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Definição 1.3. Diz-se que f é uma aplicação unívoca de A para B , ou uma função
definida em A com valores em B , e escreve-se f : A → B , se ∀x ∈ A, ∃ 1 y ∈ B ,
correspondente á x ∈ A (figura 1).
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MATEMÀTICA 1 Anatolie Sochirca
Nota 3.3:
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MATEMÀTICA 1 Anatolie Sochirca
f ( x ± k ⋅ T ) = f ( x ± (k − 1)T ± T ) = f ( x ± (k − 1)T ) = L
L = f ( x ± 2T ) = f ( x ± T ± T ) = f ( x ± T ) = f ( x) .
Exemplo 2.3.
a) Seja A = {− 2, − 1, 0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4, 5}. A função f : A → B é
dada pela fórmula f ( x) = x 2 + 1 .
A função não é injectiva porque − 2 ≠ 2 e − 1 ≠ 1 , mas f (−2) = f (2) = 5 e
f (−1) = f (1) = 2 , isto é, aos elementos distintos de A corresponde mesma imagem em
B.
b) Seja f : R → R dada pela fórmula f ( x) = x 2 + 3 x + 1 .
∀ a, b ∈ A temos:
f (a ) = f (b) ⇒ a 2 + 3a + 1 = b 2 + 3b + 1 ⇒ a 2 + 3a − b 2 − 3b = 0 ⇒ a 2 − b 2 + 3a − 3b = 0 ⇒
a − b = 0; a = b;
(a − b)(a + b) + 3(a − b) = 0 ⇒ (a − b)(a + b + 3) = 0 ⇒ ⇒
a + b + 3 = 0; a = −b − 3.
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Porque b = −b − 3 se verifica só para b = − concluímos que a afirmação ∀ a, b ∈ A
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de f (a ) = f (b) resulta a = b é falsa e portanto a função f ( x) = x 2 + 3 x + 1 não é
injectiva.
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MATEMÀTICA 1 Anatolie Sochirca
Exemplo 3.3.
a) Seja A = {− 2, − 1, 0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4, 5}. A função f : A → B é
dada pela fórmula f ( x) = x 2 + 1 .
A função não é sobrejectiva porque 0, 3, 4 ∈ B , mas não ∃ a ∈ A tal que
f (a ) = 0 ∨ f (a) = 3 ∨ f (a) = 4 .
[∀ x , x
1 2 ]
∈ A = D f : x1 ≠ x 2 ⇒ f ( x1 ) ≠ f ( x 2 ) ∧ [∀ y ∈ B, ∃ x ∈ A : y = f ( x)] .
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► Seja f : A → B, A ⊆ R, B ⊆ R e g : C → D, C ⊆ R, D ⊆ R .
● Pela definição ( f + g )( x) = f ( x) + g ( x) .
f + g é uma função de A I C para R , isto é, D f + g = D f I D g = A I C .
● Pela definição ( f ⋅ g )( x) = f ( x) ⋅ g ( x) .
f ⋅ g é uma função de A I C para R , isto é, D f ⋅ g = D f I D g = A I C .
É usual dar uma função real de variável real por uma fórmula, isto é, pela sua
expressão analítica, sem indicar de forma expressa o seu domínio. Neste caso
convenciona-se que o domínio da função é o maior subconjunto de R para o qual são
possíveis as operações indicadas na expressão analítica da função.
Demonstração.
1. Se g : A → B e f : B → C , então g ⊆ A × B e f ⊆ B × C . Levando em
conta a definição de composição de relações temos f o g ⊆ A × C . Sejam (a, c) ∈ f o g
e (a, c ′) ∈ f o g . Demonstraremos que neste caso c = c ′ . De (a, c) ∈ f o g resulta que
exista b ∈ B , tal que (a, b) ∈ g e (b, c) ∈ f . Analogamente, de (a, c ′) ∈ f o g resulta
que exista b ′ ∈ B , tal que (a, b ′) ∈ g e (b ′, c ′) ∈ f . Mas porque g é função de
(a, b) ∈ g e (a, b ′) ∈ g resulta b = b ′ . Portanto temos (b ′, c ′) = (b, c ′) ∈ f e
(b, c) ∈ f . Mas porque f também é função de (b, c ′) ∈ f e (b, c) ∈ f resulta c = c ′ .
Portanto f o g é função do conjunto A para o conjunto C .
2. Se g : A → B e a ∈ A , então ∃ b ∈ B tal que b = g (a ) . Porque b ∈ B e
f : B → C resulta que ∃ c ∈ C tal que c = f (b) . Mas porque b = g (a ) temos
f ( g (a )) = f (b) = c = ( f o g )(a ) e portanto (a, b) ∈ g e (b, c) ∈ f . Daqui resulta
( a, c ) ∈ f o g .
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Exemplo 4.3.
Sejam f ( x) = x + x e g ( x) = x 2 + 1 funções definidas no conjunto de números reais.
Então:
f ( g ( x)) = f ( x 2 + 1) = x 2 + 1 + x 2 + 1 e g ( f ( x)) = g ( x + x) = ( x + x) 2 + 1 .
Na base deste exemplo concluímos que a composição de funções não é
comutativa. isto é, f o g ≠ g o f .
Nota 4.3.
► Da demonstração do teorema resulta que só para a função bijectiva f se
define a função inversa f −1 .
► A função inversa f −1 também é função bijectiva.
► O domínio de f é idêntico ao contradomínio de f −1 e o contradomínio de
f é idêntico ao domínio de f −1 .
► Na base do teorema demonstrado recapitulando temos:
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MATEMÀTICA 1 Anatolie Sochirca
D f −1 = CD f = B,
CD f −1 = D f = A,
−1
x = f ( y ) ⇔ y = f ( x).
−1
► As funções y = f (x) e x = f ( y ) têm o mesmo gráfico.
−1
► Os gráficos das funções inversas y = f (x) e y = f ( x) são simétricos em
relação à bissectriz dos quadrantes impares, y = x .
Nota 5.3.
► Sendo f : A → A e I : A → A , levando em conta a definição da composição
de funções, tem-se que f o I = f e I o f = f .
De facto com a, b ∈ A , tais que b = f (a ) temos:
( f o I )(a ) = f ( I (a )) = f (a ) e ( I o f )(a ) = I ( f (a )) = I (b) = b = f (a ) .
► Se a função f : A → A admite inversa f −1 : A → A tem-se que f o f −1 = I
e f −1 o f = I .
De facto com a, b ∈ A , tais que b = f (a ) temos f −1
= {(b, a ) : b = f (a )} e
portanto
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−1 −1
(f o f )(b) = f ( f (b)) = f (a ) = b = I (b) ;
−1 −1 −1
(f o f )(a ) = f ( f (a )) = f (b) = a = I (a ) .
Exemplo 5.3.
a) Seja A = {− 2, − 1, 0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4, 5}. A função f : A → B é
dada pela fórmula y = x 2 + 1 .
Como foi provado a função não é injectiva (exemplo 2.3) nem sobrejectiva
(exemplo 3.3), mas considerando a restrição g : C → B com
C = { 0, 1, 2} ⊂ {− 2, − 1, 0, 1, 2} = A
facilmente concluímos que g é função injectiva mas não sobrejectiva. Nos ambos casos
não existem as funções inversas, f −1 e g −1 .
Considerando outra função h : C → E com E = {1, 2, 5} , facilmente,
concluímos que h é bijectiva e portanto admite função inversa.
De h = {(0,1), (1,2), (2,5)} resulta h −1 = {(1,0), (2,1), (5,2)}.
Analiticamente, determinação da função inversa é seguinte:
Temos
{
h = ( x, y ) : y = x 2 + 1, x ∈ C . }
Então
{
h −1 = ( y, x) : y = x 2 + 1, x ∈ C , }
ou de outra forma equivalente
{ } {
h −1 = ( x, y ) : x = y 2 + 1, x ∈ E = ( x, y ) : y 2 = x − 1, x ∈ E = }
{
= ( x, y ) : y = x − 1, x ∈ E . }
−1
Portanto a função inversa h : E → C é dada pela fórmula y = x − 1 .
− 3 ± 3 2 − 4 ⋅ 1 ⋅ (1 − b) − 3 ± 5 + 4b
x + 3 x + 1 = b ⇒ x + 3 x + 1 − b = 0 ⇒ x1, 2
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= = .
2 2
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{ } { }
h −1 = ( x, y ) : x = y 2 + 3 y + 1, x ∈ [1,+∞ ) = ( x, y ) : y 2 + 3 y − x + 1 = 0, x ∈ [1,+∞ ) =
− 3 ± 9 − 4(− x + 1) − 3 ± 5 + 4x
= ( x, y ) : y = , x ∈ [1,+∞ ) = ( x, y ) : y = , x ∈ [1,+∞ ).
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