Pretende-se desenvolver o texto “Quatro sessões de amores expressos”,
texto veloz sobre duas pessoas infelizes no amor, que se encontram em quatro sessões de filmes que falam sobre paixões que terminam de forma trágica. Misturando a verdade com as ilusões projetadas na tela, um preenche o outro. A proposta é que a encenação aconteça numa sala de cinema (ou numa sala de teatro adaptada), fazendo com que a cena teatral percorra enquanto espectador, inserida na platéia ao mesmo tempo em que se põe como espetáculo. De início como numa sessão de filme, como num cinema, um dos filmes propostos pelo texto é exposto, e só quando os espectadores já estiverem suficientemente distraídos, e esquecidos de que estão na verdade num espetáculo teatral, as personagens de “Quatro sessões de amores expressos” emergirão da platéia – num pequeno tablado já instalado sobre as poltronas - para apontarem como proponentes ativos de seu próprio drama, seja ele o proposto pelo texto, seja ele o confronto entre o fenômeno teatral e os efeitos cinematográficos. Buscando compreender as necessidades e insatisfações da platéia contemporânea.