágoras, a essência ultima de todo o ser, dos que percebemos pelos
sentidos, é o número. As coisas são números, escondem dentro de si números. As coisas são
distintas umas das outras pela diferença quantitativa e numérica.
Pitágoras era um aficionado da musica, e foi quem descobriu que na lira, as notas das
diferentes cordas, soam diferentemente, é porque umas são mais curtas que as outras.
Descobriu igualmente que existe uma relação numérica bem definida entre as diferentes notas
musicais básicas. E isto levou a pensar e o conduziu a idéia de que tudo quanto vemos e
tocamos, as coisas tal como se apresentam, não existem de verdade, mas antes são outros
tantos véus que ocultam a verdadeira e autentica realidade, a existência real que esta por
detrás dela é o numero.
A harmonia reinante no universo é matemática?
TEMA
(Adversidades)...”As adversidades são como facas que nos podem ser úteis ou nos cortar,
depende de onde seguramos, no cabo ou na lamina“.
Esta aula tem por objetivo conhecer Pitágoras, um pré-socrático que postulava o número como
sendo o elemento essencial do cosmos.
Ela visa também conhecer a escola que ele deu origem. Os pitagóricos, como sugeria o mestre,
afirmavam que os números eram a causa de toda ordem, harmonia e determinação do universo, assim
como o fundamento de todo o conhecimento.
2ª PARTE: INTRODUÇÃO
A escola pitagórica também ficou conhecida como Escola Itálica devido ao seu local de
surgimento, Itália meridional. Essa escola, entretanto, apresentou outras ramificações como a Eleática,
de Eléia também ao sul da Itália, porém, na costa oeste.
A escola pitagórica é uma escola racionalista por gerir-se pelo intelecto, ou seja, os sentidos
perdem consideravelmente sua força prevalecendo o fruto da especulação racional.
Apesar dessa forte componente racional, ela também se mescla com um misticismo religioso de
fundo órfico. Portanto, uma escola iniciática com bases racionais e místicas.
A saída de Samos se deu devido à perseguição do tirano Polícrates ou mesmo a sêde da busca
pela sabedoria.
O rumo era Mileto, próspera cidade comercial e cultural e aí teve o primeiro contato com os
números na Escola de Tales (famoso na matemática pelo seu teorema).
Os historiadores falam da beleza de Pitágoras o qual não a usava em suas intenções
afrodisíacas tal como seus pais Apolo e Mnesarcos.
Pitágoras deixa Mileto em direção ao Egito. Historiadores divergem a respeito desse destino por
não ter elementos históricos seguros.
Ao chegar na terra dos faraós percorre diversos centros religiosos como Heliópolis, Menfis,
Dióspolis e Tebas. Fixa-se nesta por 20 anos e aí esteve em varias escolas.
Segue posteriormente para a Babilônia onde fica por 10 anos. É discípulo de Zoroastro e
conhece os princípios do Avesta, livro sagrado da doutrina mazdeista aprendendo o dualismo (o Bem e
o Mal).
Retorna a Samos e ainda governa Polícrates.
Cria a sua primeira escola. Contam que seu primeiro aluno recebeu em dinheiro para aprender,
porém não tarda para este dispensar o pagamento e arranjar novos discípulos.
Novamente deixa a ilha por problemas políticos com o poderoso tirano.
Dirige-se a Crotona no sul da Itália (Magna Grécia)
O pitagorismo também ensina que a alma é imortal e transmigra para outras criaturas vivas. É a
Metempsicose. Por conta disso os pitagóricos não comem carne e tem rigorosa dieta alimentar.
Segundo Pitágoras a vida do homem tem 4 etapas: a Puerícia (primavera) até os 20 anos, a
Adolescência (verão) dos 20 aos 40 anos; a Juventude (outono) dos 40 aos 60 anos e a Senectude
(inverno) dos 60 aos 80 anos.
O pitagorismo tem raízes dualistas como os orientais: o finito e o infinito, os pares e os ímpares
Os principais discípulos e continuadores de Pitágoras foram: Alcmeon e Filolau de Crotona,
Árquitas e Lísis de Tarento, Hípaso de Metaponto e outros.
O Orfismo foi uma seita filosófico-religiosa muito difundida na Grécia a partir do século VI aC e
que se julgava fundada por ORFEU. Segundo a crença fundamental dessa seita, a vida terrena era uma
simples preparação para uma vida mais elevada, que podia ser merecida por meio de cerimônias e de
ritos purificadores que constituíam o arcabouço secreto da seita. Essa crença passou por várias escolas
filosóficas da Grécia Antiga (Pitágoras, Empédocles, Platão).
Como legado, o pitagorismo nos deixou as seguintes heranças:
1-) no aspecto religioso, a transmigração da alma para outros corpos, inclusive animais (metempsicose)
2-) os pitagóricos consideravam o corpo apenas como receptáculo da alma. Tal concepção despreza o
prazer em detrimento de uma vida regrada e harmoniosa
3-) postulavam um parentesco entre todas as formas de vida
4-) no campo da Física e da Astronomia entendiam que a Terra era redonda e girava em torno do
próprio eixo. Nem a Terra e nem o Sol eram o centro do Universo, mas, uma bola de fogo
5-) defendiam um retorno cíclico dos mais variados acontecimentos
As teorias desta escola eram muito avançadas para sua época, tanto que permaneceram mais
de 2000 anos para que a humanidade voltasse aos seus estudos. Foram Galileu e Giordano Bruno, nos
séculos XVI e XVII que retomaram as teorias sobre a esfericidade da Terra.
No campo metafísico, a transmigração da alma e da reencarnação vem a ser reestudada
novamente pela Teosofia e pela Doutrina Espírita.
Alan Krambeck