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Ninguém é um objeto

Escrito por: Guilherme Becker e publicado em 17/11/2010

Jornais cometem erros. De digitação, de edição, de informação. Aparentemente, essa notícia


publicada no dia 16/11/2010 no Correio do Povo, de Porto Alegre, não contém erros de
digitação ou informação, mas talvez exiba algo no mínimo estranho ou não totalmente
correto, e que tenha “passado” pelos editores. Note que na linha de apoio o texto diz “… que
um atleta chinês seria a primeira medalha de ouro dos Jogos Asiáticos“. Soou um tanto quanto
fora, para nós, aquele pequeno verbo “ser” inserido na frase, conjugado no futuro do
pretérito.

Mesmo com toda a história e credibilidade que o Correio do Povo tem, cremos que um atleta
nunca “seria” a primeira medalha, mas sim “tornaria-se” o primeiro medalhista ou mesmo
“seria” o primeiro campeão a conquistar uma medalha. Ninguém é uma medalha, ninguém
seria. Ele seria, sim, o primeiro vencedor, ganhador, medalhista. Atletas conquistam um lugar
ao pódio e, assim, uma medalha, como premiação.

Reflexões fazem parte da alma da comunicação. Pensar constantemente nelas faz-se


necessário. Portanto, gostaríamos de saber se você está de acordo com isso e o que mais
podemos sugerir a respeito. Sugestões são sempre muito bem-vindas.

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