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colectânea, datada do século XIV, de textos poéticos compostos por trovadores galego-
portugueses. Foi mandado copiar pelo coleccionador italiano Angelo Colocci, provavelmente na
Cúria, a partir de uma compilação trecentista - de que partiria também a cópia quinhentista
foi parcialmente editado, apenas nas composições que não figuravam simultaneamente no
Cancioneiro da Vaticana, por Ernesto Monaci, de acordo com a edição preparada por Enrico
Molteni (Il Canzoniere portoghese Colocci-Brancuti, publicato nelle parti che completano il
Codice Vaticano 4803, Halle, Niemeyer, 1880). Em 1924 foi comprado aos herdeiros de Monaci
pelo governo português, conservando-se na Biblioteca Nacional (de onde deriva a sua
denominação).
o maior número de composições, cerca de 1560 cantigas, distribuídas pelos três géneros
canónicos: cantigas de amor, cantigas de amigo e cantigas de escárnio e maldizer, sendo para
várias delas documento único, já que não estão registadas no Cancioneiro da Vaticana. Como
a um arco cronológico que vai do fim do século XII até meados do século XIV, ou seja,
contrário dos outros dois cancioneiros, o Cancioneiro da Biblioteca Nacional contém uma "Arte
diferenças e normas que regem as cantigas de amor e cantigas de amigo (cap. IV), as cantigas
de escárnio e maldizer (caps. V e VI), as tenças, cantigas de vilão e cantigas de seguir (caps.
VII, VIII e IX). Finalmente, uma outra circunstância torna este manuscrito original
relativamente aos outros dois cancioneiros, visto que a acção de Angelo Colocci não se
restringe à supervisão do trabalho dos copistas, tentando também impor uma determinada
ordem e selecção ao códice. O coleccionador intervém no próprio texto, que, deste modo,
Referenciar documento
Cancioneiro da Biblioteca Nacional. In Diciopédia 2008 [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2007. ISBN: 978-
972-0-65263-8