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Projeto Manejo 2006 - 2007 Plano de Ação 6 Hélio e Gil
Projeto Manejo 2006 - 2007 Plano de Ação 6 Hélio e Gil
PLANO DE AÇÃO 6
baixas que aquelas semeadas em sulcos com espaçamento convencional, e atingem altura de 50 a 70
cm e produzem número menor de nós na haste principal.
COOPER (2003) afirma que fileiras ultra-estreitas de algodão têm espaçamento acima de 20
cm e as populações são geralmente acima de 200 mil plantas/ha, enquanto o plantio convencional é
semeado em fileiras espaçadas de um metro e tem uma população de plantas em torno de 100 mil/ha.
COOPER (2003) ainda menciona que alta população de plantas, em espaçamento ultra-estreito,
necessita de menos capulhos por planta para alcançar o mesmo rendimento do plantio convencional,
porque o algodão ultra-adensado não tem que esperar a maturação final do ponteiro, e o crescimento
da cultura pode terminar mais cedo, o que é uma vantagem em se tratando do manejo de pragas,
doenças e plantas daninhas. Para a maioria das espécies, o espaçamento ótimo é aquele em que a
distância entre as plantas é igual à distância entre as linhas, o que permite maior penetração de luz e
água (COOPER, 2003).
A população ideal de uma cultura por unidade de área é um dos componentes da produção
que mais contribui no aumento da produtividade (HOLLIDAY, 1960). A adequação da população de
plantas destaca-se por se tratar de uma técnica de baixo custo e relativamente simples. Porém, apesar
disto, ela é influenciada por vários fatores, dentre eles o porte da cultivar, a fertilidade do solo e as
técnicas de manejo (BOLONHEZI, 1977).
De acordo com LAMAS & STAUT, (2001), a resposta do algodoeiro em relação à população de
plantas por área é complexa e envolve aspectos ecofisiológicos, pois, alterações no espaçamento e na
densidade induzem modificações no crescimento e desenvolvimento do algodoeiro. Informam que a
altura de plantas, o diâmetro da haste principal, a altura de inserção do primeiro ramo frutífero, o
número de ramos vegetativos e reprodutivos são algumas das características morfológicas do
algodoeiro significativamente influenciadas pela população de plantas. Verifica-se, por conseguinte,
que os trabalhos de pesquisa desenvolvidos nas mais diversas regiões do Brasil como no exterior, não
apresentam resultados consistentes no que diz respeito ao arranjo de plantas, por se tratar de uma
planta com boa plasticidade, quando se avalia apenas o aspecto quantitativo da produção (Bilbro,
1981).
Vários trabalhos com distribuição espacial de plantas de algodoeiro por área vêm sendo
realizados nos Estados Unidos, onde se procura alternativas de baixo custo para aumento da
produtividade. Uma destas é o cultivo “ultra-narrow row” (espaçamento entre linhas ultra-adensados,
0,25m) com altas populações de plantas por área. Trabalhos realizados por MAAS (1997), CAWLEY et
al. (1998), JOST et al. (1998), ALLEN et al. (1998) e GERIK et al. (1998) demonstraram a eficiência
deste sistema de cultivo na precocidade de colheita, redução de perdas com a extensão da época das
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colheitas, diminuição dos custos com inseticidas, herbicidas e reguladores de crescimento e aumento
de produtividade em alguns casos.
BELLETTINI (1988), estudando no norte do Paraná, o efeito da semeadura do algodoeiro (IAC
20) em linhas simples com espaçamentos de 80, 90 e 100 cm e em linhas duplas d 40x1200; 40x1400
e 50x1500 cm, com variação do número de plantas por metro de 5; 7 e 10, observou que a cultivar
utilizada comportou-se, no que se refere à produção e qualidade de fibra, igualmente em qualquer dos
sistemas de semeadura utilizado.
JOST & COTHREN (2001), comparando o efeito de espaçamentos superadensados com o
sistema convencional de semeadura na cultivar “Stoneville BXN-47”, durante três anos de cultivo nos
Estados Unidos, concluíram que nos tratamentos superadensados (19 e 38 cm), em anos com baixa
precipitação, o rendimento de fibra foi superior ao do sistema convencional (76 e 101 cm), não
observando diferenças entre espaçamentos de 76 e 101 cm, nestas condições. Em condições normais
de precipitação não foram observadas diferenças nas médias de produtividade.
NUNES et al. (2003) estudaram o comportamento da cultivar BRS Aroeira frente a variações no
espaçamento (75; 90 e 105 cm), populações de plantas (67; 100 e 133 mil plantas /ha.) e dois níveis de
adubação (normal e duas vezes a normal) (em dois locais no Estado de Goiás). Verificaram que as
maiores populações (100 e 133 mil), combinadas com maior espaçamento (105 cm), resultaram em
maior produtividade, proporcionando em Santa Helena de Goiás aumento de 11%, resultante do
aumento da população de plantas de 67 para 133 mil plantas por hectare. Também, a maior população
resultou em maior lucro líquido do ponto de vista agroeconômico.
Quando o algodoeiro é cultivado em condições onde a disponibilidade de água, de nutrientes e
as condições climáticas são favoráveis ao crescimento, há produção excessiva de vegetação, que pode
interferir negativamente na produção final. Em tal situação o uso de regulador de crescimento torna-se
indispensável (Reddy et al., 1992). Segundo Hodges et al., 1991, o uso de reguladores de crescimento
para modelar a arquitetura das plantas, é uma das estratégias agronômicas mais recentes para o
incremento da produtividade do algodoeiro. Limitando-se o crescimento vegetativo do algodoeiro tem-
se maior deslocamento de metabólitos para os drenos úteis do ponto de vista econômico (Beltrão et al.,
1997).
Os principais efeitos dos reguladores de crescimento no algodoeiro são: redução no tamanho
dos internódios, do número de nós da haste principal, da altura das plantas, do comprimento dos
ramos, aumento da retenção de frutos nas primeiras posições dos ramos frutíferos, dentre outros.
Vários são os fatores que interferem nos resultados obtidos com a aplicação de reguladores de
crescimento, podendo se destacar: população de plantas, cultivar, época de semeadura, temperatura,
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doses, forma e época de aplicação. Cultivares de porte mais alto e ciclo mais longo, são mais
responsivas aos efeitos dos reguladores de crescimento (Lamas & Stuart, 2001).
A arquitetura da planta do algodoeiro tem sido objeto de aperfeiçoamento no processo de
melhoramento, passando dos tipos piramidais e cônicos, para plantas mais “cilíndricas”, compactas e
com maturação mais uniforme, adaptada às novas tecnologias. Com as diferenciações nos sistemas de
produção e também nos processos de fiação, aumentou a demanda por cultivares de forma a atender a
essas mudanças. Todavia, com a entrada de novas cultivares no mercado, há a necessidade de se
rever as formas de manejo destes materiais, que apresentam características distintas de crescimento,
desenvolvimento e exigências nutricionais, entre inúmeros outros fatores (ZANON, 2002).
Neste plano de ação objetiva-se estudar diferentes densidades de plantas, em fileiras duplas e
simples, em duas cultivares de algodão, submetidas a duas doses de regulador de crescimento. O
trabalho será conduzido pelo segundo ano consecutivo, e estas ações gerarão novas tecnologias e
conhecimentos de forma a contribuir para se alcançar a sustentabilidade no cultivo do algodoeiro em
Goiás.
2) OBJETIVOS
3) METAS
4) MATERIAL E MÉTODOS
Para o atendimento dos objetivos e metas previstos no presente plano de ação, será dada
continuidade, por mais uma safra, aos experimentos de campo instalados na safra 2005/2006. Serão
estudadas as cultivares Deltaopal e Fibermax-966, submetidas a diferentes densidades de plantas, em
fileiras simples e duplas, na presença de duas doses de regulador de crescimento.
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Ao total serão seis experimentos, que estão detalhados abaixo. Esses experimentos serão
posteriormente analisados estatisticamente de forma individual e em conjunto, para a obtenção dos
efeitos principais, interações duplas e contrastes ortogonais (arranjos x populações; arranjos x
cultivares).
1 C1R1P1 7 C2R1P1
2 C1R2P1 8 C2R2P1
3 C1R1P2 9 C2R1P2
4 C1R2P2 10 C2R2P2
5 C1R1P3 11 C2R1P3
6 C1R2P3 12 C2R2P3
1 C1R1P1 7 C2R1P1
2 C1R2P1 8 C2R2P1
3 C1R1P2 9 C2R1P2
4 C1R2P2 10 C2R2P2
5 C1R1P3 11 C2R1P3
6 C1R2P3 12 C2R2P3
1 C1R1P1 7 C2R1P1
2 8
C1R2P1 C2R2P1
3 9
C1R1P2 C2R1P2
4 10
C1R2P2 C2R2P2
5 11
C1R1P3 C2R1P3
6 12
C1R2P3 C2R2P3
1 C1R1P1 7 C2R1P1
2 8
C1R2P1 C2R2P1
3 9
C1R1P2 C2R1P2
4 10
C1R2P2 C2R2P2
5 11
C1R1P3 C2R1P3
6 12
C1R2P3 C2R2P3
1 C1R1P1 7 C2R1P1
2 8
C1R2P1 C2R2P1
3 9
C1R1P2 C2R1P2
4 10
C1R2P2 C2R2P2
5 11
C1R1P3 C2R1P3
6 12
C1R2P3 C2R2P3
1 C1R1P1 7 C2R1P1
2 8
C1R2P1 C2R2P1
3 9
C1R1P2 C2R1P2
4 10
C1R2P2 C2R2P2
5 11
C1R1P3 C2R1P3
6 12
C1R2P3 C2R2P3
9 10 11 12 REP 105 106 107 108 REP 201 202 203 204
REP REP
1 1
3.04 3,04 3,04 3,04 2 m 3,28 3,28 3,28 3,28 2m 3,60 3,60 3,60 3,60
Å---------- 12,16 m --------Æ Å-------------- 13,12 m -------Æ Å---14,40 m-----------1
5) CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out
Planejamento e
preparo dos X
X
experimentos
Amostra de
X
solo
Plantio de
X X
Algodão
Tratos culturais X X X X X
Avaliações X X X X X X X X X X
Colheita de
X X X
algodão
Transferência
X X X
de tecnologia
Tabulação de
X X X X X X X
resultados
Análise de
X X X X
resultados
Elaboração de
X X
relatórios
6) RECURSOS HUMANOS
PESQUISADORES - Percentagem de dedicação ao plano de ação (%)
Hélio Ferreira da Cunha Eng.º Agrº M.Sc Produção Vegetal 50
(Entomologia)
Gil Santos Eng.º Agrº M.Sc Fitotecnia Grandes Culturas 50
Adriano Borges de Oliveira Eng.º Agrº M.Sc Genética e Melh. de Plantas 10
Marcos Geovani Lourençoni Dessimoni Eng.º Agrº BSc 10
José Carlos Seraphin Eng.º Agrº PhD Estatística e Experimentação 15
Agronômica
7) ORÇAMENTO
CONTRAPARTIDA DA AGÊNCIARURAL
Recursos Humanos – Agência Rural
Descrição Unid. Quant. V. Unit. V. Total
Hélio Ferreira da Cunha - Engº Agrôn. – MSc Unid. 1 18.000,00 18.000,00
Gil Santos - Engº Agrônomo – MSc Unid. 1 15.000,00 15.000,00
Marcos Geovani Lorençoni Dessimoni Unid. 1 7.200,00 7.200,00
Engº Agrônomo - BS
Adriano Borges de Oliveira - Engº Agrôn. - MSc Unid. 1 5.000,00 5.000,00
Totais Recursos Humanos – Agenciarural 45.200,00
INVESTIMENTO/RECURSOS FÍSICOS
AGENCIARURAL
Área Experimental 3 ha Unid. 3 5.000,00 15.000,00
Trator/Implementos Agrícolas Unid. 1 50.000,00 50.000,00
Laboratório de Analises (parcial) Unid 1 10.000,00 10.000,00
Casa-de-Vegetação Unid 1 28.000,00 28.000,00
Balanças Unid. 2 450,00 900,00
Pulverizador a gás CO2 Unid 1 300,00 300,00
Veículo usado Unid. 1 8.000,00 8.000,00
Total Investimento/Recursos Físicos 112.200,00
TOTAL CONTRAPARTIDA DA AGENCIARURAL - - 157.400,00
CONTRAPARTIDA DA FUNDAÇÃO GO
Recursos Humanos – Embrapa
Descrição Unid. Quant. V. Unit. V. Total
Mão-de-obra Técnica – Tempo parcial (10%) 1 4.600,00 4.600,00
Aux. Administrativo – tempo parcial (6%) Unid 1 600,00 600,00
Total 5.200,00
108
RECURSOS DO FIALGO