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Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de

Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor
português.

É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e o seu valor é comparado


ao de Camões.

O crítico literário Harold Bloom considerou-o, juntamente com Pablo Neruda, o mais
representativo poeta do século XX.

Por ter vivido a maior parte de sua adolescência na África do Sul, a língua inglesa
também possui destaque em sua vida, com Pessoa traduzindo, escrevendo, trabalhando
e estudando no idioma. Teve uma vida discreta, em que atuou no jornalismo, na
publicidade, no comércio e, principalmente, na literatura, onde se desdobrou em várias
outras personalidades conhecidas como heterónimos.

A figura enigmática em que se tornou movimenta grande parte dos estudos sobre as
suas vida e obra, além do fato de ser o centro irradiador da heteronímia, auto-
denominando o autor um "drama em gente".

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Cruz do Espírito Santo, 20 de abril de


1884 — Leopoldina, 12 de novembro de 1914) foi um poeta brasileiro, identificado
muitas vezes como simbolista ou parnasiano. Mas muitos críticos, como o poeta
Ferreira Gullar, concordam em situá-lo como pré-moderno.

É conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, e até hoje sua obra é
admirada tanto por leigos como por críticos literários.

É Talvez o Último Dia da Minha Vida

É talvez o último dia da minha vida.


Saudei o sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.

Alberto Caeiro ( Fernando Pessoa)

O mar é triste como um cemitério;


Cada rocha é uma eterna sepultura
Banhada pela imácula brancura
De ondas chorando num alvor etéreo.

Ah! dessas vagas no bramir funéreo


Jamais vibrou a sinfonia pura
Do Amor; lá, só descanta, dentre a escura
Treva do oceano, a voz do meu saltério!

Quando a cândida espuma dessas vagas,


Banhando a fria solidão das fragas,
Onde a quebrar-se tão fugaz se esfuma,

Reflete a luz do sol que já não arde,


Treme na treva a púrpura da tarde,
Chora a Saudade envolta nesta espuma!

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