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CAPÍTULOS
1. INTRODUÇÃO À LÓGICA
7. CIRCUITOS COMBINACIONAIS
9. SISTEMAS DE NUMERAÇÃO
1. INTRODUÇÃO À LÓGICA
Definição de Lógica:
Lógica Formal:
- emprego de simbologia:
- clareza e distinção;
- não é empírica (experiência);
- analogia com a matemática para distinguir-se de suas aplicações:
- psicologia (processos de raciocínio)
- normas para argumentação correta;
Lógica Matemática:
LÓGICA FORMAL
Análise
Para o lógico:
Lógica -> é sinônimo de sistema formal, ou seja, é o mesmo que sistema formal.
1.1. PROPOSIÇÃO
• É tudo aquilo que você pode falar ou exprimir de algum ente, etc.;
• Chama-se proposição ou sentenças todo o conjunto de palavras ou símbolos
que exprimem um pensamento de sentido completo;
• São entidades que podem ser verdadeiras ou falsas;
• São expressas por meio de orações declarativas;
• Uma proposição diz algo a respeito da verdade:
Se aquilo é proposição e corresponde à realidade, a proposição é
verdadeira, se não corresponde, ela é falsa;
• Nem toda oração expressa uma proposição e orações interrogativas e
imperativas não expressam proposições, já que nada afirmam a cerca da
realidade, não podendo, portanto, serem verdadeiras ou falsas.
Exemplos de Proposições:
Por virtude deste princípio diz-se que a Lógica Matemática é uma Lógica
bivalente.
Por exemplo, as proposições (a), (b), (c), (d), (e) são todas verdadeiras, mas são
falsas as três seguintes proposições:
Assim, as proposições são expressões a respeito das quais tem sentido dizer
que são verdadeiras ou falsas.
Argumento
A e B são Premissas.
C é Conclusão.
Premissas e Conclusão é um conjunto de proposições = Argumento.
(I) VERDADE
Notação: V, 1
(II) FALSIDADE
Notação: F, 0
Exemplos:
(a) O mercúrio é mais pesado que a água.
(b) O sol gira em torno da Terra.
Aquela que não contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si
mesma. São geralmente designadas pelas letras minúsculas do alfabeto latino:
p, q, r, s,..., chamadas letras proposicionais.
Exemplos:
p: Carlos é careca.
q: Pedro é estudante.
r: O número 25 é quadrado perfeito.
Exemplos:
P: Carlos é careca e Pedro é estudante.
Q: Carlos é careca ou Pedro é estudante.
R: Se Carlos é careca, então é infeliz.
Obs: cada uma delas é formada por duas proposições simples, mas podendo ser
mais de duas.
Definição:
Conectivos lógicos
E AND ∧
OU OR ∨
NÃO NOT ¬ (~)
SE... ENTÃO IF... THEN →
SE E SOMENTE SE IF ONLY IF ↔
Exemplos:
p q
1 V V
2 V F
3 F V
4 F F
p q r
1 V V V
2 V V F
3 V F V
4 V F F
5 F V V
6 F V F
7 F F V
8 F F F
1.6. NOTAÇÃO
O valor lógico de uma proposição simples p indica-se por V(p). Assim, exprime-
se que p é verdadeira(V), escrevendo: V(p) = V.
Exemplos:
p: O Sol é verde.
q: Um hexágono tem nove diagonais.
r: 2 é raiz da equação x + 3x - 4 = 0
Temos:
EXERCÍCIOS
5) Quantas possíveis atribuições (quantas linhas) têm cada uma das seguintes
proposições: P(p,q,r); Q(p,q,r,s); R(p,q,r,s,t); S(p,q,r,s,t,u); T(p,q,r,s,t,u,v).
¬)(~)
2.1. NEGAÇÃO (¬
Simbolicamente, a negação de p indica-se pela notação “¬p”, que se lê: “não p”.
Tabela da Verdade:
p ¬p
V F
F V
Ex:
(1) q: 7 < 3 (F) e ¬q: 7 < 3 (V), portanto, V(¬q) = ¬V(q) = ¬F = V
∧)
2.2. CONJUNÇÃO (∧
Tabela da Verdade:
p q p ∧q
V V V
V F F
F V F
F F F
Ex:
(1) p: A neve é branca. (V)
¬q: 2 < 5 (V), portanto temos: p ∧ q: A neve é branca e 2 < 5 (V).
V(p ∧ q) = V(p) ∧ V(q) = V ∧ V = V.
∨)
2.3. DISJUNÇÃO (∨
Tabela da Verdade:
p q p∨q
V V V
V F V
F V V
F F F
Ex:
(1) p: Paris é capital da França (V)
q: 9-4=5 (V), portanto temos, p ∨ q: Paris é capital da França ou 9-4=5 (V)
V(p ∨ q) = V(p) ∨ V(q) = V ∨ V = V
∨)
2.4. DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (∨
Tabela da Verdade:
p q p ∨q
V V F
V F V
F V V
F F F
Tabela da Verdade:
p q p →q
V V V
V F F
F V V
F F V
Ex:
(1) p: Galois morreu em duelo (V)
q: pi é um número real (V)
p → q: Se Galois morreu em duelo, então pi é um número real (V)
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → V = V
Não estão a afirmar, de modo nenhum, que o fato de “Brasília ser uma cidade”
se deduz do fato de “7 ser um número ímpar” ou que a proposição “Santos
Dummont nasceu no Ceará” é conseqüência da proposição “3+5 = 9”. O que uma
condicional afirma é unicamente uma relação entre os valores lógicos do
antecedente e de conseqüente de acordo com a tabela da verdade anterior.
Tabela da Verdade:
p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
Ou seja, igualdades:
V ↔ V = V, V ↔ F = F, F ↔ V = F, F ↔ F = V e V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q)
Ex:
(1) p: Roma fica na Europa (V)
q: A neve é branca (V)
p ↔ q: Roma fica na Europa se e somente se a neve é branca (V)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ V = V
EXERCÍCIOS
p: Está frio.
q: Está chovendo.
a) ¬p c) p ∨ q e) p → ¬q g) ¬p ∧ ¬q
b) p ∧ q d) q ↔ p f) p ∨ ¬q h) p ↔ ¬q
i) p ∧ ¬q → p
p: Jorge é rico.
q: Carlos é feliz.
a) q → p c) q ↔ ¬p e) ¬¬p
b) p ∨ ¬q d) ¬p → q f) ¬p ∧ q → p
a) p ∨ q c) p ∧ ¬q e) ¬¬p
b) p ∧ q d) ¬p ∧ ¬q f) ¬(¬p ∧ ¬q)
p: João é Gaúcho.
q: Jaime é Paulista.
Resoluções
¬ ∧ ∨ → ↔
P(p,q) = ¬p ∨ (p → q)
Q(p,q) = (p ↔ ¬q) ∧ q
R(p,q,r) = (p → ¬q ∨ r) ∧ ¬ (q ∨ (p ↔ ¬r))
S(r,s) = (p ∨ q) → (¬p)
(x → y)
ex:
p q p ∨ q ¬p (p ∨ q) → ¬p
V V V F F
V F V F F
F V V V V
F F F V V
¬p, p ∧ q, p ∨ q, p → q, p ↔ q
2n = c
n = número de variáveis
c = número de combinações
Ex: Suponhamos uma proposição composta com quatro (4) proposições simples
componentes, a tabela da verdade conterá 24 = 16 linhas, e os grupos de valores
V e F se alternaram de 8 em 8 para a 1a proposição simples p1, de 4 em 4 para a
2a proposição simples p2, de 2 em 2 para a 3a proposição simples p3, e, enfim, de
1 em 1 para a 4a proposição simples p4.
3.4. EXEMPLIFICAÇÃO
P(p,q) = ¬ (p ∧ q) ∨ ¬(q p)
p q ¬ (p ∧ q) ∨ ¬ (q ↔ p)
V V F V V V F F V V V
V F V V F F V V F F V
F V V F F V V V V F F
F F V F F F V F F V F
3 1 2 1 4 3 1 2 1
Portanto, simbolicamente:
Ou seja, abreviadamente:
P(VV,VF,FV,FF) = FVVV
P(p,q) = ¬(p ∨ q) ↔ ¬p ∧ ¬q
V(P) = ¬(V ∨ F) ↔ ¬V ∧ ¬F = ¬V F ∧ V = F ↔ F = V
Resolução: P(V,F,V,F) = (V ∨ F) → (V ∧ F) = V → F = F
P(p,q) = (p → q) → (p → p ∧ q)
Portanto:
V(P) = (F → F) → (F → F ∧ F) = V → (F → F) = V → V = V
Por ex: ¬p ∧ q = (¬
¬p) ∧ q
b) A ordem de precedência é:
Ex:
p∨q→r significa (p ∨ q) → r
p↔q↔r significa p ↔ (q → r)
p∨q∧r significa p ∨ (q ∧ r)
EXERCÍCIOS
4.1. TAUTOLOGIAS
Exemplos:
(1) A proposição “¬(p ∧ ¬p)” (Princípio da não contradição, ou seja, uma
proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo) é tautológica,
conforme se vê pela sua tabela da verdade:
p ¬p p ∧ ¬p ¬(p ∧ ¬p)
V F F V
F V F V
p ¬p p ∨ ¬p
V F V
F V V
p q p ∧ q ¬(p ∧ q) p ∨ ¬(p ∧ q)
V V V F V
V F F V V
F V F V V
F F F V V
(2) P(p,q) = p ∧ q → (p ↔ q)
p q p ∧ q p ↔ q p ∧ q → (p ↔ q)
V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F F V V
p q r ((p → q) → r) → (p → (q → r))
V V V V V V V V V V V V V V
V V F V V V F F V V F V F F
V F V V F F V V V V V F V V
V F F V F F V F V V V F V F
F V V F V V V V V F V V V V
F V F F V V F F V F V V F F
F F V F V F V V V F V F V V
F F F F V F F F V F V F V F
1 2 1 3 1 4 1 3 1 2 1
4.2. CONTRADIÇÃO
(1) P(p) = p ∧ ¬p
p ¬p p ∧ ¬p
V F F
F V F
(2) P(p) = p ↔ ¬p
p ¬p p ↔ ¬p
V F F
F V F
p q p ∧ q p ∨ q ¬(p ∨ q) (p ∧ q) ∧ ¬(p ∨ q)
V V V V F F
V F F V F F
F V F V F F
F F F F V F
p q ¬p ¬q p ∧ ¬q ¬p ∧ (p ∧ ¬q)
V V F F F F
V F F V V F
F V V F F F
F F V V F F
4.3. CONTINGÊNCIA
(1) P(p) = p → ¬p
p ¬p p → ¬p
V F F
F V V
(2) P(p,q) = p ∨ q → p
P q p ∨ q p ∨ q → p
V V V V
V F V V
F V V F
F F F V
x = 3 x = y x # 3 x # y x # y → x # 3 x = 3 ∧ (x # y → x # 3)
V V F F V V
V F F V F F
F V V F V F
F F V V V F
EXERCÍCIOS
a) p → (¬p → q)
b) ¬p ∨ q → (p → q)
c) p → (q → (q → p))
d) ((p → q) ↔ q) → p
e) p ∨ ¬q → (p → ¬q)
f) ¬p ∨ ¬q → (p → q)
g) p → (p ∨ q) ∨ r
h) p ∧ q → (p ↔ q ∨ r)
5.1.1. DEFINIÇÃO
5.1.2. PROPRIEDADES
5.1.3. EXEMPLOS
p q p ∧ q p → p ∧ p p → q
V V V V V
V F F F F
F V F V V
F F F V V
5.2.1. DEFINIÇÃO
5.2.2. PROPRIEDADES
5.2.3. EXEMPLOS
p q p ∧ q p ∨ q p ↔ q
V V V V V
V F F V F
F V F V F
F F F F V
p∧q⇒p∨q e p∧q⇒p↔q
p q p ↔ q (p ↔ q) ∧ p (p ↔ q) ∧ p → q
V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F V F V
Portanto, simbolicamente: (p ↔ q) ∧ p ⇒ q.
EXERCÍCIOS
a) p ∧ (p ∨ q) ⇔ p
b) p ∨ (p ∧ q) ⇔ p → q
c) p ↔ p ∧ q ⇔ p → q
d) q ↔ p ∨ q ⇔ p → q
e) (p → q) ∧ (p → r) ⇔ p → q ∧ r
f) (p → q) ∨ (p → r) ⇔ p → q ∨ r
g) (p → q) → r ⇔ p ∧ ¬r → ¬q
3) Provar as implicações:
¬p ∧ q) ⇒ ¬p
a) (¬
b) (p ∧ q → r) ⇒ (p → (q → r))
e) (p → q) ⇒ ((q → r) → (p → r))
5) Testes
∧)
6.1.1. FUNÇÃO “E” OU “AND” (∧
Situações Possíveis:
1ª) Se CH-A = 0 e CH-B = 0, lâmpada apagada. A=0, B=0, S= A ● B = 0
2ª) Se CH-A = 0 e CH-B = 1, lâmpada apagada. A=0, B=1, S= A ● B = 0
3ª) Se CH-A = 1 e CH-B = 0, lâmpada apagada. A=1, B=0, S= A ● B = 0
4ª) Se CH-A = 1 e CH-B = 1, lâmpada acesa. A=1, B=1, S= A ● B = 1
A B S
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
N = 2 2N Linhas = 22 = 4 linhas
S=A●B
Uma porta AND de N entradas terá saída “1”, se e somente se, todas as
entradas forem iguais a “1”, e terá saída “0” nos demais casos.
S = A ● B ● C ● ... ● N
Exemplos: Vamos mostrar uma porta AND de quatro entradas e sua tabela
da verdade.
A B C D S
0 0 0 0 0
0 0 0 1 0
0 0 1 0 0
0 0 1 1 0
0 1 0 0 0
0 1 0 1 0
0 1 1 0 0
0 1 1 1 0
1 0 0 0 0
1 0 0 1 0
1 0 1 0 0
1 0 1 1 0
1 1 0 0 0
1 1 0 1 0
1 1 1 0 0
1 1 1 1 1
∨)
6.1.2. FUNÇÃO “OU” OU “OR” (∨
Situações Possíveis:
1ª) Se CH-A = 0 e CH-B = 0, lâmpada apagada. A=0, B=0, S= A + B = 0
2ª) Se CH-A = 0 e CH-B = 1, lâmpada acesa. A=0, B=1, S= A + B = 1
3ª) Se CH-A = 1 e CH-B = 0, lâmpada acesa. A=1, B=0, S= A + B = 1
4ª) Se CH-A = 1 e CH-B = 1, lâmpada acesa. A=1, B=1, S= A + B = 1
A B S
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
N = 2 2N Linhas = 22 = 4 linhas
S=A+B
S = A + B + C + ... + N
A B C S
0 0 0 0
0 0 1 1
0 1 0 1
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 1
¬)
6.1.3. FUNÇÃO “NÃO” OU “NOT” (¬
Situações Possíveis:
1ª) Se CH-A = 0, então A = 0, A = 1, lâmpada acesa.
2ª) Se CH-A = 1, haverá um curto circuito A = 1, A = 0, lâmpada apagada.
A A
0 1
1 0
INVERSOR
Representação: A ---------->o---------- A’ ou Ā
Situações Possíveis:
1ª) Se CH-A = 0 e CH-B = 0, lâmpada acesa. A=0, B=0, S= (A ● B)’ = 1
2ª) Se CH-A = 0 e CH-B = 1, lâmpada acesa. A=0, B=1, S= (A ● B)’ = 1
3ª) Se CH-A = 1 e CH-B = 0, lâmpada acesa. A=1, B=0, S= (A ● B)’ = 1
4ª) Se CH-A = 1 e CH-B = 1, lâmpada apagada. A=1, B=1, S= (A ● B)’ = 0
A B S
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0
S= (A ● B)’
É uma composição da função NÃO com a função OU, ou seja, a função NOU
será o inverso da função OU.
Situações Possíveis:
1ª) Se CH-A = 0 e CH-B = 0, lâmpada acesa. A=0, B=0, S= (A + B)’ = 1
2ª) Se CH-A = 0 e CH-B = 1, lâmpada apagada. A=0, B=1, S= (A + B)’ = 0
3ª) Se CH-A = 1 e CH-B = 0, lâmpada apagada. A=1, B=0, S= (A + B)’ = 0
4ª) Se CH-A = 1 e CH-B = 1, lâmpada apagada. A=1, B=1, S= (A + B)’ = 0
A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0
S= (A + B)’
Vimos até agora que podemos obter uma expressão booleana que um circuito
lógico executa. Vamos estudar que a partir de uma expressão booleana
podemos desenhar um circuito.
Por exemplo, obter o circuito lógico da seguinte expressão:
S = (A + B) ● C ● (B + D)
EXERCÍCIOS
a) S = [(A●B) + (C●D)]’
b) S = (A●B) + C + (C●D)
c) S = (A●B●C) + ((A+B) ● C)
e) S = [(A+B’+C)’ ● (A+D’+B)]’●A’●B●C’
j) S = (A’+B) + (A●B●C’)
m) S = [(A+B)●C]’ + [D●(C+B)]’
7. CIRCUITOS COMBINACIONAIS
7.1. INTRODUÇÃO
Precisamos então, obter uma expressão que represente uma dada situação.
Para extrairmos uma expressão de uma situação, o caminho mais fácil será o
de obtermos a tabela da verdade desta situação e, em seguida, levantarmos
a expressão. Esquematicamente, temos:
SEMÁFORO 2
SEMÁFORO 1
SEMÁFORO 2
No caso 0, condição irrelevante, tanto faz qual o sinal que permanece aceso.
Vamos adotar, por exemplo, que o verde do sinal 2 permaneça aceso. Temos,
então:
(V2 = 1 V1 = 0 , Vm1 = 1 e Vm2 = 0)
Preenchendo novamente a tabela da verdade com os novos valores, para o
caso 0, temos:
Situação A B V1 Vm1 V2 Vm2
0 0 0 0 1 1 0
1 0 1 0 1 1 0
2 1 0 1 0 0 1
3 1 1 1 0 0 1
Cada saída, ou seja, tanto V1, como Vm1, como Vm2 e como V2, possuirá um
circuito independente. Vamos escrever, primeiramente, a expressão de V1.
Em que casos V1 deve acender? No caso 2 ou no caso 3.
No caso 2, temos:
V1 = 1 quando: A ● B’ = 1
No caso 3, temos:
V1 = 1 quando: A ● B = 1
Podemos escrever, então:
V1 = A ● B’ + A ● B
No caso 0, temos:
Vm1 = 1 quando: A’ ● B’ = 1
No caso 1, temos:
Vm1 = 1 quando: A’ ● B = 1
Assim sendo, podemos escrever a expressão de Vm1:
Vm1 = A’ ● B’ + A’ ● B
No caso 0, temos:
V2 = 1 quando: A’ ● B’ = 1
No caso 1, temos:
V2 = 1 quando: A’ ● B = 1
Assim sendo, podemos escrever a expressão de V2:
V2 = A’ ● B’ + A’ ● B
No caso 0, temos:
Vm2 = 1 quando: A ● B’ = 1
No caso 1, temos:
Vm2 = 1 quando: A ● B = 1
Assim sendo, podemos escrever a expressão de V2:
Vm2 = A ● B’ + A ● B
Resumidamente temos:
V1 = Vm2 = A ● B’ + A ● B
V2 = Vm1 = A’ ● B’ + A’ ● B
Por meio deste exemplo, vimos que um circuito combinacional tem suas
saídas dependentes única e exclusivamente das variáveis de entrada. No
caso, o semáforo será comandado única e exclusivamente pelas variáveis A e
B (vide convenções adotadas). Vimos também, como extrair expressões de
tabelas da verdade, resultando em circuitos lógicos.
Sendo:
SA: saída do circuito que dará a A a 1ª prioridade.
SB: saída do circuito que dará a B a 2ª prioridade.
SC: saída do circuito que dará a C a 3ª prioridade.
Convenções utilizadas:
SA = 1 Chave 1 fechada
SB = 1 Chave 2 fechada
SC = 1 Chave 3 fechada
Situação A B C SA SB SC
0 0 0 0
1 0 0 1
2 0 1 0
3 0 1 1
4 1 0 0
5 1 0 1
6 1 1 0
7 1 1 1
Situação A B C SA SB SC
0 0 0 0 Ø Ø Ø
1 0 0 1 0 0 1
2 0 1 0 0 1 0
3 0 1 1 0 1 0
4 1 0 0 1 0 0
5 1 0 1 1 0 0
6 1 1 0 1 0 0
7 1 1 1 1 0 0
Expressão de SC:
SC = A’ ● B’ ● C
Expressão de SB:
Expressão de SA:
Esquematizando, temos:
Convenções utilizadas:
• Presença de chamada: 1
• Ausência de chamada: 0
• Intercomunicador do presidente: A
• Intercomunicador do vice-presidente: B
• Intercomunicador da engenharia: C
• Intercomunicador do chefe de seção: D
• Saídas: Efetivação de chamada: 1 – Não efetivação de chamada: 0
A B C D SA SB SC SD
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 1
0 0 1 0 0 0 1 0
0 0 1 1 0 0 1 0
0 1 0 0 0 1 0 0
0 1 0 1 0 1 0 0
0 1 1 0 0 1 0 0
0 1 1 1 0 1 0 0
1 0 0 0 1 0 0 0
1 0 0 1 1 0 0 0
1 0 1 0 1 0 0 0
1 0 1 1 1 0 0 0
1 1 0 0 1 0 0 0
1 1 0 1 1 0 0 0
1 1 1 0 1 0 0 0
1 1 1 1 1 0 0 0
Expressão de SD:
SD = 1 SD = A’ ● B’ ● C’ ● D
Expressão de SC:
SC = 1 SC = A’ ● B’ ● C ● D’ + A’ ● B’ ● C ● D
Expressão de SB:
SB = 1 SB = A’ ● B ● C’ ● D’ + A’ ● B ● C’ ● D + A’ ● B ● C ● D’ +
A’ ● B ● C ● D
Expressão de SA:
SA = 1 SA = A ● B’ ● C’ ● D’ + A ● B’ ● C’ ● D + A ● B’ ● C ● D’ +
A ● B’ ● C ● D + A ● B ● C’ ● D’ + A ● B ● C’ ● D + A ● B ● C ● D’ +
A ● B ● C ● D
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1) Entrocamento
Obtenha:
a) A Tabela da Verdade.
b) As Expressões dos Semáforos para os sinais verdes e vermelhos (acesos).
c) Os Circuitos Lógicos das expressões.
2) Sistema de Votação
Projetar um circuito que acenda uma lâmpada caso a proposta seja aprovada
pela diretoria.
A resolução deste problema restringe-se à implementação de um circuito
combinacional que produzirá em sua saída um nível lógico de acordo com as
combinações das variáveis de entrada.
A figura a seguir mostra o diagrama de blocos deste sistema de votação.
V CIRCUITO CIRCUITO
LÓGICO DE L
S POTÊNCIA
Variáveis de entrada:
Caixa d’água
Alarme (A)
Bomba (B)
Rio
Os sensores de nível alto (H) e de nível baixo (L) são utilizados para
determinar o acionamento da bomba (B) e do alarme (A). Os sensores
funcionam da seguinte forma:
A bomba deve ser acionada sempre que o nível da água da caixa estiver
abaixo do sensor H. Se o nível da água ficar abaixo do nível do sensor L, o
alarme deve ser acionado até que o nível da água suba acima de L.
Variáveis de entrada: H e L
Variáveis de saída: B e A
8.1. INTRODUÇÃO
1. Se A = 0 → Ā = 1
2. Se A = 1 → Ā = 0
Se A = 1, tem-se Ā = 0 e se Ā = 0 → Ā’ = 1.
Se A = 0, tem-se Ā = 1 e se Ā = 1 → Ā’ = 0.
A=0→0+0=0
A=1→1+0=1
A=0→0+1=1
A=1→1+1=1
A=0→0+0=0
A=1→1+1=1
Nota-se que se somar a mesma variável, o resultado será sempre ela mesma.
A=0→Ā=1→0+1=1
A=1→Ā=0→1+0=1
Nota-se que sempre que se some a uma variável o seu complemento, tem-se
como resultado 1.
0 . 0 0
0 . 1 0
1 . 0 0
1 . 1 1
A=0→0.0=0
A=1→1.0=0
A=0→0.1=0
A=1→1.1=1
A=0→0.0=0
A=1→1.1=1
A=0→Ā=1→0.1=0
A=1→Ā=0→1.0=0
Nota-se que para ambos os valores possíveis que a variável pode assumir, o
resultado da expressão será sempre 0.
8.2.3. PROPRIEDADES
Adição: A + B = B + A
correspondente a (p v q) ⇔ (q v p)
Multiplicação: A . B = B . A
correspondente a (p ∧ q) ⇔ (q ∧ p)
Adição: A + (B + C) = (A + B) + C = A + B + C
correspondente a [p ∨ (q ∨ r)] ⇔ [(p ∨ q) ∨ r] ⇔ [p ∨ q ∨ r]
Multiplicação: A . (B . C) = (A . B) . C = A . B . C
correspondente a [p ∧ (q ∧ r)] ⇔ [(p ∧ q) ∧ r] ⇔ [p ∧ q ∧ r]
A . (B + C) = A.B + A.C
correspondente a [p ∧ (q ∨ r)] ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
(A . B)’ = A’ + B’
correspondente a ¬(p ∧ q) ⇔ ¬p ∨ ¬q
A B (A . B)’ A’ + B’
0 0 1 1
0 1 1 1
1 0 1 1
1 1 0 0
Nota-se a igualdade de ambas as colunas.
(A . B)’ = A’ + B’ 1º Teorema
A . B = (A’ + B’)’
X’ . Y’ = (X + Y)’
A’ . B’ = (A + B)’ 2º Teorema
correspondente a ¬p ∧ ¬q ⇔ ¬(p ∨ q)
Da mesma forma que no anterior, o teorema pode ser estendido para mais de
duas variáveis:
8.2.5.1. A + A.B = A [p ∨ (p ∧ q) ⇔ p]
A.(1 + B) = A
A . 1 = A, ∴ A + A.B = A
(A + B) . (A + C)
∴ (A + B) . (A + C) = A + B.C
= (A’ . B’)’
= (A + B) 1º Teorema de De Morgan
∴ (A + A’.B) = A + B
1º exemplo:
S = A.(B.C + C’ + B’)
S = [B.C + (B.C)’] . A
S = A.(Y + Y’)
Como Y + Y’ = 1, logo: S = A . 1 = A
∴ S=A
2º exemplo:
S = A’ . C’ . (B’ + B) + A.B’.C
S = A’ . C’ . (B’ + B) + A.B’.C
= A’.C’ + A.B’.C
∴ S = A’.C’ + A.B’.C
Exercícios
5) Provar que (A’.B’.C’ + A’.B.C’ + A.B’.C) é igual a (A’.C’ + A.B’.C) (2º exemplo
apresentado nas simplificações).
Exercícios
A B V1 Vm1 V2 Vm2
0 0 0 1 1 0
0 1 0 1 1 0
1 0 1 0 0 1
1 1 1 0 0 1
B B B B
A A B C A B C A B C A B C A 100 1 01 111 1 10
C C C C C C
Exercícios
A B C SA SB SC
0 0 0 0 0 1
0 0 1 0 0 1
0 1 0 0 1 0
0 1 1 0 1 0
1 0 0 1 0 0
1 0 1 1 0 0
1 1 0 1 0 0
1 1 1 1 0 0
C C
0 0 0 0 0 0 0 0 B
0 0 0 1 1 1 1 0
A
0 1 0 1 0 1 0 1
0 0 0 1 1 1 1 0 B
1 1 1 1 1 1 1 1
0 0 0 1 1 1 1 0
A
1 0 1 0 1 0 1 0 B
0 0 0 1 1 1 1 0
D D D
Exercícios
A B C D SA SB SC SD
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 1
0 0 1 0 0 0 1 0
0 0 1 1 0 0 1 0
0 1 0 0 0 1 0 0
0 1 0 1 0 1 0 0
0 1 1 0 0 1 0 0
0 1 1 1 0 1 0 0
1 0 0 0 1 0 0 0
1 0 0 1 1 0 0 0
1 0 1 0 1 0 0 0
1 0 1 1 1 0 0 0
1 1 0 0 1 0 0 0
1 1 0 1 1 0 0 0
1 1 1 0 1 0 0 0
1 1 1 1 1 0 0 0
A A
D D D D
C C
B B
C C
B B
C C
E E E E E E
Região A
A A
D D D D
C C
B B
C C
B B
C C
E E E E E E
Região B
A A
D D D D
C C
B B
C C
B B
C C
E E E E E E
Região C
A A
D D D D
C C
B B
C C
B B
C C
E E E E E E
Região C
A A
D D D D
C C
B B
C C
B B
C C
E E E E E E
Região D
A A
D D D D
C C
B B
C C
B B
C C
E E E E E E
Região D
A A
D D D D
C C
B B
C C
B B
C C
E E E E E E
Região E
A A
D D D D
C C
B B
C C
B B
C C
E E E E E E
S=A B C D E + A B C D E + A B C D E + A B C D E +
A B C D E + A B C D E + A B C D E + A B C D E +
A B C D E + A B C D E + A B C D E
A A
D D D D
1 0 0 0 C 0 0 0 0 C
B B
1 1 1 1 0 1 0 0
C C
0 1 0 0 1 1 1 1
B B
0 0 0 0 C 0 0 0 0 C
E E E E E E
S = Q1 + Q2 + Q3 + P1
Expressão Simplificada: S = A B C + A B C + C D E + A B D E
Exercícios
quadra A C
C C
X 0 X 1 B
A quadra A D
1 0 1 1
B
0 X X 0
A
0 1 0 X
B
D D D
par A C D
Expressão Simplificada: S = A C + A D + A C D
Exercícios
9. SISTEMAS DE NUMERAÇÃO
9.1. INTRODUÇÃO
Decimal = 59410
Esquematizando:
100 10 1
5 9 4 5x100 + 9x10 + 4x1 = 594
Binário = 1012
Tabela de Potência de 2
20 1
1
2 2
2
2 4
3
2 8
4
2 16
5
2 32
6
2 64
7
2 128
8
2 256
9
2 512
10
2 1024
11
2 2048
12
2 4096
13
2 8192
14
2 16384
Exercícios
Decimal = 4710
1 0 1 1 1 1 101111 = 4710
Último 5º 4º 3º 2º 1º
quociente resto resto resto resto resto
∴ 1011112 = 4710.
Decimal = 40010
400 2
1º resto 0 200 2
2º resto 0 100 2
3º resto 0 50 2
4º resto 0 25 2
5º resto 1 12 2
6º resto 0 6 2
7º resto 0 3 2
8º resto 1 1
Último
quociente
1 1 0 0 1 0 0 0 0 110010000 = 40010
quociente 8º 7º 6º 5º 4º 3º 2º 1º
∴ 1100100002 = 40010.
CONVERTENDO E CONFERINDO
Convertendo:
Decimal = 3510
35 2
1º resto 1 17 2
2º resto 1 8 2
3º resto 0 4 2
4º resto 0 2 2
5º resto 0 1
Último
quociente
1 0 0 0 1 1 100011 = 3510
Último 5º 4º 3º 2º 1º
quociente resto resto resto resto resto
Conferindo:
∴ 3510 = 1000112.
Exercícios
a) 1111,1112
b) 1000,00012
c) 1010,10102
d) 11,112
e) 1011,112
f) 1100,0011012
Potências Negativas de 2
2-1 0,5
-2
2 0,25
-3
2 0,125
-4
2 0,0625
-5
2 0,03125
-6
2 0,015625
-7
2 0,0078125
-8 0,00390625
2
∴ 8,37510 = 1000,0112
∴ 4,810 = (100,1100110011001100....)2
Exercícios
a) 0,12510
b) 0,062510
c) 0,710
d) 0,9210
e) 7,910
f) 47,4710
g) 53,387610
h) 1,111110
Decimal Octal
0 0
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 10
9 11
10 12
11 13
12 14
13 15
14 16
15 17
16 20
17 21
. .
. .
Octal = 1448
82 81 80
1 4 4
∴ 1448 = 10010
Exercícios
a) 148
b) 678
c) 1538
d) 15448
Octal = 278
1º Algarismo 2º Algarismo
7 2
1º resto 1 3 2
2º resto 1 1
Último
quociente
∴ 278 = 101112
Exercícios
a) 4778
b) 15238
c) 47648
d) 43218
Binário = 1100102
Grupo 1 Grupo 2
22 21 20 22 21 20
1 1 0 0 1 0
∴ 1100102 = 628
Binário = 10102
Grupo 1 Grupo 2
22 21 20 22 21 20
0 0 1 0 1 0
∴ 10102 = 128
Exercícios
a) 10112
b) 100111002
c) 1101011102
Decimal = 9210
92 8
1º resto 4 11 8
2º resto 3 1
Último
quociente
∴ 9210 = 1348
Decimal = 9210
∴ 9210 = 10111002
22 21 20 22 21 20 22 21 20
0 0 1 0 1 1 1 0 0
1 3 4
∴ 9210 = 1348
Exercícios
a) 10710
b) 18510
c) 204810
d) 409710
Decimal Hexadecimal
0 0
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 8
9 9
10 A
11 B
12 C
13 D
14 E
15 F
16 10
17 11
18 12
19 13
20 14
21 15
22 16
23 17
24 18
25 19
26 1A
27 1B
. .
. .
Hexadecimal = 3F16
161 160
3 F
3x161 + Fx160
3x161 + 15x16
3x16 + 15x1
48 + 15
= 6310
∴ 3F16 = 6310
Hexadecimal = 1C316
∴ 1C316 = 45110
Exercícios
a) 23816
b) 1FC916
c) 47916
d) 4AB16
e) F0CA16
f) BDE16
g) 2D3F16
Hexadecimal = C1316
C=12 1 3
Dividir Dividir sucessivamente
sucessivamente por 2 por 2
∴ C1316 = 1100000100112
Exercícios
a) 1ED16
b) ABF16
c) 3716
d) 6CF916
Agrupar de 4 em 4 algarismos.
Binário = 100110002
Grupo 1 Grupo 2
1001 1000
23 22 21 20 23 22 21 20
1 0 0 1 1 0 0 0
=9 =8
∴ 100110002 = 9816
Exercícios
a) 11000112
b) 110001111000111002
Decimal = 100010
3148
E=14
∴ 100010 = 3E816
Decimal = 100010
0011111010002
23 22 21 20 23 22 21 20 23 22 21 20
0 0 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0
=3 =14 = E =8
∴ 100010 = 3E816
Exercícios
a) 13410
b) 38410
c) 388210
BIBLIOGRAFIA
ALENCAR FILHO, Edgard. Teoria Elementar dos Conjuntos. 20ª ed. São
Paulo: Nobel, 1985.
COPI, Irving M. Introdução à Lógica. 2ª ed. São Paulo: Mestre Jou, 1978.