Você está na página 1de 1

Nomes: Elisa Messias de Figueiredo e Franciele Finck Curso: Comunicação Social

Nível: II Unidade: FAMECOSData: 02/11/03


Disciplina: Dinâmica da Comunicação Coletiva

Resumo do Texto “Televisão Subliminar – Socializando através de


Comunicações Despercebidas”
Capítulo 1 – Falsos mitos na autocompreensão
“Emoções, Percepção e Inconsciente”

Alguns fenômenos conhecidos da psicologia, como a defesa perceptiva, a


dominância perceptiva e a dissonância cognitiva permitem ilustrar a existência de estímulos
que, apesar de permanecerem inconscientes como conseqüência do bloqueio provocado
pelas emoções, exercem uma influência decisiva sobre o comportamento.
A defesa perceptiva consiste numa resistência a perceber de maneira consciente
estímulos que podem provocar ansiedade ou angústia. O sujeito se defende do estímulo
perturbador atrasando seu reconhecimento ou captando-o de maneira distorcida, para
ajustá-lo a seus próprios preconceitos. As informações angustiosas ou perturbadoras são
desviadas do consciente para o inconsciente. Comprovou-se que os sujeitos demoram mais
para identificar palavras de significado perturbador do que palavras neutras.
Conectado ao tema da defesa perceptiva está o da dominância perceptiva ou da
atenção seletiva. Quando se superpõem estímulos opostos, só um resulta em dominante em
função de interesses, preconceitos ou valores. É o motivo pelo qual um calvo detecta mais
rapidamente um anúncio de um tônico capilar ou uma mulher gorda o de um sistema de
emagrecimento.
Também é significativo a respeito o fenômeno conhecido em psicologia como de
dissonância cognitiva. A dissonância cognitiva ocorre quando se produz uma discrepância
entre a percepção da realidade e a imagem que o sujeito tem de si mesmo. Em muitos
casos, o medo de ferir a própria imagem e a necessidade de reduzir a angústia provocada
por uma dissonância intolerável levam os sujeitos a distorcerem, de maneira inconsciente, a
percepção da realidade. Sabe-se, por exemplo, que as pessoas com menos probabilidades de
acreditarem nos perigos do tabaco são os fumantes que tentaram parar de fumar e
fracassaram na tentativa.
O importante é a demonstração de que se existe a defesa perceptiva e a dissonância
cognoscitiva, é porque o inconsciente capta os estímulos antes de que estes se tornem
conscientes. Existe uma espécie de percepção que, ao se manter inconsciente, garante o
controle defensivo.

Você também pode gostar