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Rock é um termo abrangente que define o gênero musical popular que se

desenvolveu durante e após a década de 1950. Suas raízes se encontram no


rock and roll e no rockabilly que emergiu e se definiu nos Estados Unidos
da América no final dos anos quarenta e início dos cinqüenta, que evoluiu
do blues, da música country e do rhythm and blues, entre outras influências
musicais que ainda incluem o folk, o jazz e a música clássica. Todas estas
influências combinadas em uma simples estrutura musical baseada no blues
que era "rápida, dançável e pegajosa".[1]

No final dos década de 1960 e início dos anos setenta, o rock desenvolveu
diferentes subgêneros. Quando foi misturado com a folk music ou com o
blues ou com o jazz, nasceram o folk rock, o blues-rock e o jazz-rock
respectivamente. Na década de 1970, o rock incorporou influências de
gêneros como a soul music, o funk e de diversos ritmos de países latino-
americanos. Ainda naquela década, o rock gerou uma série de outros
subgêneros, tais como o soft rock, o glam rock, o heavy metal, o hard rock,
o rock progressivo e o punk rock. Já nos anos oitenta, os subgêneros que
surgiram foram a New Wave, o punk hardcore e rock alternativo. E na
década de 1990, os sub-gêneros criados foram o grunge, o britpop, o indie
rock e o nu metal.

O som do rock muitas vezes gira em torno da guitarra elétrica ou do violão


e utiliza um forte backbeat (contratempo) estabelecido pelo ritmo do baixo
elétrico, da bateria, do teclado, e outros instrumentos como órgão, piano,
ou, desde a década de 1970, sintetizadores digitais. Junto com a guitarra ou
teclado, o saxofone e a gaita (estilo blues) são por vezes utilizados como
instrumentos solo. Em sua "forma pura", o rock "tem três acordes, um forte
e insistente contratempo e uma melodia cativante".[1]

A maioria dos grupos de rock são constituídos por um vocalista, um


guitarrista, um baixista e um baterista, formando um quarteto. Alguns
grupos omitem uma ou mais destas funções e/ou utilizam um vocalista que
toca um instrumento enquanto canta, às vezes formando um trio ou duo;
outros ainda adicionam outros músicos, como um ou dois guitarristas e/ou
tecladista. Mais raramente, os grupos também utilizam saxofonistas ou
trompetistas e até instrumentos como violinos com cordas ou cellos.

Início dos 1950 até 1960

Rock and roll


Chuck Berry

O Rock and roll surgiu nos subúrbios dos Estados Unidos no final da anos
1940 e início da década de 1950 e rapidamente se espalhou para o resto do
mundo. Suas origens imediatas remontam a uma mistura entre vários
gêneros musicais populares da cultura negra naquele momento, incluindo o
rhythm and blues, o country e o western.[2] Em 1951, na cidade de
Cleveland (no Estado do Ohio), o discotecário Alan Freed começou a tocar
rhythm and blues para uma plateia multi-racial e a ele é creditado a
primeira utilização da expressão "rock and roll" para descrever a música.[2]
Há muita discussão sobre qual deveria ser considerada a primeira gravação
rock & roll.

Uma forte candidata é "Rocket 88", de Jackie Brenston e os Delta Cats (na
verdade, Ike Turner e sua banda The Kings of Rhythm), gravada e lançada
pela Sun Records de Sam Philips em 1951.[3][4] Quatro anos depois, em
1955, "Rock Around the Clock" de Bill Haley se tornou a primeira canção
de rock and roll a chegar ao topo da parada de vendas e execuções da
revista Billboard e abriu caminho mundialmente para esta nova onda da
cultura popular. Mas uma edição da revista Rolling Stone de 2004
argumentou que "That's All Right (Mama)", de 1954, o primeiro single de
Elvis Presley (com Scotty Moore na guitarra e Bill Black no baixo) para a
Sun Records em Memphis foi o primeiro registro de rock and roll na
história e a criação do som "rockabilly" característico da Sun Records..[5][6]
[7]
Mas, àquela altura, "Shake, Rattle and Roll" de Big Joe Turner,
posteriormente regravada por Haley, já estava no topo da parada R&B da
Billboard. Outros artistas que lançaram os primeiros sucessos do rock and
roll foram Chuck Berry, Bo Diddley, Fats Domino, Little Richard, Jerry
Lee Lewis e Gene Vincent.[8]

A década de 1950 assistiu ao crescimento da popularidade da guitarra


elétrica e o desenvolvimento de um estilo de rock and roll especificamente
tocado por expoentes tais como Berry, Link Wray e Scotty Moore[9].

Também viu grandes avanços na tecnologia de gravação, como a gravação


multi-faixas desenvolvida por Les Paul e o tratamento eletrônico de sons
por produtores musicais inovadores como Joe Meek. Todos estes avanços
foram fundamentais para a influência do rock posteriormente.

Os efeitos sociais do rock and roll foram massivos e mundiais. Muito além
de um simples estilo musical, o rock and roll influenciou estilos de vida,
moda, atitudes e linguagem. Alguns acreditam que o novo gênero pôde ter
ajudado a causa do movimento dos direitos civis nos EUA, porque tanto
jovens brancos quanto negros apreciavam a nova música. No entanto, até o
início da década de 1960, grande parte do impulso inicial musical e do
radicalismo social do rock and roll tinha se dissipado, com o crescimento
de ídolos teen, uma ênfase nas danças frenéticas e o desenvolvimento de
uma leve música pop adolescente. Nos anos 1960 surgiu o som da Motown.
De 1961 a 1971, havia 110 músicas da gravadora na listas das 10 mais
tocadas, e artistas como Stevie Wonder, Marvin Gaye, The Supremes, The
Four Tops, e The Jackson 5, todos gravaram na Motown. Todos os cinco
artistas da Motown foram introduzidos no Rock and Roll Hall of Fame.

Surf music

O rockabilly influenciou um som selvagem e principalmente instrumental


chamado surf music[10] - apesar da cultura surf se considerar concorrente da
cultura juvenil do rock and roll. Este estilo, que tem como grandes
exemplos Dick Dale e os The Surfaris nos EUA e os Shadows,
caracterizou-se por tempos musicais rápidos, percussão inovadora e sons de
guitarra com reverbs e ecos. Grupos da Costa Oeste norte-americana como
The Beach Boys e Jan and Dean reduziram a velocidade dos tempos
musicais e adicionaram harmonias vocais que criaram aquilo que ficaria
conhecido como o "California Sound"[11].

Era de Ouro (1963-1974)

The Beatles

No Reino Unido, o movimento trad jazz levou muitos artistas do blues a


visitar o país. Enquanto estava desenvolvendo o Concorde, o sucesso
"Rock Island Line", de Lonnie Donegan, em 1955, foi a principal influência
e ajudou a desenvolver uma nova tendência de grupos musicais de skiffle
em todo a Grã-Bretanha, incluindo os Beatles. Foi em solo britânico que se
desenvolveu uma grande cena rock and roll, sem as barreiras raciais que
mantiveram a "gravações de raça" ou rhythm and blues separados nos
Estados Unidos.

Cliff Richard emplacou o primeiro sucesso britânico de rock 'n' roll com
"Move It", que efetivamente inaugurou o rock britânico. No início da
década de 1960, o seu grupo de apoio The Shadows foi um dos vários
grupos a obter sucessos instrumentais. Enquanto o rock 'n' roll caminhava
em direção a um pop leve e a baladas fora de moda, grupos de rock
britânicos, fortemente influenciados por pioneiros do blues-rock como
Alexis Körner, tocavam cada vez mais em clubes e bailes locais e se
distanciavam do rock and roll dos brancos norte-americanos.

Até o final de 1962, a cena do rock britânico tinha ganhado grupos como
Beatles debruçados sobre um vasto leque de influências que incluíam a soul
music, o rhythm and blues e a surf music. Inicialmente, eles
reinterpretaram sucessos-padrão norte-americanos, tocados para dançarinos
de twist, por exemplo. Esses grupos acabaram introduzindo em suas
composições originalidade, som distinto e conceitos musicais cada vez
mais complexos. Em meados de 1962, os Rolling Stones foram um dos
numerosos grupos surgidos e que mostravam uma influência blues cada vez
maior, juntamente com os Animals e os Yardbirds. No fim de 1964, as
bandas The Kinks, The Who, The Doors e The Pretty Things
representavam o novo estilo Mod. Perto do final da década, grupos de rock
britânico começaram a explorar estilos musicais psicodélicos que faziam
referência a subcultura das drogas e experiências alucinógenas.

Rock de Garagem

A Invasão Britânica gerou uma onda de imitadores que tocavam


principalmente para audiências locais e fizeram gravações baratas,que mais
tarde seria chamado de "garage rock" (rock de garagem). Algumas canções
desta tendência foram incluídas na coletânea musical Nuggets. Dentre
algumas das bandas mais conhecidas deste sub-gênero estão The Sonics,
Question Mark & the Mysterians e The Standells.

Movimentos contraculturais

No final da década de 1950, o movimento beatnik foi associado ao


movimento antiguerra surgido contra a nuclearização do planeta,
especialmente o britânico Campaign for Nuclear Disarmament. Ambos
foram associados a cena jazz e ao crescimento do movimento da música
folk.

Folk rock

A cena folk foi feita de amantes da folk music que gostavam de


instrumentos acústicos, de canções tradicionais e de blues com uma
mensagem socialmente progressista. O cantor Woody Guthrie é
considerado o pioneiro deste sub-gênero. Bob Dylan encabeçou o
movimento musical e levou a um grande público canções como "Blowin' in
the Wind" e "Masters of War", chamadas de "canções de protesto".
O grupo The Byrds, que regravou Mr. Tambourine Man, também de Dylan,
auxiliou na difusão da tendência do folk rock e a estimular o
desenvolvimento do rock psicodélico. Dylan emplacou "Like a Rolling
Stone" no topo da parada norte-americana de singles da Billboard. A
inventividade das letras de Neil Young, associadas aos gemido de sua
guitarra, iniciaram uma variação do folk rock.

Dentre outros artistas de destaque do folk rock norte-americano, estão


Simon & Garfunkel, Joan Baez, The Mamas & the Papas, Joni Mitchell,
Bobby Darin e The Band. Na Grã-Bretanha, o grupo Fairport Convention
foi o primeiro a adaptar as técnicas do rock britânico ao folk. Foram
seguidos por bandas como Steeleye Span, Lindisfarne, Pentangle e Trees.
O francês Alan Stivell seguia a mesma abordagem.

Rock psicodélico

A música psicodélica surgiu dentro da cena folk, quando o grupo The Holy
Modal Rounders popularizou o termo em 1964. Com um conhecimento
adquirido que incluía as músicas folk e jug band, grupos como Grateful
Dead e Big Brother & The Holding Company fizeram fama neste sub-
gênero. O auditório The Fillmore, em San Francisco, foi um dos principais
palcos para grupos - originalmente de jug band - como o Country Joe and
the Fish e Jefferson Airplane. Em outra parte, enquanto o grupo The Byrds
emplacava o hit "Eight Miles High", a banda The 13th Floor Elevators
batizava seu disco com o nome "The Psychedelic Sounds of the 13th Floor
Elevators". A música ficava cada vez mais associada à oposição à Guerra
no Vietnã.

Na Inglaterra, o grupo Pink Floyd vinha desenvolvendo desde 1965 o rock


psicodélico dentro da cultura underground local. Em 1966, surgiu a banda
Soft Machine o cantor Donovan emplacou "Sunshine Superman", canção
influenciada pela folk music, que se tornou uma das primeiros gravações
pop psicodélicas. Em agosto daquele ano, os Beatles lançaram Revolver,
álbum caracterizado pela psicodelia nas faixas "Tomorrow Never Knows" e
"Yellow Submarine", assim como a memorável capa do disco. Ao mesmo
tempo, nos EUA, os Beach Boys "respondiam" com o LP Pet Sounds. A
partir de uma bagagem cultural blues rock, o grupo Cream estreou em
dezembro e Jimi Hendrix fazia sucesso em terras britânicas antes de
retornar para o solo norte-americano.

A cena psicodélica verdadeiramente engatou em 1967 com os lançamentos


de LPs como Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, e Their
Satanic Majesties Request, dos Stones, além dos álbuns homônimos de
estréia das bandas The Doors e Jefferson Airplane. Com o Verão do Amor
atingindo seu pico, o Festival Pop de Monterey destacou as performances
de Jefferson Airplane e apresentou Janis Joplin e Jimi Hendrix. O auge
desta tendência de grandes festivais de rock foi o Festival de Woodstock,
em 1969. Bandas da cultura Paisley Underground de Los Angeles também
se destacaram neste cenário pós-final de década.

Rock progressivo

As bandas de rock progressivo foram além das fórmulas estabelecidas


dentro do rock e passaram a experimentar diferentes instrumentos, tipos de
canções e formas musicais. Algumas bandas como Beatles, Eric Burdon &
The Animals,The Doors, Pink Floyd, Moody Blues e Procol Harum
experimentaram novos instrumentos que incluindo seções com
instrumentos de sopro e orquestras. Muitas dessas bandas caminharam das
convencionais canções de três minutos em direção a composições mais
longas, com acordes cada vez mais sofisticados. Inspirados em artistas
daquela época, os "proto-prog", novas bandas surgiram e criavam seu
próprio gênero, inicialmente baseado no Reino Unido, depois do
lançamento do disco de estréia do grupo King Crimson, em 1969, chamado
"In the Court of the Crimson King".

As bandas de rock progressivo tomavam emprestado idéias musicais da


música clássica, do jazz, da música eletrônica e da música experimental.
Suas canções variavam de umas belas e exuberantes melodias para atonais,
dissonantes, e complexas harmonias. Poucos grupos atingiram grande
sucesso comercial, mas muitos formaram uma legião de seguidores, entre
os quais, Pink Floyd, Yes, Marillion, Rush, Jethro Tull, Genesis e alguns
outros grupos menos notáveis que foram capazes de alavancar a
complexidade de suas canções no bojo de sucesso convencionais,
angariando um público maior.

Glam rock

O Glam rock emergiu de dentro das cenas psicodélica e art rock britânicas
no final da década de 1960, capitaneado por artistas como T. Rex, Roxy
Music, Steve Harley and Cockney Rebel e David Bowie, e também
inspirados na performance de artistas como The Cockettes, Lindsay Kemp,
Syd Barrett (vocalista do Pink Floyd, banda a qual David Bowie regravou
"See Emily Play") e Eddie Cochran (de quem o T. Rex's regravou
"Summertime Blues").

Segunda metade da década de 1970 e anos 1980

Hard rock e heavy metal


Uma segunda leva de bandas de rock britânicas e norte-americanas se
tornou popular durante o início da década de 1970. Grupos como, Grand
Funk Railroad, Led Zeppelin, Kiss, AC/DC, Deep Purple, Queen, Alice
Cooper, Judas Priest, Status Quo, Aerosmith, Black Sabbath e Uriah Heep
e da Alemanha Scorpions, intensificaram o modo de tocar, conduzindo suas
guitarras rumo ao hard rock.

Este sub-gênero pereceu em direção a imitação caricatural no final daquela


década. Muitos de seus adeptos lançaram álbuns mais próximos do rock
progressivo ou até da disco music. Poucas bandas - entre elas, Kiss, Black
Sabbath, Queen, AC/DC, Led Zeppelin, Aerosmith, Rush e Scorpions -
mantiveram um número significativo de fãs e ocasionalmente emplacaram
sucessos comerciais.

Apesar da esmagadora maioria da crítica musical ter aversão ao hard rock,


este estilo musical ganhou uma sobrevida, com lançamentos como o álbum
de estréia da banda Van Halen em 1978 e o Tokio Tapes do Scorpions . Os
discos ajudaram a prenunciar uma era de maior comercialização do rock,
estabelecida fora de Los Angeles. Depois que este "lado glam" do metal
entrou em ascensão, bandas como Iron Maiden, Metallica, Slayer,
Megadeth e Anthrax, conduziram o metal a sua cena original, que passou a
ser chamado de heavy metal mas analisando a musicalidade de bandas
anteriores à New Wave, viu-se que o heavy metal já existia, visto que
várias bandas faziam músicas mais pesadas que o hard rock como o Black
Sabbath (tido como criador do rock pesado), o Kiss, o Judas Priest, o
AC/DC e outras bandas que conseguiam compor músicas dos dois estilos,
então hoje se diz que na verdade o heavy metal surgiu no começo dos anos
1970 com o Black Sabbath, que também compunha muitas músicas no
estilo hard rock.

Arena rock

As origens do arena rock podem ser encontradas nos grandes concertos de


bandas como Kiss, The Beatles, The Rolling Stones, Led Zeppelin, The
Who e Black Sabbath que "criaram a base para performances ao vivo em
grandes estádios e arenas ao redor do globo." [12] O estilo em si, porém, foi
criado por artistas como Boston, Styx, Foreigner, Journey, Queen, Kansas,
Peter Frampton e - em sua "era Phil Collins" - Genesis. Estes grupos
continuariam a "lotar os maiores estádios do mundo durante a maior parte
da década de 1970) e mais além" e ajudar a popularizar o arena rock nos
anos oitenta.

Essa popularidade atingiu o ápice na primeira metade da década de 1980,


com bandas como Heart, REO Speedwagon, Cheap Trick, Asia, Bon Jovi,
Kiss, Aerosmith Guns N' Roses e Van Halen, que "ficaram no auge de sua
popularidade, vendendo milhões de discos". Naquele momento, a
popularidade do arena rock somente parecia crescer, mas o sub-gênero
entrou em declínio e perder adeptos para o rock alternativo e o grunge por
muitas razões, entre as quais as "limitações do estilo". Muitos fãs mais
jovens sentiram uma ligação mais pessoal com gêneros como o punk, a
new wave e o indie rock, enquanto fãs mais velhos cansaram-se do arena
rock. Outras causas incluem o "declínio nas vendas de ingressos e álbuns"
e a redução do tamanho dos estádios. No momento que a MTV informou
sobre o estilo: "isso já não é mais relevante."[13]

Punk rock

As letras do punk rock são tipicamente francas e conflituosas em


comparação com outros gêneros musicais populares e freqüentemente
abordam questões sociais e políticas.[14] Canções como "Career
Opportunities", do Clash, e "Right to Work", do Chelsea, lidam com o
desemprego e a dura realidade da vida urbana. Principalmente em seu
início, o punk britânico tinha como objetivo central ultrajar e se chocar com
sistema vigente. Clássicos dos Sex Pistols como "Anarchy in the UK" e
"God Save the Queen" abertamente afrontavam o sistema político e os
costumes sociais britânicos. "O punk foi uma completa revolta cultural.
Foi uma grave confrontação com o lado obscuro da história e da cultura,
com as fantasias da direita, com os tabus sexuais, uma investigação de
maneira minuciosa que nunca havia sido feito antes por qualquer
geração".[15]

Contudo, outros temáticas comuns se manifestaram em representações anti-


sentimentais dos relacionamentos e do sexo, exemplificada em "Love
Comes in Spurts", da banda The Voidoids, ou ainda a anomia que se
manifestou diversas vezes inspirados pelo "Blank Generation" ou na rudeza
dos Ramones, como na letra "Now I Wanna Sniff Some Glue". Outras
vezes, muitas letras de punk rock tratam de assuntos já tradicionais dentro
do rock, como o namoro, decepções amorosas e sair com alguém; a
abordagem variava entre a falta de emoção e a simplicidade agressiva
padrão dos Ramones, como em "I Wanna Be Your Boyfriend" , e um estilo
mais sincero e sem ambigüidades de muitos grupos pop punks que
surgiriam depois. Em 1976, os Ramones e os Sex Pistols realizaram uma
turnê pelo Reino Unido, que inspirou o surgimento da primeira leva de
bandas de punk britânicas, como The Clash, The Damned, The Buzzcocks
e muitas outras através do princípio do "Faça você mesmo". Quando os Sex
Pistols excursionaram para os Estados Unidos América, eles difundiram
sua música para a Costa Oeste - quando antes, o punk era um fenômeno
basicamente da Costa Leste, em especial em New York e Washington DC -
e deram impulso a grupos como Dead Kennedys, X, Fear, The Germs,
Circle Jerks e Black Flag.

A partir da década de 1980, o punk rock evoluiu para muitos sub-gêneros.


O primeiro deles é o movimento underground hardcore punk, nascido na
América do Norte. O novo som era caracterizado inicialmente por tempos
extremamente acelerados, canções curtas, letras baseadas no protesto
político e social, revolta e frustrações individuais, cantadas de forma
agressiva. Os principais expoentes desta vertente punk foram os gruposn
Black Flag, Minor Threat e Bad Brains. Este estilo se fundiu com vários
gêneros e sub-gêneros, alguns dos quais experimentaram sucesso
comercial, como skate punk, hardcore melódico e metalcore.

Desde sua popularidade inicial na década de 1970 e interesse renovado


surgido por uma reflorescimento na década de 1990, o punk rock continua
sua luta para permanecer como uma forma underground de expressão
anticorporativa. Este resultaram no surgimento de outros sub-gêneros, de
menor apelo comercial, como D-beat (de bandas como Discharge), anarco-
punk (de bandas como Crass, grindcore (de bandas como Napalm Death) e
crustcore (de bandas como Doom, Amebix, Nausea e Behind Enemy
Lines). Estes estilos permanecem amplamente desconhecidos para a grande
público em geral e tendem a se concentrar em questões como anarquismo,
freeganismo, direitos animais, sexismo e racismo.

New Wave

O punk rock atraiu devotos dentro de escolas de artes norte-americanas.


Logo surgiram bandas com abordagens mais letradas e artísticas, como os
Talking Heads e o Devo, que começaram a se infiltrar na cena punk. Para
essas bandas, foi criado o termo Pós Punk, e para as outras que flertavam
apenas com o pop, foi denominado o "New Wave". Em alguns círculos, o
termo New Wave começou a ser usado para descrever e diferenciar bandas
abertamente "menos" punk.

Se o punk rock foi um fenômeno social e musical, ele não caminhou em


direção a recorde de vendas (pequenas gravadoras específicas como a Stiff
Records tinham lançado muitos artistas punks até à época). O mesmo se
deu com o número de execuções nas estações de rádio norte-americanas,
que continuou a ser dominada pelo formatos mainstream, tais como a disco
music e vertentes do rock comercial. Executivos das gravadoras, a maioria
deles foi iludido pelo movimento punk como algo vendável, reconheceram
o potencial da New Wave como estilo mais acessivo e começaram a assinar
e comercializar qualquer banda que pudesse reivindicar uma conexão
remota entre punk e New Wave. Muitas dessas bandas, como The Cars e
The Go-Go's eram essencialmente bandas de pop disfarçadas de New Wave
privilégios reais; outras, entre as quais The Police e The Pretenders,
exploraram e deram impulso ao sucesso inicial dentro desse movimento e
colheram frutos de uma carreira longa e artisticamente consagrada.

Entre 1982 e 1985, influenciado por Kraftwerk, David Bowie e Gary


Numan, a New Wave seguiu em direção do New Romantic de artistas
como Duran Duran, A Flock of Seagulls, Culture Club, Talk Talk e
Eurythmics, que às vezes utilizavam o sintetizador para substituir todos os
outros instrumentos. Este período coincidiu com a ascensão da MTV nos
Estados Unidos e levou a uma grande dose de exposição destes artistas do
synth-pop. Algumas bandas de rock reinventaram-se e lucraram muito com
exibições na MTV, por exemplo o Golden Earring, banda que fez muito
sucesso com uma única canção na década de 1970 - "Radar Love" - e
conseguiu emplacar um novo hit na década seguinte - "Twilight Zone".
Apesar da popularização das muitas coletâneas de canções "Greatest of
New Wave" que caracterizaram aquela época, a New Wave refere-se mais a
uma época anterior de "vacas magras", de bandas de rock como The Knack
ou, mais notoriamente, Blondie.

Pós-punk

Paralelamente a New Wave, o pós-punk desenvolvia-se como uma


conseqüência natural do punk rock. De certa forma, o movimento estava
preso ao punk rock. Apesar de alguns virem um intercâmbio com a New
Wave, o pós-punk foi tipicamente mais desafiador e artístico. Misturavam
o experimentalismo das vanguardas artísticas, sons eletrônicos, e letras
amargas e obscuras, com toda aquela atitude e frustração presente no punk
rock. Alguns categorizam o pós-punk como a mistura da sensibilidade
artística e musical do rock progressivo, com a simplicidade e a proposital
falta de técnicas e profissionalismo dos punks. De fato não existe um
padrão exato que caracterize o gênero, devido a liberdade musical que lhes
foi concedido, porém há algumas semelhanças marcantes entre as bandas,
como a bateria seca e militar, e o fato do baixo se tornar um instrumento de
mais destaque, ao contrário da guitarra que é deixada de fundo.

O movimento foi efetivamente iniciado com as estréias das bandas Public


Image Ltd., Psychedelic Furs e Joy Division. Logo se juntariam Siouxsie &
the Banshees, The Fall, Pere Ubu, Suicide, Talking Heads, Gang of Four,
Bauhaus, The Cure, Echo & the Bunnymen e The Smiths.
Predominantemente um fenômeno britânico, o sub-gênero seguiu nos anos
oitenta com uma maior exposição comercial no Reino Unido e no exterior,
mas a banda mais bem sucedida a emergir da era pós-punk foram os
irlandeses do U2, que até o final daquela década se tornariam uma das
maiores bandas no mundo, trocando o pós-punk pelo pop rock.

No Brasil, bandas como Legião Urbana (na música A Dança, por exemplo)
e Titãs (e o álbum Cabeça Dinossauro) começaram suas carreiras muito
influenciados pelo Pós-Punk. Mas com o passar do tempo ambos foram se
convertendo para um estilo de música mais popular.

Glam metal

Na década de 1980, o rock popular se diversificou. Este período também


viu uma Nova Onda do Heavy Metal Britânico ganhar popularidade com
bandas como Iron Maiden e Def Leppard. A primeira metade daquela
década viu Eddie Van Halen realizar inovações musicais com a guitarra,
enquanto os vocalistas David Lee Roth (do Van Halen) e Freddie Mercury
(do Queen, tal como havia feito durante toda a década de 1970) estiveram
na linha de frente dos artistas mais performáticos. Concomitantemente, um
New Wave mais pop permaneceu populares, com artistas como Billy Idol e
The Go-Go's atingindo fama. No coração dos Estados Unidos, o rock
popularizou nomes como Bruce Springsteen, Bob Seger, Donnie Iris, John
Cougar Mellencamp e outros. Com o álbum "Reckless", Bryan Adams
seguia rumo a uma bem-sucedida carreira comercial. Liderados pelo cantor
folk Paul Simon e pelo antiga estrela do rock progressivo Peter Gabriel, o
rock se fundiu com uma variedade de estilos de música popular ao redor do
mundo. Esta fusão ganharia o nome no mundo anglo-saxão de "world
music" e incluiu fusões como rock aborígine. Ainda naquela década,
formas mais extremas do rock evoluíram. No início dos anos oitenta, o som
áspero e agressivo do thrash metal atraiu um grande público underground.
Algumas bandas como Metallica e Megadeth caminharam em direção ao
sucesso comercial.

Um dos sub-gêneros mais populares da década de 1980 foi o glam metal.


Influenciado por vários artistas do hard rock/heavy metal da década
anterior, tais como Aerosmith, Queen, Kiss, Alice Cooper, Sweet e New
York Dolls, a primeira leva de bandas de glam metal que ganharam
notabilidade foram: Mötley Crüe, Skid Row, W.A.S.P., Ratt, Poison, Quiet
Riot, além da mais conhecida delas -mas formada nos anos setenta-, Kiss.
Ficaram conhecidos pelo estilo de vida excessivo, que se refletia no
vestuário, na maquiagem e nos cabelos espalhafatosos. Suas canções
também eram geralmente focadas na tríade sexo, bebidas e drogas.

Em 1987, surgiu uma nova geração de artistas do glam metal, entre os


quais Winger, Bon Jovi, L.A. Guns, Poison e Faster Pussycat. Formado a
partir da fusão de integrantes do L.A. Guns e do Hollywood Rose, os Guns
N' Roses emergiram desta cena glam rumo a um grande sucesso comercial,
embora eles não sejam categorizado como uma típica banda de glam metal
como as demais citadas neste tópico.

Rock alternativo

As primeiras bandas de rock alternativo - R.E.M., The Feelies e Violent


Femmes - combinaram suas influências punks com outras de folk music e
do rock mainstream (comercial). Destas, o R.E.M. foi a de maior êxito
imediato; seu álbum de estréia "Murmur", de 1983, figurou no Top 40 da
Billboard e inspirou uma série de seguidores, as bandas de jangle pop.[16]
Uma das muitas cenas do jangle pop no começo dos anos oitenta foi a
"Paisley Underground", em Los Angeles, que buscava inspiração em
artistas da década de 1960 e incorporar a psicodelia, as ricas harmonias
vocais e a interação da guitarra do folk rock, bem como de bandas que
influenciaram movimentos musicais underground como o Velvet
Underground.[16]

Selos independentes estadunidenses como SST Records, Twin/Tone


Records, Touch & Go Records e Dischord Records ocuparam posição de
destaque na mudança do cenário underground nos EUA dominado pelo
hardcore punk em direção a diversos estilos do rock alternativo que
emergiriam a partir dos anos oitenta.[17] Bandas como Hüsker Dü e The
Replacements, amabas da cidade de Minneapolis, eram indicativos desta
tendência. Estes dois grupos começaram como bandas de punk rock, mas
logo diversificaram os seus sons e se tornaram mais melódicas,[16]
culminando nos respectivos álbuns "Zen Arcade" e "Let It Be" (ambos de
1984). Eles foram aclamados pela crítica e chamaram a atenção para o
florescimento do sub-gênero musical. Naquele mesmo ano, a SST Records
também lançou os primeiros trabalhos dos grupos Minutemen e Meat
Puppets, que misturavam punk com funk e country music, respectivamente.

O R.E.M. e o Hüsker Dü foram modelos para uma grande parte dos artistas
alternativos dos anos oitenta, de forma que conseguiriam aproximar suas
carreiras.[16] Na segunda metade daquela década, a cena alternativa e as
rádios universitárias norte-americanas eranm dominadas pelas chamadas
bandas college rock, como The Pixies, They Might Be Giants, Camper Van
Beethoven, Dinosaur Jr e Throwing Muses - bem como por sobreviventes
do post-punk britânico. Outro estilo ascendente dentro do rock alternativo
foi o noise rock das bandas Sonic Youth, Big Black, Butthole Surfers, entre
outras. No final daquela década, um número crescente de grupos
alternativos assinavam contratos com grandes gravadoras. Enquanto no
início grandes gravadoras que assinaram com o Hüsker Dü e os
Replacements obtiveram pouco sucesso, outros artistas que seguiram o
mesmo caminho e também assinaram com grandes selos, como os casos do
R.E.M. do Jane's Addiction, alcançaram grandes vendagens de discos que
conduziram anos depois em uma ruptura com o alternativo.[18][19] Algumas
bandas como os Pixies tiveram um grande sucesso no exterior, enquanto
eram ignorados em nível local.[16] No início da década de 1990, a indústria
fonográfica was abuzz about possibilidades de comercialização do rock
alternativo e ativamente incitou grupos alternativos como o Dinosaur Jr,
Firehouse e Nirvana.[18]

Década de 1990

 Grunge: não foi um estilo de música, mas sim um nome para o


movimento que trazia diversas bandas sem um estilo definido. A
principal banda desse estilo era o Nirvana, que tinha um som voltado
para o punk. Bandas como Soundgarden e Alice in Chains tinham
um estilo mais inspirado no metal e no hard rock, Pearl Jam puxava
mais para o lado do hard rock, rock clássico e rock alternativo.
Outras bandas como Stone Temple Pilots, Bush e Silverchair
chegaram no mainstream depois da consolidação do movimento
Grunge. Muitas dessas bandas atingiram o 1º lugar nas paradas no
mundo todo e até hoje vê-se influências desse movimento em bandas
como Everclear e Seether.
 Britpop: algumas bandas inglesas, que por possuírem uma estética
similar, embora sem representar um movimento unitário, costumam
ser denominadas britpop. Entram nesta denominação grupos pop
como Blur e Oasis assim como grupos menos comerciais como Pulp,
Suede, The Stone Roses e Supergrass.
 Riot grrrl: a grosso modo, uma versão feminina do grunge, porém
com letras que deixam transparecer o ativismo pela causa feminista.
As suas representantes incluem L7, Bikini Kill, Sleater-Kinney,
Babes in Toyland e Bratmobile.
 Neo-Psicodelismo: as ideais de paz e amor são retomadas, mas sem a
ingenuidade dos anos 1960. Exemplo de bandas: U2 (oriundo do
movimento pós-punk do início da década de 1980), R.E.M.,
Smashing Pumpkins, Cake, entre outros.
 Metal progressivo: aliando o peso do heavy metal à psicodelia do
rock progressivo, algumas bandas deste estilo fazem dos seus
membros referências para os entusiastas do heavy metal e, em alguns
casos, do rock de uma forma geral. O exemplo mais proeminente é o
Dream Theater, cujos integrantes são cultuados por seu talento
(como o guitarrista John Petrucci, o tecladista Jordan Rudess e o
baterista Mike Portnoy). Outros exemplos de bandas neste estilo
incluem, Shadow Gallery, Evergrey, Symphony X, Queensryche e
Vanden Plas.
 Metal alternativo: é uma forma eclética de heavy metal. Algumas
bandas surgidas, com esse estilo, são: Faith No More, Alice In
Chains, Deftones, Tool, Godsmack, Evanescence e System of a
Down .
 Indie rock: bandas de garagem que participam do circuito
"independente", fora do mainstream, como: Radiohead, Pixies,
Dinosaur Jr., The Strokes,The Libertines, White Stripes, Coldplay,
Arctic Monkeys, Travis, Belle & Sebastian e Communiquè (banda de
São Francisco), além de algumas bandas britpop.
 Post rock: estilo de rock oriundo do início dos anos 1990, quando
algumas bandas iniciaram uma ousada proposta de unir elementos do
rock alternativo com o rock progressivo. Slint foi considerada a
banda precursora do estilo, seguido também por Coheed and
Cambria.
 Nu metal: também conhecido como new metal ou nu-metal, é
caracterizado por bandas que misturam outros estilos musicais nas
suas composições, notadamente rap ou música eletrônica. Por causa
disso, é ignorado pelos entusiastas puristas de heavy metal. Bandas
deste estilo incluem Slipknot, Korn, Limp Bizkit, P.O.D., Otep,
Linkin Park e Papa Roach. Alguns atribuem a origem do estilo ao
Faith No More, enquanto outros remetem à sonoridade adoptada pelo
Pantera a partir do seu quinto disco, Cowboys From Hell (91).
 Death metal: tendo suas origens na metade da década de 1980 com
bandas como Mantas (futuro Death) e Celtic Frost ficou conhecido
como estilo musical dentro do heavy metal no final dos anos 1980 e
começo dos anos 1990. O death metal é um estilo musical extremo
que aborda desde satanismo, guerras e até assassinatos, suicídios e
carnificinas. O death metal tem muitas outras vertentes dentro de si,
como thrash death metal, tech death metal, splatter death metal,
death metal melódico, brutal death metal, etc. O som é caracterizado
por riffs pesados e distorcidos e por vocais guturais. Bandas desse
estilo incluem Morbid Angel, Cannibal Corpse, Death, Obituary,
Deicide, Cryptopsy, Nile, Benediction, Krisiun, Dismember,
Entombed, In Flames, Soilwork, e Children of Bodom.
 Black metal: é a vertente mais extrema e obscura dentro do heavy
metal, surgiu no começo dos anos 1980 com bandas como Venom e
Mercyful Fate mas que tinha uma sonoridade bem mais parecida
com o heavy metal tradicional e nada parecido com o black metal de
hoje em dia. O som é caracterizado por letras satânicas, por vocais
rasgados e riffs de guitarra rápidos e pesados. As bandas mais
conhecidas são: Venom, Sarcófago, Burzum, Marduk, Emperor,
Gorgoroth, Hellhammer, Bathory, Immortal, Mayhem, Darkthrone.
 Rock industrial: faz uso de industrial (uma vertente da música
eletrônica) em conjunção com o rock, mas ao contrário do new
metal, praticamente não há elementos sonoros de rap. As músicas
deste gênero também são consideradas experimentais, por adicionar
sonoridades e distorções fora do convencional. Exemplos incluem
Marilyn Manson, Nine Inch Nails, Rammstein, Fear Factory,
Deathstars, Ministry, e Rob Zombie.
 Metalcore: vertente do heavy metal que começou a surgir no final da
década de 1990 e hoje é o estilo mais popular entre os jovens da
atualidade. Mistura elementos do Heavy Metal em uma sonoridade
mais melódica, alternando entre o uso de vocal gutural e limpos
(melódicos). Algumas bandas dessa vertente As I Lay Dying,
Avenged Sevenfold, All That Remains, Bullet For My Valentine,
Caliban e Killswitch Engage
 Visual kei: movimento originado no Japão que combina diversos
estilos como gótico, punk, metal, ska, pop rock, etc, de uma maneira
muito peculiar, apresentado usualmente sob uma imagem carregada e
andrógena dos músicos. Alguns representantes são X
Japan,Nightmare, Luna Sea, Glay, Buck-Tick, L'Arc~en~Ciel,
Malice Mizer e Moi Dix Mois.
 Pop punk: uma mistura de punk rock, pop e o ska de Less Than Jake,
o Pop Punk começou com um cenário independente muito forte, com
diferentes estratégias de divulgação. Alguns representantes desse
estilo: Yellowcard, Green Day, Blink-182, Sum 41 e The Offspring.

Década de 2000

Com o pop dominando as paradas, o rock parecia ter perdido a força. No


entanto uma nova vertente do estilo, mais consciente sobre a relação do
rock e a diversidade da música surgiu, demonstrando toda a vitalidade do
ideal do "rock" que insiste em não morrer. Grupos com influências diversas
se dividiram entre aqueles que eram excessivamente influenciados por
outros estilos de música e aqueles que preferiam manter a crueza dos
fundamentos. Tendo em comum, porém a aceitação da heterogeneidade e a
exaltação da história trilhada pelo rock até então, motivo pelo qual muitas
das bandas surgidas nessa época serem acusadas de apenas "requentar"
fórmulas já expostas por outras bandas.

Uma das bandas que comumente é associada a esse período é The Strokes.
Porém o título de "salvadora do rock" é impreciso uma vez que a banda não
se impôs como um novo paradigma. No entanto, trouxe a tona o hábito, por
parte da mídia e do marketing, de eleger aquele que deveria segurar as
rédeas do meio cultural do rock, o que eventualmente acaba não
acontecendo.

Mas não foram só os Strokes que viraram queridinhos da mídia: The Vines,
The Hives, Yeah Yeah Yeahs, Interpol, Libertines e White Stripes também
foram chamados de "the next big thing", tendo, no entanto, apenas uma
importância módica na cultura pop.

No outro lado da questão, algumas bandas surgiram e se estabeleceram


distante de círculos hypados dos jornais de Londres e das pistas de dança
modernas. Algumas delas são: Queens of the Stone Age e The Mars Volta.

 Indie rock: O indie rock dessa década (que se afastou completamente


da proposta original de rotular bandas auto-produzidas) perdeu toda a
ideia dos anos 1990 e ficou mais conhecido por serem bandas de
rock alternativo se aproximando do pop, os diversos subgêneros
criados com esse estilo são marcadas pelo revivalismo do pós-punk
do anos 1980 só que feito de um jeito mais contemporâneo. Típicas
bandas influenciadoras: Gang of Four, Blondie, Joy Division, The
Cure. Alguns exemplos desse estilo: The Hives, Franz Ferdinand,
Bloc Party, Kaiser Chiefs, 'The Coral, Raconteurs, She Wants
Revenge, Arctic Monkeys etc. O indie rock dos anos 2000, acabou
levando a muitos outros estilos, alguns até hoje não rotulados. A
situação caminhou a tal ponto que é quase impossível saber o que é
e o que não é indie rock.
 Garage rock revival: Altamente confundido com o indie rock. O
garage rock revival é um rock minimalista: poucos acordes,
guitarristas distorcidas, sem "firulas". Seria uma espécie de rock de
garagem só que mais moderno e mais bem elaborado. Diferente do
conhecido garage rock, o garage rock revival dos anos 2000 não
segue as regras do anteriores, dos anos 1960 e 80, ele só é chamado
de "garage rock" por ser um rock cru.
 Dance-punk (ou disco-punk): Pode ser considerado um tipo de indie
rock, pois também tem clara influencia do pós-punk. A mistura de
ritmos e batidas dançantes com o punk e a New Rave, movimento
que começou em Londres e tem como percussores as bandas: Radio
4, LCD Soundsystem, Klaxons, Shitdisco, The Rapture e tem como
maior característica a mistura do punk rock, pós-punk e samples de
Música Eletrônica atuais. Em 2006 fora criado a New Rave, um
movimento de Dance-punk europeu.

O Rock no Brasil
Numa época em que a Bossa Nova predominava, o rock desembarcou no
Brasil no início da década de 1960. Os primeiros sucessos de rock
genuinamente brasileiros foram "Banho de Lua" e "Estúpido Cupido", da
cantora Celly Campelo, no começo daquela década. Ainda nos anos
sessenta, surgiu a Jovem Guarda, primeiro movimento do rock no país e de
sucesso entre boa parte da juventude brasileira. Inspirado nas letras
românticas e no ritmo acelerado padrão nos EUA, o gênero se popularizou
em terras brasileiras através de cantores como Roberto Carlos, Erasmo
Carlos e Wanderléa.

No final da década, o grupo Mutantes misturou o rock à diversidade da


música brasileira. Foram também os primeiros a serem conhecidos no
exterior. Décadas mais tarde, seriam redescobertos e mais cultuados
internacionalmente. Na virada para a década de 1970, surge no cenário rock
brasileiro nomes como Raul Seixas e o grupo Secos e Molhados.

Na década seguinte, o rock brasileiro seguiu um caminho com uma


temática mais urbana e cotidiana. Entre os principais destaques comerciais,
estavam bandas como Legião Urbana que foi um das maiores bandas de
rock dos anos 80 e 90 no Brasil, RPM, Ultraje a Rigor, Ira!, Titãs, Barão
Vermelho, Kid Abelha, Engenheiros do Hawaii, Blitz e Os Paralamas do
Sucesso. Das entranhas da banda brasiliense Legião Urbana, veio a banda
Capital Inicial. Na virada daquela década, a banda brasileira Sepultura -
apesar de não estar ligada ao cenário rock do país - se torna um dos
principais nomes do heavy metal no Brasil e de destaque no mundo. Nos
anos 1990, outros ritmos e estilos ganharam total espaço na mídia nacional,
obscurecendo ótimos grupos que surgiram no país. O mercado está
praticamente fechado para o rock’n’roll, que anda encontrando sérias
dificuldades para continuar existindo na cultura brasileira. Ainda assim,
grupos como Raimundos e Angra , apesar de o primeiro ser punk e o
segundo power metal,ainda estão abrindo espaço para os que ainda devem
surgir. Muitos consideram que o rock está vivendo um marasmo.
Atualmente, as bandas de rock brasileira mais apontadas no mainstream são
Pitty, Charlie Brown Jr , Capital Inicial e Skank . Muitos não consideram,
entretanto, essas bandas como rock. Outros já dizem que quem não merece
o título de rock, na verdade, são bandas comercialmente promissoras, mas
com qualidade musical nula, como NxZero e Fresno. O rock também pode
ser representado na sua essência pela Cachorro Grande, banda gaúcha que
possui no estilo musical e visual elementos do rock setentista. É impossível
ignorar as misturas que o rock brasileiro traz. Uma banda que possui uma
densidade e atitude do rock, mas é considerada oriunda do movimento
cultural, musical e regionalista Mangue Beat é a Nação Zumbi. Devagar e
sempre, o rock continua a desenvolver-se por aqui, chegando até mesmo a
ter representantes do black e death metal brasileiro, que já são conhecidos
no mundo todo.

O Rock em Portugal

O Rock em Angola

Nos anos 90 uma má época em que país vivia a guerra civil que terminou
em 2002, os primeiros sinais do rock em Angola surgiram, porém, não era
um estilo de música tão respeitado como os estilos de música nacionais de
Angola e outros estilos como o hip-hop. As primeiras bandas de rock em
Angola que também foram importantes para o desenvolvimento do mesmo
no país foram bandas como Acromaníacos (punk), os Mutantes, os Anexo,
Quinta-Feira, Ventos do Leste e Neblina (Metal) que entre outras
destacam-se mais. As províncias que mais se destacam no rock em Angola
são Benguela e Luanda, sendo um dos principais locais de divulgação das
bandas em Luanda a discoteca Kings Club, e em Benguela o que mantinha
o rock até 2004, era o bar Caribe, porém já não direccionado a este fim.
Outra forma de divulgação é feita através do programa de rádio Volume 10,
este programa é emitido na 96.5 FM todos os sábados das 18:00 ás 20:00, o
mesmo já existe desde 1995. Os Neblina, angolanos que tinham passado
um tempo na Namíbia, tinham uma ideia mais vasta do rock, em relação as
bandas residentes no país, e talvez isto tenha feito com que tenham sido a
primeira banda angolana a lançar um disco no mercado e dois videoclips
com os nomes de "Filhos da pátria" e "Warheads".

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