O senhor Francisco, fugindo da seca no Ceará, se aboletou num pau-de-arara, e ater
rizou no Rio de Janeiro, depois de 4 dias de viagem.
Com aquela cara de fugitivo de guerra e retirante esfaimado, sem um tusta nos bo lsos, entrou em um restaurante e assetou-se numa mesa bem escondida num canto. O garçom olhou pra ele meio desconfiado e ia passando de largo, quando o cearense falou: Faça favor! (dois efes) O que deseja? Fineza fazer frango frito (+ 4 efes = a 6) Com que? Feijão, farinha, farofa (+ 3 efes = a 9) O garço já meio desconfiado que fosse gozação: E se não tiver? Filé ou fígado. (+ 2 efes = 11) O garçom falou consigo mesmo, meio irritado: Eu pego esse cabra , e perguntou: Quer pão? Faça fatias (+ 2 efes = 13) O garçom coçou a cabeça, e ficou de longe apreciando a fúria gastronômica do esfomeado. Aí oi levar o cafezinho, colocou-o sobre a mesa, e enquanto o cearense bebia, penso u consigo: Agora eu pego ele , e o perguntou: Como estava o café? Fraco e frio. (+ 2 efes = a 15) Como o senhor gosta. Forte e fervendo. (+ 2 efes = a 17) O garçom já começou a simpatizar com o seu Chico. De onde o senhor é? Fortaleza. (+ 1 efe = a 18) Qual o seu nome: Francisco Fernandes Ferreira Fagundes Filho. (+5 efes = 23) Qual a sua profissão? Fui ferreiro. (+ 2 efes = a 25) Deixou a profissão? Porque? Faltou ferro. (+ 2 efes = a 27) O que o senhor fazia: Fabricava facas, foices, facões, fechaduras, ferraduras, ferramentas. (+7 efes = 3 4) O garço, impressionado, mas querendo fazer um último teste, falou: Se o senhor falar mas 4 palavras com efe (F), não paga a conta, fica de graça. Foi formidável. Ficando fiado fico freguês. (+6 efes = 40) E com estas últimas 6 palavras e os quarenta efes (F) o cearense saiu sorrindo, fe liz e saciado, dando tapinhas na pança.