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Trabalho Individual: As Novas Tecnologias

Acção 23 – A Aula de Língua ao Serviço da Auto-Aprendizagem


Maria Helena Gomes Bolinhas Brissos

A nossa sociedade sofreu inúmeras mudanças nestas últimas décadas. Mudanças


políticas, económicas, sociais e tecnológicas que alteraram significativamente o nosso modo de
estar no mundo.

Entre as alterações sentidas, o surgimento das novas tecnologias foram talvez uma das
mudanças que causou maior impacto e controvérsia entre os membros da actual sociedade.

Decorridos vários anos de sua existência, as novas tecnologias asseguraram o seu


lugar no nosso quotidiano e, principalmente, na vida diária das crianças e jovens, que segundo
Roberto Carneiro “já nascem com uma aptidão natural para as tecnologias.” De facto, as
crianças e jovens inserem-se num meio tornado “naturalmente” tecnológico, usufruindo de
acesso ilimitado e diário a ferramentas com um potencial de aplicação e utilização
considerável. Quer no entretenimento, quer no trabalho as novas tecnologias já não são uma
opção, mas um dado adquirido e obrigatório.

Também a educação não pode fugir a estas novas exigências tecnológicas e como diz
Roberto Carneiro: “A maneira como se aprende tem de ser mais atractiva e apelativa de
acordo com aquilo que os jovens encontram hoje nas tecnologias.” No entanto, incorremos
num grave erro se tentarmos varrer para debaixo do tapete séculos de cultura baseada na
literatura e no culto do livro. Continuamos a precisar, nas palavras de Doris Lessing de “o
contador de histórias, o fazedor de sonhos, o fazedor de mitos” para que as crianças e jovens
aprendam a ser seres humanos autónomos, responsáveis, participativos e criativos, em vez de
meros autómatos que engolem catadupas de informações e estímulos visuais e auditivos e os
vomitem, sem os processar, sem os avaliar criticamente e sem tirarem as devidas elações para
a sua vida presente e futura.

Resumindo na educação as novas tecnologias são “ferramentas essenciais para viver


na sociedade do conhecimento”, mas devem ser usadas com objectivos pedagogicamente bem
definidos e não meramente pelo seu valor intrínseco de sedução.

M.ª Helena Brissos | 11 Dezembro 2009

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