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SOCIOLOGIA - PROBLEMAS E PRATICAS, N° 11,1992, pp. 79-87 Leituras e leitores II ReflexGes finais em torno dos resultados de um inquérito* Eduardo de Freitas Maria de Lourdes Lima dos Santos** Resumo; Neste artigo comentam-se os pontos de partida tedrico-metodolégicos que viabilizaram 0 Inguérito aos Habitos de Leitura (1989), mormente no que respeit concepedo de leitura, a qual € encarada como acto de apropriagio e de re-produgio dos textos. Justificam-se ainda as opgbes feitas em matéria de modalidades do impresso (livros, jornais e revistas) sobre as quais se recolheu informagao referente a leitura realizada pelos inquiridos. ¢ também relativarente &s tipologias estabeleci- das de leitura (cumulativa, parcelar) e de leitores (grandes, médios e pequenos). Tendo em conta alguns resultados do Inquérito que se afiguram de maior relevo, designadamente aquele que permite circunscrever a muito larga faixa de popatagto inquirida que no maximo faz. da chamada “leitura fegitima” um escasso consumo, tecem-se alguns comentarios no registo de uma politica cultural interessada em potenciar os hébitos de leitura do livro. A fechar a sintese dos resultados do Inquérito aos Habitos de Leitura apresentam- -se alguns comentarios em torno de determinadas opeées de natureza teérico-me- todolégica e enunciam-se certas conclusées de registo sociolégico revelante. Pelo seu papel determinante na captag’o, organizacao e interpretagao da informacao recolhida, destacam-se as opgoes relativas ao corpus admitido (trés modalidades do impresso como objecto de leitura: livros, jornais e revistas) e as opgées relativas aos "filtros" utilizados na tipologia da leitura (cumulativa e parcelar) e na tipologia dos leitores (grandes, médios e pequenos leitores). Refe- tir-se-40 algumas das suas implicagdes de uma forma necessariamente muito sucinta ¢ atendendo, sobretudo, aos obstaculos que podem advir dos pressupostos Este artigo, que mantém a colaboragdo de Ana Saint-Maucice, continua o jé publicado nesta Revista sob 0 Titulo "Leitura e leitores" (0°10, Out, 1991), ¢ abarca x parte final de um texto que resume € comenta 0 Relaisrio do Inguérito aos Hdbitos de Leitura, entregue ao nstitoto Portugués do Livro e da Leitura (1989). O texto completo de wma sintese encontra-se jé publicado sob o titulo Leituras e Leitores: Inquérito Socioldgico, Publicagdes Dom Quixote, 1992, ** Docentes do Departamento de Sociologia do ISCTE, investigadores no CIES 80 Eduardo de Freitas/Maria de Lourdes Lima dos Santos que os “leitores profissionais” (entre os quais se situam os sociélogos, logo, também os autores deste trabalho...) tendem a alimentar relativamente a leitura em geral e 3 leitura das camadas populares em particular. A realizago de um qualquer inquérito aos hébitos de leitura pressupe, como & bvio, que aele preside uma cesta concep¢ao de Jeitura e que esta ¢ indissocidvel de uma certa concepgao de escrita. Se a leitura for entendida como um processo. de mera assimilagao directa daquilo que 0 impresso transmite, podem daf resultar consideraveis obstéculos ao tragado de um quadro explicativo da leitura. Em tal caso, perder-se-d de vista que a leitura é uma actividade de rransformacdo do texto, variando os modos de a praticar de acordo com os recursos de quem a pratica. Por outro lado, se se reduzir automaticamente 0 texto-objecto de leitura a um s6 suporte, 0 livro, esta-se a descurar outros suportes eventualmente mais acessiveis e seduto- res para aquelas camadas de leitores que, dado o seu modo de ler, tendem a afastar-se da "leitura legitima" Alguns autores, como Peroni!, orientados para uma sociologia da leitura mais interessada no acto da leitura do que nos usos do fivro, reclamam-se da nogao de "prdticas de leitura” que consideram nao extensiva a outras perspectivas do mesmo ramo disciplinar que, a seu ver, apenas tém em vista “prdticas do impresso". A proposta de Peroni consiste em passar do livro para o acto de ler (Du livre au lire, conforme 0 pydprio titulo de uma intervengao de Chartier, autor que segue essa mesma linha?) e em analisar esta operagiio nas suas préprias especificidades, entendendo a leitura como uma apropriagao, uma reorganizagéio em que o leitor no esté meramente a assimilar mas a re-produzir (a leitura como “construgao social darealidade", definigao préxima da nogéio do consumidor-praticante langada por Certeauy? Naturalmente, trata-se de uma perspectiva que nao cabe por inteiro ne ambito deste inquérito nem poderia, de resto, ser satisfeita apenas através de um estudo quantitativo desta natureza. Serve, contudo, o radicalismo daqueles autores para por de sobreaviso uma sociologia da leitura que esteja fundamentalmente preocu- pada em medir, como diz Peroni, "a eficdcia da imposigdo de uma pratica de uso legitimo das produgdes culturais" (sublinhado nosso). Entendendo-se que essa legitimidade tende a ser identificada pelos "leitores profissionais” com a leitura do livro por exceléncia, ha que estar advertido relativamente 4s consequéncias de tal atitude. Com efeito, a sobrevalorizagao desta modalidade do impresso leva a que 0 livro constitua privilegiadamente, e mesmo por vezes exclusivamente, 0 corpus tomado em consideragao nas pesquisas sobre a leitura. Por outro lado, o destaque conferido ao livro e a sua persisténcia como bem cultural emblematico sao, eles mesmos, fenémenos que. do ponto de vista sociolégico, reclamam necessariamente uma particular atengio. Tal atengdo nao foi, nem poderia ser, retirada ao livro neste inquérito onde, no entanto, se abriu um considerdvel espaco para diferentes modalidades do impresso (jornais e revistas) e para diferentes modalidades da leitura e de leitores (as tipologias j4 referidas), o que parece ter proporcionado resultados razoavelmente interessantes. Leituras e Leitores II Se 0 alargamento do corpus correspondeu, a nivel tedrico-metodolégico. a uma tentativa de superar a aludida tendéncia para uma legitimagio redutora, por outro lado, a nivel empirico, a importancia desse alargamento viu-se confirmada pelo peso que 0 consumo de jornais e revistas assume nas praticas de leitura - recorda-se que, entre a populagdo inquirida, os jornais sfo lidos por 67.6% e as revistas por 61,2%, enquanto 0s livros ficam pelos 53,5% Resultou também significativo o recurso as tipologias da leitura e dos leitores reveladoras de discriminag@es sociais ¢ culturais dos inquiridos em geral e revela- doras também das hierarquias que dividem os préprios leitores de livros, vulgar- mente identificados com a populagao leitora total. Faz-se notar, contudo, que poder distinguir os leitores de livros nao significa, nesta pesquisa, privilegiar o livro como a leitura legftima, mas antes tentar captar as condigdes em que, precisamente através do livro, se vai reproduzindo essa legitimidade discriminatéria. E verdade que saber ler é hoje, cada vez mais, uma habilitagdo que tende a deixar de representar um privilégio para ser uma necessidade de todos e, nesta medida, afirmam alguns autores que a leitura nao é uma pratica cultural como qualquer outra, tendo em conta que “durante um certo perfodo da existéncia de cada um, ela foi a tinica pratica com durabilidade obrigatéria, diferentemente do cinema, da televisdo, da miisica, do teatro, etc., sendo este o efeito do lago estreito ¢ particular existente entre o livro ¢ a escola”, Contudo, para que a leitura se prolongue para ld da escolaridade, exercendo-se nao como mera capacidade mas como efectiva pratica cultural é preciso, como se sabe, mais do que essa especifica ligagao obrigatéria a escola. Sao frequentes as pesquisas que demonstram como, depois de deixar a escola, se perdem habitos de leitura, e muito particularmente de leitura do livro. Como sublinha Passeron, os esforgos de democratizagao da leitura, para que esta mais do que apenas saber ler signifique também poder e querer ler, no podem perder de vista duas realidades sociolégicas: “a distribuigdo social da capacidade (de ler depressa e muito) e a concentragao social, em certos grupos, de atitudes culturais orientadas para outros valores de 6cio que nao os da leitura, ou mesmo de atitudes explicitamente anti-leitura”?, Em prinefpio, a leitura do livro mais do que adas outras modalidades do escrito, ver-se- afectada por aquelas duas realidades, sendo que, para os grupos sociais mais afastados da cultura cultivada, a dita leitura vai encontrar resisténcias que, nas palavras do mesmo autor, néo se podem "descrever somente em termos de privagdo ou incapacidade. O que se verifica é que, uma vez dados os meios, um grupo nfo adopta uma pratica a menos que ela tenha ov possa ganhar um sentido na sua cultura”. No jogo de possiveis que se vai configurando e reconfigurando no entrecruzar das histérias pessoais ¢ colectivas, se abriré ou nao lugar para que a pratica da feitura tenha sentido, Para isso concorferd nao s6 a natureza do sistema de disposi¢des incorporado no processo de socializagao primaria mas também a natureza das trajectérias sociais que se desenvolvem. Sao elucidativos a este 81 82 Eduardo de Freitas/Maria de Lourdes Lima dos Santos respeito, como se viu, 0s resultados do inquérito quanto a desigual distribuiggo da leitura ¢ 0 desigual acesso ao livro. Alias, alguns dos inquiridos (trata-se dos leitores de livros) tém sobre a pratica da leitura representagdes que dao conta da sua prépria sensibilidade quanto ao caracter mediato da relagao entre a capacidade de fer e o habito da leitura. Assim, quando indicam quais as condigdes favoraveis a criacdo desse habito ou quais as caréncias que impedem quem sabe ler de o fazer, sfio respectivamente, a familia- ridade com a leitura e a falta de motivagao (ter ou nao recebido incentivo familiar e escolar) que sobressaem em primeiro lugar entre as respostas dadas. Por seu turno, os inquiridos que nao tém habitos de Jeitura justificam-se invocando maioritariamente a falta de tempo. F interessante, porém, que um outro motivo de alheamento - a preguia, a falta de yontade ou 0 cansago - seja invocado tanto na auto-avaliagfio destes inquiridos como nos jufzos dos acima referidos, sendo que estes tiltimos consideram, simetricamente, a forga de vontade e a paciéncia como uma das condigées necessdrias a0 cultivo dos habitos de leitura. A falta de tempo que, objectivamente, pode ser impedimento importante, pode também funcionar como alibi para ocultar atitudes de desinteresse pela leitura, sobretudo tendo em consideraco que a outra pratica cultural - 0 visionamento de televisio - nao parece afectada por essa pouca disponibilidade. Como se pode verificar a0 longo do pesquisa, o perfil dos pequenos leitores de livros acusa baixos niveis de instrugdo, profissées pouco qualificadas (predominio de agricultores e profissionais dos servigos de seguranga e domésticos). pais com idénticas caracte- risticas e reduzido contacto com a leitura na inffincia - tragos negativos que se reencontram de forma agravada no perfil dos nao-leitores de livros. Trata-se de perfis de grupos sociais desfavorecidos em maior ou menor grau, onde serd diffcil a congruéncia entre os modos de vida e a apeténcia de leitura, tanto mais dificil quanto mais esta for tomada como sindriimo de actividade elevada em que 0 livro surge a um tempo, e menos paradoxalmente do que se possa parecer, como fonte de cultura e como objecto destinado aos outros, aos jd cultivados. A "leitura legitima" enquadra-se, assim, numa concep¢ao comum de cultura como coisa sublime cujo acesso exige um esforgo, um cansago, um tempo, que tender’io fatalmente a ser dissuasores da pratica. Noutros "valores de écio" se concentrarao, pois, de preferéncia, as atitudes culturais destes grupos desfavorecidos, caso do televisionamento acima referido. Se ler e ver televisao nao se excluem mutuamente antes se podem potenciar, ¢, nao obstante, de ter presente que tal possibilidade resultaré bastante débil junto do puiblico situado nos grupos em questo. Vem a propésito lembrar que, em relaca ‘Jo A alternativa leitura/televisao, as principais razdes apresentadas pelos inguiridos para o maior gasto de tempo com uma Ou outra pratica correspondem a privilegiar a televisdo pela facilidade e distrac¢do que proporciona ¢ a leitura pelos conhecimentos que fornece. Recorrendo a resultados de outros trabalhos de investigagao de natureza qualitativa’, nao parece abusivo presumir que este contraponto entre as duas praticas (televisionamento = recreio versus leitura = esforco) releva de uma clivagem cultural que exclui do prazer da leitura aqueles que nao se sentem capazes Leituras e Leitores II de ler depressa e muito e que se embaragam com vocdbulos desconhecidos, com elementos para eles insdlitos porque ultrapassam 0 seu universo estético ou com enredos que os obrigam a estabelecer relagées complexas e memorizag6es parti- cularmente drduas quando por falta de tempo e cansago tém de interromper a leitura. Nestes casos pratica-se uma leitura descontinua, dependente da repetigao de motivos e da recorréncia de formas convencionais capazes de permitir um facil reconhecimento. Alguns trabalhos recentes que investigam os diferentes modos de apropriagao do escrito, vém caracterizando a leitura dos fracos leitores das classes populares precisamente como um tipo de consumo cultural desatento, ligeiro, "obliquo”, concordante com condigGes de vida pouco propicias a uma situagio de leitura-re- colhimento; a um tipe de consumo fundamentalmente orientado para a distracgao ¢ com particular interesse pelo contetido, pela "trama" - 0 consumo nonchalant de que Hoggart falava ao referir-se ao modo por que as mulheres das classes populares liam 0 folhetins: "comecam por dar uma vista de olhos as primeiras paginas para ver se a historia se inicia depressa e vao logo a seguir & tiltima pagina para se assegurar que tudo acaba bem’, Nao surpreende que os praticantes deste tipo de leitura descontinua se deixem seduzir pela televisio em desfavor do livro, uma vez que esta aparenta maior facilidade, "Desintelectualizando” a palavra e associando-a a imagem, a televisaio liberta 0 seu consumidor do maior esforgo de decifracdo que se exige ao leitor para imaginar e construir 0 que na escrita é sugerido (facilidade ilusdria da televisao, pois, como se sabe, a decifragdo da imagem pode exigir um enorme esforgo quando © seu cédigo sé é acessivel a uns poucos). Se, tendo em conta a populagao do inquérito, se adicionar os inquiridos que nao Iéem livros ¢ aqueles que os léem pouco, ver-se-A atingir 3/4 daquela populacdo © contingente que se afasta da "leitura legitima” ou que, no maximo, faz dela um escasso consumo. Esta resisténcia ao livro, que, insiste-se, nao € necessariamente resisténcia a leitura em geral, constitui sem divida um sério obstéculo para uma politica cultural interessada em expandir os habitos de leitura do livro. Vém de longe as preocupagdes dessas politicas de divulgacdo do livro, de um passado em que, face ao desenvolvimento da imprensa, se interceptaram duas tendéncias contraditérias - uma de valorizagao do livro como coisa que fora propria de sAbios e de ricos; outra de valorizagao do livro como meio de civilizagao para 0s povos, mudado que era de objecto raro em mercadoria acessivel a um ptiblico relativamente alargado. Mas mesmo os mais entusidsticos defensores da democratizacao da leitura, no periodo pés-revolugées burguesas, sabiam que o livro dificilmente seria para muitos e concentravamas suas expectativas de emancipacao cultural noutro género de impresso mais acessfvel como os jornais e as revistas. Estes sim, scriam, a seu ver, a leitura de muitos, se neles se soubesse combinar adequadamente a instrugao € 0 recreio, atraindo assim os leitores das camadas populares ou das classes laboriosas, como ento se dizia. Havia j4 uma clara percepgdo de que o modo de usar a capacidade de ler apresentava, nesses fracos leitores, especificidades a que 83 84 Eduardo de Freitas/Maria de Lourdes Lima dos Santos era preciso atender a fim de os motivar a leitura - conforme se observava num dos muitos jornais de recreio e instrucdo existentes em Portugal no séc. XIX, "para as classes laboriosas, a quem poucos momentos sobram dos seus empregos, era necessario criar uma literatura prépria e de tal arte concebida, que as convidasse a empregar nela algumas horas destinadas ao repouso" (Universo Pitoresco, n° 1, 1834), Uma leitura que exigisse "tempo, estudo e meditacao" ficava fora do alcance desses leitores - os jornais, de acesso mais facil tanto do ponto de vista material como cultural, com (extos curtos e variados que ofereciam de tudo um pouco, nomeadamente os jornais de recreio ¢ instrugdo, tinham evidentes vantagens sobre 0 livros. Alias, nas primeiras tentativas de passagem do livro do circuito letrado para 0 circuito popular reencontram-se aquelas mesmas preocupagdes manifestas na escolha das paginas ¢ obras menos volumosas e mais amenas, conforme frequentemente se anuncia no fangamento das colecgées econdmicas. Semelhantes orientagées reproduzem-se, hoje em dia, na edicao da literatura para o grande ptiblico, possam embora os procedimentos ser mais sofisticados e adequados a novos gostos - elas aparecem associadas tanto a estratégias de desenvolvimento do mercado do livro como a um certo reconhecimento do direito a uma outra leitura que nao sé a “legitima", se bem que esta continue a servir-lhe de referéncia. Assiste-se, pois, a um processo em que, a0 mudar-se as relagSes entre 0 texto eo objecto que Ihe serve de suporte (aumento da acessibilidade através da reorgani- zagao do texto ou da introdugao de imagens, notas explicativas, etc.), se mudarao também as relagdes entre 0 texto € os seus possiveis utentes, podendo o aligeira~ mento daquele concorrer para o alargamento destes. Nao cabe aqui discutir 0 merecimento ou a degradacao literaria implicadas em determinadas estratégias editoriais de divulgacdo do livro; apenas se faz notar que a légica do mercado com suas exigéncias de rentabilidade constitui obviamente um elemento de grande importéncia na mediacao entre a leitura e o leitor (O que se edita? O que se reedita? O que nao se edita? Como procura o editor “agarrar" 0 diferentes piiblicos? Que riscos pode e quer correr? Em que termos deverd uma politica de apoio publico & edigao corrigir a légica do mercado? Eic.; etc.). Relativamente nao jé 4 produgao do texto mas a sua distribuigdo assiste-se, hoje em dia, a um outro processo destinado também a estimular a leitura do livro ¢ vencer-lhe as reservas - consiste ele em integrar 0 livro no espago quotidiano, pé-lo a fazer parte da vida corrente, em suma, retiré-lo dos lugares inacessiveis aos no-cultivados e tornd-lo mais préximo, dessacralizé-lo. A presenca crescente do livro nos supermercados, nas tabacarias, a venda A porta ou por correspondéncia (estas duas formas j4 com longa tradigao) correspondem a esse intento. Curiosamente, os resultados do inquérito mostram que a livraria continua a ser © local de compra preferido pelos varios tipos de leitores de livros. Afinal, quem mais compra tos supermercados, nos quiosques ou tabacarias, é também quem mais frequenta as livrarias, sendo a apropriagdo dos espacos dessacralizados feita privilegiadamente pelos "grandes leitores”.

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