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O ENSINO BÍBLICO1
(Baseado em “The End Times” - Documento da CTRE2 - LC-MS, p. 36)
- não há uma vinda secreta de Jesus, como propõe alguns milenistas (Pré-
milenismo dispensacional: Cristo voltaria primeira vez para o arrebatamento dos
justos)
Mt 16.27: “Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus
anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras.”
Jo 5.28,29: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os
que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem,
para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição
do juízo.”
Jo 6.40: “De fato a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e
nele crer, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.”
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O comentarista (milenista) Russel Norman Champlin (em o Novo Testamento Interpretado) faz um
interessante comentário sobre a importância do ensino da na Escritura: “É acontecimento
predito nas páginas do AT (Dn 7.13); e figura tão freqüentemente no NT que é mencionado numa média de
um versículo a cada vinte e três.” (5: 202)
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CTRE - Comissão de Teologia e Relações Eclesiais
Não há base para afirmar uma ressurreição antes do . A
ressurreição de todos os mortos se dará no fim dos tempos. Não há um espaço
entre a volta de Cristo, a ressurreição dos mortos e o destino eterno destes, como
bem mostram as palavras de Jesus em João.
1 Ts 4.14-17: “(14) Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também
Deus, mediante Jesus, trará juntamente em sua companhia os que dormem.
(15)
Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que
ficarmos até a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. (16)
Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do
arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro; (17) depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos
arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos
ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.”
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É ponto básico na doutrina milenista a diferenciação entre a vinda de Jesus “para a Igreja” e “para o juízo”.
Os milenistas colocam entre estes (segundo eles) dois acontecimentos o período da “grande tribulação”.
Russel N. Champlin cita John F. Walvoord, presidente do Dallas Theological Seminary, que aponta
“cinqüenta razões pelas quais cria no arrebatamento antes da tribulação, o que significa que a Igreja nào
passaria pelo período da grande tribulação.” (Champlin, 5: 203; meu grifo)
Paulo parece estar dizendo, portanto, que os cristãos irão se
encontrar com o Senhor nos ares para acompanhá-lo em honra para
a Terra para o Julgamento., Os cristãos estarào incluídos em Sua
gloriosa companhia de anjos enquanto ele desce para a Terra. (40)
4
Bruner comenta neste ponto a asserção de Hal Lindsay, de que as profecias sobre a volta de Jesus são
como peças de um quebra-cabeças espalhadas pelo Antigo e Novo Testamentos. A “figura” completa só
poderia ser encontrada a partir de uma decodificação realizada por mestres especialmente dotados! (873)
Desafiamos os quiliastas de nos apresentar uma só passagem clara
que fala de uma dupla volta visível do Salvador, de uma dupla
ressurreição dos mortos e de um reino de Cristo de mil anos aqui na
terra.5
Os textos bíblicos que falam da volta de Jesus mostram que Ele virá para o
julgamento e para levar os crentes para a vida eterna. Ver Mt 16.27; 25.31;
Jo 14.3; 2 Ts 1.7. O Dr. Kunstmann conclui:
Não há lugar para introduzir entre estes dois acontecimentos
indissolúveis a volta de Cristo e o juízo, um intervalo de 1000 anos.
(123)
No seu estudo, o Dr. Kunstmann utiliza Ap 20 - texto base para os
milenistas - para comprovar sua tese. Para tanto, compara 6 aquele texto
com outros textos no NT, mostrando que os “mil anos” são o que no restante
do NT se caracteriza como o tempo da graça:
5
Igreja Luterana Julho, Agosto/ 1950: 121.
6
Kunstmann, “Quiliasmo”, 124,125.
Como Jesus podia desconhecer a data de Sua volta? (Mt 24.36)
7
Livro de Concórdia, p. 525. (Ênfase acrescentada)
8
John Theodore Mueller, Dogmática Cristã, I: 300.
A Volta de Jesus
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Professor adjunto da Universidade Luterana do Brasil e professor titular - Seminário Concórdia. Tem
experiência na área de Teologia, com ênfase em Exegese do Novo Testamento e Teologia Sistemática,
atuando principalmente nos seguintes temas: escatologia, igreja, ministério, luteranismo e apocalipse.