Você está na página 1de 3

As hemácias, glóbulos vermelhos ou eritrócitos, são as células

mais numerosas no sangue, tem a forma de um disco bicôncavo, com um


excesso de membrana plasmática, em relação ao conteúdo celular.

A hemácia circulante não tem núcleo, seu diâmetro médio é de


aproximadamente 8 microns e a espessura é de 2 microns na periferia e
cerca de 1 micron na porção central.

A quantidade de hemácia no sangue varia com o sexo e idade.


No homem varia de 5.000.000 - 5.500.000 milhões/mm3 e na mulher de
4.500.000 - 5.000.000 milhões/mm3.

Aproximadamente 60% da célula da hemácia é constituída por água, 35%


pela hemoglobina e 05% outros componentes.

A principal função das hemácias é transportar oxigênio dos pulmões para os


tecidos e o dióxido de carbono, dos tecidos para os pulmões.

Os outros componentes do eritrócito são:

 Proteínas do estroma e membrana celular;

 Lipídeos;

 Fosfolipídeos (lecitina, cefalina e esfingomielina);

 Colesterol livre;

 Ésteres de colesterol;

 Gordura neutra;

 Vitaminas funcionado como coenzima;

 glicose para energia;

 Enzimas (colinesterase, fosfatase, anidrase carbônica, peptidadases e


outras relacionadas com a glicólise);

Minerais (eletrólitos) tais como enxofre, fósforo, cloro (principal ânion


intracelular), magnésio, sódio e potássio.

A vida média das hemácias no organismo é de 120 dias.

Ao final desse período suas membranas tornam-se frágeis e ela


são removidas da circulação pelo baço, enquanto a medula óssea formam
novas hemácias. Este processo é contínuo.

A quantidade de hemácias no sistema circulatório é controlada pelo


organismo, de tal forma que um certo número de eritrócitos está sempre
disponível para o transporte de oxigênio. Qualquer condição que diminua a
quantidade de O2 nos tecidos, tende a aumentar a produção de eritrócitos.
O processo de produção de hemácias na medula óssea é chamado
ERITROPOIESE

A produção de hemácias pela medula óssea é estimulada por um hormônio


chamado eritropoetina ou hemo-poietina que é a transformação do fator
eritropoiético quando liberado pela estimulação na presença de hipóxia
renal.

O termo eritropoietina foi criado em 1906, para descrever a existência de


um fator humoral capaz de controlar a produção dos glóbulos vermelhos.

A eritropoietina endógena é uma molécula glicoproteica contendo


165 aminoácidos.

Durante a vida fetal, o fígado parece ser o principal produtor de


eritropoietina; mas, ao final da gestação os rins assumem a sua produção,
que se continua pela vida adulta.

Os níveis de eritropoietina no soro aumentam cerca de duas a seis horas


após o insulto que originou a hipóxia e o pico da produção ocorre entre 12 a
72 horas e a magnitude da elevação depende da intensidade da hipóxia.

Para que ocorra a eritropoiese a medula óssea aproveita restos de hemácias


envelhecidas e destruídas.

O ferro contido na hemoglobina é reaproveitado, na formação


de novas moléculas de Hb.

É necessário a presença de cianocobalamina (vit. B12) e um


fator intrínseco que se combina com essa vitamina.

O ácido fólico também participa do processo de formação das


Hc.

 Ferro:

 Absorção pelo intestino delgado, regulada pela quantidade de


ferro armazenado no organismo e pela produção de hemácias;

 Mulher – necessita repor cerca de 2mg/dia durante a


menstruação;

 Quantidade total de Fe no adulto – 3g, a maioria presente na


hemoglobina e armazenado nos hepatócitos na forma de
ferritina e nas células do SRE;

 Eliminado nas fezes, na bile, no sangue e nas células da


mucosa do intestino.
 Necessários para a síntese do DNA em muitos tecidos

 Possui efeitos na eritropoiese (se falta, as hemácias ficam


anormalmente aumentadas – megaloblastos – e ficam com vida
curta, levando à insuficiência de maturação)

 Ácido fólico – absorvido no intestino delgado proximal,


armazenado em pequena quantidade no organismo.

 Vitamina B12 – encontrada em alimentos de origem animal, necessita


do fator intrínseco par ser absorvida no íleo distal.

 O fator intrínseco é produzido pelo estomago.

 As hemácias velhas perdem a elasticidade e ficam presas nos vasos


sanguíneos, principalmente no baço, sendo removidas do sangue
pelas células do SRE (no fígado e baço)

 As hemácias são destruídas, mas a hemoglobina é reciclada.

 Algumas transformam-se em bilirrubina e outras formam a bile


(atuam no metabolismo dos lipídios);

 o ferro reciclado irá formar novas moléculas de hemoglobina

 O ferro em excesso é excretado nas fezes e na urina e


mensalmente, no fluxo menstrual.

Você também pode gostar