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CURSO DE ENGENHARIA EMBIENTAL

DISCIPLINA: RESÍDUOS SÓLIDOS I


PROF. HUMBERTO

GERENCIAMENTO DO ENTULHO NA CONSTÇÃO CIVIL

ROVAN ROCHA SANDERS


DIEGO

JUNHO DE 2009

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................3
2. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE......................................................................4
2.2 CONAMA 307/2002........................................................................................................4
3. A PROBLEMÁTICA DA DISPOSIÇÃO DE ENTULHOS ORIUNDOS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL..............................................................................................................5
3.1 RECICLAGEM................................................................................................................6
3.2 COLETA..........................................................................................................................7
4. SOLUÇÕES - O GERENCIAMENTO DA DISPOSIÇÃO DE ENTULHOS ORIUNDOS
DA CONSTRUÇÃO CIVIL.......................................................................................................8
5. cONCEITOS DE UM Plano de Gerenciamento de RCD na construção................................9
5.1 Fase de planejamento.......................................................................................................9
5.2 Caracterização................................................................................................................10
5.3 Triagem ou segregação..................................................................................................11
5.4 Acondicionamento.........................................................................................................12
5.4.1 Acondicionamento inicial........................................................................................12
5.4.2 Acondicionamento final...........................................................................................13
5.5 Transporte interno dos RCD..........................................................................................13
5.6 Reutilização e reciclagem na obra.................................................................................14
5.6.1 Reciclagem dentro da própria obra..........................................................................15
5.6.1 Reciclagem FORA da obra......................................................................................16
5.7 Remoção dos resíduos do canteiro DE OBRAS............................................................16
5.8 DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS................................................................................17
6. ROTEIRO BÁSICO PARA ELABORAÇÃO UM Plano de Gerenciamento de RCD........19
6.1 INFORMAÇÕES GERAIS...........................................................................................19
6.1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR..........................................................19
6.1.2 RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA OBRA............................................................19
6.1.3 RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO DO PLANO DE rcd..........19
6.1.4 EQUIPE TÉCNICA.................................................................................................19
6.1.5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO................................................19
6.2 ETAPAS DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDOUS DA CONSTRUÇÃO
CIVIL E DEMOLIÇÕES......................................................................................................20
6.2.1 CARACTERIZAÇÃO QUALIFICAÇÃO DOS RESÍDOUS SÓLIDOS..............20
6.2.2 MINIMIZAÇÃO DOS RESÍDUOS........................................................................20
6.2.2 TRIAGEM/SEGRAGAÇÃO DOS RESÍDUOS.....................................................20
6.2.3 ACONDICIONAMENTO DOS RESÍDUOS.........................................................20
6.2.4 REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM......................................................................21
6.2.6 TRANSPORTE INTERNO.....................................................................................21
6.2.7 TRANSPORTE EXTERNO....................................................................................21
6.2.8 DESTINAÇÃO........................................................................................................21
6.2.9 COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL....................................21
6.3 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE
RCD......................................................................................................................................21
7. Normas Técnicas referentes aos Resíduos da Construção Civil...........................................22
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................22

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1. INTRODUÇÃO
A Construção Civil é uma das indústrias mais importantes quanto ao
desenvolvimento econômico e social de um Estado, no entanto é responsável por
grande parcela dos impactos ambientais, tanto pelo consumo de recursos naturais
quanto pela elevada geração de resíduos e sua posterior disposição inadequada. Os
Resíduos da Construção e Demolição (RCD) é composto basicamente por uma
mistura de brita, areia, concreto, argamassa, tijolos cerâmicos e blocos de concreto,
restos de madeira, caixas de papelão, ferro e plástico, portanto é um material
heterogêneo.

O descarte desses resíduos de forma inadequada ocasiona inúmeros


impactos ao meio ambiente quando dispostos de forma inadequada: (a)
deslizamentos de encostas; (b) pontos atrativos de vetores transmissores de
doenças; (c) degradação da paisagem urbana; (d) transtornos ao trânsito; (e)
assoreamento de rios e córregos; (f) obstrução dos sistemas de drenagem pluvial
urbana; (g) risco à saúde pública devido aos resíduos perigosos; (h), redução da
vida útil dos aterros sanitários. A resolução dessa problemática passa pela adoção
de tecnologias apropriadas, da Educação Ambiental e da adoção de Políticas
Públicas que visem ações no sentido da sustentabilidade ambiental.

No Brasil, a partir do ano de 2002 por meio da Resolução Conama nº 307


(BRASIL, 2002), houve o estabelecimento de diretrizes, critérios e procedimentos
para a gestão dos Resíduos da Construção e Demolição. Esta resolução define os
RCD como sendo os resíduos provenientes de construções, reformas, reparos e
demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da
escavação de terrenos, e são comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou
metralha. E ainda, classifica-os em quatro classes de resíduos: Classe A - resíduos
reutilizáveis como agregados; Classe B - resíduos recicláveis para outras
destinações; Classe C - resíduos para os quais, ainda não foram desenvolvidas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso; Classe D -
resíduos perigosos oriundos do processo de construção. Vale ressaltar que de
acordo a Resolução Conama Nº 307, deve-se priorizar a não geração dos resíduos,
e só depois promover a sua redução, reutilização, reciclagem e, somente nos casos
em que nenhum desses procedimentos possam ser adotados, a destinação final em
aterros para inertes. Além disso, está proibida desde julho de 2004, por esta
resolução, a disposição dos RCD em aterros de resíduos domiciliares e em áreas de
bota-fora. A mesma resolução responsabiliza os municípios por elaborar um Plano
Integrado de Gerenciamento de RCD, que incorpore: Programa Municipal de
Gerenciamento para geradores de pequenos volumes (2m³); Projetos de
Gerenciamento em obra (requisito para aprovação dos empreendimentos dos
geradores de grandes volumes).

Porém, pelo fato da escassez de informações por grande parte da população


sobre o manejo dos RCD, verificado nas principais capitais brasileiras, como por
exemplo na cidade de Fortaleza no Estado do Ceará, se tem a necessidade do

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Plano de Gerenciamento também centrado na Educação Ambiental, não só dos
elementos envolvidos diretamente com a geração de tais resíduos, mas de toda
sociedade civil como o todo, visando sempre, como princípio básico, a não geração
dos resíduos.

Especificamente ao se falar sobre o entulho, nota-se que a grande produção


gerada nas construções que são realizadas nas cidades brasileiras, demonstra um
enorme desperdício de material. Os custos deste desperdício são distribuídos por
toda a sociedade, não só pelo aumento do custo final das construções como
também pelos custos de remoção e tratamento do entulho.

Enfim, há a necessidade dos RCD serem reconhecidos como um problema


ambiental grave, pelo impacto que causa a sua disposição irregular. Os gestores
municipais devem priorizar não só o desenvolvimento do Plano Integrado de
Gerenciamento, os aplicar com seriedade, de maneira contínua e eficaz, além de
difundi-lo por toda a sociedade. Essas ações minimizará custos com a remediação
dos impactos causados por exemplo pelas chuvas, como as inundações que
causam inúmeros prejuízos econômicos à população e às diversas atividades
produtivas, acidentes de trânsito e doenças, como a leptospirose, que ocorrem
nestas situações, agindo também de forma pró-ambiental, retomando todo ciclo
produtivo com a reinserção dos materiais recicláveis ou reutilizáveis, minimizando
assim o consumo dos recursos naturais.

2. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE

2.2 CONAMA 307/2002

Atualmente, um mecanismo importante empregado nessa problemática ambiental é


a implantação de programas de gestão desse resíduo. Um mecanismo importante
criado para tal finalidade foi a Resolução 307 (CONAMA, 2002), a qual define, para
a construção civil, quatro classes de resíduos, que deverão ter tratamentos distintos:

▪ Classe A – resíduos reutilizáveis ou recicláveis, como agregados, tijolos, blocos,


telhas, placas de revestimento, argamassas, concretos, tubos, meio-fio, solos de
terraplanagem, etc;

▪ Classe B – resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos,


papel/papelão, metais, madeiras, etc;

▪ Classe C – resíduos ainda sem tecnologias ou aplicações economicamente viáveis


para a sua reciclagem/recuperação, tais como os oriundos do gesso (tratamento
pelo gerador);

▪ Classe D – perigosos, como tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles


contaminados (tratamento pelo fabricante).
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Apresentam-se abaixo algumas definições sobre os principais elementos descritos
na referida resolução:

Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas,


reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e
da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral,
solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros,
argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação
elétrica, etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha;

Reutilização: é o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do


mesmo;

Reciclagem: é o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido


submetido à transformação;

Beneficiamento: é o ato de submeter um resíduo à operações e/ou processos que


tenham por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam utilizados como
matéria-prima ou produto;

Além dessa classificação dos resíduos, que possibilita um manejo mais


adequado, bem como o auxílio para o emprego dos mesmos como material
alternativo (reciclado) em diversas áreas da construção civil, esta resolução
estabelece ainda que os mesmos não possam ser dispostos em aterros de resíduos
sólidos domiciliares ou em bota-fora. Também estabelece que a competência para o
gerenciamento dos mesmos fica sobre responsabilidade dos governos municipais
(AZEVEDO; KIPERSTOK;MORAES, 2006).

3. A PROBLEMÁTICA DA DISPOSIÇÃO DE ENTULHOS


ORIUNDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL.

O material definido como entulho, é longe o maior causador de problemas dos


RCDs, sendo retirado da obra e disposto clandestinamente em locais como terrenos
baldios, margens de rios e de ruas das periferias. As prefeituras comprometem
recursos, nem sempre mensuráveis, para a remoção ou tratamento desse entulho:
tanto há o trabalho de retirar o entulho da margem de um rio como o de limpar
galerias e desassorear o leito de córregos onde o material termina por se depositar.

O custo social total é praticamente impossível de ser determinado, pois suas


conseqüências geram a degradação da qualidade de vida urbana em aspectos
como transportes, enchentes, poluição visual, proliferação de vetores de doenças,
entre outros. De um jeito ou de outro, toda a sociedade sofre com a deposição
irregular de entulho e paga por isso. Como para outras formas de resíduos urbanos,

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também no caso do entulho o ideal é reduzir o volume e reciclar a maior quantidade
possível do que for produzido.

A quantidade de entulho gerada nas cidades brasileiras é muito significativa e


pode servir como um indicador do desperdício de materiais. Os resíduos de
construção e demolição consistem em concreto, estuque, telhas, metais, madeira,
gesso, aglomerados, pedras, carpetes etc. Muitos desses materiais e a maior parte
do asfalto e do concreto utilizado em obras podem ser reciclados. Esta reciclagem
pode tornar o custo de uma obra mais baixo e diminuir também o custo de sua
disposição.

Note-se ainda que a demanda por habitação de baixo custo também torna
interessante a viabilização de materiais de construção a custos inferiores aos
existentes, porém sem abrir mão da garantia de qualidade dos materiais
originalmente utilizados. Desta forma, o intuito do estudo, cujos resultados parciais
são apresentados aqui, é o desenvolvimento de técnicas que garantam a qualidade
de elementos construtivos produzidos com agregado derivado de entulho a custos
inferiores aos agregados primários.

Os estudos realizados com vistas ao emprego de agregados de entulho na


fabricação de elementos de concreto dentro das condições de fabricação (traços) já
utilizados na prefeitura da Universidade de São Paulo permitiram atingir as seguintes
conclusões, para as amostras ensaiadas:

▪ a reciclagem de entulho para os fins visualizados é viável;

▪ os parâmetros de resistência à tração e flexão dos elementos de concreto


com entulho são semelhantes e chegam a superar aqueles obtidos para elementos
de concreto feitos com agregado primário;

▪ os parâmetros de resistência à compressão do concreto de entulho podem


atingir valores compatíveis ao concreto com agregado primário.

3.1 RECICLAGEM
Apesar de causar tantos problemas, o entulho deve ser visto como fonte de
materiais de grande utilidade para a construção civil. Seu uso mais tradicional - em
aterros - nem sempre é o mais racional, pois ele serve também para substituir
materiais normalmente extraídos de jazidas ou pode se transformar em matéria-
prima para componentes de construção, de qualidade comparável aos materiais
tradicionais.

É possível produzir agregados - areia, brita e bica corrida para uso em


pavimentação, contenção de encostas, canalização de córregos, e uso em
argamassas e concreto. Da mesma maneira, pode-se fabricar componentes de
construção - blocos, briquetes, tubos para drenagem, placas.

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As prefeituras devem iniciar a implantação de um programa fazendo um
levantamento da produção de entulho no município, estimando os custos diretos e
indiretos causados pela deposição irregular. Com base nestas informações será
possível determinar a tecnologia a ser empregada, os investimentos necessários e a
aplicação dos resíduos reciclados.

A reciclagem de entulho pode ser realizada com instalações e equipamentos


de baixo custo, apesar de existirem opções mais sofisticadas tecnologicamente.
Havendo condições, pode ser realizado na própria obra que gera o resíduo,
eliminando os custos de transporte. É possível contar com diversas opções
tecnológicas, mas todas elas exigem áreas e equipamentos destinados à seleção,
trituração e classificação de materiais. As opções mais sofisticadas permitem
produzir a um custo mais baixo, empregando menos mão-de-obra e com qualidade
superior. Exigem, no entanto, mais investimentos e uma escala maior de produção.
Por estas características, adequam-se, normalmente, as cidades de maior porte.

A construção civil é atualmente o grande reciclador de resíduos provenientes


de outras indústrias. A escória granulada de alto forno e cinzas são matéria prima
comum nas construções.

3.2 COLETA

Para resolver o problema do entulho é preciso organizar um sistema de coleta


eficiente, minimizando o problema da deposição clandestina. É necessário estimular,
facilitando o acesso a locais de deposição regular estabelecidos pela prefeitura.

A partir de uma coleta eficaz é possível introduzir práticas de reciclagem para


o reaproveitamento do entulho. Para cidades maiores, é importante que a coleta de
entulho seja realizada de forma desconcentrada, com instalações de recebimento de
entulho em várias regiões da cidade.

Em contrapartida, é preciso lembrar que a concentração dos resíduos torna


mais barata a sua reciclagem, reduzindo os gastos com transporte, que, em geral, é
a questão mais importante num processo de reciclagem. Estabelecer dias de coleta
por bairro, onde a população pode deixar o entulho nas calçadas para ser recolhido
por caminhões da prefeitura é uma prática já adotada em alguns municípios.

A política de coleta do entulho deve ser integrada aos demais serviços de


limpeza pública do município. Pode-se aproveitar programas já existentes ou, ao
contrário, a partir do recolhimento de entulho implantar novos serviços como a coleta
de "bagulhos" (por exemplo, móveis usados) que normalmente têm o mesmo tipo de
deposição irregular e tão danosa quanto o entulho.

Mas o entulho surge não só da substituição de componentes pela reforma ou


reconstrução. Muitas vezes é gerado por deficiências no processo construtivo: erros
ou indefinições na elaboração dos projetos e na sua execução, má qualidade dos
materiais empregados, perdas na estocagem e no transporte. Estes desperdícios

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podem ser atenuados através do aperfeiçoamento dos controles sobre a realização
das obras públicas e também através de trabalhos conjuntos com empresas e
trabalhadores da construção civil, visando aperfeiçoar os métodos construtivos,
reduzindo a produção de entulho e os desperdícios de material.

No Brasil, entretanto, o reaproveitamento do entulho é restrito, praticamente,


à sua utilização como material para aterro e, em muito menor escala, à conservação
de estradas de terra. A prefeitura de São Paulo, em 1991, implantou uma usina de
reciclagem com capacidade para 100 t/hora, produzindo material utilizado como sub-
base para pavimentação de vias secundárias, numa experiência pioneira no
Hemisfério Sul.

Estima-se que a construção civil seja responsável por até 50% do uso de
recursos naturais em nossa sociedade, dependendo da tecnologia utilizada. Sabe-se
também que, na construção de um edifício, o transporte e a fabricação dos materiais
representam aproximadamente 80% da energia gasta.

4. SOLUÇÕES - O GERENCIAMENTO DA DISPOSIÇÃO DE


ENTULHOS ORIUNDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL.
Para que seja elencados resultados expressivos para a problemática dos
entulhos, há necessidade de medidas gerenciais, que visem benefícios ambientais e
econômicos. Estes benefícios são conseguidos não só por se diminuir a deposição
em locais inadequados (e suas conseqüências indesejáveis já apresentadas) como
também por minimizar a necessidade de extração de matéria-prima em jazidas, o
que nem sempre é adequadamente fiscalizado. Reduz-se, ainda, a necessidade de
destinação de áreas públicas para a deposição dos resíduos.

As experiências indicam que é vantajoso também economicamente substituir


a deposição irregular do entulho pela sua reciclagem. O custo para a administração
municipal é de US$ 10 por metro cúbico clandestinamente depositado,
aproximadamente, incluindo a correção da deposição e o controle de doenças.
Estima-se que o custo da reciclagem significa cerca de 25% desses custos. A
produção de agregados com base no entulho pode gerar economias de mais de
80% em relação aos preços dos agregados convencionais.

Atualmente os mecanismos de ações mais aceitos para a minimização dos


danos ambientais provenientes dos entulhos, provém dos Planos de
Gerenciamento de RCD na construção.

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5. CONCEITOS DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE
RCD NA CONSTRUÇÃO
O Plano de Gerenciamento de RCD estará a cargo dos grandes geradores e
terá como objetivo estabelecer os procedimentos necessários para o manejo e
destinação ambientalmente adequados dos RCD.

De acordo com a Agenda 21/1992, os 3Rs constituem os primeiros passos da


hierarquia de objetivos que formam a estrutura de ação necessária para o manejo
ambientalmente saudável dos resíduos, sendo:

▪ REDUÇÃO
▪ REUILIZÇÃO
▪ RECICLAEM

Antes, porém, deverá haver uma etapa previamente estabelecida visando a


não geração dos resíduos nas construções, conforme reza o art. 4º da Resolução
307/2002 – CONAMA.

´´ Art. 4º Os geradores deverão ter como


objetivo prioritário a não geração de resíduos e,
secundariamente, a redução, a reutilização, a
reciclagem e a destinação final.
§ 1º Os resíduos da construção civil não
poderão ser dispostos em aterros de resíduos
domiciliares, em áreas de "bota fora", em
encostas, corpos d`água, lotes vagos e em
áreas protegidas por Lei, obedecidos os prazos
definidos no art. 13 desta Resolução.
§ 2º Os resíduos deverão ser destinados de
acordo com o disposto no art. 10 desta
Resolução ´´

5.1 FASE DE PLANEJAMENTO

É importante que a concepção do projeto civil, tenha preocupações com a


modulação, com o sistema construtivo a ser adotado, com o tipo dos materiais a
serem empregados e com a integração entre os projetos complementares, sempre
na busca da não geração de resíduos.

Outra preocupação fundamental é com o aperfeiçoamento do detalhamento


dos projetos de tal maneira quenão ocorram perdas por quantitativos inexatos.

A fase de levantamentos orçamentais e de compras deve ser executada com


a mais rigorosa exatidão possível de tal forma a não gerar perdas de materiais
devido ao excesso na compra.

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Em resumo, os itens que deverão receber maior atenção na pré-obra com
relação à minimização da geração de RCD são:

▪ Compatibilidade entre os vários projetos;


▪ Exatidão em relação a cotas, níveis e alturas;
▪ Especificação inexata ou falta de especificação de materiais e componentes;
▪ Falta ou detalhamento inadequado dos projetos.

5.2 CARACTERIZAÇÃO
A fase da caracterização dos RCD é particularmente importante no sentido de
se identificar e quantificar os resíduos e desta forma planejar qualitativa e
quantitativamente a redução, reutilização, reciclagem e a destinação final dos
mesmos.

A identificação prévia e caracterização dos resíduos a serem gerados no


canteiro de obras são fundamentais no processo de reaproveitamento dos RCD,
pois esse conhecimento leva a se pensar maneiras mais racionais de se reutilizar
e/ou reciclar o material.

Para tanto se deve seguir a classificação oferecida na Resolução 307/2002 –


CONAMA demonstrada no item 2.2 - ´´CONAMA 307/2002´´

Na tabela 1, encontra-se a identificação dos resíduos gerados por etapa de


uma obra de edifício residencial.

Este exemplo deveria ser seguido pelos responsáveis pelas obras de tal
maneira a se obter dados estatísticos e indicadores que auxiliem no planejamento
da minimização da geração dos resíduos nas construções.

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Tabela 1 - GERAÇÃO DE RESÍDUOS POR ETAPA DE UMA OBRA

FASES DA OBRA
TIPOS DE RESÍDUOS POSSIVELMENTE GERADOS
SOLOS
LIMPEZA DO TERRENO
ROCHAS, VEGETAÇÃO, GALHOS

BLOCOS CERÂMICOS, CONCRETO (AREIA; BRITA)


MONTAGEM DO CANTEIRO

MADEIRAS
SOLOS
FUNDAÇÕES
ROCHAS

CONCRETO (AREIA; BRITA)


SUPERESTRUTURA MADEIRA

SUCATA DE FERRO, FÔRMAS PLÁSTICAS

ALVENARIA BLOCOS CERÂMICOS, BLOCOS DE CONCRETO, ARGAMASSA


PAPEL, PLÁSTICO

INSTALAÇÕES HIDROSANITÁRIAS BLOCOS CERÂMICOS


PVC

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS BLOCOS CERÂMICOS


CONDUITES, MANGUEIRA, FIO DE COBRE

REBOCO INTERNO/EXTERNO
ARGAMASSA

REVESTIMENTOS PISOS E AZULEJOS CERÂMICOS


PISO LÂMINADO DE MADEIRA, PAPEL, PAPELÃO, PLÁSTICO

FORRO DE GESSO
PLACAS DE GESSO ACARTONADO
PINTURAS TINTAS, SELADORAS, VERNIZES, TEXTURAS
MADEIRAS
COBERTURAS
CACOS DE TELHAS DE FIBROCIMENTO

Fonte: Valotto , 2007

É importante que se faça a caracterização dos RCD gerados por etapa da


obra, pois essa providência proporcionará uma melhor leitura do momento de
reutilização de cada classe e quantidade de resíduo.

5.3 TRIAGEM OU SEGREGAÇÃO

Segundo a resolução 307/2002 – CONAMA, a triagem deverá ser realizada,


preferencialmente, pelo gerador na origem, ou ser realizada nas áreas de
destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos
estabelecidas.

A segregação deverá ser feita nos locais de origem dos resíduos, logo após a
sua geração. Para tanto devem ser feitas pilhas próximas a esses locais e que serão
transportadas posteriormente para seu acondicionamento.

Ao fim de um dia de trabalho ou ao término de um serviço específico deverá


ser realizada a segregação preferencialmente por quem realizou o serviço, com o
intuito de assegurar a qualidade do resíduo (sem contaminações) potencializando
sua reutilização ou reciclagem.
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Nesse processo, a comunicação visual na obra, tem importância fundamental,
pois a sinalização informativa dos locais de armazenamento de cada resíduo serve
para alertar e orientar as pessoas, lembrando-as sempre sobre a necessidade da
separação correta de cada um dos resíduos gerados.

A prática da segregação não é uma tarefa difícil podendo ser facilmente


realizada até porque a geração dos resíduos na obra acontece separadamente, em
fases distintas e os mesmos são coletados e armazenados nos pavimentos
temporariamente, propiciando a adoção de procedimentos adequados para a
limpeza da obra.

Essa prática contribuirá para a manutenção da limpeza da obra, evitando


materiais e ferramentas espalhadas pelo canteiro o que gera contaminação entre os
resíduos, desorganização, aumento de possibilidades de acidentes do trabalho além
de acréscimo de desperdício de materiais e ferramentas. Ressalta-se que obras
desorganizadas dificultam a reutilização dos resíduos.

Uma vez segregados, os resíduos deverão ser adequadamente


acondicionados, em depósitos distintos, para que possam ser aproveitados numa
futura utilização no canteiro de obras ou fora dele, evitando assim qualquer
contaminação do resíduo por qualquer tipo de impureza que inviabilize sua
reutilização.

A contaminação do resíduo compromete a sua reutilização e, em certos


casos, até inviabiliza o posterior aproveitamento, dificultando o gerenciamento, ao
mesmo tempo em que a segregação bem realizada assegura a qualidade do
resíduo.

É importante que os funcionários sejam treinados e se tornem conhecedores


da classificação dos resíduos, não só para executarem satisfatoriamente a
segregação dos mesmos como também pela importância ambiental que essa tarefa
representa.

5.4 ACONDICIONAMENTO

5.4.1 ACONDICIONAMENTO INICIAL


Após a segregação e ao término da tarefa ou do dia de serviço, os RCD
devem ser acondicionados em recipientes estrategicamente distribuídos até que
atinjam volumes tais que justifiquem seu transporte interno para o depósito final de
onde sairão para a reutilização, reciclagem ou destinação definitiva.

Os dispositivos de armazenamento mais utilizados na atualidade são as


bombonas, bags, baias e caçambas estacionárias, que deverão ser devidamente
sinalizados informando o tipo de resíduo que cada um acondiciona visando a
organização da obra e preservação da qualidade do RCD.
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▪ As bombonas são recipientes plásticos, geralmente na cor azul, com
capacidade de 50L que servem principalmente para depósito inicial de restos de
madeira, sacaria de embalagens plásticas, aparas de tubulações, sacos e caixas de
embalagens de papelão, papéis de escritório, restos de ferro, aço, fiação, arames
etc.
▪ As bags se constituem em sacos de ráfia com quatro alças e com
capacidade aproximada de 1m3. As bags geralmente são utilizadas para
armazenamento de serragem, EPS (isopor), restos de uniformes, botas, tecidos,
panos e trapos, plásticos, embalagens de papelão etc.

▪ Baias são depósitos fixos, geralmente construídos em madeira, em diversas


dimensões que se adaptam às necessidades de espaço. São mais utilizadas para
depósito de restos de madeira, ferro, aço, arames, EPS, serragem etc.

▪ As caçambas estacionárias são recipientes metálicos com capacidade de 3


a 5m3 empregadas no acondicionamento final de blocos de concreto e cerâmico,
argamassa, telhas cerâmicas, madeiras, placas de gesso, solo e etc.

O acondicionamento inicial deverá acontecer o mais próximo possível dos


locais de geração dos RCD sempre levando-se em conta o volume gerado e a boa
organização do canteiro.

No caso das obras de pequeno porte, após gerados, os RCD deverão ser
coletados, e levados diretamente para o depósito de acondicionamento final,
devidamente segregados.

5.4.2 ACONDICIONAMENTO FINAL

O acondicionamento final depende do tipo de resíduo, da quantidade gerada


e de sua posterior destinação.

Para os resíduos que serão mandados para fora da obra a localização dos
depósitos deve ser estudada de tal forma a facilitar os trabalhos de remoção pelos
agentes transportadores.

Alguns resíduos como restos de alimentos, suas embalagens, copos


plásticos, papéis oriundos de instalações sanitárias, devem ser acondicionados em
sacos plásticos e disponibilizados para a coleta pública e os resíduos de ambulatório
deverão atender à legislação pertinente.

5.5 TRANSPORTE INTERNO DOS RCD

O transporte interno dos RCD entre o acondicionamento inicial e final


geralmente é feito por carrinhos ou giricos, elevadores de carga, gruas e guinchos.

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O operador da grua aproveita as descidas vazias do guincho para transportar
os recipientes de acondicionamento inicial dos RCD até o local do depósito final
conforme sua classificação.

Em alguns casos se utiliza o elevador de carga, condutor de entulhos,


carrinhos de mão, giricos e inclusive manual através de sacos, bags ou fardos, para
o transporte interno dos RCD.

5.6 REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM NA OBRA

A ideia da reutilização de materiais deve nortear o planejamento da obra


desde a fase da concepção do projeto, o que possibilitará, por exemplo, a adoção de
escoramento e andaimes metálicos que são totalmente reaproveitáveis até o final da
obra.
O reaproveitamento das sobras de materiais dentro do próprio canteiro segue
as recomendações da Agenda 21 e é a maneira de fazer com que os materiais que
seriam descartados com um determinado custo financeiro e ambiental retornem em
forma de materiais novos e sejam re-inseridos na construção evitando a retirada de
novas matérias-primas do meio ambiente.

Para se cumprir esse objetivo, deve-se atentar para as recomendações das


normas regulamentadoras e observar seus procedimentos para que os materiais
estejam enquadrados no padrão de qualidade por elas exigidos para a reutilização.

Para tanto, as empresas podem lançar mão de parcerias com laboratórios de


ensaios tecnológicos ou Instituições de Ensino para a realização de análises,
ensaios e determinações dos traços que serão empregados na reutilização dos
RCD.

A tabela 2 apresenta os tipos de resíduos possivelmente gerados segundo as


fases das obras e seu reaproveitamento.

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Tabela 2 - GERAÇÃO DE RESÍDUOS POR ETAPA DE UMA OBRA
POSSÍVEL REUTILIZAÇÃO POSSÍVEL REUTILIZAÇÃO
FASES DA OBRA
TIPOS DE RESÍDUOS POSSIVELMENTE GERADOS NO CANTEIRO FORA DO CANTEIRO
SOLOS REATERROS ATERROS
LIMPEZA DO TERRENO
ROCHAS, VEGETAÇÃO, GALHOS
FABRICAÇÃO
BLOCOS CERÂMICOS, CONCRETO (AREIA; BRITA) BASE DE PISO, ENCHIMENTOS DE AGREGADOS
MONTAGEM DO CANTEIRO
FORMAS/ESCORAS/
MADEIRAS TRAVAMENTOS (GRAVATAS) AGLOMERADOS / BIMASSA -QUEIMA
SOLOS REATERROS ATERROS
FUNDAÇÕES JARDINAGEM,
ROCHAS MUROS DE ARRIMO
BASE DE PISO; FABRICAÇÃO
CONCRETO (AREIA; BRITA) ENCHIMENTOS DE AGREGADOS
SUPERESTRUTURA MADEIRA CERCAS; PORTÕES AGLOMERADOS / BIMASSA -QUEIMA
REFORÇO PARA
SUCATA DE FERRO, FÔRMAS PLÁSTICAS CONTRAPISOS RECICLAGEM
BASE DE PISO, FABRICAÇÃO
ALVENARIA BLOCOS CERÂMICOS, BLOCOS DE CONCRETO, ARGAMASSA ENCHIMENTOS, ARGAMASSAS DE AGREGADOS
PAPEL, PLÁSTICO RECICLAGEM
FABRICAÇÃO
INSTALAÇÕES HIDROSANITÁRIAS BLOCOS CERÂMICOS BASE DE PISO, ENCHIMENTOS DE AGREGADOS
PVC
FABRICAÇÃO
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS BLOCOS CERÂMICOS BASE DE PISO, ENCHIMENTOS DE AGREGADOS
CONDUITES, MANGUEIRA, FIO DE COBRE RECICLAGEM
FABRICAÇÃO
REBOCO INTERNO/EXTERNO
ARGAMASSA ARGAMASSA DE AGREGADOS
FABRICAÇÃO
REVESTIMENTOS PISOS E AZULEJOS CERÂMICOS DE AGREGADOS
PISO LÂMINADO DE MADEIRA, PAPEL, PAPELÃO, PLÁSTICO RECICLAGEM
READEQUAÇÃO EM ÁREAS
FORRO DE GESSO
PLACAS DE GESSO ACARTONADO COMUNS
PINTURAS TINTAS, SELADORAS, VERNIZES, TEXTURAS RECICLAGEM
MADEIRAS AGLOMERADOS / BIMASSA -QUEIMA
COBERTURAS
CACOS DE TELHAS DE FIBROCIMENTO

Fonte: Valotto , 2007, adaptado

Outros exemplos de aplicação acontecem na confecção de pavers para pisos,


utilização de resíduos de alvenaria, concretos e argamassas em bases para pisos de
concreto sem função estrutural e a confecção de blocos de concreto utilizando
agregados reciclados de blocos cerâmicos, concreto ou caco de cerâmica.

Os materiais inservíveis para a reutilização direta, mas passíveis de


reciclagem se dividem entre os que são reciclados dentro das obras e aqueles que
se destinam a reciclagem fora do canteiro.

5.6.1 RECICLAGEM DENTRO DA PRÓPRIA OBRA

No Brasil onde 90% dos resíduos gerados pelas obras são passíveis de
reciclagem e levando ainda em conta a sua contínua geração, a reciclagem dos
RCD é de fundamental importância ambiental e financeira no sentido de que os
referidos resíduos retornem para a obra em substituição a novas matérias-primas
extraídas do meio ambiente. Trata-se de uma atividade que deve ser
prioritariamente realizada no próprio canteiro, mas que pode também se executar
fora da obra.

O ideal seria se a reutilização e reciclagem na obra dos RCD fossem prática


constante e incorporada ao dia-a-dia das construtoras como parte integrante do
planejamento e execução das obras. Porém, no Brasil essa prática ainda é vista
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como uma sobrecarga de trabalho e até mesmo como empecilho para o bom
andamento dos serviços e seus prazos.

Por outro lado, a utilização de agregados produzidos a partir de reciclagem


ainda é considerada como fator negativo à qualidade técnica dos serviços o que
evidencia a baixa mobilidade da indústria da construção civil principalmente no que
se refere à pesquisa e aceitação de novas tecnologias que aparentemente não se
traduzem em grandes vantagens financeiras embora o seja do ponto de vista
ambiental.

Embora os primeiros registros de experiências de reciclagem de RCD no


Brasil datem de 1997, até hoje são incipientes os trabalhos nesse sentido no setor
da construção civil, fundamentalmente no que se refere à possibilidade de
reciclagem realizada dentro do canteiro de obra, donde se conclui que a questão
ambiental, por si só, não é exemplo motivador para a incorporação dessas
experiências no cotidiano das construções.

A verdade é que esse assunto parece estar despertando maiores interesses


na Academia que na prática das obras, o que não deveria ser dessa forma uma vez
que o gerenciamento de RCD dentro do canteiro de obras na verdade apresenta
inúmeras vantagens para as empresas como a redução do volume de resíduos a
descartar, a redução do consumo de matérias extraídas diretamente da natureza –
como a areia e a brita –, redução dos acidentes de trabalho, com obras mais limpas
e organizadas, redução do número de caçambas retiradas da obra, melhoria na
produtividade, não responsabilidade por passivos ambientais, atendimento aos
requisitos ambientais em programas como PBQP-H, Quali-Hab e ISO 14.000 e
diferencial positivo na imagem da empresa junto ao público consumidor.

5.6.1 RECICLAGEM FORA DA OBRA

A reciclagem fora do canteiro de obras acontece em Centrais de Reciclagem


de RCD, de acordo com o IBGE (2000), apenas doze dos 5.507 Municípios
brasileiros (0,2%) possuíam Centrais de Reciclagem de RCD em operação.

5.7 REMOÇÃO DOS RESÍDUOS DO CANTEIRO DE OBRAS

A coleta e remoção dos resíduos do canteiro de obras devem ser controlados


através do preenchimento de uma ficha contendo dados do gerador, tipo e
quantidade de resíduos, dados do transportador e dados do local de destinação final
dos resíduos.

O gerador deve guardar uma via deste documento assinado pelo


transportador e destinatário dos resíduos, pois será sua garantia de que destinou
adequadamente seus resíduos. Este controle servirá também para a sistematização
das informações da geração de resíduos da sua obra.
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É importante contratar empresas licenciadas para a realização do transporte,
bem como para a destinação dos resíduos. Os principais tipos de veículos utilizados
para a remoção dos RCD são caminhões com equipamento poliguindaste ou
caminhões com caçamba basculante que deverão sempre ser cobertos com lona,
para evitar o derramamento em vias públicas.

5.8 DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS

A destinação dos RCD deve ser feita de acordo com o tipo de resíduo. Os
RCD classe A deverão ser encaminhados para áreas de triagem e transbordo, áreas
de reciclagem ou aterros da construção civil. Já os resíduos classe B podem ser
comercializados com empresas, cooperativas ou associações de coleta seletiva que
comercializam ou reciclam esses resíduos ou até mesmo serem usados como
combustível para fornos e caldeiras. Para os resíduos das categorias C e D, deverá
acontecer o envolvimento dos fornecedores para que se configure a co-
responsabilidade na destinação dos mesmos.

Tabela 3 - GERAÇÃO DE RESÍDUOS POR ETAPA DE UMA OBRA

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T I P O S D E R E S Í D CU UO I D A D O S R E D Q E U S E T RI N I D A O Ç SÃ O
P r iv ile g ia r s o lu ç õ eÁ s r ed ae s d e T r a n s b o r d o e T r ia g e m , Á r e a s p a
B l o c o s d e c o n c r e t o , b lo c o s
d e s t in a ç ã o q u e e nA v t eo rl vr oa sm d e r e s í d u o s d a c o n s t r u ç ã o c iv il lic
c e r â m ic o s , a r g a m a s s a s , o u t r o s
a r e c ic la g e m d o s c r eo sm í d p u e o t es ,n t e s ; o s r e s í d u o s c la s s if c a d o s c o
c o m p o n e n t e s c e r â m i c o s , c o n c r e t o ,
d e m o d o a p e r m i t t i er l s h e a u s , a r g a m a s s a e c o n c r e t o e m g e r a l) p
t i jo lo s e a s s e m e l h a d o s
a p r o v e it a m e n to c po am r ao ua sg or e eg am d op . a v i m e n t o s e c o n c r e t o s s e m

P a r a u s o e m c a l Ad et i vi r i a d , a g d a e r s a ne tc i ro n ô m i c a s q u e p o s s ib il it e m
M a d e i r a
s e p a r a ç ã o d a s e r re r sa í g d e u m o s d , o a s r e u t i l i z a ç ã o d e p e ç a s o u o u s
d e m a i s r e s í d u o s f o d r en o m s a o d u e i c r a .l d e i r a s .

M á x im o a p r o v e it a m e n t o d o s
P l á s t i c o s ( e m b a l a g e n s , a p a r a s E m p r e s a s , c o o p e r a t i v a s o u a s s o c ia ç õ e s
m a t e r ia i s c o n t id o s e a lim p e z a
d e t u b u l a ç õ e s e t c . ) c o m e r c i a l iz a m o u r e c ic l a m e s t e s r e s í d u o
d a e m b a la g e m .

P a p e lã o ( s a c o s e c a i x a s d e E m p r e s a s , c o o p e r a t i v a s o u a s s o c ia ç õ e s
P r o t e g e r d e in t e m p é r i e s .
e m b a l a g e n s ) e p a p é is ( e s c r it ó r io ) c o m e r c i a l iz a m o u r e c ic l a m e s t e s r e s í d u o

M e t a l ( f e r r o , a ç o , f a çN ã ã o o r he áv .e s t i d a , E m p r e s a s , c o o p e r a t i v a s o u a s s o c ia ç õ e s
a r a m e s e t c . ) c o m e r c i a l iz a m o u r e c ic l a m e s t e s r e s í d u o
R e u t iliz a ç ã o d o s r e s í d u o s e m s u p e r f í c ie s im
E n s a c a r e p r o t e g e r d e
S e r r a g e m a b s o r ç ã o e s e c a g e m , p r o d u ç ã o d e b r iq u e t e
in t e m p é r ie s .
o u t r o s u s o s .
É p o s s í v e l a r e c i c l a g e m p e lo f a b r i c a n t e o
G e s s o e m p la c a s c a P r rt o nt e a g d e a r s d e in t e m p é r i e s .
r e c i c l a g e m .
É p o s s í v e l o a p r o v e it a m e n t o p e l a i n d ú s t r
G e s s o d e r e v e s t im e P n r t o t e g a e r r t e d f ea t io n s t e m p é r i e s .
d e r e c ic la g e m .
E x a m in a r a c a r a c t e r i z a ç ã o
D e s d e q u e n ã o e s t e ja m c o n t a m in a d o s , d
S o lo p r é v ia d o s s o l o s p a r a d e f n i r
á r e a s d e a t e r r a m e n t o o u e m a t e r r o s d e
d e s t in a ç ã o .
c iv il , a m b o s d e v i d a m e n t e li c e n c ia d o s p e l

P o s s í v e l r e a p r o v e it a m e n t o p a r a a c o n f e c
T e la s d e f a c h a d a e dN e ã po r ho át e . ç ã o
a t é m e s m o p o r r e c ic la d o r e s d e p lá s t ic o s
P o s s í v e l d e s t i n a ç ã o p a r a e m p r e s a s , c o o
E P S ( p o l ie s t ir e n o e x p a n d i d o –
C o n f n a r, e v i t a n d ao s d s i o s cp i ea rç s õ ã e o s . d e c o le t a s e le t iv a q u e c o m e
e x e m p l o : is o p o r )
a p r o v e it a m p a r a e n c h im e n t o s .
M a t e r i a i s , in s t r u m e n t o s e e m b a l a g e n s
c o n t a m i n a d o s p o r r e s í d u o s p e r ig o s o s
M a x im i z a r a u t i l i Ez a n ç c ãa om d i n o h s a r p a r a a t e r r o s l ic e n c ia d o s p a r
( e x e m p l o s : e m b a la g e n s p lá s t ic a s e
m a t e r ia i s p a r a a r e d u ç ã o d o s
d e m e t a l, i n s t r u m e n t o s d e a p l ic a ç ã o
r e s í d u o s a d e s c a r t a r.
c o m o b r o x a s , p in c é i s , t r i n c h a s e
o u t r o s m a t e r i a i s a u x i li a r e s c o m o
p a n o s , t r a p o s , e s t o p a s e t c . )

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Fonte: Sinduscon-SP, 2007

6. ROTEIRO BÁSICO PARA ELABORAÇÃO UM PLANO DE


GERENCIAMENTO DE RCD

6.1 INFORMAÇÕES GERAIS

6.1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

• Pessoa Jurídica: Razão social, nome fantasia, endereço, CNPJ, responsável


legal pela empresa (nome, CPF, telefone, fax, e-mail);

• Pessoa Física: Nome, endereço, CPF, documento de identidade.

6.1.2 RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA OBRA

• Nome, CPF, endereço, telefone, fax, e-mail e CREA.

6.1.3 RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO DO PLANO DE RCD

Responsável técnico pela elaboração do projeto de RCD


• Nome, endereço, telefone, fax, e-mail e inscrição do CREA;

• Cópia autenticada da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART no


respectivo Conselho Profissional.

6.1.4 EQUIPE TÉCNICA

• Nome, formação profissional e inscrição em Conselho Profissional.

6.1.5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

• Localização: endereço completo (croquis de localização);


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• Caracterização do sistema construtivo;

• Apresentação de planta arquitetônica de implantação da obra, incluindo o


canteiro de obras, área total do terreno, área de projeção da construção e área total
construída;

• Números totais de trabalhadores, incluindo os terceirizados;

• Cronograma de execução da obra.

Obs. No caso de demolições, apresentar licença de demolição, se for o caso.

6.2 ETAPAS DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDOUS DA


CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÕES.

6.2.1 CARACTERIZAÇÃO QUALIFICAÇÃO DOS RESÍDOUS SÓLIDOS

Classificar os tipos de resíduos sólidos produzidos pelo empreendimento,


adotando a classificação das Resoluções CONAMA 307/02 e 348/04, inclusive os
resíduos de característica doméstica. Estimar a geração média de resíduos sólidos
de acordo com o cronograma de execução de obra (em kg ou m3).

6.2.2 MINIMIZAÇÃO DOS RESÍDUOS

Descrever os procedimentos que serão adotados para minimização da


geração dos resíduos sólidos, por classe.

6.2.2 TRIAGEM/SEGRAGAÇÃO DOS RESÍDUOS

Priorizar a segregação na origem, neste caso, descrever os procedimentos a


serem adotados para segregação dos resíduos sólidos por classe e tipo. Caso a
obra não possuir espaço para segregação dos resíduos, esta poderá ocorrer em
Áreas de Triagem e Transbordo – ATT, devidamente licenciadas, com identificação
da área e do responsável técnico.

6.2.3 ACONDICIONAMENTO DOS RESÍDUOS

Descrever os procedimentos a serem adotados para acondicionamento dos


resíduos sólidos, por classe/tipo, de forma a garantir a integridade dos materiais.
Identificar, na planta do canteiro d e obras, os locais destinados à armazenagem de
cada tipo de resíduo. Informar o sistema de armazenamento dos resíduos
identificando as características construtivas dos equipamentos/abrigos (dimensões,
capacidade volumétrica, material construtivo etc.).

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6.2.4 REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM

Descrever os procedimentos que serão adotados para reutilização e


reciclagem dos RCD.

6.2.6 TRANSPORTE INTERNO

Descrever os procedimentos com relação ao transporte interno, vertical e


horizontal dos RCD.

6.2.7 TRANSPORTE EXTERNO

O transporte dos RCD não poderá ser realizado sem o Controle de


Transporte de Resíduos CTR. Este documento contém a identificação do gerador,
do(s) responsável(is) pela execução da coleta e do transporte dos resíduos gerados
no empreendimento, bem como da unidade de destinação final. Identificar a
empresa licenciada para a realização do transporte dos RCD, os tipos de veículos e
equipamentos a serem utilizados, bem como os horários de coleta, frequência e
itinerário.

6.2.8 DESTINAÇÃO

Descrever os procedimentos que deverão ser adotados com relação à


destinação dos RCD por classe de acordo com a Resolução CONAMA. Apresentar
carta de viabilidade de recebimento/destinação de empresa licenciada para
destinação ou de Área de Triagem e Transbordo – ATT da classe/tipo de resíduo.

6.2.9 COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL

Descrever ações de sensibilização, mobilização e educação socioambiental


para os trabalhadores da construção, visando atingir as metas de minimização,
reutilização e segregação dos resíduos sólidos na origem, bem como seus corretos
acondicionamentos, armazenamento e transporte.

6.3 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO


DE RCD

Apresentar o cronograma de implantação do projeto para todo o período da


obra.
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7. Normas Técnicas referentes aos Resíduos da
Construção Civil
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT publicou em 2004, uma
série de normas relativas aos resíduos da construção civil. O conteúdo referente a
estas normas vem de encontro às diretrizes propostas pela Resolução 307/2002 –
CONAM. De modo geral estas normas tratam de áreas de transbordo e triagem,
áreas de reciclagem, aterros de resíduos da construção civil e o uso como
agregados reciclados na execução de camadas de pavimentação e preparo de
concreto sem função estrutural.

• NBR15112/2004 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos –


Área de transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação;
• NBR15113/2004 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes –
Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação;
• NBR15114 /2004 – Resíduos sólidos da construção civil – Áreas de
reciclagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação;
• NBR15115/2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção
civil – Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos;
• NBR15116/2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção
civil – Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural –
Requisitos.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). NBR 15112. Resíduos sólidos
da construção civil e resíduos inertes: Áreas de Transbordo e Triagem de RCD. Junho
2004a.

ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). NBR 15113. Resíduos sólidos


da construção civil e resíduos inertes: Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e
operação. Junho 2004b.

ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). NBR 15114. Resíduos sólidos


da construção civil: Área de Reciclagem – Diretrizes para projeto, implantação e
operação. Junho 2004c.

ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). NBR 15115. Agregados


reciclados de resíduos sólidos da construção civil: Execução de camadas de
pavimentação – Procedimentos.
Junho 2004d.

ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). NBR 15116. Agregados


reciclados de resíduos sólidos da construção civil: Utilização em pavimentação e preparo
de concreto sem função estrutural. Junho 2004e.

BRASIL. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE –


CONAMA. Resolução nº. 3 07, de 05 de julho de 2002. Brasília DF, n. 136, 17 de julho
de 2002. Seção 1.

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BRASIL. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE –
CONAMA. Resolução nº. 348, de 16 de agosto de 2004. Brasília DF, n. 158, 17 de
agosto de 2004.
CUNHA JÚNIOR, Nelson Boechat (coord.). Cartilha de gerenciamento de resíduos
sólidos para a construção civil.

ESPINELLI, U. A gestão do consumo de materiais como instrumento para a redução da


geração de resíduos nos canteiros de obras. In: Seminário de Gestão e Reciclagem
de Resíduos da Construção e Demolição – Avanços e Desafios. São Paulo. PCC
USP, 2005. CD-ROM.

PINTO, T. P.; GONZÁLES, J. L. R. Manejo e Gestão de Resíduos da Construção Civil.


Como implantar um Sistema de Manejo e Gestão dos Resíduos da Construção Civil nos
Municípios. Brasília: Caixa Econômica Federal; Ministério das Cidades, Ministério do Meio
Ambiente, 2005. v. 1, 198p.

SINDUSCON-SP. Gestão Ambiental de Resíduos da Construção Civil. São Paulo,


2005.

VALOTTO, Daniel Vitorelli. Busca de informação: gerenciamento de resíduos da


construção civil em canteiro de obras. Monografia (Graduação em Engenharia Civil) –
Universidade Estadual de Londrina, 2007.

ANGULO, S. C.; JOHN, V. M. Variabilidade dos agregados graúdos de resíduos de


construção e demolição reciclados. e-Mat – Revista de Ciência e Tecnologia de Materiais de
Construção Civil. Vol. 1, n.1, p. 22-32, maio 2004. Disponível em: < http://www.emat.
info/e-MAT-V1-N1/e-MAT-V1-N1-p22-32.pdf>. Acesso em: 08 out. 20

CARNEIRO, A. P; BURGOS, P. C; ALBERTE, E. P. V. Uso do agregado reciclado em


camadas de base e sub-base de pavimentos. Projeto Entulho Bom. Salvador: EDUFBA/
Caixa Econômica Federal, 2001, 188-227 p.

MENDES, T. A., REZENDE, L. R., OLIVEIRA, J. C., GUIMARÃES, R. C., CAMAPUM


DE CARVALHO, J., VEIGA, R. Parâmetros de uma Pista Experimental Executada com
Entulho Reciclado. Anais da 35ª Reunião Anual de Pavimentação, 19 a 21/10/2004, Rio de
Janeiro – RJ, Brasil, 2004. 11 p.

MOTTA, L. M. G. ; FERNANDES, C. Utilização de Resíduo Sólido da Construção Civil


em Pavimentação Urbana. 12ª Reunião de Pavimentação Urbana, ABPv, Aracaju, Sergipe.
2003

OLIVEIRA, J. C.; REZENDE, L. R.; GUIMARÃES, R. C.; CAMAPUM, J. C.; SILVA, A. L.


A. Evaluation of a flexible pavement executed with recycled aggregates of construction
and demolition waste in the municipal district of Goiânia – Goiás. In: 2005
INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON PAVEMENT RECYCLING, 2005, São Paulo, Anais
eletrônicos do 2005 INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON PAVEMENT RECYCLING.
[CD ROM]. São Paulo, 2005. n.p.

SOUZA, F. R. Estudo da eco-eficiência de argamassas e concretos reciclados com


resíduos de estações de tratamento de água e de construções e demolições. Dissertação
Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Construção Civil. Departamento de Engenharia
Civil. Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. São Carlos, SP. 2006. Disponível em: <
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ZORDAN, S.E. A utilização do entulho como agregado, na confecção do concreto.


Campinas. 1997. 140p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Engenharia Civil, UNICAMP.
Disponível em [http://www.reciclagem.pcc.usp.br/entulho_ind_ccivil.htm]. Acesso em: 27
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