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Apostila da Disciplina
Fundamentos de Óptica
(FIS0935)
Ilha Solteira
- 2010 –
Departamento de Física e Química___________________________________Fundamentos de Óptica
1 – Reflexão e Refração
1.1 - Objetivos.....................................................................................…. 3
1.2 - Introdução...................................................................................…. 3
1.2.1 - Reflexão e refração……………………………...... 3
1.2.2 - Reflexão interna total……………………………... 4
1.3 - Parte experimental....................................................……………… 5
1.3.1 - Materiais necessários............................................... 5
1.3.2 - Procedimento experimental..................................... 5
2 - Espelhos Esféricos
2.1 - Objetivos.....................................................................................…. 7
2.2 - Introdução...................................................................................…. 7
2.2.1 - Espelhos esféricos………………………………… 7
2.2.2 - Propriedade dos espelhos esféricos……………….. 8
2.3 - Parte experimental............................................................................ 10
2.3.1 - Materiais necessários……………………………... 10
2.3.2 - Procedimento experimental……………………..... 10
4 - Interferência e Difração
4.1 - Objetivos………………………………………………………….. 18
4.2 - Introdução……………………………………………………….... 18
4.3 - Parte experimental……………………………………………….... 22
4.3.1 - Materiais necessários……………………………... 22
4.3.2 - Procedimento experimental………………………. 22
5 – Índice de Refração
5.1. – Objetivos............................................................................................................. 25
5.2. – Introdução........................................................................................................... 25
5.3. – Parte experimental............................................................................................... 27
5.3.1. – Materiais necessários....................................................................................... 27
5.3.2. – Procedimento experimental.............................................................................. 27
6 - Bibliografia……………………………………………………………………..... 29
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1.1 – Objetivos
1.2 - Introdução
A figura 1.1 ilustra um feixe de luz atingindo uma superfície plana, ar-vidro.
Parte da luz é refletida pela superfície e a outra parte é refratada, isto é, se propaga
através da superfície para dentro do vidro. Este fenômeno de refração consiste na
mudança de direção de propagação do feixe de luz ao passar de um meio para outro, e
isto só ocorre porque a luz se propaga com velocidades diferentes nos dois meios.
Fig. 1.1 - Raios incidente, refletido e refratado quando um feixe de luz atinge uma
superfície ar-vidro (ref.4).
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Como se pode ver na figura 1.2, à medida que o ângulo de incidência aumenta,
o ângulo de refração também aumenta. Quando o ângulo de refração é igual a 90º, o
raio refratado é tangente a superfície. Nessa situação o ângulo de incidência é
chamado de ângulo limite θL. No caso de ângulos de incidência maiores que θL, não
há raio refratado, e a luz reflete totalmente.
O cálculo de θL é obtido através da equação 1, fazendo θ2 = 90º
n2
senθ 1 = senθ 2
n1
para θ2 = 90°
n2
senθ L = (1.3)
n1
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• Fonte de Luz;
• Fenda Vertical;
• Lente de acrílico semi-circular;
• Recipiente de acrílico semi-circular para líquidos
• Prismas de 45º e 60º de acrílico;
• Prisma de 60º de vidro;
• Transferidor;
• Suportes;
• Banco óptico.
AVISO: Toque somente nas superfícies foscas (não polidas) dos materiais.
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ϕ +φ
sen( )
2
n=
ϕ
sen( )
2
Figura 1.4. Esquema dos raios incidente e emergente no prisma de 60º para
determinação do ângulo de desvio mínimo.
4 - O ângulo de refração será sempre menor que o ângulo de incidência? Por quê?
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2.1 – Objetivos
2.2 - Introdução
(a) (b)
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a) Todo raio de luz que incide paralelamente ao eixo principal, reflete-se passando
pelo foco.
b) Todo raio de luz que incide passando pelo foco (F) reflete-se paralelamente ao
eixo principal.
c) Todo raio de luz que incide passando pelo centro de curvatura (C) reflete-se sobre
si mesm
d) Todo raio de luz que incide sobre vértice (V) do espelho, reflete-se simetricamente
em relação ao eixo principal.
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(a) (b)
Fig. 2.2 - Raios traçados para a determinação de uma imagem para: (a) espelho
côncavo e (b) espelho convexo.
1 1 1
+ = (2.1)
p p' f
substituindo f = 1 r temos
2
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1 1 2
+ = (2.2)
p p' r
i − p'
m= = (2.3)
o p
Espelho Côncavo
Monte o esquema da figura 2.3. Utilize a fonte de luz com um objeto (slide de
um boneco) para gerar uma imagem real por reflexão, projetando-a no anteparo
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opaco. Use somente a parte central do espelho e procure manter o objeto e imagem o
mais próximo possível de um mesmo eixo.
1 1
1) - Faça no mínimo cinco (5) medidas de (p,p’) e construa um gráfico de x para
p p'
determinar a distância focal (f ) e raio de curvatura (R) do espelho.
− p'
2) - Determine a ampliação (aumento) transversal, utilizando a equação m = (ou
p
I/O), para cada par (i,o) medidos no item anterior.
(a) Qual a posição do objeto em relação ao espelho côncavo em que obteríamos uma
imagem virtual?
(b) Poderíamos utilizar um espelho côncavo em vez de lentes em projetores de slides?
Faça um esquema de como isso poderia ser feito.
(c) Qual o significado do sinal negativo ou positivo da ampliação transversal?
Espelho Convexo
Como o espelho convexo não gera imagens reais a partir de um objeto real,
utilizaremos o método dos focos congregados para determinar a sua distância focal. O
método consiste em coincidir duas imagens, uma gerada pelo espelho convexo e a
outra por um espelho plano.
Monte o sistema óptico conforme a figura 2.4
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Como i1 é muito menor que i2, use um objeto o1, maior que o2 (por exemplo,
enrole uma fita adesiva no ponto de uma vareta).
Comece a medir colocando o espelho plano bem próximo ao espelho convexo
(~3cm) e varie a posição do objeto até que as imagens coincidem (olhando na posição
indicada de vai e vem, perpendicular ao eixo do banco óptico. A posição correta será
aquela onde não há deslocamento relativo das imagens.
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3.1 - Objetivos
Construir geometricamente imagens utilizando lentes esféricas e determinar
distância focal das lentes.
3.2 - Introdução
Uma lente é um sistema óptico limitado por duas superfícies refratoras. Para
uma lente imersa no ar, um raio de luz refrata do ar para o interior da lente, atravessa
a lente e refrata novamente para o ar. No caso dos raios incidirem paralelos ao eixo
central da lente em uma das faces, e emergirem da outra face convergindo para um
ponto, dizemos que esta lente é convergente figura 3.1a . Caso contrário, ou seja, se os
raios divergirem dizemos que a lente é divergente figura 3.1b.
(a) (b)
Fig. 3.1 - (a) Raios, incidindo paralelos ao eixo central de uma lente
convergente convergem para um foco real F2 e (b) Raios, incidindo
paralelos ao eixo central, divergem ao passar por uma lente
divergente. O prolongamento dos raios passa pelo foco virtual F2
(ref.2)
1 1 1
= (n − 1) ⋅ + (3.1)
f r1 r2
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A figura 3.2 ilustra como são traçados os raios para a obtenção da imagem
formada por uma lente de um objeto.
(a) (b)
Fig. 3.2 - Três raios que permitem determinar uma imagem formada por uma
lente delgada (ref.2).
1 1 1
= + (3.2)
f p p'
i p'
m= =− (3.3)
o p
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• Slide;
• Régua e trena.
AVISO: Não toque nas superfícies polidas das lentes com as mãos ou mesmo com
outros objetos.
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1 1
construa um gráfico de x , determine a distância focal (f) da lente e a
p p'
ampliação lateral.
(2) - Com a mesma montagem, verifique e anote que tipo de imagem que é
formada, quando o objeto estiver: antes do raio de curvatura; no raio de
curvatura; e entre o foco e o raio de curvatura.
(3) - Apresente um método simples e imediato de determinação de f sem o uso
do banco óptico.
φL
φC = d +φL (3.4)
f
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4.1 - Objetivos
Verificar experimentalmente o fenômeno de interferência e difração e
determinar parâmetros de redes de difração.
4.2 - Introdução
A interferência e a difração são dois fenômenos importantes que distinguem as
ondas das partículas. A difração é a curvatura das ondas em torno de arestas, que
ocorre quando uma parte da frente de onda encontra uma barreira ou um obstáculo. A
interferência é a combinação, por superposição, de duas ou mais ondas que se
encontram num ponto do espaço.
A figura 4.1 ilustra um experimento de interferência realizado por Thomas
Young em 1801. Nesta experiência, a luz é difratada pelo orifício So da tela A e
depois difratada novamente pelos orifícios S1 e S2 da tela B. A luz difratada por estes
dois últimos orifícios se sobrepõe no espaço entre B e C e produz uma figura de
interferência (fig.4.1).
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ym
tanθ =
D
onde, D é a distância entre as fendas e a tela C.
ym
senθ ≈ tanθ =
D
ym
então d senθ = d substituindo na equação (4.1)
D
ym mλD
d = mλ ou ym =
D d
y( m +1) =
(m + 1)λD (4.2)
d
O fenômeno de difração também é observado, quando incidimos um feixe de
luz laser sobre um CD com um certo ângulo de incidência, conforme a figura 4.3.
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D1
θ i = Tan −1
h
0
D2
θ r = Tan −1
h0
e de maneira genérica
D2
φ n = Tan −1
hn
∆ = AC − BE
mas,
AC = d ⋅ cos(90 − θ i )
e
BE = d ⋅ cos(90 − φ n )
onde
∆ = d ⋅ cos(90 − θ i ) − d ⋅ cos(90 − φ n )
ou
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∆ = d ⋅ ( senθ i − senφ n )
AVISOS:
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- Monte o sistema óptico como ilustra a figura 4.6. Fixe no anteparo uma
folha de papel milimetrado, e localize o máximo principal incidindo o
feixe do LASER diretamente no papel.
(1) Rede 18: Fixe a distância entre a rede e o anteparo e marque no papel
milimetrado os máximos de intensidade, tanto quanto possível.
Faça um gráfico de senθ x m e determine a distância d entre os
sulcos da rede.
(2) Rede 530: Repita o mesmo procedimento do item 1 (rede 18).
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3 - Difração sobre um CD
3. Refaça o item 2 com uma nova inclinação do laser He-Ne, sobre o CD.
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5.1. Objetivos
Utilizar o CD (Compact Disc) para determinar o índice de refração de líquidos
com precisão e mostrar a variação do comprimento de onda da luz quando a mesma se
propaga em diferentes meios como o ar e a água.
5.2. Introdução
A facilidade de encontrar materiais de baixo custo (como ponteira laser, CD,
etc) permite a realização de experimentos simples e com isto introduzir conceitos da
óptica física como difração e interferência da luz, bem como determinar o índice de
refração de alguns materiais. O CD, como já sabemos de experimentos anteriores, é
constituído por trilhas com espaçamentos da ordem de 1,6 µm, onde são armazenados
os dados, e esse dispositivo funciona como uma rede de difração por reflexão ou por
transmissão da luz, sendo este último caso o que será usado neste experimento, após a
retirada da película protetora [1].
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Pode-se mostrar que a distância entre as trilhas, ângulo onde ocorre o máximo
e o comprimento de onda estão relacionados pela equação [2],
d.sen θ = λ (5.2)
Y1
senθ = (5.4)
Y + D2
1
2
(5.5)
e, como a fonte de luz pode ser a mesma para os dois meios, a freqüência não se altera
apesar de mudar de meio. Disso temos que
v v ar v H 2O
f = = = (5.6)
λ λar λH O
2
c
n= (5.7)
v
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λ ar Y
n H 2O = = = ar (5.8)
λ H O YH O
2 2
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Referências Bibliograficas
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- P.A. Tipler – Física: Óptica e Física Moderna, Vol. 4 - 3ª Edição, LTC Livros
Técnicos Científicos Editora, Rio de Janeiro - RJ 1995.
- F. Sears, M.W. Zemansky / H.D. Young, R.A. Freedman - Física 4: Óptica e Física
Moderna, Vol. 4 - 10a Edição, Pearson Education do Brasil, São Paulo – SP 2003.
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