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PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO

EM BIBLIOTECAS ESCOLARES

"O Modelo de Auto-


Avaliação das Bibliotecas
Escolares: metodologias de
operacionalização
(parte I)"
Tarefa 4
Ana Barbosa - Novembro
2010
Introdução

«A avaliação da biblioteca não é algo que possa ser


concebido em abstracto ou sobre o vazio. Avaliar a
biblioteca significa avaliar a sua acção em
determinados aspectos e os resultados obtidos
com esse trabalho, de acordo com os objectivos
previamente definidos, tendo porventura em
consideração o referencial (Indicadores e Factores
críticos de sucesso) à luz dos quais esses objectivos
poderão já ter sido estabelecidos, partindo do
princípio que os orientam uma ideia geral de
melhoria e desenvolvimento de boas práticas».
Carter McNamara

Ana Barbosa - Novembro 2010


“…é importante que cada escola conheça o impacto
que as actividades realizadas pela e com a BE vão
tendo no processo de ensino e na aprendizagem,
bem como o grau de eficiência e de eficácia dos
serviços prestados e da satisfação dos utilizadores
da BE.”
(Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca
Escolar)

Ana Barbosa - Novembro 2010


Porquê avaliar a Biblioteca
Escolar?
O que vamos avaliar?
É ponto assente que a finalidade central do processo
de auto-avaliação da BE visa uma melhoria contínua
do trabalho que aí é desenvolvido, em termos de
processos e de resultados/impactos. A natureza deste
processo de auto-avaliação, é, essencialmente,
qualitativa, baseada em outcomes (impactos), como
sublinha o texto da sessão. Essa qualidade mede-se
pelo impacto que a interacção com a biblioteca
provoca nos utilizadores, globalmente, em termos de
aprendizagem.

Ana Barbosa - Novembro 2010


São clarificadoras as passagens dos textos da
sessão:

“O propósito da auto–avaliação é apoiar


desenvolvimento das bibliotecas escolares e
demonstrar a sua contribuição e impacto no
ensino e aprendizagem, de modo a que ela
responda cada vez mais às necessidades da
escola no atingir da sua missão e objectivos.”
(texto da sessão).

Ana Barbosa - Novembro 2010


Domínio a avaliar:

B. LEITURA E LITERACIA

Indicadores:

B.1 – Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura


(indicador de processo)

B.2– Trabalho articulado da Biblioteca Escolar com


departamentos e docentes e com o exterior, no âmbito da
leitura (indicador de impacto)

Ana Barbosa Novembro


2010
Motivo da escolha
deste Domínio:
A BE tem vindo a desenvolver diversas actividades de promoção da
leitura e tem feito um certo investimento na actualização da
colecção. Assim importa saber o impacto dessas actividades e se
elas contribuíram para aumentar o número de leitores. A leitura
está na base do desenvolvimento de todas as competências que se
pretende que os alunos desenvolvam.

Por outro lado e considerando que se fazem actividades articuladas


com os docentes de Língua Portuguesa e com Actividades de
Enriquecimento, pretende-se saber se existe uma melhoria no
processo de aprendizagem dos alunos.

Ana Barbosa Novembro


2010
Tradicionalmente a leitura era apenas vista como um acto de
alfabetização. Mas, hoje, este conceito tornou-se mais
abrangente, pois vivemos na sociedade da informação e do
conhecimento e é recorrente o uso de literacia, isto é, a
competência leitora deve permitir a utilização plena da
informação. Como refere Josette Jolibert “Ler é ler escritos
autênticos que vão do nome de uma rua escrita num cartaz a
um livro, passando por um anúncio, uma embalagem, um
jornal, um folheto, etc., em situações de vida "a sério", como
dizem as crianças.”

“Os alunos usam a biblioteca para ler de forma recreativa,


para se informar ou para realizar trabalhos escolares.”

“Os alunos desenvolvem trabalhos onde interagem com


equipamentos e ambientes informacionais variados,
manifestando progressos nas suas competências no âmbito
da leitura e das literacias.”

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Segundo Carter McNamara e consultado o guião desta unidade, para delinear

1.Plano de Avaliação
um plano de avaliação devemos ter em consideração:

Os motivos que levam ao implemento dessa avaliação;


A quem interessam os resultados dessa avaliação;
O que se deve avaliar em termos de processo (inputs, actividades, outputs), ou de
impacto (benefits). Pontos fortes e fracos. Falhas e impedimentos;
Fontes de informação (utilizadores, equipa, programas documentais);
Métodos de recolha de evidências (questionários, entrevistas, exame da documentação,
observação directa, etc.);
Calendarização para a recolha da informação;
Recursos para a recolha de informação;
A análise crítica e o tratamento dos dados;
A divulgação dos mesmos;
Acções para a melhoria.

Ana Barbosa Novembro


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Avaliar para quê?

Integração da Auto-Avaliação das Bibliotecas


Escolares na Avaliação Interna das Escolas e
deverá servir de base para a Avaliação Externa.
Assim, resultará conveniente que a Biblioteca Escolar
integre a política geral da escola, o Projecto
Educativo e configure um processo de ligação
permanente com os outros órgãos da escola a fim de,
mais facilmente, conseguir atingir os seus objectivos
de forma integrada e sistemática.

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Desenvolver um processo de regulação no sentido da
criação de dinâmicas de rotina com vista ao apoio
curricular, à melhoria das competências de leitura, ao
desenvolvimento das relações com outras instituições e
a uma gestão competente da Biblioteca Escolar por
parte do professor bibliotecário e da equipa. O objectivo
é a melhoria contínua de procedimentos, de actividades
e de projectos sempre na procura, em última instância,
do sucesso escolar dos nossos alunos.

Ana Barbosa Novembro


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Clarificar adequadamente os objectivos da BE;

Esclarecer os objectivos de aprendizagem dos alunos em relação com a


biblioteca;

Estabelecer os Indicadores adequados para essas aprendizagens;

Recolher as evidências apropriadas (dados de natureza quantitativa e


qualitativa);

Realização de um “processo de recolha, tratamento, análise e comunicação


dos dados”.
Texto da Sessão

Ana Barbosa Novembro


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Tipo de avaliação
Domínio a seleccionar em cada ano segundo o Modelo de
Auto-Avaliação das BE.

Avaliar não só:

os inputs (instalações, equipamentos, colecções);

os processos (actividades e serviços);

os outputs (leitura presencial, requisições, empréstimos, pesquisas);

mas também e principalmente, os outcomes para se conseguir


medir resultados em termos de reais benefícios para os utilizadores e
em termos da principal meta a atingir pelas bibliotecas Escolares e
pelas Escolas o sucesso escolar.

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O que se quer avaliar:

B.1- Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura

Ø A actualização permanente da colecção.


Ø O carácter sistemático de actividades de promoção da leitura.
Ø A existência de actividades para desenvolver a leitura informativa em
articulação com as actividades formativas ou curriculares.
Ø Encontro com escritores, como forma de promoção da leitura.
Ø A Aquisição de obras do PNL.
Ø Sessões de leitura e reconto, poesia que promovam a leitura
Ø Actividades de leitura tendo por objectivo desenvolver a oralidade e a escrita

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B.2- Trabalho articulado da Biblioteca Escolar
com departamentos e docentes e com o
exterior, no âmbito da leitura

Ø A articulação da BE com o Projecto Educativo.


Ø A articulação da BE com o Plano Curricular de
Agrupamento.
Ø A articulação do PNL entre a Biblioteca Escolar e os
docentes de Língua Portuguesa.
Ø O envolvimento da comunidade em actividades de
promoção da leitura.

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Recolha de evidências (responsabilidade:
professor bibliotecário/equipa):

Os recursos materiais serão questionários, as fichas de


inscrição nas várias actividades usadas pelos alunos e
professores, as grelhas de observação…

Estatística da BE
Frequência dos utilizadores
Quantidade de empréstimos em situação de aula ou domiciliários
Actas de reuniões
Questionários
Projecto Educativo
Plano Anual de Actividades
Projecto Curricular de Agrupamento
Relatórios.
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Destinatários

A avaliação da BE será destinada a caracterizar o


seu perfil de desempenho junto da Direcção, do
Conselho Pedagógico, de toda a comunidade
educativa, da Autarquia e dos órgãos de decisão e
coordenação a nível nacional (RBE).

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Calendarização das etapas a
desenvolver 2010/2011

1º Período

Fazer um Diagnóstico da situação; (Setembro/Outubro)


-Escolher o Domínio a avaliar; (Setembro/Outubro)
-Elaboração de um Cronograma;
-Analisar o Domínio e Subdomínios;
-Escolher os métodos de recolha das evidências;
-Escolher o grupo alvo/alunos para aplicação da grelha de observação;
-Elaborar os questionários do domínio a avaliar;
-Criar critérios para a aplicação dos mesmos aos professoras, educadoras
e alunos.
- Preparação da apresentação do Modelo de Auto-avaliação
ao Conselho Pedagógico. (Dezembro)
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2º Período

Aplicar os instrumentos (inquéritos/questionários


aos alunos e Docentes, estatísticas, registo das
actividades) do subdomínio ;

Tratamento dos dados (gráficos) e chegar a


conclusões;

Continuar a recolher evidencias relativas às


actividades de LEITURA
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3º Período

Concluir a recolha de evidências;


Apresentação de resultados;
Analisar onde a BE se posiciona no “Perfil de
Desempenho”;
Preencher o quadro – síntese;
Elaborar o relatório final, de acordo com a RBE:
(pontos fortes/ pontos fracos /plano de melhoria para
ano seguinte);
Divulgação: Direcção /CP/RBE/ Comunidade Educativa.

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A análise crítica e o tratamento dos dados:

Análise dos dados feita com base no seu tratamento estatístico.

Confrontação dos dados obtidos com os factores críticos de sucesso e


com os descritores de desempenho

Cruzamento entre os factores críticos de sucesso e os perfis de


desempenho para determinação de um nível.

Verificação do impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências


dos alunos, tendo como referência os factores críticos de sucesso
(utilização da BE para leitura recreativa, leitura para recolha de
informação, leitura para realização de trabalhos; participação, activa, em
actividades de promoção da leitura, registo dos progressos nas
competências de leitura/avaliação)

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Divulgação dos dados:

Será elaborado um relatório (estruturado pela RBE)


no final do ano onde são apresentadas as
conclusões no último Conselho Pedagógico.

Os dados serão também divulgadas através do


placard de informações da BE, da plataforma
Moodle e do blogue da BE.

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Constrangimentos
O tempo (!)

A sobrecarga de trabalho que a aplicação do modelo


acarreta

Dificuldade em envolver todos os intervenientes, como


por exemplo os DTs para aplicação dos inquéritos aos
alunos e/ou coordenadores de departamento para
responder aos inquéritos que lhes são propostos

Dificuldade em “encontrar” algumas evidencias pois


nem tudo se regista…
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Referências Bibliográficas

Texto da sessão

Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares (2010)

Auto-avaliação das Bibliotecas escolares: instrumentos de


recolha de dados

MacNamara, Carter, Basic Guide to Program Evaluation, in


http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm#anchor158

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