Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Encarar com naturalidade os sonhos que possam surgir durante o descanso físico, sem
preocupar-se aflitivamente com quaisquer fatos ou idéias que se reportem a eles. Há
mais sonhos na vigília que no sono natural.. Em tudo há sempre uma lição.
Repudiar as interpretações supersticiosas que pretendam correlacionar os sonhos com
jogos de azar e acontecimentos mundanos, gastando preciosos recursos e oportunidades
na existência em preocupação viciosa e fútil
Acautelar-se quanto às comunicações inter vivos, no sonho vulgar, pois, conquanto o
fenômeno seja real, a sua autenticidade é bastante rara. Não se prender demasiadamente
aos sonhos de que recorde ou às narrativas oníricas de que se faça ouvinte, para não
descer ao terreno baldio da extravagância. A lógica e o bom senso devem presidir a todo
raciocínioAndré Luiz
Do Livro: Conduta Espírita
Psicografia: Waldo Vieira
Editora: FEB
Oração Inicial:
<|Moderadora|> Jesus amigo, Senhor de nossas vidas, mais uma vez, rogamos ao teu
coração generoso que nos ampare neste momento em que iniciamos mais uma palestra
virtual.
Que as tuas vibrações de paz e amor envolvam a todos nós aqui presentes, equilibrando
nossos pensamentos e sentimentos. Que os espíritos que coordenam este trabalho, mais
uma vez, estejam ao nosso lado, fortalecendo-nos, amparando-nos e auxiliando a
realização de mais este momento de estudos.
Que seja em teu nome e em nome de Deus, que possamos iniciar a atividade desta noite.
Que assim seja!
Apresentação do Palestrante:
<Julio_Cesar> O tema de hoje está muito bem abordado por Allan Kardec, no capítulo
VIII de "O Livro dos Espíritos", quando trata da emancipação da alma.
O sono é uma necessidade fisiológica para descanso do corpo, mas o espírito não
precisa desse descanso. Enquanto o corpo se relaxa, afrouxam-se os liames entre o
espírito e o corpo. Assim, o espírito tem a possibilidade de entrar em contato com o
mundo espiritual.
Após esse encontro, que está sempre regido pelo centro de interesse do espírito que se
emancipa do corpo, provisoriamente, ele retorna ao corpo, cujos implementos
orgânicos, cerebrais, não têm possibilidade de percepção total da experiência vivida
pelo espírito no contato com o plano espiritual.
Na pergunta 459 de "O Livro dos Espíritos", as entidades que auxiliaram Kardec
informaram que os espíritos influenciam em nossas vidas muito mais do que nós
supomos. Através do sono, há maior possibilidade de influência dos espíritos em nossas
vidas, uma vez que, liberto do jugo da matéria, o espírito adquire uma abertura maior de
percepção, podendo até perceber algo da vida passada e até prever fatos da vida futura.
Neste caso, o Espírito vai ao encontro de pessoas encarnadas igualmente desdobradas
do corpo, percebem a situação e, ao retornarem ao corpo, mantendo alguma lembrança
do encontro, têm uma antecipação do fato que vai ocorrer. O pensamento é a vestimenta
das idéias. O perispírito é ideoplástico, sofrendo uma grande influência do pensamento.
Assim sendo, temos que incluir nessas percepções do espírito emancipado do corpo suas
visões referentes às formas-pensamento, idealizações concretizadas sob uma forma que
podem ser vistas pelo espírito encarnado desdobrado do corpo.
Está claro que esta é a visão da Doutrina Espírita, que não é compartilhada pela
Psicologia, notadamente pela teoria freudiana que estabelece na "interpretação dos
sonhos" algo que é explicado da seguinte maneira:
Temos desejos que estão nas profundidades do nosso inconsciente (Id) que não temos
condições de admití-los, pois nosso eu (ego) não está estruturado para considerá-los
verossímel. Ele diz também que temos uma estrutura de fiscalização, chamada
superego, que de alguma maneira nos protege pelos aspectos morais, educacionais
estabelecidos pelo meio onde a pessoa vive.
Para Freud, o sonho é um "escape" de algo do inconsciente que vem à tona como um
"ato falho", ou seja, uma expressão do desejo que vem ao consciente. Freud era
materialista e, como todos os médicos e psicólogos materialistas, consideram que o
pensamento é uma secreção do cérebro.
Perguntas/Respostas:
<Julio_Cesar> O termo "Viagem Astral" pode ser definido com a terminologia espírita
como sendo um desdobramento ou como um aspecto sonambúlico. O espírito sai do
corpo e, consciente, vive a experiência da emancipação.
O perigo que pode ocorrer é quando há treinamentos para realizar essas "viagens
astrais" sem que se tenha uma consciência maior das conseqüências desta experiência,
ou seja, o espírito fora do corpo, ele vai ao encontro do seu centro de interesse e, se não
estiver muito bem protegido e se não houver um motivo justo para este desdobramento
consciente, poderá cair em ciladas de fascinadores que têm como objetivo subtrair a
energia do espírito encarnado desdobrado do corpo. Nosso corpo é uma proteção
maravilhosa e, ao nos despojarmos dele, tão-somente pela curiosidade, estaremos então
dentro das conseqüências advindas do gesto irresponsável.
<Julio_Cesar> Como eu disse nas considerações iniciais, o sonho pode ser influenciado
pelas questões cotidianas, uma vez que o espírito encarnado, preocupado com essa ou
aquela questão mais grave, pode deixar o seu imaginário se desenvolver, passando por
"pesadelos", que são diretamente proporcionais ao grau de dificuldade da situação
cotidiana que ele está passando.
Assim sendo, pela visão de Lacan, todo e qualquer fenômeno que nós nos defrontamos
na vida cotidiana, fatalmente remetemo-la àquela rede de significantes, impulsionando,
automaticamente, uma resposta sob a forma de medo, alegria, tristeza, etc. Ora, se isso
for uma verdade, podemos dizer que temos uma rede de significantes de outra vida,
portanto, não só dessa vida.
O fato de não termos acesso aos registros de dados não caracteriza, portanto, que eu não
tenha conhecido alguém. O que caracteriza o "conhecimento de alguém" é o vínculo
emocional que eu tenho com ela.
"O Livro dos Espíritos" nos ensina que esses vínculos afetivos são magnéticos e o
Magnetismo nos aproxima sem determinar o que deveremos fazer dessa aproximação,
pois será o uso do nosso livre-arbítrio que terá essa função. Assim sendo, é necessário
que se verifique que emoção bateu quando se encontrou uma pessoa dita desconhecida:
Antipatia? Simpatia? Alegria? Medo? Ou indiferença?
Por outro lado, posso encontrar um pai de outra vida e funcionar tudo às avessas. Como
esses registros estão muito na profundidade do inconsciente, é como se eu não o
conhecesse. (t)
Pensando por esse aspecto, o sono nada mais é do que uma necessidade fisiológica de
necessidade do corpo, enfraquecendo os liames entre o espírito e o corpo e favorecendo
uma maior percepção do espírito emancipado. (t)
Com o passar do tempo, dependendo do nível espiritual desse espírito desencarnado, ele
vai se descondicionando, permanecendo tão somente a condição respiratória, que é uma
função nobre, superior do espírito. André Luiz cita que em determinado estágio de sua
experiência em Nosso Lar ele respirava prece impregnada no ambiente e que era uma
forma de alimento para os espíritos daquele nível. (t)
<Julio_Cesar> Para que possa existir o sonho será necessário um relaxamento dos laços
entre o espírito e o corpo e isto pode ocorrer mediante treinamento, portanto consciente.
A auto-hipnose, mediante treinamento, pode proporcionar o sono que seria então
provocado. No entanto, consideramos que será sempre melhor deixar que a natureza
trabalhe dentro dos seus limites, pois, estando o corpo necessitado de repouso, o que o
espírito encarnado deve fazer é orar e solicitar aos amigos espirituais que o ajudem a ter
um bom sono.
Não nos esqueçamos de que Santo Agostinho, na questão 919 de "O Livro dos
Espíritos", recomenda esvaziar as preocupações do dia dentro de um processo de auto-
conhecimento. Para uns, isso não é motivo para perder o sono, mas para outros pode ser
motivo de insônia, portanto depende de como a pessoa lida com a possibilidade de
entrar em contato com a verdade, desdobrada do corpo, com os amigos espirituais, etc.
Há também casos em que pessoas que têm graves complicações epiléticas, entram em
crise durante o sono porque vêem espíritos obsessores próximos a si. Como ficaria a
situação dessa pessoa se fizéssemos um sono provocado? Como ficaria uma pessoa que
sofre o terror noturno se fizéssemos o sono provocado?
Então, a questão fundamental é "Diga-me com quem andas e dir-te-ei quem és." Esta
palavra "andas" fala de vínculo e diz muito da sua maneira de ser no mundo, pela forma
como faz os seus vínculos nesta vida. (t)
O espírito, por estar fora do corpo, ele sofre um choque tremendamente violento ao
desencarnar. Posso citar o exemplo de um grande amigo, chamado Telêmaco, que
participava do grupo "Spiritvs" com Carlos Torres Pastorino, Jorge Andréa e outros. Ele
era um médico muito bom, tarefeiro do bem e estava dormindo num ônibus na Rodovia
Rio-São Paulo, na altura de Resende, quando o veículo foi lançado de cima de um
viaduto. Ele desencarnou e narrou, através de comunicação mediúnica, posteriormente,
o choque imenso pelo rompimento do laço entre o espírito e o corpo enquanto dormia.
Permaneceu durante muito tempo em recuperação no plano espiritual. Mais tarde, foram
reveladas uma série de questão que revelavam a razão de ser do desencarne durante o
sono, uma delas referia-se ao mérito do citado médico que, devido aos débitos do
passado, poderia ter sofrido muito mais se em estado de vigília. (t)
<Julio_Cesar> "O Livro dos Espíritos", cap. VIII, parte II; "Recordações da
Mediunidade" - Yvonne Pereira; a série André Luiz; o livro "Nos Bastidores da
Obsessão" - Manoel Philomeno de Miranda. (t)
Por outro lado, é através do sono e do sonho que exercitamos a morte, que pode ser
considerada a emancipação definitiva. (t)
Que os nossos governantes possam também receber o contato salutar dessa luz, assim
como todos aqueles que estão vitimados na sociedade, nos bolsões de miséria, nos
manicômios, nas prisões ou vergastados por doenças consideradas incuráveis,
hanseníase ou a loucura.
A ciência e o espiritismo
A ciência oficial, analisando tão somente os aspectos fisiológicos das atividades
oníricas (relativo aos sonhos) ainda não conseguiu conceituar com clareza e
objetividade o sono e o sonho.
Sem considerar a emancipação da alma; sem conhecer as propriedades e funções
do perispírito, fica, realmente, difícil explicar a variedade das manifestações que
ocorrem durante o repouso do corpo físico. Freud, o precursor dos estudos mais
avançados nesta área, julgava que os instintos, quando reprimidos, tendem a se
manifestar e uma destas manifestações seria através dos sonhos.
Allan Kardec, através da codificação espírita, principalmente em O Livro dos
Espíritos, cap. VIII - questões 400 a 455, analisou a emancipação da alma e os sonhos
em seus aspectos fisiológicos e espirituais.
Allan Kardec tece comentários muito importantes acerca dos sonhos: o sono liberta
parcialmente a alma do corpo; o espírito jamais está inativo, têm a lembrança do passado
e, às vezes, a previsão do futuro; adquire maior liberdade de ação delimitada pelo grau
de exteriorização; podemos entrar em contato com outros espíritos encarnados ou
desencarnados; enquanto dormem, algumas pessoas procuram espíritos que lhes são
superiores (estudam, trabalham, recebem orientações, pedem conselhos); outras pessoas
procuram os espíritos inferiores com os quais irão aos lugares com que se afinizam.
Sonhos comuns
São aqueles que refletem nossas vivências diárias. Envolvimento e dominação de
imagens e pensamentos que perturbam nosso mundo psíquico.
O
É no momento do sono que nosso espirito se desprende do corpo físico,
permanecendo ligado por um cordão fluidico, e assume suas capacidades espirituais.
Como está descrito no Evangelho Segundo espiritismo, “ O sono foi dado ao homem
para a reposição das forças orgânicas e morais. Enquanto o corpo recupera as
energias que perdeu pela atividade no dia anterior, o espirito vai se fortalecer entre
outros espíritos “
Por isso a importância de termos uma conduta moral aplicada, com boas
companhias, leituras e músicas. Nossas companhias do dia serão as da noite, ou seja,
o nosso pensamento vai atrair espíritos que tenham a mesma sintonia que a nossa.
Há diversos estudos sobre os sonhos na parapsicologia, tentando desvendar esse
enigma que nos afeta sempre que acordamos na intenção de decifrarmos algo que às
vezes é um sinal, outras vezes, não passa de meras imagens sem significado.
Antigamente, os sonhos eram considerados visões proféticas e reveladoras do futuro,
onde homens entravam em contato com deuses e demônios. Muitas vezes, suas
interpretações, ligavam-se a superstições, numerologia, crendices, astrologia, entre
outros.
Ainda hoje, pessoas aproveitam da ignorância dos homens sobre o assunto e ganham
dinheiro fácil na interpretação dos sonhos de quem as procura com o intuito de
decifrá-los. Assim, tornam-se vulneráveis nas mãos de gente insensata ou espíritos
zombeteiros, levianos e obsessores.
É através dos sonhos que temos contato com amigos, parentes, instrutores e
desafetos. Dessa forma, precisamos aproveitar o máximo para podermos ser
esclarecidos sobre as dificuldades que estamos passando. É através dessa conversa
que teremos com esses espíritos afins que poderemos, no dia seguinte, estarmos aptos
a tomar decisões mais precisas. Mesmo não lembrando do sonho na maioria das
vezes, através de uma visão, uma frase ou uma conversa, podemos lembrar de algo
que nos foi esclarecido durante o sonho e, assim, podemos tornar a decisão certa.
Os Tipos De Sonhos
Martins peralva, em seu livro: Estudando a Mediunidade, capitulo XVII, descreve que
há três tipos de sonhos: comuns, reflexivos e espirituais. Conforme o livro citado, os
sonhos comuns são “aqueles em que nosso espirito, desligando-se parcialmente do
corpo, vê-se envolvido e dominado pela onda de imagens e pensamentos seus e do
mundo exterior, uma vez que vivemos num misterioso turbilhão das mais
descontroladas idéias.”. Como sonhos reflexivos “ categorizamos aqueles em que a
alma, abandonando o corpo físico, registra as impressões e imagens arquivadas no
subconsciente e plasmadas na organização perispiritual “, já nos sonhos espirituais, “
a alma, desprendida do corpo, exerce atividade real e efetiva, facultando meios de nos
encontrarmos com parentes, amigos, instrutores e, também com nossos inimigos, desta
e de outras vidas”. O autor destaca ainda que “não podia o Espiritismo fugir a esse
imperativo, eis que as manifestações oníricas têm acentuada importância em nossa
vida de relação, uma vez que os chamados “sonhos espirituais” resultam, via de regra,
das nossas próprias disposições, exercidas e cultivadas no estado de vigília!.
No livro Nova Ordem de Jesus, ditado pelo apóstolo Thomé e psicografado por
Diamantino Coelho Fernandes, é dito a todo instante a importância de, ao deitarmos,
orarmos e meditarmos. São citados no livro reuniões da espiritualidade, em especial,
pelas quais, através do sonho, ele mantém reuniões constantes com vários dirigentes
terrenos responsáveis pelo governo de várias nações, com a intenção deles se
entenderem espiritualmente e, posteriormente, acertarem os passas para a manutenção
da paz, consolidando a harmonia entre os povos terrenos para que o planeta
ingressasse no próximo século com suas populações em absoluto regime de paz e
tranqüilidade.
O Sono deve ser tranqüilo e, por isso, devemos fazer a oração com o coração e não
aquela mecânica. A meditação serve para fazermos uma auto-análise do nosso dia-a-
dia, mas sem nos punirmos de algo que efetuamos erroneamente, pois, dessa forma,
estaremos nos martirizando e essa não é a intenção.
A Incoerência dos sonhos se explica, ainda, pelas lacunas que produz a lembrança
incompleta do que nos apareceu em sonho.. Tal seria uma narração à qual se tenha
truncado frases ao acaso, ou parte de frases; os fragmentos restantes reunidos
perderiam toda significação razoável.
PERGUNTA 403Por que não nos lembramos sempre dos sonhos?No que tu chamas
de sono, só há o repouso do corpo, porque o Espirito está sempre em movimento. Ai
ele recobre um pouco de sua liberdade e se corresponde com aqueles que lhe são
caros, seja neste mundo, seja em outros. Todavia, como o corpo é matéria pesada e
grosseira, dificilmente conserva as impressões que o Espirito recebeu, porque este
não a recebeu pelos órgãos do corpo.
PERGUNTA 410A Gente tem, algumas vezes, durante o sono ou a sonolência, idéias
que parecem muito boas e que, malgrado os esforças que se faz para lembra-las, se
apagam da memória; de onde provém essa idéias?Elas são o resultado da liberdade
do Espirito, que se emancipa e goza de mais faculdades durante esse momento.
Freqüentemente, são conselhos que dão outros Espíritos.
De que servem essa idéias e esses conselhos, uma vez que se perde a lembrança e não
se pode aproveita-los?Essas idéias pertencem, algumas vezes, mais ao mundo dos
Espíritos, que ao mundo corporal; mas, com mais freqüência, se o corpo esquece, o
Espirito, se lembra, e a idéia revive no instante necessário como uma imaginação do
momento.
NOTA: Enquanto o corpo repousa, o Espirito se desprende dos laços materiais; fica
mais livre e pode mais facilmente ver os outros Espíritos, entrando com eles em
comunicação. O Sonho não é senão a recordação desse estado; Quando de nada nos
lembramos, diz-se que não sonhamos, mas, nem por isso a alma deixou de ver e de
gozar da sua liberdade. Aqui nos ocupamos especialmente com as aparições no
estado de vigília.
13] As pessoas que vemos em sonho são sempre as que parecem ser pelo seu
aspecto?“Quase sempre são mesmo as que os vossos Espíritos buscam, ou que vêm ao
encontro deles.”
14] Não poderiam os Espíritos zombeteiros tomar as aparências das pessoas que nos
são caras, para nos induzirem em erro?“Somente para se divertirem à vossa custa
tomam eles aparências fantásticas. Há coisas, porém, com que não lhes é lícito
brincar.”
15] Compreende-se que, sendo uma espécie de evocação, o pensamento faça com que
se apresente o Espírito em quem se pensa. Como é, entretanto, que muitas vezes as
pessoas em quem mais pensamos, que ardentemente desejamos tornar a ver, jamais se
nos apresentam em sonho, ao passo que vemos outras que nos são indiferentes e nas
quais nunca pensamos?“ Os Espíritos nem sempre podem manifestar-se visivelmente,
mesmo em sonho e mau grado ao desejo que tenhais de vê-los. Pode dar-se que
obstem a isso causas independentes da vontade deles; Freqüentemente, é também
uma prova, de que não consegue triunfar o mais ardente desejo. Quanto às pessoas
que vos são indiferentes, se é certo que nelas não pensais, bem pode acontecer que
elas em vós pense; Alias, não podeis formar idéia das relações no mundo dos
Espíritos. Lá tendes uma multidão de conhecimentos íntimos, antigos ou recentes, de
que não suspeitais quando despertos.”
Os Sonhos, em suas variadas formas, têm uma causa única; a emancipação da alma.
Esta se desprende do corpo carnal durante o sono e se transporta a um plano mais ou
menos elevado do Universo, onde percebe, com o auxilio do seus sentidos próprios, os
seres e as coisas desse plano.
Podem dividir-se os sonhos em três categorias principais:
Primeiramente, o sonho ordinário, puramente cerebral, simples repercussão de
nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais. E também o reflexo das
impressões e imagens arquivadas no cérebro durante a vigília; na ausência de
qualquer direção consciente, de toda intervenção da vontade, elas se desenvolvem
automaticamente ou se traduzem em cenas indecisas, destituídas de coordenação e de
sentido, mas que permaneceu gravadas na memória.
O sofrimento em geral e, particularmente, certas enfermidade, facilitando o
desprendimento do Espírito, aumentam ainda mais a incoerência e intensidade dos
sonhos. O Espírito, obstado em seu surto, empuxado a cada instante para o corpo,
não se pode elevar. Daí – o conflito entre a matéria e o principio espiritual, que
reciprocamente se influenciam. As impressões e imagens se chocam e confundem.
No primeiro grau de desprendimento, o Espírito flutua na atmosfera, sem se afastar
muito do corpo; mergulha , por assim dizer, no oceano de pensamentos e imagens,
que de todos os lados rolam pelo espaço, deles se impregna, e si colhe impressões
confusas, tem estranhas visões e inexplicáveis sonhos; a isso se mesclam às vezes
reminiscências de vidas anteriores, tanto mais vivazes quanto mais completo é o
desprendimento, que assim permite entrarem em vibração as camadas profundas da
memória.
Esses sonhos de infinita diversidade, conforme o grau de emancipação da alma,
afetam sobretudo o cérebro material, e é por isso que deles conservamos a lembrança
ao despertar.
Por ultimo, vem os sonhos profundos, ou sonhos etéreos. O Espírito se subtrai à vida
física, desprende-se da matéria, percorre a superfície da terra e a imensidade, onde
procura os seres amados, seus parentes, seus amigos seus guias espirituais . Vai, não
raro, ao encontro das almas humanas, como ele desprendidas da carne durante o
sono, com as quais se estabelece uma permuta de pensamentos e desígnios. Dessas
práticas conserva o Espírito impressões que raramente afetam o cérebro físico, em
virtude de sua impotência vibratória. Essas impressões se gravam, todavia, na
consciência, que lhes guarda os vestígios, sob a forma de intuições, de
pressentimentos, e influem, mais do que se poderia supor, na direção da nossa vida,
inspirando os nossos atos e resoluções. Daí o provérbio: “ A noite é boa conselheira “
Na “ revue Spirite” de 1866, pag . 172, Allan Kardec fala do desprendimento do
Espírito de uma jovem de Lião, durante o sono, e de sua vinda a Paris, em meio de
uma reunião espírita em que se achava sua mãe:
“ O Médium, em estado de transe, vai a Lião, a pedido de uma senhora presente, ao
aposento de sua filha, que descreve fielmente. A Moça está adormecida; seu Espírito,
conduzido por um guia Espiritual, se aproxima de sua mãe, a quem vê e ouve.
É para ela um sonho, diz o guia do médium, de que, ao despertar, não guardará
lembrança clara; conservará apenas o pressentimento do bem que se pode auferir de
uma crença firme e pura.
Ela faz sentir a sua mãe que, se pudesse recordar-se tão bem de suas precedentes
encarnações, no estado normal, como se lembra agora, não permaneceria muito
tempo na situação estacionária em que se encontra. Porque vê claramente e sente-se
capaz de progredir sem hesitação; ao passo que no estado de vigília nós temos uma
venda sobre os olhos “ obrigada – diz ela aos assistentes – por vos terdes ocupado
comigo “ . Em seguida abraça sua mãe. O Médium acrescenta ao terminar: “Ela
sente-se feliz com esse sonho, de que se não há de lembrar, mas que nem por isso lhe
deixara de produzir salutar impressão. “
Algumas vezes, quando suficientemente purificada, a alma, conduzida por Espíritos
angélicos, chega em seus transportes a alcançar as esferas divinas, o mundo em que
se geram as causas. Ai paira, sobranceira ao tempo, e vê desdobrarem-se o passado e
o futuro. Se acaso comunica ao invólucro humano em reflexo das sensações
colhidas, poderão estas constituir o que se denomina sonho profético.
Nos casos importantes, quando o cérebro vibra com demasiada lentidão para que
possa registrar as impressões intensas ou sutis percebidas pelo Espírito, e este quer
conservar, ao despertar, a lembrança das instruções que recebeu, cria então, pela
ação da vontade, quadros, cenas figurativas das imagens fluidicas, adaptadas à
capacidade vibratória do cérebro material, sobre o qual, por um efeito sugestivo, as
projeta energicamente. E, conforme a necessidade, se é inábil para isso, recorrerá ao
auxilio dos Espíritos mais adiantados, e assim revestirá o sonho uma forma
alegórica.
Entre os deste gênero, há alguns célebres, como, por exemplo, o sonho do Faraó,
interpretado por josé[88]
Muitas pessoas têm sonhos alegóricos, os quais nem sempre traduzem as impressões
recebidas diretamente pelo Espírito do indivíduo adormecido, mas, na maior parte
das vezes, revelações provenientes das almas, que todos temos, prepostas a nossa
guarda.
Achando-me gravemente enfermo e quase desenganado, obtive, sob significação
figurada, o aviso de minha própria cura. No sonho, eu percorria com muita
dificuldade um caminho coberto de escombros; à medida que me adiantava, os
obstáculos se me acumulavam sob os pés. Súbito, um riacho largo e profundo surge a
minha vista, e sou obrigado a interromper a marcha. Sento-me, cheio de angustia, à
beira d!agua; mas da outra margem, mão invisível estende-me uma prancha, cuja
extremidade se inclina a meus pés. Não tenho mais que me firmar nela e, por esse
meio, consigo transpor o curso da água. Do lado oposto o caminho é livre e
desembaraçado, e eu sigo com o passo mais firme, em meio de aprazível planície.
Eis aqui o sentido desse sonho:
Informado, algum tempo depois, por uma mulher imersa em sono magnético, da
causa de minha enfermidade, causa assaz vulgar, com que nenhum médico havia
podido atinar, nem com os remédios aplicáveis, readquiri pouco a pouco a saúde e
pude recomeçar os meus trabalhos.
Nos sonhos são, com freqüência, registrados fenômenos de premonição, esto é,
comprova-se a faculdade que possuem certos sensitivos de perceber, durante o sono,
as coisas futuras. São abundantes os exemplos históricos;
Piutarco [“vida de Júlio césar”] faz menção do sonho premonitório de Calpúrnia,
mulher de César. Ela presenciou durante a noite a conjuração de Brutus e Cassius e
o assassínio de César, e fez todo o possível por impedir este de ir ao Senado.
Pode-se também ver em Cícero [ “ Divinations I, 27 ] o sonho de Simónides; em
Valerio Máximo [VII, par I, 8] o sonho premonitório de Atério Rufo e do rei Creso,
anunciando a morte de seu filho Athys.
Em seus “Comentários”, refere Montiue que assistiu, em sonho, na véspera do
acontecimento, à morte do rei Henrique II, traspassado por um golpe de lança, que
num torneio lhe vibrou Montgommery.
Sully, em suas “ Memórias” [VIII 383], afirma que Henrique IV tinha o
pressentimento de que seria assassinado em uma carruagem.
Fatos mais recentes, registrados em grande numero, podem ser comprobatoriamente
mencionados;
Abraão Lincohn sonhou que se achava em uma calma silenciosa, como de morte,
unicamente perturbada por soluços ; levantou-se, percorreu salas e viu, finalmente,
ao centro de uma delas, um catafalco em que jazia um corpo vestido de preto,
guardado por soldados e rodeado de uma multidão em pranto. “ Quem morreu na
Casa Branca?” – Perguntou Lincohn. “ O Presidente; - respondeu um soldado – foi
assassinado! “ Nesse momento uma prolongada aclamação do povo o despertou.
Pouco tempo depois morria ele assassinado[89]
Em seu livro “O Desconhecido e os Problemas Psíquicos “, C. Flammarion cita 78
sonhos premonitórios, dois dos quais por sua mãe [ cap. IX]. Na maior parte revestem
eles o caráter da mais absoluta autenticidade.
Um dos notáveis é o caso do Sr. Berard, antigo magistrado e deputado [cap.IX].
Obrigado pelo cansaço, durante uma viagem, a pernoitar em péssima estalagem,
situada entre montanhas selváticas, ele presenciou, em sonho, todos os detalhes de
um assassínio que havia de ser cometido, três anos mais tarde, no quarto que
ocupava, e de que foi vitima o advogado Vítor Arnaud. Graças à lembrança desse
sonho é que o Sr. Berard fez descobrir os assassinos.
Esse fato é igualmente referido pelo Sr. Goron, Chefe de Policia, em suas
“Memórias”[t, II pag. 338]
Pode também citar:
O Sonho da mulher de um mineiro, que vê cortarem a corda do cesto que servia para
descerem os operários aos poços de extração. Logo no dia seguinte o fato se verificou,
e muitos mineiros deveram a vida a esse sonho [cap.IX]
Uma jovem irmã de caridade [Niévre] viu em sonho o rapaz, para ela então
desconhecido, com quem depois haveria de casar-se. Graças a esse sonho ela se
tornou M.me. De la Bédoliêre [ cap. IX]
Conscritos vêem em sonho os números que tiraram no dia seguinte ou dias depois
[ cap. IX]
Muitas pessoas vêem em sonho cidades, sítios, paisagens, que realmente visitaram
mais tarde[cap.IX]
O Sr. Henri Horet, professor de Música em Estrasburgo, viu certa noite, em sonho,
saírem cinco féretros de sua casa. Pouco depois deu-se ai um escapamento de gás e
cinco pessoas morreram asfixiadas [ cap. IX]
Aos sonhos etéreos pode-se juntar o fenômeno de êxtase ou arroubo. Considerado
por certos sábios, pouco competentes em matéria de Psiquismo, como estado mórbido,
o êxtase é em verdade um dos mais belos apanágios da alma afetuosa e crente, que,
na exaltação de sua fé, reúne todas as energias, se desembaraça momentaneamente
dos empecilhos carnais e se transporta às regiões em que o Belo se ostenta em suas
infinitas manifestações.
No êxtase, o corpo se torna insensível; a alma, libertada de sua prisão, tem
concentradas toda a sua energia vital e toda a sua faculdade de visão em um ponto
único. Ela não é mais deste mundo, mas participa já da vida celeste.
A felicidade dos extáticos, o júbilo que experimentam, contemplando as
magnificência do Além, seriam só por si suficientes para nos demonstrar a extensão
dos gozos que nos reservam as esferas espirituais, se as nossas grosserias concepções
nos não impedissem muitíssimas vezes de os compreender e pressentir.
A clarividência ou adivinhação é essa faculdade, que possui a alma, de perceber no
estado de vigília os acontecimentos passados e futuros, no mundo intelectual como no
domínio físico. Esse Dom se exerce através do tempo e da distância,
independentemente de todas as causas humanas de informação.
A adivinhação foi praticada em todos os tempos. Seu papel na antigüidade era
considerável e, qualquer que seja a parte de alucinação, de erro ou fraude que se lhe
deva atribuir, já não é possível, depois das recentes comprovações da psicologia
transcendental, rejeitar em massa os fatos dessa ordem atribuídos aos profetas, aos
oráculos e às silabas.[pags161-162]
Essas estranhas manifestações reaparecem na Idade Media; João Huss anuncia, do
alto da fogueira, a vinda de Lutero.
Joana d’Arc havia predito desde Domrémy, o livramento de Orleães e a sagração de
Carlos VII. Anuncia também que será ferida defronte de Orleães.
Uma carta escrita pelo encarregado de negócios de Brabant, a 22 de abril de 1429,
quinze dias antes do acontecimento e conservada nos arquivos de Bruxelas, contém
está passagem: ‘ Ela predisse que será ferida por uma seta durante o assalto, mas que
não morrerá; (90). Profetiza seu encarceramento e morte. Junto aos fossos de Melun,
suas “vozes” a haviam advertido de que seria entregue aos ingleses antes do dia de
São João(91), Durante o processo, anuncia a completa expulsão dos ingleses, antes
de sete anos. Sucedem-se depois, em toda essa vida maravilhosa, profecias de ordem
secundária; em Chinon, a morte de um soldado que a escarnecia, o qual, na mesma
noite, se afogou no riacho de Vienne; em Orleães, a morte do capitão Glasdale; o
livramento de Compiègne antes de Saint-Martin-d’Hiver, etc.
Os casos de clarividência são numerosos em nossa época. Citaremos alguns deles.
Os “Annales des Sciences Psychiques”(1896, pagina 205) refere-se que Lady A.,
tendo sido vitima de um roubo em Paris, consegui descobrir, por intermédio de uma
vidente, o autor do delito, que ela estava longe de suspeitar, com todas as
particularidades complicadíssimas do fato. O culpado não era outro senão
Marchandon, um de seus criados que, por suas boas maneiras, havia captado a
inteira confiança de sua patroa, e que veio a ser mais tarde o assassino da Sra.
Cornet.
(90) “Dicionário Larousse”
(91) Henri Martin – “Hist. De France “, tomo VI, pag 226
[1]É assim que se podem explicaras visões da irmã Elmerich, que, se reportando ao
tempo da paixão de Cristo, disse Ter visto coisas materiais que nunca existiram
senão nos livros que ela leu; as da senhora Cantanille[Revista Espirita, agosto 1866
pagina 240] e uma parte das de Swedenborg.
[2] Ver adiante, capitulo XVI, teoria da presciência números 1,2,3
[3]Revista Espírita, junho 1866 pagina 172 – setembro de 1866 – pagina 284 – O
Livro dos Espíritos, capitulo VIII NUMERO 400
PAGINA 271 - SONHOS[3] José, diz o Evangelho, foi advertido por um anjo que
lhe apareceu em sonho, e lhe disse para fugir para o Egito com o Menino [ São
Mateus, capitulo II v. de 19 a 23]
2.2. SONHO Ciência - Processo intenso que corresponde aos estados paradoxais do
sono, isto é, àqueles momentos durante os quais os registros eletroencefalográficos se
aproximam dos que se caracterizam o estado de vigília. Geralmente é a parte lembrada
da sucessão de imagens ou idéias fantásticas e associações, apresentadas de maneira
provavelmente contínua à mente durante o sono. (Enciclopédia Mirador)Espiritismo -
É a lembrança do que o Espírito viu durante o sono. Resultado da liberdade do Espírito
durante o sono. Efeito da emancipação da alma, que mais independente se torna pela
suspensão da vida ativa e de relação. (Equipe da FEB, 1995)
5.ª) de repente as ondas passam a ser curtas e rápidas (igual às ondas da pessoa
acordada).
4.2. O SONO PARA O ESPIRITISMO Para o Espiritismo, o sono pode ser explicado
através da pergunta 401 de O Livro dos Espíritos – Durante o sono a alma repousa como
o corpo? Resposta dos Espíritos: Não, o Espírito jamais fica inativo. Durante o sono, os
liames que o unem ao corpo se afrouxam e o corpo não necessita do Espírito. Então ele
percorre o espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.
2) Hipersonolência – Dormir de pé
3) Doença do ciclo – O ciclo tem que fazer 24 horas. Alguns têm um ciclo de 26 horas.
6.2. PARA DORMIR BEM, BASTA AMORTECER O SAR No centro do bulbo
raquidiano e do mesencéfalo, encontra-se o sistema de ativação reticular (SAR), que
envia constantes sinais ao córtex cerebral, mantendo-o desperto. Por sua vez, o SAR é
estimulado por excitações externas e internas.
Se o Sar estiver adormecido nada chega à consciência, mesmo que existam sinais.
Uma pessoa acordada, que se deita com a cabeça cheia de pensamentos e de problemas
por resolver, mantém-se em vigília, apesar da tranqüilidade que o cerca, pois os
estímulos internos dificultam o trabalho do SAR.
- Colocar um despertador suave e que desperte depois de uma hora, momento em que
estamos no sono REM.
- Ter à mão um caderno para anotações.
7. CONCLUSÃO
8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA