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Formiga – MG
2010
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RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO
Formiga – MG
2010
3
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 7
5.0 CONCLUSÕES............................................................................................................ 42
6.0 REFERÊNCIAS........................................................................................................... 44
7.0 ANEXOS....................................................................................................................... 46
7
1) INTRODUÇÃO
1 2 3 4
5 6 7 8
9 10 11 12
13 14 15 16
17 18 19 20
21 22 23 24
25 26 27 28
29 30 31 32
33 34 35 36
37 38 39 40
41 42 43 44
De posse destas informações, o primeiro objetivo desta pesquisa foi avaliar este
questionário. Para isto, ele foi aplicado em 400 alunos de cursos superiores (sendo 336 de
Engenharia Elétrica e 64 de Ciência da Computação), e em seguida foi feita uma série de
análises estatísticas que será detalhada no Capítulo 2 deste relatório.
Como a amostra foi composta por 400 indivíduos e esta versão possuía 44 itens, trabalhou-se
com um numero de 9,1 vezes a quantidade de variáveis. Para tornar o grupo mais homogêneo
em relação as suas características de aprendizagem buscou-se apenas alunos que cursam
ciências exatas de diferentes períodos (isso levou a uma análise dos fatores mais equilibrada),
dentre eles estão alunos do curso de engenharia elétrica da UFSJ (Campus de São João del
Rei), do CEFET-MG (Campus de Belo Horizonte) e do IFMG (Campus Formiga); e alunos
do curso de ciências da computação da Unifor-MG (Formiga) e do IFMG (Campus Bambuí).
O questionário foi disponibilizado na internet (Figuras 1 e 2), sendo distribuídas
senhas individuais a cada estudante durante um encontro realizado com os autores deste
trabalho nas respectivas instituições, onde os objetivos da pesquisa foram devidamente
apresentados.
A primeira instituição cujo acesso dos pesquisadores foi autorizado foi a UFSJ.
Apesar de terem sido distribuídas mais de 300 senhas nesta ocasião, apenas 132 alunos
voluntariamente acessaram o questionário e contribuíram com a pesquisa (esta média de
adesão manteve-se nas demais instituições visitadas). Embora este fato exigisse que fosse
contatado um número muito maior de indivíduos que o necessário para a pesquisa, ele
assegurou que aqueles que o fizeram realmente estavam comprometidos em contribuir com a
investigação.
Ao atingir um número significativo de participantes, partiu-se para a segunda parte: a
análise dos dados coletados.
Inicialmente aplicou-se o ILS e, após obter todas as respostas, foi realizada uma
análise fatorial exploratória a fim de verificar se o que foi proposto no instrumento original
podia ser aplicado no contexto brasileiro.
16
Como já era esperado, após a coleta dos dados e análise dos mesmos, foi visto que
algumas questões não apresentavam resultados satisfatórios. Entretanto foi verificado que o
questionário como um todo não era ruim, mas precisava de uma adaptação melhor à cultura
brasileira.
A partir destas análises, verificaram-se claramente falhas no construto. Sendo assim
buscou-se corrigir essas falhas para que os resultados deste questionário fossem mais precisos
e para que ele pudesse realmente ser útil no Brasil. Foram propostos dois modelos: o primeiro
composto por 44 questões, sendo que foi feita uma completa revisão semântica de seus itens;
e um segundo composto por 28 questões, sendo revisadas apenas as questões que
apresentaram melhor saturação na análise fatorial da versão original (traduzida).
O primeiro modelo foi aplicado a uma pequena amostra de estudantes do IFMG
Campus Formiga em caráter experimental. Os resultados, embora estatisticamente não
significativos, sugeriam que a validade não seria atingida novamente, pois, na inspeção visual
sugerida por Hair et al. (2006) verificou-se que na matriz de dados muitos itens não
apresentavam correlação com as demais questões de sua dimensão (possivelmente em virtude
da grande variedade de atributos que algumas dimensões se propunham a medir). Deste
modo, criou-se uma versão reduzida do ILS com 28 questões com a ajuda de seis juízes (três
profissionais da área de psicologia e pedagogia, além de outros três membros do grupo de
pesquisa no qual os autores deste trabalho fazem parte). Ambos os modelos se encontram
disponíveis neste relatório e todos os resultados obtidos até então serão apresentados a seguir.
Primeiro serão discutidos os resultados obtidos com a aplicação da versão traduzida do
ILS nos 400 estudantes.
Analisando a Tabela 4, pode-se verificar que são raros os alunos que tem uma
preferência forte para uma das dimensões. Nota-se também que a maioria dos alunos é
composta por Ativos, Sensitivos, Visuais e Sequenciais, ou seja, estão voltados para o
primeiro pólo de cada dimensão.
Através do teste Scree Plot (Figura 3), foram encontrados 16 fatores que possuíam
autovalores maiores ou iguais a 1, entretanto, de acordo com a literatura, apenas os quatro
fatores acima do “cotovelo” identificados graficamente, podem ser adotados como principais
(FURTADO, 1996). Este fato coincide com a proposição original do modelo de Felder e
Silverman (1988) de quatro dimensões.
18
Considerando isso, optou-se pela extração de quatro fatores resultando nas cargas
fatoriais como mostrado na Tabela 5. Para investigar a estrutura fatorial do ILS foram
utilizados o método de extração dos componentes principais e o método de rotação oblíqua
oblimim. Os resultados obtidos estão demonstrados abaixo.
Questão 42 0,405
Questão 44 0,316
Questão 1 0,442
Questão 6 0,502
Questão 10 0,307
Questão 18 0,441
Questão 25 0,364
Questão 38 0,534
Questão 2 -0,359
Questão 9 0,31
Questão 13 0,318
Questão 21 0,309
Questão 37 0,479
Questão 43 0,282
Fazendo a análise das cargas fatoriais verificou-se que os itens 4, 5, 8, 16, 17, 26, 28,
29, 32, 33, 34, 35, 39, 40 e 41 apresentaram cargas fatoriais insatisfatórias, ou seja, abaixo de
0,29 totalizando 34% dos itens do questionário.
O fator 1 (Visual/Verbal) ficou composto de oito itens: 3, 7, 11, 15, 19, 23, 27 e 31. O
fator 2 (Sequencial/Global) de nove itens: 12, 14, 20, 22, 24, 30, 36, 42 e 44. O fator 3
(Sensitivo/Intuitivo) de seis itens: 1, 6, 10, 18, 25 e 38. O fator 4 (Ativo/Reflexivo) de seis
itens: 2, 9, 13, 21, 37 e 43.
Tabela 6 – Confronto dos itens da versão original com os itens da versão traduzida.
ITEM Versão Original Versão Traduzida
1 A/R S/I
2 S/I A/R
3 V/V V/V
4 S/G -
5 A/R -
6 S/I S/I
7 V/V V/V
8 S/G -
9 A/R A/R
10 S/I S/I
11 V/V V/V
12 S/G S/G
20
13 A/R A/R
14 S/I S/G
15 V/V V/V
16 S/G -
17 A/R -
18 S/I S/I
19 V/V V/V
20 S/G S/G
21 A/R A/R
22 S/I S/G
23 V/V V/V
24 S/G S/G
25 A/R S/I
26 S/I -
27 V/V V/V
28 S/G -
29 A/R -
30 S/I S/G
31 V/V V/V
32 S/G -
33 A/R -
34 S/I -
35 V/V -
36 S/G S/G
37 A/R A/R
38 S/I S/I
39 V/V -
40 S/G -
41 A/R -
42 S/I S/G
43 V/V A/R
44 S/G S/G
Observando a Tabela 6, nota-se que apenas 21 itens estão de acordo com a teoria
original, 15 deles obtiveram carga fatorial insatisfatória e não entraram em nenhuma das
dimensões e os outros estão em dimensões diferentes aos da proposta original.
Diversos trabalhos foram realizados com este mesmo objetivo em diversos países,
onde todos apontaram indícios da não-validade fatorial do instrumento. Uma síntese destes
21
resultados pode ser vista em Felder e Spurlin (2005). Perante a versão brasileira, foram
encontrados dois trabalhos que também avaliaram a validade do ILS. São eles Lopes (2002) e
Machado et al. (2000). Serão apresentados resumidamente os resultados obtidos por estes
autores.
Em seu trabalho foi utilizada uma amostra de 449 alunos universitários de Belo
Horizonte sendo que 235 cursavam ciências humanas e 214 cursavam ciências exatas. Os
métodos estatísticos utilizados foram: análise fatorial dos eixos principais e rotação oblíqua
promax. Seguem os resultados.
Estes resultados obtidos por Lopes (2002) estão muito parecidos com os resultados do
presente trabalho, visto que novamente a maioria dos estudantes tende ao primeiro fator de
cada dimensão e também são raros os que possuem preferência forte para um dos pólos.
Tabela 8 - Confronto dos itens da versão original com os itens da versão traduzida (LOPES,
2002).
ITEM Versão Original Versão Traduzida
1 A/R S/I
2 S/I A/R
3 V/V -
4 S/G -
5 A/R -
6 S/I S/I
7 V/V V/V
8 S/G V/V
9 A/R A/R
10 S/I -
11 V/V V/V
12 S/G S/G
13 A/R A/R
14 S/I S/I
15 V/V V/V
16 S/G -
17 A/R S/I
18 S/I S/I
19 V/V V/V
20 S/G S/G
21 A/R -
22 S/I S/G
23 V/V V/V
24 S/G -
25 A/R A/R
26 S/I -
27 V/V -
23
28 S/G V/V
29 A/R -
30 S/I -
31 V/V V/V
32 S/G S/G
33 A/R A/R
34 S/I -
35 V/V S/I
36 S/G S/G
37 A/R A/R
38 S/I S/I
39 V/V S/I
40 S/G -
41 A/R -
42 S/I S/G
43 V/V -
44 S/G -
Tabela 10 - Confronto dos itens da versão original com os itens da versão traduzida
(MACHADO et al., 2000).
ITEM Versão Original Versão Traduzida
1 A/R S/I
2 S/I V/V
3 V/V -
4 S/G -
5 A/R A/R
6 S/I S/I
7 V/V V/V
8 S/G -
25
9 A/R A/R
10 S/I S/I
11 V/V V/V
12 S/G -
13 A/R A/R
14 S/I S/I
15 V/V V/V
16 S/G -
17 A/R -
18 S/I S/I
19 V/V V/V
20 S/G V/V
21 A/R -
22 S/I V/V
23 V/V V/V
24 S/G V/V
25 A/R V/V
26 S/I -
27 V/V V/V
28 S/G -
29 A/R S/I
30 S/I S/I
31 V/V V/V
32 S/G S/G
33 A/R -
34 S/I -
35 V/V S/I
36 S/G V/V
37 A/R A/R
38 S/I S/I
39 V/V S/I
40 S/G S/I
41 A/R -
42 S/I -
43 V/V -
44 S/G -
Observando a Tabela 10, verifica-se que apenas 18 itens estão de acordo com o que foi
proposto na teoria original. Assim como nas Tabelas 6 e 8 este número não chega a 50%. Os
26
outros itens ou apresentaram carga fatorial menor que 0,29 ou se encaixaram em outras
dimensões.
Para comparar os resultados de cada trabalho que testou o ILS, incluindo o presente,
todos os resultados foram confrontados conforme mostram as tabelas abaixo.
17 A/R - S/I -
18 S/I S/I S/I S/I
19 V/V V/V V/V V/V
20 S/G S/G S/G V/V
21 A/R A/R - -
22 S/I S/G S/G V/V
23 V/V V/V V/V V/V
24 S/G S/G - V/V
25 A/R S/I A/R V/V
26 S/I - - -
27 V/V V/V - V/V
28 S/G - V/V -
29 A/R - - S/I
30 S/I S/G - S/I
31 V/V V/V V/V V/V
32 S/G - S/G S/G
33 A/R - A/R -
34 S/I - - -
35 V/V - S/I S/I
36 S/G S/G S/G V/V
37 A/R A/R A/R A/R
38 S/I S/I S/I S/I
39 V/V - S/I S/I
40 S/G - - S/I
41 A/R - - -
42 S/I S/G S/G -
43 V/V A/R - -
44 S/G S/G - -
que no presente trabalho foi utilizado apenas estudantes de ciências exatas, no trabalho da
Lopes (2002) mais de 50% dos alunos eram de ciências humanas e no do Machado et al.
(2000) o público foi de funcionários de uma instituição financeira.
Apesar dessa discrepância apresentadas entre os três trabalhos que tentaram validar o
ILS traduzido, todos apontaram falhas neste instrumento. Sendo assim, foi realizado um
estudo mais detalhado para propor um novo modelo de questionário, baseado em uma revisão
semântica de todos os itens conforme os atributos que cada dimensão desejava medir. A
primeira tentativa de adaptação proposta obteve os resultados apresentados na Tabela 13.
Questão 35 0,719
Questão 39 0,523
Questão 41 -0,519
Questão 43 0,676
Vários itens apresentaram carga fatorial acima de 0,29 para mais de um fator,
enquanto que outros ficaram abaixo de 0,29 para todos os fatores, como pode ser visto na
Tabela 14. Sendo assim esta versão foi considerada pior que a primeira versão que foi
traduzida.
Tabela 15 - Confronto dos itens da versão original com os itens da versão de teste.
ITEM Versão Original Versão de Teste
1 A/R A/R
2 S/I S/I
3 V/V S/I
4 S/G A/R
5 A/R V/V
6 S/I A/R
7 V/V S/I
8 S/G V/V
9 A/R -
10 S/I A/R
11 V/V S/I
12 S/G A/R
13 A/R A/R
14 S/I A/R
15 V/V A/R
16 S/G -
17 A/R -
18 S/I A/R
19 V/V S/I
20 S/G A/R
21 A/R V/V
22 S/I S/I
23 V/V S/I
24 S/G -
25 A/R V/V
31
26 S/I -
27 V/V S/I
28 S/G S/I
29 A/R -
30 S/I V/V
31 V/V V/V
32 S/G V/V
33 A/R V/V
34 S/I S/I
35 V/V S/G
36 S/G A/R
37 A/R S/G
38 S/I A/R
39 V/V S/G
40 S/G S/G
41 A/R S/G
42 S/I S/I
43 V/V S/G
44 S/G A/R
Para definir prioridade aos itens que apresentaram cargas fatoriais satisfatórias para
mais de um dos fatores, foi escolhido as dimensões em que o item apresentou a maior carga
fatorial (em módulo). Deste modo, apenas 8 itens estão de acordo com a versão original.
Este primeiro modelo foi aplicado a uma pequena amostra (40 respondentes) de
estudantes de Matemática do IFMG – Formiga. Mesmo tendo sido aplicado à uma amostra
reduzida foi verificado que os resultados, ao menos em suas tendências, estavam piores que os
do questionário original (traduzido).
A partir destes resultados distantes do esperado, foi concluído que a melhor opção
seria uma outra estratégia (a saber: uma revisão apenas dos itens que melhor se saíram na
primeira análise, pois, os itens extremamente comprometidos influenciariam os demais por
melhor que eles estivessem). Sendo assim foram reunidos profissionais da área de psicologia,
pedagogia e educação em engenharia para a discussão e julgamento de cada questão da versão
traduzida do questionário. Esta terceira versão foi criada a partir dos resultados obtidos da
primeira aplicação do ILS.
Verificando que algumas questões estavam muito fora do que era pretendido na teoria
original aliado ao fato de que o questionário era muito extenso e cansativo, foi realizado
32
contato com o próprio Richard Felder (autor da versão original) e proposto uma redução do
número de itens por fator para a criação da versão em português do instrumento. Como
Felder, através de contatos por e-mail, manifestou-se favorável a sugestão foi iniciada a
terceira versão.
Este novo questionário foi sugerido como tendo cinco questões para cada fator,
todavia, para aumentar a margem de segurança e considerando ainda que um dos objetivos da
análise exploratória é a redução de itens (HAIR et al., 2006) foi elaborada uma versão com
sete itens para cada fator. Além da exclusão de algumas questões, também foi proposta
mudanças em algumas delas para uma melhor adaptação à cultura Brasileira. Na Tabela
abaixo se encontra o modelo do questionário.
b reservado(a)
22 Tenho mais habilidade em:
a aplicar bem os conhecimentos que já possuo.
b gerar novos conhecimentos.
23 Quando vejo um diagrama ou esquema em uma aula, relembro mais facilmente:
a a figura.
b o que o professor disse a respeito dela.
24 Quando estou aprendendo um assunto novo, eu prefiro:
a concentrar-me exclusivamente no assunto, aprendendo o máximo possível.
b tentar estabelecer conexões entre o assunto e outros com ele relacionados.
25 Ao estudar para uma prova, eu:
a primeiramente, resolvo exercícios ou problemas para depois ler a teoria.
b primeiramente, reviso e analiso as referências teóricas para depois resolver
exercícios.
26 Diante de um problema:
a prefiro aplicar estratégias com eficácia já conhecida.
b propor novas alternativas para resolve-lo.
27 Quando alguém está me mostrando dados, eu prefiro:
a diagramas ou gráficos.
b texto sumarizando os resultados.
28 Quando estou resolvendo um problema eu:
a primeiramente, penso nas etapas do processo para chegar a solução.
b primeiramente, penso nas consequências ou aplicações da solução.
Para o estudo, o instrumento foi aplicado a uma amostra de 224 alunos, sendo 51 da
ciência da computação e 173 da engenharia elétrica. Esta amostra foi 8 vezes maior que o
número de itens – atende, portanto, o critério de Hair et al. (2006). Os resultados de sua
análise fatorial são apresentados abaixo.
31,25%
68,75%
Ativo
Reflexivo
25,45%
74,55% Sensitivo
Intuitivo
27,68%
72,32% Visual
Verbal
28,57%
71,43%
Sequencial
Global
Observa-se que, assim como aconteceu nas outras versões do questionário, os alunos
que responderam esta versão do questionário, apresentaram perfil mais voltado para o
primeiro pólo de cada dimensão. Também se observa que são poucos os que têm uma
preferência forte para um dos pólos.
11 0,499*
12 0,287
13 -0,626*
14 0,727*
15 0,518*
16 0,605*
17 -0,313
18 0,757*
19 0,42
20 0,367*
21 -0,75*
22 0,426
23 0,539*
24 0,483*
25 -0,287
26 0,273
27 0,778*
28 0,624*
* destaca as cinco melhores questões de cada dimensão que compõem a nova versão validada
do questionário, como sugerido por este trabalho.
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
Engenharia Elétrica
40,00%
Ciencia da Computação
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
1 2 3 4 5 6 7
100,00%
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
Engenharia Elétrica
50,00%
Ciencia da Computação
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
1 2 3 4 5 6 7
100,00%
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
Engenharia Elétrica
50,00%
Ciencia da Computação
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
1 2 3 4 5 6 7
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
Engenharia Elétrica
40,00%
Ciencia da Computação
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
1 2 3 4 5 6 7
Pelas curvas de cada dimensão, observa-se que os resultados obtidos para os dois
cursos, são muito parecidos. Sendo assim, pode-se concluir que alunos de ciências exatas
tendem a ter o mesmo perfil de aprendizagem e o fato de a amostra ter sido diferente, não
compromete as análises estatísticas feitas.
Por fim, todos os fatos aqui discutidos elucidam a preocupação de Felder (1993) em
relação a incompatibilidade entre os estilos de aprendizagem dos alunos e os estilos de ensino
dos professores. Pode-se assumir, portanto, que em certa medida a inflexibilidade dos
métodos ou a falta de conhecimento desta teoria pelos professores pode contribuir com a
evasão ou índice de reprovação e, então, possuir um instrumento de medida validado e seguro
contribui significativamente para a melhoria do ensino na engenharia.
4) TRABALHOS FUTUROS
protótipo eletromagnético, como pensado inicialmente, seria mais inviável que os dispositivos
presentes no mercado (cuja resolução, quantidade de pinos, é baixa em função do complexo
sistema de acionamento que utiliza braços eletromecânicos).
Como a primeira proposta do dispositivo foi desconsiderada após testes em
laboratório, tentou-se criar um modelo mecânico, mas que fosse mais preciso e mais barato
que os disponíveis atualmente (Figuras 12, 13 e 14).
Considerando este modelo, a título de exemplo como uma matriz 4x4, para levantar o
pino da primeira coluna e primeira linha, a régua de baixo correspondente à linha deste pino é
42
movida até o ponto em que o orifício existente nesta régua coincida com este pino fazendo
com que ele suba até determinado nível (régua de cima). Em seguida, a régua de cima,
correspondente à coluna deste pino, é movida até o ponto em que seu orifício também
coincida com o respectivo pino, permitindo que ele suba até o último nível. Feito isto, ambas
as réguas são desativadas retornando a suas posições iniciais. Com os orifícios de passagem
em desencontro, o pinto fica travado na posição superior.
Repetindo-se esta ação consecutivas vezes, pode-se proceder o acionamento de
qualquer sequência de pinos, mantendo-os suspensos de forma a representar qualquer curva
matemática em alto relevo (mais complexa quantos forem a quantidade de pinos disponível).
Para a locomoção das réguas, sugerem-se pequenos motores elétricos para puxar e/ou
empurrar. Para subir os pinos, sugere-se a utilização de uma mola em baixo de cada um de
modo que estes sempre fiquem pressionando as réguas.
Este modelo tem um mecanismo que poderá ser um ponto de partida para a criação de
um instrumento didático eficiente no ensino dos alunos com necessidades de aprendizagem
sensoriais, em se tratando de alunos com necessidades especiais. Sendo assim, sugere-se
como continuidade deste trabalho a construção de um protótipo nestes moldes, assim como a
continuidade nas pesquisas para promover novas versões cada vez mais eficientes do ILS.
5) CONCLUSÕES
visto que, a maioria dos estudantes que cursam ciências exatas está mais voltada para a
dimensão visual do que a verbal (e sensorial do que intuitiva), sejam eles deficientes ou não.
O resultado encontrado neste trabalho vai ao encontro de outros desenvolvidos com o
mesmo objetivo. Ele mostra que a maioria dos alunos de cursos de engenharia são estudantes
ativos, sensoriais, visuais e sequenciais.
Em relação ao instrumento ILS, embora este tenha sido o resultado mais expressivo de
sua validação encontrado na literatura, pode-se concluir que outras contribuições ainda podem
ser realizadas para que ele possa contribuir sistematicamente para o ensino no país. Esse pode
ser um ponto de partida para futuros estudos nessa área, já que o Brasil é um país carente no
tema.
44
6) REFERÊNCIAS
FELDER, R. M. Reaching the Second Tier: learning and teaching styles in College
Science Education. J. Coll. Sci Teaching, v.23, n.5, p.286-290, 1993.
FELDER, R.M.; SPURLIN, J.E. Applications, Reliability, and Validity of the Index of
Learning Styles. International Journal of Engineering Education, 21(1), p. 103-112, 2005.
FELDER, Richard M.; SILVERMAN, Linda K. Learning and teaching styles in engineering
education. Journal of Engineering Education, Whashington, v. 7, n. 78, pp.674 – 681, 1988.
Disponível em: <http://www.ncsu.edu/felder-public/Papers/LS-1988.pdf>. Acessado em: 25
jun. 2009.
FELDER, Richard M.; SOLOMAN. Barbara A. Index of learning styles questionnaire. North
Carolina State University, Raleigh, 1991. Disponível em:
<http://www.engr.ncsu.edu/learningstyles/ilsweb.html>. Acesso em: 26 ago. 2010.
KOLB, D. A. Individual learning styles and learning process. Massachusetts: Sloan School
of Management, 1971. In: LOPES, Wilma Maria Guimarães. ILS – Inventário de estilos de
aprendizagem de Felder-Soloman: investigação de sua validade em estudantes universitários
de Belo Horizonte. 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade
Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis, 2002.
MACHADO, Cesar de Souza; PALHANO, Maria Dalva Martins; PECONIK, Mário Lúcio;
AVILA, Vicente Antonio de. Estilos de Aprendizagem - Uma Abordagem Utilizando o ILS -
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7) ANEXOS
2. As pessoas me consideram:
a. Realista
b. Criativo
3. Quando eu penso sobre o que fiz ontem, é mais provável que aflorem:
a. Figuras (cenas).
b. Palavras (diálogos).
4. Eu tendo a:
c. Compreender todos os detalhes de um assunto antes de conectá-los para
entender a estrutura geral .
d. Compreender a estrutura geral de um assunto antes de entender seus detalhes
específicos.
8. Quando eu compreendo:
a. Todas as partes, consigo entender o todo.
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a. Penso nos detalhes de cada incidente e tento colocá-los juntos para compreender
a intenção do autor.
b. Tenho consciência da intenção do autor quando termino a leitura e então volto
atrás para rever os detalhes que os confirmem.
24. Eu aprendo:
a. Num ritmo bastante regular. Se eu estudo mais, aprendo mais rápido.
b. Em saltos. Às vezes fico totalmente confuso(a) e então repentinamente eu tenho
um “estalo”.
27. Quando vejo um diagrama ou esquema em uma aula, relembro mais facilmente:
a. A figura ou imagem apresentada.
b. O que o professor disse a respeito dela.
31. Quando alguém está me mostrando dados numéricos, eu prefiro analisa-los por:
a. Diagramas ou gráficos.
b. Texto sumarizando os resultados.
32. Quando escrevo um texto, eu prefiro trabalhar:
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33. Quando tenho que trabalhar em um projeto em grupo, eu prefiro que se faça primeiro:
a. Um debate em grupo, onde todos contribuem com idéias.
b. Uma análise individual seguida de reunião do grupo para comparar as idéias.
35. Das pessoas que conheço em uma festa, provavelmente eu me recordo melhor:
a. Da sua aparência.
b. Do que elas disseram sobre si mesmas.
40. Alguns professores iniciam suas aulas com um resumo do que irão apresentar. Acho
isto:
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Para as simulações deste trabalho foi utilizado o software estatístico SPSS, em versão
trial. Um guia explicativo para sua utilização é apresentado a seguir.
I. Para análises como as descritas neste trabalho, abra o SPSS e entre com os dados.
VIII. Daí pra frente, é só escolher o tipo de análise que se deseja fazer (Rotação,
Extração, etc.) e clicar em OK.