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Este boletim da Biblioteca/Centro de Recursos da Escola Secundária/3

José Cardoso Pires, integrada no Agrupamento de Escolas General


Humberto Delgado, com sede na Escola Secundária/3 José Cardodo Pires
tem o número 88,sendo datado de Novembro de 2010.
Foi realizado pelo professor João Carlos Costa,
tendo sido efectuadas 80 cópias.

Professor Bibliotecário: João Carlos Costa


Equipa da biblioteca ESJCP 2010/2011:
professoras Ana Paulina Pascoal, Ana Ribeiro, Maria do Carmo Costa

Tema: A escravatura
ALGUMAS FONTES QUE PODEM SER CONSULTADAS:
Escravatura: A abolição
http://www.vivabrazil.com/abolicao_da_escravatura.htm
[Consultado em: 28/10/2010]

A escravatura branca no Norte de África


http://pt.novopress.info/1663/a-escravatura-branca-no-norte-de-africa/
[Consultado em: 28/10/2010]

Nº 88 - Novembro de 2010
Vídeo no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=NnOlReFC6Es
[Consultado em: 28/10/2010]

Wikipédia: escravatura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escravid%C3%A3o
[Consultado em: 28/10/2010]

arlindo correia's HOME PAGE

Boletim da BE/CRE
http://www.arlindo-correia.com/200507.html
[Consultado em: 28/10/2010]

P á g i n a I n t e r n e t d a B E / C R E e m : http://bibesjcp.no.sapo.pt

A escravatura
B l o g u e d a B E / C R E e m : http://becre-esjcp.blogspot.com
Catálogo online: http://loures.bibliotecasescolares.net
Email: esjcp.becre@gmail.com
partir do século XVIII), os escravos eram tratados árvore e açoitado, às vezes, até perder os sent i-
da pior forma possível. Trabalhavam muito, de dos); torturando-os fisicamente e psicologica-
catorze a dezasseis horas, o que se tornou o prin- mente, os senhores e seus algozes procuravam
cipal motivo dos escravos fugirem; outro motivo destruir os valores dos negros e forçá-los a aceitar
era os castigos e um outro ainda porque recebiam a ideia da superioridade da raça branca, sendo
apenas trapos de roupa e uma alimentação de que o açoite era a punição mais comum no Bras i.l
péssima qualidade (recebiam poucacomida e no Além de todos essescastigo,s havia uma máscara
máximo duasvezes por dia). Passavam as noites que impedia os escravos de beberem e fumarem,
nas senzalas (armazéns escuros, húmidos e co m para não se viciarem; essa máscara era chamada
pouca higiene), acorrentados, paraevitar fugas . de "máscara de folha-de-flandres".
Eram constantemente castigados fisicamente A pena de açoite para o escravo só foi abolida
(quando um escravo se dist raía no trabalho ou por por lei imperial de 1885, pouco antes da Lei Áurea.
outros motivos era amarrado num tronco de

A Escravatura nos Estados Unidos


A história da escravidão nos Estados Unidos da
América inicia-se no século XVII, quando são
campanha pela abolição. A guerra civil que se
segue deixa um saldo de centenas de milhares de
A ESCRAVATURA
D esde que o Homem
implementadas práticasesclavagistas similares às mortos e uma legião de negros marginalizados. serem forçados a abdicar da sua
utilizadas pelos espanhóis e portugueses em coló- Nenhum programa governamental é previsto para ib
l erdade, tudo isto em prole da
nias na América Latina, e termina em 1863,com a a sua integração profissional e económica. O sul existe, houve escravatura.
organização e bem-estar da socieda-
Proclamação de Emancipação de Abraham permanece militarmente ocupado até 1877,
Lincoln, realizada durante a Guerra Civil favorecendo o surgimento de sociedades secretas,
É um fenómeno provocado de em que se inseriam.
Americana. Apesar de o tráfico de escravos ter como os Cavaleiros da Camélia Branca e o Ku Klux pela tendência de um ser Várias civilizações, algumas consi-
sido proibido em 1815, o cont rabando continua Klan, que empregam a violência para perseguir os deradasevoluídaspara o respectivo
até ao ano de 1860, enquanto no norte crescia a negros e defender a segregação racial. humano ser proprietário de período histórico, fizeram uso da
outros seres humanos, uma escravatura e só após séculos e sécu-
A abolição da escravatura los sob o jugo destapráticatomaram
O século XIX marcará o início da abolição da escra- A emancipação total verifica-se em maior escala
tendência que está associada
consciência de que esta não era viá-
vatura, aplicando e consagrando ideais de liber- após 1838, trinta e um anos após o Abolition Act à mão-de-obra barata,à vel, nem moral, nem economica-
dade, direitos e garantias do indivíduo, sem dis- of Slavery em Inglaterra. Ainda que clandestina-
tinção da raça, credo ou cor, difundidos pelasre- mente se prolongue até meados do século,otrá- forma como as sociedades mente, abolindo-a legal e oficial-
voluções e movimentosliberais europeus e ame- fico negreiro começa a desaparecer. Portugal
ricanos. Toussaint-Louverture, no Haiti, ent re acompanha esta evolução do abolicionismo estão hierarquizadas, ou seja, mente.
1796 e 1802, comandará uma série de revoltas europeu. Subsistirãofocos isolados nos EUA (onde Porém, é do conhecimento geral que
contra o domínio senhorial francês, acabando por secombateu uma GuerraCivil de que o esclavagis- organizadas de maneira a que a escravatura não se deu por finda
precipitar a independência da ilha. Mais tarde, o mo foi um dos pontos de origem), África e
Congresso de Viena (1814-15) pronunciar-se-á a América do Sul, embora continue na Europa de
uns mandem e outros sejam com as leis proclamadas, nem co m
favor do fim da escravatura, verificando-se Leste (sobretudo na Rússia até quase à revolução mandados. as inúmeras manifestações a propó-
tomadas de posição idênticas na Grã-Bretanha, de 1917), eliminando-se nessasregiões em 1926, sito. Este fenómeno "arrastou-se"
Países Baixos e França devido às condições sob a égide da Sociedade das Nações .
desumanas dos escravos nas suascolónias .
Para que uns pudessem gozar de até aos nossos dias, tomando por
certos privilégios, outrosteriam que vezes rostos diferentes e camufla-
Subsiste ainda hoje meio milhão de escravos em países islâmicos, na África sub-sariana e no
Extremo Oriente.
rabalhar arduamente e por vezes gens mais eficazes...
t

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costas europeias do Atlântico e a península itáli- obra escrava nos engenhos de açúcar do
História da escravatura ca. Com a presença portuguesa no ocidente do
Norte de África,ocomércio de escravos não mais
Nordeste. Os comerciantes de escravos vendiam
os africanos como se fossem mercadorias, as
Como forma de sujeição a alguém recuperou a importância que havia tido sob o quais adquiriam de tribos africanas que haviam
ou opressão dos fortes sobre os mais domínio muçulmano. feito prisioneiros. Os mais saudáveis chegavam a
f
racos, desde sempre existiu a escra- valer o dobro daqueles que eram mais fracos ou
vatura. Os povos da Mesopotâmia, As primeiras excursões portuguesas a África mais velhos. Eram mais valorizados, para os tra-
Hebreus, Gregos, Romanos, Celtas , foram pacíficas (o marco da chegada foi a cons- balhos na agricultura, os negros Bantos ou
enfim, todos os povos tiveram trução da fortaleza de S. Jorge da Mina, no Gana, Benguela ou Bangela ou do Congo,provenientes
escravos, fenómeno que ainda não em 1482). Erafrequente que aguns portugueses do sul da África, especialmente de Angola e
desapareceu completamente da face se casassem com mulheres nativas e eram Moçambique, e tinham menos valor os vindos
da Terra.Foi um fenómeno que variou aceites pelas lideranças locais. Já em meados da do cent ro oeste da África, os negros da Mina ou
de acordo com a época, lugar ou povo, década de 1470 os "portugueses tinham começa- da Guiné, estes mais aptos para a mineração,tra-
porém assumindo diferentes con- do a comerciar na Enseada do Benim e frequen- balho o qual já se dedicavam na África Ocidental.
tornos histórico-geográficos. tavam o delta do rio Níger e os rios que lhe Por a Bahia ser mais próxima da Costa da Guiné
ficavam logo a oeste", negociando principal- (África Ocidental) do que de Angola, a maioria
Nos tempos mais remotos da mente escravos. dos negros baianos são Minas .
Humanidade, a escravatura era fruto Os investimentos na navegação da costa Como eram vistos como mercadorias, ou
de conflitos, findos os quais se oeste de Áfricaforam inicialmente estimulados mesmo como animais, eram avaliados fisica-
sujeitavam os vencidos, reduzindo-os, pela crença de que a principal fonte de lucro mente, sendo melhor avaliados (com preço mais
quando poupados, a essa condição seria a exploração de minas de ouro,expectativa elevado) os escravos que tinham dentes bons,
servil sem direitos ou garantias . que não se realizou. Assim, consta que o comér- canelasfinasecalcanharesaltos, numa avaliação
Castigos, fraudes,raptos ou cativeiro cio de escravos que se estabeleceu no Atlântico eminentemente racista. O preço dos escravos
prolongado eram outrascausas. Com entre 1450 e 1900 contabilizou a venda de cerca semprefoi elevado quando comparado com os
o aparecimento dascivilizações neolíti- de 11.313.000 indivíduos. preços dasterras, estas abundantes no Bras i.l
Escravos no Egipto
cas, sedentarizadas e economicamen- Em torno do comércio de escravos estabele- Assim, durante todo o período colonial
te mais complexas e activas, a escra- ceu-se o comércio de outros produtos,taiscomo brasileiro, nos inventários de pessoasfalecidas,o
vatura surge como o esteio maior da marfim, tecido,tabaco, armasdefogo e peles.Os lote de escravos, mesmo quando em pequeno
marcha civilizacional dos povos, cuja comerciantes usavam como moeda pequenos número,era sempre avaliado por um valor, em
actividade produtiva subsistia em objectos de cobre, manilhas e contas de vidro mil-réis, muito maior que o valor atribuído às
função da existência de mão-de-obra t
razidos de Veneza. Mas a principal fonte de terras do fazendeiro. Assim, a morte de um
escrava. riqueza obtida pelos europeus em África foi escravo ou a sua fuga representava paraofazen-
mesmo a mão-de-obra barata necessária nas deiro uma perda económica e financeira imensa.
A civilização Egípcia foi das colónias americanas e que lhespareceu uma boa O transporte erafeito da África para o Bras il
primeiras grandes civilizações a optar justificação para os investimentos em explo- nos porões dos navios negreiros. Amontoados,
por este tipo de mão-de-obra. Vários rações marítimas que, especialmente no caso em condições desumanas, no começo muitos
escravos eram utilizados na cons- dos portugueses, vinham fazendo desde o século morriam antes de chegar ao Bras il, sendo os cor-
trução das pirâmides que imortali- XIV. Dessa forma, embora no século XV os pos lançados ao mar.Por isso o cuidado com o
zavam os seus faraós. Contudo, ao escravos fossem já vendidos em Portugal e na t
ransporte de escravos aumentou, para que não
contrário de alguns impérios que lhe Europa,foicom a exploração dascolónias amer- houvesse prejuízo. As condições da tripulação
sucederam, os escravos eram bem i
canas que o tráfico atingiu grandesproporções . dos navios não eram muito melhores do que a
nutridos e tratados, pois era dos escravos.
necessário estarem em boa forma físi- Os portugueses, bras
ileiros e mais tarde os
ca paraefectuarem este tipo de traba- holandesestraziam os negros africanos das suas O dia-a-dia do escravo
lho. Nestacivilização é ainda relevante, colónias em África para utilizar como mão-de- Nasfazendas de cana ou nas minas de ouro(a
Escravos em Roma

2 7
Norte e as Ant ilhas serão o ponto de chegada o Cristianismo imposto pelos colonizadores por- relativamente à escravatura, o facto da
principal do comércio de escravos. Trata-se tugueses.Estes impuseram sempre a sua lei, va- subjugação do povo hebreu que mais tarde
mesmo de regiões onde as comunidades de lores,costumesefé, ainda que com alguma to- selibertou "liderados por Moisés, a mando
origem escrava são ainda hoje consideráveis, se lerância. A miscigenação constante criou o mula- de Deus", fugindo para a "TerraPrometida"
não mesmo maioritárias, não contando os to,expressão máxima do relacionamento tole- (Bíblia: "O Êxodo"). E, no Egipto, as
m estiços. No Bras i l, alcançam uma enorme rante entre luso-brasileiros e escravos africanos, condições de existência dos escravos eram
influência na sociedade, em termos de folclore e chegando estes a ajudar na expulsão dos holan- de certaforma amenizadas pela lei, o que
de imaginário. Essa influência manifesta-se em deses do Bras il em 1648-49. Porém, não deixou lhes possibil
itava mesmo a adopção de um
diversas formas de religiosidade de cariz de haver,como em qualquer regime esclavagista, nome egípcio e a fusão social com a massa
africano. Misturam-se, aí, os cultos de Áfricaco m excessos. camponesa do país,os felahs .Eram sobre-
tudo est rangeiros, vítimas da guerra, de
cativeiro ou bandidos.
Portugal, África e o Brasil Noutrasregiõestambém se contemplou
Na época anterior à formação de legalmente o escravo: o código de
Portugal como reino existe registo da Hamurábi, rei da Babilónia no século XX a.
prática de escravatura pelos Romanos, C., situava socialmente o escravocomo um
pelos Visigodos, e durante o Al-Andaluz bem móvel ent re os metais preciosos e os
a escravidão dos cristãos capturados e animais domésticos, prevendo-lhe, toda-
dos Saqaliba. Depois da independência via, a possibilidade de emancipação at ravés
de Portugal tem-se conhecimento de de uma cerimónia sagrada. Na China e na
ataques de piratas normandos a vilas Índia, todavia sem quaisquer direitos, sem-
costeiras, das razias que Piratas da pre existiram escravos.
Barbária faziam entre a população
costeira e dasilhas. As vilas ficavam Nas civilizações pré-colombianas (aste-
geralmente desertas e a população era ca,inca e maia) os escravos eram emprega-
vendida no mercado de escravos do dos na agricultura e no exército. Ent
re os
norte de África. Havia chefescorsários incas, os escravos recebiam pequenas Venda de escravos na Antiguidade
que vinham do norte de África até à parcelas de terreno onde cultivavam o sus-
península que eram elches, "renega- Mercadores negros de escravos conduzem outros negros tento da sua família, reservando ao imperador presos de guerra,tratavam-nos duramente, sem
dos" da fé cristã ou mouriscos captura- para o mercado de escravos. uma parcela da sua produção maior da que os direitos ou hipóteses de alienação.
dos que mudavam de "lado". Os pri- cumprimento poderia originar pesadas penas.As outros cidadãos lhe reservavam.
sioneiros de guerracapturados na península tor- igrejas mantinham caixinhas de peditório para No Império Romano, a escravatura passou a
navam-se escravos. Só em 6 de Julho de 1810, resgate dos cativos. Crianças e mulheres tinham Afalta de mão-de-obra e os direitos de guer- ser um poucodiferente e, apesar de coincidir em
com a assinatura do primeirotratado luso-argeli- prioridade de serem resgatadas ra estão na origem da escravatura na Grécia vários pontos com o tipo de escravatura imposta
.
no de tréguas e resgate, confirmado em 1813, Antiga. Em Atenas, provinham do comércio ou na Grécia, era mais agressiva e coerciva, impon-
Quando em 1415 Portugal conquistou Ceuta
com a assinatura do Tratado de Paz, acabou a havia aí um importante cent das colónias mediterrânicas. Aqui, o trabalho do condições muito desfavoráveis para alguns
ro comercial onde
razia nasvilascosteiras de Portugal e captura de confluíam rotas de escravos trazidos da África escravo acontecia nas mais variadas funções: os escravos. Tal como nos impérios e civilizações
portugueses para a escravatura no norte de subsariana por comerciantes beduínos. A con- escravos podiam ser domésticos, trabalhadores anteriores, eram feitos escravos muitos pri-
África. do campo, mineiros, arqueiros da cidade, sioneiros de guerra, que, em alguns casos, se tor-
quista de Ceuta pelos portugueseslevou os tra-
ourives,etc. Alguns eram até pessoas bem vistas navam gladiadores que, para gáudio do público,
ficantes de escravos a desviar as suasrotas de
Antes de 1415, através do resgate de cativos comércio para outras cidades. Ceuta perdeu em sociedade, apenas não tinham as mesmas defrontavam feras e lutavam ent re eles, por
portugueses fizeram-se os primeiros contactos então importância comercial, mas tornou-se ib
l erdades que os cidadãos (ex.:direito de voto, vezesaté à morte.
com o comércio de escravos na cidade de Ceuta. importante ponto est ratégico-mil i
tar de vigilân- de propriedade, etc.). No entanto, em Esparta,
Resgatar familiares era obrigação cujo não cia ao comércio de outras mercadorias ent onde lhes chamavam hilotas , de origem local ou Primeiramente, os escravos em Roma eram
re as

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um elemento da organização da domus
(casa) familiar. A partir da revolução
agrária do século IV a. C., ascarências
de mão-de-obra obrigam mesmo à
escravização de lavradores livres. O
A escravatura
corso, a pirataria, as guerras de expan-
são do império trarão a Roma mais
escravos, por vezes em números avas-
saladores. César, de uma assentada,
na Idade
vendeu cerca de 52.000 belgas, e Tito
90.000 judeus! Os mercadores aco m-
panhavam sempre as legiões,compran-
do presos de guerra para os venderem
Moderna
como escravos nas cidadesromanas . A partir da formação dos primeiros
impérios coloniais, principalmente nos
A exclusão social e religiosa era gri- séculos XVI e XVII, a escravatura ganha
tante em Roma, apesar de a escravatura nova importância, assumindo-se como
constituir a espinha dorsal da vida suporte do sistema comercial e produtivo.
económicaromana e da construção da Acordos entre europeus e régulos
sua grandiosidade imperial. Os escravos africanos facili
tarão o seu envio em massa
excediam em número a população livre, durante mais de três séculos paraas minas
em parte por a sua condição serv il ser e plantações das Américas, cuja descober-
hereditária, ou seja, um filho de ta e colonização humana e económica
escravos era também um escravo. acelerarão a aquisição crescente de mão-
Espártaco, líder da última Guerra dos de-obra escrava para supressão de neces-
Escravos (73-71 a. C.), conseguiu facil- sidades evidentes (os índios ou morriam
mente juntar mais de 70.000 homens, Venda de escravos na Arábia facilmente ou eram fracos para o trabalho
pondo em pânico Roma nestarevolta de servil). A escravatura adquire, assim, con-
escravos, acabando todos eles por serem derrota- meno se alargou ast ronomicamente e em pro- tornos como nunca na Hi stória se terá
dos e cruelmente castigados. Apesar da dureza, porções bastantediferentes
. presenciado, quer em número, quer em
alguns conseguiam bons trabalhos (como os edu- importância económica. Contabilizaram- Escravos amontoados num navio negreiro

cadores gregos, por exemplo) e muitas vezes o se 900.000 no século XVI, 2.750.000 no
carinho senhorial e até a emancipação. Terêncio BIBLIOGRAFIA DESTE ARTIGO: seguinte, 7 milhões no século XVIII (55.000 por origem abrangia quatro espaços principais:
(poeta cómico) e Fedro(fabulista) eram escravos ano em média, atingindo às vezes os 80.000), Congo/Angola, delta do Níger, Costa da Guiné e
ib
l ertos. O poeta Horácio era filho de antigos escravatura. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto baixando no século XIX para 4.000.000. Estes certaszonas da África Oriental.Aí,foram destruí-
escravos. Editora,2003-2010. [Consult. 2010-10-28]. números podem ter sido maiores, visto muitos dos os estados africanos existentes em nome do
Disponível na ww w: <URL: http://ww w.infope- terem morrido ainda em África ou na travessia comércio, muitasvezescont rolado na origem por
A escravatura continuará a existir na Idade dia.pt/$escravatura>. atlântica. feiticeiros, sacerdoteserégulos locais ao serviço
Média, embora sem a expressão anterior ou o dos negreiros, árabes a princípio, depois euro-
peso económico ou laboral. escravatura. in Nota Positiva [Em linha]. [Consult. Alguns historiadores calculam o número de peus e até mesmo africanos. Os governos euro-
2010-10-28]. africanos abrangidos ou tocados por estefenó- peus apoiavam e favoreciam esta actividade eco-
Ent
re este período e a Idade Moderna, conti- Disponível na ww w: <URL: http://ww w.notaposi- meno em mais de 100 milhões ao longo de qua- nómica lucrativa e importante no esforço de co-
nuou a existir escravatura, sob diversasformas
, tiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/histo- t
ro séculos. Portugueses, holandeses,francesese lonização dos territórios ultramarinos.
mas seguindo modelos ideológicos similares . ria/historia_trab/escravaturaontemehoje.htm>. inglesesforam os responsáveis por uma das mais
Contudo,foi no começo do séc. XV que estefenó- lucrativasformas de comércio da História. A sua O Bras
il, as colónias inglesas da América do

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