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“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros
para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.” Tg 5: 16
Sejamos sinceros: Quando você confessou seus pecados para algum irmão de sua
igreja? Sinceramente, eu nunca consegui fazer isso. Como é possível fazer isso na igreja
de hoje? Se você for confessar um pecado para um irmão, é provável que no mínimo ele
vá entregar para o pastor. Sem falar de fofocas e também pode acontecer do irmão
começar a te olhar diferente. Como Tiago pode dizer isso?
O que acontece é que o contexto da igreja hoje é muito diferente. Tiago, era
pastor da igreja em Jerusalém. Acredito eu que boa parte das igrejas da época ainda
guardavam algumas características que a igreja de Jerusalém tinha no princípio:
Quero chamar atenção para o verso 44 que diz que “todos os que criam
mantinham-se unidos e tinham tudo em comum”. Isso é o que anda faltando na igreja
atual. Vivemos uma crise de comunhão.
Quando o texto diz que todos tinham tudo em comum, podemos dizer que eles
eram uma comunidade no seu real sentido:
“Numa comunidade, as pessoas têm coisas em comum. Mais do que a simples
possibilidade de optar […] As pessoas pertencem umas às outras, conhecem-se
com alguma profundidade, dão satisfação umas às outras. Elas estão sujeitas
umas às outras pelo amor. Essas ligações são suficientes para que possam ser
disciplinadas, corrigidas, criticadas (até equivocadamente), sem que isso seja
motivo para sumir.” (Amorese, Rubem Martins. Icabode: da mente de Cristo
à consciência moderna. Pag. 105)
Toda essa crise de comunhão tem acontecido porque a igreja tem absorvido uma
tendência que tem tomado conta da sociedade pós-moderna: a privatização. O temro
privatização significa dizer que as pessoas estão cada vez mais fugindo de um convívio
público para uma esfera privada. Isso implica que as pessoas não querem mais ter
relacionamentos profundos. Andam em relacionamentos cada vez mais superficiais, não
confiam umas nas outras. Logo, também não revelam quem realmente são. Não são
sinceras. Não conseguem amar. Como consequência disso tudo a falsidade, os grupinhos,,
a falta de afeto, a falta de unidade, a falta de evangelização. E os versículos abaixo tratam
exatamente desses problemas:
“Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam de maneira digna da vocação
que receberam. Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes,
suportando uns aos outros com amor. Façam todo o esforço para conservar a
unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, assim
como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; há um só
Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos,
por meio de todos e em todos.” Ef 4:1-6
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de
misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade;
Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver
queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E,
sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. E a paz de
Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos
corações; e sede agradecidos.A palavra de Cristo habite em vós abundantemente,
em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com
salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso
coração. E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do
Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” Cl 3:12-17
“Se por estarmos em Cristo, nós temos alguma motivação, alguma exortação de
amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão,
completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um
só espírito e uma só atitude. Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade,
mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide,
não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.”
Fp 2:1-4
“Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo suplico a todos vocês que
concordem uns com os outros no que falam, para que não haja divisões entre
vocês, e, sim, que todos estejam unidos num só pensamento e num só parecer.
Meus irmãos, fui informado por alguns da casa de Cloe de que há divisões entre
vocês. Com isso quero dizer que cada um de vocês afirma: "Eu sou de Paulo"; "eu
de Apolo"; "eu de Pedro"; e "eu de Cristo".Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo
crucificado em favor de vocês? Foram vocês batizados em nome de Paulo?”
1 Co 1:10-13
Seguem-se, agora, 4 argumentos que mostram o quanto os relacionamentos são
importantes para Deus:
#1 Deus é um Deus social
“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento.E o
segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mt 22:37-
39
Então o Senhor Deus declarou: "Não é bom que o homem esteja só; farei para
ele alguém que o auxilie e lhe corresponda". Gn 2:18
“Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” Gl 6:2
“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu
trabalho.Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que
estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante.Também, se dois
dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará?E, se
alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras
não se quebra tão depressa.” Ec 4:9-12
Deus usa os relacionamentos para nos abençoar. Deus poderia simplesmente nos
curar quando quisesse, mas ele prefere normalmente usar a medicina. Assim como muitas
vezes usa a solidariedade de algumas pessoas para abençoar outras. Dessa forma, seu
nome é glorificado por quem recebe, que dá graças pela provisão, e por quem doa, que
recebe a honra de participar da provisão divina.
#4 O plano de salvação para a humanidade incluiu os relacionamentos.