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Trocadores de Calor 47 3. Projeto de trocadores de calor casco e tubo No campo de atuagio do engenheiro quimico o projeto de um trocador de calor refere-se a um dimensionamento termo-hidrdulico do equipamento, Isso significa que o trocador de calor dimensionado deverd ser capaz, durante determinado perfodo, de realizar servigo térmico, com determinada perda de carga m6xima para cada corrente, O equipamento deverd satisfazer, simultaneamente, requisitos de transferéncia de calor e de perda de carga. Na transferéncia de calor 0 aumento da velocidade de escoamento dos fluidos tende a aumentar os. coeficientes de transferéncia de calor por convecedo e, portanto, 0 coeficiente global U. Isso implicaré menor Grea de troca necesséria ¢ equipamento mais barato. Por outro lado, 0 aumento da velocidade. aumentard a perda de carga e 0 gasto com bombeamento dos fluidos. Portanto, o aumento da velocidade tende a reduzir 0 equipamento e seu custo e a aumentar o custo de bombeamento, A pritica do projeto consiste em impor uma perda de carga méxima admi: utilizar toda a perda de carga permitida. As perdas de carga admissiveis sio impostas durante a realizacio do projeto e os valores admitidos costumam estar entre 10 e 25 psi para I{quidos ¢ apresentam valores menores, de cerca de 2 psi, para gases e vapores, dependendo da pressio de operagao. vel e dimensionar trocador de calor procurando No projeto deve-se procurar utilizar toda a perda de carga admissivel, desde que se consiga alguma redugio da drea de troca ou alguma methoria no equipamento, 3.1 Alégica do projeto O trocador de calor deve satisfazer os requisitos do proceso, isto é, realizar a troca de calor especificada com perda de carga Timitada (limite predeterminado), mesmo com incrustac&o, até a parada para limpeza ou manutencio. Ha muitas incertezas no projeto, como a previsdo das propriedades fisicas, as correlagdes para o cileulo dos coeficientes de transmissio de calor, as resirigdes de dimensBes pardmetros, as condicdes ‘operacionais podem variar eo desconhecimento das caracteristicas da incrustagio. No projeto de trocadores de calor costuma-se distinguir a avaliagdo (“rating”) e o dimensionamento zing”), @ Na avaliagdo de um trocadot de calor, este jf existe e estd totalmente especificado, as entradas ou dados conhecidos so as dimensdes ¢ o tipo do equipamento, as vazées ¢ as temperaturas de entrada dos fluidos eas perdas de carga admissiveis. O calor trocado, as temperaturas de safda e as perdas de carga serio calculados e comparados com o que o processo necessita. Se 0 desempenho térmico for aceitavel e a perda de carga nao ultrapassar os limites estabelecidos, 0 trocador poder ser utilizado no proceso. A avaliagdo ‘no implica chegar & melhor forma de ul ser realizado. izar 0 equipamento, mas simplesmente se determinado servico pode No dimensionamento, a érea de troca de calor as dimensdes do trocador de calor devem ser jadas, essa é a especificaco para construir um trocador para atender as necessidades de um Proceso. O que se conhece como entradas para 0 projeto so as vazdes e as temperaturas de entrada dos fluidos, uma das temperaturas de saida, © tipo de superficie, as perdas de carga admissiveis e as propriedades fisicas. © dimensionamento resulta na avaliagdo de vérios trocadores propostos, com diferentes detalhes. geoméiricos. deten © procedimento ou a estrutura Iégica para © projeto de um trocador de calor esta representado na Figura 3.1 48 EAUFSCar — Apontamentas Identiicapao do problema (0s elementos dentro deste Selecdo de um retangulo podem ser ou nao tipo de trocador obtidos por computador ‘Selego de um conjunto de parametros de projeto do trocador (tentativa) i I I ' i 1 ' ' ' Teste do projeto: desempenno termi le], , Modano dos \ perda de carga pardmetros de projeto i 1 I I I I 1 1 1 \ ! Qe Pesto accitévels? inaoahavet Projeto mecénico, avaliagdo de custos Figura 3.1 Estriitura légica para 0 projeto de trocador de calor (Bell, 1981c). Deve-se notar que o centro dese procedimento consiste, de forma simplificada, em supor um trocador, impondo suas caracteristicas geométricas com base em critérios e/ou experiéncia, ¢ testé-lo. A anilise criteriosa dos resultados indicaré nova tentativa ou aceitagdo do trocador suposto. 3.2 Fatores de incrustagao ‘Na apresentagio dos trocadores casco e tubo foram feitas referéncias aos termos incrustagdo ¢ fator de incrustagdo. Agora explicitaremos 0 seu significado e importancia tanto no projeto quanto na operaao de trocadores de calor. Incrustagdo (“fouling”) é qualquer depdsito indesejavel em superficies de transmissio de calor que aumente as resisténcias & transferéncia de calor ¢ ao escoamento. Um trocador de calor é um equipamento que deve realizar determinado servigo térmico (alterar as condigdes térmicas de correntes de um processo) com determinada perda de carga maxima, durante certo tempo. O aumento da resisténcia, devido a incrustagio, tende a prejudicar seu desempenho térmico ¢ a ‘aumentar a perda de carga das correntes. Trocadores de Calor 49 Nos equipamentos de transmissfio de calor, por exemplo, no trocador casco ¢ tubo, pode haver formaco de depésites nas superficies interna e externa dos tubos. Ela se forma por diferentes razdes, como, sedimenta¢Z0, corrosSo, cristalizagdo, entre outras, dependende do tipo de fluido ¢ das condigoes de escoamento. Informagdes sobre mecanismos de formacHo de incrustag&io podem ser encontradas em Saunders (1986) A imcrustagSe pode se depositar de forma nao uniforme no trocador em razio de as caracteristicas de escoamento, sus composi¢io © propriedades fisicas normalmente nfo screm conhecidas, Mesmo que fossem conbecides, sua utilidade seria pequena no projeto de trocadores de calor devide a impossibilidade de prever, com preciso. sua yelocidade de crescimento, espessura e local de depssito, Como wimos anteriormente, a equaco para a transmissdo de calor num trocador de calor & q=UAa BD U € 0 cocficiente slobal de transmissio de calor com base, por convengio, na érea externa dos tubos, A, € At € 2 média logaritmica das diferengas de temperatura para operagdo em contracorrente multiplicado pelo fator de coreco F (no caso de diferente nimero de passagens no casco e nos tubos). Deve-se fazer uma distingdo para 0 coeficiente global nas situagdes da superficie de troca estar limpa ou incrastads. U_€ © coeficiente para a superficie limpa e U,, 0 coeficiente de projeto para a superficie incrustads. Se desprezarmos a conducio através da parede do tubo, os coeficientes globais se relacionam pela equac3o 3.2 (3.2) sendo R, = soms dos fatores de incrustago individuais ¢ lembrando que h,, é coeficiente de transmissio de calor por comvesso no interior do tubo corrigido para a rea externa. O copceite de fator de incrustagio assume que a incrustagao cobre uniformemente a superficie de troca de calor . sepresentando uma resisténcia antecipada a transferéncia de calor causada pela incrustagao. Se 9 equipamento € projetsdo para condigdes limpas, isto é, sem incrustagio, durante a operagao seu desempenbe pode dimimuir rapidamente, ficando abaixo da especificagao de projeto. Em termos de calor trocado, signifies que no trocaré a quantidade especificada pelo processo. Os fatores de imerastaco, de cada fluido, referem-se apenas & transmisso de calor, sio resisténcias a transfertacia de calor que reduzem o valor de U. Embora a incrustagao reduza a area de escoamenta ¢, conseqientements, sumente a perda de carga, 0 fator de incrustagdo considera apenas a parte térm No projete busca-se compensar a reducdo que ocorreré ma transferéncia de calor em razdo da incrustacSe, considerando os fatores de incrustagdo que acarretardo aumento na area de troca necesséria. Ne [erature escontram-se tabelas, normalmente baseadas no TEMA, que fornecem valores do fator de incraste:So pars diversos fluidos, sendo a maioria da inddstria petroquimica. Sempre que possivel deve S¢ utilizar valores de fator de incrustagao experimentais ou com base na experiéncia que se tem com os fluidos que operam se trocador. Sabe-se que 0 fator de incrustaco é afetado por temperatura, velocidade do Mluido tipo de superficie metélica. As crltices sp eso de valores tabelados do fator de incrustag4o sto: 50 EdUFSCar~ Apontamentos 0s valores apresentados nao indicam o periodo de tempo de opera¢o continua. Nilo hi distingo entre escoamento no casce ¢ no tubo. Nao hé mengo sobre-o tipo de material do tubo nem seu arranjo no feixe. ‘Apenas para égua ¢ dleo eru os fatores slo relacionados & velocidade de escoamento ¢ a temperatura do fluido. Quando sito relacionados & temperatura, consideram a temperatura do fluido e nio a da parede. © A fonte ou origem dos dados nfo é explicada. A escolha do valor do fator de incrustagdo deve ser feita com critério, principalmente se 0 trocador apresentar valores elevados do coeficiente global U. Um valor fixo do fator de incrustagao afetard muito mais a area necesséria em equipamentos que apresentem valores altos de U. A seguir isso ficard mais claro. 0 calor trocado em condigdes de incrustacdo seria: 9 = Uy Ag at, (3.3) ‘© subscrito d refere-se & condigdo de incrustacao. As condigdes do proceso determinam 0 calor trocado © 08 valores das temperaturas de entrada & saida dos fluids. Vamos impor que 0 calor trocado e as temperaturas mas condigdes com ¢ sem incrustagao. sejam os mesmos e tentar identificar qual o aumento de area que se teria, em razio da incrustacio, para que o servigo continuasse a ser realizado. Da equagao 3.2 temos: aU FUR, Escrevendo a equagio para as condigdes sem e com incrustagdo e lembrando que nesses dois casos Us G4) o calor trocado ¢ a diferenca de temperatura devem ser iguais, chega-se & equacio 3.5. G5) Se nao houvesse inerustago, A,/A, seria igual a 1, portanto, o termo U.R,, na equacio 3.5, representa o aumento de drea em conseqiiéncia da incrustagao, Se tivermos duas situagdes, em uma o valor de U, é 2.200 W/m? K ¢ na outra, 250 W/m? K ¢ em ambas © fator de inerustagdo € de 0,0005 mK/W. Qual 0 excesso de aren causado pela incrustacdo nos dois casos? Aplicando-se a equago 3.5, para cada caso, chega-se a Quando U, = 2.200 W/m? K, o excesso de area é 1,10 (110%) Quando U, = 250 Wim? K, 0 excesso de area € 0,125 (12,5%) Ou seja, 0 aumento de area em razto da incrustagdo é muito maior em equipamento que apresenta valores elevados de U_ Isso pode ser visualizado, de forma geral, no gréfico apresentado na Figura 3.2. A escolha inadequada do valor do fator de incrustagao, na etapa de projeto do trocador de calor, pode trazer sérios problemas durante a operago do equipamento. Suponhamos que no projeto adotou-se determinado valor do fator de incrustagao menor do que 0 real, desconhecido durante 0 projeto. Os fatores Trocadores de Calor 51 Jeyam em conta um perfodo de operaco, apés o qual © equipamento deve ser limpo. No caso considerado 0 trocador nao sera mais capar de realizar o servigo antes da parada programada para a limpeza. Ou seja, a adoco de um fator de incrustagio menor do que o real acarretou sub- dimensionamento do trocador de calor. 1000 40 10 ‘Aumento na drea devido @ incrustagao (%) 1 10 100 1000 ‘10000 U, (Wim? kp Figura 3.2 Efeito da incrustagao na rea de troca, 3.3 Critérios para alocagdo das correntes No projeto ou na avaliagdo de trocadores de calor deverd ser feita a escotha de qual Muido eseoard pelo lado tubo © qual pelo lado caseo, Devem ser considerados os seguintes fatores: © Incrustagdo —o fluido mais incrustante deve ser colocado no lado tubo em razo da facilidade de limpeza, especialmente se & necesséria limpeza mecdnica, © Corrosdo—0 fluido mais corrosive deve ser alocado no lado tubo, dessa forma apenas os tubos, os carret 0s espelhos deverdo ser de materiais ou ligas que no sejam corrofdes, normalmente mais caros. A alocagéo no casco implicaria que, além dessas partes, 0 easco também deveria ser daqueles matcriais. ¢ Pressdo ~ @ Mluido com maior pressio deve ser colocado no lado tubo. Os tubos com pequenos didmetros & espessuras de parede normais resistem a pressbes elevatias. A construgo de um casco para resistir & alta pressfio tende a ser mais cara. © Viscosidade -o fluido com maior viscosidade deve ser colocado no lado casco, pois sera mais fei atingir- se regime turbulento, devido & forma de escoamento no casco, Escoamento turbulento no lado casco & obtido com mimero de Reynolds inferior a0 do lado tube. © Coeficiente de transferéncia de calor (bh) —0 fluido com menor valor de h deve ser colocado no casco, pois hha maiores possibilidades de elevar esse valor por meio de, por exemplo, chicanas ¢ tubos com aletas externas. © Vazio ~ 0 fluido com menor vazao deve ser colocado no casco, semelhante ao fluido mais viscoso. Nao havendo restrigdes ou se os fluidos apresentarem caracteristicas semelhantes, deve-se considerar as duas configuragdes, invertendo-se os fluidos, e identificar 0 methor projeto. Pode ocorrer também haver conflitos entre as indicagdes, nesse caso, cabe ao projetista tentar identificar a mais importante. As vezes, fluidos como a égua so citados separadamente, por sua grande utilizacio como meio tesfriador e por apresentar elevado fator de inerustagdo. Goldstein indica que a Sgua de resfriamento é sempre colocada no lado tubo. Outras referencias podem ser consultadas, como, por exemplo, Saunders (1986) e Mukherjee (1998). 52. EAUFSCar ~ Apontamentos 3.4 Projeto térmico — dimensionamento de trocador de calor casco e tubo Ha varios métodos de calculo de trocadores de calor Casco e Tubo, muitos esto disponfveis na literatura, enquanto outros, desenvolvidos por empresas ou institutos especializados, podem ser utilizados apenas pelos patrocinadores ov associadios. Os métodos que estdo no primeiro caso sio aqueles amplamente divulgados em artigos ou livros. chamados de literatura aberta, ¢ em sua maioria sao considerados métodos “manuais” no segundo caso sio métodos desenvolvidos para utilizacdo de computadores, nos quais no foram feitas tantas simplificagdes para facilitar os cAlculos, portanto, so mais precisos e confiaveis. - Os que se colocam Serdo citados rapidamente os principais métodos da literatura aberta e apresentado com detalhes 0 método Bell-Delaware, considerado entre estes o mais adequado e preciso. Cabe aqui comentar sobre a importancia, mesmo com os intimeros recursos computacionais atuais, dos métodos ditos “manuais”. Sao el © 0s “pacotes computacionais” para o célculo de trocadores de calor normalmente nio sao disponiveis para uso pedagégico; para o ensino ¢ obtengdio de experiéncia inicial no projeto ¢ fundamental ter-se métodos conhecidos e nao “caixas-pretas”. © A utilizacio desses “pacotes” poderd ser mais util se 0 usudrio tiver nogio do equipamento ¢ das varidveis que afetam 0 projeto, 0 que pode ser feito com os métodos “manuais”. © Os métodos manuais permitem estimativas répidas. Finalmente, € importante citar 0 artigo publicado em 1979 por J. Taborek, “Evolution of heat exchanger design techniques”, Heat Transfer Engineering, vol. 1, n® 1, july-september. © autor participou do desenvolvimento de um dos mais importantes programas computacionais para o céilculo de trocadores de calor, tendo sido diretor téenico do Heat Transfer Research Inc, No final do referido artigo o autor faz uma projegio sobre os fuluros desenvolvimentos nas técnicas de projeto de trocadores de calor, especificamente sobre 0s programas computacionais, sendo que muitas delas tornaram-se realidade. Apds listar essas projecdes, faz 0 seguinte comentario “... muitos dos itens anteriores ndo necessariamente constituem progresso real. Confianga nos resultados de computadores tornaram-se mais comuns, como a falta de experiitia de projetistas. Isto é particularmente assustador, pois todos sabem que nenhum programa de computador com a magnitude que estamos lidando pode ser completamente checado. Erros em geral ¢ mesmo aqueles envolvendo princ{pios fundamentais nfo sero detectados, Para remediar isso, énfase seré dada a0 aumento da otimizagio da 1égica computacional, complicando ainda mais os programas. Para quebrar esse circulo vicioso, teremos de eventualmente tirar a poeira do Process heat transfer de Kern e outra vez comecar a educar os engenheiros em como projetar trocadores de calor”, 3.4.1 Métodos de calculo ‘Um historico detalhado sobre 0 desenvolvimento dos métodos de projeto de trocadores casco ¢ tubo € apresentado por Taborek € de forma mais resumida por Goldstein (1987). Os métodos de célculo dos coeficientes de transferéncia de calor ¢ perda de carga mais utilizados ¢ conhecidos, da literatura aberta, sao: 1. Método Donahue ~publicado originalmente em 1949 .com verso expandida em 1955, foi bastante utilizado em razao de sua simplicidade. ‘Método Kern — tem importéncia bastante grande, tornou-se 0 padro industrial utilizado durante muitos anos, Talvez ainda hoje seja o método mais conhecido, embora sua precisfo seja reconhecidamente inferior Trocadores de Calor 53 A de outros. Sua publicagdo data de 1950 no consagrado livro Process heat transfer de D. Q. Ker. O grande mérito no se refere as correlagdes usadas, mas & maneira global como abordou o problema do projeto de trocadores de calor, como um todo, que permanece valido ainda hoje. E um dos poucos livros que trata realmente de projeto de trocadores de calor com informagies praticas e exemplos de trocadores industriais. © escoamemto no lado casco & bem mais complexo do que esse méiodo considerava. 3. Método de Tinker —analisoua complexidade do escoamento no lado cascoe sugeriu adivisio do escoamento em diferentes correntes e “vazamentos” em trocadores com chicanas. Nao foi muito empregado, em razio de sua complexidade e limitagdes da época, apesar de sua abordagem inovadora utilizada posteriormente por outros métodos, inclusive os desenvolvidos para computadores, A publicagdo original ¢ T. Tinker, “Shell side characteristics of shell and tube heat exchanger”, partes I, IT e III, Proc, General Discussion Heat Transfer, Inst. of Mech. Eng., Londres, 1951. O método € apresentado também em A. P. Fraas & M. N. Orisik, “Heat exchanger design”, J. Wiley, 1965. 4. Método Bell-Delaware — trata apenas do escoamento do lado casco em trocadores caseo e tubo, revonhecidamente & 0 mais preciso ¢ recomendado da literatura aberta, Veremos posteriormente:com detalhes. Este método pode ser encontrado em: K. J. Bell - “Final report of the cooperative research program on shell and tube heat exchanger”, Bulletin N®5, Eng. Exp. Station, Univ. of Delaware, Newark, june 1963 (original) K. J. Bell — “Delaware method for shell side design”” em Heat exchanger thermal-hydraulic fumdamentals and design, editado por Kakag, Bergles e Mayinger, McGraw Hill, 1980. Perry Manual de Engenharia Quimica, 5¢ ed., p. 10-23 a 10-26, © método Bell-Delaware talvez tenha sido o titimo a ser publicado © amplamente divulgado na literatura, apés ele as pesquisas neste campo desenvolveram-se em instituigGes privadas ¢ em indistrias, com redugdo drastiea nas publicagdes (Goldstein), Atualmente, os principais métodos para o projeto de trocadores de calor pertencem as instituigd privadas © sua utilizacio é feita mediante contrat, com pagamento, € claro. Os mais conhecidos sao os desenvolvidos pelo HTRI - Heat Transfer Research Inc. dos EUA (www.htri-net.com), HTFS ~ Heat Transfer and Fluid Flow Service da Inglaterra (www.software.aeat.com/htfs/index.htm!) e da empresa americana B- JAC International Ltd, adquirida pela ASPENTEC em 1996, A seguir serio apresentados com mais detalhes os métodos de Kero ¢ de Bell-Delaware 3.4.1.1. Método Kern Embora o método de Kern seja sabidamente menos preciso que outros da literatura aberta, como 0 de Bell-Delaware, em razio de sua importancia hist6rica e de sua simplicidade sera apresentado com detalhes no Anexo 4, Além do mais, sua sistematica pode ser utilizada desde que 0 lado casco seja alterado, substituindo-o pelo método Bell-Delaware. Adotaremos essa abordagem posteriormente. Para um melhor entendimento da sistematica do projeto de trocadores de calor € recomendavel que se compare o procedimento contido no método de Kern com aquele apresentado na Figura 3.1. 3.4.1.2 Método Bell-Delaware Desenvolvimento histérico De 1947 a 1963, sob 0 patrocinio de instituig6es como a ASME, TEMA e API ¢ de vérias empresas como duPONT e Standard Oil, o Departamento de Engenharia Quimica da Universidade de Delaware desenvolveu um conjunto de pesquisas sobre escoamento de fluidos ¢ transferéncia de calor no lado casco de trocadores de calor casco e tubo. s primeiros trabalhos trataram da transferéncia de calor e da perda de carga através de feixe de tubos ideal. Posteriormente, foram estudadas as caracteristicas de trocadores reais (diferentes cortes & 54 EdUFSCar — Apontamentas espacamentos das chicanas, vazamentos chicanafeaseo, chicana/tubos, “bypass” ao redor do feixe ¢ efeito das tiras selantes). O método gerado foi desenvolvido originalmente para cascos tipo E (TEMA), isto € com uma passagem. Mecanismo simplificado ~ escoamento lado casco 0 método Bell-Delaware utiliza as diferentes correntes que podem existir no lado casco ¢ que foram 20,001 OOF: Figura 3.3. Modelo das correntes no lado caseo. ‘As correntes que compdem este modelo so: Corrente B —€ a principal corrente em escoamento cruzado, flui por uma jancla, atravessa a seqdo de fluxo cruzado e sai pela outra janela. £ a corrente desejada no lado casco. As outras quatro correntes surgem em razdo das aberturas mecanicas inerentes & construgio do trocador. Corrente A ~ € 0 vazamento que ocorte entre 0s tubos do feixe e a chicana. Os orificios nas chicanas. pata 4 passagem dos tubos, devem ter didmetro maior que o didmetro externo dos tubos. Por esse pequeno espaco anula 0 fluido pode “vazar” Corrente C - desvio do feixe, lui ao redor do feixe, entre os tubos externos do feixe ¢ casco. Ha uma frea_ considerdvel entre os tubos externos do feixe e o didmetro interno do casco. Essa corrente pode ter forma helicoidal, ela escoa por essa drea sem cruzar o feixe, passando sempre pelas janelas das chicanas. Corrente E — vazamento entre as chicanas e 0 casco, Para que 0 feixe possa ser colocado dentro do casco, 6 didmetro da chicana deve ser menor que o didmetro interno do casco, por esse vao uma parte do flvido também “vaza’ Corrente F — escoa por qualquer canal existente dentro do feixe, devido aos divisores de passagens do carretel para trocadores com mais de dois passes no tubo. Essa corrente nao foi proposta originalmente por Tinker, foi uma modificagio feita por Palen e Taborek, apud Bell, 1983. Deve ficar claro que essas correntes formam um modelo que tenta representa, de forma simples, 0 escoamento do lado casco, Essas correntes independentes no existem, o que se tem na realidade é um conjunto de correntes que interagem entre si. No método Bell-Delaware a corrente B € considerada essencial, ¢ as outras exercem efeitos que modificam o desempenho do trocador previsto apenas pela corrente B. As correntes de vazamento ou “bypass” reduzem a corrente B e afetam a transferéncia de calor, reduzindo 0 coeficiente de troca de calor Ch), além disso, alteram o perfil de temperatura no lado casco. ‘As correntes apresentadas tém efeitos, grandezas e importancias diferenciadas, ou seja, ndo contribuem igualmente para a troca de calor. Trocadores de Calor 55 A corrente A, embora seja um vazamento, ainda contribui para a troca de calor, pois esté em contato com os tubos. Jd a corrente C, parte dela est em contato com os tubos externos, tendo uma contribu pequena para a troca de calor. Ela pode ser reduzida utilizando-se tiras selantes. A corrente E totalmente o feixe, sem entrar em contato com os tubos, ela tende a distorcer 0 perfil de temperatura assumido na MLDT e reduzindo a diferenga de temperatura. Ela escoa paralelamente aos tubos ¢ as tiras selantes. A corrente F pode ser evitada colocando-se tubos mortos ou os préprios espacadores das chicanas 10S “varios” do feixe. De forma resumida pode-se afirmar que: Corrente A => efeito pequeno no h e AP Comente C = efvito relativamente grande, mas hé manciras mecdnicas de evité-la Corrente E = efeito extremamente sério, ¢ € dificil evité-la Corrente F = efeito moderado, pode ser reduzida Palen e Taborek calcularam a frag de cada corrente utilizando um grande conjunto de dados obtidos com testes de irocadores, os resultados, extrafdos do livro de Saunders, so apresemtados na Tabela 3.1. Tabela 3.1 Fragdo de cada corrente no escoamenta do lado casco. pica das correntes ‘Corrente Designagio ‘Tarbulento Taminar Tubo-chieana ‘A 0,090.23 0.00-0.10 (Cruzada B 0,30-0,65 0,10-0.50 Fene-caco c 0.15-035 0:30-0,80, ‘Chicana-casco E 0,06-01 | ___0,06.048 Diviscria passe F ‘Nao perience 20 modelo de Tinker Estrutura basica do método Transferéncia de calor e perda de carga, do lado casco, sem mudanga de fase O coeficiente de transferéncia de calor (h), a perda de carga na seco de escoamento cruzado ¢ na janela da chicana so calculados para um banco (feixe) de tubos ideal. Os valores sao multiplicados por fatores de correso, determinados experimentalmente, para considerar os vazamentos causados pelas correntes A. C © Ee outros desvios da idealidade. Esses fatores dependem da geometria e das aberturas inerentes } construgo do trocador. Como ser4 percebido no momento da aplicagao dese método, serio necessérios caloulos das reas referentes a esses vazamentos ¢ outros pardmetras geométricos, como area da seco de escoamento cruzado no centro do feixe, érea dos vazamentos casco-chicana ¢ tubo-chicana, fragio dos tubes que esto na seeo de escoamento cruzado, entre outros. 0 cdlcalo do coeficiente de transferéncia de calor do lado casco é realizado pela equagio 3.6. bb VISAS, (3.6) 1h €cocficiente de transferéncia de calor para escoamento cruzado em um feixe de tubos ideal, ¢ assumnido que toda 2 coerente escoa perpendicularmente a um feixe de tubos ideal formado pelo arranjo de tubos da linba de centro do trocar. Foram geradas curvas do fator j em fungdo do nimero de Reynolds para diferentes geometrias de trocadores casco tubo. J € 0 fatee de comeg3o para o corte ¢ 0 espagamento das chicanas, Ele considera a transferéncia de calor na Janela. E fangSo da fracdo dos tubos que esto em escoamento eruzado (F.), depende também do diametro do casco © do cont da chicana. A seeiio de escoamento eruzado é represeniada na Figura 3.4. Para cortes de chicas grandes, J pode assumir valores de 0,52, com cortes reduzidos pode chegar a 1,15. Para trocacores sem tubes mas jancias e trocadores bem projetados, em geral, atinge valor de 1,0. 56 EdUFSCar ~ Apontamentos J, 0 fator de corrego para os efeitos dos vazamentos casco-chicana e chicana-tubos, correntes Ae E, da Figura 3.3. Se o trocador possui muitas chicanas a fragdo do escoamtento nas correntes de vazamento aumenta em relagdo ao escoamento cruzado. E fungao de relagdes entre as areas de vazamento ¢ a area de ‘escoamento cruzado. Um valor tipico para J, é 0,7 2 0,8. J, €0 fater de corrego devido ao “bypass” ao feixe em razio da abertura entre a extremidade do feixe, designada como envoltéria do feixe, eo diametro intemo do casco. Considera os diferentes tipos de trocadores de calor casco e tubo. Para trocadores com espelho fixo, a folga ou abertura entre a envoltéria do feixe © 0 casco é pequena e J, pode assumir valores de cerca de 0,9. Nos trocadores de ealor com cabegote flutuante do tipo “Pull through"a folga entre a envoltéria do feixe € 0 casco é maior ¢ 0 fator se reduz a 0,7. J, considera também os efeitos das tiras selantes que diminuem 0 “bypass”. J, € 0 fator de corrego para 0 espagamento diferenciado das chicanas nas sepdes de entrada e saida do ttocador. Devido a posigio dos bocais do lado casco a distincia da primeira e da tltima chicanas ao espelho ‘mais préximo pode ser diferente do espagamento das outras chicanas. Isso acarreta diferenga na velocidade de escoamento e no coeficiente de transferéncia de calor. O fator J, estard entre 0,85 a 1.0. J, 60 fator de corregdo para o gradiente adverso de temperatura em escoamento laminar. No escoamento laminar 0 coeficiente de transferéncia de calor diminui com o aumento da disténcia a partir do comego do aquecimento, devido ao desenvolvimento de um gradiente adverso de temperatura causado pelo proceso de condugio. Esse fator se aplica somente se o niimere de Reynolds for menor que 100, sendo que com Re ‘menor que 20 apresenta valores baixos. Para Re maior que 100 J, serd igual a 1,0. Para um trocador de calor bem projetado, o efeito combinado de todos esses fatores deve ser maior que 0,6. Figura 3.4 Serio de escoamento cruzado. Perda de carga do lado casco Para o céloulo da perda de carga 0 lado casco ¢ dividido em trés partes, sendo: 1. A regio de entrada e saida; 2. a regido de escoamento cruzado; ¢ 3. a regio das janelas. A perda de carga fotal sera 2 soma dessas trés partes. Essas regides estio apresentadas na Figura 3 1 1. Perda de carga nas segies de entrada e salda, Ap, 2. Perda de carga nas segées de escoamento cruzado, AP, 3 Casco sem os carretis Figura 3.5 Seedes do lado casco para o céleulo da perda de carga 3 3, Perda de carga nas janelas, Ap, ‘Assim, a perda de carga no casco serd a soma das perdas de carga na regio de escoamento cruzado (Ap,), nas janelas (Ap) e ma regio de entrada/saida (Ap,), de acordo com a equacao 3.7 Ap, = Ap, + Ap, + Ap, G7) Para o céleulo de Ap, sera necessatio conhecer-se: Trocadores de Calor 57 ‘Ap, = perda de carga em uma segdo de escoamento cruzado sem vaxamento ou “bypass” ‘Ap,,=> perda de carga em uma secao da janela sem vazamento ou “bypass” R, = fator de correcdo para os efeitos dos vazamentos casco-chicana e chicana-tubos. Valor tipico: —> = 04005 R= ee de corregdo devido ao “bypass” do feixe. Considera os diferentes tipos de trocadores de calor casco e tubos, Valor tipico +R, ~ 0,54 0,8 R, = fator de corregio para 0 espagamento diferente das chicanas nas secdes de entrada e safdla do trocador A sistemética para 0 projeto de um trocador de calor, representado na Figura 3.1, com a utilizagao do método Bell-Delaware para o lado casco seré apresentada a seguir. 3.4.2 Seqiéncia e detalhamento das etapas do projeto de um trocador de calor casco e tubo Condigdes conhecidas: Fluido quente ~ T,,T, ew, Fluido frio— ¢,,1,€ w, Indices: 1 + entrada; 2 —> safda; q > fluido quente; f + fluido frio Dessas 6 varidveis, pelo menos 5 costumam ser conhecidas (a sexta pode ser obtida pelo balango de energia). Deverdo ser obtidas, para os dois fluidos, as propriedades ffsicas necessdrias para o projeto, densidade, viscosidade, condutividade térmica, calor especffico. Algumas destas propriedades podem ser obtidas no Anexo 6, Deverdo ser conhecidos também os fatores de incrustacgdo verdadeiros de cada um dos fluidos (R,, eR). No inicio do projeto € especificada uma perda de carga maxima que cada corrente pode ter. Para liquidos esse valor costuma ser de 10 a 25 psi. Adotaremos aqui o valor indicado por Kern, 10 psi (~10.000 Pa). AdocSo de alguns pardimetros e condigSes. Reveja os critérios para estas escolhas: © Qual fluido escoard pelo lado tubo e qual escoaré pelo lado casco, ‘© Comprimento dos tubos que comporao 0 feixe de tubos do trocador. © Difimetro:interno ¢ externo dos tubos. © Arranjo dos tubos no feixe e disténcia entre tubos. © Tipo e espacamento de chicanas. Para os calculos, utilize um sistema de unidades coerente. 1. Balanco de energia Wop (Ty — T) = Cy (= 1) 8) 2. Diferenca de temperatura no trocador (At) At=MLDT__F G69) 58 EAUFSCar ~ Apontamentos MEDD contr a @G.10) At, siio as diferengas de temperaturas nos terminais do trocador. Ver a dedugio do MLDT e as hipéteses assumidas, Como ficaria a equacdo 3.10 se tivéssemos um caso particular, mas possivel, de At, = At,? ee: F depende dos adimensionais de temperatura Re S. 1-1, Ree Gay tot =t Graficos de F esto disponiveis na literatura, ver, por exemplo, Anexo 2 ou Kern, p. 649 a 654, ou TEMA (Tubular Exchangers Manufacturer Association). Quando e por que é necesséario utilizar F? Aqui é definido o nimero de passagens no casco. Ver as definigdes de intersegio ou cruzamento de temperaturas (cross) e aproximaco (approach) e como esses fatores se relacionam ao niimero de passagens no casco. F pode ser obtido também a partir das equagées (para utilizago em programas de computador & preciso ter a equagio de F), Kern apresenta a dedugio dessa equagio para 1 passagem no casco (e duas ou mais no tubo), Capitulo 7, p. 103, © para duas passagens no casco e 4 ou mais passagens no tubo, Capitulo 8, p. 132 Saunders apresenta essas equagdes para N trocadores 1-2" em série, Lembrando que um trocador 2 4 pode ser representado como 2 trocadores 1-2 em série. A designagio 1-2* representa um trocador com uma passagem no casco ¢ duas ou mais passagens (pares) no tubo (0 niimero par de passagens no tubo praticamente no afeta o valor de F). As equagdes sio: Para N = 1 utilize a equagio 3.12 piRel (3.12) No caso particular de At, = At,, perceba que © adimensional R (equagdo 3.11) ¢ igual a1 e a equagio 3.12 néo pode ser utilizada. Neste caso, deve-se utilizar S" no lugar de S, na equagao 3.12: a 33 Nsen | F gai lembrando que N € 0 niimero de trocadores em série. Se R= 1, a equagdo 3.12 passa a ser: Trocadores de Calor 59 Fe aNegt 1,4142S" G14) - 2-S'(2-2"" * 058588" (solos al ie rol; ae Para N > 1, utilize as equagdes 3.13 ou 3.15 € 3.12 ou 3.14. Perceba que para o caso de um trocador 1-2, com R = 1, F 6 obtido pela equagdo 3.14 com S no lugar de S* (ver equagio 3.13 com N = 1). A abordagem de Saunders busca generalizar as equagées de F a fim de facilitar a utilizagdo em computadores, além de fornecer valores mais precisos do que aqueles tirados de leituras de gréficos. No Pprocedimento “manual” do projeto os graficos de F sao utilizados com facilidade mesmo com R = 1 3. Temperaturas médias ou cal6ricas para avaliacdo das propriedades fisicas e posterior calculo dos coeficientes de transmissao de calor por conveccao (h) Ver o significado de temperatura calérica em Kern, p. 68 e 81 (item 3). No Anexo 5 hé uma expli- cago resumida. Vamos utilizar aqui temperatura média para cada corrente. Inicio do processo iterativo, 0 objetivo é supor um trocador existente e verificar se ele consegue realizar © servigo, Tenha em mente a estrutura Iégica do projeto apresentada na Figura 3.1. O que se esté fazendo aqui € detalhando cada uma daquelas etapas. Para obier esse trocador, a ser testado, necessita-se: a) Adotar um valor de U,, (ver Kern, p. 661, Quadro 8, ou Perry, ateng&o com as unidades) ¢ calculara érea de troca de calor pela equagéo de projeto: q=U,Aat G.16) Com a area de troca A ¢ © comprimento (L) € diémetro dos tubos, j4 adotados, caleular 0 némero de tubos (N,) que compord 0 feixe do trocador. ) Adotar um némero de passagens para o lado tubo considerando a perda de carga permitida (ler indice de Kem, p. 173, Calibagio de um trocador). Selecionar um trocador, utilizanda tabelas de fabricantes (Anexo | ou Kem, p. 662 e 663), com um nimero de tubos mais préximo de N, ¢ com o niimero de passagens no lado tubo especificado. ‘¢) Com o ntimero de tubos verdadeiro (novo N,), recalcular a drea de troca do trocador Asn 4) € 0 nove valor de U,, (equagao 3.16). Neste ponto, tem-se um trocador praticamente definido com todas as caracteristicas fisicas ja conhecidas, exceto o espagamento entre as chicanas. O que se deve fazer em seguida ¢ testar 0 trocador, quanto & parte térmica e hidréulica (ele ¢ capar de realizar 0 servigo com a perda de carga maxima 60 EdUFSCar — Apontamentas estipulada?). Os itens seguintes fazem parte de uma avaliagao de um trocador existente, para saber se ele pode ser ou nio usado para determinado servic, Compare com os procedimentos utilizados por Kern nos Capitulos 7 ¢ 11 do livro Processos de Transmissdo de Calor, principalmente quanto ao lado casco. O ‘Anexo 4 apresenta 0 procedimento de Kern de forma resumida. 4. Calculo dos coeficientes de transmissao de calor por conveccao para o lado tubo e o lado casco Lado tubo Para 0 célculo de h ser necessério 0 valor da velocidade de escoamento ou da vazio méssiea por unidade de 4rea (G,) e outras grandezas intermediérias como: Area de escoamento (a,) B17) sendo ai a drea de escoamento de um tubo = (n d?)/4 G.18) © valor de a1 pode set obtido diretamente das tabelas para tubos de trocadores (norma BWG), por exemplo Kern, p. 664, Quadro 10, ou calculado; d, 6 o diémetro interno do tubo © n, 0 néimero de passagens no tubo. Vazao massica por unidade de area (G,) G, =~ kg/sm? ow Ib/h fey G.19) Ble w € a varaio méssica do fluido do lado tubo. Numero de Reynolds Re, = 2. (3.20) a Velocidade de escoamento Gi eri (3.21) P p é a densidade do fluido. a) Se 0 fluido for Agua, utilizar uma das seguintes equacdes: Sistema inglés (160 +1,75 1) v% (Brush 16°F) (3.22a) com 10,9109 — 0,4292 log d, (3.23a) Trocadores de Calor 6' + a temperatura média da 4gua (°F) v éavelocidade de escoamento (ft/s) 4 € 0 didmetro interno do tubo (polegadas) ou b= 150 (1+0,011t) v/d9? — (Brw/h ft *F) (3.24a) comh, v, ted, nas mesmas unidades da equaco 3.22a. Qu ainda pode ser utilizada a Figura 25, p. 656, do Kern. Sistema intermacional: b= 14,66 ¢ (216 +3,151) v* — (W/m?K) (3.22b) com ¢ = 0,2263 — 0,4292 log d, (3.23b) ta temperatura média da agua (°C) v € a velocidade de escoamento (m/s) ¢ 4 €0 dimetro interno do tubo (m) ou 1055 (1,352 + 0,0198t) v°%/d22 (Wim? K) (3.24b) com h, v, ted, nas mesmas unidades da equagdo 3.22b. Como 2 agua é um fluido normalmente incrustante nao se utilizam velocidades de escoamento inferiores @ 1 m/s. Sugere-se ler a parte referente a “Trocadores usando agua”, p. 115, do Kern. ) Para qualquer fluido com Re > 10.000 as equagdes 3.25 ¢ 3.26 podem ser utilizadas. Soe bg on $82) (2) (4) (3.25) k i k He ou utilizar 0 grifico de j, x Re, Figura 24, do Kern, p. 655. Saunders apresenta a equago 3.26: anes, \Osis ys beds _ 0.024 aS Sodas us (3.26) k B k Hay com a = 0,18 no aquecimento ¢ a= 0,3 no resfriamento. No inicio considere o termo (w/u,)%* igual a 1. Posteriormente, quando for possivel calcular a temperatura da parede (t,), este termo sera recalculado. No regime laminar, Re < 2.100, utilizar a equagio 3.27. hid, Et =3.66 (3.27) 62. EAUFSCar — Apontamentos Na regidio de transig3o, 2.100 < Re < 10.000 2 on ) 125 “ c 2 2 is = 3 ae es + is 3 re Outras correlagdes podem ser encontradas em Kakag e Liu, Obtengao de h,, (coeficiente de transmissio de calor do lado tubo tomando por base a area externa do tubo) (3.29) Lado casco — Método Bell-Delaware Para 0 lado casco é preciso que sejam definidas as caracteristicas das chicanas (tipo, corte © espagamento). Para o espagamento das chicanas (],) 0 TEMA define: Espagamento minimo: chicanas segmentares normalmente no devem ter espagamento menor que 1/5 do dimetro interno do casco, ou 2 polegadas, aquele que for maior. Entretanto, projetos especiais podem ditar menor espagamento. Espagamento maximo: as placas de suporte dos tubos serdo espagadas de modo que o comprimento de ‘tubo nao suportado no exceda o valor indicado na Tabela R-4.52 do TEMA (para a classe R) para 0 material do tubo usado. Esses dados so reproduzidos na Tabela 3.2. Tabela 3.2. Maximo comprimento reto de tubo nfio suportado (dimensdes em polegadas). ‘Comprimento maximo no suportado Estimativa = 74 d,"" (subtrair 12% p/ tubo de Cu, Al, i...) (Perry) “Material do tubo ¢ limite de temperatura °F) Diametro externo do tho | Caton & high alloy steel (750) | Aluminum & aluminum alloys Low alloy sieel 850) | Copper & copper alloys (600) | Titanium & zirconium (850) | At code maximum allowable Nickelchromiumiron (1000) _| temperature % 60 2 1 ™4 64 1M 88 16 100 87 125 110 Obs.: entenda o que € comprimento méximo nao suportado, ‘Além disso, 0 TEMA define: normalmente, as chicanas serdo uniformemente espagadas, ocupando 0 efetivo comprimento do tubo. Quando isso nao é possivel, as chicanas mais préximas das extremidades do casco e/ou dos espelhos serio localizadas to préximo quanto possfvel (pritico) dos bocais do casco. As chicanas restantes sero espagadas uniformemente. Calculo do coeficiente de transmissao de calor do lado casco (h,) Has Je Jy 54 3.30) Trocadores de Calor 63, I, Caleulo do coeficiente de transmissiio de calor do lado casco para um feixe de tubos ideal (h,,.,) ea sot Bigoas = Jit, a FS 31 k, ¢, € sao a condutividade térmica, 0 calor especifica e a viscosidade do fluido, respectivamente, e W, a vario massiea do fluido que escoa do lado casco. i é a viscosidade do fluido avaliada na temperatura da parede, 0 fator j, para um feixe de wos ideal pode ser obtido pela equacdo 3.32 ou pela Figura A7.1 (Anexo 7). S, € a area da segdo de escoamento cruzado na ou préxima & linha de centro. (3.32) em que a ¢ obtido pela equagdo 3.33 ¢ as constantes a, a,, a, ¢ a, so fornecidas na Tabela 3.3 ay *Trol4Re,™ 3.33) Tabela 3.3 Constantes a. a, a, € 8 ‘Arranjo dos tubos Re A a a 10°10" 0,321 0388 1,450, 0519 1010" 321 0,388 1,450 0.519 30" 10-10? 0593 ~OATT 1.450 0,519 110 | 1,360 0.657 1,450. 0.519 <10 1.400 0.519 1010" 0370 0.500 i010" 0370 0,500 as 10°10? 0,730 0,500 107-10 0498 0.656 0,500 <10 1,550) =0,667 0,500 10-10" 0370 0,395 0370 10107 0,107 0,266 0,370 or 10-10" 0.408 0,460 0,370 10-10 0,900 0.631 0,370 <10 0970 0.667 0.370 © niimero de Reynolds do lado casco (Re,) € dado pela equagio 3.34. dw Re, =<¢ G34) USm A rea da segio de escoamento cruzado na ou proxima & linha de centro, §_, pode ser calculada pela equacSo 3.35 ou pela 3.36, dependendo do arranjo dos tubos. Para arranjos quadrados em linha ou rodados: Pande ay] (3.35) 64 EAUFSCar - Apontementos Para arranjos triangulares (30 ou 60°): Du -d, [P.-Pa a @-8| G36) mn P 1, 60 espagamento entre as chicanas (TEMA define espagamento maximo ¢ minimo), p ¢ 6 passo ou “pitch” € py 0 passo dos tubos perpendicular ao escoamento (ver Figura 3.6 ¢ Tabela 3.4). D, € 0 diametro interno do casco ¢ D,,. 0 diametro do feixe de tubos ou didmetro da envoltéria do feixe, ambos podem ser obtidos na Tabela Al.1, do Anexo 1. Tabela 3.4 Valores de passos (“pitch”) Diam ext. do tubo dn) | Passo (p) Gn) ‘Arranjo Pp din) pada) | 0,625 0812 od 0,704 0,406 07750 098 [>a oid 0469 0.750 1 =o 10 1,00 0.750 1 > rodado 0,707 0707 0,750 1 4 0,866 0,500 10 250 [=O 1,250 1250 10 1250 | ->rodado © 0,884 0384 10 1,250 oa 1,082 0,625 eo Figura'3.6 Passos (“pitch”) dos tubos paralelo e normal ao escoamento. Considere inicialmente o termo (j1/j1,)*" igual a 1. A seguir, apds o célculo da temperatura da parede, ele devera ser recalculado. Il. Fator de corresao para os efeitos da configuraco da chicana (J,) F, +0,54(1-F, (3.37) em que F, é a fragdo do mimero total de tubos numa segao de escoamento cruzado e pode ser calculada pela equacao 3.38, com os angulos em radianos. 1 D,- D, = D,- E ne 21, sr{ acs 15 aceon Ae axe) m et Dai et 1, € 0 corte da chicana, apresentado na Figura 2.10. {A fragdo F, também pode ser obtida pelo grafico apresentado na Figura A7.2 do Anexo 7. Na realidade, essa figura sé é valida para trocadores de caberote flutuante do tipo anel bipartido, Trocadores de Calor 65 © fator de corregdo J, também pode ser obtido a partir da Figura A7.3 do Anexo 7. IIL. Fator de corregio para os efeitos dos vazamentos na chicana (J,) a+( ale - aaSacSs) (339) 5, (3.40) S,, ¢ 4 drea da segdo de vazamento tubo-chicana e pode ser calculada pela equacio 3.41 (F, +1) Sp and BN, Gal) sendo 8, a folga diametral tubo-chicana, TEMA classe R assume 5, 1/32 polegadas (7,938 « 10“ m). S,, €# rea da segdo de vazamento casco-chicana dada pela equagao 3.42. 2 J G42) D, em que 8,, é a folga (abertura) diametral casco-chicana especificada pelo TEMA e apresentada na Tabela 35 Tabela 3.5 Abertura diametral casco-chicana em fungio do didmetro nominal do casco. Diimetro nominal (in) Abertura diametral careaga-chieana (in)/(m) &13 (0,100/0,00254 14:17 0,125/0,00318 18-23 0,150/0,00381 24:39 0,17570,00485 40-54 0,225/0,00572 55 0,300/0,00762 S,, pode ser obtido também pelo grafico apresentado na Figura A7.4 do Anexo 7 (TEMA classe R). J, também pode ser obtido da Figura A7.5. IV. Fator de correeio para os efeitos de contorno (“bypass”) do feixe (J,) tr N, ex -cah[t-(2%2) (G43) 1,35 se Re, < 100 G44) C,.= 1,25 se Re, > 100 G43) N_ € o niimero de fileiras de tubos cruzados (pelo escoamento) numa seco de escoamento cruzado ¢ € dado pela equaco 3.46. 66 EdUFSCar — Apontamentos _ D201, /D,)) Pa agiet p, € 0 passo dos tubos paralelo ao escoamento (ver Tabela 3.4 € Figura 3.6), N, 46) F,, 6a fragdio da area da segdo do escoamento cruzado em que pode ocorrer a corrente C (“bypass). ¢ pode ser calculada pela equagao: D,-D, GPa (3.47) Se (D,— D,,)I, € 8 rea para o desvio em torno do feixe (bypass) ¢ em algumas publicagdes ¢ designada por S,,. N,, € o niimero de pares de tiras selantes. Obs.: que sio tiras selantes € que corrente elas procuram evitar? Costura-se utilizar um par de tiras selantes para cada 5 a 7 filas de tubos na sega de escoamento cruzado, So empregadas quando a folga entre 0 casco e 0 feixe (D, - D,,) > 1,5 polegada ou (D, —D,,) > 0,5 polegada e essa equagiio representa a razio entre a érea do “bypass” ao feixe ea drea efetiva do fluxo cruzado. Se (NN) 20,5, entao J, J, pode ser obtido também pela Figura A7.6 do Anexo 7. Y, Fator de corregao para o gradiente adverso de temperatura (J,) J,= 1 para Re, > 100 G48) pes etl We yi Pave Re, 520 3.49) ou utilize a Figura A7.7a 20-Re, J; -1| para 20 < Re, < 100 (3.50) ita] pan 20, Ou utilize a Figura A7.7b, conhecendo-se J,” (equagao 3.49) ¢ Re,. VIL Fator de correcio devido ao espagamento desigual das chicanas na entrada e na saida (J,) Se a distancia entre os espelhos ¢ os bocais do lado casco for maior que o espagamento das chicanas (1), a primeira e a diltima chicana terdo espacamento diferenciado em relagao as demais. Os espagamentos da primeira e da ultima chicanas, |, ¢ ,, (em relag2o aos espelhos), podem ser obtidos por: (3.51) I= 1+4, (3.52) em que d,__,,,€ d.,.,, 8&0 05 didmetros dos bocais de entrada ¢ de saida do lado casco, ¢ na falta de Trocadores de Calor 67 em que ,,.,,, € d,,..,, S10 0s didmetros dos bocais de entrada e de safda do lado casco, ¢ na falta de informagdo especifica pode ser obtido da Tabela 3.6 (Tabela 7.1 do Kern, p. 99), 1, 6 0 espagamento da chicana de entrada e 1,, 0 espagamento da chicana de saida. Tabela 3.6 Didmetro do bocal em fungdo do didmetro do casco. Didimetro do easeo (poleg.) Diimetro do bocal (poleg.) <12 2 1217 3 194.214 4 2314-29 6 31-37 8 339 10. As grandezas |,,¢ |,, representam as disténcias das chicanas de entrada ¢ de safda em relago a0 espelho correspondente e costumam ser iguais. Os parametros |, ¢ 1, podem ser obtidos das Figuras 6.6 6.7 de Goldstein ou da Tabela 3.7. Tabela 3.7 Valores de I,e |, Classe de presse (psi) | Diametro do casco (in) Ain) ‘(ind 10 OM un” 150 30 ™ 12% CG r 16% 10 1% 600 30 10% 16% 60 14% 23" O fator de corregao devido ao espacamento desigual das chicanas na entrada ¢ na saida, J,, pode ser calculado pela equagao 3.53. (3.53) 0.6 para Re, >100 e 1/3 para Re, < 100 (3.54) ngimero de chicanas N, € obtido pela equagao 3.55, ee os em que L € © comprimento dos tubos. |, ¢ 0 espagamento da chicana de entrada ¢ |,,, 0 espagamento da chicana de safda. esses espagamentos foram definidos nas equagdes 3.51 © 3.52. O fator de corregao J, pode ser obtido também pela Figura A7.8 do Anexo 7. 68 EAUFSCar — Apontamentos E possivel agora calcular h, pela equagao 3.30. ‘Calculo da temperatura da parede (t,) Se 0 fluide frio esta no interior do tubo, utilize: fh, —(T, = (3.5 tree any) G56) ips sendo T, e t, as temperaturas caléricas ou médias do fluido quente e do fluido frio, respectivamente Seo fluido quente esti no interior do tubo, utilize: hy h, +h, (Ht) 57) teeter sendo T, ¢ t, as temperaturas cal dricas ou médias do fluido quente e do fluido frio, respectivamente. Com 0 valor de t, avalie a viscosidade dos dois fluidos nessa temperatura ¢ calcule os termos (/ "4 para os fluidos do casco ¢ do tubo (s¢ a equagao de h, tiver esse termo). Multiplique o valor de h, (equagio 3.30) pelo termo (w/j1,)""* referente ao fluido do casco. Multiplique o valor de h,, (equagao correspondente) pelo termo (j/}1,)%" referente ao fluido do tubo, se for necessirio. Perceba que a equagio de h, especifica para a égua nao possui esse termo. Calculo do coeficiente global (limpo ou de polimento) U_ hh, =e U. Toek (3.58) Calculo do fator de incrustagao e excesso de area de troca Fator de incrustago calculado 3.59) R,(ealculado) deve ser maior que R, (verdadeiro). Porém o problema é: quanto maior? R, representa a incrusta¢ao dos dois fluidos, portanto, ¢ a soma dos fatores de incrustagaio dos dois fluidos. Kern utiliza a condig&o R, calewlado > R, verdadeiro para que 0 trocador seja aceitavel termicamente. Porém, utilizaremos o critério do excesso de Area, por ser fisicamente mais palpavel. Excesso de area de troca (EA %) A pico — A a in (3.60) Ludwig recomenda que EA esteja entre 10% a 20% para que o trocador seja aceitivel termicamente. Asasina € 4 Atea de troca de calor que realmente se necessita para realizar o servigo especificado, com 0 valor de U, calculado e R, verdadeiro (nio ¢ 0 R, calculado pela equagdo 3.59). Ela pode ser obtida por: 4 hom me Tat Gon com U, sendo: 1S Gry kat Re (3.62) Bysu, Trocadores de Calor 69 Calculo da perda de carga no lado tubo Perda de carga em razio do escoamento nos tubos #G?Ln 2p f€0 fator de atrito de Fanning, p, a densidade do fluido e ,. 0 termo (w/i,)*"* para o fluido do lado tubo. Ap= G63) 0 fator de atrito de Fanning pode ser calculado pela equagio de Filonenko apud Kakag ¢ Liu: £ =[1,58in(Re,)-3,28]? (3.64) Outras correlagdes podem ser encontradas em Saunders e também em Kakag e Liu Perda de carga de retomno (entre passagens) 2 Ap ey (8.65) Perda de carga total no lado tubo eae, 3.66) No projeto, procure utilizar toda a perda de carga permitida, Calculo da perda de carga no lado casco A perda de carga no lado casco ¢ a soma das perdas de carga nas segéies de escoamento cruzado, nas janelas e nas regides de entrada e saida, conforme a equagao 3.67. Ap, . = Ap, + Ap, + Ap, (3.67) 1. Perda de carga na seedo de escoamento cruzado Ap, ¢ baseada na perda de carga de um banco de tubos ideal, Ap, com espagamento central de chicanas |. O niimero de passagens eruzadas € (N, ~ 1), sendo N, o niimero de chicanas e Ap,, é corrigido Para os efeitos eausados por vazamento © “bypass” inerentes a um trocador real. Desta forma Ap, & representado por: 4p. = Apy (Ny -DRAR, (3.68) A perda de carga para uma seco ideal de fluxo cruzado, Ap,,.é calculada pela equagao 3.69. a ay oh Faas ee (3.69) {| €0 fator de atrito para um feixe de tubos ideal e pode ser obtido pela Figura A7.9a ou b, ou pela equacdo 3.70. f » (3) (Re, J @.70) em que b é obtido pela equagao 3.71 JO EdUFSCar - Apontamentos bs —— @7) 1+0,14(Re,)” ‘As constantes b,, b,, b, ¢ b, sio fornecidas na Tabela 3.8. Tabela 3.8 Constantes b,, b,,b, € by ‘Arranjo dos tu Re, by be bs be 10-10% 0,372 0,123 7,00 0,500 Toe 0.486 =0,152 7,00 (0500 30° 10-107 4,570 -0,476 7,00 0,500 1010 45,100 0,973 7,00 0,500 =10 48,000 =1,000 7,00 0,500 10-108 0,303 0,126 659 0520 10%-10% 0,333 0,136 6,59 0,520 4s 10-10" 3,500 =0,476 659 0520 107-10 26.200 0,913 659 0520 <10 32,000 =1,000 659 0520 107-10" 0391 0.148 6.30 0378 10410 0,0815 40,022 6,30 0.378 oo" 107-107 6,090 =0,602 630 0378 10°10 32,100 0,963 6,30 0,378 <10 35,000 =1,000 630 o378 0 fator de corregdo para o efeito de vazamentos na chicana (R,) € obtido pela equagdo 3.72 S, Set Saale Ry = exp] -1,33]1+——S2— | “Bb G.72) Sp +Sy Sa m= 20,15 [1+ + 08 7B) i» +Su5 R, pode ser obtido também pela Figura A7.10 do Anexo 7, 0 fator de correpao para o efeito do contorno do feixe (R,) é calculado pela equagao 3.74. vs N R, =exp1-C,,F,,[1-| 2 @7) N, C,,= 4.5 para Re, < 100 @.75) ©, =3,7 para Re,> 100 8.76) O fator R, também pode ser obtido pela Figura A7.11 do Anexo 7. ‘A perda de carga na segilo de escoamento cruzado, Ap,, pode ser calculada pela equacdo 3.68. Trocadores de Calor 71 TL, Perda de carga nas janclas, Ap, E a perda de carga em todas as janclas do casco, o nimero de janelas € igual ao miimero de chicanas, N,; caleulada pela equagao 3.77. Ap y = NyAp wR} 6.77) E baseada na perda de carga de ums janela ideal, sem vazamentos ¢ desvios, AP, Para o célculo da perda de carga para uma seco de janela ideal, o método Bell-Delaware apresenta duas correlagdes, uma para escoamento turbulento e outta para laminar. Para Re, 2 100, escoamento turbulento a Mage ee Nee) estate) (3.78) 2SmSwP sendo N_, 0 mimero de fileiras de tubos efetivamente cruzadas em cada janela e dado pela equagao 3.79. yeas (3.79) Pe S, £2 area da se¢Ho de escoamento da janela, ou seja, a diferenga entre a érea total da jancla (S.,) € a area ocupada pelos tubos na janela (S_), (G.80) és 5 Di He )_f;_o te \f_fj_ok aH srsn{ a) (: a ( 2) G.81) com os angulos em radianos. S,, também pode ser obtide do grafico apresentado na Figura A7.12. N Syq = Gi (l—-F,) nd? (3.82) Pars Re, < 100 26uw [ N, 1, 2w? a Bend), 20 as felts a 6s) sendo D, 0 diémetro equi 4S lente da janela, que pode ser calculado pela equacao 3.84. Dy ce 3.84) & 2)N,(-F., +D,4, : em que 6, ¢ 0 &ngulo de corte da chicana, em radianos, ¢ dado por: f 1 8, =2; 1-2 (3.85) . —_— D, } G85) Aperds de carga nas janelas, Ap,, pode ser calculada pela equagdo 3.77. IIL. Perda de carga nas — de entrada e de saida do easco, Ap, =2Ap,i(1 G86) 72 BAUFSCar — Apontamentos Fator de corregio em razdo do espagamento desigual das chicanas (R): 1 feo ge ype R, =4{) +) | (3.87) n= 1 para Re, < 100 (3.88) n= 0,2 para Re, > 100 (3.89) ‘A perda de carga no lado casco (excluindo os bocais) pode ser calculada pela equacdo 3.67. No projeto, procure utilizar toda a perda de carga permitida. Analise dos resultados Analisar a parte térmica (R, caleulado ou 0 excesso de drea de troca) ¢ a parte hidréulica (valores das perdas de carga para os dois fluidos, comparar com as perdas de carga admissiveis). Com essa anélise pode-se concluir se 0 projeto esté adequado ou necessita ser modificado, Procurar, no projeto, utilizar toda a perda de carga permitida. Se houver necessidade de modificaga O que € fluido controlador? . atengdo: procure identificar 0 fluido controlador (se houver).. Analise 0 excesso de area (equagdo 3.60), vocé pode tentar mexer na érea do projeto ou na area necesséria. O objetivo & sempre obter © menor trocador que realize o servigo, utilizando toda a perda de carga permitida. As vezes, as indicagdes do Kern (Capitulo 11, p. 174) sobre 0 que ocorre com h, ¢ AP, quando se altera ‘o ntimero de passagens no tubo, podem evitar tentativas desnecessérias. Procure entender como essas relagdes foram obtidas. Andlise semelhante é realizada para o lado casco quando se altera o espagamento de chicanas, eniretanto como utilizamos 0 método de Bell-Delaware, os valores de Kern nio se aplicam. Pereeba que modificagdes de mimero de passagens no tubo e espagamento de chicanas do lado casco afetam mais a perda de carga do que oh. 3.5 Método da efetividade — NTU Anteriormente, utilizamos para analisar um trocador a MLDT (média logaritmica das diferengas de temperaturas), que para a situagao de projeto, quando se conhecem as temperaturas de entrada ¢ de saida dos fluidos, é bastante adequada e de uso direto, Entretanto, para a situaco de avaliagdo de um trocador, quando apenas as temperaturas de entrada dos fluidos so conhecidas, 0 processo torna-se iterative. Nessas situagées, uma alternativa seria usar outra abordagem, 0 chamado método da Efetividade ~ NTU (nimero de unidades de transferéncia), proposte por Nusselt em 1930 ¢ desenvolvido por Kays ¢ London. A efetividade do trocador de calor (e) & a razdo entre o calor transferido no tracador (q) ¢ 0 calor ‘maximo que poderia ser transferido dispondo-se de rea infinita, portanto: 4 es (3.90 Go Se analisarmos o perfil de temperatura de um trocador de calor em contracorrente, apresentado na Figura 3.7, verifica-se que normalmente um fluido sofre variagao de temperatura maior do que 0 outro. (Num caso particular as variagSes de temperatura podem ser iguais.) Trocadores de Calor 73 Figura 3.7 Perfil de temperatura em um trocador de calor em contracorrente, 0 fluido que sofre maior variagdo de temperatura possui a menor capacidade calorifica (C). No ‘trocador com Area infinita um dos fluidos sofrera a maior variacdo de temperatura possivel, que € T, ~ que © fluido quente possui a menor capacidade calorifica {C,< C). No caso de um trocador infinito, o fluido quente softerd a maior variagao de temperatura posstvel {,, Suponhamos, como no caso da Figura 3. © serd resfriado até a menor temperatura no trocador, ou seja, a de entrada do fluido frio (1,), portanto a -variagdo de temperatura sera T, = t,. Desta forma, a... sera: an=C,7,-1) eC, A= 1,68 m? ¢) 1-2-NTU =0.49 3 A= 1,65 Para essa aplicagdo no ha vantagem alguma em se utilizar 0 método ¢ ~ NTU em relagdo a MLDT, exemplo seguinte apresenta vantagens. Aplicacio 2 O éleo nas condigdes de entrada da aplicacao anterior é resfriado por uma corrente de agua de 0,277 kg/s © temperatura de entrada de 280 K num trocador casco ¢ tubo 1-2 com area de troca de 1,65 m* ¢ U 250 Wim K). Quais as temperaturas de saida do éleo ¢ da agua? Identificagdo do C_,, C__ = 0,5 x 2090 = 1045 W/K C__ = 0.277 x 4180 = 1158 WK Portanto, agora o 6leo possui 0 C,. C= C_sC_= 1045/1158 = 0,902 NTU = UAIC_, = 250 x 1,65/1045 = 0,367 Com os valores de NTU e C, — Figura A8.2a para trocador caseo e tubo 1-2, obtém-se a efetividade €: e=031 78 EAUFSCar — Apantamentas Utilizando a equaco 3.96, obtém-se 0 calor trocado, q=eC,,, (T, —t,) = 0,31 x 1045 x (375 — 280) = 30775 W Com a equagito da troca de calor para cada fluido, determinam-se as temperaturas de saida. Oleo: q 45,6 K _ ¥ (1, -T,) = 1045 (375 -T,) => T, Agua: a= C,,, X (ty -t,) = 1158 x Ct, - 280) = t, = 306,6 K A resolugdo dessa aplicagao, utilizando-se a metodologia da MLDT, cairia num procedimento iterativo. Entretanto, deve-se salientar que nem sempre se possui o valor de U sem se conhecer as temperaturas de saida do trocador. Portanto, essa vantagem do método da efetividade ~ NTU deve ser vista com cautel 3.6 Exercicios 1, 90.000 kg/h de um hidrocarboneto (c, = 0,45 keal/kg °C) so resfriadas de 70°C a 40°C por meio de uma corrente de agua que se aquece de 20°C a 35°C. Deve ser utilizado um trocador de calor casco e tubo 1-2 com tubos de 4 m de comprimento, didmetro externo de 2,54 em e interno de 2,21 em. A gua escoa no interior dos tubos. Calcular 0 niimero de tubos do trocador ¢ a rea de escoamento para a égua. Considere U = 1,400 keal/hm? °C. 2. 20 Uh de anilina sio resfriadas de 135°C a 93°C, utilizando-se benzeno que entra no trocador a 38°C © deve sair a 70°C. Caleular: 4) ocomprimento de um trocador duplo tubo operando em paralelo, com U= 600 keal/hm* *C e tubos com as, seguintes dimensOes: tubo externo D,= 8,0 em e D, = 8.9 em tubo interno d= 5,3 cme d, = 6,0 em b) idem ao anterior operando em contracorrente c) rea de um casco € tubo 2-4 com U = 900 keal/hm? *C €) © trecador casco € tubo do item anterior seria realmente necessério? Justifique. 3, 10,000 Ib/h de gasolina (56° API) so resfriados de 150 a 130°F, aquecendo-se querosene (42° APT) de 70a 100°F em um trocador duplo tubo, Sao permitidas quedas de pressao de 10 psi ¢ fator de incrustagio total de 0,004 h f°F/Btu. Quantos grampos, de tubos IPS 2% x 1¥4 polegadas, com 20 ft de comprimento so necessirios? Qual o fator de incrustagio calculado? 4. (Provao 1999) Uma corrente de éleo, inicialmente a 150°C ¢ com vazao de 21 kg/s, deve ser resfriada até a temperatura de 60°C antes de ser enviada para um tanque de armazenamento, conforme o esquema a seguir, Como hé necessidade de utilizar 5 kg/s desse 6leo, a 100°C, em outra drea da instalacio, essa operagio de resfriamento é efetuada em dois trocadores de calor instalados em série, ambos com snica passagem dos dois fluidos (casco € tubo 1-1). No primeiro equipamento, © 6leo troca calor com outra corrente de processo, aquecendo-a de 70°C a 120°C, e o coeficiente global de transferéncia de calor € igual 4 800 W/(m? °C). Ap6s a retirada dos 5 kg/s, a corrente de éleo € resfriada até os 60°C no segundo trocador, onde troca calor com Agua de resfriamento, que se encontra disponivel a 24°C ¢ deve sair a 30°C. segundo trocador possui 70 tubos de 0,025 m de didmetro e paredes delgadas. Nele, a Agua escoa pelo interior dos tubos ¢ 0 leo pelo lado do casco, em configuracdo contracorrente. O coeficiente de transferéncia de calor médio (coeficiente de pelicula médio) no escoamento do Seo, através do casco do segundo trocador, € igual a 1.200 W/(m? °C). Assim Trocadores de Calor 79 a) Indique a configuragio do escoamento (paralelo ou contracorrente) no primeiro trocador, justifique sua oped, ¢ calcule a area de transferéncia de calor. ) Determine © comprimento dos tubos do segundo trocador, considerando © escoamento no interior desses tubos completamente desenvolvido. Dados/informagdes adicionais: Propriedades dos fluidos (considerar constantes): Densidade Calor especif. Viscosidade Cond, Térmica Némero de (kg/m?) (Wk °C) (kg/m) (Wim °C) Prandt Agua 1000 4100 10108 0.60) 68 om 800 2000 0.0725 014 10357 ‘Fluido de 900 2200 F 1,23, es) ead 0,008 0,2: 16,5 Fido de proceso t=700 ‘Trocador 1 Trosador 2 U= 800 Wimi"c 70 tubos Tanque Y 42120 Aguat,= 30°C Y Resolva pelos métodos da MLDT e da efetividade. 5. Utilize a nomenclatura do TEMA para especificar os seguintes trocadores: 2) Trocador casco ¢ tubo com espelho fixo, cabegote frontal tipo boné (bonnet) e cabegote posterior com tampa removivel, uma passagem no casco, didimetro do casco de 19%4 ¢ tubos com comprimento de 10 ft. ) Refervedor tipo “Kettle”, com difmetro para entrada do feixe de 2344 polegadas e didmetro do casco de 45 ppolegadas, feixe de tubos em U, carretel integral com o espelho e com tampa removivel. ©) Trocador casco e tubo 2-6, com carretel dos cabegotes frontal e posterior com tampa removivel, didmetro do casco de 2144 polegadas e comprimento dos tubos de 16 ft. 6. Em relagio a0 projeto de trocador de calor que vocé desenvolveu, analise ¢ explique o que mudaria no procedimento se fosse necessério projetar um trocador 3-6? Em que condigdes seria necessério utilizar um trocador com essa configuragio? 7. Tem-se disponivel um trocador de calor casco e tubo com 19 tubos de lato com 18 mm de didmetro externo, espessura de parede de 2 mm ¢ 12 m de comprimento. Deseja-se saber se sua érea de troca de calor serd suficiente para condensar 350 kg/h de etanol saturado a 1 atm (78,3°C), considerando o coeficiente global (LU) de 700 W/m* K. © Muido frio seré égua que entra a 15°C € sai a 35°C do equipamento. 8. Calcular s Srea de troca de calor ¢ a drea de escoamento no lado tubo de um trocador casco e tubo 1-2 com 342 tubos de 19,05 mm de didmetro externo BWG 16 ¢ 5 m de comp: trocador fosse 1-4? ento, © que mudaria se 0 80 EMUFSCar — Aponramentas 9. Necessita-se resfriar 15 kg/s de um fluido quente (¢, = 2.500 J(kg K)) de 200°C até 120°C utilizando- se um fluido frie & 80°C e com vazado de 37,5 kg/s (, .000 I/(kg K)) num trocador de calor casco & tubo 1-2. A area de troca do equipamento ¢ o valor do coeficiente global de transmissdo de calor (U) so 98,4 m? e 500 W/(m? K), respectivamente. Que temperaturas de safda seriam conseguidas se o fluido quente entrasse a 190°C eo fluido fri a 95°C, com as demais condi¢des inalteradas’? 10. Um trocador de calor 1-2 foi projetado para resfriar 15 kg/s de um fluido quente de 500°C a 300°C, utilizando 10 kg/s de um fluido refrigerante a 100°C e que sai do equipamento a 200°C. A area de troca projetada foi 43,14 m®, 0 coeficiente global U foi estimado em 400 Wi(m?K) ¢ os calores espe: fluidos quente € frio sio 1.333 © 4.000 J/(kg K), respectivamente. Quando esse trocador for colocado em ado 0s dos operagao ndo haverd incrustagdo ¢, portanto, o coeficiente global U sera maior do que o valor no projeto. Estimou-se que 0 valor de U, no infcio da operagao, seria de 480 W/(m? K), Quais as temperaturas de safda dos 2 fluidos que serdo atingidas, mantendo-se as demais condigies inalteradas, quando 0 trocador for colocado em operagdo? Compare o calor trocado nas situagdes do trocador com sem incrustacio. 11, No trocador do exercfcio anterior apenas 7,5 kg/s de fluido refrigerante esto disponiveis para a troca de calor. Nessas condigdes 0 coeficiente global U foi estimado em 380 W/(m? K). Que temperaturas de safda sero atingidas se as outras condigdes permanecerem constantes? 3.7 Bibliografia BELL, K. J. Delaware method for shell side design, In: KAKAG, S.; BERGLES, A. E.; MAYINGER, F, (Eds.). Heat exchangers: thermal-hydraulic fundamentals and design. Hemisphere Publishing Corp., 1981a, Washington. BELL, K. J. Construction features of shell and tube heat exchangers, In: KAKAG, S.; BERGLES, A. E MAYINGER, F. (Eds.), Heat exchangers: thermal-hydraulic fundamentals and design. Hemisphere Publishing Corp., 1981b, Washington. BELL, K. J. Preliminary design of shell and tube heat exchangers. In; KAKAC, S.; BERGLES, A. E.; MAYINGER, F, (Eds.), Heat exchangers: thermal-hydraulic fundamentals and design. 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Dissertagdo (Mestrado) ~ FEC, Unicamp. ROSHENOW. W. M.: HARTNETT, J. P. (Ed.). Handbook of heat transfer. McGraw-Hill, 1973, Nova York. n, Longman Scientific & SAUNDERS, E. A. D. Heat exchangers: selection, design and constru Technical. 1988, Harlow. TABOREK. J. Thermal and hydraulic design of heat exchangers. In: Heat exchanger design handbook. Hemisphere Pub., 1983. 3 v, Washington. TEMA Standards of Tubular Exchanger Manufacturer Association. 6 ed., 1978, Nova York. WELTY, J. R; WILSON, R.E.; WICKS, C. E. Fundamentals of momentum, heat and mass transfer., 3. ed. John Wiley, 1984, Nova York. YOKELL, S. A working guide to shell and tube heat exchangers. McGraw-Hill, 1990, Nova York. Anexo 1 Disposic&o dos espelhos (contagem de tubos) Trocadores de Calor Tabela AI. Contagem de tubos para trocadores casco e tubo. Diam int. | Diam feixe | Diam. ext. | Arranjo dos Le iar scasco (pol.) | (Dz) (pol.) | tubo (pol.) | tubos(pol.) | | 2 4 6 8 % isi6 a | 38 32 26 24 Is % 1 om] 32 26 20 20 = orl 6821 % 1 A |.37 30 24 24 = 1 % om} 2 16 16 14 - 1 mM | 2 18 16 14 - % 1516 a] 62 36 47 2 36 2 2 40 36 - 10 377 6 2 48 48 = 22 32 26 24 - 37. 2 28 28 = 109 98 86 82 78 80 R 68 68 60 2 10% 90 84 n 70 68 8 4 40 38 36 7 2 4 a 40 7 | 14 96 90 86 95 90. 81 7 70 2 110 | 101 90 88. 74 0 54 si 46 a4 61 3 56 34 50 170 | 160 140 136 128 138 | 132 116 12 108 4 163 | 152 136 133, 110 1 88 oy 75 70 64 1 96: 2 86 84 72 % 239 | 224 194 188 178 % 188 | 178 168 164 142 1% 16 % 1 a) 2 | 201 181 176 166 1 % om} 12 | 0 102 98 82 1 % a] 130 | 124 116 110 4 % isa6 a | 301 | 282 252 244 234 % 1 @m| 236 | 224 216 208 188 19% 18 % 1 a| 273 | 256 242 236 210 1 i om] 1s | 142 136 129 116 1 ma} 12 | 162 152 148, 128 83 84 EDUFSCar— Apontamentos Tabela ALI Continuacao. Diam. int. | Diam. feixe | Diam. ext. | Arranjo dos pacer? peaeneens On tube, casco (pol) | (Da) (Pol) | tubo (pol) | tubos (pol.) 1 4 6 8 % [ise a] 30 | 342 | 314 | 306 | 290 % |1 @m| 276 | 264 | 246 | 240 | 234 21 19% % fa a} 31s | 308 | 279 | 269 | 260 1 1m | 16 | 137 | 150 | 148 1 199 | iss | 170 | 166 | 160 % 42 | 420 | 386 | 378 | 364 % aai | 321 | 308 | 206 | 292 214 % 31 | 369 | 349 | 326 | 328 1 210 | 199 | 197 | 186 | 134 1 247 | 230 | 216 | 208 | 202 % su | 506 | 468 | aac [434 % 307 | 301 | 370 | 360 | 343 28 23375 % 42 | 452 | 422 | 394 | 392 1 2g | 248 | 224 | 216 | 210 1 2ez_| 22 | 256 | 252 | 242 % 7 | «2 | 550 | 536 | 524 % |1 om! 465 | 452 | 427 | 418 | 408 n 25375 i st a} ss | saa | ass | 474 | 464 1 1% om] 286 | 275 | 267 | 257 | 250 1 % a | 349 | 334 | 302 | 296 | 26 % [iste a] 7m | 692 | 640 | 620 | 594 % 11 om] ssa | saz | 525 | 509 | 500 2» 21375 % Th a} 630 | 604 | 556 | s3s | 508 1 sas | 340 | 322 | 314 | 310 1 3y_| 376 | 354 | 334 | 316 % a7 | a2 | 766 | 722 | 720 % 633 | 616 | soo | ses | 570 31 29375 % ms | 728 | 673 | 666 | «40 1 402 | 390 | 366 | 360 | 348 1 me a| 42 | ass | 430 | 420 | 400 di % [ise al 9m | 938 | a2 | a52 | a6 % 11 om] za | 73 | 637 | 683 | 672 33 31,375 % ia a| 356 | 330 | 774 | 760 | 732 1 1% @m| 460 | 453 | 430 | 420 | 414 1 1% «| 53 | 52 | 46 | 470 | 454 % [iste a] 102 | 106s | i004 | ose | 958 % 4 sav | au | 773 | 762 | 756 35 33375 m lh 970 | 938 | $82 | x64 | sas 1 % siz] siz | 487 | 486 | 430 1 va} cos | 592 | soo | sao | 532 Trocadores de Calor Tabela ALL Continuagao. Diam. int. | Diam. feixe | Diam. ext. | Arranjo dos Mineo eee sie asco (pol.) | (Dui (Pol) | tubo (pol) | tubos (pol) if rf 6 @ % [ise &| 142 | 1200 | 1144 | tos | 1078 % |1 om] 929 | S02 sso | 870 | 8sz 37 35,25 % |1 | 1090 | 1042 | 982 | 966 | 958 1 1% om] sz | sso | 535 544 538 1 1% al oe | 64 | 632 | 614 | 508 % [ise a| 1377 | 1330 | 258 [124s | 1212 % |1 om | 102s | 1012 | 984 | 964 952 39 3725 %» it a| 1206 | 1176 | 1128 | 1100 | 1078 1 1% om] os | 637 | 619 | 10 | 60s 1 1% a | 766 | 736 | 700 | 68s 672 % [1sné a te | 1380 | 1498 | 1464 | 1486 % |. om] ror} ain | i144 | 1109 | 1087 2 40.25 mo |A 4} 1409 | 1378 | tara | 1296 | 1280 1 ™% om} ms | 728 7s | 686 | 680 1 ™ _a| s90 | 978 834 | 808 800 % [ise a i782 | 1738 | 1650 | 1624 | 1592 % {1 om] 1349 | 1327 | 1286 | 1270 | 1252 “ 42,25 A 1394 763 871 % 1965 | 1908 | 1834 | 1801 | 1766 % 1620 | 1598 | 1553 | 1535 | 1505 8 46 % 1887 | 1845 | 1766 | 1724 | 1690 1 1029 | 1010 | 975 | 959 | 940 1 tise | 1163 | 1098 | 1076 | 1085 % naar | 2273 | 2178 | 2152 | 2110 % isis | 1890 | 1848 | 1826 | 1790 2 50 a 2212 | 2183 | 2092 | 2050 | 2010 1 116 [1196 | it67 | 1132 | 10 1 waos_| 1375 | 1323, | 1287_| 1262 % 2704 | 2660 | 2586 | 2526 | 2480 % nai | 2214 | 2167 | 2142 | 2110 6 % 2sea | 2545 | 2446 | 2409 | 2373 1 1420 | 1400} 1371 | 1333 | 1307 1 1638 | 1605 | 1549 | 1501 | 1472 % 3309 | 3343 [3232 | ai9s | 3162 % 2587 | 2556 | 2510 | 2485 | 2460 60 38 % 2087 | 2045 | 2827 | 2798 | 2770 1 1639 | 161s | 1587 | 1553 | 1523 1 1% a | isv9 | issi_| 1797 | 1761 | 1726 ‘Obs : outras configuragdes com diferentes didmetros de tubos e valores dos arranjos podem ser encontradas nas referEncias: Perry, Kem e Kakag e Liu, por exemplo, d, = 5/8 polegadas ¢ arranjo de 13/16 pol; d_= 1,25 polegsdas e arranjo de 1,563 pol, d, = .S polegads e arranjo de 1,875 pol. 85 86 EAUFSCar—Apontamentos De forma aproximada o nimero de tubos em determinado casco pode ser obtido pela equacao A6.1 (Kakag e Liu) 2) Di naan) PE ma cL com CCT =0,93 para 1 passe no tubo = 0,9 para 2 passes no tubo GL = 1,0 para arranjos quadrados (90 ou 45°) = 0,87 para arranjos triangulares (30 ou 60°) diametro do feixe ou didmetro da envoltéria do feixe (D.,,) depende do tipo de cabegote. Na Tabela s (Roshenow e Hartnett) A1.2 so apreseniados valores aproximados para os diferentes cabecot Tabela A1.2 Didmetro da envoltéria do feixe (diimetro do feixe) em fungo do diémetro intemo do casco ¢ do tipo de cabegote.* Diimetro da enveltiria do feixe, Dua (pol) Didimetro interno do Cabesote fietuante ‘easeo, D, (pol.) re com caixa de gaxeta | “Pull-through” | Anel bipartido externa 10,02 962 852 a2 802 12,09 11,67 10,59 8.49 10,04 13,38 12,95 11,88 978 1130 15,25 14.81 13,75 1168 BL 17,25 16,79 15,75 13,65 15,06 19,25 18,78 17,75 15,65 17,00 24,25 20,75 19,75 17,68 18,96 230 22,50 21,50 19,40 20,66 27,0 26,46 25,50 23,40 24,56 310 30,43 29,50 27,40 28S 35,0 34,40 33,50 ls 31,30 32,33 39 38,37 37,50 35,30 3625 a [ol ae 40,30 38.25 39,14 48 4730 4650 4430 45,04 31 30,27 49,50 47,20 41,93 34 53,24 52,50 50,10 50,83 60 59,21 58,50 36,00 56,72 * Essas configuragdes mecdinicas sfo apresentadas no item 2.2.8 Trocadores de Calor 87 Anexo 2 Fator de correcao para a diferenca de temperatura 00 Of 02 03 04 O05 08 O7 08 09 10 a) 1 passagem no casco — 2, 4, 6, .. passagens no tubo. 09 02 oa 06 og 10 b) 2 passagens no casco - 4, 6, 8, passagens no tubo. Figura A2.1 Fator de corresio para a diferenga de temperatura para trocadares de calor casco ¢ tubo. Trocadores de Calor 89 Anexo 3 | Designacao do TEMA para trocadores casco e tubo Tipos de caberotes “Tipos de caberotes Tipos de cascos posteriores estacionarios frontais Fluxo duplamente digo : | a ae T Fuuxo de envada ou i S\ esas es c r Epes tavanie moved ) polo caretel pultousn™ | o 4 rT ue uh =» Refervodor tipo “ket = eee Fa FA Fina de tubos em U Expatno futuante com ane! do| oe ebamento espace fests) Trocadores de Calor 91 Anexo 4 Método Kern Esta seqiiéncia de cdlculos é semethante & apresentada no item 3.4.2, exceto o calculo do coeficiente de transferéncia de calor ¢ a perda de carga do lado casco. Deve-se conhecer as condigées do processo: *fluido quente: T,, T,, W, Cs, pi, k, R, (real) e AP (admissivel) “fluid frio: t,t, W, €,. 8H, k, R, (real) e AP (admissivel) L, d, € BWG, P, adotados = prética ou sugestdes (Cap. 7, Kern c literatura) Escolher o lado de escoamento dos fluidos (casco/tubo) => eritérios. 1. Calor trocado QW, Cyg(T, = T= W; Cy (ly =) (A4.1) *normalmente uma vazio ou temperatura nio € conhecida 2. Diferenca de temperatura real, At MLDT),,,.,F apa de Re S, Fig. 18 a 23 (Kern) = define 0 n# de passes no casco, (A4.2) F, > 0.8 (de preferéncia fora da regiao perpendicular ao eixo x. 3. Temperaturas médias ou caldéricas (ver Anexo 5) Para avaliar as propriedades fisicas de cada fluido Tentativa 1 AtengSo algumas equagSes estdio com fatores para uso do sistema inglés de acordo com a publicagao original a) Supor valor para U,, (Quadro 8, p. 661, Kern) (A4.3) (4.4) 92. EAUFSCar — Apontamientos b) Supor ne de passagens no tubo (n) = satisfaca perda de carga admissivel E recomendavel que se leia © item Calibragao de um trocador, p. 173, Kern) = selecionar 0 trocador pelo Quadro 9, p. 662-3, Kern => obiém-se um novo N,, conseqiientemente, uma nova frea de troca (A) e novo U, fi ©) Corrigir o valor de U., em razao da nova area obtida em b Uy = (A4.s) Neste ponto, se definirmos o espagamento das chicanas, todo o trocador estard definido. Passaremos entio a verificar se ele & adequado ou nao. Lado tubo (turbulento) (A4.6) Considerar © termo de corregao da viscosidade igual a 1. De acordo com Kern, ndo se aplica para dgua => ver Figura 25, Kern. Corregdo do h, para a drea externa, (A4.7) Lado casco E preciso adotar um espagamento entre as chicanas (B) bP anf Ba (P(e ie k u k) la pn D, € 0 didmetro equivalente, dado por: 4 Grea de escoamento perimetro mothado D (A49) Foi calculado considerando a0 longo do eixo longitudinal e nio perpendicular a ele. Na Figura Ad.1a € apresentada a célula unitéria que compie o feixe ¢ a notagdo utilizada. Trocadores de Calor 93 AK a 3) b) Figura A4.1_) Célula unittia para edleulo do ditmetro equivalente; b)identifieasto da Area de escoamento no ‘centro do feixe, p, i (-#4./4) zd, (A4.10) 'a,€a area de escoamento na linha central do feixe, dada por: xCxB “pee (aay 'B é 0 espacamento entre as chicanas. _DxCxB te tn (A4.12) \w, € 2 vazBo massica do fluido do lado casco. Na Figura A4.1b é mostrada a érea de escoamento representada pela equacao A4.11. 13, Caleular U, oe (aaa 14, Calcular R, ; R= a - (A4.14) Esse € o R, caleulado ¢ deve ser comparado com o real. Para o trocador ser aceitavel deve-se ter: Recs? Raves (A4.15) Aqui a parte térmica do projeto est sendo checada. Outra maneira, mais adequada, é pelo excesso de area, sugerido por Ludwig. =10.a 20% (asi6) 94 EAUFSCar ~ Apontamentas Ajj & a rea do trocador que esté sendo testada e a A... ¢ a érea que 0 proceso necessita com 0 valor de U, calculado e os R, verdadeiros (real) Wa=q (A417) +Rereat Perda de carga Lado tubo fGLn aP=s 7x10", so, 5) (A418) Essa é a perda de carga distribuida, 0 fator de atrito f pode ser obtido da Figura 26, Kern, ‘A perda de carga no carretel e no cabegote flutuante, chamada perda de retorno, em razio das miltiplas passagens assumidas como 4 cargas cinéticas é calculada por: (psi) (A419) Pode ser utilizada a Figura 27, Kern. Lado casco fG:D, (N+1) 5,22x10"d, s 6, (psi) (44.20) Trocadores de Calor 95 Anexo 5 Temperatura caldérica (Kern, Cap. 5 p. 68) Para situacdes nas quais o coeficiente global U ou as propriedades fisicas dos fluidos variam muito ao longo do trocador, a temperatura média aritmética, de cada fluido, pode nao ser adequada para avaliar as propriedades fisicas. = U nao € constante ao longo do trocador (hipétese assumida na dedugio da MLDT). g _ UjAt, — U,At, U, At - At, (A5.1) x tn Wit nA UAt, At, U varia Linearmente U constante com a temperatura Em quais temperaturas t, ¢ T, deve-se avaliar as propriedades fisicas para obter U (a partir de h, € h) de modo que tenha a igualdade anterior. Chega- e a T,=T,+F,(1,-T, e =t,+F,(,-t) (A522) Peroeba que se F. é igual & 0,5 chegamos a temperatura média YK. +[(e-1)]_ (453) Ink, +1 eee) Ir Sendo que F, depende de K, que é definido por: Up-U, _Uy-U, K, = Boe 2 (A5.4) U, uy At. et (AS.5) ti At, At, € 0 terminal quente, onde entra o fluido quente, e At,, 0 terminal fri, onde entra o fluido frio, para uma operagio em contracorrente, Quando 0 fluido controlador for uma fragio de petréleo, a Figura 17, apresentada no Apéndice do livro de Kern, pode ser utilizada, Nos seguintes casos, a caldrica tende & média: ® Se nenhum dos dois fluidos for muito viscoso no terminal frio (11 $ IcP). © Se as variagdes de temperatura de cada fluido nao ultrapassar 100°F. © SeMLDT< 50% Trocadores de Calor 97 Anexo 6 Propriedades fisicas Condutividade térmica para liquidos Utilizar a equagio: A+BT+CT;kemWimKeTemK (A6.1) as constantes A, B e C so apresentadas na Tabela Al, para varios liquidos (The Properties of Gases and Liquids, Reid. Prausnitz e Poling, 4* ed. p. 546). Tabela A6.1 Constantes para avaliagdo de k (equago A6.1), ‘Composto A B c Validade (K) Agua Base 52663 273.0673 Aniline 225164 “1274-4 268 0 680, Benzeno 1,776E-1 4TT3E-6 278.533 2-Butmnol 228861 2.69784 132368 1840503 Etanol SBEA 3.84764 2216-7 1600463 Mezanol 3.20561 TASES 116867 1760483 ‘-Propanol 1aStE1 —3366ES 221567 148 0493 Tolueno 2035-1 22544 2406-8 178 a 581 Propriedades fisicas da agua liquida Tabela A6.2 _PrOpriedades fisieas da égua, Teo 9 (kg/m) co) cp (kealkg °C) k (Wim K) o 999,87 1,7921 70080 0.5690 4 1000.00 1.5674 05829 10 999,78 1.3077 1,019 05930 20 998,23 10050 0.9995 0.6088 30 995,68 0,8007 0.9987 0.6234 0 992,25 0,6560 0.9987 0.6367 2 988,07 stot 0.9992 0.6488 o oe324 | __0.4688 1.0001, 0.6595 70 977,81 0.4061 10013 0,6690 0 971,83 0.3565 1.0029 06772 90 965,34 0.165 1.0050 0.6842 100 958,38 0,2838 1,0076 0,6898 Trocadores de Calor 99 Anexo 7 Graficos referentes ao método Bell Delaware 10° D,.in pain Arno sa ie 34 1516 aa va we 10" ator para feixe de tubos ideal 10° = 10" 10° 10° 10° 10° 108 Numero de Reynold's ne lado do casco Figura A7.1 Correlagio do fator-j, para banco de tubos ideal. 09 ©, = 871 in 08 3,25 i LN z & 0 Of 02 039 04 08 Razio entre o corte da chicana ¢ © diametro do asco, I/D, Figura A7.2 Estimativa da fracdo de tubos na segao de eseoamento eruzado (F.), 100 EdUFSCar— Apontamentos 42 1 10 09 os o7 Fator de corregao J, para a configuracao da chicana 06 05 0 Of 02 03 04 05 06 07 08 0,9 1,0 Fragéo do total de tubos em fluxo cruzado, F, Figura A7.3. Fator de correcdo para os efeitos de eonfiguragio da chicana (J) 20; + [Diametro do = S : . “ g 2237 56 25 S 5 j 4 Z ee 2 [—— |iex 2 ; =e = 18% | eascos : ra <10 — sx oO On 02 03 04 05 Razlo entre o corte da chicana e ‘ediametro do casco, |/D, Figura A7.4 Estimativa da drea da seco de vazamento casco-chicana (S.,) Trocadores de Calor 101 10 ag Eos bor x 5 j 06 £05 3 04 é 8 03 4 3 = 075 3 02 = Sts, 710 oa 00 0 01 02 03 O4 o8 07 08 Su+S» Figura A7.S Fator de correo para os efeitos de vazamente na chicana (J). 19 ——. (NIN, 2 08 oa = Sj NN. = 03 oa = = > ne ESS (NedN, = 0.167 o7 = SSIES nein 041 3 S o 98 SS (NaINe 0,05 £ os} = aS} < 2 4] 2 XN = Eos = s ==] ° ag (Wade 04 — = - (n, < 100 oo L OME MBean Oa G85" ods 05—on!- oF Frardo da area de fuxo cruzade disponivel para 0 fuxo de contomo Rye Figura A7.6 Fator de correedo para os efeitos de contomo (“bypass”) (J,). 102 EAUFSCar— Apontamentos Net Noy = 24 (@) Falor de corregio J, para baixos numeros de Reynolds 40 20 30 40 50 Numero de chicanas, N, 0) Fator de corregao J, para namoro de Reynolds intermodiario. 04 05 06 07 08 09 10 Fator de correcao |, para balxos nimeras de Reynolds Figura A7.7 (a) Pator de corregio para gradiente adverso de temperatura (J,) com baixos nimeros de Reynolds; (b) fator de corregao para gradiente adversa de temperatura (1,) com ndmero de Reynolds intermedisrio. 10 gota Bl PIS APPA Se ie ose ean, —~ Kh 0s Figura A7.8 Fator de corregdo para espagamento desigual das chicanas da entrada e saida (J,) [L” corresponde aryel Trocadores de Calor 103 Dain pin Arranjo se ane a4 1516 ud ut + 1% im s @ 3 10° 10) 10 10 10° 10° Numero de Reynolds na lado to casco (Ns), 10 ome we 4 1 = 10 2 ® ¢ i © io 10" 10° 10° w 10° 10 Numero de Reynalc's no lado do casco (Na), Figura Correlagto para 0 fator de atrito f, para banco de tubos ideal 104 EdUFSCar — Apontarnentos 10) o & g & Falot de corregdo R, para vazamento na chicana 7 ARON 5 Sat Ss] O7 08 19) os! o| Fator de corregao R, para 0 contorno do feixe — Whee —— (Na) < 100 x: N Oty 01 02 O38 04 05 O06 O07 Fator da drea do fluxo cruzado disponivel ‘para o fluxe de contorno, Fu, Figura A7.11 Fator de corregiio para os efeitos de contorno (“bypass”), para a perda de carga (R,) 500 200 400 gs 8 ‘rea de escoamento através da jancla S.. in? 2 ae oe ee azo do corte da chicans para o didmetro do casco 1D, Figura A7.12 Estimativa da area total da janela (S,,), Trocadores de Calor 105, Trocadores de Calor 107 Anexo 8 Método da efetividade Efetividade em funco do numero de unidades de transferéncia e razo de capacidades calorificas Kays ¢ London) A et @ 0) ] Supertcie de Superticie de ttansferéncia de calor transferéncia de calor 100 — 100 = | Sa : Cc so] 8 i Fore %0 om 9 : > | 00- = ‘Se a Losot z ie 3 1004 3 0 f a 2 1 2 + a er pe sa NTU= AUC... NTU= AUC... Figura A8.1 (a) escoamento em contracorrente; (b) escoamento em paralelo. rico do casco Fluido do casco ——7}, ] coos is) (b) Figaro tacoma pase oso Bates Pe caaco Bons 4.88 pateare bo 109 Seb 0,257 80) 0.50° 78 # 4,00' ° 3 ao x aS ee er ar eee eerse-—e NTU=AUIC.. NTU=AUIC,.. Figura A8.2 (a) casco € tubo 1-2, 4, 6 ...: (b) casco e tubo 2-4, 6,8. 108 EGUFSCar — Apontamencos Tabela AB.1 Relacdes de NTU (Incropera © DeWitt) Arranjo Operagao em contracorrente Gel (ak) i} a (A8.2) Operagio em paraelo (ag) (A8.4) Casco tubo 1-2, 4.6 (A8.5) usar as equagtes AB.4€ ABS com:* Casco e tubo n-2n Pat 20. EN" aie e : a 'F-C, Escoamento eruzado (uma passagem) Cx misturado € Cy 90 misturado sro o( Lat ae |, J (a8.7) Chin misturado © Cyux no misturado NTU= {pew Spel — aan ‘Todos os trocadores com C, = 0 NTU=-In(i-<) (A8.9) * Quando se usam as equacdes A8.6a eb com as equagdes ABA € A8.5, o que se calcula € o NTU por passagem rno €asco, esse resultado deve ser multiplicado por n para obter © NTU para o trocador.

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