Você está na página 1de 7

O Medo nas Organizações

O abuso do poder tem acarretado muitos males para a sociedade humana. No passado eram
os reis que, ao se distanciarem da voz do coração, agiam com prepotência e arrogância,
deixando de conduzir o povo na direção do progresso real e mantinham o controle com
violência e atemorizações. Em conseqüência, propagavam o medo nas comunidades e esse
sentimento danoso inibia a criatividade das pessoas e dificultava seu crescimento como
seres humanos.

Atualmente, o poder está nas mãos dos líderes empresariais e políticos e, como as
condições de vida tornam-se cada vez mais complexas, eles precisam se valer de muita
sabedoria e manter o equilíbrio entre a mente e o coração para que não cedam à influência
exclusiva dos interesses financeiros que invariavelmente promovem o caos e desprezo por
tudo o mais.

O medo, a raiva e a inveja são fatores que alimentam e respaldam o abuso do poder.
Pessoas tirânicas estão presentes em todos os setores da vida, seja no governo, nas
organizações e nas famílias, e elas só se satisfazem
com o aumento da própria influência e do poder que exercem, sentindo-se seguras com a
sensação de domínio.

Para que haja um clima convidativo à participação e ao envolvimento dos colaboradores


dentro da organização, de forma a agirem de acordo com os objetivos propostos, é de
fundamental importância a forma como ocorre esse relacionamento inter-pessoal, pois disso
advém a espontânea e necessária energia que remove os obstáculos e permite que o êxito
seja alcançado.

Em muitas organizações a idéia de que fazer uso da hipocrisia é bom para os negócios tem
se alastrado como epidemia. Evidentemente isso acaba gerando um ambiente de
instabilidade, onde as ameaças pairam no ar e não há transparência, permanecendo ocultas
as reais intenções. É preciso, ao contrário, estimular as relações humanas positivas, sem
temores nem desconfianças, pois sem isso não há o necessário envolvimento para que o
sucesso seja alcançado.

Quem decide custa mais caro. Quem decide tem poder para reter informações, exercer
controle, influenciar o grupo. Nos níveis inferiores é mais fácil controlar os abusos de
poder. Então as corporações evoluíram no sentido de induzir cada indivíduo a cumprir as
suas tarefas de forma mecânica e repetitiva, sem lhe possibilitar um envolvimento mais
intenso.

A falta de participação gera indiferença e desinteresse, enquanto que o medo e o salário são
empregados como os principais motivadores. O sistema evita pessoas criativas que desejam
agir com mais independência para solucionar os problemas e buscar a realização pessoal.
Nesse ambiente o sentimento de pertencimento se reduz, chegando até a desaparecer por
completo.
Às vezes chegam notícias de que em alguma organização o principal diretor foi impedido
de entrar na empresa. Isso acontece quando há suspeitas, ou quando se quer retomar o
poder de imediato, através da quebra abrupta de resistência do grupo. Ou então, o executivo
é isolado num processo de fritura, o que o afasta do centro de decisões e o leva a tomar a
iniciativa de se demitir.

Muitos não conseguem evitar o sentimento de inutilidade, pois percebem que os caminhos e
os centros de decisão estão reservados a um núcleo restrito e autoritário. A falta de
participação e de maior envolvimento cria certa angústia, levando as pessoas mais sensíveis
a formas de escape como o alcoolismo, o fumo e as drogas ilícitas, que causam desgaste
psíquico e emocional. No entanto, é justamente nesse ambiente inóspito que temos de atuar.
Pode parecer difícil para muitos e é, porque a participação do elemento humano fica muito
despersonalizada. As pessoas acabam se sentindo como peças descartáveis em um mundo
de poucos empregos, de elevada população e onde os recursos naturais tendem para o
limite.

Não podemos esquecer que a vida moderna exige competência, aprendizado continuado e
bom senso. Não podemos nos deixar contaminar pelo baixo astral. Temos que estar atentos
e cumprir nossas obrigações com esmero, permanecendo atentos para analisar o que é
prioritário, identificar os problemas e buscar as soluções.

O melhor remédio é afastar o medo e o desânimo através do fortalecimento da consciência


de que podemos contribuir para a melhora geral e para a construção de um mundo com
mais alegria e beleza, apropriado para uma existência humana produtiva e condigna.
São cuidados que norteiam e conduzem os líderes e os seus seguidores a um porto seguro.

1. Integridade no Caráter

Todo Bom Líder deve possuir uma integridade irrefutável no caráter. Esta
característica deve ser comum a todos os seres humanos, porém, como a crise de
identidade é algo marcante nessa pós-modernidade, o Bom Líder precisa ser um
exemplo de pessoa que vive de forma verídica essa integridade.

Integridade na vida pública e na vida particular. Integridade com a família, nos


negócios, na igreja, no ministério, e principalmente, integridade com Deus.

As pessoas querem seguir o líder que seja confiável, ético, e que consiga
demonstrar isso não apenas em palavras, mas em gestos e ações.

Saiba... você que é líder, precisa mostrar a todo tempo seus valores, sua ética e
seus padrões.

Nunca se esqueça: Ninguém te segue por descuido, mas um descuido te separa


de muitas pessoas.

2. Visão

Todo Bom Líder deve ser visionário, precisa saber para onde está indo. A visão do
líder sugere senso de direção, clareza de propósito e responsabilidade com o
futuro.

Ser visionário é saber enxergar os possíveis cenários, fazer as previsões corretas


e antecipar os acontecimentos. Essa realidade será bem possível se o líder
possuir não apenas experiências na vida, mas a Sabedoria do Alto. O líder que
tem um relacionamento efetivo com Deus, certamente tem maiores condições de
antecipar o futuro.

As pessoas desejam saber para onde estão indo, confiam suas vidas aos líderes
que possuem uma direção de longo prazo e uma capacidade de vislumbrar o
futuro.

Nunca se esqueça: Ninguém te segue hoje, se você não imaginar onde será o
amanhã.
3. Inspiração

Todo Bom Líder deve ser inspirador, precisa provocar em seus seguidores a
vontade pela vida!

O líder pode ter um caráter exemplar, uma visão magnífica, mas se não souber
comunicar às pessoas a sua vida, os seus sonhos, os seus propósitos, de maneira
que os encorajem, certamente sua liderança não alcançará êxito.

As pessoas anseiam por significados em suas vidas. Querem saber o porquê de


estarem fazendo o que fazem, e o Bom Líder precisa mostrar esse significado,
mostrar paixão pela causa.

Nunca se esqueça: Ninguém te segue sem causa, até que você se desapaixone
por ela.

4. Competência

Todo Bom Líder deve ser competente no sentido de possuir as competências e


habilidades necessárias para o desempenho de sua função.

Uma das grandes polêmicas da liderança é se a pessoa nasce ou não líder. Não
irei dar fim a essa discussão, mas, certamente, quem é líder precisa ter a
competência de um verdadeiro líder.

Essas competências variam de acordo com o contexto onde se desenvolve o


exercício da liderança. Cada espaço, local, situação, exige do líder uma
competência específica.

Nunca se esqueça: As pessoas somente te seguirão se você tiver a competência


de fazê-las te seguirem.

5. Valorizar as pessoas

Todo Bom Líder deve valorizar as pessoas. Este é um aspecto fundamental da


liderança, mais do que amar uma causa, o líder deve amar as pessoas.

O Bom Líder entende que liderança se dá no coração, e não na cabeça. Se o líder


desempenhar sua função baseado apenas em seu raciocínio lógico e não no
poder do coração, estará criando um ambiente com pessoas descomprometidas,
porque pessoas não se envolvem em uma causa quando não são amadas.

Pessoas são a causa primordial da liderança, sem elas não existiria o porquê da
liderança. Então, ame as pessoas, ame quem você lidera!
Você já parou para pensar se é um bom líder? E se não ocupa um cargo de liderança, você
já se perguntou se seria um bom gestor? Existe o líder ideal?

Todo profissional, alguma vez na vida, já trabalhou para gestores inesquecíveis e para
aqueles que não deseja encontrar novamente. Fato é que diversos estudos sobre gestão
foram realizados e muitas empresas já aderiram a um esquema moderno de trabalho, em
que os líderes de equipe devem adotar posturas e atitudes de modo a criar um ambiente
bom para o trabalho, em que cada funcionário é ouvido, pode trabalhar com tranquilidade,
justiça, feliz com o que faz.

Para o consultor em comportamento e desenvolvimento organizacional e professor Paulo


Lot Jr., a motivação dos funcionários deve ser a preocupação do líder. “Todos os
empreendedores questionam o que é preciso fazer para incentivar os funcionários a
trabalharem mais motivados”, diz.

Ainda segundo Lot, entre os índices mais utilizados por consultores para detectar o clima
organizacional de empresas, destacam-se a qualidade na gestão de pessoas, do ambiente e
da felicidade no trabalho. “Com esses dados, é possível descobrir todos os aspectos
importantes de uma empresa que interferem no dia-a-dia do funcionário e no faturamento
mensal da corporação, como desempenho, satisfação e liderança no trabalho, temas
relacionados à motivação”, explica.

Ser um bom líder está intimamente ligado às políticas de gestão da empresa. Segundo a
psicóloga Ana Fraiman, que acaba de lançar o livro O chefe dos meus sonhos! - Aquele que
você deseja ser e com quem gostaria de trabalhar, é essencial que a organização ofereça
condições para que o profissional se desenvolva como gestor. “Um bom líder não agüenta
trabalhar em uma empresa que não seja ética, que não lhe permita empregar seus talentos e
ajudar os demais a crescer e superar”, explica.

O líder ideal

É impossível se encaixar em um ideal de líder, assim como não existe a mulher ideal, não
existe o homem ideal, o amante, pai e mãe perfeitos. Segundo Ana Fraiman, quando se trata
de gestão, ser um bom líder depende de como cada um encara a questão. “Se alcançar uma
posição de liderança deixa a pessoa feliz, esta pessoa será excelente líder. Se, pelo
contrário, o exercício de uma liderança tornar essa pessoa mais dura, mais infeliz e
solitária, se ela adoecer em meio a esse caminho, ou liderar não é para ela, ou ela precisa
aprender a fazê-lo de modo mais sensível e harmônico”, diz.

Existem diversos cursos, treinamentos e livros muito bons para ajudar o líder a desenvolver
esse potencial. De qualquer forma, uma coisa é certa: o bom líder é aquele que resolve bem.
“É preciso fazer ou mandar fazer direito. A decisão tomada tem que apontar para uma boa
resolução, com o máximo de aproveitamento desejado e o mínimo custo possível, não só de
dinheiro, mas de saúde, tempo, esforço, vidas...há custos materiais, humanos, morais,
psicológicos e até mesmo espirituais”, explica Ana Fraiman.
E para os sérios de plantão, ela já indica que “aproveitamento não está ligado apenas aos
recursos e lucro, mas de tudo que é bom, inclusive divertimento e prazer, porque é
desejável saber liderar com prazer e muito bom humor, inclusive. Isso é muito ético e
altamente estético”, comenta a consultora.

Além disso, é imprescindível que saiba delegar trabalhos à equipe e que consiga entender,
“sacar” o talento e os pontos fracos de cada profissional e, assim, extrair o melhor dele sem
ultrapassar os limites.

Caráter

Outro ponto importante a se considerar a repeito da liderança é que só lidera bem quem tem
bom caráter. A equipe precisa estar no comando de um gestor que tenha princípios éticos e
que possa realizar seu trabalho sem prejudicar os outros. “Nem todos podem ser um bom
líder. Tem bons líderes de gangues, isso é ser um bom líder? Meus conceitos estão íntima e
indissoluvelmente ligados a um carater bem formado, suportados por princípios elevados e
absoluto respeito ao próximo e às leis. Todos erram, mas quem tem um caráter bem
formado reconhece o estrago que fez, tenta voltar atrás e concertar, sofre com os estragos
que causou a si mesmo e/ou aos outros. Um líder precisa ter e agir com consciência, além
de visão”, opina a psicóloga Ana Fraiman.

E você?

Agora é sua vez de descobrir se você é um bom líder. É só prestar atenção nas dicas abaixo,
dadas pela psicóloga, consultora e escritora Ana Fraiman.

Pense objetivamente em suas metas e resultados, avaliações e autoavaliações,


aperfeiçoamento e atualização constantes. Está satisfeito com os resultados?

Subjetivamente: você está feliz? Suporta bem as angústias inerentes ao exercício


prolongado de uma liderança? Mantém a sua saúde, sente-se estimulado e reconhecido?

Adora o que faz e recebe reconhecimento de sua equipe? As pessoas a seu redor melhoram
e demonstram isso?

Na equipe, TODOS encontram significado naquilo que fazem? Se questionam? Se


remodelam?

Procure saber se o seu pessoal se refere a você com respeito, com admiração, com carinho e
com prazer, se as pessoas fazem questão de trabalhar com você. Se elas se referem a você
como alguém que é "muito gente".
Anda exausto, inseguro, sobrecarregado, meio adoentado? Faça um bom exame de
consciência e, se for necessário, contrate um coach, um mentor e, se for o caso, encare um
bom e experiente psicoterapeuta. Mas não mantenha dúvidas sem respostas sobre você
mesmo. A perda da segurança e autoconfiança é terrível para quem quer e precisa liderar.

Por fim, embora muitas pessoas defendam que é possível e imprescindível desenvolver a
capacidade de liderança, é importante saber que nem todos precisam disso para serem
felizes, há quem tenha mais inclinação para cargos mais operacionais, e isso não deve ser
desmerecido.

“Nem todos gostam de assumir responsabilidades tamanhas. Há quem faça muito bem
aquilo que tem que ser feito, e também são muito necessários. Não existe uma empresa em
que todo mundo só quer saber de inovar, transformar, se apaixonar, buscar. Também
precisamos daqueles que apreciam mais um ambiente simples, calmo, estável, sem tantos
desafios, com normas e procedimentos muito claros e bem recompensados, que gostam de
entrar e sair no horário, sem maiores apreensões. Liderar requer um fogo interior que não é
fácil de manter aceso e bem alimentado”, finaliza Ana Fraiman.

Você também pode gostar