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PREPOSIÇÃO
CONCEITO
Palavra invariável que, colocada entre duas outras, faz com que uma se torne
membro da outra, criando-se um elo de subordinação.
Cadeira de ferro
Vida de cão
Útil a todos
Preciso de ajuda
Na aula sobre sintaxe de regência (Aula 5), já vimos essa relação entre
subordinante (ou antecedente: casa, cadeira, vida, útil, preciso) e
subordinado (ou conseqüente: da mãe Joana, de ferro, de cão, a todos, de
ajuda)
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(ESAF/AFRF/2002.1)
O homem é moderno na medida das senhas de que ele é escravo para ter
acesso à vida. Não é mais o senhor de seu direito constitucional de ir-e-
vir. A senha é a senhora absoluta. Sem senha, você fica sem seu próprio
dinheiro ou até sem a vida. No cofre do hotel, são quatro algarismos; no
seu home bank, seis; mas para trabalhar no computador da empresa,
você tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A porta do meu carro
tem senha; o alarme do seu, também. Cada um de nossos cartões tem
senha. Se for sensato, você percebe que sua memória não pode ser
ocupada com tanta baboseira inútil. Seus neurônios precisam ter
finalidade nobre. Têm que guardar, sim, os bons momentos da vida.
Então, desesperado, você descarrega tudo na sua agenda eletrônica, num
lugar secreto que só senha abre. Agora só falta descobrir em que lugar
secreto você vai guardar a senha do lugar secreto que guarda as senhas.
(Alexandre Garcia, Abre-te sésamo, com adaptações)
c) Respeitam-se as regras de regência da norma culta ao empregar a
preposição de em vez de que na expressão verbal “Têm que” (l.10).
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(ESAF/AFC STN/2002)
Marque o item sublinhado que representa impropriedade vocabular, erro
gramatical ou ortográfico.
Em vista da crescente conscientização sobre a necessidade de preservar o
patrimônio cultural, tem havido muitas discussões sobre a proteção da área do
entorno(A) ou do envoltório(B)do bem imóvel tombado. Há, principalmente,
divergências quanto à sua(C) dimensão adequada ou ideal e ao momento
que(D) passa a ser protegida.(E)
(Baseado em Antônio Silveira R. dos Santos)
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E
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Então, com objeto indireto oracional, a preposição pode ser omitida. Beleza!
Agora, a norma culta prevê que, quando a preposição é exigência de um nome
(adjetivo, substantivo abstrato ou advérbio) e o complemento está sob a forma
oracional, a preposição deve anteceder a conjunção integrante que dá início ao
complemento nominal:
“Tenho a convicção de que estamos no caminho certo.” (“Tenho a convicção
disso.” - alguém tem convicção de alguma coisa)
“Somos favoráveis a que todos sejam nomeados rapidamente” (“Somos
favoráveis a isso.” - alguém é favorável a alguma coisa).
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Celso Luft, em seu Dicionário Prático de Regência Nominal, observa que “é viável
a elipse da preposição antes do que” – Exemplo: “Estou certa que me hás de
compreender.” (Alguém está certo de alguma coisa = Estou certa de que...) .
Algumas bancas já deixaram clara a sua posição. A ESAF, por exemplo, até hoje,
sempre considerou um erro a omissão de preposição antes de uma oração que
complementa um nome (adjetivo, substantivo, advérbio).
Veja uma dessas questões:
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CUIDADO!
Para analisar adequadamente a construção, devemos dispor os termos da
oração na ordem direta.
Lembra-se da pegadinha em que o Bill Gates caiu?
“Para ____ estar aqui é um prazer imenso.”
Como é mesmo que se preenche essa lacuna? Com “eu” ou “mim”?
Devemos perguntar ao verbo quem é o seu sujeito: o que é um prazer imenso?
Resposta: estar aqui.
Então, colocando os termos na ordem direta (SUJEITO – VERBO –
COMPLEMENTO):
“ESTAR AQUI (sujeito) é um prazer para ____ .”
Agora ficou mais fácil, não é? Após preposição, coloca-se um pronome oblíquo,
desde que esse pronome não seja o sujeito de uma forma verbal. Então,
devemos completar com mim. Na ordem original seria “Para mim estar aqui é
um prazer imenso.”. Uma vírgula após mim cairia bem, já que iria mostrar que
esse pronome não é o sujeito do verbo estar, que, aliás, é impessoal (“Para
mim, estar aqui é um prazer.”). Todavia, essa vírgula não é obrigatória (mas
isso é outro assunto...).
Preencha, agora, as lacunas das seguintes orações:
“O amor entre ____ e ____ morreu.” (eu / mim – tu / ti).
Como você completaria?
Vamos começar identificando o sujeito: quem/o que morreu? Resposta: o amor.
Bem, se após preposição, devemos empregar o pronome oblíquo, ficaria “O
amor entre mim e ti morreu.”.
“Entre ____ pedir e ____ fazeres, há grande distância.” (eu / mim – tu / ti).
Como fica agora?
Como o pronome que irá ocupar a primeira lacuna será o sujeito do verbo pedir.
Quem vai pedir? Resposta: eu. Então, só podemos colocar um pronome reto (é
quem exerce as funções de sujeito e de predicativo do sujeito - aula sobre
pronomes). O mesmo acontece com o sujeito do verbo fazer. Assim, a forma é
“Entre eu pedir e tu fazeres, há grande distância.”.
CONJUNÇÃO
DEFINIÇÃO
São vocábulos de função estritamente gramatical, utilizados para o
estabelecimento da relação entre dois termos na mesma oração ou entre duas
orações, que formam um período composto. Assim como a preposição, não tem
significado nem função sintática.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
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CONJUNÇÕES COORDENATIVAS:
A conjunção que relaciona termos ou orações de idêntica função gramatical tem
o nome de COORDENATIVA.
O tempo e a maré não esperam por ninguém.
Ouvi primeiro e falai por derradeiro.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:
Denominam-se SUBORDINATIVAS as conjunções que ligam duas orações, uma
das quais determina ou completa o sentido da outra.
Eram três da tarde quando cheguei. (a oração exerce a função de advérbio de
momento)
Pediram-me que definisse o contexto da tese. (a oração exerce a função de
objeto direto do verbo PEDIR – Pediram-me isso.)
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ADITIVAS
ADVERSATIVAS
ALTERNATIVAS
COORDENADAS
CONCLUSIVAS
EXPLICATIVAS
SUBORDINADAS CAUSAIS
COMPARATIVAS
CONCESSIVAS
ADVERBIAIS CONSECUTIVAS
(iniciam orações
subordinadas CONFORMATIVAS
adverbiais)
FINAIS
PROPORCIONAIS
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TEMPORAIS
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Então virá a fase em que surgirão novos rebeldes sonhadores, para enfrentar o
desafio de estender a revolução dos genes para melhorar a qualidade de vida
dos que morarem na periferia das grandes cidades ou na imensidão dos campos
brasileiros.
A alternativa em que a preposição destacada tem valor semântico de meio é:
(A) “para acabar com as causas dessas epidemias”;
(B) “aplicados em parceria com instituições internacionais”;
(C) “passíveis de controle com inseticidas”;
(D) “mantidos com o esforço e a vigilância das comunidades locais”;
(E) “Haverá milhões de pessoas com Aids”.
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que mais correm e por isso a incidência de acidentes é maior nessa faixa etária.
Desde o início do ano, temos o novo Código de Trânsito Brasileiro que vem
sendo criticado por ser rigoroso demais, e é nesse contexto que se deseja dar a
carteira de motorista aos maiores de 16 anos. Para quê? Não é possível esperar
dois anos para começar a dirigir?
Ser contra esse projeto de lei não é ser contra os jovens. Quando um
adolescente vota, ele pode até estar fazendo uma escolha errada, mas ainda
assim terá aprendido a exercer sua cidadania. Com um voto, porém, ele não vai
morrer nem matar – o que pode acontecer se estiver dirigindo um carro. As
vítimas, suas famílias e as pessoas que causaram acidentes sabem como é
doloroso conviver com isso, principalmente quando um jovem morre ou fica
inválido. Para ser contra a carteira de motorista para maiores de 16 anos, basta
visitar os hospitais das grandes cidades e ver o estrago que a morte de um
adolescente causa. Já temos muitos problemas para resolver em relação ao
trânsito e aos jovens brasileiros. Não precisamos de mais esse.
O item em que o emprego da preposição em destaque está preso a uma
necessidade gramatical e não de sentido é:
(A) “...a sensação DE que se pode tudo”;
(B) “POR todos esses motivos...”;
(C) “DESDE o início do ano...”;
(D) “PARA quê?”;
(E) “Ser CONTRA esse projeto de lei...”.
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13 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001)
Assinale a alternativa correta quanto ao uso de "porque", "porquê", "por que",
"por quê".
A. Não saiu por que chovia.
B. Não sei por que brigamos.
C. Respondi por quê tinha certeza.
D. Porque você não correu?
15 - (ESAF/TRF/2002.1)
Assinale a opção que, ao preencher as lacunas, torna o texto sintaticamente
incorreto.
___________ na execução de programas sociais no Nordeste, ______ no
desenho das relações entre centros de pesquisa e empresas, um dos maiores
problemas sempre foi o de garantir que os recursos cheguem ao seu destino e
que sejam usados com inteligência.
a) Seja / seja
b) Tanto / quanto
c) Conquanto/ ou
d) Tanto / como
e) Quer/ quer
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O brasileiro é como eu ou você. Já não digo como o presidente, pois este nem
pecado tem, mas como eu, você ou o vizinho. O povo é bom e honesto. Como
demonstrou um programa para auxiliar famílias pobres do interior. Os pobres
não receberam a ajuda, que ficou com as famílias remediadas ou ricas mesmo.
E, quando alguém que não precisa recusa essa ajuda, a gente dá uma festa e
bota no jornal, apesar de ser acontecimento tão trivial.
(João Ubaldo Ribeiro. O Globo, 22/05/2005)
Em “Como demonstrou um programa para auxiliar famílias pobres do interior.”,
a palavra destacada apresenta noção de:
(A) causa.
(B) comparação.
(C) condição.
(D) conformidade.
(E) modo.
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E) de sorte que.
21 - (ESAF/TRF/2003)
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22 - (ESAF/Oficial de Chancelaria/2002)
Assinale a opção em que uma das duas sugestões não preenche corretamente a
lacuna correspondente.
A diplomacia defende e projeta no exterior os interesses nacionais,
_____1______que ela procura melhorar a inserção internacional do país que
representa. ____2____ ela não cria interesses ____3_____pode projetar o que
não existe. O país que se encontra por trás da diplomacia é o único elemento
_____4________ela pode operar.______5________, a diplomacia só poderá
responder adequadamente às transformações do cenário internacional se essas
transformações forem, de alguma forma, internalizadas pelo país.
(Adaptado de www.mre.gov.br, Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos
Deputados)
a) 1 - da mesma forma / do mesmo modo
b) 2 - Entretanto / Todavia
c) 3 - nem / tão pouco
d) 4 - a partir do qual / com base em que
e) 5 - Por isso / Por conseguinte
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24 - (ESAF/Assistente de Chancelaria/2002)
Assinale a opção em que ao menos um dos conectivos propostos para preencher
a lacuna provoca incoerência textual ou erro gramatical.
O Brasil é um país grande, diversificado _____(a)_____ visto como uma
promessa que parece nunca se realizar. O potencial existe, _____(b) _____ há
algo bloqueando o Brasil. Acho que é uma combinação de fatores como o
sistema político e o modo de trabalhar do cidadão, pouco engajado nos
problemas da sociedade, ______(c) _____ é muito freqüente o brasileiro eleger
políticos por seu nível de popularidade, sem avaliar seus programas e ações. É
um país muito importante para a economia mundial, _____(d) _____ sermos
sempre decepcionados. É, ______(e) _____, um desafio delicado entender por
que as coisas não acontecem rapidamente no Brasil.
(Michel Porter, Veja, 5/12/2001, com adaptações)
a) e / mas
b) entretanto / mas
c) já que / pois
d) embora / apesar de
e) contudo / portanto
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2–C
Para identificar a construção que indica “meio”, será válida a troca da preposição
por pela expressão “por meio de”.
Uma opção que poderia suscitar dúvidas seria a de letra d: mantidos com o
esforço e a vigilância das comunidades locais. Contudo, a expressão introduzida
pela preposição não apresenta os “meios”, como seria em “mantidas com
recursos do governo federal = por meio dos recursos”. Ela denota o “apoio” com
que os hospitais poderiam contar.
Só há uma opção em que aquela troca é possível: c - “passíveis de controle [por
meio de] inseticidas”.
3–D
Há significativa distinção entre as preposições sob e sobre. A primeira (sob)
significa “debaixo de” e pode ser usada em expressões como “sob esse aspecto,
sob uma condição, sob o domínio de, sob o governo de” – sempre com a idéia
de subordinação.
Já a preposição sobre pode exprimir valor de “acima de” (posição), “a respeito
de” (assunto), dentre outras acepções.
Por isso, o gabarito é a letra d: alguém discute “a respeito de” alguma coisa.
Então, a preposição adequada seria sobre: “O congresso vai discutir sobre
política econômica”.
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4–D
Construída a partir da contração da preposição “a” com o advérbio “fora”, a
expressão “afora” (escrita assim mesmo, tudo junto) pode ser classificada como:
- um advérbio: “Viajando pelo mundo afora, na cidade que não tem mais fim”
(letra de “À Francesa”, de Cláudio Zoli e Antônio Cícero, sucesso de Marina Lima
– quem tem cerca de 30 anos certamente se lembra dessa, não é?)
- uma preposição, com valor de:
¾ “além de”: Afora os percalços do caminho, encontramos também
pessoas ingratas.
¾ “exceto, salvo”: Encontramos dificuldade no caminho, afora neste
trecho que foi reformado.
Por isso, está empregada de forma inapropriada na opção d.
5–A
As preposições podem ser usadas para apresentar circunstâncias (em adjuntos
adverbiais) ou em função de exigências gramaticais (objeto indireto,
complemento nominal, agente da passiva).
Em “a sensação de que se pode tudo”, a regência do substantivo sensação
exige a preposição de. Essa é a resposta.
Nas demais ocorrências, a preposição introduz elementos circunstanciais à
oração.
6–C
Para não errar, tenha em mente que a preposição com atribui circunstância de
meio quando puder ser substituída pela expressão “por meio de”.
Vamos testar:
- “Podemos ser operados por meio de anestesia...”
Isso não faz sentido algum!
“Com anestesia” é o modo pelo qual o sujeito será operado. Para identificar
essa circunstância mais facilmente, imagine um dentista perguntando ao seu
cliente: “como o senhor deseja ser tratado, com ou sem anestesia?” – ou seja,
“de que modo quer ser tratado?”.
- “... suavizar dores por meio de analgésicos”
Agora, sim! Os analgésicos serão os meios pelos quais as dores serão
suavizadas.
Assim, as circunstâncias apresentadas são, respectivamente, de modo e de
meio.
7–E
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Como disse o esquartejador, “vamos por partes” (horrível essa, mas não pude
resistir):
“... um desses debates universitários que a gente pensa que não vão dar em
nada”
Vamos substituir o pronome pelo substantivo correspondente e colocar na ordem
direta:
A gente pensa que esses debates universitários não vão dar em nada.
O primeiro “que” está no lugar de “esses debates universitários”.
Já o segundo (a gente pensa que...) inicia uma oração que poderia ser
substituída pelo pronome isso:
A gente pensa ISSO. (Sim, o verbo pensar também pode ser transitivo direto –
consulte um bom dicionário de regência verbal, no caso de dúvida).
É, então, uma conjunção integrante.
2) “... ouvi um raciocínio que não me saiu mais da cabeça”
O que não saiu mais da cabeça? Resposta: um raciocínio.
Em seu lugar, foi empregada a palavra que (que não me saiu mais da cabeça).
Ela é, portanto, um pronome relativo.
Assim, segundo a ordem de aparecimento, os três “quês” são:
Pronome relativo / conjunção integrante / pronome relativo.
Vamos, agora, analisar as opções:
a) ERRADA – eles não pertencem à mesma classe gramatical: o segundo é uma
conjunção integrante, enquanto que os outros são pronomes relativos.
b) ERRADA – a expressão a gente exige o verbo no singular, mesmo que
indique várias pessoas.
c) ERRADA – a análise que fizemos já nos permite afirmar que o sujeito da
locução verbal “vão dar” é “debates universitários” (A gente pensa que esses
debates universitários não vão dar em nada.).
d) ERRADA – essa locução verbal equivale a “darão”, com o verbo no futuro do
presente indicando fato futuro e certo, e não uma possibilidade (verbo no futuro
do pretérito ou no modo subjuntivo).
e) CERTA – a oração “que não me saiu mais da cabeça” restringe o alcance da
palavra raciocínio. É uma oração subordinada adjetiva restritiva.
As orações subordinadas adjetivas podem ser restritivas ou explicativas.
Veja o seguinte exemplo:
Meu primo que é paulista esteve aqui.
Pergunto: quantos primos eu tenho?
De acordo com essa oração, certamente mais de um. Não houve pausa entre a
primeira oração (meu primo esteve aqui – oração principal) e a oração
subordinada adjetiva que se refere a “primo”. Assim, essa oração adjetiva tem
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8 – Item INCORRETO
A banca examinadora tentou enganar você, hem? Sugeriu simplesmente a troca
de um “de que” por um “da qual”. Se você não fosse tão esperto(a), teria caído
diretinho, não é mesmo?
Ainda bem que você voltou ao texto e percebeu que esse “que” não era um
pronome relativo, mas uma conjunção.
(Foi exatamente isso que aconteceu, não é?!?!?!?!...rs...)
Vamos analisar a construção.
O lobby que o presidente Fernando Henrique Cardoso fez pessoalmente em
março, durante visita ao Panamá, é uma clara manifestação de que as
empresas brasileiras contam com boas chances de serem escolhidas.
Vamos simplificar: “O lobby (...) é uma clara manifestação DISSO ”.
Mas “DISSO” o quê? Resposta: “de que as empresas brasileiras contam com
boas chances de serem escolhidas”.
Toda a oração complementa o substantivo “manifestação”. Sua função sintática
é, portanto, complemento nominal.
Como pudemos substituir toda a oração pelo pronome ISSO (conjugado com a
preposição “de” formando DISSO), a oração é subordinada substantiva
completiva nominal, e a palavra “que” é uma conjunção integrante.
A essa altura do campeonato, você já deve ter decifrado o enigma dessa
nomenclatura: oração subordinada substantiva completiva nominal.
- oração subordinada (exerce função sintática na oração anterior);
- substantiva (está no lugar de um substantivo);
- completiva nominal (exerce a função sintática de complemento nominal).
9–E
Já aprendemos a distinguir um pronome relativo de uma conjunção integrante.
Essa questão é uma ótima oportunidade de vermos, também, a função sintática
que podem ser exercidas.
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10 – C
I – A partir deste item, veremos que não se pode afirmar a classificação de uma
conjunção sem verificar o valor que ela atribui ao período.
Oração 1 = Nem uma nem outra nasceram do acaso
Oração 2 = São antes produtos de uma disciplina consciente
Note que não há divergência entre as duas orações. Pelo contrário, elas se
completam: “não nascem do acaso Î são produtos de uma disciplina
consciente”.
Assim, o valor da conjunção mas para o período é de ADIÇÃO.
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II – Note que o vocábulo “Já” equivale a “por sua vez”: “Já Platão a comparou
ao adestramento de cães de raça” = “Platão, por sua vez, a comparou ao
adestramento de cães de raça”.
É estabelecida, portanto, uma relação contrária entre as orações – um afirma
isso; outro, por sua vez, afirma aquilo. São argumentos que se encontram em
direções opostas.
Por isso, está INCORRETA a afirmação de que o pensamento do autor se
assemelha ao de Platão.
11 - C
As conjunções “uma vez que”, “por isso”, “porquanto”, “de tal modo” atribuem à
oração subordinada um valor causal (“por esse motivo”)
Contudo, as orações “Escrito há cerca de setenta anos” e “conserva a
capacidade de atualização das páginas escritas com arte e verdade” estão em
campos semânticos opostos: o primeiro indica antiguidade (“escrito há setenta
anos”), enquanto que o segundo, sua atualidade (“conserva a capacidade de
atualização”).
Em virtude disso, a conjunção que se presta a unir as duas orações é “ainda
que”, de valor concessivo, ou seja, liga orações que apresentam idéias
contrárias.
12 – B
Em vários livros voltados para concursos públicos há listas e mais listas sobre o
“porque” e suas formas (separado com acento, separado sem acento, junto
com acento, junto sem acento).
Primeiro devemos entender o motivo da acentuação do vocábulo.
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13 – B
A) A segunda oração apresenta o motivo pelo qual o sujeito da primeira oração
não saiu. Essa é uma conjunção causal, devendo ser grafada como uma única
palavra: Não saiu porque chovia Î causa: chovia / conseqüência: não saiu.
É muito tênue a linha divisória entre oração subordinada causal e a oração
coordenada explicativa.
Usando o exemplo acima, note a diferença entre estas duas orações:
Não saiu porque chovia. (causal)
Não saia, porque está chovendo. (explicativa)
Algumas dicas, colhidas aqui e ali, podem ajudar na classificação da oração.
Compilei-as aqui e vamos analisá-las, uma a uma:
I - na oração explicativa, normalmente há uma pausa, marcada no texto
por uma vírgula antes da conjunção (como se observa no segundo
exemplo); no entanto, se a oração principal for extensa, também é possível
o emprego da vírgula antes da conjunção causal (ou seja, essa dica não
ajuda muito...);
II - após orações no imperativo, as orações são explicativas (como
aconteceu na segunda oração): “Não venha, pois não estarei sozinha.”
(Essa dica funciona mesmo!);
III - enquanto a oração coordenada explicativa é independente da oração
assindética (até mesmo por ser coordenada), a oração subordinada causal
exerce a função sintática de adjunto adverbial na oração principal (Esse é o
conceito e, por isso, foi mencionado. No fundo, não ajuda muito.);
IV - se for possível a troca do “porque” pelo “que”, a oração é explicativa.
Comparemos: “Não saiu porque estava chovendo.” – não posso substituir
pelo que = é causal. / “Não saia, porque está chovendo.” – posso
substituir pelo que (“Não saia, que está chovendo”) Î é explicativa.
(Essa dica merece nota 7 – muitas vezes funciona mas pode furar...).
Na próxima aula, voltaremos a analisar essa diferença.
Por ora, com a aplicação do método IV, confirmamos o valor causal da oração.
Não seria possível a troca do “porque” pelo “que”.
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C) Mais uma vez, temos uma conjunção causal. Na segunda oração, apresenta-
se o motivo de não ter respondido (oração principal): Respondi porque tinha
certeza. Assim, a palavra deve ser escrita juntinha – porque.
D) Essa é uma oração interrogativa direta, devendo estar separado: Por que
você não correu?
14 – C
Essa é para encerrar essa série de “porquês”.
Veja como o examinador exige que o candidato conheça o motivo da grafia, e
não saia por aí decorando listas sem sentido.
Temos uma pergunta indireta, em que está subentendida a palavra “motivo” ou
“razão”. Assim, devemos escrever separadamente: Perguntei por que
(motivo/razão) ele não tocava mais piano.
15 - C
Enquanto que as sugestões das opções a, b, d e e são conjunções alternativas
ou comparativas, a conjunção “conquanto” é concessiva (equivalente a
“embora”, “apesar de”), o que prejudicaria a coesão textual.
16 – D
Não dá certo decorar – é preciso entender. Veja os diversos valores da
conjunção como.
Em “O brasileiro é como eu ou você”, o “como” tem valor comparativo.
Já no período em destaque, poderia ser substituída pela conjunção “conforme”:
“Conforme demonstrou um programa para auxiliar famílias pobres do interior”.
Assim, apresenta noção de conformidade – opção d.
Veja, agora, a questão seguinte.
17 – A
Agora, esse mesmo vocábulo apresenta a seguinte idéia: “Porque sempre tive
muito interesse em estudar a América Latina [por esse motivo], fui ficando”
O valor da conjunção como é de causa, motivo, razão – conjunção causal.
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18 – D
“Posto que” é uma das “cabeludas”. Ela é equivalente a “ainda que”, “embora”,
“mesmo que”.
Esta locução conjuntiva não pode ser usada no sentido de porque, visto que, ou
seja, não atribui valor de causa, mas de concessão (idéia contrária).
A banca examinadora explorou exatamente essa forma que, na linguagem
coloquial, tornou-se comum, sem obter abono da norma culta.
Trate logo de sublinhar essa expressão em seu material e guardar na memória –
posto que equivale a embora.
As demais atribuem à segunda oração um valor consecutivo:
19 - D
A idéia entre as duas orações é contrária. Deve-se usar, portanto, uma
conjunção adversativa ou concessiva. Por isso, foi corretamente usada a
conjunção conquanto.
Ela é parecida com a que vimos anteriormente: porquanto (questão 11)
As duas são raramente usadas e poderiam levar a alguma confusão.
Então, seus problemas acabaram!!!!
Vamos traçar um paralelo entre elas (que são parecidas) para guardar seus
significados:
Porquanto – por causa de (causal ou explicativa)
Conquanto – concessiva
Gostou do método de memorização? Ah, não... então, invente o seu!
Voltando à análise da questão.
O enunciado exige que se observe, também, a correção gramatical da proposta.
Estão incorretas as demais sugestões pelos motivos que se seguem.
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20 - D
Essa questão envolvia diversos assuntos: vocabulário, emprego de pronomes,
preposição, conjunção.
Enquanto ‘epopéia’ traz somente a idéia de uma luta, ‘odisséia’ indica uma série
de dificuldades bem mais complexas do que em uma simples luta. Está correta,
portanto, essa afirmação da letra d.
As incorreções das demais opções são:
a) Em “sugere-nos”, o pronome exerce a função sintática de objeto indireto.
Para a análise, não adianta a troca do pronome nos por “a nós”, uma vez que
os pronomes ele(s), ela(s), nós e vós, quando oblíquos, são obrigatoriamente
precedidos de preposição. Há duas formas de se comprovar a função direta ou
indireta dos pronomes me, te, se, nos e vos – trocar o pronome pelo nome
(por exemplo: “sugere ao analista incontáveis abordagens da ética”) ou análise
da regência do verbo (sugerir alguma coisa a alguém). Assim, verificamos que a
função sintática é de objeto indireto.
Já o pronome “se” em “narram-se também feitos de abnegação” é apassivador –
o verbo narrar é transitivo direto, existe a idéia passiva (feitos são narrados) e
está acompanhado do pronome “se”. Portanto, a afirmação está incorreta.
b) Não existe a conjunção “à medida em que”; existem as conjunções “à
medida que” (proporcional) e “na medida em que” (causal).
c) A preposição “com”, na passagem, equivale a “a partir de” – origem: “novas
facetas surgem com a/a partir da metamorfose do espírito humano e sua
variedade quase infinita de ações.”.
e) Se houvesse a troca da preposição de pela preposição entre, seria necessária
a retirada da preposição de antes de “paixões mesquinhas” – “representam o
confronto entre ideais nobres e de paixões mesquinhas”. Como a opção indica
não ser necessária mais nenhuma alteração, está incorreta a proposição.
Cuidado em questões como essa. Para que a troca de um elemento por outro
seja válida, a banca deve indicar, também, as demais alterações necessárias
para que a substituição não incorra em erros gramaticais.
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21 - Item CORRETO.
Para facilitar a memorização, sugerimos a forma porquanto = por causa. Só
que essa conjunção também pode apresentar valor explicativo.
Este item está correto, pois a conjunção porquanto, seja com valor causal ou
explicativo, é equivalente à conjunção porque.
22 - C
Todas as opções são válidas, por estarem adequadamente grafadas e
empregadas, exceto a que apresenta o advérbio tampouco, que equivale a
“também não” ou “muito menos”. Foi empregado com erro na grafia.
“Tão pouco”, combinação do advérbio de intensidade (tão) com o (também)
advérbio “pouco”, remete à idéia de “pequena quantidade” – “Nunca comi tão
pouco!” ou “Tenho tão pouco interesse em assistir ao ‘Big Brother’ que prefiro
estudar Português!”.
Não é aceita pela norma culta a colocação da conjunção nem (que significa “e
não”) antes desse advérbio (“nem tampouco”), por este já apresentar valor de
negação (também não).
Vamos aproveitar a “deixa” para tratar de algumas palavras especiais, que
podem ser classificadas como advérbios de intensidade, adjetivos ou pronomes
indefinidos: bastante, pouco e muito.
O que irá nos auxiliar na identificação da classe gramatical é o conceito
apresentado na aula de apresentação – se são variáveis ou invariáveis.
Como vimos, os advérbios são palavras invariáveis, enquanto que os
adjetivos e os pronomes se flexionam em gênero e/ou número.
Veja só:
ADVÉRBIO ADJETIVO PRON.INDEF.
(invariável) (variável) (variável)
POUCO Você tem estudado Não se aborreça com Tenho poucos livros
pouco. essa coisa pouca desse assunto (em
(pequena). quantidade pequena)
BASTANTE Você tem estudado Tenho livros Tenho bastantes
bastante. bastantes (que livros (em grande
bastam / suficientes) quantidade).
MUITO Você tem estudado - Tenho muitos livros.
muito.
23 - C
No terceiro período do texto, informa-se que “o Banco Central, para combater a
inflação, vem elevando seguidamente a taxa básica” de juros. Na oração
seguinte, iniciada pela lacuna (c), afirma-se que os juros altos não estão freando
a inflação.
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24 - D
As conjunções embora e apesar de, a despeito de estarem situadas no mesmo
campo semântico, levam o verbo a conjugações distintas. Enquanto que a
conjunção ‘apesar de’ exige o verbo no infinitivo (sermos), a conjunção
‘embora’ leva a flexão verbal ao subjuntivo (sejamos).
Provocou-se, portanto, erro de natureza gramatical (conjugação verbal) o
emprego da conjunção “embora”.
Em relação às demais opções:
a) O valor da conjunção é verificado na construção. No primeiro período do
texto, a idéia adversativa (que tanto pode ser apresentada pela conjunção e
quanto pela mas) reside na oposição entre os adjetivos “grande” e
“diversificado” (adjetivos favoráveis ao Brasil) e o fato desfavorável de ser
“uma promessa que parece nunca se realizar”. Assim, essa conjunção e tem
valor adversativo, como em: “Ela queria que eu fosse e eu não fui (= mas eu
não fui)”. Logo, qualquer das duas conjunções poderia ser empregada nessa
lacuna.
b) Na segunda lacuna, as duas opções empregam valor adversativo ao período:
entretanto / mas.
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