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Comentário a um trabalho – Tarefa 3 da 2ª Sessão

(Comentário ao trabalho de Madalena Cardoso)

Decidi comentar um trabalho de um fórum que eu não escolhi. Além disso,


optei por uma questão que penso ser fundamental e que também me preocupa
– a liderança do professor bibliotecário.
Apreciei o teu texto pela sua simplicidade, clareza e porque me parece
conter os aspectos essenciais. De facto, “melhorar os resultados dos alunos” é
uma das tarefas na qual o papel do professor bibliotecário pode, realmente,
fazer a diferença. Por onde começar? Qual é o caminho? E se não consigo
chegar onde quero? São perguntas que fazem, também, parte do meu dia-a-
dia. Mas como sou optimista prefiro pensar e tentar fazer como sugere o
grande pensador Goethe “ () Comece e, em seguida, o trabalho será
concluído.”
Concordo plenamente quando referes que “a BE já faz muito pelos alunos
e com os alunos. É um espaço sempre disponível para todos partilharem
saberes e experiências ()”. Talvez o que faça falta é que todos (alunos,
docentes, .) tomem consciência efectiva de como a BE contribui para o
sucesso educativo e para o gosto pela aprendizagem ao longo da vida. Para
atingir este objectivo, a prática sistemática da recolha de evidências
significativas, pode ser um recurso eficaz do professor bibliotecário. É
necessário instituir/reforçar esta prática, nem sempre muito valorizada por nós,
que permitirá mais claramente reconhecer qual o caminho a seguir e também
“ilustrar” a prática e o impacto que a BE tem na escola.
Um dos constrangimentos que referes ao envolvimento do corpo docente
é, sem dúvida, a resistência à mudança de práticas e atitudes em relação ao
relacionamento com a BE. De facto, ela ainda é muitas vezes vista e assumida,
até pelos órgãos de administração e gestão, não como “espaços de trabalho e
de construção do conhecimento”, mas como “espaços organizados com
recursos destinados ao acesso da informação e ao lazer”. Esta é outra das
tarefas que cabe ao professor bibliotecário, ser o promotor da mudança, tentar
mudar mentalidades, trabalhando em estreita colaboração com todos os
intervenientes do processo educativo.
Outro dos aspectos que penso ser de extrema importância é o papel do
professor bibliotecário como “líder das novas tecnologias”. Já em 2000,
Scheirer afirmava “The teacher-librarian must be a catalyst for change and be
involved in their changing role by continuing to provide quality resources for
teachers and by becoming a positive role model for using technology. They can
both support and help to train teachers.”
Espero, tal como referes, que o grande investimento que tem sido feito
nos últimos tempos, para o reconhecimento do novo papel da BE, não seja
abandonado, agora que “os dados estão lançados”.
Termino sublinhando que “Ser PB é uma missão que nunca se cumpre,
(). O trabalho quotidiano na BE exige uma avaliação permanente dos
resultados atingidos pelos alunos e, consequentemente, a busca contínua de
uma melhoria.”
Obrigada Madalena pelo teu contributo!

Fátima Pedro
15/11/2010

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