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Meu País

Zezé Di Camargo e Luciano


Composição: Zezé di Camargo

Ano de lançamento: 1998

Aqui não falta sol


Aqui não falta chuva
A terra faz brotar qualquer semente
Se a mão de Deus
Protege e molha o nosso chão
Por que será que tá faltando pão ?
Se a natureza nunca reclamou da gente
Do corte do machado, a foice, o fogo ardente

Se nessa terra tudo que se planta dá


Que é que há, meu país ?
O que é que há ?

Tem alguém levando lucro


Tem alguém colhendo o fruto
Sem saber o que é plantar
Tá faltando consciência
Tá sobrando paciência
Tá faltando alguém gritar

Feito um trem desgovernado


Quem trabalha tá ferrado
Nas mãos de quem só engana
Feito mal que não tem cura
Estão levando à loucura
O país que a gente ama

Feito mal que não tem cura


Estão levando à loucura
O Brasil que a gente ama
Analise da música

Nessa musica composta por Zezé di Camargo, ele fala a respeito do planeta
terra, mais precisamente no Brasil. Segundo a música, o planeta nunca nos faltou com
nada e nem reclamou quando nós tirávamos os seus recursos naturais e mesmo com
tantos recursos naturais existe a falta de alimentos no Brasil. Ele levanta um
questionamento sobre o que há de errado e logo após, afirma que alguém está
levantando lucros com toda essa fome e falta de ordem e que precisa ser feito algo,
embora as pessoas não busquem pelos seus direitos. E essas mesmas pessoas, são
“enganadas” com excesso de trabalho por seu empregador. O compositor termina
dizendo que com toda essa enganação e mentiras acabará levando o nosso tão
amado Brasil a loucura.
Contexto histórico do ano em que a música foi realizada.

Eleições gerais no Brasil em 1998

Em 1998 foram realizadas eleições gerais no Brasil simultaneamente com a


disputa presidencial. Foram renovados vinte e sete governos estaduais, um
terço do Senado Federal, a Câmara dos Deputados e os legislativos estaduais.
O primeiro turno ocorreu em 4 de outubro e o segundo em 25 de outubro,
respectivamente primeiro e último domingo do mês conforme previsão
constitucional.

Eleição presidencial brasileira de 1998

A eleição presidencial brasileira de 1998 foi a terceira realizada após a


promulgação da Constituição de 1988. Pouco antes desse pleito foi aprovado
um projeto de emenda constitucional permitindo a reeleição aos ocupantes de
cargos no Poder Executivo. Muito se discutiu sobre a constitucionalidade deste
projeto[1] e foram feitas denúncias de parlamentares que haviam vendido seus
votos pela aprovação da emenda.

Controvérsias a parte, o presidente Fernando Henrique Cardoso, amparado por


uma coligação que incluía os três maiores partidos da época – o Partido da
Social Democracia Brasileira (PSDB), o Partido da Frente Liberal (PFL) e o
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) (que ofereceu seu apoio
informal ao PSDB) – foi reeleito em primeiro turno com cerca de 53% dos votos
válidos. Em segundo lugar ficou Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos
Trabalhadores (PT) com quase 32% dos votos. Ciro Gomes, então membro do
Partido Popular Socialista (PPS), veio em terceiro lugar, com mais de 7 milhões
de votos (quase 11% do total). Esta eleição trouxe o uso das urnas eletrônicas,
que seriam utilizadas em todos os municípios no pleito seguinte.

A disputa pela presidência em 1998 contou com doze candidatos, o maior


número da história do país desde a eleição de 1989, quando mais do que o
dobro de candidaturas foram lançadas. O número de concorrentes poderia
subir para quinze, caso a candidatura do ex-presidente cassado Fernando
Collor de Mello (PRN, PRTB, PST) não fosse revogada pela Justiça Eleitoral e
se Oswaldo Souza Oliveira (PRP) e João Olivar Farias (PAN) não tivessem
desistido. Com a desistência deste último, o PAN decidiu apoiar Ciro Gomes.
Esta eleição também ficou marcada por trazer a segunda mulher candidata ao
cargo máximo da República: Thereza Tinajero Ruiz, do Partido Trabalhista
Nacional (PTN), que substituiu Dorival Masci de Abreu.
Dossiê Cayman

O Dossiê Cayman foi um documento criado com o objetivo de atribuir crimes


supostamente inexistentes a políticos e candidatos do PSDB nas eleições
brasileiras de 1998. O dossiê atribuía a prática de elisão fiscal aos tucanos
Fernando Henrique Cardoso (que se candidatava à reeleição para presidente),
Mário Covas (reeleição para governador de São Paulo), José Serra e Sérgio
Motta.

Esse dossiê continha informações de que esses candidatos tinham milhões de


dólares depositados em paraísos fiscais do Caribe. Investigações posteriores
provaram que esse dossiê continha informações falsas, forjadas por pessoas
interessadas em ganhos com a venda do mesmo a adversários políticos dos
tucanos acusados. Cópias foram espalhadas e vendidas a candidatos da
oposição durante as eleições de 1998. Entre eles, estaria Paulo Maluf (PP), ex-
prefeito de São Paulo (1993-1996). O ex-presidente Fernando Collor de Mello
(1990-1992) é acusado de, junto com seu irmão Leopoldo, de comprar o dossiê
por US$ 2,2 milhão.

O Dossiê também teria sido oferecido a Lula que não se interessou em


comprá-lo.

Apurou-se que montagem do falso dossiê começou quando os empresários


brasileiros residentes em Miami Ney Lemos dos Santos, João Roberto
Barusco, Honor Rodrigues da Silva e sua mulher Cláudia Rivieri compraram
por US$ 3,2 mil a empresa CH, J & T, aberta em 1994 nas Bahamas pelo
advogado americano Robert Allen Junior.

Na papelada, eles colaram uma cópia da assinatura oficial do ex-ministro das


Comunicações Sérgio Motta como sendo um dos seus diretores, junto com o
sócio fictício Ray Terence, e venderam as fotocópias para Leopoldo Collor e a
Luiz Cláudio Ferraz da Silva, amigo da família Collor.Um dos falsificadores,
Honor Rodrigues da Silva, chegou a ser preso no México.

O Ex-Reverendo Caio Fábio D'Araújo Filho, ex-líder evangélico de grande


prestígio na época, foi acusado pela Polícia Federal de ser o principal
intermediador do esquema. Processado por calúnia pelo Presidente Fernando
Henrique Cardoso, o pastor só se viu livre das acusações em 2005, inocentado
pelo depoimento de Eduardo Jorge, ex-secretário de governo de FHC.

Os políticos tucanos não foram prejudicados naquela eleição.


Privatização da Telebrás

A privatização da Telebrás ocorreu por meio de leilão em 29 de julho de 1998


na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, sendo a maior privatização ocorrida no
Brasil, arrecadando R$ 22,058 bilhões pelos 20% das ações em poder do
governo na época.

O modelo utilizado para a privatização foi concebido por Sérgio Motta, que
ocupava o cargo de Ministro das Comunicações, mas faleceu meses antes do
leilão, quando foi substituído por Luiz Carlos Mendonça de Barros.

Antes da privatização, era necessário entrar em uma lista de espera de dois a


cinco anos para adquirir uma linha, pagando antecipadamente quase mil e
duzentos reais. Muitas localidades do Brasil não tinham nem previsão de obter
o serviço. Após o processo, houve investimentos da ordem de 100 bilhões de
reais pelo setor privado, que modernizou e universalizou a posse de uma linha
telefônica fixa ou celular. Porém, houve aumento significativo nas tarifas dos
serviços de telefonia.

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