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Pequena Biografia do Padre António Vieira

António Vieira tinha 6 anos quando foi viver para o Brasil. Estudou no Colégio
dos Jesuítas, uma congregação religiosa.

Como noviço (noviço é aquele que é novo na Vida Religiosa, que está a
começar a sua vida de religioso) na Companhia de Jesus, em 1624, foi
encarregado de escrever a carta Anua (o relato anual das actividades dos
jesuítas aos superiores em Lisboa). No ano seguinte, fez os seus votos de
castidade (ser sempre solteiro), pobreza e obediência, deixando a condição de
noviço para iniciar os estudos de Teologia.

Foi professor de Retórica em Olinda, no ano de 1627, regador na Bahia em


1633, ordenando-se Padre em 1638. Como pregador, defendia os interesses
do Brasil contra a ganância da Metrópole (dos políticos em Lisboa), defendia os
escravos, os judeus e insistiu numa acção decisiva contra o invasor holandês.
Fundou a Companhia Geral do Comércio do Brasil e foi ministro em Haia, em
1646, quando escreveu o documento Papel Forte, pelo qual foi apelidado em
Lisboa de "Judas do Brasil".

Em 1662 foi expulso do Brasil para Portugal, onde exerceu a função de


confessor da regente Dona Luísa e pregador da Capela Real. A mando do
novo rei, Dom Afonso VI, foi desterrado para a cidade do Porto. Preso pela
Inquisição e posto em liberdade por Dom Pedro, obteve sua absolvição quando
viajou para Roma, em 1675. Retornou ao Brasil em 1681, instalando-se na
Bahia.

Os sermões e cartas que deixou são considerados verdadeiros monumentos


da literatura barroca e da ciência política. Também deixou fragmentos de um
livro de profecias, que tinha o nome de Clavis Prophetanum, publicado em
1718 sob o título de História do Futuro.

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