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Termografia: diretrizes para inspegcdes em equipamentos elétricos Sénke Krall, ITK Tharingen (Alemanha) ‘A medig&o por infravermetno para verificagao de instalacGes elétricas de baixa @ média tensdo tomou-se em tempos recentes parte integrante das inspeg6es anuais de rotina. Trata-se de um procedimento econémico e versétil. Mas, para assegurar a execucéo de medigoes confidveis, que produzam resultados consistentes, devem ser observadios aspectos como os apresentados neste artigo. fevido & grande oferta de ct- meras infravermelhas com pre- 08 atraentes, muitos prestado- res de serviga tém invadido o mercado propondo-se a examinar instalagdes eleiticas a baixo custo, sem conbeci mento técnico suficiente, Servigos bbaratos e mal executados podem preju- dicar a reputagio dessa técnica. Por isso, a VdS (Unido das Seguradoras Alemis) elaborou diretrizes © certif- ‘eagbes para garantir padebes de qual dade elevados. Por que termogratia por infravermelho? Medigies termogréficas em equipa- rmentos de manobra de t0- Kat dos 08 niveis de tensio so realizadas pelas con- cessionérias de energia hé anos. Elas sfo considera: «das. procedimentos. clés. sicos do diagndstico té. nico, Controls regulares com sistemas de infraver: smelho garantem elevada Aisponibilidade dos equi ppamentos eléricos e, con- Seqilentemente, do. for- necimento de energia, Esta pritica também se 152 EM MAIO, 2008, tomnou parte da inspegio anual em mui- tas indlstrias, prédios de escitérios, hospitas, et. Também € recomendavel realizar tais medigdes antes do vencimento de prazos de garantia. Verificagdes regu- lares por infravermelho sto ainda ut lizadas na prevengio contra incén- {dio — e muitas seguradoras recompen- sam esse procedimento reduzindo os prémios de seguro, ‘A termografia por infravermelho oferece as seguintes utilidades: ‘+ documentago do estado dos equip -mentos e de #iscos potenciis ‘ idemtiticago avangada de danos e ppontos fracos: ‘= aumento da disponbilidade e confia- bilidade dos equipamentos; ¢ « reduglo dos riscos de incéndio € de acidentes (figura 1). A diretriz alema VéS 2858, que aborda a termografia em instalagbes cléiticas, determina 0 exame regular das instalagdes.pelo oper 4e rota) de acordo com: ‘a legislagao técnica locals normas de prevengio de acidentes (na Alemanha, a norma BGV A3); normas para verificagio de insta- lagbes, como a DIN VDE 0105 [no Brasil, a NBR 5410}; € + cléusula de seguro contra incéndios, {que exige uma veificaglo adicional de ‘acorda com as normas as seguradoras A termografia_nio substitu os testes de rot na, tampouco elimina as necessérias inspegdes vi- suais, testes funcionais, medigses de corrente, ere., que deve ser re zados no escopo dos en. stios de rotina, Porém, representa um método muito Wil de medigao complementar, possbil tando o exame e a avali- Ces vs 4 aco Kraus & Naimer Gualidade a toda prova Dg eee Wwe Tuas cues Vabe Va Ag Fig. 1- Um ineénio que poderia ‘sor evitado. aso do estado do equipamento, que até entio eram dificeis e de alto cust. AAtwalmente, a termografia faz parte do estado da arte da técnica de seguranca ma das suas grandes vantagens € a possiblidade de executar as medigées em plena operagio (sob tensio). Pré-requisitos: pet qualificado e bom equipamento (© engenheiro de verificagio de instalagdes eléricas deve ter experién- cia profissional e ser independente, oa seja, ndo fazer parte do pessoal opera- clonal. Na Alemanha, ele deve ainda ‘comprovar sua especialidade em ele- trotécnica conforme a norma DIN VDE 1000-10 e ¢ recomendavel que seja re- cconhecido como perito em inspegbes de equipamentas eléricos pela VéS (exigencia cada vez mais comum por parte das seguradorss), O prot deve ter também conhecimentos sobre a construgdo de equipamentos de m- nobra, bem como experiéncia na esco- Ia do valor de emissdo da superficie a medi. Esses pré-requisitos asseguram a competéacia téenica na medigao e valiagdo de pontos de aquecimento, os uais so frequentemente caractris 06 € normais dos componentes. Como 154 EM MAIO, 2008 0s opetadores das instalagbes elétricas precisam confiar nas mediges © nos relat6rios de teste, muitas vezes solici- ‘am a apresentagao desses certificados de teinamento, Objetivas intercambidveis [As cimeras de infravermelho devem Permitiro intereambio de determinadas objetivas para diferentes tarefas de mediso, Uma objetiva pado tem &n- lo de abertura de 20° a 24, de acor- do com o tipo de cfimera, sendo ade quad para exame de equipamentos na frea de baixa e média tensdo, com pe- quenas distincias de media. Em niveis de tensio maiores, as dis- tneias de medigo tomam-se grandes, fas objetivas de 20° ou 24° so insu cientes para verificagio precisa dos equipamentos de manobra. Isto se ex- plica pela resolugio geométrica (FOV, instantaneous field of view) de cada celmera infravermelha: a uma distincia de medigdo de 10 m, a resolugZo geo- métrica € de 13 mm (este pardmetro refere-se a uma objetiva de 24° dis- Ponivel no mercado); desta forma, so- mente € poss{vel medir com preciso a Tempe-ratura de uma falha a 10m de distincia, quando 0 local desta tiver pe- Jo menos 13 mm de tamanho, ‘Ao aplicar uma teleobjetiva de 7", a resolugio geométrica melhora para 3,8 mm. Entio, pode-se localiza pon: tos de falha significaivamente meno- res e determinar precisamente sua tem. peratura Um eventual zoom digital também ro consegue eliminar 0 erro de medi iio em objetos pequenos a grande dis incia, pois, neste caso, as seas mar ginais so recortadas, como na foto grafia, Os pixels da c&mera digital ou a ‘quantidade de pontos de medigéo de uma cmerainfravermelha nfo aumen- tam; obiém-se apenas ume imagem com a grade reticulada ampliada, [Naturalmente, as objetivas de 12° ‘também reduzem a resolugao geometi- cca, mas so inadequadas para examinar ‘objets relativamente pequenos a dis ‘ncias de medigio maiores. ‘A quamtidade de pixels das cAmeras e infravermelho também deve ser a mais alta possivel a0 se examinar partes de uma instalagio a grandes dis- {incias. Em principio, as resolugées nio sio compardveis is de uma camera digital Os pontos de medigio dos sen sores infravermelhos podem variar muito de acordo com o tipo de ctmera Cmeras infavermelhas mais antigas fo de escaneamento resfiadas, apre sentando resolugio de somente 19600 pontos de imagem (140 x 140) devido ‘a0 scanner. Naturalmente, a8 insta lagies eléricas eram examinadas com 1s modelos antigos, mas foi exatamen: te devido & baixa quantidade de pontos de imagem que as objetivas intercam- bidveis lomaram necessérias para Aistincias de medigdo maiores. AAs emeras infravermelhas da ge- ae atual sio do tipo micro-boléme- two nio-refrigeradas, Nos modelos de alto valor, 0 detector de infravermelho tem resolugio de 76800 pontos de ima gem (320 x 240); nos mais novos, cchega até 307200 pontos de imagem (640 x 480). Como cada ponto de ima gem é um ponto de medigio, uma grande quantidade de pontos aumenta a resolugao e a focalizagdo de cada ima- gem infravermelha ¢, conseqiiente ‘mente, a possiblidade de captarestru turas finas com seguranca, podendo medi-las precisamente, ‘A maioria das cimeras de infraver- metho de prego baixo hoje oferadas tem pequena quantidade de pontos de rmedigio de imagem, o que pode ser in- suficente para localizar pontos de fa Jhas mesmo a pequenas disténciss de ‘medigdo e com cabos fines, ¢ apresen- a insuficiente ou nenhuma intercambi- abilidade de objetivas, Por isso, a VaS também estabelece requisites mménimos para a técnica de cimeras. Os ins- Petores de instaagdes elétricas, mesmo aprovados nos testes, no recebem 0 cotifcado da VaS se nio conseguirem emonstrar requisitos minimos pres- eritos para a tSenica de edmeras Monitor mével ‘Um monitor independents da cf mera (figura 2) facilta 0 exame das Instalagdes eléticas. Todas as fungses do equipamento devem ser controladas através do punho do monitor LCD. Em InstalagGes de baixa tensSo, frequent mente hii muitos componentes no inte rior dos quads elétricos que s6 po- dem ser corretamente examinados quando @ cimera é segurada invertda Neste caso, reconhecer a imagem dein fravermelho é possivel apenas se hou: ver um monitor separado, Em muitos casos, uma protegao contra contatos dretos também dificul- {a as medigdes por infravermelho, 2s Gquais 36 se tomam possfveis quando realizadas acima ou abaixo da pro- tego, isto é, por meio de um monitor extemo. © mesmo ocorre em equips ‘mentos de média tenso com isolagdo a resina ou # ar, onde as pontos de conta to de um disjuntor mal sio visives. Desta forma, essasinstalagdes somente podem ser analisadas de forma tecnica mente correta por meio de eimera de infravermelho e monitor separados. Em um sistema inflenivel, a verif- cagdo toma-se impossivel. Cameras de infravermelho baratas, via de regra, no oferecem possbilidade de con esses aparelhos externamente. Um sistema infravermelho para exame de Tecnologia e Confiabilidade em Cabos Especiais COUT deel oul sce Peete inkss Coe Ea ees Tel.: (11) 4182-8500 - Fax: (11) 4182-8531 - venda Tones Susi \w Tamers OER UCC eels tir Baro ea oT V7.1 Pea CCrreryy Sarr cer cee re Peet MPH 254 * Const dese sus ae 5A + esol de wl. tre maxima non + Nelo Se Kon ‘eran Nero de contnidade “Gas terogns er eta + Pete medal 600 ma com 5A cea TR8500 Desai pe ts ibaa ore Site mento Mar 1 5L + Tilisco “Tens @ Cores ds is ‘Sse donnie +Poténa ava oreaa Cos 9, nega *Haméeicr at 5 + Fleer, Ponurbgien + Paria do ios *Membiade 1M ma 5060, Torsées do 0,542 5 kV empesses do 100 0 ‘Akance: STA Roki calendro cemtempo eal Imprssera ncorporada Memb para 400 tures edo dolce do Pek ie seca ese Nips! 180 9001:2000 EGABRAS INDUSTRIA IETRONICALTDA, 788.010. S40 Paulo SP CGH seersin v(t seer aTss ‘megabras.com instalagbes elstricas precisa captar tem: peraturas até SOO*C, conforme as dire trizes da VAS. Entretanto, muitas c& rmeras infravermelhas podem medir so mente temaperaturss. até sproximada mente 80°C. Além disso, 0s modelos mais baratos tém apenas monitores ‘muito pequenos, nio basculéveis, que podem realizar medigdes em prédios sob condigées favordveis; porém, em Joeais com muita luz, a0 ar livre ou de- baixo de sol, @localizagdo de falhas fi

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