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DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA

ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA


SUBESTAÇÕES

PROFESSOR JOSEMAR

Arranjos
de
Barramentos
Márcio Rodrigues
&
Júlio Carvalho
ARRANJO: Forma de conexão entre linhas,
transformadores e cargas de uma
subestação.

• Flexibilidade requerida em termos de


facilidade de manobras;
• Continuidade e confiabilidade
operacionais;
• Manutenções;
• Custos de implantação.
Barramento Simples
linha

faca de terra
Vantagens:
disjuntor

• Instalações extremamente seccionadora

simples;
• Manobras simples,
normalmente ligar e
desligar circuitos
alimentadores;
• Custo reduzido.

alimentadores
Barramento Simples
linha
Desvantagens:
faca de terra

• Falha no barramento ou num disjuntor


disjuntor resulta no desligamento
da subestação. seccionadora
• A ampliação do barramento não
pode ser realizada sem a completa
desenergização da subestação.
• Pode ser usado apenas quando
cargas possam ser interrompidas
ou tenha-se outras fontes durante
uma interrupção.
• A manutenção de disjuntor de
alimentadores interrompe
totalmente o fornecimento de
energia para os consumidores alimentadores

correspondentes.
Duplo Barramento Simples
Vantagens:

• Cada circuito tem dois


disjuntores dedicados.

• Flexibilidade de conexão
de circuitos para a outra
barra.

• Qualquer disjuntor pode


ser retirado de serviço
para manutenção.

• Fácil recomposição.
Duplo Barramento Simples

Desvantagens:

• Custo mais elevado.

• Perderá metade dos circuitos


para falha num disjuntor se os
circuitos não estiverem
conectados em ambas as
barras.
Barramento Simples Seccionado
Vantagens:

• Maior continuidade no
fornecimento;

• Maior facilidade de execução


dos serviços de manutenção;

• Este arranjo pode (é indicado)


para funcionar com duas (ou
mais) fontes de energia;

• Em caso de falha da barra,


somente são desligados os
consumidores ligados à
seção afetada.
Barramento Simples Seccionado
Desvantagens:

• Não se pode transferir


uma linha de uma
barra para outra;

• A manutenção de um
disjuntor deixa fora de
serviço a linha
correspondente;

• Esquema de proteção
é mais complexo.
Barra Principal e de Transferência
Vantagens:

• Custo inicial e final baixo;

• Qualquer disjuntor pode


ser retirado de serviço
para manutenção;

• Equipamentos podem ser


adicionados e/ou retirados
à barra principal sem
maiores dificuldades.
Barra Principal e de Transferência
Desvantagens:

• Requer um disjuntor extra


para conexão com a outra
barra;

• As manobras são
relativamente complicadas
quando se deseja colocar
um disjuntor em
manutenção;

• Falha no barramento ou
num disjuntor resulta no
desligamento da
subestação.
Barramento Duplo, um Disjuntor
Vantagens:
Barra 1

• Permite alguma flexibilidade Disj.


com ambas as barras em Barra 2
operação;

• Qualquer uma das barras


poderá ser isolada para
manutenção;

• Facilidade de transferência dos


circuitos de uma barra para
outra com o uso de um único
disjuntor de transferência e
manobras com chaves.
Barramento Duplo, um Disjuntor
Desvantagens: Barra 1

Disj.
• Requer um disjuntor extra (de Barra 2
transferência) para conexão
com a outra barra;
• São necessárias quatro chaves
por circuito;
• A proteção do barramento pode
causar a perda da subestação
quando esta operar com todos
os circuitos num único
barramento;
• Alta exposição a falhas no
barramento;
• Falha no disjuntor de
transferência pode colocar a
subestação fora de serviço.
Barramento Duplo, Duplo Disjuntor
Vantagens:
A
• Arranjo mais completo;
• Muito mais flexível;
D11 D21
• Maior confiabilidade.

Desvantagem:
• Muito mais caro.
D12 D22

Aplicação:
• Instalações de grande
potência (UHV); B
• Continuidade de fornecimento.
Barramento Duplo com
Disjuntor e Meio
A
Vantagens:

• Maior flexibilidade de
manobra;

• Rábida recomposição;

• Falha nos disjuntores


adjacentes às barras
retiram apenas um circuito
de serviço;
B
• Chaveamento independente
por disjuntor;
Barramento Duplo com
Disjuntor e Meio
A

Vantagens:
• Manobras simples com
relação ao chaveamento;

• Qualquer uma das barras


poderá ser retirada de
serviço a qualquer tempo
para manutenção;

• Falha num dos barramentos


não retira circuitos de serviço.
B
Barramento Duplo com
Disjuntor e Meio
A

Desvantagens:

• Um e meio disjuntor por


circuito;

• Chaveamento e religamento
automático envolvem
demasiado número de
operações além do disjuntor
intermediário e circuitos
agregados.
B
Barramento em Anel
Vantagens:

• Custo inicial e final baixo;

• Flexibilidade de manutenção
nos disjuntores;

• Qualquer disjuntor pode ser


removido para manutenção
sem interrupção da carga;
Barramento em Anel
Vantagens:

• Necessita apenas um
disjuntor por circuito;

• Não utiliza barra principal;

• Cada circuito é alimentado


através de disjuntores;

• Todas as chaves abrem os


disjuntores.
Barramento em Anel
Desvantagens:

• Se uma falta ocorre


durante a manutenção de
um disjuntor o anel pode
ser separado em duas
seções;

• Religamento automático e
circuitos de proteção
relativamente complexos.
Barramento em Anel
Desvantagens:

• Para efetuar a manutenção num


dado equipamento a proteção
deixará de atuar durante esse
período;

• Falha no disjuntor durante uma


falta em um dos circuitos causa
a perda de um circuito adicional
pois, um disjuntor já está fora de
operação.
Barramento em Anel
Desvantagens:

• Necessidade de equipamentos
em todos os circuitos por não
haver referência de potencial
neste arranjo.
Esses equipamentos são
necessários em todos os casos
para sincronização, linha viva ou
indicação de tensão.
Barramento em Anel
Desvantagens:

• Necessidade de equipamentos
em todos os circuitos por não
haver referência de potencial
neste arranjo.
Esses equipamentos são
necessários em todos os casos
para sincronização, linha viva ou
indicação de tensão.
BARRAMENTOS ELÉTRICOS

BARRAMENTOS FLEXÍVEIS
• SUBESTAÇÕES DE 13,8kV a 34,5kV.
• BARRAMENTOS COM CONDUTORES DE
COBRE.
• BAIXA RESISTIVIDADE, BOA RESISTÊNCIA
MECÂNICA, ALTA CAPACIDADE DE TROCA DE
CALOR COM O AMBIENTE.
BARRAMENTOS ELÉTRICOS
BARRAMENTOS ELÉTRICOS

BARRAMENTOS RÍGIDOS
• SUBESTAÇÕES DE 138kV a 500kV.
• BARRAMENTOS COM CONDUTORES DE
ALUMÍNIO.
• SUPORTAM GRANDES CORRENTES DE CARGA
E DE CURTO-CIRCUITO.
BARRAMENTOS ELÉTRICOS
BARRAMENTOS ELÉTRICOS

CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO:

• CRITÉRIO ELÉTRICO

• CRITÉRIO TÉRMICO

• CRITÉRIO MECÂNICO
BARRAMENTOS ELÉTRICOS
CRITÉRIO ELÉTRICO
z Corrente Nominal: a determinação é feita quando há
equilíbrio térmico entre o calor gerado pela corrente ao
passar pelo condutor por efeito Joule e o calor dissipado
no ambiente.

z Fabricantes determinam a capacidade de condução dos


barramentos através de processos experimentais e
ensaios.

z Tabelas de fabricantes relacionam diâmetro do


barramento, corrente nominal e temperatura.
BARRAMENTOS ELÉTRICOS
TABELA Corrente nominal conforme normas NEMA
Temperatura Ambiente 40oC - Temperatura do Tubo 70oC

DIÂMETRO CAPACIDADE EM AMPERES – 60 Hz


DO TUBO INSTALAÇÃO ABRIGADA INSTALAÇÃO AO TEMPO
IPS
“STANDARD” EXTRA “STANDARD” EXTRA
PESADO PESADO
1” 590 680 700 840

1 ½” 840 1000 1010 1200

2” 1100 1215 1320 1460

2 ½” 1490 1610 1790 1930

3” 1765 2050 2120 2450

3 ½” 2030 2300 2400 2720

4” 2300 2650 2720 3130


4 ½” 2730 3180 3220 3760

5” 3100 3650 3660 4300

6” 3860 4600 4560 5400


BARRAMENTOS ELÉTRICOS
CRITÉRIO TÉRMICO
z Evitar recozimento do barramento durante o tempo de
curto-circuito.

z Para correntes de curto-circuito todo calor produzido na


barra causa aumento de temperatura, porque devido ao
curto tempo de existência da falha não existem perdas
por radiação.

z Parâmetros considerados: área de seção do


barramento, tipo do material, duração do curto-circuito e
temperatura inicial e final do barramento.
BARRAMENTOS ELÉTRICOS
A liga GB-D50SWP da ALCAN tem a seguinte equação
para o aumento de calor devido às correntes de curto
circuito:

S θF + 258 
Icc = 2,18 x10 x 4
10 g10  
T  θ I + 258

Icc - corrente de curto circuito em Amperes


θF - temperatura final do tubo ºC (após a falha)
θI - temperatura inicial do tubo ºC
S - seção do tubo em cm2
T - tempo de duração da falha em segundos.
BARRAMENTOS ELÉTRICOS
CRITÉRIO MECÂNICO
z Esforços mecânicos: peso próprio do barramento, peso
dos acessórios, carga do vento e carga do curto-circuito.

z Cálculo de momento fletor, máxima tensão de tração,


esforços dos ventos sobre o barramento e esforços
devido a curto-circuitos.
BARRAMENTOS ELÉTRICOS
Equações para cálculo esforços mecânicos (Barramento tubular):
2
Momento fletor máximo WL
M =
8
M
Máxima tensão de tração σ =
Y

Máxima deflexão 5 WL 4
f =
384 EJ
BARRAMENTOS ELÉTRICOS
Equações para cálculo de esforços mecânicos:

Esforços de ventos sobre o barramento:

P = 0 , 0045 .V 2

P: pressão do vento em kgf/m2


V: velocidade do vento em km/h
BARRAMENTOS ELÉTRICOS
Equações para cálculo de esforços mecânicos:

Força sob efeito de curto-circuito:


2
− 7 icc
Fb = 11 , 22 . 10 . .( l 2
+ a 2
− a )
a
Fb: força em Newton
Icc: corrente de curto circuito simétrica em amperes
a: distância entre fases em cm
l: distância entre pontos de apoio em cm
BARRAMENTOS ELÉTRICOS
DISPONIBILIZAÇÃO DE CÓPIA DO TRABALHO

Solicitar via e-mail:

MARCIO@LACTEC.ORG.BR

JCARVALHO@HSBC.COM.BR

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