O fator de potência relaciona a quantidade de energia ativa e reativa transportada
pelo sistema. Seu valor deve ser mantido o mais próximo possível da unidade, sendo permitido pela ANEEL(Agência Nacional de Energia Elétrica) um valor mínimo de 0,92 indutivo ou capacitivo(de acordo com o art. 64 da Resolução 456, de 29 de novembro de 2000). Sendo que se for medido um valor de fator de potência inferior a 0,92, conseqüentemente será cobrado o custo de reativo excedente.
A preocupação do monitoramento do fator de potencia é baseada nas conseqüências
de seu baixo valor. Sendo elas perdas na Instalação, quedas de tensão e subutilização da capacidade instalada. Em contrapartida com a correção do fator de potencia temos melhoria da tensão e redução das perdas. Sendo que o custo dos sistemas de comando, proteção e controle dos equipamentos cresce com o aumento da energia reativa, ou seja, com o aumento do fator de potencia.
Uma técnica muito utilizada na indústria para a correção do fator de potência é a
compensação de reativo através de bancos de capacitores, em sistemas de dinâmica que exigem manobras rápidas dos bancos, os métodos tradicionais não se apresentam como a melhor alternativa, sendo nesse caso apresentado o estudo do chaveamento destes bancos através de tiristores. As características do chaveamento a tiristores de banco de capacitores apresentam vantagens em relação ao sistemas convencionais destacando-se a possibilidade de um grande número de operações, eliminação das correntes de inrush, aumento da vida útil dos elementos do banco, conexão rápida, eliminação dos resistores de pré-carga e descarga do banco, tempo de manobra inferior a 1 ciclo, menores custos na manutenção, possibilidade de incorporação de funções de monitoração e proteção do banco e utilização plena do banco de capacitores. Neste trabalho é apresentada a análise das características do tiristor que possibilitam que tais vantagens sejam adquiridas com sua utilização.