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Modulo de Física Aplicada – Curso de Radiologia Professora Daiane Ribeiro e Silva

Índice:
Em física, você
 Sistema de medidas e sistema vetorial aprenderá a utilizar
alguns conteúdos
teóricos em ações bem
sucedidas na radiologia.

Cinemática
 Mecânica: Dinâmica
Trabalho Física, ciência que se ocupa dos
Energia componentes fundamentais do Universo,
das forças que interagem entre si e dos
efeitos das ditas forças. Ás vezes a física
moderna incorpora elementos dos três
aspectos mencionados, como ocorre
Calor com as leis de simetria e conservação de
energia, de momento, da carga e da
 Termologia: Temperatura paridade.
Máquinas térmicas
Ondas
Óptica

O desenvolvimento mais importante da Física


Médica, tal como a entendemos atualmente, tem
 Eletromagnetismo: Magnetismo lugar a partir do descobrimento dos raios-x e da
radioatividade, dado seu impacto decisivo na
Eletricidade moderna diagnose e terapêutica médica. Estes
descobrimentos marcam um hiato histórico na
aplicação na aplicação dos agentes físicos em
Medicina, ao proporcionar métodos revolucionários
de diagnóstico e tratamento de doenças. Em
coerência com esta realidade se desenvolveu a
necessidade de incorporar profissionais da Física
nos grandes hospitais e clínicas em todo o mundo.

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Sistema Internacional (SI):


Adotado universalmente - 1971 – Padronização do Sistema.

Unidades básicas:
Grandeza Nome Símbolo

Comprimento Metro m

Massa Quilograma kg

Tempo Segundo s

Corrente elétrica Ampére A

Temperatura Kelvin K

Quantidade de Substância mol mol

Intensidade luminosa Candela cd

VETORES

As quantidades físicas são divididas em dois tipos:

ESCALARES: são grandezas completamente definidas por um único número com uma unidade:
Ex: massa, tempo, temperatura, energia;

VETORIAIS: são grandezas que têm magnitude ( módulo), direção e sentido. Ex.: força,
deslocamento, velocidade, campo elétrico.

Operações: soma e diferença


Escalar: é soma algébrica simples.
Vetorial: fazer resultante, pois depende da direção.

Representação de um vetor: por uma seta orientada e seu tamanho será proporcional à
intensidade.

A representação matemática de uma grandeza vetorial é o vetor representado graficamente pelo


segmento de reta orientado (Fig. 1), que apresenta as seguintes características:

Módulo do vetor - é dado pelo comprimento do segmento em uma escala adequada (d =


5 cm).

Direção do vetor - é dada pela reta suporte do segmento (30 o com a horizontal).

Sentido do vetor - é dado pela seta colocada na extremidade do segmento.

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Notação:
ou d: vetor deslocamento

a: vetor aceleração

V: vetor velocidade

Adição de dois vetores

Considere que o PUCK realizou os seguintes deslocamentos: 3,0 cm na direção vertical, no


sentido de baixo para cima (d1), e 4,0 cm na direção horizontal (d2), no sentido da esquerda para
a direita (fig. 5).

O deslocamento resultante não é simplesmente uma soma algébrica (3 + 4), porque os dois
vetores d1 e d2 têm direções e sentidos diferentes.

Há dois métodos, geométricos, para realizar a adição dos dois vetores, dr = d1 + d2, que são:

Método da triangulação: consiste em colocar a origem do


segundo vetor coincidente com a extremidade do primeiro vetor,
e o vetor soma (ou vetor resultante) é o que fecha o triângulo
(origem coincidente com a origem do primeiro e extremidade
Figura 3 - Adição de dois coincidente com a extremidade do segundo) (Fig. 3).
vetores:
Método da triangulação

Método do paralelogramo: consiste em colocar as origens


dos dois vetores coincidentes e construir um paralelogramo; o
vetor soma (ou vetor resultante) será dado pela diagonal do
paralelogramo cuja origem coincide com a dos dois vetores (Fig.
Figura 4 - Adição de dois
4). A outra diagonal será o vetor diferença.
vetores:
Método do paralelogramo

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Física - Mecânica

Na Física, a Mecânica é o estudo do movimento das partículas e dos fluidos. A Mecânica que
vamos estudar aqui é conhecida como Mecânica clássica ou Mecânica de Newton, pois as leis de
Newton formam a base deste estudo. A Mecânica pode ser dividida em três partes para efeitos
didáticos: Cinemática, Dinâmica e Estática.

Cinemática
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A cinemática é o estudo descrito dos corpos em movimento, sem se preocupar com as causas
destes movimentos.

É importante lembrar que um corpo está em movimento quando, à medida que o tempo passa,
sua posição varia em relação a um referencial. Na cinemática vamos estudar dois tipos de
movimento retilíneo, o movimento uniforme e o movimento uniformemente variado, logo em
seguida, vamos estudar o movimento circular que também pode ser dividido da mesma maneira,
movimento circular uniforme e movimento circular uniformemente variado.

Referencial
Em uma viagem de carro você observa o velocímetro e ele indica 100 km/h. Ao mesmo tempo o
seu veículo está ultrapassando um caminhão cujo velocímetro indica 80 km/h. Será que o
caminhoneiro irá observar o seu carro também a 100 km/h?

A resposta dessa pergunta vem do conceito de referencial, que pode ser considerado como um
marco ou ponto de referência usado para definir a posição de outros objetos. Os velocímetros são
fabricados para registrar velocidades em relação a um referencial fixo na Terra, ou seja, o
automóvel está a 100 km/h em relação à Terra.

Para o caminhoneiro que está em movimento, ele não verá o seu automóvel a 100 km/h, mas a
20 km/h, ou seja, a velocidade do seu carro menos a velocidade do caminhão. Se você e o
caminhão estivessem em sentidos opostos, qual seria a sua velocidade em relação ao caminhão?

Um referencial adotado não altera somente a noção de velocidade, mas pode alterar a noção de
repouso e movimento. Considere o seguinte exemplo: Você está sentado em um ônibus. Se
adotarmos como referencial o ônibus, você está em repouso, mas se o referencial for um
observador em um ponto fixo da Terra, você estará em movimento.

Trajetória
Outra grandeza que pode ser alterada pela adoção de referenciais é a trajetória. A trajetória pode
ser considerada como o conjunto dos pontos percorridos por um móvel, como por exemplo,
quando se faz um risco com giz em uma lousa, os pontos percorridos pelo giz ficarão marcados e
definirão a sua trajetória.

Como dissemos, a trajetória pode mudar com a mudança de referencial. Considere que você está
novamente sentado em um ônibus. Nesse instante, ele está em uma trajetória retilínea e com
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velocidade constante. De repente, uma lâmpada presa ao teto cai. Para você, que está no ônibus,
a trajetória descrita pela lâmpada será retilínea. Porém, para um observador externo e em
repouso em relação a Terra, a trajetória será um arco de parábola.

Espaço
No estudo do movimento, além da trajetória, é importante localizar a posição do móvel. Quando
você está viajando em uma estrada, de quilômetro em quilômetro, encontra-se uma placa
indicando a quilometragem. O valor dessa placa mostra a que distância você se encontra do
marco zero dessa estrada, ou seja, a sua posição em relação à origem da trajetória.

O conceito de velocidade e velocidade média

Para entender o conceito de velocidade, imagine novamente você em um carro a 100 km/h em
uma agradável viagem de férias. O que essa indicação significa? Significa que se seu o
automóvel mantiver essa velocidade, ele percorrerá 100 km a cada intervalo de tempo de uma
hora, ou seja, a velocidade é uma grandeza que mostra o quanto um móvel percorre em um
determinado intervalo de tempo.

Agora, é muito pouco provável que, em um longo intervalo de tempo, você consiga manter
sempre essa mesma velocidade constante. Se mencionarmos o trânsito urbano, isso se torna
uma tarefa praticamente impossível. Dessa situação podemos entender o conceito de velocidade
média. Tome como exemplo a locução de uma corrida de Fórmula 1. É comum ouvirmos o locutor
dizer que determinado carro teve, durante uma volta, a velocidade média de, por exemplo, 170
km/h. Isso não significa que o carro manteve essa velocidade durante toda a volta. Esse número
mostra o valor da velocidade que melhor representa todas as velocidades que ele teve durante
essa volta.

Para efetuar o cálculo da velocidade média, considere um móvel que se locomove em uma
trajetória como ilustrado na figura abaixo.

No espaço inicial S0, é acionado o relógio e se registra o tempo inicial t0. Mais à frente, quando
esse mesmo móvel passar pelo espaço final S, novamente se observa o relógio e anota-se o
tempo final t. De posse desses dados é possível calcular o deslocamento escalar do móvel, que
será o espaço final menos o espaço inicial, e o intervalo de tempo decorrido, que será o tempo

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final menos o tempo inicial.

A velocidade escalar média é definida como sendo o deslocamento escalar dividido pelo intervalo
de tempo gasto pelo móvel.

As unidades mais usadas para velocidade são o m/s, que é a unidade do Sistema Internacional, e
o km/h, que é a unidade usada no nosso dia a dia. Elas podem ser convertidas se usarmos a
seguinte relação.

Aceleração escalar e aceleração escalar média


Aprendemos no nosso cotidiano que a velocidade não é uma grandeza que obrigatoriamente tem
valor constante, ela pode variar a sua intensidade em um grande número de casos. Por exemplo,
quando um ciclista inicia o movimento de uma bicicleta, ele necessariamente a tira do repouso e
pedala até atingir a velocidade desejada, e assim dizemos que ele imprimiu uma aceleração a
bicicleta. Note que a aceleração é uma grandeza que está intimamente ligada à variação de
velocidade.

Desse modo a aceleração escalar média pode ser definida como a variação de velocidade do
móvel dividido pelo intervalo de tempo necessário para essa variação, ou seja:

A unidade de aceleração vem da divisão entre a unidade de velocidade pela unidade de tempo.

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Utilizando as unidades do Sistema Internacional, teremos a seguinte unidade para a aceleração:

Classificação dos Movimentos


Para que seja possível classificar o movimento, primeiramente é importante entender o conceito
de trajetória orientada. É muito comum encontrarmos trajetórias orientadas no nosso dia-a-dia,
basta observar a sua rua. As casas possuem uma numeração e o sentido da sua rua é o sentido
crescente da numeração das casas. Então, uma trajetória orientada é uma trajetória com uma
origem e um sentido que é indicado pela ordem crescente das indicações das posições.

Um primeiro critério a ser adotado é quanto ao sentido do movimento, afinal um móvel pode estar
se locomovendo a favor do sentido da trajetória ou contra o sentido da trajetória. Quando um
móvel está se locomovendo a favor da trajetória, dizemos que ele executa um movimento
progressivo, que é caracterizado pelo deslocamento escalar ( ) positivo ou por uma velocidade
positiva.

Por outro lado, quando um móvel se locomove contra o sentido da trajetória, define-se esse
movimento como movimento retrógrado ou regressivo, que é caracterizado pelo deslocamento
escalar ( ) negativo ou por uma velocidade negativa.

O outro critério adotado para a classificação dos movimentos, é quanto à intensidade da


velocidade. Quando a intensidade da velocidade do móvel aumenta, esse móvel está executando
um movimento acelerado e as suas características estão apresentadas na figura abaixo.

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Se a intensidade da velocidade do móvel diminuir, o mesmo estará executando um movimento


conhecido por movimento retardado, e as suas características estão demonstradas na figura
abaixo:

Dinâmica

A parte da Mecânica que estuda os movimentos e as causas que os produzem ou os modificam,


é a dinâmica. Então, na dinâmica vamos estudar os movimentos dos corpos e suas causas,
utilizando também os conceitos de cinemática.
As idéias de Galileu sobre a dinâmica, seus estudos sobre os movimentos dos corpos foram
precursoras das Leis de Newton. Utilizando os fluxos, Isaac Newton conseguiu dar um enorme
salto na ciência, conseguiu o que todos buscavam na época, uma teoria física unificada.
Analisando o movimento da lua ele chegou a uma descrição perfeita para os movimentos, uma
descrição que poderia ser utilizada tanto para os astros como para objetos menores na terra. A
dinâmica estabelece relação entre três grandezas, a saber: a “força”, a “massa” e a “aceleração”;
baseada nos trabalhos do físico e matemático inglês Isaac Newton, uma das maiores figuras da
ciência dos últimos tempos.
A dinâmica é a parte da Mecânica que vem ainda da continuidade ao estudo dos movimentos dos
corpos iniciado na Cinemática, porém, tratando da força, que é o agente causador do movimento
ou do termino do mesmo.

I. Leis de Newton

1. Conceitos fundamentais - A dinâmica estuda a correlação entre os movimentos (efeitos) e


as forças (causas que os produzem). O conceito geral de 'força' é o de agente físico, de
características vetoriais, capaz de modificar a velocidade de um corpo (efeito dinâmico) ou
produzir uma deformação no mesmo (efeito estático). Forças podem agir individualmente ou em
conjunto; em conjunto caracterizam um 'sistema de forças' (veja detalhes em 2.3 - notas).

2. Princípios da Dinâmica - são proposições racionais compatíveis com a experimentação;

2.1. Primeira lei de movimento de Newton ou Princípio da Inércia - "Ponto material livre da
ação de forças (ponto isolado ou sujeito a sistema de forças de resultante nula) está em repouso
ou realiza movimento retilíneo e uniforme em relação a certo conjunto de sistemas de
referência" ou, dito de outro modo, "Ponto isolado apresenta, num certo conjunto de sistemas de
referência, aceleração vetorial nula (a = 0); o conjunto desses sistemas recebe o nome de
sistema inercial de referência.

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2.2. Segunda lei de movimento de Newton ou Princípio da Proporcionalidade ou Lei de


Força - "Ponto material sujeito à ação de uma força F adquire aceleração a, de mesma direção
e sentido que a força e módulo |a| proporcional à intensidade de F; o coeficiente de
proporcionalidade é um escalar essencialmente positivo que 'mede' a inércia do ponto - sua
massa -": F = m.a.

Notas -
A-
(a) a massa é uma grandeza escalar;
(b) a massa é sempre um escalar positivo;
(c) a massa - como indicativo da inércia do ponto material - é o 'coeficiente de resistência da
matéria' ao movimento ou à variação de movimento que se lhe quer comunicar;
(d) a massa caracteriza a inércia de cada tipo de matéria e sua particular substância;
(e) a massa de um sistema de pontos materiais (rígido ou não) é a soma das massas dos
pontos que definem o sistema;
(f) para pontos ou sistema de pontos materiais, todos constituídos da mesma substância, a
massa aumenta com o aumento da 'quantidade de matéria'. Se 1 mol da substância A tem
massa m, N moles dessa substância A terá massa N.m .
(g) em Mecânica Clássica, massa é grandeza constante em relação ao tempo, velocidade ou
posição;
B - Conhecida a massa m do ponto e a sua lei de aceleração a(t) numa dada categoria de
movimento, a lei de força F(t) obtém-se multiplicando o escalar m pelo vetor a(t);

lei de força = massa x lei de aceleração


F(t) = m x a(t)

Se o ponto material realiza simultaneamente várias categorias de movimento, a cada uma


delas corresponde uma lei de força; para o sistema vale o:

2.3 - Princípios da ação independente das forças - "Quando sobre um ponto material agem
simultaneamente várias forças, cada uma atua de maneira independente das demais; a
aceleração vetorial adquirida pelo ponto é dada pela soma vetorial das acelerações que cada
força produz isoladamente".

Nota - A força única que aplicada ao ponto determina a mesma aceleração imposta pelo
sistema de forças denomina-se 'resultante do sistema' e, as forças que definem o sistema
denominam-se, então, 'forças componentes'.

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Ações independentes ... Acelerações componentes


f1 = m.a1 ... a1 = f1/m
f2 = m.a2 ... a2 = f2/m
fn = m.an ... an = fn/m
Aceleração resultante: a = a1+ a2+ ... + an = f1/m+f2/m+ ... +fn/m
Resultante do sistema de forças: R = f1 + f2 + ... + fn = m.a

Princípio fundamental da Dinâmica - "Para referenciais inerciais, onde a resultante das


forças aplicadas ao ponto material é R, vale:

Rexternas = m.a

2.4 - Terceira lei de Newton ou 'lei da Ação e Reação' - "Nos referenciais inerciais, quer a
interação entre dois pontos materiais se dê 'à distância' (interação de campos) ou por contato,
as forças que traduzem essas interações sempre comparecem aos pares".
Essas forças de cada par (indiferentemente denominadas 'ação', uma, e 'reação', a outra) agem
simultaneamente, uma em cada ponto, têm mesma direção, têm mesma intensidade e seus
sentidos são opostos; escreve-se, para o par: FA = - FB.

Nota -
(a) "Força de ação à distância" é maneira cômoda de se traduzir a ação recíproca entre corpos
não em contato. Na conceituação 'mais moderna', trata-se de uma 'ação local' determinada pela
modificação do espaço pela presença de corpos.
(b) Recomendamos especial cuidado com a aplicação do 'princípio da ação e reação',
principalmente quanto ao fato da "reação" ser igual á "ação", no sentido de movimento,
aceleração, deformação etc.
Em outras palavras, o que cada força do par faz com o ponto (ou corpo) onde se aplica, são
coisas distintas, são histórias diferentes.

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Física- Termologia

O que vem a ser termologia? O que ela estuda? Termologia é a parte da física que estuda o
calor, ou seja, ela estuda as manifestações dos tipos de energia que de qualquer forma produzem
variação de temperatura, aquecimento ou resfriamento, ou mesmo a mudança de estado físico da
matéria, quando ela recebe ou perde calor. A termologia estuda de que forma esse calor pode
ser trocado entre os corpos, bem como as características de cada processo de troca de calor, são
essas as formas de transferências de calor:
 Convecção;
 Irradiação;
 Condução.
Mas o que vem a ser calor? O que é temperatura? Calor é a energia térmica em trânsito, ou seja,
é a energia que está sempre em constante movimento, sempre sendo transferida de um corpo
para outro. Já temperatura é o grau de agitação das moléculas, ou seja, calor e temperatura são
conceitos bem diferentes com os quais a termologia trabalha.
O estudo da termologia, assim como os vários outros ramos de estudo da física, possibilita
entender muitos fenômenos que ocorrem no cotidiano, como, por exemplo, a dilatação e
contração dos materiais, bem como entender por que elas ocorrem e como ocorrem. São essas
as formas de dilatação que a termologia estuda:
 Dilatação superficial;
 Dilatação volumétrica;
 Dilatação dos líquidos.
A termologia, mais precisamente a termodinâmica, estuda também os gases, adotando para isso
um modelo de gás ideal denominado de gás perfeito, como também as leis que os regem e as
transformações termodinâmicas que se classificam em:
 Transformação isotérmica;
 Transformação isobárica;
 Transformação isocórica.

Aspectos Macroscópicos e Microscópicos da Termologia

O estudo macroscópico só se preocupa com aspectos globais do sistema: o volume que ocupa
sua temperatura e outras propriedades que podemos perceber pelos nossos sentidos. Em geral
do ponto de vista Macroscópico, analisando as propriedades globais do corpo: energia, posição,
velocidade etc. Porém muitas vezes, para uma compreensão mais profunda do fenômeno,
adotamos o ponto de vista Microscópico, onde são consideradas grandezas indiretamente
medidas, não sugeridas pelos nossos sentidos. Nos fenômenos térmicos, Microscopicamente
consideramos a energia das moléculas, suas velocidades, interações etc. Entretanto, os
resultados obtidos Microscopicamente devem ser compatíveis com o estudo feito por meio de
grandeza Macroscópica. Os dois pontos de vista se completam na Termologia, fornecendo de um
mesmo fenômeno uma compreensão mais profunda. Por exemplo, a noção de temperatura a
partir da sensação de quente e frio sugerida pelos nossos sentidos (ponto de vista macroscópico)
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se aprofunda quando consideramos o movimento molecular e entendemos a temperatura a partir


desse movimento (ponto de vista macroscópico).

Calor

Quando dois corpos, em temperaturas diferentes, são postos em contato, observa-se que a
temperatura do corpo mais quente diminui, enquanto que a temperatura do corpo mais frio
aumenta. Essas variações de temperatura cessam quando as temperaturas de ambos se igualam
(equilíbrio térmico). O Calor pode se propagar de três formas: por condução, por convecção e por
irradiação, passaremos a discutir cada uma dessas possibilidades:

CONDUÇÃO

A condução de calor ocorre sempre que há diferença de temperatura, do ponto de maior para o
de menor temperatura, sendo esta forma típica de propagação de calor nos sólidos.

As partículas que constituem o corpo, no ponto de maior temperatura, vibram intensamente,


transmitindo sua energia cinética às partículas vizinhas. O calor é transmitido do ponto de maior
para o de menor temperatura, sem que a posição relativa das partículas varie. Somente o calor
caminha através do corpo.

Na natureza existem bons e maus condutores de calor. Os metais são bons condutores de calor.
Borracha, cortiça, isopor, vidro, amianto, etc. são maus condutores de calor (isolantes térmicos).

CONVECÇÃO

Convecção é a forma típica de propagação do calor nos fluídos, onde a própria matéria aquecida
é que se desloca, isto é, há transporte de matéria.

Quando aquecemos um recipiente sobre uma chama, a parte do líquido no seu interior em
contato com o fundo do recipiente se aquece e sua densidade diminui. Com isso, ele sobe, ao
passo que no líquido mais frio, tendo densidade maior, desce, ocupando seu lugar. Assim,
formam correntes ascendentes do líquido mais quente e descendentes do frio, denominadas
correntes de convecção.

IRRADIAÇÃO

A propagação do calor por irradiação é feita por meio de ondas eletromagnéticas que atravessam,
inclusive, o vácuo.

A Terra é aquecida pelo calor que vem do Sol através da Irradiação.

Há corpos que absorvem mais energia radiante que outros. A absorção da energia radiante é
muito grande numa superfície escura, e pequena numa superfície clara. Essa é a razão por que
devemos usar roupas claras no verão.

Ao absorver energia radiante, um corpo se aquece; ao emiti-la, resfria-se.

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ATENÇÃO: Irradiação é a exposição de um objeto ou um corpo à radiação, o que pode


ocorrer à distância, sem necessidade de contato. Irradiar, portanto, não
significa contaminar.
Um dos aparelhos de radioterapia mais conhecidos é a Bomba de Cobalto,
usada no tratamento contra o câncer, e que nada tem de “bomba” (não
explode). Trata-se de uma fonte radiativa de cobalto-60 (Co-60),
encapsulada ou “selada” (hermeticamente fechada) e blindada, para impedir
a passagem de radiação.

Calorimetria

A calorimetria é a parte da Termologia que estuda as trocas de calor entre corpos.

Calor é energia térmica em trânsito. Calor sensível é o que acarreta variação de temperatura ao
ser recebido ou perdido por um corpo. Calor latente é o calor recebido ou perdido durante uma
mudança de estado.

Quantidade de calor (Q) é a grandeza através da qual avaliamos a energia térmica em trânsito
trocada entre sistemas a diferentes temperaturas.

A Caloria é a unidade usual de quantidade de calor. A unidade oficial (SI) é joule. Relação: 1 cal =
4,186 j.

O calor específico de uma substância mede numericamente a quantidade de calor recebida ou


perdida por um grama da substância ao sofrer a variação de temperatura 1°C, sendo usualmente
expressa em cal/g°C.

1. QUANTIDADE DE CALOR

É a medida da energia térmica fornecida por um corpo para outro. Essa energia é chamada Calor.
Sua unidade é a caloria e representa-se cal. Também se utiliza o múltiplo kcal para 100 calorias.

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Embora não muito utilizado, no sistema internacional de unidades utiliza-se o joule (J) e temos as
seguintes equivalências:

1cal = 4,186J e

1J = 0,239 cal

2. CAPACIDADE TÉRMICA ( C )

É a quantidade de calor necessária para variar em 1ºC a temperatura de todo um corpo.

3. CALOR ESPECÍFICO (c)

É a quantidade de calor necessária para variar em 1ºC a temperatura de 1g de um corpo.


Corresponde a capacidade térmica por unidade de massa.

c = C/m

4. EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CALORIMETRIA

5. PRINCÍPIO DA IGUALDADE DAS TROCAS DE CALOR

De acordo com o Princípio da Conservação de Energia, a quantidade de calor cedida por um


corpo somada com a quantidade de calor que o outro corpo recebeu é nula.

6. CALOR SENSÍVEL

Quando o efeito produzido pelo fornecimento de calor é a variação da temperatura.

7. CALOR LATENTE

Quando o efeito produzido pelo fornecimento de calor é a mudança de estado, não havendo
variação na temperatura.

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8. CALORÍMETRO

Recipiente destinado a medir a quantidade de calor cedida ou recebida por um corpo.

O calorímetro de água, um dos mais simples, tem sua constituição formada por um recipiente de
alumínio, ferro ou cobre o qual é envolto por um material isolante, por exemplo, o isopor. Esse
recipiente contem água numa quantidade conhecida. Na parte superior, desse recipiente
encontra-se um termômetro.

Seu uso dá-se da seguinte maneira: aquecemos uma amostra do material cujo calor específico
desejamos conhecer, até que ela atinja uma determinada temperatura ; agitamos então a água
do calorímetro e medimos sua temperatura ( 1); rapidamente colocamos a amostra no
calorímetro, agitamos novamente a água e então medimos a temperatura ( f) de equilíbrio entre
a água contida no recipiente e a amostra. Como não há perdas de calor para o ambiente durante
a experiência, o calor cedido pela amostra ao resfriar-se é igual, em valor absoluto, ao calor
ganho pela água.

Exemplo:

1.Dentro de um calorímetro, cuja capacidade térmica é desprezível, colocou-se um bloco de


chumbo com 4kg, a uma temperatura de 80ºC. O calorímetro contem 8kg de água a uma
temperatura de 30ºC. Considerando cchumbo=0,0306cal/g.ºC e cágua=1 cal/g, determinar a
temperatura final do sistema.

Resolução: o sistema atinge o equilibrio termico quando todas as suas partes estão à mesma
temperatura. Sabendo que o calorímetro não troca calor, podemos dizer que:

Dilatação
O estudo da dilatação dos sólidos possui importantes aplicações práticas, como a compensação
da dilatação dos pêndulos, a dilatação dos trilhos e das pontes (e o conseqüente cálculo da
separação entre os segmentos) ou o fabrico da vidraria de laboratório resistente ao calor.

Chama-se dilatação todo acréscimo às dimensões de um corpo por influência do calor que lhe é
transmitido. O fenômeno é explicado pela variação das distâncias relativas entre as moléculas,
associada ao aumento de temperatura. Normalmente, são estudadas em separado a dilatação
dos sólidos, a dos líquidos e a dos gases, distinguindo-se, no caso dos sólidos, a dilatação linear,
a superficial e a volumétrica.

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Os estudos teóricos partem do conceito de coeficiente de dilatação, definido como o aumento de


volume, área ou comprimento experimentado pela unidade de volume (área ou comprimento)
quando a temperatura varia de 1o C. Ao denominar-se o coeficiente, se a temperatura varia de tO
C, o aumento será; se o volume inicial era vo, o aumento total será, de forma que o volume v
após a dilatação pode ser escrito como.

De modo geral, os sólidos se dilatam menos do que os líquidos e estes menos do que os gases.
Uma barra de ferro com um metro de comprimento a 0o C dilata-se apenas 1,2mm se a
temperatura aumenta para 100o C (seu coeficiente de dilatação linear é, portanto, 1,2 x 10-5).
Caso se deseje alongar a mesma barra por meio de uma força de tração, para idêntico acréscimo
de comprimento seria necessário aplicar-lhe uma força de 2.400kg por unidade de área. Pode-se
introduzir um conceito um pouco mais rigoroso de coeficiente de dilatação. Chamando de,
respectivamente, os coeficientes linear, superficial e volumétrico, ter-se-ia:

Um fio de aço apresenta curiosa anormalidade de dilatação, pois quando a temperatura atinge
cerca de 700o C o fio experimenta uma contração para voltar a dilatar-se pouco depois. O
fenômeno, reversível, denomina-se recalescência. As ligas de aço-níquel dilatam-se muito pouco
e o coeficiente de dilatação varia com a maior ou menor percentagem de níquel nelas contida. O
menor valor de corresponde a 36% de níquel, sendo a liga denominada invar para 46% de níquel,
esse coeficiente torna-se igual a 0,9 x 10-5, valor igual ao da platina e ao do vidro comum, sendo
a liga denominada platinite.

Alguns corpos como a borracha e a argila contraem-se quando a temperatura se eleva. Esses
corpos se aquecem quando são alongados por uma força de tração, ao contrário dos demais, que
têm sua temperatura reduzida. A água dilata-se irregularmente. Um volume de água aquecido a
partir de 0o C se contrai até 4o C; aí começa a dilatar-se. A água a 4o C possui, portanto, sua
maior densidade, sendo tomada como unidade. Por isso as camadas profundas de mares e lagos
estão à temperatura constante de 4o C.

Dilatação Térmica

Quando aquecemos um sólido qualquer, as suas dimensões geralmente aumentam. A este


aumento das dimensões de um sólido, devido ao aquecimento, chamamos de dilatação térmica.

As propriedades físicas de um corpo, tais como comprimento, dureza, condutividade elétrica,


todas podem ser alteradas em função da alteração na temperatura desse corpo.

Alguns exemplos:

-os sistemas antigos de trilhos de trens mantém entre cada lance um pequeno espaço vazio. Isso
se deve ao conhecimento que temos de que, quando aquecido, o ferro irá aumentar seu
comprimento e, não havendo para onde se expandir, poderá causar danos à via férrea.

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(modernamente utilizam-se as curvas para dar vazão ao aumento no comprimento dos trilhos
quando da dilatação).

Um dos efeitos da temperatura é provocar a variação das dimensões de um corpo.

Pois se aumentarmos a temperatura de um corpo, aumenta a agitação das partículas de seu


corpo e conseqüentemente, as partículas se afastam uma das outras, provocando um aumento
das dimensões (comprimento, área e volume) do corpo.

A esse aumento das dimensões do corpo dá-se o nome de dilatação térmica.

Exemplo: - As calçadas de cimento possuem, de longe em longe, pequenas canaletas, de cerca


de 1cm. Isto evita que no verão, submetidas às altas temperaturas, as mesmas dilatem e se
quebrem, sem ter para onde expandir.

Dilatação Linear

Dilatação linear é aquela em que predomina a variação em uma única dimensão, ou seja, o
comprimento. (Ex: dilatação em cabos, barras, etc..) Ao elevarmos em 10ºC a temperatura de
uma barra de ferro de 1m iremos verificar que seu comprimento aumenta em 0,012cm.

Quando fizemos a mesma experiência com uma barra de ferro com o dobro do comprimento da
primeira, notamos que o aumento do comprimento também foi o dobro do verificado na primeira
barra. Isso nos leva a uma conclusão importante:

A variação de comprimento de uma barra ao ser aquecida é diretamente proporcional ao seu


comprimento inicial.

Se fizermos a mesma experiência, agora não com uma barra de ferro e sim com uma barra de
chumbo, mantendo o mesmo comprimento de 100cm e o mesmo aumento de temperatura de
10ºC, veremos que a mesma irá também aumentar de comprimento mas agora será de 0,027cm.
Com isso concluímos que:

A variação de comprimento de uma barra ao ser aquecida depende do material que a constitui.

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Essas proporcionalidades acima podem ser descritas em termos de uma única expressão:

Dilatação Superficial e Volumétrica

Verifica-se experimentalmente que a dilatação superficial e a dilatação volumétrica dos sólidos


são inteiramente semelhantes à dilatação linear.

Dilatação irregular da água

A água possui um comportamento diferente na sua dilatação. Quando a temperatura da água é


aumentada de 0ºC a 4ºC o seu volume diminui. Acima de 4ºC o volume aumenta como os demais
corpos. É por isso que, por exemplo:

a)Há um aumento na densidade, pois o volume diminui;

b)Os lagos se congelam apenas na superfície, mantendo a parte de baixo líquida, o que
possibilita a continuação da vida abaixo, tais como algas, peixes, etc.

http://www.center.vet.br/cirurgiadilatacao.html

Dilatação térmica dos líquidos

Utiliza-se a mesma fórmula para dilatação volumétrica. O cuidado aqui é em saber-se também a
dilatação do recipiente onde o líquido se encontra. Apenas medindo-se a dilatação do líquido
teremos Dilatação Aparente. A dilatação real é a aparente mais a dilatação do próprio recipiente.

Temperatura

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Podemos considerar a temperatura de um corpo como sendo a medida do grau de agitação de


suas moléculas. Dessa forma, supondo não haver mudanças de fase, quando o corpo recebe
energia térmica, suas moléculas passam a se agitar mais intensamente: a temperatura aumenta.
Ao perder energia, as moléculas do corpo se agitam com menor intensidade: a temperatura
diminui.

A transferência de calor entre dois corpos pode ser explicada através da diferenças entre as suas
temperaturas. Assim, se dois corpos a temperaturas diferentes forem colocados em presença,
moléculas lentas do corpo frio aumentam sua velocidade e as moléculas rápidas do corpo quente
têm sua velocidade diminuída até ser alcançado um equilíbrio. Em outras palavras,
houve passagem de energia térmica (calor) do corpo mais quente para o corpo mais frio.

A situação final de equilíbrio que traduz uma igualdade de temperatura dos corpos constitui o
equilíbrio térmico. Assim, dois corpos em equilíbrio térmico possuem obrigatoriamente
temperaturas iguais.

A observação permite concluir: "se dois corpos estão em equilíbrio térmico com um terceiro, eles
estão em equilíbrio térmico entre si”. Esse fato é conhecido como LEI ZERO DA
TERMODINÂMICA . Assim, se um corpo A está em equilíbrio térmico com um corpo C, e um
corpo B também está em equilíbrio térmico com o corpo C, os corpos A, B estão em equilíbrio
térmico entre si.

Os estados de Agregação da Matéria

Há três estados de agregação ou fases da matéria: sólidos, líquido e gasoso.

Estado Sólido: força de coesão intensa; forma e volume bem- definidos

Estado Líquido: forças da coesão menos intensas, mas ainda apreciáveis; forma variável e
volume bem-definido.

Estado Gasoso: força de coesão extremamente fraca; não apresenta forma nem volumes
definidos.

A medida da Temperatura - Termometria

A sensação térmica é o primeiro impreciso critério para introduzir a noção de temperatura. Hoje,
define-se temperatura como uma medida do grau de agitação térmica das moléculas do sistema.

Dois ou mais sistemas estão em equilíbrio térmico, quando apresentam temperaturas iguais.

Termômetro é um sistema auxiliar que permite, indiretamente, avaliar a temperatura de um corpo.


O mais usado é o termômetro de mercúrio.

Função termométrica de um termômetro é a expressão que relaciona os valores da grandeza


termométrica com os valores da temperatura.

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O que é um termômetro?
Um termômetro é um instrumento que mede quantitativamente a temperatura de um sistema. A
maneira mais fácil de se fazer isso é achar uma substância que possua uma propriedade que se
modifica de modo regular com a temperatura. A forma direta mais 'regular' é a forma linear:

t(x) = ax + b, [4.1]

onde t é a temperatura da substância utilizada e muda com a propriedade x da substância. As


constantes a e b dependem da substância utilizada e podem ser calculadas especificando dois
pontos na escala de temperatura, tais como 0 o para o ponto de congelamento da água e
100o para o seu ponto de ebulição.

Por exemplo, o elemento mercúrio (o único metal líquido em baixas temperaturas) é líquido no
intervalo de temperatura de -38.9° C a 356.7° C. Como todo líquido, o mercúrio expande à
medida em que ele é aquecido. Sua expansão é linear e pode ser calibrada com precisão.

Temperatura do Corpo Humano


É o grau de agitação molecular de um corpo.

Regulação térmica do corpo humano

Temperatura ideal do corpo = 36,5 ºC

O equilíbrio térmico do organismo é descrito pela equação:

M +- C +- H +- R – E = zero
____________________________
(equação do balanço térmico)

• M = calor gerado pelo metabolismo


• C = calor trocado por condução
• H = calor trocado por convecção
• R = calor trocado por radiação
• E = calor perdido por evaporação
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Equação do balanço térmico

M = Metabolismo

O organismo libera calor na taxa de 20 a 500 kcal/hora

C = Condução

É o calor transferido entre o corpo e os objetos (vestimentas) através


do contato físico direto. Normalmente é pequeno devido à baixa condutibilidade das
vestimentas.

H = Convecção

É a troca de calor entre o corpo e os fluidos que o envolvem. Pode ser grande,
dependendo da velocidade do ar em volta do corpo.

R = Radiação

É a troca de calor entre o corpo e os outros corpos materiais através de emissões


radioativas.

E = Evaporação

É a perda de calor que acontece na mudança de fase da água pro vapor.

A evaporação depende da umidade do ar, uma vez que esta indica a quantidade de
vapor que o ar pode receber. Depende também da velocidade do vento. Quanto mais
seco o ar, mais fácil a evaporação. O movimento do ar auxilia a evaporação pois tira
a camada saturada das proximidades da pele.

Limites do corpo humano

O corpo humano resiste atingir a temperaturas próximas de 39 ºC durante curtos


períodos de tempos.
A partir de 41 ºC o mecanismo regulador entra em colapso, assim como os tecidos e
principalmente o cérebro.
Aos 42 ºC sobrevém a morte.

Curiosidade *

A temperatura do corpo não fica estabilizada o dia inteiro. Ela sobe para 37,2 às 5 ou
6 da tarde e vai caindo para 36 graus durante a madrugada.

Máquina Térmica
As máquinas térmicas são máquinas capazes de converter calor em trabalho. Elas funcionam
em ciclos e utilizam duas fontes de temperaturas diferentes, uma fonte quente que é de onde
recebem calor e uma fonte fria que é para onde o calor que foi rejeitado é direcionado.

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A respeito das máquinas térmicas é importante saber que elas não transformam todo o calor em
trabalho, ou seja, o rendimento de uma máquina térmica é sempre inferior a 100%.

Podemos calcular o rendimento de uma máquina térmica se sabemos o quanto de trabalho


ela produz (T) e o quanto de calor foi fornecido pela fonte quente (Q).

Matematicamente, podemos expressar o rendimento (R) por: R=T/Q , que resulta sempre
em um valor menor do que 1 ou 100%.

Se uma máquina recebe um calor Q1 da fonte quente, cede um calor Q2 para a fonte fria e
realiza um trabalho (T), segundo o Princípio da conservação de energia: Q1 = T + Q2, logo
o trabalho será: T = Q1 - Q2 e, portanto, o rendimento desta máquina será calculado por:

, ou seja, , o que deixa claro que sua eficiência é menor do


que 1.

Obs.: a utilização do módulo de Q2 é necessária em função da Primeira Lei.

Lembre-se: se o sistema recebe calor, a quantidade de calor é positiva (Q>0) e se o


sistema cede calor, a quantidade de calor é negativa (Q<0);

Nicolas Leonard Sadi Carnot, engenheiro francês, imaginou um ciclo ideal (Ciclo de
Carnot), onde a eficiência da conversão de energia térmica em trabalho mecânico é
máxima, mas com seus estudos, logo percebeu que não havia como evitar a perda de uma
quantidade de calor em qualquer máquina a vapor, o que foi a base para a Segunda Lei da
termodinâmica.

Ondas
No estudo da física, onda é uma perturbação que se propaga no espaço ou em qualquer
outro meio, como, por exemplo, a água. Uma onda transfere energia de um ponto para
outro, mas nunca transfere matéria entre dois pontos. As ondas podem se classificar de
acordo com a direção de propagação de energia, quanto à natureza das ondas e quanto à
direção de propagação.

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Quanto à direção de propagação de energia, as ondas se classificam da seguinte forma:

Unidimensionais: propagam-se em uma única dimensão;

Bidimensionais: propagam-se num plano;

Tridimensionais: propagam-se em todas as direções.

Quanto à natureza, as ondas se classificam em:

Ondas mecânicas: são aquelas que necessitam de um meio material para se propagar
como, por exemplo, onda em uma corda ou mesmo as ondas sonoras;

Ondas eletromagnéticas: são aquelas que não necessitam de meio material para se
propagar, elas podem se propagar tanto no vácuo (ausência de matéria) como também em
certos tipos de materiais. São exemplos de ondas eletromagnéticas: a luz solar, as ondas
de rádio, as micro-ondas, raios X, entre muitas outras.

Quanto à direção de propagação, as ondas se classificam em:

Ondas transversais: são aquelas que têm a direção de propagação perpendicular à direção
de vibração como, por exemplo, as ondas eletromagnéticas.

Ondas longitudinais: nessas ondas a direção de propagação se coincide com a direção de


vibração. Nos líquidos e gases a onda se propaga dessa forma.

Para descrever uma onda é necessária uma série de grandezas, entre elas temos:
velocidade, amplitude, frequência, período e o comprimento de onda.

Ondas Sonoras

Ondas sonoras são as que possuem freqüência de vibração entre 20 e 20.000Hz, que
naturalmente, são captadas e processadas por nosso sistema auditivo. Que se origina a partir de
vibrações do ar que são captadas pelo tímpano com freqüência e amplitudes pré-definidas.

Intensidade sonora

Se observarmos a propagação de uma onda do ponto de vista geométrico apenas teremos o


meio em forma de onda, já ao observá-la do ponto de vista físico teremos que uma onda é
basicamente a propagação de energia.

A intensidade I de uma onda é definida como a média no tempo da quantidade de energia que é
transportada pela onda, por unidade de área ao logo do tempo.

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Assim: , onde P é a amplitude de pressão, é a densidade média do ar e a


velocidade da onda sonora. Deve-se notar que a intensidade é proporcional ao quadrado da
amplitude.

Nível de Intensidade e volume

Devido à grande gama de intensidades as quais o ouvido é sensível, torna-se mais conveniente
utilizarmos a escala logarítmica para representar o nível de intensidade sonora ( ).

, onde I0 é a intensidade sonora mínima que é audível sendo I 0 = 10-12 W/ m2

A unidade de é o decibel (db) que representa um décimo de bel, unidade adotada em


homenagem a Alexander Graham Bell.

Observe o gráfico ao lado com valores representativos de alguns produtores de ruídos.

A Tabela abaixo dá os valores aproximados em comprimento de onda, frequência e


energia para regiões selecionadas do espectro eletromagnético.

Espectro de Radiação Eletromagnética


Região Comp. Onda Comp. Onda Frequência Energia
(Angstroms) (centímetros) (Hz) (eV)

Rádio > 109 > 10 < 3 x 109 < 10-5

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Micro-ondas 109 - 106 10 - 0.01 3 x 109 - 3 x 1012 10-5 - 0.01

Infra-vermelho 106 - 7000 0.01 - 7 x 10-5 3 x 1012 - 4.3 x 1014 0.01 - 2

Visível 7000 - 4000 7 x 10-5 - 4 x 10-5 4.3 x 1014 - 7.5 x 1014 2-3

Ultravioleta 4000 - 10 4 x 10-5 - 10-7 7.5 x 1014 - 3 x 1017 3 - 103

Raios-X 10 - 0.1 10-7 - 10-9 3 x 1017 - 3 x 1019 103 - 105

Raios Gama < 0.1 < 10-9 > 3 x 1019 > 105

Ondas de luz

Propagação da luz
Inúmeras experiências demonstram que a luz se propaga em linha reta e em todas
as direções, em qualquer meio homogêneo e transparente. Chama-se raio luminoso
a linha que indica a direção de propagação da luz. O conjunto de raios que parte de
um ponto é um feixe. Se o ponto de onde procedem aos raios está muito distante,
os raios são considerados paralelos. Numa casa às escuras, uma pequena abertura
numa janela nos permite observar a trajetória reta da luz. Do mesmo modo, se
fizermos alguns furos nas paredes de uma caixa opaca e acendermos uma
lâmpada em seu interior, percebemos que a luz sai por todos os orifícios, isto é, ela
se propaga em todas as direções.

A luz propaga-se em linha reta. Por isso, a chama da vela só será vista se os furos
da cartolina e o olho estiverem alinhados com ela.

Ondas de luz: o olho como uma antena receptora

A luz que nos ilumina é uma onda "elétrica" semelhante a uma onda de rádio ou
televisão. A diferença está apenas no comprimento de onda que é muito menor nas
ondas de luz do que nas ondas de rádio.

Quais são as antenas emissoras e receptoras das ondas de luz? São os átomos ou
moléculas das substâncias que emitem ou captam a luz. Considere, por exemplo, a
tela de seu monitor nesse exato instante. Nela existem átomos cujos elétrons estão
em vibração com alta freqüência. Elétrons são cargas e, como sabemos, cargas
vibrantes emitem ondas elétricas. Essas ondas se propagam e penetram seus
olhos, atingindo suas retinas. As retinas de seus olhos têm células sensíveis à luz -
elas são as antenas receptoras que vão ser excitadas pelo campo elétrico da luz.
Como no caso do rádio, essa excitação é transformada em um sinal (no caso, um
sinal nervoso) e enviada ao cérebro, onde é "decodificada" no que chamamos de
"visão".

A luz emitida pelo monitor é "não-polarizada". E não podia ser diferente já que os
elétrons que oscilam nos átomos da tela do monitor oscilam em todas as direções
possíveis emitindo ondas com campos elétricos em qualquer direção.
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As células da retina (que atuam como antenas receptoras) também estão


distribuídas ao acaso, em todas as direções possíveis. Portanto, podem captar
ondas com qualquer polarização. Em outras palavras, nossos olhos não são
sensíveis a diferenças de polarização da luz que recebem. Ao que parece, alguns
animais, principalmente insetos, têm olhos que podem distinguir a polarização da
luz. É a chamada visão-P que serve para orientar esses seres ao se deslocarem em
suas tarefas normais.

Óptica
A óptica é o capitulo da física que estuda os fenômenos relacionados à luz, uma das formas pelas
quais a energia se manifesta. O que denominamos quotidianamente de luz é apenas uma
pequena parcela de um vasto conjunto, o espectro eletromagnético, de coisas do mesmo tipo.
Distinguimos as diversas partes deste espectro por valores diferentes de algo que varia, esta
quantidade variável é a "frequência".
A luz visível é do mesmo tipo de energia que as emissoras de rádio emitem. As ondas de rádio
são emitidas também por algumas estrelas e gases do espaço, essas ondas não são para
dançar, servem para sabermos do que são feitas e qual material eles possuem.

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Microondas, aquelas que você usa para fazer


pipocas em poucos minutos! No espaço, os
astrônomos usam para descobrir a estrutura de
nossa galáxia.

Infravermelho, forma de onda de transmissão


do calor, que sentimos na pele, devido ao
nosso tato. No espaço, usamos para mapear a
poeira existente entre as estrelas.

A luz visível é a parte que enxergamos devido


aos nossos olhos. É emitida por qualquer coisa,
desde os vagalumes, as lâmpadas, as
estrelas... Até por partículas rápidas batendo
em outras partículas.

Ultravioleta, sabemos que o Sol é uma fonte de


UV, porque esses raios podem causar câncer
de pele.

Os Raios - X são usados pelos médicos e pelos


dentistas. Gases quentes do Universo também
emitem Raios - X.

Os Raios Gamas são emitidos por materiais


radioativos. Os grandes aceleradores de
partículas, usados pelos cientistas para
descobrirem do que é feito a matéria, emitem
raios gama.

A óptica é dividida em:

a) óptica física - estuda a natureza da luz.


b) óptica geométrica - estuda a trajetória da
propagação da luz.
c) óptica fisiológica - estuda os mecanismos
responsáveis pela visão.

Ilusão de óptica

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Eletromagnetismo

História do eletromagnetismo

A existência de forças naturais de origem elétrica e magnética fora observada em contextos


históricos independentes, mas só na primeira metade do século XIX um grupo de pesquisadores
conseguiu unificar os dois campos de estudo e assentar os alicerces de uma nova concepção da
estrutura física dos corpos.

No final do século XVIII Charles-Augustin de Coulomb e Henry Cavendish haviam determinado as


leis empíricas que regiam o comportamento das substâncias eletricamente carregadas e o dos
ímãs. Embora a similaridade entre as características dos dois fenômenos indicasse uma possível
relação entre eles, só em 1820 se obteve prova experimental dessa relação, quando o
dinamarquês Hans Christian Oersted, ao aproximar uma bússola de um fio de arame que unia os
dois pólos de uma pilha elétrica, descobriu que a agulha imantada da bússola deixava de apontar
para o norte, orientando-se para uma direção perpendicular ao arame.

Pouco depois, André-Marie Ampère demonstrou que duas correntes elétricas exerciam mútua
influência quando circulavam através de fios próximos um do outro. Apesar disso, até a
publicação, ao longo do século XIX, dos trabalhos do inglês Michael Faraday e do escocês James
Clerk Maxwell, o eletromagnetismo não foi - nem começou a ser - considerado um autêntico ramo
da física.

Ondas eletromagnéticas

O conceito de onda eletromagnética, apresentado por Maxwell em 1864 e confirmado


experimentalmente por Heinrich Hertz em 1886, é utilizado para demonstrar a natureza
eletromagnética da luz.

Quando uma carga elétrica se desloca no espaço, a ela se associam um campo elétrico e outro
magnético, interdependentes e com linhas de força perpendiculares entre si. O resultado desse
conjunto é uma onda eletromagnética que emerge da partícula e, em condições ideais - isto é,
sem a intervenção de qualquer fator de perturbação - se move a uma velocidade de 299.793km/s,
em forma de radiação luminosa. A energia transportada pela onda é proporcional à intensidade
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dos campos elétrico e magnético da partícula emissora e fixa as diferentes freqüências do


espectro eletromagnético.

Magnetismo

William Gilbert, médico particular da rainha Elizabeth I da Inglaterra, interessou-se pela natureza
dos fenômenos magnéticos da matéria e descreveu corretamente a Terra como um gigantesco
ímã, cujos pólos magnéticos coincidem de modo aproximado com os de seu eixo de rotação. No
entanto, suas tentativas de explicar os movimentos planetários como resultantes de forças
magnéticas fracassaram e só mais de meio século depois Isaac Newton os atribuiria à força de
gravitação.

Magnetismo é o fenômeno físico que consiste nas forças de atração e repulsão exercidas por
certos metais, como o ferro-doce, o cobalto e o níquel, devido à presença de cargas elétricas em
movimento. Dá-se também esse nome à disciplina da física que estuda a origem e as
manifestações de tais fenômenos magnéticos.

Tradicionalmente, em física estudam-se dois tipos de fontes de fenômenos magnéticos: os ímãs e


as cargas livres nos condutores, que transmitem uma corrente elétrica. Denomina-se campo
magnético à perturbação sofrida pelo espaço próximo a uma dessas fontes magnéticas. A
magnitude fundamental do campo magnético é a indução de campo, representada habitualmente
pelo símbolo B e dotada de caráter vetorial, já que depende tanto de seu valor numérico como da
direção e sentido de máxima variação do campo. O vetor intensidade de campo magnético B é
definido como uma derivação da indução magnética, e a razão pela qual possui a denominação
reservada normalmente aos vetores básicos de campo são puramente históricas.

A detecção de um campo magnético em um meio é feita pela influência que exerce sobre uma
bússola ou carga elétrica em movimento. Assim, pode-se definir a indução de campo magnético
como a força que este exerce perpendicularmente sobre uma carga unitária de velocidade,
também igual a um. A expressão matemática desta relação, chamada de Lorentz, é F = q v x B
em que a força F, a velocidade v e a indução B possuem caráter vetorial, a carga q é um número
positivo ou negativo, e o símbolo x representa um produto vetorial que significa que a força
resultante é perpendicular tanto à velocidade da partícula carregada como ao campo magnético
visto como um conjunto de linhas na direção do vetor B em cada ponto do espaço.

Eletricidade

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O estudo da eletricidade se iniciou na Antiguidade, por volta do século VI a.C, com o filósofo e
matemático grego Tales de Mileto. Ele, dentre os maiores sábios da Grécia Antiga, foi quem
observou o comportamento de uma resina vegetal denominada de âmbar, ao atritar essa resina
com tecido e/ou pele de animal, Tales percebeu que daquele processo surgia uma importante
propriedade: o âmbar adquiria a capacidade de atrair pequenos pedaços de palha e/ou pequenas
penas de aves. Em grego, a palavra elétron significa âmbar, a partir desse vocábulo surgiram as
palavras elétron e eletricidade.

Apesar desse feito, nada foi descoberto por mais de vinte anos, ficando dessa forma, intactas as
observações de Tales de Mileto. No século XVI, o médico da rainha Elizabeth I, da Inglaterra,
Willian Gilbert, descobriu que era possível realizar a mesma experiência de Tales com outros
materiais. Nessa época, o método da experimentação, criado por Galileu, começou a ser
utilizado. Gilbert realizou vários estudos e experiências, sendo uma delas as formas de atrito
entre os materiais. Já no século XVIII o cientista norte-americano Benjamin Franklin, o inventor do
pára-raios, teorizou que as cargas elétricas eram um fluido elétrico que podia ser transferido entre
os corpos. Contudo, hoje já se sabe que os elétrons é que são transferidos. O corpo com excesso
de elétrons está eletricamente negativo, ao contrário do corpo com falta de elétrons, que se
encontra eletricamente positivo.

Associações de Resistores

Os resistores podem se associar em paralelo ou em série. (Na verdade existem outras formas de
associação, mas elas são um pouco mais complicadas e serão vistas futuramente)

Associação Série

Na associação série, dois resistores consecutivos têm um ponto em comum. A resistência


equivalente é a soma das resistências individuais. Ou seja:

Req = R1 + R2 + R3 + ...

Exemplificando:

Calcule a resistência equivalente no esquema abaixo:

Req = 10k + 1M + 470

Req = 10000 + 1000000 + 470

Req = 1010470

Bons Estudos!
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