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ENFERMAGEM

Terça-feira, 5 de agosto de 2008

CLÍNICA MÉDICA

PNEUMONIA É um processo inflamatório agudo do parênquima pulmonar causado por


bactéria, vírus, fungos ou gordura. As bactérias nos primários são causados pelo
pneumococo.

BRONCO PNEUMONIA
É quando o processo pneumônico esta distribuído de maneira difusa tendo se originado
nos brônquios e estendido para o parênquima adjacente.
Causas: indivíduo debilitado, alcoólatras, desnutrição, exposição ao frio, paciente
acamado por longo tempo, aspiração de alimentos, TCE, infecção anterior (faringite,
laringite, amidalite).
Quadro clinico:
- tosse, expectoração sanguinolenta (mucóide-mucopurulenta). - dispnéia-cianose.-
taquicardia.- febre (hipertermia),(38.5-40-41°c.- cefaléia,anorexia,mialgia,calafrios.-
ausculta (estertores crepitantes e bolhosos)- desconforto sob esternal.- prostração.
Diagnóstico:
- cultura de secreções (hemocultura, antibiograma) e exame radiológico (tórax). -
anamnese.- exame físico
Tratamento e cuidados de enfermagem:
- fluidificar e facilitar a mobilização de secreções através de inalação. - nebulização
contínua.- hidratação.- administração parenteral,soluções cristalóides ou colóides.-
dietoterapia-liquidos,leves,hipercalóricas e hiperproteicas.repouso no leito.- antibiótico
terapia, analgésicos.- mudanças de decúbito.- exercícios respiratórios.- quadro de
agitação psicomotora.
Complicações:
- arritmias cardíacas. - choque toxinfeccioso.- parada cardíaca.

Edema Agudo de Pulmão


Se refere a presença de excesso de fluido no pulmão, quer nos espaços intersticiais, quer
nos alvéolos. Costuma acompanhar na insuficiência ventricular esquerda aguda.obs.:o
edema agudo do pulmão constitui uma verdadeira emergência médica e enfermagem
pois representa uma afecção com risco de vida.

Causas:
- doenças cardíacas: insuficiência ventricular esquerda aguda, infarto do miocárdio,
estenose aórtica, doença grave da válvula mitral, hipertensão, insuficiência cardíaca
congestiva. - sobrecarga circulatória: transfusões e infusões. - hipersensibilidade
medicamentosa: alergia e envenenamento.- lesões pulmonares: inalação e fumaça,
choque do pulmão, embolia ou infarto pulmonar.- lesões do sistema nervoso central:
apoplexia, traumatismo encefálico.- infecções e febre.
Quadro clinico:
- tosse e agitação durante o sono (sintomas premonitórios). - dispnéia grave e
ortopnéia.- tosse com quantidade variável de saliva e espumosa, branca ou rósea.-
grande ansiedade e pânico.- respiração ruidosa- sibilos respiratórios, expiatórios e
estertores bolhosos.- cianose com sudorese intensa.- veias do pescoço distendidas.-
taquicardia.- confusão mental.- hipertensão arterial.

Tratamento e cuidados de enfermagem


Objetivos: Melhorar a oxigenação e a ventilação, reduzir a congestão pulmonar.
- medicações ansiolíticas e diazepan, diempax. - coloque o paciente em posição sentada,
cabeça e ombros levantados, pés e pernas para baixo, para favorecer a retenção do
sangue nas porções declives do corpo pelas forças gravitacionais, para diminuir retorno
venoso.- se o edema pulmonar for causado por acidente cerebral, ou se ocorrer na
vigência de insuficiência pulmonar crônica ou choque cardiogênico, estará contra
indicado o uso de morfina.- fique atento para o aparecimento de depressão respiratória
intensa.- forneça oxigênio em altas concentrações, para aliviar a hipóxia e a dispnéia,
conforme prescrição médica.- ficar atento para queda de pressão arterial.- ficar atento
para sinais de obstrução urinaria nos pacientes com hipertrofia prostática.- controle de
gasometria.- suporte psicológico.- anotar tudo na papeleta do paciente.

DPOC
Asma Brônquica: apresenta uma hiper-reatividade das vias aéreas a diversos agentes.

Fatores desencadeantes:
- inalação de alérgeno- pó domiciliar (ácaro). - exercícios físicos.- infecção por vírus ou
bactérias.- emoção.- aspirina.- tabagismo.- ar frio, poluição,perfumes.- alergentes.

Sintomas:
- dispnéia, cianose, chiado, fadiga, hipóxia, edema, perda de peso, fraqueza.

Tratamento e cuidados de enfermagem:


- apoio psicológico (administrar broncodilatadores, expectorantes, iodeto de potássio,
corticosteróide comprimido, prednisona via oral ou injetável, cortisona( hidrocortisona),
ação rápida tudo quando for prescrito pelo médico)- inalação. - decúbito posição de
fowler.- sinais vitais.- observar respiração freqüentemente.- ambiente arejado, limpo e
calmo.- acompanhar e anotar aceitação alimentar.- higiene bucal e corporal.- afastar
produtos químico (alérgeno).

Enfisema Pulmonar
Aumento dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, acompanhados de
destruição.

Causas:
- tabagismo, infecções das vias aéreas, poluição atmosférica, genética.

Sintomas:
- tosse, expectoração, hipóxia, dispnéia, anóxia. - dificuldade de deambular.
Tratamento e cuidados de enfermagem:
- broncodilatadores (aminofilina, efedrina). - fluidificantes- xaropes, iodeto de potássio.-
antibióticoterapia (penicilina, ampicilina, tetracielinas).- oxigenoterapia.- inalação.-
sedativos.- corticosteróide.- sinais vitais.-higiene bucal e corporal.- anotar aceitação
alimentar.- auxiliá-lo, se necessário na deambulação.- ambiente calmo e arejado.-
orientar a expelir secreções, anotar na papeleta aspecto das secreções e qualquer
alteração do quadro.- medicar conforme prescrição médica.

Bronquite
É uma síndrome clínica caracterizada por tosse crônica com expectoração, mucosa ou
mucopurolento.

Sinais e sintomas:
- tosse seca, mais tarde produtiva, irritativa, desconforto retroesternal. - roncos e sibilos
difusos.- escarros ( mucosas e mucopurolento)- cianose, dispnéia, febre e calafrios são
raros.- anorexia.

Fatores desencadeantes:
- produtos químicos. - forma de poluição atmosférica as infecções etc...- alimentos - ex:
crustáceos.

Tratamento e cuidados de enfermagem:


- apoio psicológico. - expectorantes.- antibióticos.- broncodilatadores.- inalação,
nebulização.- corticosteróide.- oxigênio.- evitar umidade, frio.- evitar ambiente poluído-
tabagismo.

ICC- Insuficiência Cardíaca Congestiva:


É a incapacidade do coração em bombear a quantidade necessária de sangue oxigenado
para suprir a necessidade do corpo.

Causas:
Causado pela estenose e o estreitamento da aorta lado esquerdo.

Quadro clinico:
- dispnéia aos esforços. - tosse seca improdutiva e geralmente acorre á noite.- fadiga.-
insônia.- taquicardia.- inquietação, agitação.- edema de tornozelo.- distensão das veias
do pescoço.- anorexia e náuseas.- nictúria.- fraqueza.

Tratamento de enfermagem:
- objetivo diminuir a carga cardíaca e melhorar desconforto. - manter repouso relativo
ou absoluto conforme estado geral do paciente.- repouso em posição semi- elevado.-
administrar O2 na fase aguda.- controlar sinais vitais, constantemente.- observar
aparecimento de cianose e notificar enfermeira e médico.- dieta pobre em sódio.-
proporcionar sono tranqüilo.- orientar o paciente para alimentar-se com calma e
lentamente.- pesar diariamente.- fazer controle hídrico diariamente.- administra
medicação prescrita, observar complicações ao administrar digitálicos.
Flebites ou Trombo flebite

Flebite: é uma inflamação das paredes de uma veia.

Trombo flebite: é uma infecção na qual se forma um coágulo numa veia, em


conseqüência de flebite ou devido á obstrução parcial da veia.

Causas:
- ficar sentado muito tempo. - traumatismo da veia: pode ser trauma direto com injeção
EV, cateteres de demora.- prolongamento de uma infecção dos tecidos que cercam o
vaso.- pressão contínua de um tumor.- atividade excessiva numa pessoa normalmente
sedentária.- hipercoagulabilidade.

Derrame Pleural
É uma coleção de liquido no espaço pleural. Pode ser por uma liquido claro ou por
sangue.
Aparece como conseqüência de uma doença primaria e nunca por si só. Exemplo pode
ser uma complicação de tuberculose,pneumonia,tumores neoplasicos.

Manifestações clinicas
Habitualmente os sintomas são aqueles causados pela doença primaria. Uma grande
quantidade de derrame pleural causará falta de ar e dor no local. A confirmação da
presença do liquido é obtida por radiografia ultra-som, exame físico e toracosentese.
Esta ultima é feita pulsionando-se o espaço pleural para remover o liquido colher uma
amostra para análise e aliviar os sintomas. Quando a quantidade de liquido é muito
grande,instala-se o dreno de tórax.

Cuidados com o dreno: Trocar o frasco a cada 24 horas da seguinte maneira:


1 pinçar o dreno 15 cm acima da inserção no frasco. 2 o frasco a ser colocado deve ser
estéril, graduado em ml e composto por um selo de água de maneira que o tubo extensor
de vidro fique submerso. 3 deve estar identificado com data e horário da troca. 4
conectar a extensão de látex no vidro. 5 despinçar o dreno.

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
É quando o coração é incapaz de bombear uma quantidade suficiente de sangue para
satisfazer as necessidades de oxigênio e nutrientes dos tecidos, existem dois tipos:

1. Choque cardiogênico: O volume de sangue total do organismo é diminuído, exemplo


hemorragias graves, desidratação grave, o que caracteriza o choque, o aumento da
freqüência cardíaca e a queda da pressão arterial.

2. Insuficiência cardíaca congestiva: Caracteriza-se por uma diferença entre o volume


que chega ao átrio direito (vindo do organismo) e o que o coração consegue bombear de
volta ao organismo.
Há portanto uma falência do músculo cardíaco no sentido de bombear o sangue para o
organismo.

Causas: arteriosclerose coronária, hipertensão arterial, doença muscular degenerativa.


Manifestações clinicas
- Tonteira- Confusão mental- Fadiga- Intolerância ao exercício físico e ao calor-
Extremidades frias- Oligúria

Metas da enfermagem com relação ao paciente


Promover o repouso físico e emocional.
Posicionamento:
- A cabeceira do leito deve permanecer elevada e os pés reclinados para baixo. - Aliviar
a ansiedade noturna. - Evitar estresse.

Oxigenoterapia.
Orientação do paciente
Visa impedir a progressão da doença. Depois que sua insuficiência congestiva esta sob
controle, o paciente é incentivado a reassumir as atividades que estava acostumado
antes de sua enfermidade, principalmente seu trabalho.
No entanto, geralmente é preciso diminuir algumas atividades que lhe possam fazer
mal; exemplo exercícios físicos, estress.
Insuficiência renal
Aguda
Oligúria (/ 500 ml dia).
Uréia/creatinina/Na + K+
Edema
Ressecamento da pele
Prognostico bom
3 fases 1ª oligúria (3 a 10 dias)
Tratamentos diuréticos, dietoterapia
2ª diurética (+ ou – 30 dias)
3ª recuperação (2 a 3 meses para recuperação total).

Crônica
Oligúria ou anúria
Edema generalizado
Exames laboratoriais alterados
Na+ K+ Ur creat.
Confusão mental
Crises epiléticas
Ressecamento da pele e mucosas
Sonolência e prostração constantes.
Tratamento diálise (sanguínea hemodiálise) peritonial.
Transplante renal.

Insuficiência renal aguda


É a perda súbita e quase total da função do rim. Ocorre quando os rins são incapazes de
remover as substancias tóxicas do organismo e estas se acumulam no sangue.
A I.R.A. manifesta-se por:- Exames laboratoriais alterados- Ressecamento da pele-
Edema generalizado.
Possui um prognostico bom, ou seja, é reversível quando submetida a tratamento
medico.
Podemos distinguir três fases da doença.
1ª fase oligurica é quando o paciente apresenta a oligúria e todos os demais sintomas da
doença. Esta fase perdura de três á dez dias.É tratada com diuréticos e dietoterapia
adequada.
2ª fase diurética é quando o organismo começa a reagir ao tratamento e o paciente urina
cerca de 2.500ml nesta fase, perdura-se um mês.
3ª fase de recuperação é quando o paciente já esta quase totalmente recuperado e retoma
suas atividades normais, assim como a alimentação perdura-se de trinta á sessenta dias.
Refluxo de urina da uretra para a bexiga, refluxo de urina da bexiga para os ureteres e
destes para os rins, contaminação fecal do meato uretral.

Insuficiência renal crônica


É uma deterioração progressiva e lenta na função renal, embora os sintomas
propriamente ditos ocorram subitamente.
A principio os sintomas seriam muito semelhantes ao da insuficiência renal aguda, mas
com o passar do tempo o paciente apresenta neuropatias resultando em: crise
convulsiva, sonolência e prostração.
O prognostico é ruim, visto que em geral a doença não tem retorno. Este paciente
devera usar de medicamentos diuréticos e fazer dietoterapia constantemente,assim como
a realização de diálise que pode ser feita de duas maneiras,peritonial e hemodiálise.
Uma outra opção seria o transplante renal.

Infecções do trato urinário


São uns grupos de infecção causadas pela presença de micro organismos no trato
urinários, com ou sem sintomas. A infecção pode predominar na bexiga (cistite), na
uretra (uretrite),na próstata ou no rim. O trato urinário normal é estéril exceto próximo
ao orifício uretral.

GASTRITE
É a inflamação do estomago, decorrente de vários fatores:
Má alimentação, falta de alimentação, abuso do álcool e do fumo usa de medicamentos,
stress.
É um processo agudo que provoca queimação(Ásia), náusea, falta de apetite ou pode ser
assintomática o tratamento é feito à base de antiácidos e alimentação adequada.

Ulcera péptica
É uma escavação formada na parede do estomago, duodeno ou esôfago, provocando
dores, desconforto e às vezes sangramento.
Ocorrem devido à má alimentação, tipo sanguíneo e stress emocional.
O tratamento é feito com antiácidos, alimentação adequada e às vezes cirúrgica.

Constipação
É a diminuição do numero de evacuações, podendo ocasionar desconforto abdominal e
ate obstrução intestinal pode ocorrer devido á má alimentação ou pode ser secundário a
outras doenças intestinais.

Diarréia
É o aumento súbito do numero de evacuações, com perda da consistência das fezes,pode
ocorrer devido à ingestão de alimentos irritantes,medicamentos,ou pode ser secundaria a
outra doença intestinal.Na diarréia não á perda de muco e sangue e o quadro persistem
por pouco tempo.

Desinteira
É um quadro semelhante à diarréia ,mas que é acompanhado de eliminação de muco e
sangue.
Ocorre devido a processos infecciosos e persiste por vários dias.

Diabete mellitus
É uma patologia crônica,incurável e pode ser de dois tipos.
Ambas ocorrem em qualquer idade,independente do tipo,e é devido a uma perda de
função do pâncreas.
Este órgão,que é responsável pela produção de insulina para de funcionar,deixando que
o sangue atinja nível de glicose alto.

Diabete tipo 1 juvenil


É a mais grave,podendo ocorrer em qualquer idade.
O paciente desde o inicio tem o sangue com níveis altíssimos de glicose e precisa ser
submetido ao uso de insulina subcutânea e fazer uma dietoterapia rigorosa.

Diabete tipo 2 ou adulto


É um tipo menos grave da doença,os pacientes em geral não necessitam do uso de
insulina,mas somente de uma dieta adequada que impeça a glicose de subir a níveis
altos no sangue.
Hiperglicemia: é quando a taxa de glicose no sangue esta alta;
Hiperglicemia: é quando a taxa de glicose no sangue esta baixa.

Cefaléia
É uma dor que se instala na região cefálica e que pode ser causada por vários fatores:
- Stress- Fome- Nervosismo- Ou ser conseqüências de doenças primarias
A dor se instala na região frontal,temporal e posterior do encéfalo,assim como pode
também comprometer toda a região.Na maioria das vezes é curada por si só,pois é
essencialmente conseqüente de outros fatores.

Aneurisma
É uma doença congênita ou adquirida através dos anos,caracteriza-se com um defeito na
parede de um vaso cerebral provocando um enfraquecimento local.Pode haver um ou
mais aneurismas na mesma região.
Os sintomas são produzidos quando o aneurisma aumenta e comprime os nervos
cranianos ou quando o aneurisma se rompe causando uma hemorragia cerebral.O
rompimento de um aneurisma produz uma cefaléia intensa e de aparecimento
rápido,freqüentemente de perda de consciência por um período variável de tempo,pode
haver:
- Dor- Rigidez da nuca e da coluna- Visão dupla- Cegueira- Zumbidos- Tonturas-
Paralisação de meio corpo.
Se a hemorragia for muito intensa pode causar a morte.Este tipo de acidente vascular
cerebral é mais freqüente na idade de 30 á 40 anos.
Doença de Parkinson
É uma alteração neurológica que afeta o controle dos movimentos é caracterizada por
lentidão de movimentos,tremores e rigidez muscular.
As principais manifestações da doença são movimentos prejudicados,rigidez
muscular,tremor,fraqueza e ausência de reflexo.
Distrofia muscular degenerativa
É uma doença crônica caracterizada por um enfraquecimento progressivo,atrofia dos
músculos esqueléticos ou voluntários.
A doença é progressiva e o paciente geralmente chega ao óbito devido á parada
respiratória.

Crise convulsiva
É um episodio de atividade motora ou psíquica anormal que é conseqüência de uma
descarga excessiva proveniente nos neurônios celebrais.
Pode ser causada,falta de oxigenação,traumatismo de crânio,hipertensão,infecção do
sistema nervoso insuficientes renal,tremores cerebrais,febre muito alta.
Durante a crise o paciente corre risco de ter falta de oxigenação no cérebro,vômitos e
aspiração pulmonar.

Epilepsia
É uma doença caracterizada por crises convulsivas freqüentes.
Traumatismo craneocefalico T.C.E
Os traumatismos de crânio englobam os ferimentos do couro cabeludo do crânio e o da
massa cerebral,ocorre freqüentemente nos acidentes de transito.
Pode haver somente corte do couro cabeludo como também pode ocorrer fraturas dos
ossos cranianos,como comprometimento da massa encefálica.
Quando se atende o t.c.e. deitar o paciente em uma mesa dura ou maca deixando o
corpo alinhado e imóvel.

Traumatismo raquimedular
É uma lesão da medula espinhal que pode ocorrer em qualquer ponto e dependendo
deste, causa muito ou pouca seqüela.Os sintomas são:
- Perda sensorial total- Paralisia motora abaixo do nível da lesão- Perda do controle
vesical e intestinal

DERRAME
É a perda súbita da função cerebral. Costuma ser provocado por alguns destes quatro
motivos.
Trombose: o coagulo de sangue dentro de um vaso sanguíneo do cérebro ou do pescoço.
Embolia cerebral: um coagulo de sangue, ou outro material transportado vindo de outra
parte do corpo.
Diminuição do fluxo: sanguíneo em uma região do cérebro.

HEMORRAGIA CEREBRAL
- Fatores de risco- Idade avançada- Hipertensão - Doença cardíaca - Diabete
Manifestação clinica
O derrame pode produzir muitas deficiências neurológicas como:
- Perda dos movimentos- Perda da comunicação - Deterioração da atividade mental
Problemas especiais dos pacientes neurológicos
1 - Cuidados com a pele para prevenção de escaras, realização de mudança de decúbito,
massagem de conforto.2 - Necessidades nutricionais se houver distúrbio de deglutição é
conveniente alimentação por sonda.3 - Higiene oral, quando o paciente respira
freqüentemente pela boca as estruturas bucais tendem ressecar, por isso os lábios a
língua e as gengivas devem ser lubrificadas freqüentemente.4 - Cuidados com
eliminação, muitos pacientes apresentam incontinência urinaria e fecal, necessitando de
cuidados higiênicos mais intensos.5 - Consideração psicológicas, o paciente pode
desenvolver altos níveis de stress e pode haver agressão da auto estima sendo necessário
apoio psicológico.
O paciente inconsciente
Inconsciência é uma condição na qual existe depressão da função cerebral variando
desde o torpor.
No torpor o paciente apresenta aborrecimento quando estimulado por sensação dolorosa
ou auditiva.
No caso do coma profundo o paciente não responde a qualquer reflexo é ausente.

Processo de enfermagem
- Avaliação- Entrevista- Historia de vida- Nascimento- Infância- Doenças da infância-
Adolescência
Vida adulta- Acidentes pessoais- Cirurgia
Historia familiar
- Pai- Mãe- Irmãos- Parentes próximos- Problemas de saúde
Historia da doença atual
- Inicio- Desenvolvimento- Tratamentos já realizados

Exame físico
- Diagnostico de problemas do paciente (físico e psicológico)- Planejamento- Planejar
ações com objetivo de minimizar os problemas diagnosticados
Estacionamento de metas: O porque de cada passo, planejamento.
Implementação: Por em pratica as ações pré estabelecidas durante o planejamento.
Avaliação dos resultados: por em pratica o que foi conseguido e o que não foi,
discutindo novas formas de abordagem dos problemas não selecionados.

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Descrição dos procedimentos:
1 técnica de isolamento 2 técnica de lavagem das mãos na unidade de isolamento. 3
técnica de vestir avental para entrar no quarto de isolamento. 4 técnica de transporte do
paciente acamado em quarto isolado. 5 técnica para recolher o lixo de dentro do quarto
isolado. 6 técnica para recolher roupa suja de dentro do quarto isolado. 7 técnica para
retirar a mascara ao sair do quarto isolado. 8 técnica para retirar o gorro ao sair do
quarto isolado. 9 técnica para retirada do propés. 10 técnica para sair do quarto.

SALMONELOSE Definição: salmonelose é uma forma de intoxicação alimentar que é


causada de ingestão de alimentos contaminados pelo agente infeccioso.
Modo de transmissão
Direto: ingestão de alimentos contaminados com fezes (água, carne de galinha, porco,
vaca e leite).
Indireto: pessoas com mãos contaminadas que contaminam os alimentos.
Sintomatologia: possui três síndromes.
1. febre entérica: o quadro clinico se caracteriza por diarréia e febre.2. Gastrenterite:
quadro clinico se caracteriza por febre, cefaléia, cólicas abdominais, náuseas, vômitos,
diarréia e desidratação. 3. septicemia: o quadro clinico se caracteriza com febre alta,
calafrios, dores abdominais, desinteira, pneumonia, artrite e meningite.
Profilaxia: cozinhar os alimentos, refrigerar os alimentos preparados, isolamento do
doente e remoção adequada de fezes humanas.

MENINGITE MENINGOCÓCICA Sintomatologia: febre alta, náuseas e vômitos em


jato, cefaléia intensa, irritabilidade, confusão, delírio, convulsões e até o coma, rigidez
de nuca, ombros e costas.
Durante o curso da doença podem aparecer problemas motores, hemiplegias, surdez e
paralisia do globo ocular.
Profilaxia: isolamento total do paciente, vacinação, controle dos comunicantes.

DIFTERIA Atinge de preferência populações de hábitos higiênicos precários e na faixa


etária até dez anos de idade.
Provoca grande mortalidade, incidem mais nos meses frio do ano.
Transmissão: efetua-se geralmente por contato direto com o doente através de gotículas
de saliva, o contato indireto ocorre por meio de alimentos contaminados.
Sintomatologia: dor localizada, febre moderada, prostração.
A infecção se localiza nas mucosas do nariz ou faringe e o local apresenta placas
brancas acinzentadas.
Profilaxia: como a difteria é uma doença transmitida pelas vias respiratórias e secreções
o paciente deve permanecer em isolamento total respiratório pó 14 dias.
Os comunicantes crianças devem permanecer em quarentena por 10 dias apartir do
contato.
Vacinação: são aplicadas três doses com intervalo de dois meses entre cada uma.
1ª Dose 2 meses2ª Dose 4 meses3ª Dose 6 meses1ª reforço aos 18 meses

LEPTOSPIROSE
Definição: é uma doença infecciosa aguda que acomete o ser humano principalmente na
época das chuvas e também caracterizado como profissional, pois é freqüente em
trabalhadores de esgotos, charques e arrozais.
Modo de transmissão: por contato direto ou indireto com ratos e cães
contaminados.Esses animais excretam a bactéria da leptospirose na urina e á
sobrevivência do microorganismo em águas (rios, lagos e esgotos).
Sintomatologia: inicio súbito de febre, calafrios, mal estar, dores no corpo.
Na forma mais grave da doença há icterícia e urina colúrica com confusão mental.
Profilaxia: Extermínio de ratos, limpeza e eliminação de locais alagados, uso de luvas e
botas em trabalhadores desses locais.
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PRONTUÁRIO

Conceito de Prontuário - É o conjunto de documentos escritos relativos a determinada


pessoa ou fato.
Conceito de Prontuário do Paciente - É o conjunto de documento e informações
referentes a um paciente e sua doença escrito de modo claro e conciso.
Componentes do Prontuário - Todo prontuário completo de um paciente deve conter os
seguintes dados:
Social - nº de registro, nome completo, endereço, residência e trabalho, idade, cor,
filiação,naturalidade, nacionalidade, estado civil, nome do cônjuge, nº de filhos, termo
de responsabilidade, relatório do serviço social;
Econômico - Profissão, nº de horas de trabalho, salário, situação previdenciária;
Médico:
Anamnese;
Queixa principal;
Origem e história;
Relacionamento hereditário;
Hábitos pessoais;
Diagnóstico provisório:
Exame físico: interrogação sobre os diversos aparelhos;
Exames complementares: laboratório, raio x, eletrocardiograma, eletro-encefalograma;
Relatório de cirúrgia: anestesia, histopatológico, necrópsia, prescrição médica,
evolução, diagnóstico definitivo;
Enfermagem:
Relatório de enfermagem;
Gráficos de T.P.R. (Temperatura, Pulso, respiração) e P.A. (Pressão arterial);
Gráfico de balanço hídrico; O prontuário é um documento de grande valia para:
O paciente: é o instrumento utilizável em caso de reivindicações, perante a médicos, o
hospital e a poderes públicos;
Para o médico: desde que contenha os dados convenientemente registrados, torna-se
importante para o diagnóstico e tratamento;
Para o hospital: permite maior flexibilidade quanto as transferências e altas, baixando a
média de permanência como também auxilia na qualidade dos serviços prestados e na
coleta de dados para fins estatísticos.
Para pesquisa: fornece elementos de casos diversos, com todas as variáveis
antecedentes, concotitantemente e conseqüente da enfermidade.
Para a equipe de saúde: independente de ser objeto permanente de informações, permite
a enfermagem condições de ter o plano de cuidados atualizados.
Condições para elaborações do prontuário
Consciência;
Responsabilidade;
Clareza de linguagem e de função;
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RN

Recém-nascidos (RN)
O recém nascido é classificado, segundo a sua idade gestacional, da seguinte forma:

RN Pré-Termo
É a criança nascida em um período inferior a 37 semanas de gestação, que apresenta as
seguintes características:
- Estatura geralmente inferior a 47 cm.- Peso geralmente inferior a 2.500 kg(o RN a
termo que apresenta este mesmo peso é chamado de PIG- pequeno para a idade
gestacional).- Edema ocular intenso.- Membros compridos em relação ao corpo.-
Excesso de lanugem.- Ausência de vérnix caseoso.- Testículos geralmente ausentes da
bolsa escrotal.- Intenso edema dos grandes lábios.- Predisposição á infecções.- Reflexos
deficientes.- Insuficiência respiratória grave, por formação da membrana hialina e
ausência de substância surfactante dentro dos alvéolos.- Predisposição á hemorragias.
RN a Termo
É a criança nascida entre 38 a 40 semanas da gestação, que apresenta as seguintes
características
- Vérnix caseoso (substância gordurosa e esbranquiçada que recobre o corpo para
proteção da pele.- Milia sebácea(pequenos pontos de acúmulo de gordura na pele
sempre localizados na face.- Manchas Mongólicas(manchas azuladas que aparecem
geralmente na região glútea, podendo diminuir ou perdurar por toda a vida.- Lanugem
(pelos finos e felpudos que recobre, todo o corpo e desaparecem após o primeiro mês de
vida.- Fontanelas (partes moles existentes entre os ossos do crânio e que se fecham com
o decorrer do crescimento) as fontanelas deverão apresentar-se planas.- A cabeça é
grande em relação ao corpo (sendo o perímetro cefálico de 33 á 35 cm normal), pode
ocorrer uma sobreposição dos ossos do crânio, devido a uma adaptação ao canal de
parto, voltando a posição normal logo nas primeiras horas de vida.- Bossas (saliências
no couro cabeludo, que ocorrem devido a pressões sofridas pelos tecidos durante o
trabalho de parto), podem ser edemas ou hematomas que desaparecem na primeira
semana.- Tórax (podem apresentar tumefação dos mamilos)- O abdômen apresenta-se
abaulado pelo aumento fisiológico do fígado e baço.- Membros curtos em relação ao
corpo.- Reflexo de moro (hiperextenção dos quatro membros, seguida de flexão).-
Freqüência cardíaca(FC) em média de 140 bat/min.- Freqüência respiratória (FR) de 30
a 60 respiração/min, caracteriza-se por ser uma respiração abdominal superficial.- P.A
aproximadamente de 80 x 40 mmHg.- O cordão umbilical possuem 2 artérias e 1 veia.-
Instabilidade térmica (queda de temperatura caso não seja corretamente aquecido).

RN Pós Termo
É a criança nascida após 41 semanas de gestação, que apresenta as seguintes
características:
- Deslocamento quase total do vérnix caseoso.- Pele enrugada.- Pouca lanugem.-
Variação da FC por estar entrando em sofrimento fetal.
Atendimento ao RN em sala de parto
- Ligar previamente o berço aquecido, que deverá estar limpo e forrado com lençol.- Pré
aquecer o campo esterilizado no qual será envolto o RN.- Estar paramentado conforme
a rotina, sendo indispensável o uso de luvas estéreis para a manipulação do RN.- Anotar
o horário correto do nascimento.- Aspirar as vias aéreas superiores (VAS0 com sonda
própria para RN,introduzida delicadamente através da boca e narinas.Manter a aspiração
inativa, durante introdução e a retirada da sonda, para não lesar as mucosas.- Fornecer
oxigênio úmido, através de máscara própria, para o rosto do RN.Lembrar que toda
máscara deve abranger nariz e boca, não ultrapassando os limites do contorno da face.-
Realizar CREDE (uso de Nitrato de Prata a 1% (argirol) sendo 01 gota em cada olho,
para a prevenção de infecções oculares e principalmente infecção gonocócica).-
Prevenir hemorragia administrando 0,1 mg de Kanakion (IM) na região da coxa (face
lateral externa).Jamais puncionar região glútea de um RN porque não se sabe qual é a
localização correta do nervo ciático.- Colocar Cord Clamp (clamp de cordão) no coto
umbilical deixando-o com apenas 2 cm de comprimento.Verificar que não haja nenhum
sangramento pelo coto umbilical.
- Verificar o sexo da criança, informando a mãe de forma clara e precisa.
- Identificação do RN através da impressão da planta do pé (impressão plantar) e das
digitais da mãe. Colocam-se pulseiras de identificação no RN e na mãe, sendo que estas
devem conter o nome da mãe, sem abreviaturas, e devem ser preenchidas de forma
absolutamente iguais.- Manter o RN sempre aquecido.- Colher amostra de sangue da
mãe e do RN( pelo cordão umbilical).- Observar presença de más formações aparentes.-
Encaminhar o RN ao berçário com os papéis de rotina devidamente preenchidos.-
Observar o APGAR do RN.

APGAR:
É a avaliação do estado geral do RN, realizada no 1º e 5° minuto de vida, sendo repetida
no 10º minuto, somente se o estado do RN não for considerado bom.Esta avaliação é
feita através de notas dadas nos seguintes itens, sendo estas de 0 a 2, conforme o estado
da criança:

Choro:
Ausente - zero (o)Fraco - um (1)Normal - dois (2)

Coloração:
Cianose generalizada - zero (0)Cianose nas extremidades - um (1)Corado (normal) -
dois (2)
Tônus:
Atonia - zero (0)Hipotonia - um (1)Hipertonia (normal) - dois (2)

Freqüência cardíaca:
Ausente - zero (0)Bradicardia irregular - um (1)Normal - dois (2)

Freqüência respiratória:
Ausente - zero (0)Bradipnéia irregular - um (1)Normal - dois (2)

Cuidados com o RN no berçário:


- Estar corretamente paramentado conforme rotina- Checar o preenchimento correto dos
papéis.- Checar a identificação do RN.- Manter o RN aquecido e em decúbito lateral
( riscos de hipotermia e da bronco aspiração.- Lavar as mãos antes e depois de tocar em
cada RN para prevenir o impetigo.- Aspirar as secreções das V.A.S. sempre que
necessário.- Observar atentamente o nível de oxigenação do RN- Pesar o RN
diariamente, lembrando que nos primeiros dias de vida, ocorre uma perda de peso de até
10% ( perda ponderal), sempre seguindo as técnicas de pesagem.- Fazer a higiene
sempre que necessária do RN, lembrando que o aspecto normal das fezes é pastoso, de
coloração verde escura.- Observar eliminação urinária e ainda seu aspecto, quantidade e
freqüência.- Usar sabonete de glicemia para o banho, realizando a retirada do vérnix
caseoso das dobras da pele, delicadamente.- Anotar corretamente os procedimentos
executados e as alterações observadas.- É importante lembrar que após cada mamada, o
RN deverá ser mantido em decúbito lateral por causa do risco de bronco aspiração.

Cuidados com o RN na Isolete:


O RN poderá ser colocado em berço comum, berço aquecido ou em uma isolete,
dependendo das suas condições.Coloca-se em isolete os recém-nascidos com problemas
respiratórios, pouco peso, hipotérmicos, prematuros ou com qualquer outra alteração.

Cuidados de Enfermagem:
- Manter a isolete ligada, mesmo em desuso.(devido ao tempo que uma isolete leva para
atingir a temperatura ideal, é preciso que se tenha sempre uma outra ligada para receber
as urgências).- Observar a presença de tomadas adequadas para cada tipo de
plug,abservar também a voltagem adequada e em caso de alteração comunicar a
manutenção.- Não permitir que o fio fique tracionado para não danificar nem desligar a
isolete involuntariamente.- Manter a higiene rigorosa do interior e exterior da isolete
usando água e sabão neutro para a limpeza,jamais usando produtos voláteis, tais como
álcool, éter e benzina.- Não riscar, não colocar objetos nem cobrir a tampa acrílica, pois
ela foi feita com este material para permitir que se visualize o RN.- Verificar o encaixe
perfeito da bandeja interna.- Verificar a validade do filtro de ar.- Verificar o
funcionamento do termômetro e dos alarmes, sendo que a temperatura ideal de uma
isolete é entre 36 a 37 graus.- Abrir as janelas laterais somente se houver necessidade de
manuseio do RN, lembrando que sempre que ela for aberta, perderá calor resfriando o
RN.- Lembrar que o RN não será ouvido quando estiver dentro da isolete, o que exigirá
atenção constante da equipe de enfermagem para observar suas condições.- Manter a
isolete em local de fácil alcance visual.
Observação :atualmente foi abolido o uso de líquidos nos compartimentos internos da
isolete, por transformarem-se em meios de cultura de bactérias.

Cuidados com o RN na Fototerapia:


Fototerapia é o tratamento a base de luz visando a retirada da bilirrubina impregnada na
pele do RN.
A Fototerapia é usada nos casos de Icterícia Neonatal.
Icterícia Neonatal:
É uma distúrbio fisiológico que dá á pele e mucosas uma coloração amarelada em
decorrência de pigmentos biliares na corrente sanguínea.É a função do fígado eliminar a
bilirrubina da corrente sanguínea, sendo que esta é o resultado das destruição das
hemácias, portanto, temos duas causas de icterícias.

Icterícia Fisiológica:
Causada pelo excesso de hemácias destruídas, sobrecarregando o fígado. Surge após as
primeiras 24 horas de vida e desaparece em uma semana em média.

Icterícia Patológica:
Causada pela imaturidade do fígado do RN, que não é capaz de eliminar uma
quantidade normal de hemácias destruídas.Surge nas primeiras 24 horas de vida e pode
levar até mais de 10 dias para desaparecer.O tratamento da icterícia, tanto a fisiológica
quanto a patológica é feito através da hidratação, fototerapia e exo-transfusão sanguínea
em casos graves.

Cuidados de Enfermagem:
- Controle do tempo de permanência da lâmpada fluorescente ligada, com anotação de
data e número de horas/dia( o tempo de vida útil da lâmpada é no máximo 200 horas).-
Manter as lâmpadas a 50 centímetros do RN, pois neste distância o RN receberá as
radiações sem sofrer queimaduras.- O RN poderá estar em berço ou isolete.- O RN
deverá estar despido, sendo fundamental o uso de fraldas para proteção do períneo e das
gônadas, da ação do calor.- Proteção ocular para impedir o ressecamento da córnea,
evitando assim lesões graves por ação da luz (na ausência de material próprio, manter os
óculos com papel escuro e gaze).- Controle rigoroso da temperatura corporal, pois pode
ocorrer um hiper aquecimento pela ação do calor da lâmpada.- Controle do estado de
hidratação do RN, pois pode ocorrer desidratação devido á sudorese pela ação do calor.-
Mudança freqüente de decúbito para que a desimpregnação seja uniforme.- Limpeza
freqüência do berço e do RN.- Retirada do RN da fototerapia para a amamentação,
mesmo que a prescrição seja contínua.- Fototerapia pode ser intermitente ou contínua de
acordo com a prescrição médica.- Retirada do RN da fototerapia, 15 minutos antes do
banho, para que seu corpo não sinta a diferença de temperatura.

Impetigo:
É uma doença infecciosa da pele, generalizada, caracterizada por vesículas,pústulas e
crostas.Causadas através da contaminação em berçário, onde a regra básica de higiene
não é cumprida, ou seja, lavar as mãos antes e depois da manipulação de cada recém-
nascido.

Cuidados de enfermagem:
- Isolamento do RN infectado.- Uso de parâmetros próprios de isolamento.-
Rompimento das pústulas com agulha estéril (25x6).- Lavagem com
Kmno4(permanganato de potássio)- Uso de pomada de Neomicina(nebacetin).-
Antibiótico por via EV, prescrito em casos mais graves, quando ocorrer infecções
secundarias.- Lavagem das mãos.

Monilíase:
É uma infecção grave causada pelo fungo cândida albicans.As lesões provocadas
consistem em placas brancas e escamosas, que recobrem total ou parcialmente as
mucosas da língua, gengivas e bochechas, dificultando a alimentação normal do
RN.Existe uma clara relação entre monilíase infantil vaginal e oral.A mãe parece a ser
principal fonte de contaminação.Sendo o contato de chupetas e utensílios de berçário a
fonte de contaminação secundária.As complicações mais freqüentes da monilíase
podem levar a uma glossite intensa, uma esofagite pseudo membranosa, enterite
ulcerosa ou ainda diarréia profusa com o comprometimento do estado geral do RN.A
candidíase intestinal é menos freqüente nos RN alimentados por leite materno, pois a
lactoferrina insaturada deste leite inibe a atividade do cândida albicans.

Cuidados de enfermagem:
- Higiene oral freqüente com água bicarbonatada.- Instilação oral de 1 ml de solução de
nistatina conforme prescrição médica.- Aplicação tópica de violeta genciana em solução
aquosa de 1%.
Hospitalização da Criança:
A necessidade de hospitalização da criança implica em uma situação especial, em que
ela poderá sentir-se desprotegida, por ter sido colocada abruptamente em um ambiente
tão diferente.A adaptação da criança dependerá de vários fatores tais como:
- Idade- Diagnóstico- Experiência de internações anteriores- Situação doméstica-
Maturidade- Tratamento e atenção recebidos neste contato- Reação familiar é internação
A hospitalização afetará alguns aspectos da vida da criança e seus familiares, a saber:
- Aspecto emocional da criança ( medo de injeção, de ficar sem a mãe, do médico)-
Aspecto emocional da mãe, quanto á sua recuperação e quanto ao tratamento
dispensado á criança.- Aspecto econômico ( gastos com a internação,
transporte,remédios) e ainda o medo de perder o emprego por estar com o filho no
hospital.- Aspecto familiar ( revezamento dos familiares no hospital, preocupação com
os outros filhos, que podem estar sozinhos em casa e a separação da família).- Aspecto
legal ( crianças vítimas de agressões, maus tratos, estupros,atropelamentos, abandono) e
ainda falta de documentos que comprovem sua idade.A equipe de enfermagem deverá
estar atenta a todos estes aspectos, para que possa, dentro dos limites estabelecidos, ter
compreensão, cooperando com a criança e seus acompanhantes durante todo o período
de internação.
Cuidados de enfermagem na admissão da criança:
- Observar as condições de higiene das roupas e do corpo.- Despir a criança, entregando
as roupas e sapatos ao responsável,identificando-as se necessário.- Dar banho- Observar
presença de lesões, hematomas, escoriações e dermatites, mostrando ao responsável
para esclarecer as origens das lesões.- Observar coloração da pele ( palidez, cianose e
icterícia).- Verificar e anotar os sinais vitais.- Pesagem da criança (fundamental no
momento da internação).- Observar respiração ( irregular,superficial, desconforto,
retrações, presença de secreções nas V.A.S. e de corpos estranhos)- Verificar se a
criança esta hidratada ou não.- Observar as eliminações e coletar informações com o
acompanhante sobre micções e evacuações.- Observar desenvolvimento físico e
psicológico (desnutrição, emagrecimento, obesidade, infantilização, agressividade,
agitação e timidez).- Retirar as chupetas que estão amarradas em volta do pescoço.-
Coletar o maior número possível de informações junto ao acompanhante, pois todos os
dados serão importantes para um maior conhecimento da criança e suas condições,
fazendo anotação dos mesmos.- Apresentar a enfermagem, área física e outros pacientes
á criança e acompanhantes recém chegados.A falta de conhecimentos das normas e
rotinas poderá trazer problemas para todos.

Cuidados de enfermagem durante o banho:


O banho da criança deverá ser dado visando os seguintes objetivos:
- Promover a higiene.- Observar as condições físicas.- Promover uma queda de
temperatura corporal em caso de febre- Promover o relaxamento da criança.
O banho poderá ser dado várias vezes ao dia, sempre que necessário, observando
sempre os seguintes cuidados.
- Preparar todo o material antes de despir a criança.- Nunca deixar a criança sozinha no
banho, independente da sua idade ou maturidade.- Verificar a temperatura da água com
a região anterior do punha, que é um local de grande sensibilidade térmica.- Não encher
demais a banheira.- Proteger os ouvidos e os olhos da criança.- Manter a cabeça da
criança elevada- Limpar as dobras da pele.- Usar sabonete neutro- Ter especial cuidado
na higiene das genitais, observando fimose e acúmulo de secreções.- Retirar crostas do
couro cabeludo, previamente amolecidas com óleo ( amêndoa ou mineral).- Manter a
criança com segurança na água (lembrar que ela facilmente poderá escorregar).- Secar
corretamente.- Não molhar talas e gessos.- Não tracionar scalps e jelcos.- Vestir criança
apropriadamente, sem excessos.- Evitar correntes de ar.- Anotar o procedimento e sua
intercorrências.

Cuidados de enfermagem durante a alimentação:


A alimentação e a hidratação oral são introduzidas seguindo a prescrição médica,
quanto ao tipo, quantidade e intervalos, faz parte portanto, do tratamento médico,
devendo ser cumprida corretamente.Geralmente, as rotinas hospitalares não permite que
os familiares tragam alimentos de sua casa, para não entrar em discordância com o
tratamento que esta sendo feito.Não se pode permitir a entrada de balas, doces,
chocolates e chicletes, lembrando dos riscos que os mesmos acarretam á criança, que
poderá aspira-los. São regras básicas para os cuidados de enfermagem:
- Nunca alimentar uma criança deitada, pois o risco de ocorrer uma bronco aspiração é
muito grande.Deve-se sentar a criança ou pegar o bebê no colo, ou ainda elevar a
cabeceira da cama ou fazer uso do "bebê-conforto".Mesmo mães acostumadas a
alimentar de maneira errada, deverão durante a permanência no hospital,seguir os
procedimentos corretos.- Respeitar o apetite natural da criança, não forçar a aceitação
alimentar, salvo em casos específicos de desnutrição.- Promover a eructação.- Manter a
criança em decúbito lateral com apoio, sempre lembrando dos perigos de uma bronco
aspiração.- Em casos de dispnéia intensa deve-se evitar a alimentação ou fazê-la
pausadamente e com muito cuidado.- Permitir, se possível, que crianças maiores
alimentem-se sozinhas, sob vigilância rigorosa.- Anotar aceitação e intercorrências.

Cuidados de enfermagem na pesagem:


A pesagem é fundamental na pediatria, uma vez que as doses de medicamentos e de
soros são todas calculadas, tendo por base o peso da criança.Deverão ser respeitados os
seguintes cuidados.
- Pesar diariamente em jejum.- Crianças até 2 anos, despidas totalmente, em balança de
bandeja.- Crianças com mais de 2 anos, manter a calcinha ou cueca e usar a balança de
pedestal.- Tarar a balança antes de pesar.- Travar após tarar.- Só destravar depois de
colocar a criança e travar novamente antes de retira-la.- Não tocar na criança durante a
pesagem.- Anotar corretamente o peso, especificando kg e grs.- Não colocar objetos
sobre e balança, quando em desuso.- Forrar a bandeja com lençol descartável ou papel
toalha, trocando após a pesagem.

Cuidados de enfermagem nas restrições:


Restrição mecânica é a limitação dos movimentos através da contenção de um ou mais
segmentos do corpo, a realização de exames ou tratamentos, garantindo assim a
segurança da criança.Normalmente ela é indicada na realização de exames, manutenção
da via de hidratação parenteral, proteção da criança inconsciente e ainda para evitar que
a criança remova sonda ou drenos.Existem dois tipos de restrições a sabe:

Mumificação:
Consiste na imobilização total da criança, para a realização de exames, onde a equipe de
enfermagem deverá obedecer aos seguintes procedimentos:
- Lavar as mãos.- Orientar a criança, se houver compreensão, e ou a mãe ou
acompanhante sobre o motivo da restrição.- Deitar a criança sobre um lençol dobrado
em triangulo.- Dobrar a extremidade direita do triangulo sobre o braço direito,
posicionando-o ao longo do corpo.O tronco deve ser envolvido por estar extremidade
observando-se que não fique solto ou muito apertado.- Colocar o braço esquerdo da
criança paralelo ao corpo, mantendo a mão sob os glúteos Envolver a criança com a
outra extremidade do lençol, imobilizando assim o membro superior esquerdo.- Dobrar
a extremidade restante sob os pés da criança imobilizando seus membros inferiores.-
Observar com freqüência se a criança tem condições de respirar satisfatoriamente.-
Desfazer a restrição tão logo seja possível.

Contenção das extremidades:


É o tipo de restrição usada principalmente para manter-se a via endovenosa ou evitar
traumatismos em crianças que sejam agitadas.Na contenção de extremidades existem
também procedimentos que deverão se seguidos rigorosamente:
- Lavar as mãos- Orientar a criança, se houver compreensão, e ou a mãe ou
acompanhante sobe o motivo da restrição.- Envolver o punho ou tornozelo da criança
com a faixa de restrição,entrelaçando os cadarços com voltas duplas, observando para
que não fique muito apertado.- Atar o cadarço da faixa de restrição somente nas
estruturas fixas do leito.- A fixação nas grades móveis pode provocar graves lesões no
membro restrito, ao serem abaixados.- Verificar, com freqüência, a posição da criança e
acomoda-la confortavelmente.- Examinar, com freqüência, a perfusão sanguínea das
extremidades restritas.- Mudar, com freqüência, o decúbito da criança para evitar a
formação de zonas de isquemia.- Remover a restrição periodicamente, principalmente
durante o banho e a alimentação.

Regras básicas de Medicação na Pediatria

Via oral:
- Evitar o excesso de líquidos, para que não haja perda de parte da dose, ou até da dose
total, pois a criança costumam cuspir.- Em crianças menores, ou muito rebeldes, colocar
a medicação líquida em uma seringa, para facilitar a introdução diretamente dentro da
boca.- Tentar obter apoio do acompanhante, na tarefa de fazer com que a criança
entenda a importância daquele remédio.- Somente usar copinho em crianças maiores, de
fácil entendimento.- Observar se a criança deglutiu a dose total e fazer a reposição, se
necessário.- Observar se a criança não aspira a medicação.- Observar vômitos logo após
a ingestão de medicamentos.- Evitar o uso de colheres a fim de não machucar a criança.

Via Endovenosa:
- Em soros de manutenção, usar sempre equipo de microgotas para que se tenha um
controle real do gotejamento. - Usar sempre escala de gotejamento, lembrando que o
risco de hiper hidratação em pediatria é maior.- Manter sempre a pinça do equipo de
soro longe do alcance da criança.- Orientar o acompanhante para que não altere o
gotejamento do soro.- Lembrar que o excesso de mobilização da criança torna o
gotejamento irregular e descontrolado.- Diluir as medicações em bureta.- Nunca realizar
medicação diretamente na veia, somente em situações de emergência na presença do
médico.- Lavar o equipo da bureta, lembrando que, sendo as dosagens pediátricas muito
pequenas, facilmente pose-se perder grande parte delas dentro do equipo.

Tipos de Punções Venosas:


O local de escolha para a punção venosa visa atender as necessidades da criança.Em
crianças sob oxitenda, evita-se punções cefálicas uma vez que a umidade impede a boa
fixação do esparadrapo.Em bebês que estão amamentados, evita-se punções em MMSS,
para facilitar o aleitamento.É preciso observar hábitos como o de chupar o dedo, dormir
de bruços, esfregar os pezinhos, para a escolha do local adequado da punção.As
preferências da mãe só devem ser atendidas se estiverem de acordo com as condições da
criança, lembrando que o melhor local para punção venosa em bebês é a rede venosa
cefálica, local que nem sempre agrada a mãe.Punção em jugular deve ser reservada para
situações de urgência e feita por um profissional experiente, pelos graves riscos que a
mesma oferece.O uso de jelco em membros é bastante indicado por sua maior
durabilidade.

Via Intramuscular:
- Observar a massa muscular da criança para a escolha do comprimento da agulha
(30x8, 30x7, 12x6).Pode ocorrer de uma agulha curta não introduzida por inteiro.- A
quantidade máxima de líquido injetado não deve ser maior que 3 ml, somente em
crianças acima de 10 anos com boa massa muscular, pode-se chegar ao limite de 5 ml.-
É de fundamental importância a maneira de segurar a criança.A movimentação dela
poderá quebrar a agulha durante a injeção.Membros inferiores, quadril e tórax devem
estar mobilizados.Nem sempre o acompanhante é capaz de colaborar, sendo nesse caso,
dispensado.- Evitar que a criança veja a seringa.- A região do deltóide ( MMSS) não é
usada para medicação, tendo seu uso restrito algumas vacinas.- Em recém-nascidos usa-
se a região da face lateral externa da coxa (músculo vasto lateral) por não se saber
exatamente a localização do nervo ciático na região glútea.- Na nádega usa-se o
quadrante superior externo.- Após injeções dolorosas, deve-se recomendar ao
acompanhante a aplicação de compressas quentes no local

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A Criança com Mielomeningocelo

Em escavações arqueológicas foram encontrados corpos de crianças com


mielomeningocelo, com mais de 3000 anos. Já Aristóteles e Hipócrates descreveram
esta malformação. Estas crianças eram abandonadas ou era lhes dado infanticida, uma
vez que era desconhecido o tratamento médico. Os primeiros tratamentos a serem
efectuados incluíam a aplicação de substâncias esclerosantes à base de iodo e o
enfaixamento do mielomeningocelo, normalmente mal sucedidos.

Foi nos dois últimos centenários, com o aparecimento de novas tecnologias, que se
verificou um progressivo aperfeiçoamento no tratamento. Em 1990 com o aparecimento
de técnicas como shunts valvulares, das algaliações intermitentes, próteses ortopédicas,
torna-se então possível o tratamento da criança particularmente de complicações como:
hidrocefalia, problemas ortopédicos e urinários. O encerramento cirúrgico do
mielomeningocelo torna-se também possível.

Mas apesar destes extraordinários progressos, ainda há muito por descobrir e


aperfeiçoar no sentido de proporcionar uma melhor qualidade e vida à criança/ pais com
mielomeningocelo.

O mielomeningocelo é uma das 3 formas de apresentação da espinha bífida. A espinha


bífida caracteriza- se por uma malformação congénita da coluna vertebral que surge
entre a 3ª e 4ª semana de gravidez, em que a parte posterior das lâminas vertebrais não
se fecha. Quando existe um defeito dos arcos posteriores, acompanhado por uma
hérniação com envolvimento meningeo e elementos neurais (medula e/ou raízes dos
nervos raquidianos), designa-se por mielomeningecelo1. O mielomeningocelo pode
aparecer em qualquer segmento da coluna vertebral, mas o mais frequente é na região
lombo-sagrada. Pode estar associado a outras malformações do sistema nervoso, tais
como a hidrocefalia e a malformação de chiari.

Há 3 tipos de apresentação do mielomeningocelo:


• Mielomeningocelo forma aberta ulcerada – É a forma mais grave do
mielomeningocelo, uma vez que a medula espinal fica na superfície corporal totalmente
a descoberto(aparece com cor vermelha escura no centro, que corresponde à medula,
ladeada por uma zona branca acinzentada que corresponde à piamater). Complicação
frequente é a meningite ascendente.
• Mielomeningocelo forma fechada epitilizada– Nesta forma, a herniação apresenta-se
recoberta por uma fina camada de pele na sua parte central aumentando de espessura
para a periferia.
• Mielomeningocelo com lipoma – Entre a pele e a medula intercala-se tecido adiposo,
formando um
lipoma. A pele que recobre está integra, por vezes apresenta-se em angiomas planos.
Em 1769, Mongani explica a origem a origem desta malformação, como resultante da
super distensão do tubo neural e consequente ruptura do mesmo. Esta super distensão
está relacionada com a circulação de licor.

Recklinghausen, em 1886, defende que o mielomeningocelo surge devido a uma falha


no encerramento do tubo neural durante o período da embriogénese. Esta é a teoria mais
aceite. Apesar de extensos estudos epidemológicos, a causa mantêm-se desconhecida,
sendo provavelmente multifactorial:
• Factores teratógénicos – Adição de determinadas substâncias/agentes durante as
primeiras semanas da embriogése (agentes bloqueadores do canal de cálcio, fosfolipase
c, vitamina A. Deficiência maternal ou fetal em ácido fólico.
• Factores genéticos – Alterações ligadas ao génese PAX 3. Existe uma maior
incidência no sexo masculino e em crianças de raça caucasiana.
• Radiações.
• Causa viral – Tem se verificado uma maior incidência durante os meses de inverno.

O diagnóstico é feito durante a gravidez através da medição sérica maternal da alfa


fetoproteína, ecografia, amniocentese, e da electroforese da acetilcolinesterase. Devem
ser feitos entre a 16ª e a 18º semana de gravidez a fim de permitirem o aborto
terapêutico. Após o nascimento a TAC, a RMN, o raio X, a eco-transfontanelar, o
electromiograma, a cistografia, a urografia e a cistometria são importantes no despiste
dos défices existentes e de outras malformações associadas. As complicações dependem
do nível e da extensão da lesão. Quanto mais alta a lesão maiores serão os défices.

A hidrocefalia é também um défice neurológico frequente, 15% dos casos existem há


nascença e 80% desenvolvem-se posteriormente. Caracteriza-se por uma acumulação
anormal do líquido cefalorraquidiano a nível craniano. As crianças são submetidas à
colocação de um shunt ventriculo-peritoneal ou a ventriculocisternostomiaO
encerramento cirúrgico é feito nas primeiras 24 horas de vida e tem como objectivo
prevenir a infecção e proteger os nervos espinhais.

Os cuidados de Enfermagem são planeados em função dos défices presentes:


• Nas primeiras 48 horas é fundamental manter a criança em decúbito ventral (dorsal se
for permitido);
• Fazer penso único de acordo com a prescrição;
• Efectuar balanço hídrico pois pode existir perda de liquor e soro pela mal formação;
• Vigiar sinais de infecção.
– Dificuldade alimentar, engasgo, estridor, apneia, paralisia das cordas vocais,
acumulação de secreções e espasticidade, podem indicar a malformação de Chiari.

– Aumento do perímetro encefálico, fontanela hipertensa, olhos em sol poente, dilatação


das
veias do couro cabeludo, vómitos, irritabilidade, crises convulsivas e alteração do
estado de consciência são indicativos de hidrocefalia activa. É fundamental avaliar
diariamente o perímetro cefálico, fazer uma monitorização contínua de sinais vitais e
uma avaliação neurológica sempre que necessário.
– Se existe uma bexiga neurogénica flácida é importante iniciar treinos vesicais. É
função do enfermeiro fazer ensino aos pais sobre algaliação, bem como avaliar a
eficácia desse ensino.
– Se existe diminuição da sensibilidade dolorosa é importante que a criança não sofra
acidentes, para isso é necessário ensinar a mãe sobre a importância de afasta-lo de
fontes de calor, objectos cortantes e objectos pesados.
– Se a criança apresenta gessos correctivos é importante vigiar sinais e sintomas de
comprometimento neurocirculatório, observando as características da pele (cor, retorno
vascular, temperatura) e movimentos voluntários.

O prognóstico da saúde da criança com mielomeningocelo depende do défice


neurológico presente ao nascimento, incluindo a capacidade motora, a enervação vesical
assim como a presença de lesões cerebrais associadas. A morte precoce deve-se
normalmente a infecção do sistema nervoso central ou à hidrocefalia grave. A morte
tardia é causada por infecção do tracto urinário, insuficiência renal ou complicação do
Shunt.

É de fundamental importância o apoio aos pais, com o encaminhamento para as


instituições de apoio. Devem entrar em contacto com a assistência social para se
informarem das ajudas que existem a nível nacional. Existe a Associação de Espinha
Bifída e Hidrocefalia de Portugal que patrocina ajudas técnicas (carrinhos, andarilhos,
etc.), ensino especial, colónia de ferias e subsídios que estes pais podem requerer para
os seus filhos.

BIBLIOGRAFIA

FENICHEL, Gerald M.; Neurologia Pediátrica, sinais e sintomas; 2ª edição; 1995; Porto
Alegre.
Revista do Hospital Pediátrico de Coimbra; Abril 1995.
Revista Rol de Enfermaria; Ano 18; nº 200; Abril 1995.
LLORENS; FIGUEIRAS, G; PICAÑOL; Pediatria para Enfermeiros; 1ª edição; 1972.
ANCANTARA, Pedro de; MACONDES, Eduardo;pedriatia Básica; 6º edição; 1994
BEHRMAN & VANGMAN; Nelson Tratado de Pediatria; 13º EDIÇÃO, Editora
Guanabara.
OCEANO, Grupo editorial; Dicionário de Medicina; edição de 1996; Barcelona.
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O QUE É ALOJAMENTO CONJUNTO?

O QUE É ALOJAMENTO CONJUNTO? Segundo o Ministério da Saúde, Alojamento


Conjunto é o sistema hospitalar em que o recém-nascido sadio, logo após o nascimento,
permanece com a mãe, 24h por dia, num mesmo ambiente, até a alta hospitalar. Este
sistema possibilita a prestação de todos os cuidados assistenciais, bem como a
orientação à mãe sobre a saúde de binômio mãe e filho.

HISTÓRICO

Nos primórdios da história da cultura humana, os partos eram realizados em casa, e os


recém-nascidos (RN) eram mantidos junto às suas mães imediatamente após o
nascimento. Com a criação dos hospitais -maternidades, esta rotina foi passada para
normas gerais de procedimentos de assistência e obedecida até o final do século XIX.
Por exemplo, o Hospital Jonhs Hopkins foi construído sem enfermaria especial para RN
e nele a rotina de alojamento conjunto existiu até 1890. No New York Hospital foi
utilizado até 1898, aonde as crianças permaneciam em berços suspensos aos pés do leito
das mães.
No início do século XX, os hospitais-maternidades passaram a ser dotados de
enfermarias próprias para RN, chamadas de berçários. Essa nova proposta, baseada em
normas rígidas de isolamento, foi facilmente difundida e aceita por causa das altas taxas
de mortalidade infantil devido às epidemias de diarréias, doenças respiratórias, outras
patologias infecciosas e pelas incidências de sespis maternas, freqüentemente
causadoras de enfermidades nos RN.
Os resultados obtidos pelas enfermarias para crianças prematuras de Pierre Budin, um
obstetra francês, e o sucesso alcançado por Martin Cooney, após a Exposição de Berlim
de 1896, que percorreu o mundo mostrando a sobrevida de RN pequenos tratados dentro
de incubadoras, ajudaram nesta mudança de atitude. Outra possibilidade foi que,
gravemente enfermas, as mulheres eram hospitalizadas para cuidados obstétricos e,
deste modo, impossibilitadas de cuidar dos filhos, sendo necessária a criação de locais
especiais para o RN. Ficaram assim instituídos os berçários, enfermarias com grande
números de RN manuseados exclusivamente pela equipe hospitalar.
Somente em 1983, a resolução n0 18/INAMPS dirigida aos hospitais públicos e
conveniados estabeleceu normas e tornou obrigatória a permanência do filho ao lado da
mãe, 24h por dia, através do Sistema de Alojamento Conjunto.
Em 1985, foi publicada o programa de reorientação da assistência obstétrica e pediátrica
com as normas básicas do Sistema de Alojamento Conjunto. Estas normas deveriam
passar a ser observadas nas unidades médicas assistenciais próprias, contratadas e
conveniadas do INAMPS.
No início dos anos 90, com o objetivo de conhecer a situação dos alojamentos conjuntos
no Brasil, Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN), com apoio da
UNICEF, realizou pesquisa cujos resultados apontaram que 47% das 667 unidades
pesquisadas desconhecia a Resolução INAMPS 18/83.
Considerou-se fundamental a permanência do bebê junto à mãe e as orientações por
parte da equipe de saúde através das ações educativas, permitido que as questões de
espaço físico e treinamento de recursos humanos fossem adequados à realidade local de
cada serviço de saúde.

OBJETIVOS DO ALOJAMENTO CONJUNTO

Aumentar os índices de Aleitamento Materno;


Estabelecer vínculo afetivo entre mãe e filho;
Permitir aprendizado materno sobre como cuidar do RN;
Reduzir o índice de infecção hospitalar cruzada;
Estimular a participação do pai no cuidado com o RN;
Possibilitar o acompanhamento da Amamentação, sem rigidez de horário, visando
esclarecer às dúvidas da mãe e incentiva-lá nos momentos de insegurança;
Orientar e incentivar a mãe (ou pais) na observação de seu filho, visando esclarecer
dúvidas;
Reduzir a ansiedade da mãe (ou pais) frente às experiências vivenciadas ;
Favorecer troca de experiências entre as mães;
Melhorar a utilização das unidades de cuidados especiais para RN;
Aumentar o n0 de crianças acompanhadas por serviço de saúde.
LOCALIZAÇÃO

Dentro da maternidade, de preferência próximo à área de puerpério. Pode ser feita em


enfermaria ou em quartos.

RECURSOS HUMANOS

A equipe multiprofissional mínima de recursos humanos que vai prestar cuidados ao


binômio mãe-filho, de rotina e de plantão, respeitando o nível de complexidade, deve
ser composta de:
Médicos pediatras e obstetras, um para cada 20 binômios;
Enfermeiro, um para cada 30 binômios;
Técnico e auxiliar de enfermagem, um para cada 8 binômios, com treinamento prévio e
contínuo para atualização;
Assistente social;
Psicólogo;
Nutricionista, entre outros.
POPULAÇÃO A SER ATENDIDA
MÃE
Com ausência de patologia que contra-indique ou impossibilite o contato com RN e, se
possível, que tenham sido orientadas sobre o alojamento conjunto durante o pré-natal.

RECÉM-NASCIDO
- RN a termo, apropriados para Idade Gestacional e sem patologia, com boa vitalidade,
boa sucção, adequado controle térmico, sem risco de infecção (situações de risco de
infecção: mãe febril, recebendo antibiótico, bolsa rota há mais de 24 horas, RN nascido
fora do centro obstétrico).
- Peso de nascimento superior a 2.500g menos de 4.000g.
- Boletim de Apgar igual ou superior a 7 no primeiro minuto. de vida.
- Em caso de cesariana, o RN será de levado para a mãe entre 2 e 6 horas após o parto,
respeitando-se as condições maternas.

EXCLUSÃO DO RN
-Apgar abaixo de 7 no primeiro e no quinto minuto.
-RN com peso acima do percentil 90 ou abaixo do percentil 10 para a idade gestacional.
-Malformação que impeçam a amamentação.
-Alto risco de infecção.
-RN de mãe diabética.
-Icterícia precoces.
-Patologias diagnosticadas ao exame imediato..

ALIMENTAÇÃO DO RN
-Seio materno em livre demanda.
-Não oferecer bicos ou chupetas.
-Mamadeira de leite ou outras alimentação, só sob prescrição médica.
-Proibida amamentação cruzada. .
FLUXOGRAMA
O RN será conduzido da sala de reanimação para o berçário onde receberá cuidados
rotineiros de higiene.
Colocados em berço aquecido no Berçário de Observação, aí ficará por cerca de seis
horas (esse período pode ser estendido para 12 horas para nascidos por fórceps e a 24
horas para os cesariados).
Após esse período, o pediatra avalia as condições clínicas do RN (primeiro exame e
determinação da idade gestacional) e autoriza a sua ida para o Alojamento Conjunto.
O RN será transportado pelo pessoal de enfermagem até o berço colocado do lado da
mãe, após prévia comunicação sobre a vinda do RN e avaliação da capacidade da mãe
de recebê-lo.
A duração do Alojamento Conjunto deverá ser, no mínimo, de 60 horas completas. E
quando a mãe demonstrar que pode prestar todos os cuidados ao RN.
A interrupção do Alojamento Conjunto poderá ser feita por determinação médica por
motivos maternos ou do RN, sendo este reencaminhado ao berçário, com possibilidade
de retorno, sendo a mãe esclarecida sobre o motivo da transferência.

ATENDIMENTO DA MÃE E DO RN NO ALOJAMENTO CONJUNTO


O atendimento ao binômio no Alojamento Conjunto constitui-se na operacionalização
da função educativa do Sistema. Esse atendimento acontece de forma contínua durante a
internação e se dá de forma individualizada e em grupo.

ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM PRESTADO DE FORMA INDIVIDUAL


Aqui descreveremos algumas ações que o enfermeira pode realizar nesta unidade, mas
essas ações realizadas pelo enfermeira podem sofrer influência do serviço, do próprio
profissional, e da clientela.

AÇÕES DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO INDIVIDUAL


-Receber a mãe no Alojamento Conjunto após sua alta no Centro Obstétrico.
-Avaliar suas condições físicas e emocionais.
-Fornecer a mãe informações precisas sobre as condições de seu filho no momento de
sua admissão no Alojamento Conjunto.
-Retornar com a mãe os dados já existentes em seu prontuário de modo a esclarecê-los
ou ampliá-los, quando necessário, e demonstrar-lhe que sua chegada já estava sendo
preparada com interesse pelo profissional.
-Colher dados pertinentes aos objetivos do Alojamento Conjunto, os quais propiciam
ações mais específicas à realidade da pessoa.
-Esclarecer sobre as rotinas gerais da unidade, de modo a situá-la melhor no ambiente.
-Esclarecer sobre os cuidados específicos, com dietas, higiene, medicação,
deambulação, etc., pontuando sempre estas orientações com os hábitos da mãe de modo
a intregá-la em suas experiências anteriores e expectativas.
-Esclarecer sobre objetivos gerais do Alojamento Conjunto.
-Avaliar, respeitando a opinião da mãe, a oportunidade de instalação do Alojamento
Conjunto.
-Trazer o RN para junto da mãe.
-Propiciar condições para que na mãe possa reconhecer seu filho, mostrando-se
disponível para auxiliá-la na amamentação ou situações que lhe pareçam difíceis
-Oportunizar que o pai participe nos encontros da enfermeira com a mãe, incentivando-
o a expressar suas opiniões.
-Realizar os os primeiros cuidados com RN e orientar a mãe incentivando-a a cuidar do
filho, estendendo este estímulo à participação do pai sempre que este tiver presente.
-Supervisionar os cuidados prestados pela mãe: troca de roupa, medidas de higiene,
cuidados com o coto umbilical, avaliação da temperatura, etc, objetivando orientá-la e
esclarecê-la em suas dúvidas.
-Orientar a mãe sobre os demais cuidados com os filhos: vestuários, eliminações,
avaliação da cor da pele, atividades, sono, profilaxia da dermatite amonical, prováveis
causas de choro, necessidades afetivas, encaminhamentos e avaliações clínicas
periódicas.
-Registrar nos prontuários da mãe e do RN as condições evidenciadas e condutas
tomadas de modo a fornecer as informações necessárias para ações de outros
profissionais da equipe.
-Acompanhar a evolução diária da paciente objetivando reforçar orientações e detectar
precocemente problemas clínicos e emocionais.
-Acompanhar a evolução diária do RN, incentivando a mãe a participar deste
acompanhamento com objetivo de que ela possa sentir-se capaz de conhecer e avaliar
seu filho, reconhecendo assim, também, situações onde necessitará da ajuda do
profissional de saúde para auxiliá-la no atendimento da criança.
-Preparar alta da mãe e do RN, revisando orientações dadas e fornecendo os
encaminhamentos necessários.

AÇÕES DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO EM GRUPO


Esse tipo de atendimento visa a troca de experiências entre as mães e pais, com a
exposição de sentimentos em relação a maternidade e paternidade,e as dificuldades que
estejam enfrentando no cuidado com seus filhos.
Deve ser realizado pela equipe assistencial da Unidade de forma conjunta, de modo à
esclarecer aos participantes do grupo dúvidas sobre assuntos relacionados à sua área de
atuação.
O atendimento ao grupo deve ser feita de forma sistemática, de modo que, mesmo com
um tempo de internação menor, mãe e pai possam participar de um encontro juntos.
Estabelecer um número de assuntos a serem abordados, incluindo: amamentação, com
suas vantagens e possíveis dificuldades, características psicológicas e físicas do
puerpério, atividade sexual no puerpério, anticoncepção, e reforçar as orientações sobre
as características e cuidados com o RN.

BIBLIOGRAFIA
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, "Normas Básicas para Alojamento Conjunto",
Portaria MS/GM no 1.016, 26 de agosto de 1993. DOU no 167 de 1/9/93, seção I, p.
13.066.
CASANOVA, LD; SEGRE,CAM; "Alojamento Conjunto", In: DINIZ, EMA; "Manual
de Neonatologia", São Paulo, Revinter, p.17-19,1993.
SEGRE,CAM; SANTORO JR.,M; "Assistência Hospitalar a Recém Nascido:
Recomendações para Padronização", In: DINIZ,EMA; "Manual de Neonatologia", São
Paulo, Revinter, p. 1-8, 1993.
BRENELLI, MA; "Alojamento Conjunto", In: NEME,B; "Obstetrícia Básica", São
Paulo, Savier, p.176-180, 1994.
CORRADINI, HB; COSTA, MTZ; BARBIERI, DL; BARROS, JCR; RAMOS,JLA;
MARETTI,M; "Cuidados ao Recém-Nascidos em Alojamento Conjunto", In:
MARCONDES,E ; "Pediatria Básica", 8o ed., São Paulo, Savier, p.315-16, 1994
RIGATTI, MF; " Aspectos Gerais da Assistência de Enfermagem em Sistema de
Alojamento Conjunto", In: MUIRA,E e cols.; " Neonatologia: Princípios e Pratica", São
Paulo, Arte Médica, p. 41-43, 1993.
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Exames Laboratoriais no Paciente Grave

Ao analisar um exame laboratorial a beira do leito de um paciente em estado crítico, o


enfermeiro intensivista deve estar concentrado nas correlações clínicas que aquele
resultado traduz. Na interpretação de um exame laboratorial, devem-se levar em conta
alguns conceitos básicos, como:
Valor de referência,
Senibilidade,
Especificidade,
Valor preditivo,
Coeficiente de variação.
Baseado sempre no valor de referência, estabelecido por cada laboratório, pode-se
definir se determinado resultado está ou não alterado, estabelecendo sempre a
correlação do valor com a condição clínica do paciente. Já os índices de sensibilidade
especificidade e valor preditivo ajudam a avaliar o grau de confiabilidade do resultado.
Avaliação Laboratorial CardíacaUtilizado muito em unidades de terapia intensiva, os
marcadores de lesão miocárdica representam um grande avanço nodiagnóstico da
síndrome coronariana aguda, pois apenas 15% desses apresentam alguma alteração
eletrocardiográfica.No diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM) recomenda-se
a dosagem de pelo menos dois marcadores de necrosecardíaca, sendo um que possa ser
detectado precocemente após o início da dor e outro que possa ser detectado mais
tardiamente. Os marcadores cardíacos mais utilizados são:Mioglobina: é o marcador
mais recente. Está presente no sangue de 1h a 3h após o início da injúria
miocárdica.Atinge seu pico máximo entre 6h e 12h e normaliza após 24h. Vale a pena
ressaltar que a mioglobina com valoresalterados isoladamente pode estar relacionada a
várias situações clínicas, como traumas, insufuciência renal etc.Seu valor de referência é
10-92 ng/ml.CK-MB massa: apresenta-se elevada no sangue após 8h do início da
dor.Atinge seu pico em 12h e normaliza após 48h. Seuvalor de referência é < 5
ng/ml.Troponina: marcador cardíaco mais exato na lesão miocárdica. Apresenta-se
elevado no sangue após 4h, permanecendoelevado por 5 a 9 dias. Seu valor de
referência é <0,01 ng/ml.
Avaliação Laboratorial RespiratóriaGasometria: exame muito utilizado para verificação
das condições respiratórias e metabólicas do paciente. É um exame simples, porém de
grande valia na prática clínica. Os valores de referência para a gasometria arterial são:
pH: 7,35- 7,45
pCO2: 35- 45 mmHg
pO2: 85- 100 mmHg
BE: +/- 2 mmol/l
HCO3: 22- 28 mmol/l
co2 total: 23- 29 mmol/l
Saturação de O2: >95%
As alterações nos valores falam a favor de alcalose respiratória ou metabólica ou
acidose respiratória ou metabólica.
Avaliação Laboratorial RenalA primeira avaliaçao da função renal no paciente crítico é
feita por meio da medida da Uréia (U) e da Creatinina (C) no sangue. A elevação da
U/C com uma relação menor ou igual a 20 é sinal de falência renal.Seus valores de
referência são 15-45 mg/dl e 0,6- 1,2 mg/dl respectivamente.O exame de urina 1
compreende na observação e análise física (apecto, cor e desidade), análise química e
análise de sedimentos.Análise Física
Cor: amarelo citrino
Aspecto: límpido
Densidade: 1010 a 1025
pH: 4,8 a 8,0
Análise Química
Nitrito: negativo
Proteínas totais: inferior a 0,12 g/l
Albumina: ausente
Glicose: ausente
Corpos cetônicos: ausentes
Urobilinogênio: inferior a 1,0 mg/dl
Pigmentos biliares: ausentes
Hemoglobina: ausentes.
Análise dos Sedimentos
Leucócitos: inferior a 16 mil/ml
Hemácias: inferior a 14 mil/ml
Células Epiteliais: inferior a 16 mil/ml
Cilindros hialinos: ausentes
Granulosos: ausentes
Cristais: ausentes
Filamento de muco: ausente
Avaliação Laboratorial HepáticaA doença hepática evolui frequentemente sem
sintomatologias, por esta razão, testes laboratoriais para o reconhecimento da injúria
hepática se mostram de grande valia diagnóstica. As causas mais comuns de doença
hepática são: viral, auto-imune, doenças congênitas, desordens metabólicas adquiridas,
alcoolismo e drogas.A elevação da amilase pancreática e da lipase fala a favor de
pancreatite. Seus valores de referência são 25- 115 Ul/l e 114- 286 U/l respectivamente.
Ainda como marcadores hepáticos temos:Aspartano aminotransferase (AST ou TGO)
com um valor normal de 15-37 Ul/l e a Alanina aminotransferase (ALT ou TGP) e está
diretamente relacionado a lesão hepática. Seu valor de referência é 30-65 Ul/l.
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Cuidados Intensivos de Enfermagem com o Doador de Órgãos e Tecidos

Os critérios para o diagnóstico de Morte Encefálica (ME) estão definidos na Resolução


do Conselho Federal de Medicina (CFM), na lei nº 1480/1997, que conceitua Morte
Encefálica como a situação irreversível das atividades encefálicas e de tronco cerebral.
Para isso, o coma aperceptivo com ausência de atividades motoras supra- espinal e
apnéia, como parâmetros clínicos a serem observados para a constatação de morte
encefálica. Os exames complementares precisam demonstrar:
Ausência de atividade elétrica cerebral ouAusência de atividade metabólica cerebral
ouAusência de perfusão sangüínea cerebral.
Na UTI, quando existe a identificação de um potencial doador, há obrigatoriedade de
notificação à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos
(CNCDO) de sua cidade. Cabe ao enfermeiro ou ao médico ter o compromisso ético de
notificar a existência de um potencial doador em sua unidade.Na suspeita de ME, a
equipe mutidisciplinar após algumas discussões, entra em um contato com a CNCDO
para que haja a abordagem com a família e para a autorização dos exames
complementares que diagnosticarão a ME e autorização da retirada dos órgãos e tecidos.
Após a concordância dos familiares com a doação, os termos de doação e de orientação
do processo de doação e transporte devem ser assinados. Uma cópia do termo de
autorização de doação é entregue para a família.Com base no Termo de Declaração de
Morte Encefálica (Res. CFM nº1480/97) o médico intensivista realiza as etapas do
exame para o diagnóstico de ME obedecendo o tempo de intervalo entre um exame e
outro (crianças acima de 6 anos, intervalo de 6 horas). Os exames de diagnóstico de ME
devem ser realizados por dois médicos, sendo que nenhum deles posa fazer parte da
equipe de transplantes. As etapas do exame neurológico consistem em :
Identificação do coma arreceptivo;Avaliação do padrão pupilar (midríase);Avaliação da
ausência de reflexo córneo- palpebral;.Avaliação da ausência de reflexo
oculocefálicos;Avaliação da ausência de resposta as provas óculo- vestibulares
(calórica);Avaliação da ausência de reflexo de tosse.Após a realização do segundo
exame e se confirmado a ME, inicia-se um processo de manutenção das condições
fisiológicas dos órgãos para que haja a preservação de suas atividades funcionais. O
enfermeiro tem um papel fundamental nessa etapa, pois é ele que mantém o doador
viável para a doação. Os cuidados com o doador de órgãos e tecidos deverá estar
voltado para o contole geral dos seguintes padrões:
Padrão Hemodinâmico: manter PAM: 80-100 mmHg; PAS > 100 mmHg e PVC > 10
cm H2O;Padrão Renal: Hidratar o paciente e manter o fluxo urináiro entre 0,5 a 2
ml/Kg/h;Padrão Ventilatório: Manter a Saturação de O2 > 90%, PaCO2 entre 30-40
mmHg e PaO2/FiO2 > 200, corrigindo alterações que posam surgir;Padrão Metabólico:
Manter o Ácido láctico normal, Sódio plasmático abaixo de 160 mEq/l , Potássio
plasmático entre 4-5 mEq/l Cálcio normal Fósforo normal Glicemia normal;Padrão
Hematológico: manter a Hemoglobina > 10g% (hemotrasfundir se
necessário);Temperatura Corporal: Manter o doador sempre acima de 34º C.

CUIDADOS HEMODINÂMICOSControlar e corrigir a Hipotensão Arterial baseando-


se nos valores de PVC e PA, para isso, temos como Protocolo, o uso de soluções
cristalóide iso- osmóticas e solução de ringer lactato. Lembrar que soluções glicosadas
em excesso pode provocar hiperglicemia e hiponatremia por diluição e infusões de
solução cristalóide de Na podem provocar hipernatremia grave, contra- indicando a
remoção dos órgãos.O uso de drogas vasoativas é aceito, desde que se respeite o ajuste
de dose, ou seja, o uso de Dopamina numa velocidade de infusão entre 2-3 mcg/kg/min
tem ação dopaminérgica, provocando vasodilatação renal e mesentérica, facilitando o
fluxo renal. Em doses maiores, pode ter efeitos deletérios para os órgãos, devido sua
ação betadrenérgica (efeito vasopressor) e alfadrenérgica (vasoconstricção sistêmica).

CUIDADOS VENTILATÓRIOSDeve-se diminuir a hiperventilação, diminuir o FiO2 e


PEEP para que tenhamos a saturação de oxigênio em torno de 98- 100%. Em potenciais
doadores de pulmão, deve-se evitar: FiO2 > 0,5 (50%), PEEP > 5 cmH2O, Pressão
Inspiratória > 30 cmH2O e sobregarga pulmonar de líquidos.OBS: Em pacientes entre
13- 30 anos, é comum os doadores apresentarem EAP pelo súbito aumento de
catecolaminas circulantes.

CUIDADOS COM AS CÓRNEASDeve-se ocluir corretamente os olhos, realizando a


hidratação dos mesmos, com colírios, SF0,9%, soluções lubrificantes. Evitar a formação
de úlcera de córnea.
CUIDADOS HIDROELÉTROLÍTICOSMonitorar e corrigir a hipopotassemia,
hipertpotassemia, hiponatremia, hipernatremia, alterações de cálcio, fósforo e glicemia.

CUIDADOS HEMATOLÓGICOSDistúrbios da coagulação podem ser decorrentes a


perda sanguínea, transfusão de sangue estocado, hipotermia e fibrinólise. Manter
hematócrito acima de 30%. Na presença de distúrbios da coagulação plasma fresco e se
necessário concentrado de plaquetas.

CONTROLE DE TEMPERATURAA ME provoca o desaparecimento dos mecanismos


hipotalâmicos centrais de termorregulação resultando em alteração da temperatura.
Deve-se utilizar o aquecimento passivo para evitar tal complicação. Na presença de
hipotermia, deve-se estar atento para a presença de arritmias cardíacas, vasoconstrição,
alterações de glicose sérica, diminuição da função renal e desvio da curva de
dissociação da hemoglobina, diminuindo a oferta de oxigênio para os tecidos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.Uniform Determination of Death Act, 12 Uniform Laws Annotated (U.L.A.) 589
(West 1993 and West Supp. 1997).CURRENT CONCEPTS N Engl J Med, Vol. 344,
No. 16 April 19, 2001·www.nejm.org · 12212. Wijdicks EF. Determining brain death in
adults. Neurology 1995;45:1003-11.3. Ashwal S, Schneider S. Brain death in children.
Pediatr Neurol 1987;3:5-11, 69-77.4. Brock DW. The role of the public in public policy
on the definition ofdeath. In: Youngner SJ, Arnold RM, Schapiro R, eds. The definition
of death: contemporary controversies. Baltimore: Johns Hopkins University Press,
1999:293-307.5. Mollaret P, Goulon M. Le coma dépassé (mémoire préliminaire). Rev
Neurol (Paris) 1959;101:3-5.6. A definition of irreversible coma: report of the Ad Hoc
Committee of the Harvard Medical School to Examine the Definition of Brain Death.
JAMA 1968;205:337-40.7. Mohandas A, Chou SN. Brain death: a clinical and
pathological study.J Neurosurg 1971;35:211-8.8. Diagnosis of brain death: statement
issued by the honorary secretary of the Conference of Medical Royal Colleges and their
Faculties in the United Kingdom on 11 October 1976. BMJ 1976;2:1187-8.9.
President’s Commission for the Study of Ethical Problems in Medicine and Biomedical
and Behavioral Research. Defining death: a report on the medical, legal and ethical
issues in the determination of death. Washington, D.C.: Government Printing Office,
1981.10. The Quality Standards Subcommittee of the American Academy of
Neurology. Practice parameters for determining brain death in adults (summary
statement). Neurology 1995;45:1012-4.
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Efeito da Posição Prona em Pacientes com Síndrome da Angústia Respiratória no
Adulto

A posição prona auxilia na melhora da troca gasosa em aproximadamente dois terços


dos pacientes com SDRA. O mecanismo que causa este aumento do conteúdo de
oxigênio no sangue arterial tem sido motivo de numerosos estudos em modelos animais
com doença pulmonar induzida. Nestes modelos, como também em muitos pacientes
com SDRA, as unidades de pulmão pouco e/ou não-aeradas apresentam principal
localização nas posições pulmonares dependentes.O efeito fisiológico mais importante
da posição prona é a melhora da oxigenação, que ocorre em cerca de 70% a 80% dos
pacientes com Síndrome da Angústia Respiratória no Adulto (SARA).Essa melhora da
oxigenação pode ser atribuída a vários mecanismos que podem ocorrer isolados ou
associados. Dentre eles,estão:
a diminuição dos fatores que contribuem para o colabamentoalveolar;
a redistribuição da ventilação alveolar, e
a redistribuição da perfusão.
Diminuição dos efeitos de compressão que favorecem o colabamento alveolar
(atelectasia).Qualquer que seja o posicionamento de um indivíduo, a expansão alveolar
é sempre dependente da pressão transpulmonar, que é a diferença entre a pressão
alveolar e a pressão pleural. Independentemente de o pulmão apresentar ou não lesão, a
pressão pleural é sempre maior nas regiões dependentes do pulmão (menos negativa),
de modo que a expansão alveolar é menor nesta região.Entretanto, na presença de
edema pulmonar, a pressão pleural torna-se ainda mais positiva na porção dependente, o
que agrava a diferença de pressões transpulmonares entre as regiões dependentes e não
dependentes. Já em posição prona,a distribuição da pressão transpulmonar torna-se mais
homogênea quando comparada à posição supina, pois a variação da pressão pleural
entre a região dependente e a não dependente é menos acentuada.O motivo pelo qual o
gradiente de pressão transpulmonar se comporta desta forma nas diferentes regiões
pulmonares não está plenamente esclarecido, mas pode ser atribuído a diversos
fatores:Peso pulmonarComo o processo patológico da doença é uniforme em todo o
pulmão, o edema pulmonar faz o peso pulmonar aumentar, o que, somado à ação da
gravidade, faz com que as regiões dependentes sofram colapso. Desta maneira, em
posição supina, a região dorsal é a mais colapsada.Ao se pronar o doente, a região
dorsal não sofre mais ação do peso pulmonar, de modo que se torna mais
expandida.Massa cardíacaEm indivíduos normais, o peso do coração sobre regiões
dependentes do pulmão diminui o gradiente de pressão transpulmonar, exercendo
grande influência na aeração destas regiões, o que facilita o seu colabamento. Nos
pacientes com SARA, este efeito pode ser ainda mais acentuado, devido ao aumento da
câmaracardíaca direita secundária à hipertensão pulmonar decorrente da vasoconstrição
hipóxica, liberação de substâncias vasoconstritoras e remodelamento da circulação
pulmonar. Estudos tomográficos em posições prona e supina compararam as áreas
pulmonares que estavam sob compressão cardíaca e mostraram que ao contrário da
posição supina,que tinha considerável fração de ambos pulmões sob peso cardíaco, na
posição prona apenas uma pequena fração de ambos pulmões estava sob este
efeito.Alteração da mobilidade diafragmática e desvio cefálico do conteúdo
abdominalEm humanos, o movimento do diafragma na posição supina é uniforme
enquanto que na posição prona ocorre maior movimentação da região dorsal.Este fato
ocorre porque, provavelmente, a compressão do diafragma pelos órgãos abdominais se
torna menor. A sedação e a paralisia dos pacientes ventilados mecanicamente deprimem
o tônus muscular diafragmático, fazendo com que o conteúdo abdominal induza a um
desvio cefálico das regiões mais posteriores do diafragma em posição supina, o que
contribui para o colapso destas regiões.Em posição prona, o peso do conteúdo
abdominal fica repousado sobre a superfície do leito, diminuindo o desvio do
diafragma.Configuração da caixa torácicaA configuração da caixa torácica pode
influenciar a pressão transpulmonar das diferentes regiões pulmonares. Na posição
supina seu formato é triangular (ápice em cima), o que permite a formação de
atelectasias mais extensas na região dorsal. Na posição prona ela assume uma forma
mais retangular, de modo que a formação de atelectasias se torna menor.Para concluir,
na posição supina a expansão pulmonar é menor nas porções dependentes, devido ao
peso do pulmão e da massa cardíaca, à movimentação diafragmática e ao formato da
caixa torácica. Estes fatores na posição prona são todos amenizados,o que permite uma
melhor aeração destas regiões. Essa situação foi mostrada claramente pelos estudos de
Gattinoni et al. em 1991, que compararam a tomografia computadorizada de tórax nas
posições prona e supina.
IndicaçõesApesar de os efeitos benéficos da posição prona terem sido mostrados em
várias patologias pulmonares,a mais estudada e a principal indicação é a SARA. A
utilização da posição prona pode ter diferentes objetivos. Caso o efeito desejado seja a
melhora da oxigenação arterial, ela deve ser utilizada somente nas situações de
necessidade de altas frações inspiradas de oxigênio, para conseguir a oxigenação
adequada. Entretanto, caso o objetivo principal seja o de diminuir a lesão pulmonar
induzida pela ventilação mecânica, a posição prona deve ser utilizada o mais rápido
possível, imediatamente após o diagnóstico da SDRA/lesão pulmonar aguda e também
se deve utilizá-la o maior tempo possível. Questiona-se se há realmente a necessidade
de voltar o paciente para a posição supina, visto que a lesão pulmonar causada pelo
ventilador pode se iniciar com poucos minutos de ventilação mecânica não protetora.
Contra-indicaçõesA posição prona é contra-indicada em casos de queimadura ou
ferimentos na face ou região ventral do corpo, instabilidade da coluna vertebral,
hipertensão intracraniana, arritmias graves ou hipotensão severa e, apesar da não contra-
indicação, deve-se avaliar quanto à presença de cateteres de diálise e drenos torácicos.
ProcedimentoSão necessárias quatro pessoas para o posicionamento do paciente. Uma
deverá permanecer na cabeceira do leito e será responsável pelo tubo endotraqueal. É
aconselhável que esteja preparada para realizar aspiração da cânula, visto que ocorre
abundante drenagem de secreção após o posicionamento em prona. Uma segunda
pessoa ficará encarregada de cuidar para que cateteres, drenos e conexões não sejam
tracionados. E a terceira e quarta pessoas, posicionadas uma de cada lado do leito, serão
responsáveis por virar o paciente, primeiramente para o decúbito lateral, e em seguida
para a posição prona. Os braços devem ser posicionados ao longo do corpo, com a
cabeça voltada para um dos lados, e os eletrodos para monitorização cardíaca fixados no
dorso. Não é necessário que se faça suspensão abdominal, já que este procedimento não
traz nenhuma vantagem sobre a resposta positiva da posição.A oxigenação pode cair
durante o procedimento de virar da posição prona para a supina. Este dado não deve ser
visto como falha, pois rapidamente ela deverá melhorar. Somente após 30 minutos sem
melhora na oxigenação podemos considerar como potencial falha do processo e ficar
atentos, aguardando uma possível resposta, por até duas horas. É importante salientar
que pacientes que tiveram falha prévia podem responder em uma segunda tentativa.
CuidadosPara minimizar algumas complicações, é importante, antes do procedimento,
verificar se o tubo endotraqueal está posicionado 2 cm acima da carina e fixado de
forma segura;parar a alimentação enteral e constatar a presença de resíduos
alimentares;assegurar-se de que todos os acessos e cateteres estão
desconectados;durante o posicionamento em prona, mudar a posição da cabeça a cada
duas a quatro horas.
ComplicaçõesComo relatado no trabalho de Gattinoni et al.,a incidência de
complicações graves na posição prona, como extubação acidental, hipotensão severa e
arritmias, são baixas, talvez devido ao trabalho dos enfermeiros e fisioterapeutas nos
cuidados com o manejo dos pacientes nesta posição.No entanto, outras complicações
menos graves são mais comuns. O edema facial é a mais comum das
complicações,ocorrendo em praticamente 100% dos pacientes que permanecem poucas
horas na posição prona. No entanto, os trabalhos que reportaram esta complicação
observaram regressão total do edema algumas horas depois de retornar o doente para a
posição supina. Existem ainda grupos que conseguiram reduzir o edema de face
posicionando o paciente em Trendelemburg reverso (10°), sem que resultasse em severa
hipotensão. Ulcerações cutâneas também ocorrem, freqüentemente envolvendo o
queixo, orelhas, região anterior do tórax, cristas ilíacas e joelhos. A sua gravidade
possui correlação direta com o tempo e a idade dos pacientes, mas na maior parte das
vezes não requerem tratamento tópico específico. Em alguns casos, é observada
dificuldade com alimentação enteral, devido a vômitos ou aumento de resíduo gástrico.
Este problema pode ser contornado reduzindo-se o volume de dieta administrada e com
a utilização do Trendelemburg reverso, que novamente pode ser benéfico, neste caso
reduzindoo refluxo esofágico. A obstrução de vias aéreas pode ocorrer devido ao
acúmulo de secreções, mas pode ser evitada realizando-se aspirações do tubo
endotraqueal com maior freqüência. Outras complicações, como deslocamento de
cateter venoso central e barotrauma devido a intubação traqueal seletiva, são raras.
Apenas um único relato de ulceração infecciosa de córnea foi descrito na
literatura.Outro ponto desfavorável é que, em posição prona, a necessidade de sedação é
maior, e este fato é preocupante, pois pode aumentar a ocorrência de paresias
neuromusculares, que aparecem freqüentemente em pacientes graves internados nas
unidades de terapia intensiva.

Referências Bibliográficas
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position as a risk fator for nosocomial pneumonia in mechanically ventilated patients: a
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Complicações da terapia IV

A terapia intravenosa é peremptória na maioria dos doentes institucionalizados e assume


particular interesse para a classe de enfermagem, dado ser responsável pela sua escolha,
manutenção e vigilância para prevenção das possíveis complicações associadas. Existe
uma lista extensa de problemas associados à infusão venosa periférica, sendo as mais
comuns o aparecimento de flebite, o rompimento de vasos, o extravasamento e a
infiltração. Neste post, o Visão ENFernal pretende discutir os dois últimos, ficando o
tema da flebite para abordar posteriormente.

São facilmente confundíveis e vulgarmente utilizados na gíria clínica como situações


semelhantes, contudo tratam-se de conceitos bastante diferentes. Ambos referem a
situações em que a solução não está a ser infundida para o espaço intravenoso,
ocorrendo a sua passagem acidental para os tecidos adjacentes, possibilitando o
aparecimento de danos. Se se tratar de uma solução não-vesicante, sem danos
associados aos tecidos, chamamos a essa situação uma Infiltração. Embora comum,
regra geral não provoca danos sérios ao portador de CVP quando em quantidades
mínimas, sendo a solução reabsorvida com o tempo. Grandes infiltrações podem
provocar lesões nervosas e síndrome de compartimento.
No caso da solução ser um vesicante, dentro dos quais salientam-se os quimioterápicos
(vincristina, vinblastina…), bicarbonato de sódio, dopamina, esmolol e cloreto de
potássio, poderá ocorrer lesões que vão desde a dor no local, a formação de vesículas,
descamação do tecido e necrose tecidular extensa, o denominado Extravasamento.
O grau de lesão vai depender do agente químico, da sua concentração e quantidade, do
local no corpo e do intervalo de tempo entre o reconhecimento do acidente e do
momento em que aconteceu efectivamente. Concluindo, o extravasamento trata-se de
uma situação bem mais grave do que a infiltração, apesar de ambas requererem especial
atenção pelos Enfermeiros.

Para prevenção da infiltração é fundamental a optimização dos CVP e, segundo artigo


publicado pela nurse.com, existe 2 tipos de mitos a serem banidos da prática de
enfermagem:
1. Para a infusão de um vesicante não é fundamental um novo acesso periférico.
Segundo o mesmo artigo, um novo acesso periférico não garante melhor segurança do
que um anterior, desde que correctamente optimizado.
2. O retorno de sangue num CVP não é um critério seguro para confirmação do seu
posicionamento, pelo que as guidelines apostam no flush da via com solução salina a
0,9% com pelo menos 20-30ml, observando no local a formação de tumefacção.
A prevenção é o método de eleição aceite pelos autores da bibliografia pesquisada,
alertando para a monitorização apertada dos sinais de extravasamento, havendo quem
preconize a avaliação das infusões de 15 a 30 em 30 minutos. Em caso de
extravasamento, cada laboratório apresenta recomendações para manuseamento do
químico em causa, contudo o enfermeiro deverá actuar perante as politicas hospitalares
e recorrer aos serviços farmacêuticos para recolher apoio. A actuação varia de acordo
com a situação, e poderá ser necessário:
Vigiar o local de extravasamento;
Aplicar frio ou calor, atendendo ao tipo de medicamento;
Aplicar antídotos, como é o caso do "dimetilsulfoxide" tópico, "dexrazoxane"
intravenoso, tiossulfato de sódio ou o "hialuronidase" por via subcutânea;
Avaliar o grau de dano tecidular para ponderar cirurgia, em casos que o justifique;
Gerir analgesia.
Por estes motivos e por não haver tratamento específico para o extravasamento, a
Infusion Nurse Society recomenda que agentes vesicantes deverão ser administrador via
CVC. Contudo em situações em que tal não ocorra, o Enfermeiro deverá confirmar com
clareza o correcto posicionamento do cateter, dado serem estes os responsáveis directos
pelos acidentes causados pelas queimaduras químicas.
Para terminar, cito uma frase retirada do artigo “Avaliando Condutas na Preservação da
Infusão Venosa no Doente Hospitalizado” publicado pela Profª. Noeli Marchioro Liston
Andrade Ferreira e Enfa. Roseli Perpetua Marassi:

“É competência e responsabilidade do enfermeiro a administração de medicação por via


endovenosa, o que lhe confere autonomia profissional e leva à necessidade de obter
conhecimento técnico-científico sobre os mecanismos de administração de drogas
utilizando esta via; conhecer as vias mais adequadas para obter um bom acesso venoso,
adequado às necessidades da terapia prescrita pelo médico; utilizar fixações corretas
para que haja uma vida mais longa do acesso venoso; identificar alterações locais
decorrentes da infusão venosa e conhecer os efeitos adversos dos extravasamentos para
garantir uma administração segura de medicamentos.”

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