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Esta abordagem permite um controle maior sobre o que será instalado, mas possui
também algumas desvantagens:
-Neste caso o sistema pode ser apenas instalado, não roda direto do CD.
Nos live-CDs temos um sistema "base", já configurado que roda diretamente do CD. O
instalador limita-se a copiar este sistema para o HD e fazer as alterações necessárias
para que ele se adapte ao novo ambiente.
Se você não tem espaço suficiente no HD para criar várias partições, ou não quer
arriscar seus arquivos mexendo no particionamento do HD (lembre-se: Só Jesus salva,
o homem faz backup! ;), você pode ainda treinar usando o VMware Player, um
virtualizador que permite instalar as distribuições dentro de máquinas virtuais, que
abordo aqui: http://www.guiadohardware.net/tutoriais/116/.
Mas, ao contrário do que pode parecer à primeira vista, detectar todo o hardware de
uma máquina atual e configurar o sistema para trabalhar sobre ele sem ficar
perguntando, não é uma tarefa nada fácil.
Logo no início do boot você verá uma tela gráfica que apresenta algumas opções de
boot. Estas opções permitem alterar o comportamento padrão do sistema, fazendo
com que ele dê boot em placas problemáticas ou que utilize a resolução de vídeo de
sua preferência, entre outras configurações, que podem ser usadas em casas onde o
sistema de detecção não dê conta do recado.
O Kurumin é capaz de dar boot diretamente em uns 90% dos micros, enquanto as
opções permitem que ele funcione na maior parte dos 10% restantes. É raro um PC em
que realmente não exista como fazer o Kurumin funcionar. Muitas destas opções são
válidas também no Knoppix e nos outros live-CDs derivados dele, como o Kanotix e
Mephis e também nos live-CDs derivados do Kurumin, como o Kalango e o Kurumin
Games. A única mudança é que neles ao invés das opções começarem com "kurumin",
começam com "knoppix", "kalango", ou o nome da distro.
No canto inferior da tela aparece um prompt (boot:) para digitar as opções. Se você
apenas pressionar Enter, ou esperar 30 segundos, o sistema inicializa no modo default,
tentando detectar tudo sozinho. As opções de boot permitem modificar o
comportamento padrão do sistema, desabilitando algum recurso que está fazendo o
micro travar no boot, alterar a resolução do vídeo e assim por diante.
No screenshot acima, estou usando como exemplo uma opção bem longa para
configurar vídeo, especificando a resolução, taxa de atualização e o driver de vídeo e
desabilitar o ACPI.
Basta digitar a opção desejada e pressionar Enter. Os parâmetros devem ser digitados
exatamente como descritos abaixo, sempre em minúsculas. Todos estes parâmetros
são opcionais, eles foram desenvolvidos para serem usados em casos de problemas.
Opções de vídeo
1- O driver de vídeo
2- A resolução e profundidade de cor
3- A taxa de atualização.
O driver de vídeo é o que permite que o sistema se comunique com a placa de vídeo
e, conseqüentemente, envie as imagens para o monitor. Cada placa de vídeo tem um
conjunto próprio de recursos e se comunica numa linguagem diferente. O driver de
vídeo é o "intérprete" que permite que o sistema converse com a sua.
O driver "sis", por exemplo, dá suporte a todas as placas de vídeo da SiS, o driver "nv"
dá suporte a todas as placas da nVidia e assim por diante. Temos ainda dois drivers
genéricos, o "vesa" e o "fbdev" que funcionam com quase todas as placas de vídeo.
Eles podem ser usados, por exemplo, quando você tiver alguma placa de vídeo muito
recente, que ainda não seja suportada.
O grande problema é que os monitores atuais utilizam células de fósforo para formar a
imagem. Estas células não conservam seu brilho por muito tempo e por isso precisam
ser realimentadas constantemente.
Outra coisa que ajuda e muito a diminuir o flicker é diminuir o brilho do monitor. O
ideal é usar a tela o mais escura possível, dentro do que for confortável, naturalmente.
Uma dica é deixar o controle de brilho no mínimo e ajustar apenas pelo contraste.
Quanto maior for a taxa de atualização e quanto menor for a claridade da imagem
menor será o flicker e menor será o cansaço dos olhos.
A placas de vídeo também podem limitar a resolução máxima. Uma placa antiga, uma
Trident 9680 por exemplo, não conseguirá trabalhar com mais de 70 Hz de refresh a
1024 x 768 (independentemente do monitor, é uma limitação da própria placa de
vídeo). Muitas placas onboard são capazes de exibir 1024x768 com 85 Hz, mas apenas
70 Hz se você usar 1280x1024. Geralmente, apenas as placas de vídeo mais caras são
capazes de trabalhar a 1600x1200 com 75 Hz de refresh ou mais, uma possibilidade
que é suportada por alguns monitores de 19".
Tudo o que falei até agora sobre taxa de atualização e flicker se aplica apenas aos
monitores de CRT (os grandões que ainda usam tubo de imagem). Hoje em dia temos
um segundo tipo de monitores, os monitores de LCD, aqueles modelos fininhos e com
tela 100% plana, usados desde sempre nos notebooks.
Nos monitores de LCD, cada ponto na tela é como uma lâmpada acesa, eles não
possuem problemas com flicker, a imagem é sólida, independentemente da taxa de
atualização usada. Em geral, os monitores de LCD suportam várias taxas de
atualização, o mais comum é de 56 a até 75 Hz. Isto é feito para permitir que
funcionem em conjunto com qualquer placa de vídeo e em várias configurações.
Porém, neste caso, a taxa de atualização não afeta a qualidade da imagem.
Se você fica muito tempo na frente do micro ou, principalmente, se trabalha com um,
os monitores de LCD são a opção ideal. Eles são mais caros, mas se você dividir a
diferença de preço por 36 meses (a vida útil média de um monitor) vai ver que o custo
mensal não é tão alto assim. Eles também consomem menos energia (35 watts em
média, contra 100 watts ou mais de um monitor CRT) o que economizará alguns
trocados todo mês na conta de luz, ajudando a amortizar a diferença de preço.
fb1024x768: Esta é uma espécie de opção à prova de falhas, que força a resolução de
1024x768 usando o driver fbdev (frame buffer). O frame buffer é um recurso suportado
pelo kernel que permite exibir imagens manipulando diretamente o conteúdo da
memória de vídeo. A grande vantagem é que não é preciso um driver de vídeo; este
modo vai funcionar mesmo em placas de vídeo que não sejam oficialmente suportadas
pelo Linux. O modo gráfico é aberto a 1024x768 usando 60 Hz de taxa de atualização,
o que permite usar esta opção na grande maioria dos monitores de 14 e 15 polegadas.
Funciona em cerca de 90% das placas de vídeo.
kurumin xvrefresh=60: Esta opção força o sistema a utilizar uma taxa de atualização
de apenas 60 Hz para o monitor. Ela é necessária em alguns monitores de LCD que não
suportam taxas de atualização mais altas e em vários monitores antigos. O "60" pode
ser substituído por qualquer outra taxa de atualização desejada, como em: kurumin
xvrefresh=75. Você pode verificar qual é a configuração usada no Windows (ou no
sistema atual) e especificar manualmente aqui.
kurumin desktop=fluxbox: Esta opção faz com que o Kurumin use o fluxbox como
gerenciador de janelas ao invés do KDE. O Fluxbox é bem mais simples e menos
amigável, mas permite usar o Kurumin em máquinas antigas, onde o KDE fica muito
lento. Usando o Fluxbox o consumo de memória durante o boot (ao rodar do CD) cai
quase pela metade, permitindo usar o sistema em micros com 64 MB de RAM.
A opção "screen=" pode ser usada para especificar qualquer resolução suportada pelo
monitor, mesmo que fora do padrão. Por exemplo, muitos notebooks usam telas wide,
com resolução de 1280x800 ou 1280x768, por exemplo. Em muitos deles, o sistema
detecta a resolução incorretamente e acaba abrindo sempre a 1024x768. Para que
toda a área útil do monitor seja usada, basta especificar manualmente, como em:
"kurumin screen=1280x800" no boot.
Aqui você tem acesso às mesmas opções disponíveis na hora do boot. Se não marcar
nenhuma opção, o vídeo simplesmente é redetectado automaticamente. As opções
permitem forçar o uso das configurações desejadas. O utilitário gera o novo arquivo de
configuração, permite que você teste a configuração, para ter certeza que está
realmente funcionando e, no final, confirma se você quer usá-la.
Você pode simplesmente desativar estes recursos (sobretudo o suporte ACPI que é o
mais problemático) no setup da própria placa-mãe. Mas, também é possível fazer isso
na linha de boot do Kurumin:
A opção acpi=off é uma das mais importantes. Muitas placas, especialmente as M810,
M812 e outros modelos do mesmo "famoso" fabricante possuem implementações
problemáticas do ACPI que funcionam de forma errática, fazendo com que a placa
trave durante o boot caso o recurso não seja explicitamente desabilitado no setup ou
nas opções de boot.
A opção noagp não desabilita placas de vídeo AGP, apenas o recurso de acesso à
memória RAM que é quem pode causar problemas em alguns casos. Mesmo usando-o
sua placa de vídeo AGP continuará sendo detectada normalmente. O mesmo se aplica
à opção nousb, que faz com que mouses e teclados USB sejam reconhecidos pelo
sistema como periféricos PS/2.
Você pode combinar várias opções na mesma linha, começando sempre com
"kurumin". Você pode começar com a linha abaixo, que vai desativar a detecção de
quase tudo e depois ir retirando algumas opções até descobrir qual é exatamente o
problema com a sua placa, como em: kurumin noapic acpi=off noagp noscsi
noapm nousb
A partir do Kurumin 4.0, existe uma opção nova, necessária em algumas placas-mãe e
notebooks: kurumin pci=bios. Esta é uma opção de compatibilidade, destinada a
burlar problemas com a controladora PCI da placa. Outras opções menos usadas são:
expert : Esta opção ativa um modo de inicialização alternativa, que vai perguntando
passo a passo o que deve ser detectado ou não pelo sistema durante o boot. Esta
opção permite detectar partes da detecção automática que fazem o sistema travar em
algumas placas-mãe e também configurar manualmente sua placa de vídeo, som,
mouse, teclado e placa SCSI. Esta opção faz com que o boot seja bem mais demorado;
deve ser usada apenas para solução de problemas.
Outra limitação dos live-CDs é que depois do boot, o drive de CD-ROM fica ocupado, de
forma que você não pode ouvir um CD de música ou assistir um DVD, por exemplo.
É possível evitar isso copiando os arquivos para uma partição do HD. Neste caso, o
drive fica livre o desempenho do sistema fica melhor, já que passa a rodar a partir do
HD, que é muito mais rápido. Para isso, use a opção:
kurumin tohd=/dev/hda1
Onde o "/dev/hda1" é a partição do HD para onde será feita a cópia dos arquivos. É
importante lembrar que a partição não é formatada, o sistema cria apenas uma pasta
"/knoppix" dentro da partição, com uma cópia do conteúdo do CD. Naturalmente, é
preciso existir espaço livre suficiente para receber a cópia do conteúdo do CD.
Neste caso, o CD é usado apenas na etapa inicial do boot. Depois que o sistema é
carregado a partir dos arquivos na partição, o CD pode ser ejetado. A cópia demora
alguns minutos. Mas, depois de fazê-la pela primeira vez, você pode aproveitá-la nas
inicializações seguintes, usando a opção "fromhd=", como em:
kurumin fromhd=/dev/hda1
Isso fará com que o Kurumin use a cópia já feita, sem precisar ficar copiando de novo a
cada boot.
A grande limitação é que por enquanto a imagem de boot do Kurumin suporta apenas
partições Windows formatadas em FAT16 ou FAT32 ou partições Linux, formatadas
em EXT2, EXT3 ou ReiserFS, deixando de fora as partições NTFS do Windows XP, que
ainda não possuem um driver seguro para escrita no Linux. Numa máquina com o
Windows instalado, onde existe apenas uma partição NTFS ocupando todo o HD, ainda
existe a opção de redimensionar a partição usando o gparted, criando uma pequena
partição Linux no final do HD para fazer a cópia. Veja mais detalhes sobre como usar o
gparted logo a seguir, no tópico sobre instalação do sistema.
Lembre-se de que você pode ver as partições existentes no seu HD e em qual sistema
de arquivos cada uma está formatada abrindo o gparted ou o cfdisk. Se você tem o
Windows instalado, então o drive C: será sempre a partição "/dev/hda1".
É possível ainda usar a opção "bootfrom=", que permite dar boot diretamente a partir
do arquivo ISO de uma nova (ou a mesma) versão do Kurumin, sem precisar queimar o
CD. Esta opção funciona de forma muito similar à "fromhd", com a diferença de que ao
invés de procurar pela pasta "knoppix/", o sistema procura pelo arquivo ISO dentro da
partição.
Ao usar esta opção, é preciso indicar a partição e o nome arquivo ISO dentro dela,
como em:
kurumin bootfrom=/dev/hda1/kurumin.iso
Note que esta dica funciona apenas entre versões do Kurumin que utilizam o mesmo
Kernel, pois você está usando o Kernel incluído no CD para inicializar o sistema dentro
do ISO. A versões 3.x usam o Kernel 2.4.25, as versões 4.x usam o Kernel 2.6.8,
enquanto o 5.0 e 5.1 usa o 2.6.11. Você pode usar um CD do Kurumin 5.0 para dar
boot usando o ISO do 5.1, por exemplo, mas não vai funcionar se você tentar usar um
CD da série 4.x, por exemplo, que usa um Kernel diferente.
Fora isso, o sistema continua se comportando exatamente da mesma forma que ao dar
um boot "normal" a partir do CD, você pode inclusive instalar a partir daí.
A partir do Kurumin 5.1 foram incluídas duas opções que permitem salvar arquivos e
novos programas instalados, mesmo ao rodar o Kurumin do CD. Estas opções são
destinadas principalmente a quem usa pendrives, mas você pode usar uma partição no
HD, complementando a opção de copiar os arquivos do sistema para a partição.
kurumin home=/dev/hda1/kurumin.img
(para o arquivo com o home), ou:
kurumin union=/dev/hda1/union.img
(para o arquivo com a imagem do UnionFS)
Isto fará com que o arquivo seja montado no diretório apropriado, fazendo com que as
configurações e arquivos salvos fiquem disponíveis. Todas as alterações feitas são
salvas diretamente nos arquivos de imagem, permitindo que você instale novos
programas e salve arquivos, de uma forma similar ao que faria com o sistema instalado
no HD.
Instalação
A opção de instalar o Kurumin está bem visível dentro da tela inicial do Painel de
Controle, você pode também chamar o instalador usando o comando "sudo kurumin-
install" num terminal. No Painel estão organizadas também outras funções que
usamos para configurar o sistema.
As partições no Linux
Temos duas interfaces IDE na placa-mãe, onde cada uma permite a conexão de dois
HDs, configurados como master ou slave. O primeiro HD, conectado à interface IDE
primária e configurado como master, é reconhecido pelo Linux como hda, o segundo
HD, slave da IDE primária é reconhecido como hdb, enquanto os dois HDs conectados
à IDE secundária são reconhecidos como hdc e hdd.
Caso você esteja usando um HD Serial ATA, então ele será visto como sda. Caso sejam
dois, um será o sda e o outro sdb. O mesmo acontece ao usar HDs SCSI.
Ao mesmo tempo, cada HD pode ser dividido em várias partições. Podemos ter um
total de 4 partições primárias ou três partições primárias e mais uma partição
extendida, que pode englobar até 255 partições lógicas. É justamente a partição lógica
que permite a nós dividir o HD em mais de 4 partições.
Esta limitação das 4 partições primárias, é uma limitação que existe desde o primeiro
PC, lançado em 1981. Os projetistas que escreveram o BIOS para ele, precisavam
economizar memória e chegaram à conclusão que 2 bits (4 combinações) para o
endereço das partições seriam suficientes, pois na época os HDs mais vendidos tinham
apenas 5 MB e só existia um sistema operacional para PCs, o PC-DOS, de forma que
era raro alguém precisar criar mais de uma partição. As coisas mudaram um pouco de
lá pra cá, mas infelizmente esta limitação continua até os dias de hoje.
Para amenizar o problema, foi criado o recurso da partição estendida e das partições
lógicas. A partição estendida contém uma área extra de endereçamento, que permite
endereçar as 255 partições lógicas. É possível criar até 4 partições extendidas, de
forma que (em teoria) é possível dividir o HD em até 1020 partições :).
Neste mapa temos a partição primária, montada no diretório raiz (/) e uma partição
extendida, que engloba tanto a partição swap quanto a partição montada em /home.
Este é o esquema de particionamento mais usado no Linux: três partições, sendo uma
a partição raiz, onde o sistema fica instalado, a partição swap e uma terceira partição
(opcional), montada no diretório /home.
Se estiver com dúvidas sobre como o HD está particionado, abra o gparted, que você
encontra no Iniciar > Sistema. Ele mostra um mapa do HD.
Instalando
Ao começar a instalação propriamente dita, o primeiro passo é escolher em qual HD o
sistema será instalado, caso você tenha mais de um:
O cfdisk é mais prático quando você simplesmente quer formatar o HD todo e criar
novas partições, enquanto o gparted permite que você redimensione partições do
Windows e outras distribuições Linux para liberar espaço para instalar o Kurumin.
Dentro do cfdisk, use as setas para cima e para baixo para selecionar uma partição ou
trecho de espaço livre e as setas para a direita e esquerda para navegar entre as
opções, que incluem:
Delete: Deletar uma partição, transformando-a em espaço livre. Use esta opção para
deletar partições já existentes no HD para poder criar novas.
Create: Cria uma partição usando um trecho de espaço livre. O assistente perguntará
sobre o tamanho da partição, em megabytes. Você terá ainda a opção de criar uma
partição primária e uma partição extendida.
Você pode criar no máximo de quatro partições primárias, uma limitação que vem
desde o PC-XT. Mas, por outro lado pode criar até 255 partições extendidas. Todas as
versões do Windows e do DOS exigem que sejam instaladas numa partição primária,
mas no Linux não existe esta limitação.
Você pode criar quantas partições for necessário e instalar o Kurumin em qual delas
preferir.
Maximize: Redimensiona uma partição, para que ela ocupe todo o espaço disponível
no HD. O processo não é destrutivo, pois o sistema simplesmente adiciona o espaço
adicional no final da partição, sem mexer no que está gravado, mas de qualquer forma
é sempre saudável fazer um backup.
Type: Altera o sistema de arquivos da partição (Linux, FAT, Linux Swap, etc.). Lembre-
se de que você deve ter no mínimo uma partição Linux e outra Linux Swap.
Bootable: Esta é mais uma opção necessária para partições do Windows ou DOS, mas
não para o Linux. Mas a regra básica é que ao usar várias partições, a partição onde o
sistema operacional está instalado seja marcada com este atributo.
Quit: Depois de fazer as alterações necessárias e salvar, só falta sair do programa ;-).
Basicamente, ao usar o cfdisk, você deve criar duas partições, uma maior para instalar
o sistema e outra menor, de 500 MB ou 1 GB para a memória swap. Ao deletar uma
partição antiga você seleciona o trecho de espaço livre e acessa a opção Create para
criar uma partição Linux para a instalação do sistema. Para criar a partição swap, você
repete o procedimento, criando uma segunda partição Linux, mas em seguida você
acessa a opção Type e pressiona Enter duas vezes para que o cfdisk a transforme
numa partição swap. Criadas as duas partições, é só salvar e sair.
O cfdisk não oferece nenhuma opção para redimensionar partições. Para isso você
deve usar o gparted, ou outro particionador com que tenha familiaridade, como o
Partition Magic ou o particionador usado durante a instalação do Mandrake por
exemplo (basta iniciar a instalação até chegar ao particionamento do disco, alterar o
particionamento, salvar e em seguida abortar a instalação).
Lembre-se de que o cfdisk deve ser usado apenas se você deseja deletar ou criar
partições no HD. Se você quer apenas instalar o Kurumin numa partição que já existe
(mesmo que seja uma partição do Windows ou esteja formatada em outro sistema de
arquivos qualquer), pode dispensar o cfdisk, basta sair sem fazer nada. A formatação
propriamente dita é feita mais adiante durante a instalação.
Isto é perfeitamente normal, basta pressionar Enter para fechar o cfdisk e prosseguir
com a instalação. O único problema neste caso é que você terá que recorrer a outro
programa para reparticionar o HD. Como disse acima, você pode usar um CD de
instalação do Mandriva, prosseguir até a parte de particionamento do disco e depois
abortar a instalação.
Se você quer apenas usar o cfdisk para reformatar o HD, sem se preocupar com os
dados, você pode fazer o cfdisk eliminar a tabela de partição do HD, criando uma nova
tabela em branco. Esta opção é perigosa (vai apagar todos os dados), por isso não foi
incluída no instalador. Se você quiser usá-la, abra o Root Shell encontrado em Iniciar >
Configuração do Sistema e chame o comando "cfdisk -z" e particione o disco a seu
gosto. Lembre-se, esta opção vai destruir todos os dados do HD.
Na tela principal, você verá um "mapa" do HD, com todas as partições disponíveis e
pode criar, deletar e redimensionar partições a partir dele. Neste exemplo, tenho uma
partição Windows de 6 GB, formatada em NTFS, onde apenas 1.4 GB estão usados (a
parte que aparece em amarelo no "mapa"). É possível redimensionar a partição
reduzindo seu tamanho para algo próximo do espaço ocupado, 2 ou 3 GB por exemplo.
Você pode usar o gparted para redimensionar a partição do Windows e liberar espaço
para o Kurumin. Ele é capaz de redimensionar tanto partições FAT32 quanto partições
em NTFS. A única exigência é que antes de redimensionar você deve primeiro
desfragmentar a partição alvo (reinicie e use o defrag do próprio Windows). Caso a
partição não esteja desfragmentada ele aborta a operação para evitar qualquer
possibilidade de perda de dados.
Para redimensionar, clique na partição e em seguida sobre a opção
"Redimensionar/Mover", onde você pode ajustar o novo tamanho da partição.
O gparted tem como principal objetivo evitar perda de dados, de forma que sempre
que ele encontra algum problema na partição, a operação é abortada. O problema
mais comum ao redimensionar partições Windows é o fato da partição estar
fragmentada. O gparted não tenta mover arquivos dentro da partição, ele apenas
altera seu tamanho. Se houver arquivos gravados no final da partição, ele se recusará
a tentar redimensioná-la, para evitar que estes arquivos sejam perdidos. Para corrigir o
problema, volte ao Windows e desfragmente a partição.
Depois de concluído, você ficará com um bloco cinza, que representa espaço livre, não
particionado. Para criar uma nova partição, clique com o botão direito sobre ele e em
seguida sobre o botão "Novo". Na tela seguinte você pode escolher o sistema de
arquivos em que a partição será formatada, seu tamanho e também se ela deve ser
criada como uma partição primária, ou uma partição lógica. Lembre-se de que você só
pode criar quatro partições primárias, ou até três primárias e uma extendida, com
várias partições lógicas dentro dela. Ao terminar, clique no "Adicionar" para concluir a
alteração.
Note que as alterações são realmente aplicadas apenas ao clicar sobre o "Aplicar". Se
mudar de idéia, basta usar o botão "Desfazer".
Para instalar, você precisa de uma partição Linux, formatada em ReiserFS, EXT2 ou
EXT3, e uma partição swap. A partição swap não é realmente obrigatória, você até
pode passar sem ela se tiver 512 MB de RAM ou mais. Porém, mesmo com bastante
memória RAM, é recomendável usar uma partição swap, pois ela permite que o
sistema remova bibliotecas e arquivos que não estão sendo usados da memória, em
caso de necessidade, deixando mais memória livre para rodar os aplicativos nos
momentos em que você estiver rodando muita coisa ao mesmo tempo e o PC estiver
sofrendo para acompanhá-lo :-).
Muita gente tem uma imagem errada do uso da memória swap por causa da forma
burra como ela é gerenciada no Windows 98. Nele, mesmo com muita memória
disponível, o sistema insiste em fazer swap, prejudicando o desempenho e tornando o
sistema menos responsivo.
No caso do Linux, principalmente ao usar uma distribuição recente, com o Kernel 2.6, o
gerenciamento é feito de forma muito mais inteligente. O sistema leva vários fatores
em conta na hora de decidir se usa swap ou não, usando-a apenas em casos de real
necessidade, ou quando seu uso vai melhorar o desempenho do sistema.
Usar swap para melhorar o desempenho parece paradoxal. Afinal, a swap é centenas
de vezes mais lenta que a memória RAM e tudo que é colocado nela demora muito
tempo para ser reavido. Porém, quando você abre muitos aplicativos e a memória RAM
começa a acabar, mover para a swap arquivos e bibliotecas que possuem pouca
chance de serem usados novamente faz sentido, pois libera memória para uso dos
aplicativos que você realmente está usando.
Outra coisa a levar em consideração é o cache de disco, espaços de memória que são
usados para copiar informações que são freqüentemente lidas no HD, de forma a
agilizar o acesso a elas. Você pode ver isso funcionando na prática: abra uma janela do
OpenOffice ou o Firefox. Da primeira vez demora um pouco para carregar. Feche a
janela e abra novamente. Da segunda vez já demorou bem menos, não é?
Isto acontece justamente porque na segunda abertura o sistema acessou boa parte das
informações a partir do cache, ao invés de ter de ler tudo novamente a partir do HD ou
CD. O cache de disco é um recurso que acelera absurdamente o tempo de
carregamento dos programas e arquivos. Com mais memória disponível, o sistema
pode fazer mais cache, melhorando perceptivelmente o desempenho.
A terceira questão é que sem swap o sistema não tem para onde correr em situações
onde você precisa abrir muitos programas ou executar alguma tarefa que realmente
use toda a memória disponível. Sem memória, o sistema vai começar a ficar lento e,
em situações mais extremas, os aplicativos começarão a fechar por falta de memória.
Se você tiver bastante espaço disponível no HD, crie uma partição swap de 1 GB ou 2
GB. Se o espaço estiver racionado, crie uma partição menor, de 300 ou 500 MB. O ideal
é que a partição swap seja maior em micros com pouca RAM e menor em micros com
mais memória.
Uma dica é que o gparted também pode ser usado para criar partições FAT32 e NTFS
do Windows. Ou seja, você pode usá-lo também para particionar um HD para a
instalação do Windows ao invés daqueles ultrapassados disquetes de boot do Windows
98. Basta dar um boot com o Kurumin :).
Lembre-se de que o Kurumin ocupa cerca de 1.2 GB ao ser instado, mas você precisará
de espaço para guardar seus arquivos e instalar outros programas. O ideal é reservar
pelo menos 2 GB para o sistema e mais uns 500 MB (ou mais) de espaço para a
partição swap.
Se você tiver mais espaço disponível, aproveite para criar também uma partição extra
para armazenar o diretório /home, que veremos como configurar a seguir. Esta
partição separada permitirá reinstalar o sistema posteriormente sem perder seus
arquivos, que ficarão protegidos numa partição separada.
Copiando os arquivos
Depois de particionar o HD, chegamos à parte mais crucial da instalação, que é a cópia
dos arquivos propriamente dita. O instalador pergunta se você deseja usar uma
partição swap e em qual partição o sistema deve ser instalado. Note que a lista inclui
apenas partições formatadas em sistemas de arquivos do Linux, para evitar o clássico
acidente de formatar por engano a partição do Windows. Lembre-se de que a sua
partição C:\ do Windows é a "/dev/hda1" no Linux.
Muita gente gosta desta simplicidade e por isso continua usando o EXT2 até hoje. O
problema é que, assim como o FAT32, o EXT2 tem uma grande tendência a perder
dados quando o micro é desligado incorretamente (o que num desktop é muito
comum). Nestes casos entra em ação o fsck, que vasculha todos os arquivos da
partição, de forma a detectar e corrigir erros, da mesma forma que o scandisk do
Windows. Os dois problemas fundamentais com o fsck são que:
Ou seja, a menos que você tenha um nobreak e seu micro nunca seja desligado no
botão, não use o EXT2. Ele é um sistema obsoleto, assim com o FAT32 no Windows.
Quando o micro é desligado incorretamente, o fsck consulta este jornal para corrigir os
erros, sem precisar executar o teste completo. Isso diminui bastante o problema, mas
não o corrige completamente, pois o journal é na verdade um arquivo, que assim como
os outros pode ser perdido. Quando isso acontece, o fsck precisa realizar o teste
completo e, caso encontre algum problema, te joga novamente no estúpido prompt de
recuperação. Um terceiro problema é que o journal precisa ser atualizado conforme as
alterações são feitas, um trabalho extra que reduz o desempenho de leitura e gravação
de dados em até 30% em relação ao EXT2.
Finalmente, temos o ReiserFS, que está para o EXT2 e o EXT3 da mesma forma que o
NTFS está para o FAT32 no Windows. Ele é um sistema mais moderno, que inclui
muitos recursos para a proteção dos dados e do próprio sistema de arquivos no caso
de problemas diversos e desligamentos incorretos. O ReiserFS também aproveita
melhor o espaço, agrupando arquivos pequenos, de forma que eles sejam gravados de
forma contínua. Isso acaba fazendo uma grande diferença, pois no Linux temos uma
quantidade muito grande de pequenos executáveis, bibliotecas e arquivos de
configuração.
Problemas de corrupção de dados no ReiserFS são bastante raros. Mas, caso chegue ao ponto do sistema
não dar boot por causa de um problema grave, causado por um desligamento no botão, é possível reparar a
partição dando boot com um CD do Kurumin.
Comece (a partir do CD) abrindo um terminal e logando-se como root, usando o comando "sudo su". A partir
daí, rode o comando:
Ele exibe um aviso: Do you want to run this program?[N/Yes] (note need to type Yes if you do):
Ou seja, você precisa digitar "Yes" para continuar; caso apenas dê Enter, ele aborta a operação. Ele vai
verificar toda a estrutura do sistema de arquivos e indicar os erros encontrados. O próximo passo é usar a
opção " --fix-fixable":
Este segundo comando efetivamente corrige todos os erros simples, que possam ser corrigidos sem colocar
em risco as demais estruturas do sistema de arquivos. Em 90% dos casos isto é suficiente.
Se for encontrado algum erro grave, ele vai abortar a operação. Estes erros mais graves podem ser
corrigidos com o comando:
Este comando vai reconstruir do zero todas as estruturas do sistema de arquivos, vasculhando todos os
arquivos armazenados. Esta operação pode demorar bastante, de acordo com o tamanho e quantidade de
arquivos na partição. Nunca interrompa a reconstrução, caso contrário você não vai conseguir acessar nada
dentro da partição até que recomece e realmente termine a operação.
O --rebuild-tree vai realmente corrigir qualquer tipo de erro no sistema de arquivos. Ele só não vai resolver o
problema caso realmente exista algum problema físico, como, por exemplo, um grande número de setores
defeituosos no HD.
Outros sistemas "modernos" são o XFS e o JFS, que são otimizados para uso em
servidores. Eles também são relativamente populares, mas não são usados no
instalador para não aumentar muito o número de opções.
Assim como no Windows, esta opção de atualização é mais propensa a problemas, pois
é difícil preservar todos os programas instalados e todas as modificações que foram
feitas. Embora a atualização funcione bem na maioria dos casos, alguns programas
podem deixar de funcionar (o que pode ser resolvido simplesmente reinstalando-os).
Os arquivos e configurações, que são o mais importante, são sempre preservados.
A cópia dos arquivos propriamente dita é muito rápida, de 4 minutos (num PC atual) a
12 minutos (num Pentium II com 128 MB e um CD-ROM de 32x). Embora o sistema
fique carregado durante a cópia, nada impede que você navegue ou faça alguma outra
coisa enquanto o sistema está sendo instalado. Os dados são copiados diretamente a
partir do CD-ROM (que é somente leitura) para dentro da partição, de forma que a
cópia não é perturbada mesmo que você crie ou modifique alguns arquivos durante a
instalação,
Concluindo a instalação
Depois de copiar o sistema, o instalador faz algumas perguntas, usadas para concluir a
configuração. A primeira é sobre a configuração da rede, onde você pode definir um
nome para a máquina e depois a opção de configurar a rede automaticamente via
DHCP ou especificar manualmente o endereço IP, gateway e servidor DNS.
Uma observação importante é que o nome da máquina não pode conter espaços nem
caracteres especiais. Usar um nome como "Dandão #$@" vai causar sérios problemas,
pois o sistema não conseguirá atualizar o nome da máquina durante o boot e vários
programas deixarão de funcionar corretamente. Use um nome simples, contendo
apenas letras e números, ou mantenha o padrão.
Até o Kurumin 5.0, era perguntado se você queria configurar a rede durante a
instalação. Se você conecta via ADSL com autenticação (Speedy, Velox, etc.) usando o
pppoeconf, você deveria responder "Não" e deixar para configurar depois de concluída
a instalação.
Para simplificar as coisas, a partir do 5.1, a configuração da rede passou a ser feita no
primeiro boot depois da instalação, como parte do assistente de boas-vindas.
Claro, não poderíamos nos esquecer de escolher uma senha para o root e também
para o usuário kurumin, que será usado depois de concluída a instalação. O instalador
não aceita senhas em branco. É importante usar boas senhas ao acessar a internet,
pois a senha é a última linha de proteção caso você mantenha o SSH ou outros
servidores ativos. Senhas fáceis são a principal causa de invasões em sistemas Linux.
O usuário kurumin (ou knoppix nas versões antigas) é uma espécie de power-user,
criado com o objetivo de facilitar o uso do sistema para novos usuários. Ele tem acesso
aos utilitários de configuração, permissão para instalar novos programas e configurar
programas como o K3B, de modo que você não precise ficar toda hora fornecendo a
senha de root.
O usuário kurumin possui privilégios suficientes para usar o sistema sem sobressaltos,
mas sem abrir as várias brechas de segurança de usar o usuário root diretamente. É
um meio termo entre segurança e praticidade. O Ubuntu adota um sistema similar,
onde a conta de root é desativada e você usa o comando "sudo" (como no Kurumin)
quando precisa executar comandos como root. A principal diferença é que o Ubuntu
confirma a senha (da conta de usuário, não do root) periodicamente.
Se você é um usuário com mais experiência, pode preferir criar um novo usuário, este
sim um usuário "comum", sem privilégios especiais. Para criar mais usuários depois da
instalação, use o comando "adduser" (como root) como em "adduser joao". Os novos
usuários aparecem automaticamente na tela de login.
Se preferir um utilitário gráfico, você pode usar o "users-admin", que pode ser
executado pelo terminal, ou pelo ícone no "Iniciar > Sistema > Gnome System Tools".
Ele pode ser encontrado também no Fedora (onde se chama "system-config-users") e
no Mandriva (onde se chama "userdrake").
Você pode ativar ou desativar o uso do sudo, que é o responsável pelos privilégios
administrativos a qualquer momento, usando as opções dentro do painel dos ícones
mágicos. Estas opções fazem as alterações necessárias no arquivo "/etc/sudoers" e a
alteração passa a valer imediatamente. Não é preciso reiniciar o KDE.
Naturalmente, para ativar o sudo para um novo usuário, é preciso fornecer a senha de
root.
Configurando o Lilo
Você tem a opção de instalar o Lilo na trilha MBR do HD, fazendo com que o Kurumin
passe a ser o sistema default (respondendo "Sim" à pergunta), ou instalar o Lilo na
partição (respondendo "Não").
Quando você liga o micro, o BIOS da placa-mãe detecta o HD, CD-ROM, disquete e
outros periféricos instalados. Depois de terminar seu trabalho, o BIOS procura por
algum sistema operacional para carregar, seja no HD, CD-ROM, disquete ou mesmo
via rede, de acordo com o configurado no setup.
No caso do HD, o BIOS lê apenas os primeiros 512 bytes, que são justamente a trilha
0, ou trilha MBR do HD. Neste pequeno espaço vai a tabela de partição e o gerenciador
de boot.
Se o Kurumin for o único sistema instalado, basta responder Sim e seus problemas
acabaram. Se por outro lado você está instalando o Kurumin em dual-boot com o
Windows ou outra distribuição do Linux, siga os seguintes passos para configurar os
dois sistemas em dual-boot:
other = /dev/hda1
label = Windows
other = /dev/hda2
label = Mandriva
Uma observação importante: Os nomes não podem ter mais de 14 caracteres e não
podem conter espaços ou caracteres especiais.
A partir daí você tem a opção de escolher qual sistema operacional será carregado
durante o boot. Você pode configurar o lilo do Kurumin para inicializar vários sistemas
diferentes se for o caso, basta ir descomentando os pares de linhas correspondentes.
Para modificar a configuração do lilo depois de concluída a instalação, abra o arquivo
"/etc/lilo.conf" (como root) e, depois de salvar as alterações, execute o comando
"lilo" (novamente como root) para que elas sejam gravadas no HD.
Depois de instalado no HD, o desempenho do Kurumin fica melhor, pois o processador
não precisa mais ficar descompactando os dados do CD, além de que um HD sempre
oferece um tempo de busca bem menor.
Desde o Kurumin 2.0, existe a opção de instalar o diretório "/home" numa partição
separada do restante do sistema, opção que é dada no final da instalação.
Naturalmente, para usar este recurso, é preciso que você tenha criada uma partição
adicional ao particionar o HD.
O mais comum neste caso é criar uma partição menor, de 4 a 8 GB para instalar o
sistema (de acordo com a quantidade de programas adicionais que você pretende
instalar), uma partição swap de 1 ou 2 GB e uma partição maior, englobando o
restante do HD, para ser usada como "/home". A partição home deve ser maior, pois é
nela que serão guardados seus arquivos, músicas, e-mails, trabalhos, filmes, etc.,
coisas que normalmente ocupam bem mais espaço que os arquivos do sistema.
Usar uma partição separada permite que você possa reinstalar o sistema sem perder
seus arquivos e configurações, o que é especialmente interessante no caso do
Kurumin, que é atualizado freqüentemente.
Cada programa armazena suas configurações dentro de uma pasta oculta dentro do
seu diretório de usuário, como ".mozilla", ".kde", etc. Mesmo ao reinstalar o sistema,
estas pastas são reconhecidas e as configurações antigas preservadas. Basta tomar o
cuidado de guardar também todos os seus arquivos dentro do diretório home e você
não perderá quase nada ao reinstalar.
O primeiro passo é indicar a partição que deseja usar. Como já vimos, no Linux as
partições aparecem como dispositivos dentro do diretório /dev/, como "/dev/hda1"
(para a primeira partição, o C: no Windows) ou "/dev/hda2". Em caso de dúvidas, você
pode ver um mapa mostrando como o HD está formatado dentro do gparted.
Em seguida o instalador abre uma janela do kedit com o arquivo "/etc/fstab", onde vão
as informações sobre todas as partições e outros sistemas de arquivos que são
montados durante o boot. Esta janela é apenas "um extrato para simples conferência";
você não precisa se preocupar em alterar mais nada. As linhas adicionadas pelo
instalador vão no final do arquivo, como em:
Veja que a sintaxe não é tão complicada assim. Traduzindo para o Português, a linha
diz: "Monte a partição /dev/hda2 no diretório /home. Esta partição está formatada em
ReiserFS e você deve montá-la usando a opção notail (que melhora o desempenho no
acesso à partição)".
Outra opção para usar o diretório home numa partição separada (que muitos acham
mais simples) é simplesmente copiar a pasta home para dentro da outra partição e
criar um link para ela, substituindo a pasta home do sistema.
Imagine que você tem o sistema instalado e algum tempo e agora quer reinstalar sem
perder os arquivos do home. Você tem uma partição livre, a "/dev/hda2" disponível.
O primeiro passo seria montar a partição livre e em seguida copiar o home atual para
ela. É importante fazer isso como root, usando o comando "cp -a", que faz uma cópia
exata, mantendo todas as permissões dos arquivos. Se a sua pasta home é
"/home/joao", o comando seria:
# cp -a /home/joao /mnt/hda2
# mv /home/joao /home/joao-old
# ln -s /mnt/hda2/joao /jome/joao
Embora possa ser um pouco mais trabalhosa, esta segunda receita tem um efeito
similar à primeira. Você escolhe qual prefere usar ;).
Depois de reiniciar o micro, você tem a opção de configurar a conexão com a internet,
atualizar a lista de pacotes do apt-get (apt-get update) e de ativar o firewall. Os dois
passos são opcionais; atualizar a lista de pacotes do apt é necessário para poder
instalar novos programas usando o apt-get ou os ícones mágicos, e ativar o firewall é
sempre uma boa idéia se seu micro está diretamente conectado à internet