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O Sono e os Sonhos

"O Livro dos Espíritos" - Questões 400 a 412Dirigente do Estudo da Noite:Mauro


[MBueno] Oração Inicial:Deus, nosso Pai, que sois todo Poder e Bondade, dai a
força àqueles que passam pela provação, dai a luz àquele que procura a verdade,
ponde no coração do homem a compaixão e a caridade. Deus ! Dai ao viajor a estrela
guia,
ao aflito a consolação,
ao doente o repouso.
Pai ! Dai ao culpado o arrependimento,
ao Espírito a Verdade,
à criança o guia,
ao órfão o pai.
Senhor !
Que vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes. Piedade, Senhor,
para aqueles que vos não conhecem,
esperança para aqueles que sofrem.
Que a vossa bondade permita aos Espíritos consoladores derramarem por toda parte
a Paz, a Esperança e a Fé. Deus !
Um raio, uma faísca do vosso amor pode abrasar a terra; deixai-nos beber nas fontes
dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão,
todas as dores se acalmarão.
Um só coração,
um só pensamento subirá até vós,
como um grito de reconhecimento e de amor. Como Moisés sobre a montanha,
nós vos esperamos com os braços abertos, oh! Bondade,
oh! Beleza,
oh! Perfeição,
e queremos de alguma sorte merecer a vossa misericórdia. Deus !
dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até vós; dai-nos a caridade
pura, dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará das nossas almas o
espelho onde se refletirá a Vossa Imagem. (Prece de Cáritas)
Que assim seja !

Mensagem Introdutória:PERANTE OS SONHOS

Encarar com naturalidade os sonhos que possam surgir durante o descanso físico, sem
preocupar-se aflitivamente com quaisquer fatos ou idéias que se reportem a eles. Há
mais sonhos na vigília que no sono natural.. Em tudo há sempre uma lição.
Repudiar as interpretações supersticiosas que pretendam correlacionar os sonhos com
jogos de azar e acontecimentos mundanos, gastando preciosos recursos e oportunidades
na existência em preocupação viciosa e fútil
Acautelar-se quanto às comunicações inter vivos, no sonho vulgar, pois, conquanto o
fenômeno seja real, a sua autenticidade é bastante rara. Não se prender demasiadamente
aos sonhos de que recorde ou às narrativas oníricas de que se faça ouvinte, para não
descer ao terreno baldio da extravagância. A lógica e o bom senso devem presidir a todo
raciocínioAndré Luiz
Do Livro: Conduta Espírita
Psicografia: Waldo Vieira
Editora: FEB

. Um dos momentos mais sagrados é o momento do repouso. Nesse momento nosso


espírito ausenta-se "parcialmente" da matéria alcançando esferas onde buscará
seus afins. Quando eu digo afins, pensem em outros espíritos e ambientes. O
espírito deixa então seu corpo como um presidiário no momento do intervalo em
que pode ver a luz do sol, onde almeja um dia estar nela sempre. Assim somos nos.
Nossa alma presa à matéria , almeja a liberdade e no momento do sono, aprecia
essa oportunidade junto a lugares e espíritos simpáticos. Quando retornamos
desses lugares, temos a suave lembrança através do que chamamos de sonhos. é
comum sonharmos como lugares , fatos e espíritos que fizeram parte do passado
em outras encarnações. Podemos também observar situações futuras, porem, como
dito no LE os sonhos não são verdadeiros, como entendem os que lêem a sorte, pois
não é natural supor que sonhar com uma coisa anuncia outra. Os sonhos, são então
uma expressão nada mais do que a recordação - mais comumente. O espírito
desprendido do sono, pode causar fadiga ao corpo físico. Isso se da porque o
espírito apesar de desligamento parcial do corpo ainda assim se mantém ligado o
tempo todo e envia "sinais" ao corpo que faz com que o mesmo se sinta cansado.
Quantas vezes não acordamos e dissemos : "To com a impressão de que levei uma
surra. Meu corpo esta todo doído!" é justamente por causa desse fenômeno. não
desprendemos do corpo somente durante o sono. Nos momentos em que
"pescamos" :)) , os momentos de cochilos, melhor dizendo :), também levam ao
sono. O espírito sempre aproveita os momentos em que o corpo esta entorpecido
para visitar lugares e pessoas afins. Muitas pessoas que não conseguem se lembrar
A Visão Espírita do Sono e Sonhos

Palestrante: Julio Cesar de Sá Roriz


Rio de Janeiro
14/07/2000 Organizadores da palestra:Moderador: "Wania" (nick: |Moderadora|)
"Médium digitador": "jaja" (nick: Julio_Cesar)

Oração Inicial:

<|Moderadora|> Jesus amigo, Senhor de nossas vidas, mais uma vez, rogamos ao teu
coração generoso que nos ampare neste momento em que iniciamos mais uma palestra
virtual.

Que as tuas vibrações de paz e amor envolvam a todos nós aqui presentes, equilibrando
nossos pensamentos e sentimentos. Que os espíritos que coordenam este trabalho, mais
uma vez, estejam ao nosso lado, fortalecendo-nos, amparando-nos e auxiliando a
realização de mais este momento de estudos.

Que seja em teu nome e em nome de Deus, que possamos iniciar a atividade desta noite.
Que assim seja!

Apresentação do Palestrante:

<Julio_Cesar> Boa noite! Eu sou expositor do Instituto de Cultura Espírita do Brasil,


uma obra fundada por Deolindo Amorim, sou coordenador de reunião pública e
expositor do Centro Espírita Seara Fraterna, no Catete - Rio de Janeiro - RJ, há 30 anos
e coordenador de uma Instituição Espírita Tarefeiros do Bem (IETB), que faz promoção
de eventos espíritas, como por exemplo, o Encontro sobre Sócrates e a Doutrina
Espírita, produção da peça teatral "Violetas na Janela" e outros eventos. (t)

Considerações Iniciais do Palestrante:

<Julio_Cesar> O tema de hoje está muito bem abordado por Allan Kardec, no capítulo
VIII de "O Livro dos Espíritos", quando trata da emancipação da alma.

O sono é uma necessidade fisiológica para descanso do corpo, mas o espírito não
precisa desse descanso. Enquanto o corpo se relaxa, afrouxam-se os liames entre o
espírito e o corpo. Assim, o espírito tem a possibilidade de entrar em contato com o
mundo espiritual.

Após esse encontro, que está sempre regido pelo centro de interesse do espírito que se
emancipa do corpo, provisoriamente, ele retorna ao corpo, cujos implementos
orgânicos, cerebrais, não têm possibilidade de percepção total da experiência vivida
pelo espírito no contato com o plano espiritual.

Desta maneira, permanecem a nível consciente retalhos, fragmentos de lembranças


daquela experiência. No entanto, a nível subliminar, subconsciente, a emoção da
experiência permanece viva. Quando o espírito encarnado está no estado de vigília e
entra em relação com pessoas que estejam relacionadas com o teor do sonho, dentro do
centro de interesse do sonho, automaticamente este espírito encarnado sente a emoção
invadir o seu ser como o mar invade a praia, sem que ele consiga explicar
conscientemente como foi que se processou isso.

Na pergunta 459 de "O Livro dos Espíritos", as entidades que auxiliaram Kardec
informaram que os espíritos influenciam em nossas vidas muito mais do que nós
supomos. Através do sono, há maior possibilidade de influência dos espíritos em nossas
vidas, uma vez que, liberto do jugo da matéria, o espírito adquire uma abertura maior de
percepção, podendo até perceber algo da vida passada e até prever fatos da vida futura.
Neste caso, o Espírito vai ao encontro de pessoas encarnadas igualmente desdobradas
do corpo, percebem a situação e, ao retornarem ao corpo, mantendo alguma lembrança
do encontro, têm uma antecipação do fato que vai ocorrer. O pensamento é a vestimenta
das idéias. O perispírito é ideoplástico, sofrendo uma grande influência do pensamento.

Assim sendo, temos que incluir nessas percepções do espírito emancipado do corpo suas
visões referentes às formas-pensamento, idealizações concretizadas sob uma forma que
podem ser vistas pelo espírito encarnado desdobrado do corpo.

Está claro que esta é a visão da Doutrina Espírita, que não é compartilhada pela
Psicologia, notadamente pela teoria freudiana que estabelece na "interpretação dos
sonhos" algo que é explicado da seguinte maneira:

Temos desejos que estão nas profundidades do nosso inconsciente (Id) que não temos
condições de admití-los, pois nosso eu (ego) não está estruturado para considerá-los
verossímel. Ele diz também que temos uma estrutura de fiscalização, chamada
superego, que de alguma maneira nos protege pelos aspectos morais, educacionais
estabelecidos pelo meio onde a pessoa vive.

Para Freud, o sonho é um "escape" de algo do inconsciente que vem à tona como um
"ato falho", ou seja, uma expressão do desejo que vem ao consciente. Freud era
materialista e, como todos os médicos e psicólogos materialistas, consideram que o
pensamento é uma secreção do cérebro.

Apesar de considerarmos ser verdadeiro o sonho decorrente de algum distúrbio


fisiológico, ficamos com a idéia espírita sobre a emancipação da alma. (t)

Perguntas/Respostas:

<|Moderadora|> [01] <Leonardo__SP> Quais são os perigos, reais, para os


praticantes de Viagem Astral, se é que existe algum?

<Julio_Cesar> O termo "Viagem Astral" pode ser definido com a terminologia espírita
como sendo um desdobramento ou como um aspecto sonambúlico. O espírito sai do
corpo e, consciente, vive a experiência da emancipação.

O perigo que pode ocorrer é quando há treinamentos para realizar essas "viagens
astrais" sem que se tenha uma consciência maior das conseqüências desta experiência,
ou seja, o espírito fora do corpo, ele vai ao encontro do seu centro de interesse e, se não
estiver muito bem protegido e se não houver um motivo justo para este desdobramento
consciente, poderá cair em ciladas de fascinadores que têm como objetivo subtrair a
energia do espírito encarnado desdobrado do corpo. Nosso corpo é uma proteção
maravilhosa e, ao nos despojarmos dele, tão-somente pela curiosidade, estaremos então
dentro das conseqüências advindas do gesto irresponsável.

Questionamos bastante as escolas de projeciologia, como as que desenvolve Waldo


Vieira, pois temos a impressão que é necessário nos apropriarmos da existência
corpórea, realizar todo o bem possível para que possamos estar em condições espirituais
favoráveis para uma experiência fora do corpo. (t)

<|Moderadora|> [02] <bic0> Em geral, ouve-se muito no meio espírita, como


explicação para os sonhos, a libertação provisória da alma e as lembranças
guardadas na memória dessa libertação noturna. As imagens e sentimentos e
impressões diárias não podem ser causas também dos sonhos?

<Julio_Cesar> Como eu disse nas considerações iniciais, o sonho pode ser influenciado
pelas questões cotidianas, uma vez que o espírito encarnado, preocupado com essa ou
aquela questão mais grave, pode deixar o seu imaginário se desenvolver, passando por
"pesadelos", que são diretamente proporcionais ao grau de dificuldade da situação
cotidiana que ele está passando.

O psicólogo Lacan (freudiano e francês) escreveu um tratado sobre uma rede de


significantes que implementamos em nossa mente desde tenra idade, ou seja, todos os
valores recebidos no lar através da influência de pai e mãe e da sociedade ficam
guardados no aparelho psíquico sob a forma de verdadeiros "chips", que têm uma
possibilidade de serem acessados em qualquer momento de nossas existências.

Assim sendo, pela visão de Lacan, todo e qualquer fenômeno que nós nos defrontamos
na vida cotidiana, fatalmente remetemo-la àquela rede de significantes, impulsionando,
automaticamente, uma resposta sob a forma de medo, alegria, tristeza, etc. Ora, se isso
for uma verdade, podemos dizer que temos uma rede de significantes de outra vida,
portanto, não só dessa vida.

Portanto, quando estamos na vigília ou emancipados do corpo, ao lidarmos com as


pessoas da vida cotidiana ou com os espíritos desencarnados, temos a nossa rede de
significantes sendo acionada. Isso então pode responder à luz da Psicologia materialista,
colocada agora com uma visão maior, porque as coisas da vida cotidiana se refletem nos
sonhos. Reagimos porque somos espíritos imortais, em vigília ou na emancipação da
alma (sono). (t)

<|Moderadora|> [03] <Guest69543> Por que sonhamos com situações e pessoas


desconhecidas?

<Julio_Cesar> Uma pessoa conhecida é aquela em que temos uma lembrança, um


registro claro do nome, da fisionomia, da época que a conhecemos. Logo estaremos
meramente subordinando a palavra "conhecida" ao registro de dados. Ora, eu posso ter
conhecido alguém que passou pela minha vida em certa época da minha infância, mas
que eu não detive o registro dos dados na minha memória, assim como vivi experiências
com outros espíritos encarnados em reencarnação anterior.

O fato de não termos acesso aos registros de dados não caracteriza, portanto, que eu não
tenha conhecido alguém. O que caracteriza o "conhecimento de alguém" é o vínculo
emocional que eu tenho com ela.

"O Livro dos Espíritos" nos ensina que esses vínculos afetivos são magnéticos e o
Magnetismo nos aproxima sem determinar o que deveremos fazer dessa aproximação,
pois será o uso do nosso livre-arbítrio que terá essa função. Assim sendo, é necessário
que se verifique que emoção bateu quando se encontrou uma pessoa dita desconhecida:
Antipatia? Simpatia? Alegria? Medo? Ou indiferença?

Quando encontramos com um espírito encarnado ou desencarnado, no plano espiritual,


durante o sono, estes espíritos poderão ter um significado para nós. Por exemplo:
alguém muito paternal, que me lembra muito o meu pai, sem que ele seja exatamente o
meu pai. Pode ser um espírito desconhecido que pode estar ali em relação comigo e que
eu emprestei um significado a esse espírito.

Por outro lado, posso encontrar um pai de outra vida e funcionar tudo às avessas. Como
esses registros estão muito na profundidade do inconsciente, é como se eu não o
conhecesse. (t)

<|Moderadora|> [04] <_Celinha_> O sono é considerado um tipo de mediunidade


só porque nesse momento ocorre um contato com o plano espiritual e, em
conseqüência, com os desencarnados?

<Julio_Cesar> Em conversa particular com a médium Yvonne Pereira, ela me contou


que as experiências espirituais narradas nos livros de sua autoria, foram quase todas em
estado sonambúlico, uma espécie de sono profundo, quando então ela, emancipada do
corpo, entrava em contato com Léon Denis, com espíritos sofredores, com Charlies, e,
ao voltar ao corpo, escrevia tudo que ela se lembrava desses encontros.

Pensando por esse aspecto, o sono nada mais é do que uma necessidade fisiológica de
necessidade do corpo, enfraquecendo os liames entre o espírito e o corpo e favorecendo
uma maior percepção do espírito emancipado. (t)

<|Moderadora|> Duas perguntas correlatas: [06] <Leonardo__SP> O espírito não


necessita do repouso, do sono, no entanto em livros como "Nosso Lar" vemos
situações aonde os desencarnados estão descansando. [07] <Guest69543> Tanto em
"Nosso Lar", quanto em "Violetas na Janela", os desencarnados realizam
inúmeras atividades semelhantes às do mundo físico. Descansam e dormem, muitas
vezes, para que se recuperem de sofrimentos, doenças e dores, caem em sono
profundo. Como explicar esse sono?

<Julio_Cesar> O sono é uma necessidade fisiológica decorrente do desgaste físico


proporcionado pela vida cotidiana. Os espíritos desencarnados recentemente e que não
se apropriaram bem da sua condição de espírito desencarnado, permanecem com os
condicionamentos decorrentes das necessidades fisiológicas, pois mesmo quando
encarnado, o espírito vivencia tantas vezes as necessidades fisiológicas (satisfeitas ou
não) que, ao chegarem no plano espiritual naquelas condições citadas, permanecem
como se estivessem encarnados ainda. Então, sentem cansaço, sentem necessidade do
repouso e até de uma alimentação mais sólida, como nos relata André Luiz, no livro
"Nosso Lar".

Com o passar do tempo, dependendo do nível espiritual desse espírito desencarnado, ele
vai se descondicionando, permanecendo tão somente a condição respiratória, que é uma
função nobre, superior do espírito. André Luiz cita que em determinado estágio de sua
experiência em Nosso Lar ele respirava prece impregnada no ambiente e que era uma
forma de alimento para os espíritos daquele nível. (t)

<|Moderadora|> [08] <Bento_Casmurro> A passagem da vigília para o sonho pode


ser dirigida conscientemente?

<Julio_Cesar> Para que possa existir o sonho será necessário um relaxamento dos laços
entre o espírito e o corpo e isto pode ocorrer mediante treinamento, portanto consciente.
A auto-hipnose, mediante treinamento, pode proporcionar o sono que seria então
provocado. No entanto, consideramos que será sempre melhor deixar que a natureza
trabalhe dentro dos seus limites, pois, estando o corpo necessitado de repouso, o que o
espírito encarnado deve fazer é orar e solicitar aos amigos espirituais que o ajudem a ter
um bom sono.

Não nos esqueçamos de que Santo Agostinho, na questão 919 de "O Livro dos
Espíritos", recomenda esvaziar as preocupações do dia dentro de um processo de auto-
conhecimento. Para uns, isso não é motivo para perder o sono, mas para outros pode ser
motivo de insônia, portanto depende de como a pessoa lida com a possibilidade de
entrar em contato com a verdade, desdobrada do corpo, com os amigos espirituais, etc.

Há também casos em que pessoas que têm graves complicações epiléticas, entram em
crise durante o sono porque vêem espíritos obsessores próximos a si. Como ficaria a
situação dessa pessoa se fizéssemos um sono provocado? Como ficaria uma pessoa que
sofre o terror noturno se fizéssemos o sono provocado?

Creio firmemente que é necessário para o espírito encarnado entrar em oração, em


harmonia para ter um excelente sono e, quando não consegue, deve procurar fazer
leituras leves ou receber passes para que possa dormir tranqüilamente. (t)

<|Moderadora|> [09] <ferna> Para a doutrina espírita ,o que significariam os


sonhos recorrentes, principalmente com pessoas e situações. Teríamos ligações
anteriores com esses espíritos?

<Julio_Cesar> Como já respondi numa questão anterior, temos vínculos magnéticos


com inúmeros espíritos que têm maior ou menor aproximação conosco. Alguns podem
ter sido relações de vida passada, outros podem ser decorrentes de conhecimentos desta
vida. O importante não é identificar se é de outra vida ou desta. A questão fundamental é
qual o teor deste vínculo afetivo?

Se for de inimizade, de medo, de vingança, etc., deve-se solicitar ao próprio coração


uma reserva maior de compaixão para conseguir orar por eles. Se a relação for boa,
deve-se, de alguma maneira, emitir pensamentos positivos para a manutenção dessa
vinculação.

Então, a questão fundamental é "Diga-me com quem andas e dir-te-ei quem és." Esta
palavra "andas" fala de vínculo e diz muito da sua maneira de ser no mundo, pela forma
como faz os seus vínculos nesta vida. (t)

<|Moderadora|> [10] <Guest69543> Desencarnar dormindo, em situação de


tranqüilidade, sem sofrimento aparente, é um privilégio?

<Julio_Cesar> Não há privilégios. Desencarnar dormindo não significa situação de


tranqüilidade, ou seja, sem sofrimento. Desencarnar dormindo tem a ver com o quadro
provacional deste espírito, cujo alcance, muitas vezes, não temos condições de aferir,
pois tem a ver com as questões de vida passada.

O espírito, por estar fora do corpo, ele sofre um choque tremendamente violento ao
desencarnar. Posso citar o exemplo de um grande amigo, chamado Telêmaco, que
participava do grupo "Spiritvs" com Carlos Torres Pastorino, Jorge Andréa e outros. Ele
era um médico muito bom, tarefeiro do bem e estava dormindo num ônibus na Rodovia
Rio-São Paulo, na altura de Resende, quando o veículo foi lançado de cima de um
viaduto. Ele desencarnou e narrou, através de comunicação mediúnica, posteriormente,
o choque imenso pelo rompimento do laço entre o espírito e o corpo enquanto dormia.
Permaneceu durante muito tempo em recuperação no plano espiritual. Mais tarde, foram
reveladas uma série de questão que revelavam a razão de ser do desencarne durante o
sono, uma delas referia-se ao mérito do citado médico que, devido aos débitos do
passado, poderia ter sofrido muito mais se em estado de vigília. (t)

<|Moderadora|> [11] <FADA_> Porque, muitas vezes, ao acordamos, nos sentimos


bem mais cansados do que quando deitamos para dormir?

<Julio_Cesar> O espírito se desdobra do corpo durante o sono, mas continua com as


preocupações do dia-a-dia e, em muitas ocasiões, reencontra pessoas em ambientes que
têm a ver com os conflitos desse dia-a-dia e continuam discutindo as questões difíceis
que consumiram esta pessoa durante o dia.

O corpo se ressente porque, afinal de contas, as angústias são originárias do espírito, o


corpo só as decodifica. Não podemos afastar também a hipótese de que espíritos
fascinadores e obsessores possam estar subtraindo energias deste encarnado que, ao sair
do corpo, se submete às falácias do espírito inteligente e mau (obsessor). (t)

<|Moderadora|> A última questão: [12] <Leonardo__SP> Que livros o senhor


recomenda sobre o assunto em pauta?

<Julio_Cesar> "O Livro dos Espíritos", cap. VIII, parte II; "Recordações da
Mediunidade" - Yvonne Pereira; a série André Luiz; o livro "Nos Bastidores da
Obsessão" - Manoel Philomeno de Miranda. (t)

Considerações Finais do Palestrante:


<Julio_Cesar> Somos espíritos imortais. A pátria espiritual é a verdadeira. Aqui na
Terra temos uma cópia muito imperfeita. O que seria de nós, espíritos, se vivêssemos
encarnados sem poder sonhar, sem poder voltar ao contato com o plano espiritual que,
afinal de contas, é a matriz?

Por outro lado, é através do sono e do sonho que exercitamos a morte, que pode ser
considerada a emancipação definitiva. (t)

Oração Final:Julio_Cesar> Jesus amado, Mestre, nesse instante elevamos o nosso


pensamento e a nossa emoção, solicitando aos teus enviados que nos ajudem a todos
nós, espíritos encarnados, nesta luta imensa da evolução. Assim como o sol todos os
dias aparece em nossa existência, lembramo-nos de ti, neste instante, abrindo a janela
das nossas sensibilidades para receber o contato salutar deste sol de sua sabedoria e do
seu amor.

Ajuda-nos também a retirarmos as nuvens negras do pessimismo e a mantermos a nossa


fé de que estás sempre aí nos ajudando como o sol por detrás das nuvens escuras.

Que os nossos governantes possam também receber o contato salutar dessa luz, assim
como todos aqueles que estão vitimados na sociedade, nos bolsões de miséria, nos
manicômios, nas prisões ou vergastados por doenças consideradas incuráveis,
hanseníase ou a loucura.

É muito bom estar contigo, senhor, agora e sempre!


O sono e os sonhos
Chama-se emancipação da alma, o desprendimento do espírito encarnado,
possibilitando-lhe afastar-se momentaneamente do corpo físico. No estado de
emancipação da alma, o espírito se desloca do corpo físico, os laços que o unem à
matéria ficam mais tênues, mais flexíveis e o corpo perispiritual age com maior
liberdade.
Sono é um estado em que cessam as atividades físicas motoras e sensoriais.
Dormimos um terço de nossas vidas e o sono, além das propriedades restauradoras da
organização física, concede-nos possibilidades de enriquecimento espiritual através das
experiências vivenciadas enquanto dormimos.
Sonho é a lembrança dos fatos, dos acontecimentos ocorridos durante o sono. Os
sonhos, em sua generalidade, não representam, como muitos pensam, uma fantasia das
nossas almas.

A ciência e o espiritismo
A ciência oficial, analisando tão somente os aspectos fisiológicos das atividades
oníricas (relativo aos sonhos) ainda não conseguiu conceituar com clareza e
objetividade o sono e o sonho.
Sem considerar a emancipação da alma; sem conhecer as propriedades e funções
do perispírito, fica, realmente, difícil explicar a variedade das manifestações que
ocorrem durante o repouso do corpo físico. Freud, o precursor dos estudos mais
avançados nesta área, julgava que os instintos, quando reprimidos, tendem a se
manifestar e uma destas manifestações seria através dos sonhos.
Allan Kardec, através da codificação espírita, principalmente em O Livro dos
Espíritos, cap. VIII - questões 400 a 455, analisou a emancipação da alma e os sonhos
em seus aspectos fisiológicos e espirituais.
Allan Kardec tece comentários muito importantes acerca dos sonhos: o sono liberta
parcialmente a alma do corpo; o espírito jamais está inativo, têm a lembrança do passado
e, às vezes, a previsão do futuro; adquire maior liberdade de ação delimitada pelo grau
de exteriorização; podemos entrar em contato com outros espíritos encarnados ou
desencarnados; enquanto dormem, algumas pessoas procuram espíritos que lhes são
superiores (estudam, trabalham, recebem orientações, pedem conselhos); outras pessoas
procuram os espíritos inferiores com os quais irão aos lugares com que se afinizam.

Sonhos comuns
São aqueles que refletem nossas vivências diárias. Envolvimento e dominação de
imagens e pensamentos que perturbam nosso mundo psíquico.
O
É no momento do sono que nosso espirito se desprende do corpo físico,
permanecendo ligado por um cordão fluidico, e assume suas capacidades espirituais.
Como está descrito no Evangelho Segundo espiritismo, “ O sono foi dado ao homem
para a reposição das forças orgânicas e morais. Enquanto o corpo recupera as
energias que perdeu pela atividade no dia anterior, o espirito vai se fortalecer entre
outros espíritos “
Por isso a importância de termos uma conduta moral aplicada, com boas
companhias, leituras e músicas. Nossas companhias do dia serão as da noite, ou seja,
o nosso pensamento vai atrair espíritos que tenham a mesma sintonia que a nossa.
Há diversos estudos sobre os sonhos na parapsicologia, tentando desvendar esse
enigma que nos afeta sempre que acordamos na intenção de decifrarmos algo que às
vezes é um sinal, outras vezes, não passa de meras imagens sem significado.
Antigamente, os sonhos eram considerados visões proféticas e reveladoras do futuro,
onde homens entravam em contato com deuses e demônios. Muitas vezes, suas
interpretações, ligavam-se a superstições, numerologia, crendices, astrologia, entre
outros.
Ainda hoje, pessoas aproveitam da ignorância dos homens sobre o assunto e ganham
dinheiro fácil na interpretação dos sonhos de quem as procura com o intuito de
decifrá-los. Assim, tornam-se vulneráveis nas mãos de gente insensata ou espíritos
zombeteiros, levianos e obsessores.
É através dos sonhos que temos contato com amigos, parentes, instrutores e
desafetos. Dessa forma, precisamos aproveitar o máximo para podermos ser
esclarecidos sobre as dificuldades que estamos passando. É através dessa conversa
que teremos com esses espíritos afins que poderemos, no dia seguinte, estarmos aptos
a tomar decisões mais precisas. Mesmo não lembrando do sonho na maioria das
vezes, através de uma visão, uma frase ou uma conversa, podemos lembrar de algo
que nos foi esclarecido durante o sonho e, assim, podemos tornar a decisão certa.

Os Tipos De Sonhos
Martins peralva, em seu livro: Estudando a Mediunidade, capitulo XVII, descreve que
há três tipos de sonhos: comuns, reflexivos e espirituais. Conforme o livro citado, os
sonhos comuns são “aqueles em que nosso espirito, desligando-se parcialmente do
corpo, vê-se envolvido e dominado pela onda de imagens e pensamentos seus e do
mundo exterior, uma vez que vivemos num misterioso turbilhão das mais
descontroladas idéias.”. Como sonhos reflexivos “ categorizamos aqueles em que a
alma, abandonando o corpo físico, registra as impressões e imagens arquivadas no
subconsciente e plasmadas na organização perispiritual “, já nos sonhos espirituais, “
a alma, desprendida do corpo, exerce atividade real e efetiva, facultando meios de nos
encontrarmos com parentes, amigos, instrutores e, também com nossos inimigos, desta
e de outras vidas”. O autor destaca ainda que “não podia o Espiritismo fugir a esse
imperativo, eis que as manifestações oníricas têm acentuada importância em nossa
vida de relação, uma vez que os chamados “sonhos espirituais” resultam, via de regra,
das nossas próprias disposições, exercidas e cultivadas no estado de vigília!.
No livro Nova Ordem de Jesus, ditado pelo apóstolo Thomé e psicografado por
Diamantino Coelho Fernandes, é dito a todo instante a importância de, ao deitarmos,
orarmos e meditarmos. São citados no livro reuniões da espiritualidade, em especial,
pelas quais, através do sonho, ele mantém reuniões constantes com vários dirigentes
terrenos responsáveis pelo governo de várias nações, com a intenção deles se
entenderem espiritualmente e, posteriormente, acertarem os passas para a manutenção
da paz, consolidando a harmonia entre os povos terrenos para que o planeta
ingressasse no próximo século com suas populações em absoluto regime de paz e
tranqüilidade.
O Sono deve ser tranqüilo e, por isso, devemos fazer a oração com o coração e não
aquela mecânica. A meditação serve para fazermos uma auto-análise do nosso dia-a-
dia, mas sem nos punirmos de algo que efetuamos erroneamente, pois, dessa forma,
estaremos nos martirizando e essa não é a intenção.

Viagem Fora Do Corpo


Se soubermos aproveitar nosso sono, podemos fazer coisas incríveis, como trabalhar
e estudar,. Na edição numero 11 da Revista Cristã de Espiritismo, Reginaldo Leite
disse em sua entrevista: “ nas poucas horas que durmo, meu corpo fica repousando e
vou para o mundo espiritual, estou fazendo cursos”. Quando foi indagado se
recordava nitidamente das passagens desses cursos, ele respondeu: “ Muita coisa
sim, outras ficam em meu subconsciente para que oportunamente, falando ao
público, o meu espirito possa buscar melhores explicações.”
É claro que o aproveitamento desses momentos depende da evolução e interesse de
cada um. Em Missionários da Luz, André Luiz narra o exemplo de uma escola no
plano espiritual onde havia cerca de 300 alunos encarnados matriculados, mas com
um comparecimento constante de apenas 32 deles. Informa que a lembrança do
aprendizado variava de alma para alma e de acordo com o estado produtivo que lhe é
próprio.
Em O Livro dos Médiuns, Allan Kardec destaca o seguinte sobre os sonhos:” As mais
comuns manifestações aparentes ocorrem no sono, pelos sonhos: são as visões. Não
pode entrar em nosso plano examinar todas as particularidades que os sonhos podem
apresentar. Resumindo-nos dizendo que eles podem ser: uma visão atual de coisas
presentes ou ausentes; uma visão retrospectiva do passado e, em alguns casos
excepcionais, um pressentimento do futuro.”
Até mesmo para evitar o aborto o sono tem um papel importante, pois é através dele
que os futuros pais são levados ao Departamento da Reencarnação, onde é elucidado
que o compromisso reencarnatório deve ser cumprido. Nesses encontros, o espirito
reencarnante é apresentado e, muitas vezes, é conhecido de outras vidas. Luiz Sérgio,
descreve muito bem esse assunto no livro: Deixe-me Viver, como temos o livre-
arbítrio, cabe a nós a decisão final de praticarmos ou não o aborto.
Como sabemos o homem dorme aproximadamente um terço de sua vida terrestre. Por
isso, devemos nos esforçar para dormir bem, aproveitando esses momentos sublimes
para termos contato com espíritos afins, podemos trocar idéias, visitarmos outras
esferas, estudarmos e trabalharmos. Não devemos esquecer jamais da importância da
oração e meditação ao deitarmos, para termos um sono tranqüilo.
Gostaria de terminar com uma oração do Evangelho Segundo o Espiritismo: “
Minha alma vai se encontrar por instantes com outros espíritos. Que aqueles que são
bons venham me ajudar com seus conselhos. Meu anjo guardião, fazei com que, ao
despertar, eu conserve uma durável e salutar impressão desse convívio.”

FONTE: REVISTA CRISTÃ DE ESPIRITISMO ANO 02 NUMERO 12


O Livro Dos Espíritos

PERGUNTA 400O Espirito encarnado permanece voluntariamente em seu envoltório


corporal?É como se perguntasse se o prisioneiro se alegra com a prisão. O Espirito
encarnado aspira sem cessar à sua libertação, e quando mais o envoltório é grosseiro,
mais deseja estar dele desembaraçado.

PERGUNTA 401Durante o sono, a alma repousa igual ao corpo?Não, o Espirito


jamais está inativo. Durante o sono, os laços que o unem ao corpo relaxam, e o corpo
não necessita do Espirito. Então ele percorre o espaço e entra em relação mais direta
com os outros Espíritos.

PERGUNTA 402Como podemos apreciar a liberdade do Espirito durante o sono?


Pelos sonhos. Crede, enquanto o corpo repousa, o Espirito dispõe de mais faculdades
do que na vigília. Tem o conhecimento do passado e, algumas vezes, previsão do
futuro. Adquire maior energia e pode entrar em comunicação com os outros
Espíritos, seja neste mundo, seja em outro. Muitas vezes dizes: Tive um sonho
bizarro, um sonho horrível, mas que não tem nada de verossímil; enganas-te, é
freqüentemente uma lembrança dos lugares e das coisas que viste e verás em uma
outra existência ou em um outro momento. Estando o corpo adormecido, o Espirito
esforça-se por quebrar seus grilhões, procurando no passado e no futuro.
Pobres homens, que pouco conheceis os fenômenos mais simples da vida. Acreditai-
vos sábios e vos embaraçais com as coisas mais vulgares. Ficais perturbados a esta
pergunta de todas as crianças: que fazemos quando dormimos, e que é o sonho?
O Sonho liberta, em parte, a alma do corpo. Quando se dorme, se está,
momentaneamente, no estado em que o homem se encontra, de maneira fixa, depois
da morte. Espíritos que se desligam logo da matéria, em sua morte tiveram sonhos
inteligentes; estes quando dormem reúnem-se à sociedade de outros seres superiores
a eles. Com eles, viajam, conversam e se instruem trabalhando mesmo em obras que
encontram prontas quando morrem. Isso deve nos ensinar, uma vez mais, a não
temer a morte pois que morreis todos os dias, segundo a palavra de um santo. Isto
para os Espíritos elevados. Todavia, a massa dos homens que, na morte, deve ficar
longas horas em perturbação, nessa incerteza da qual vos falaram, esses vão, seja
para mundos inferiores à terra onde velha afeições os evocam, seja a procurar os
prazeres que podem ser mais inferiores que aqueles que têm ai.
Eles vão haurir doutrinas ainda mais vis, mais ignóbeis, mais nocivas que as que
professam em vosso meio. O que gera a simpatia sobre a terra não é outra coisa que o
fato de sentirem-se ao despertar, ligados pelo coração aqueles com quem vieram de
passar oito ou nove horas de felicidade ou de prazer. Isto explica também as
antipatias invencíveis, pois sabem no fundo do seu coração que essa pessoas de lá
tem uma consciência diversa da nossa e a conhecem sem as Ter visto jamais com os
olhos. Explica , ainda, a indiferença, visto que não se deseja fazer novos amigos
quando a gente sabe que existem outras pessoas que nos amam e nos querem. Em
uma palavra, o sono influi mais do que pensais sobre vossa vida.
Pelo efeito do sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relacionamento com o
mundo dos Espíritos, e é isso que faz com que os Espíritos Superiores consintam, sem
demasiada repulsa, em encarnarem entre vós. Quis Deus que durante o seu contato
com o vicio eles possam ir se renovar nas fontes do bem, para não falirem, eles que
vêm instruir os outros. O Sono é a porta que Deus lhes abriu até seus amigos do céu.
É o recreio depois do trabalho, enquanto esperam a grande libertação, a liberação
final que deve devolvê-los ao seu verdadeiro meio.
O Sonho é a lembrança do que vosso Espirito viu durante o sono. Notei, porém, que
não sonhais sempre porque não recordais sempre do que vistes, ou de tudo o que
vistes. Vossa alma não está em pleno desdobramento. Não é, muitas vezes, senão a
lembrança da perturbação que acompanha vossa partida ou vossa volta, a qual se
junta a do que fizestes ou do que vos preocupou no estado de vigília. Sem isso, como
explicareis esses sonhos absurdos que têm os sábios assim como os mais simples? Os
maus Espíritos também se servem dos sonhos para atormentar as almas fracas e
pusilânimes.
De resto vereis dentro em pouco se desenrolar outra espécie de sonho, tão velha
quanto a que conheceis, mas vós a ignorais. O Sonho de Joana, o sonho de jacob, o
sonho dos profetas judeus e de alguns advinhos indianos. Esse sonho é a lembrança
da alma inteiramente desligada do corpo, a lembrança dessa Segunda vida de que
sempre vos falo.
Procurai distinguir bem essas duas espécies de sonhos naqueles dos quais vos
lembrais; sem isso caireis em contradição e nos erros que serão funestos à vossa fé.

Os Sonhos são o produto da emancipação da alma, que se torna mais independente


pela suspensão da vida ativa e de relação. Daí uma espécie de clarividência
indefinida que se estende aos lugares mais distantes, ou que jamais se viu e, algumas
vezes, mesmo a outros mundos, assim como a lembrança que traz a memória os
acontecimentos ocorridos na existência presente ou nas existências anteriores; a
estranheza de imagens do que se passa ou se passou em mundos desconhecidos,
entremeadas de coisas do mundo atual, formam esses conjuntos bizarros e confusos
que parecem não Ter nem sentido, nem ligação.

A Incoerência dos sonhos se explica, ainda, pelas lacunas que produz a lembrança
incompleta do que nos apareceu em sonho.. Tal seria uma narração à qual se tenha
truncado frases ao acaso, ou parte de frases; os fragmentos restantes reunidos
perderiam toda significação razoável.

PERGUNTA 403Por que não nos lembramos sempre dos sonhos?No que tu chamas
de sono, só há o repouso do corpo, porque o Espirito está sempre em movimento. Ai
ele recobre um pouco de sua liberdade e se corresponde com aqueles que lhe são
caros, seja neste mundo, seja em outros. Todavia, como o corpo é matéria pesada e
grosseira, dificilmente conserva as impressões que o Espirito recebeu, porque este
não a recebeu pelos órgãos do corpo.

PERGUNTA 404Que pensar da significação atribuída aos sonhos?Os Sonhos não


são verdadeiros como entendem certos advinhos, porque é absurdo crer-se que
sonhar com tal coisa anuncia tal coisa. Eles são verdadeiros no sentido de que
apresentam imagens reais para o Espirito, mas que, freqüentemente, não tem relação
com o que se passa na vida corporal. Muitas vezes, também, como nós o dissemos, é
uma lembrança e pode ser, enfim, algumas vezes, um pressentimento do futuro, se
Deus o permite, ou à visão do que se passa nesse momento em outro lugar; para onde
à alma se transporte. Não tendes numerosos exemplos de pessoas que aparecem em
sonho e vêm advertir seus parentes ou seus amigos do que lhes acontece? Que são
essas aparições senão a alma ou o Espirito dessas pessoas que vêm comunicar-se com
o vosso? Quando estais certos de que aquilo que vistes realmente se deu, não é uma
prova de que a imaginação não tomou parte em nada, sobretudo se essa coisa não
esteve de modo algum em vosso pensamento durante a vigília?

PERGUNTA 405Vêem-se freqüentemente, em sonhos, coisas que parecem


pressentimentos e que não se cumprem; de onde vem isso?
Eles podem cumprir-se para o Espirito, se não para o corpo. Isto é, o Espirito vê a
coisa que deseja porque vai procura-la. É preciso não esquecer que, durante o sono,
a alma está sempre, mais ou menos, sob a influencia da matéria, e que, por
conseguinte, ela jamais se liberta completamente das idéias terrenas. Disso resulta
que as preocupações da vigília podem dar, ao que se vê, a aparência do que se deseja
ou do que se teme; a isso, verdadeiramente, pode-se chamar um efeito da imaginação.
Quando se está fortemente preocupado com uma idéia, a ela se liga tudo aquilo que
se vê.
PERGUNTA 406Quando vemos em sonhos pessoas vivas, que conhecemos
perfeitamente, realizando atos em que não pensam, de maneira alguma, não é um
efeito da imaginação?Atos que não pensam, de maneira alguma? Que sabes tu? Seu
Espirito pode visitar o teu, assim como o teu pode visita-lo, e nem sempre sabes em
que ele pensa. Alias, freqüentemente, atribuis às pessoas que conheceis, e segundo
vossos desejos, o que se passou ou o que se passa em outras existências.

PERGUNTA 407O Sono completo é necessário para a emancipação do Espirito?Não,


o Espirito recobra sua liberdade quando os sentidos se entorpecem, ele aproveita,
para se emancipar, de todos os instantes de repouso que o corpo lhe dá. Desde que
haja prostração das forças fitais o Espirito se desprende, e quando mais o corpo está
enfraquecido, mais o Espirito está livre.

É assim que a sonolência ou um simples entorpecimento dos sentidos apresenta,


freqüentemente, as mesmas imagens de sonho.

PERGUNTA 408Parece-nos ouvir, algumas vezes em nós mesmos, palavras


pronunciadas distintamente e que não tem nenhuma relação com o que nos
preocupa; de onde vem isso?Sim, e mesmo frases inteiras, sobretudo quando os
sentidos começam a se entorpecer. E, algumas vezes, um fraco eco de um Espirito
que veio comunicar-se contigo.

PERGUNTA 409Freqüentemente, em um estado que não é ainda de sonolência,


quando temos os olhos fechados, vemos imagens distintas, figuras das quais
apreendemos os mais minuciosos detalhes; é isso um efeito de visão ou de
imaginação?Estando o corpo entorpecido, o Espirito procura quebrar seus grilhões;
ele se transporta e vê, Se o sono fosse completo, isso seria um sonho.

PERGUNTA 410A Gente tem, algumas vezes, durante o sono ou a sonolência, idéias
que parecem muito boas e que, malgrado os esforças que se faz para lembra-las, se
apagam da memória; de onde provém essa idéias?Elas são o resultado da liberdade
do Espirito, que se emancipa e goza de mais faculdades durante esse momento.
Freqüentemente, são conselhos que dão outros Espíritos.

De que servem essa idéias e esses conselhos, uma vez que se perde a lembrança e não
se pode aproveita-los?Essas idéias pertencem, algumas vezes, mais ao mundo dos
Espíritos, que ao mundo corporal; mas, com mais freqüência, se o corpo esquece, o
Espirito, se lembra, e a idéia revive no instante necessário como uma imaginação do
momento.

PERGUNTA 411O Espirito encarnado, nos momentos em que se desliga da matéria e


age como Espirito, conhece a época de sua morte?Freqüentemente ele a pressente;
algumas vezes tem plena consciência, e é isso que, no estado de vigília, lhe dá a
intuição. Daí vem o fato de certas pessoas preverem algumas vezes, sua morte, com
grande exatidão.

PERGUNTA 412A Atividade do Espirito durante o repouso ou o sono do corpo, pode


fazê-lo experimentar fadiga, quando retorna?
Sim, porque o Espirito tem um corpo, como o balão cativo tem um poste. Ora. Da
mesma forma que a agitação do balão abafa o poste, a atividade do ,,Espirito reage
sobre o corpo e pode fazê-lo experimentar fadiga.

O Livro Dos Médiuns


CAPITULO VI – DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS
100 – De todas as manifestações espíritas, as mais interessantes, sem contestação
possível, são aquelas por meio das quais os Espíritos se tornam visíveis, P ela
explicação deste fenômeno se verá que ele não é mais sobrenatural do que os outros,
Vamos apresentar primeiramente as respostas que os Espíritos deram acerca do
assunto:

1] Podem os Espíritos tornar-se visíveis?“Podem, sobretudo, durante o sono;


Entretanto algumas pessoas os vêem quando acordadas, porém, isso é mais raro.”

NOTA: Enquanto o corpo repousa, o Espirito se desprende dos laços materiais; fica
mais livre e pode mais facilmente ver os outros Espíritos, entrando com eles em
comunicação. O Sonho não é senão a recordação desse estado; Quando de nada nos
lembramos, diz-se que não sonhamos, mas, nem por isso a alma deixou de ver e de
gozar da sua liberdade. Aqui nos ocupamos especialmente com as aparições no
estado de vigília.

13] As pessoas que vemos em sonho são sempre as que parecem ser pelo seu
aspecto?“Quase sempre são mesmo as que os vossos Espíritos buscam, ou que vêm ao
encontro deles.”

14] Não poderiam os Espíritos zombeteiros tomar as aparências das pessoas que nos
são caras, para nos induzirem em erro?“Somente para se divertirem à vossa custa
tomam eles aparências fantásticas. Há coisas, porém, com que não lhes é lícito
brincar.”

15] Compreende-se que, sendo uma espécie de evocação, o pensamento faça com que
se apresente o Espírito em quem se pensa. Como é, entretanto, que muitas vezes as
pessoas em quem mais pensamos, que ardentemente desejamos tornar a ver, jamais se
nos apresentam em sonho, ao passo que vemos outras que nos são indiferentes e nas
quais nunca pensamos?“ Os Espíritos nem sempre podem manifestar-se visivelmente,
mesmo em sonho e mau grado ao desejo que tenhais de vê-los. Pode dar-se que
obstem a isso causas independentes da vontade deles; Freqüentemente, é também
uma prova, de que não consegue triunfar o mais ardente desejo. Quanto às pessoas
que vos são indiferentes, se é certo que nelas não pensais, bem pode acontecer que
elas em vós pense; Alias, não podeis formar idéia das relações no mundo dos
Espíritos. Lá tendes uma multidão de conhecimentos íntimos, antigos ou recentes, de
que não suspeitais quando despertos.”

Livro: No Invisível - Autor: Léon DenisTITULO: CAPITULO XIII - SONHOS


PREMONITÓRIOS, CLARIVIDÊNCIA, PRESSENTIMENTOS

Os Sonhos, em suas variadas formas, têm uma causa única; a emancipação da alma.
Esta se desprende do corpo carnal durante o sono e se transporta a um plano mais ou
menos elevado do Universo, onde percebe, com o auxilio do seus sentidos próprios, os
seres e as coisas desse plano.
Podem dividir-se os sonhos em três categorias principais:
Primeiramente, o sonho ordinário, puramente cerebral, simples repercussão de
nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais. E também o reflexo das
impressões e imagens arquivadas no cérebro durante a vigília; na ausência de
qualquer direção consciente, de toda intervenção da vontade, elas se desenvolvem
automaticamente ou se traduzem em cenas indecisas, destituídas de coordenação e de
sentido, mas que permaneceu gravadas na memória.
O sofrimento em geral e, particularmente, certas enfermidade, facilitando o
desprendimento do Espírito, aumentam ainda mais a incoerência e intensidade dos
sonhos. O Espírito, obstado em seu surto, empuxado a cada instante para o corpo,
não se pode elevar. Daí – o conflito entre a matéria e o principio espiritual, que
reciprocamente se influenciam. As impressões e imagens se chocam e confundem.
No primeiro grau de desprendimento, o Espírito flutua na atmosfera, sem se afastar
muito do corpo; mergulha , por assim dizer, no oceano de pensamentos e imagens,
que de todos os lados rolam pelo espaço, deles se impregna, e si colhe impressões
confusas, tem estranhas visões e inexplicáveis sonhos; a isso se mesclam às vezes
reminiscências de vidas anteriores, tanto mais vivazes quanto mais completo é o
desprendimento, que assim permite entrarem em vibração as camadas profundas da
memória.
Esses sonhos de infinita diversidade, conforme o grau de emancipação da alma,
afetam sobretudo o cérebro material, e é por isso que deles conservamos a lembrança
ao despertar.
Por ultimo, vem os sonhos profundos, ou sonhos etéreos. O Espírito se subtrai à vida
física, desprende-se da matéria, percorre a superfície da terra e a imensidade, onde
procura os seres amados, seus parentes, seus amigos seus guias espirituais . Vai, não
raro, ao encontro das almas humanas, como ele desprendidas da carne durante o
sono, com as quais se estabelece uma permuta de pensamentos e desígnios. Dessas
práticas conserva o Espírito impressões que raramente afetam o cérebro físico, em
virtude de sua impotência vibratória. Essas impressões se gravam, todavia, na
consciência, que lhes guarda os vestígios, sob a forma de intuições, de
pressentimentos, e influem, mais do que se poderia supor, na direção da nossa vida,
inspirando os nossos atos e resoluções. Daí o provérbio: “ A noite é boa conselheira “
Na “ revue Spirite” de 1866, pag . 172, Allan Kardec fala do desprendimento do
Espírito de uma jovem de Lião, durante o sono, e de sua vinda a Paris, em meio de
uma reunião espírita em que se achava sua mãe:
“ O Médium, em estado de transe, vai a Lião, a pedido de uma senhora presente, ao
aposento de sua filha, que descreve fielmente. A Moça está adormecida; seu Espírito,
conduzido por um guia Espiritual, se aproxima de sua mãe, a quem vê e ouve.
É para ela um sonho, diz o guia do médium, de que, ao despertar, não guardará
lembrança clara; conservará apenas o pressentimento do bem que se pode auferir de
uma crença firme e pura.
Ela faz sentir a sua mãe que, se pudesse recordar-se tão bem de suas precedentes
encarnações, no estado normal, como se lembra agora, não permaneceria muito
tempo na situação estacionária em que se encontra. Porque vê claramente e sente-se
capaz de progredir sem hesitação; ao passo que no estado de vigília nós temos uma
venda sobre os olhos “ obrigada – diz ela aos assistentes – por vos terdes ocupado
comigo “ . Em seguida abraça sua mãe. O Médium acrescenta ao terminar: “Ela
sente-se feliz com esse sonho, de que se não há de lembrar, mas que nem por isso lhe
deixara de produzir salutar impressão. “
Algumas vezes, quando suficientemente purificada, a alma, conduzida por Espíritos
angélicos, chega em seus transportes a alcançar as esferas divinas, o mundo em que
se geram as causas. Ai paira, sobranceira ao tempo, e vê desdobrarem-se o passado e
o futuro. Se acaso comunica ao invólucro humano em reflexo das sensações
colhidas, poderão estas constituir o que se denomina sonho profético.
Nos casos importantes, quando o cérebro vibra com demasiada lentidão para que
possa registrar as impressões intensas ou sutis percebidas pelo Espírito, e este quer
conservar, ao despertar, a lembrança das instruções que recebeu, cria então, pela
ação da vontade, quadros, cenas figurativas das imagens fluidicas, adaptadas à
capacidade vibratória do cérebro material, sobre o qual, por um efeito sugestivo, as
projeta energicamente. E, conforme a necessidade, se é inábil para isso, recorrerá ao
auxilio dos Espíritos mais adiantados, e assim revestirá o sonho uma forma
alegórica.
Entre os deste gênero, há alguns célebres, como, por exemplo, o sonho do Faraó,
interpretado por josé[88]
Muitas pessoas têm sonhos alegóricos, os quais nem sempre traduzem as impressões
recebidas diretamente pelo Espírito do indivíduo adormecido, mas, na maior parte
das vezes, revelações provenientes das almas, que todos temos, prepostas a nossa
guarda.
Achando-me gravemente enfermo e quase desenganado, obtive, sob significação
figurada, o aviso de minha própria cura. No sonho, eu percorria com muita
dificuldade um caminho coberto de escombros; à medida que me adiantava, os
obstáculos se me acumulavam sob os pés. Súbito, um riacho largo e profundo surge a
minha vista, e sou obrigado a interromper a marcha. Sento-me, cheio de angustia, à
beira d!agua; mas da outra margem, mão invisível estende-me uma prancha, cuja
extremidade se inclina a meus pés. Não tenho mais que me firmar nela e, por esse
meio, consigo transpor o curso da água. Do lado oposto o caminho é livre e
desembaraçado, e eu sigo com o passo mais firme, em meio de aprazível planície.
Eis aqui o sentido desse sonho:
Informado, algum tempo depois, por uma mulher imersa em sono magnético, da
causa de minha enfermidade, causa assaz vulgar, com que nenhum médico havia
podido atinar, nem com os remédios aplicáveis, readquiri pouco a pouco a saúde e
pude recomeçar os meus trabalhos.
Nos sonhos são, com freqüência, registrados fenômenos de premonição, esto é,
comprova-se a faculdade que possuem certos sensitivos de perceber, durante o sono,
as coisas futuras. São abundantes os exemplos históricos;
Piutarco [“vida de Júlio césar”] faz menção do sonho premonitório de Calpúrnia,
mulher de César. Ela presenciou durante a noite a conjuração de Brutus e Cassius e
o assassínio de César, e fez todo o possível por impedir este de ir ao Senado.
Pode-se também ver em Cícero [ “ Divinations I, 27 ] o sonho de Simónides; em
Valerio Máximo [VII, par I, 8] o sonho premonitório de Atério Rufo e do rei Creso,
anunciando a morte de seu filho Athys.
Em seus “Comentários”, refere Montiue que assistiu, em sonho, na véspera do
acontecimento, à morte do rei Henrique II, traspassado por um golpe de lança, que
num torneio lhe vibrou Montgommery.
Sully, em suas “ Memórias” [VIII 383], afirma que Henrique IV tinha o
pressentimento de que seria assassinado em uma carruagem.
Fatos mais recentes, registrados em grande numero, podem ser comprobatoriamente
mencionados;
Abraão Lincohn sonhou que se achava em uma calma silenciosa, como de morte,
unicamente perturbada por soluços ; levantou-se, percorreu salas e viu, finalmente,
ao centro de uma delas, um catafalco em que jazia um corpo vestido de preto,
guardado por soldados e rodeado de uma multidão em pranto. “ Quem morreu na
Casa Branca?” – Perguntou Lincohn. “ O Presidente; - respondeu um soldado – foi
assassinado! “ Nesse momento uma prolongada aclamação do povo o despertou.
Pouco tempo depois morria ele assassinado[89]
Em seu livro “O Desconhecido e os Problemas Psíquicos “, C. Flammarion cita 78
sonhos premonitórios, dois dos quais por sua mãe [ cap. IX]. Na maior parte revestem
eles o caráter da mais absoluta autenticidade.
Um dos notáveis é o caso do Sr. Berard, antigo magistrado e deputado [cap.IX].
Obrigado pelo cansaço, durante uma viagem, a pernoitar em péssima estalagem,
situada entre montanhas selváticas, ele presenciou, em sonho, todos os detalhes de
um assassínio que havia de ser cometido, três anos mais tarde, no quarto que
ocupava, e de que foi vitima o advogado Vítor Arnaud. Graças à lembrança desse
sonho é que o Sr. Berard fez descobrir os assassinos.
Esse fato é igualmente referido pelo Sr. Goron, Chefe de Policia, em suas
“Memórias”[t, II pag. 338]
Pode também citar:
O Sonho da mulher de um mineiro, que vê cortarem a corda do cesto que servia para
descerem os operários aos poços de extração. Logo no dia seguinte o fato se verificou,
e muitos mineiros deveram a vida a esse sonho [cap.IX]
Uma jovem irmã de caridade [Niévre] viu em sonho o rapaz, para ela então
desconhecido, com quem depois haveria de casar-se. Graças a esse sonho ela se
tornou M.me. De la Bédoliêre [ cap. IX]
Conscritos vêem em sonho os números que tiraram no dia seguinte ou dias depois
[ cap. IX]
Muitas pessoas vêem em sonho cidades, sítios, paisagens, que realmente visitaram
mais tarde[cap.IX]
O Sr. Henri Horet, professor de Música em Estrasburgo, viu certa noite, em sonho,
saírem cinco féretros de sua casa. Pouco depois deu-se ai um escapamento de gás e
cinco pessoas morreram asfixiadas [ cap. IX]
Aos sonhos etéreos pode-se juntar o fenômeno de êxtase ou arroubo. Considerado
por certos sábios, pouco competentes em matéria de Psiquismo, como estado mórbido,
o êxtase é em verdade um dos mais belos apanágios da alma afetuosa e crente, que,
na exaltação de sua fé, reúne todas as energias, se desembaraça momentaneamente
dos empecilhos carnais e se transporta às regiões em que o Belo se ostenta em suas
infinitas manifestações.
No êxtase, o corpo se torna insensível; a alma, libertada de sua prisão, tem
concentradas toda a sua energia vital e toda a sua faculdade de visão em um ponto
único. Ela não é mais deste mundo, mas participa já da vida celeste.
A felicidade dos extáticos, o júbilo que experimentam, contemplando as
magnificência do Além, seriam só por si suficientes para nos demonstrar a extensão
dos gozos que nos reservam as esferas espirituais, se as nossas grosserias concepções
nos não impedissem muitíssimas vezes de os compreender e pressentir.
A clarividência ou adivinhação é essa faculdade, que possui a alma, de perceber no
estado de vigília os acontecimentos passados e futuros, no mundo intelectual como no
domínio físico. Esse Dom se exerce através do tempo e da distância,
independentemente de todas as causas humanas de informação.
A adivinhação foi praticada em todos os tempos. Seu papel na antigüidade era
considerável e, qualquer que seja a parte de alucinação, de erro ou fraude que se lhe
deva atribuir, já não é possível, depois das recentes comprovações da psicologia
transcendental, rejeitar em massa os fatos dessa ordem atribuídos aos profetas, aos
oráculos e às silabas.[pags161-162]
Essas estranhas manifestações reaparecem na Idade Media; João Huss anuncia, do
alto da fogueira, a vinda de Lutero.
Joana d’Arc havia predito desde Domrémy, o livramento de Orleães e a sagração de
Carlos VII. Anuncia também que será ferida defronte de Orleães.
Uma carta escrita pelo encarregado de negócios de Brabant, a 22 de abril de 1429,
quinze dias antes do acontecimento e conservada nos arquivos de Bruxelas, contém
está passagem: ‘ Ela predisse que será ferida por uma seta durante o assalto, mas que
não morrerá; (90). Profetiza seu encarceramento e morte. Junto aos fossos de Melun,
suas “vozes” a haviam advertido de que seria entregue aos ingleses antes do dia de
São João(91), Durante o processo, anuncia a completa expulsão dos ingleses, antes
de sete anos. Sucedem-se depois, em toda essa vida maravilhosa, profecias de ordem
secundária; em Chinon, a morte de um soldado que a escarnecia, o qual, na mesma
noite, se afogou no riacho de Vienne; em Orleães, a morte do capitão Glasdale; o
livramento de Compiègne antes de Saint-Martin-d’Hiver, etc.
Os casos de clarividência são numerosos em nossa época. Citaremos alguns deles.
Os “Annales des Sciences Psychiques”(1896, pagina 205) refere-se que Lady A.,
tendo sido vitima de um roubo em Paris, consegui descobrir, por intermédio de uma
vidente, o autor do delito, que ela estava longe de suspeitar, com todas as
particularidades complicadíssimas do fato. O culpado não era outro senão
Marchandon, um de seus criados que, por suas boas maneiras, havia captado a
inteira confiança de sua patroa, e que veio a ser mais tarde o assassino da Sra.
Cornet.
(90) “Dicionário Larousse”
(91) Henri Martin – “Hist. De France “, tomo VI, pag 226

O pressentimento é a vaga e confusa intuição do que vai acontecer.


J. de Maistre fez notar que “ O homem é informado naturalmente de todas as
verdades úteis. “
Soldados e oficiais têm, na manhã do dia em que se vai travar uma batalha, o nítido
sentimento de sua morte próxima. Por uma averiguação procedida em tal sentimento,
ficou provado que uma religiosa de S. Vicente de Paulo, na véspera do incêndio do
Bazar de Caridade, havia predito que ai morreria queimada.
Essa faculdade se encontra com frequenci9a em certos países, como, por exemplo,
nas regiões altas da Escócia, na Bretanha, na Alemanha, na Itália. Um pouco,
porém, por toda a parte, em torno de nós, podemos coligir fatos de pressentimentos,
baseados em testemunhos inequívocos. São tão numerosos que julgamos supérfluo
insistir nisso. Citemos apenas os três seguintes casos: estou na pag.163
Livro: A Gênese - pag. 255 e 271PAGINA 255
[27]A visão espiritual é necessariamente incompleta e imperfeita entre os Espíritos
encarnados, e, por conseqüência, sujeita a aberrações. Tendo a sua sede na própria
alma, o estado da alma deve influir sobre as percepções que ela dá. Segundo o grau
de seu desenvolvimento, as circunstâncias e o estado moral do indivíduo, ela pode
dar, seja no sono, seja no estado de vigília; 1] a percepção de certos fatos materiais
reais, como o conhecimento de acontecimentos que se passam ao longe, os detalhes
descritivos de uma localidade, as causas de uma doença, e os remédios convenientes;
2] a percepção de coisas igualmente reais do mundo espiritual, como a visão dos
Espíritos, 3] imagens fantásticas criadas pela imaginação, análogas às criações
fluidicas do pensamento [ ver item 14]. Estas criações estão sempre em relação com
as disposições morais do Espírito que as crias. É assim que o pensamento de pessoas
fortemente imbuídas e preocupadas de certas crenças religiosas lhes apresenta o
inferno, suas fornalhas, suas torturas e seus demônios. Tal como as sejam figuradas:
As vezes, é toda uma epopéia; os pagãos viam o Olimpo e o tártaro, como os cristãos
viam o inferno e o paraíso. Se, ao despertar, ou sair do êxtase essas pessoas
conservam uma lembrança precisa de suas visões, elas as tomam por realidades e
confirmações de suas crenças, ao passo que isso não é senão um produto de seus
próprios pensamentos[1]. Há pois uma escolha muito rigorosa, a fazer nas visões
extáticas, antes de aceitá-las. O remédio para a demasiada credulidade, sob esse
aspecto, é o estudo das leis que regem o mundo espiritual.

[28] Os sonhos propriamente ditos, apresentam as três naturezas de visões


descritas acima. É as duas primeiras que pertencem os sonhos de previsões,
pressentimentos e advertências[2]; é na terceira, quer dizer, nas criações fluidicas
do pensamento que se pode encontrar a causa de certas imagens fantásticas, que
nada têm de real com relação à vida material, mas que têm, para o Espírito; uma
realidade por vezes tal que o corpo sofre o contra-golpe, e que se tem visto os
cabelos embranquecerem sob a impressão de um sonho. Estas criações podem ser
provocadas: pelas crenças exaltadas, por lembranças retrospectivas; pelos gostos,
os desejos, as paixões, o medo, os remorsos; pelas preocupações habituais; pelas
necessidades do corpo, ou um embaraço nas funções do organismo; enfim, por
outros Espíritos, com um fim benevolente ou malévolo, segundo a sua natureza[3]

[1]É assim que se podem explicaras visões da irmã Elmerich, que, se reportando ao
tempo da paixão de Cristo, disse Ter visto coisas materiais que nunca existiram
senão nos livros que ela leu; as da senhora Cantanille[Revista Espirita, agosto 1866
pagina 240] e uma parte das de Swedenborg.
[2] Ver adiante, capitulo XVI, teoria da presciência números 1,2,3
[3]Revista Espírita, junho 1866 pagina 172 – setembro de 1866 – pagina 284 – O
Livro dos Espíritos, capitulo VIII NUMERO 400

PAGINA 271 - SONHOS[3] José, diz o Evangelho, foi advertido por um anjo que
lhe apareceu em sonho, e lhe disse para fugir para o Egito com o Menino [ São
Mateus, capitulo II v. de 19 a 23]

As advertências, pelos sonhos, desempenham um grande papel nos livros sagrados


de todas as religiões. Sem garantir a exatidão de todos os fatos narrados, e sem
discuti-los, o fenômeno em si mesmo nada tem de anormal, quando se sabe que o
tempo do sono é aquele em que o Espírito, se desligando dos laços da matéria.
Entra momentaneamente na vida espiritual, onde se encontra com aqueles que
conheceu. É neste momento, freqüentemente, que os Espíritos protetores escolhem
para se manifestarem aos seus protegidos e dar-lhes conselhos mais diretos. Os
exemplos autênticos de advertências por sonhos são numerosos, mas disso não se
poderia inferir que todos os sonhos sejam advertências, e ainda menos, que tudo o
que se vê em sonho tem o seu significado. É preciso classificar entre as crenças
supersticiosas e absurdas a arte de interpretar os sonhos [ Capitulo XIV, 27 E 28]

O Sono e o Sonho Sérgio Biagi Gregório

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito: 2.1. Sono; 2.2. Sonho. 3. Histórico. 4. O Sono e


o Sonho: 4.1. O Sono para a Ciência; 4.2. O Sono para o Espiritismo; 4.3. O Sonho para
a Psicanálise; 4.4. O Sonho para o Espiritismo. 5. Relato de Sonhos na Literatura
Espírita: 5.1. Capítulo 38 de Os Mensageiros; 5.2. Capítulo 8 de Missionários da Luz; 5.
3. Capítulo 36 do Nosso Lar. 6. Administrando o Sono e o Sonho: 6.1. Doenças do Sono
(Distúrbios); 6.2. Para Dormir Bem, Basta Amortecer o SAR; 6.3. Truque para nos
Lembrarmos dos Sonhos; 6.4. Recomendações úteis. 7. Conclusão. 8. Bibliografia
Consultada.

1. INTRODUÇÃO O sono e o sonho, embora tenham sido exaustivamente estudados


pela Ciência, ainda não se chegou a uma definição. De ponto de vista físico não se sabe
o que leva uma pessoa a adormecer. Ainda não foi descoberta nenhuma substância no
sangue ou no cérebro criada ou revigorada durante aquele espaço de tempo. Que
contribuição o Espiritismo pode oferecer à compreensão deste tema?

2. CONCEITO 2.1. SONO Ciência - As células corticais apresentam dois tipos de


atividade: o que equivale aos estados de excitação, caracterizado por grande despesa de
energia, e o que se define como pensamento inibitório, destinado, basicamente, à
reconstituição e reparação da célula. A generalização dos processos inibitórios responde
pela instalação do sono (Enciclopédia Mirador)Espiritismo - É um estado de
emancipação parcial da alma, ocasião em se aguçam as nossas percepções. Evasão da
alma da prisão do corpo. Desprendimento do Espírito no espaço, onde se encontra com
outros Espíritos, antigos conhecidos. (Equipe da FEB, 1995)

2.2. SONHO Ciência - Processo intenso que corresponde aos estados paradoxais do
sono, isto é, àqueles momentos durante os quais os registros eletroencefalográficos se
aproximam dos que se caracterizam o estado de vigília. Geralmente é a parte lembrada
da sucessão de imagens ou idéias fantásticas e associações, apresentadas de maneira
provavelmente contínua à mente durante o sono. (Enciclopédia Mirador)Espiritismo -
É a lembrança do que o Espírito viu durante o sono. Resultado da liberdade do Espírito
durante o sono. Efeito da emancipação da alma, que mais independente se torna pela
suspensão da vida ativa e de relação. (Equipe da FEB, 1995)

3. HISTÓRICO O sono não apresenta grandes novidades ao longo da história. É o


sonho que têm mais relevância; na antiguidade, as profecias e a mitologia dão-lhe
guarida. Há diversos relatos bíblicos acerca do sonho: a proibição de Moisés de se
consultar as pitonisas, supostas interpretadoras dos sonhos; a interpretação do sonho do
Faraó feita por José, em que fala das vacas magras e das vacas gordas. Na Idade Média,
o sonho era tido como algo demoníaco, merecedor de fogueira àqueles que o
interpretavam.Distinguem-se, na história da psicologia dos sonhos, duas grandes fases:
a) a anterior à publicação da Interpretação dos Sonhos de S. Freud, em 1900; b) a
posterior à publicação desta obra. O critério delimitador é plenamente válido, pois foi
com a Interpretação dos Sonhos que se introduziu o método de associação que tornou
possível o estudo interpretativo do conteúdo significativo do sonho. (Enciclopédia
Mirador)

4. O SONO E O SONHO 4.1. O SONO PARA A CIÊNCIA Difícil de se chegar a


uma definição. A mosca dorme ou não dorme? E a ameba? Para o cérebro não
precisaríamos descansar. Para o corpo físico não precisaríamos dormir para descansar. O
mais importante é o ritmo.

Colocando-se eletrodos na cabeça, observou-se:

a) a pessoa acordada emite ondas curtas e rápidas.

b) a pessoa dormindo passa por cinco fases:

1.ª) ondas curtas e longas;

2.ª) ondas curtas e longas, distintas de 1;

3.ª) ondas curtas e longas, distintas de 2;

4.ª) ondas curtas e longas, distintas de 3;

5.ª) de repente as ondas passam a ser curtas e rápidas (igual às ondas da pessoa
acordada).

Essas fases realizam-se em aproximadamente 90 minutos. Na 5.ª fase, ou seja, nos 20


minutos finais, surge o chamado sono REM, do inglês Rapid Eyes Moviment
(Movimento Rápido dos Olhos) – momento em que se dão os sonhos.

4.2. O SONO PARA O ESPIRITISMO Para o Espiritismo, o sono pode ser explicado
através da pergunta 401 de O Livro dos Espíritos – Durante o sono a alma repousa como
o corpo? Resposta dos Espíritos: Não, o Espírito jamais fica inativo. Durante o sono, os
liames que o unem ao corpo se afrouxam e o corpo não necessita do Espírito. Então ele
percorre o espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.

4.3. O SONHO PARA A PSICANÁLISE Para Freud os sonhos são expressões


disfarçadas de processos psíquicos inconscientes, profundos e extremamente
significativos; revelações diretas, mas veladas, de desejos insatisfeitos. Acrescenta que,
se os nossos conflitos não encontram solução, encerram-se no subconsciente e
convertem-se em complexos. Uma censura, o superego, impede que regressem à
consciência. No entanto, podem se manifestar em forma de sonhos, neuroses etc. Para
Adler, no sonho, o inconsciente trabalha, combina e modela os dados provindos do
plano consciente e que este já tenha olvidado. No sono a atividade psíquica passa-se
fora da personalidade consciente; pode, pois, representar a realização de um desejo
insatisfeito, a resolução de uma questão etc., servindo-se para isso dos elementos
afetivos do inconsciente. (Edipe)

4.4. O SONHO PARA O ESPIRITISMO

Para o Espiritismo, o inconsciente freudiano é o subconsciente, definido pelo Espírito


André Luis, como a sede dos hábitos e dos automatismos.O sonho se constitui das
experiências que o Espírito vive no sono.

Divide-se em:a) sonho do subconsciente - É o pensamento ensimesmado sobre si


mesmo; o reflexo daquilo que se vivenciou durante o dia. Exemplo: se, depois de
assistirmos a um filme de terror, formos dormir, poderemos sonhar com algumas dessas
imagens.b) sonho real – É o pensamento entrando em contato com pessoas e coisas do
mundo espiritual.

5. RELATO DE SONHOS NA LITERATURA ESPÍRITA

5.1. CAPÍTULO 38 DE OS MENSAGEIROS O Espírito André Luiz, no capítulo 38


de Os Mensageiros, anota as observações do orientador espiritual a respeito das
instruções que os Espíritos transmitem aos encarnados, quando estão desprendidos
parcialmente do corpo (sonho). E, o que mais lhe causava estranheza, era o estado em
que eles, aí, se apresentavam: a grande maioria sem entenderem o que se passava,
poucos lúcidos “... revelando boa vontade na recepção dos conselhos, mas grande
incapacidade de retenção”.

5.2. CAPÍTULO 8 DE MISSIONÁRIOS DA LUZ O Espírito André Luiz, no capítulo


8 de os Missionários da Luz, esclarece-nos que durante o sono, o desprendimento não
somente nos conduz aos locais de nossos interesses, no convívio de Espíritos afins, mas
também a tarefas de estudo e esclarecimento. Fala-nos do Centro de Estudos para
encarnados, com um número superior a trezentos associados; no entanto, apenas 32
conseguem romper as teias inferiores das mais baixas sensações fisiológicas, para
assimilarem as lições dos benfeitores espirituais.

5. 3. CAPÍTULO 36 DO NOSSO LAR O Espírito André Luiz, no capítulo 36 do livro


Nosso Lar, fala-nos do sonho dos desencarnados. O sonho, porém, não era propriamente
qual se verifica na Terra. Ele diz: “Eu sabia, perfeitamente, que deixara o veículo
inferior no apartamento das Câmaras de Retificação, em “Nosso Lar”, e tinha absoluta
consciência daquela movimentação em plano diverso. Minhas noções de espaço e tempo
eram exatas. A riqueza das emoções, por sua vez, afirmava-se cada vez mais intensa”.

6. ADMINISTRANDO O SONO E O SONHO

6.1. DOENÇAS DO SONO (DISTÚRBIOS)

1) Insônia - Dificuldade de realizar o sono. No início, no meio e no fim.

2) Hipersonolência – Dormir de pé

3) Doença do ciclo – O ciclo tem que fazer 24 horas. Alguns têm um ciclo de 26 horas.
6.2. PARA DORMIR BEM, BASTA AMORTECER O SAR No centro do bulbo
raquidiano e do mesencéfalo, encontra-se o sistema de ativação reticular (SAR), que
envia constantes sinais ao córtex cerebral, mantendo-o desperto. Por sua vez, o SAR é
estimulado por excitações externas e internas.

Se o Sar estiver adormecido nada chega à consciência, mesmo que existam sinais.

Uma pessoa acordada, que se deita com a cabeça cheia de pensamentos e de problemas
por resolver, mantém-se em vigília, apesar da tranqüilidade que o cerca, pois os
estímulos internos dificultam o trabalho do SAR.

Um dormitório silencioso e uma cama confortável são, igualmente, soníferos


reconhecidamente eficazes.

6.3. TRUQUE PARA NOS LEMBRARMOS DOS SONHOS

- Colocar um despertador suave e que desperte depois de uma hora, momento em que
estamos no sono REM.
- Ter à mão um caderno para anotações.

6.4. RECOMENDAÇÕES ÚTEIS

1) Leitura evangélica - Ao deitar, ler, em voz normal, o Evangelho Segundo o


Espiritismo. Este hábito faz-nos ficar mais calmos e, acalma também, os Espíritos
menos felizes que nos acompanham; aqueles que querem nos prejudicar durante o sono.

2) Evitar tensões graves no momento que antecede o sono.

3) Evitar comer em excesso.

4) No caso de insônia, fazer algum exercício de educação física.

7. CONCLUSÃO

Quando dormimos, encontramo-nos, momentaneamente, no estado que estaremos de


maneira permanente depois da morte. Saibamos, pois, morrer todos os dias, preparando-
nos eficazmente para receber as orientações dos nossos mentores espirituais.

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CURTI, Rino. O Passe: Imposição de Mãos. São Paulo, Lake, 1985.


EDIPE - Enciclopédia Didática de Informação e Pesquisa Educacional. 3. ed., São
Paulo, Iracema, 1987.
Enciclopédia Mirador Internacional. São Paulo, Encyclopaedia Britannica, 1987.
EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro, FEB, 1995.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.

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