Esta dissertação estuda a produção fotográfica da Exposição do Centenário Farroupilha
realizada em Porto Alegre durante as comemorações do primeiro centenário da Revolução Farroupilha de 1835. Distribuída em catálogos, álbuns e relatórios, tal produção teceu uma narrativa visual para ser consumida durante e após a realização do evento. Esse material, além de configurar-se como representação do imaginário social urbano da época, serviu para divulgar e propagandear a Exposição a partir dos interesses de seus organizadores, que a colocaram como símbolo da modernidade e do desenvolvimento alcançados pelo Rio Grande do Sul em 1935. No intuito de dinamizar a análise das imagens, foram construídas séries fotográficas que levaram em conta os aspectos temáticos apresentados, bem como as opções formais usadas pelos fotógrafos. Entre os principais temas estavam: a arquitetura monumental dos pavilhões, as solenidades e personalidades políticas, os stands e as vistas do complexo expositivo. Tal identificação permite estabelecer certos “padrões” visuais que estão diretamente relacionados à propaganda econômica e política da cidade e de seus representantes. Não obstante, combinando a análise das séries com as narrativas visuais de alguns catálogos e relatórios é possível apontar o uso da fotografia como elemento capaz de patrimonializar o evento comemorativo da Exposição e, por conseguinte, contribuir para a memória da mesma. Agradecimentos
Ao Conselho nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq)