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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

George de Assis
Igor Coimbra
Paulo Fernando

LICITAÇÕES

São Luis
2009
George de Assis
Igor Coimbra
Paulo Fernando

LICITAÇÕES
Trabalho apresentado à disciplina de
Fundamentos do Direito, ministrada pelo professor
Paulo Vidgal para obtenção da total da segunda
nota do semestre.

São Luis
2009

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1. INTRODUÇÃO:

O presente trabalho irá abordar o conceito e a funcionalidade das licitações. Por


quem ela é utilizada, se está previsto em lei, suas modalidades, quem está
habilitado a participar, escolhas, tipos, divulgação do processo licitatório e como
revogá-lo.
Para dar mais consistência ao trabalho buscamos exemplos de licitações reais
que serão dispostas no Anexo.

2. O CONCEITO DE LICITAÇÕES:

Todo governo precisa comprar produtos ou contratar serviços para realizar


serviços presentes na administração públicas, como reformar um hospital público até
mesmo construir uma hidrelétrica. A maior parte desse dinheiro a ser gasto vem dos
impostos pagos pelo contribuinte. Porém esse dinheiro deve ser bem aplicado, e
contratar um serviço com uma proposta mais vantajosa (onde nem sempre é aquela
com o menor preço, e nós sabemos que nem sempre é a proposta mais vantajosa).
Este processo se dá por meio da Licitação. Em outras palavras, as licitações tornam
lícitas as compras do governo e, como consequência, a forma como o governo gasta
nosso dinheiro.

Atualmente a o processo licitatório no Brasil é regulado pela lei ordinária nº


8666/93. Já a lei nº10520/02 regularizou uma nova modalidade de licitação: O
pregão.

3. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA LICITAÇÃO:

 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: Nos procedimentos de licitação, esse


princípio vincula os licitantes e a Administração Pública às regras
estabelecidas, nas normas e princípios em vigor.

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 PRINCÍPIO DA ISONOMIA: Significa dar tratamento igual a todos os
interessados. É condição essencial para garantir em todas as fases da
licitação.

 PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: Esse princípio obriga a Administração a


observar nas suas decisões critérios objetivos previamente estabelecidos,
afastando a discricionariedade e o subjetivismo na condução dos
procedimentos da licitação.

 PRINCÍPIO DA MORALIDADE E DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA: A


conduta dos licitantes e dos agentes públicos tem que ser, além de lícita,
compatível com a moral, ética, os bons costumes e as regras da boa
administração.

 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: Qualquer interessado deve ter acesso às


licitações públicas e seu controle, mediante divulgação dos atos praticados
pelos administradores em todas as fases da licitação.

 PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO:


Obriga a Administração e o licitante a observarem as normas e condições
estabelecidas no ato convocatório. Nada poderá ser criado ou feito sem que
haja previsão no ato convocatório.

 PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO: Esse princípio significa que o


administrador deve observar critérios objetivos definidos no ato convocatório
para o julgamento das propostas. Afasta a possibilidade de o julgador utilizar-
se de fatores subjetivos ou de critérios não previstos no ato convocatório,
mesmo que em benefício da própria Administração.

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4. HABILITAÇÃO PARA PARTICIPAR:

Recentemente foi promulgada a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas


(123/06) promulgada em 2006, trouxe facilidade para que as pequenas e micro
empresas participassem do processo licitatório (através das licitações de pequeno
valor), ou seja, qualquer empresa hoje pode participar de uma licitação. Porém
alguns fatores devem são exigidos para que as empresas possam participar da
licitação.
Entre os fatores para a participação é necessário que o pretendente esteja em
dia com suas obrigações fiscais, chega a ser óbvio esse fato afinal, ninguém faz
negócio com aquele que já deu calote. Além disso, a empresa em questão deve
estar regularizada judicialmente e ter capacidade financeira e técnica para prestar o
serviço ou o produto, dessa forma impede uma negociação com uma empresa de
“fachada”. Outro ponto importante de ressaltar é que fica proibido à participação na
licitação empresas que possuam certo grau de parentesco com a administração
pública.
Além disso, na habilitação, o concorrente terá que apresentar os critérios
técnicos e a proposta de orçamento, normalmente, em envelope marcado. Nos tipos
menor preço e melhor técnica, os critérios técnicos e o orçamento podem ser
apresentados em um mesmo envelope. No tipo que une menor preço e melhor
técnica, são apresentados dois envelopes diferentes.

5. TIPOS DE LICITAÇÃO:

O tipo de licitação não deve ser confundido com modalidade de licitação.


Modalidade é procedimento, enquanto tipo é o critério de julgamento utilizado pela
Administração para seleção da proposta mais vantajosa.

Os tipos de licitação nada mais é que a forma como será escolhido o vencedor
da licitação. Existem três tipos básicos de licitação:

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 MENOR PREÇO: Como o próprio nome já diz, aquele que oferecer o
menor preço será o vencedor. Existem casos que para ganhar a
licitação à empresa nem cobra para oferecer o serviço, ou cobra com
valores abaixo do normal, simplesmente para ganhar um grande cliente
em potencial ou melhorar a sua imagem vinculando sua imagem a
determinado projeto, como obras públicas de grande porte.

 MELHOR TÉCNICA: Nem sempre o menor preço é o critério buscado,


para projetos mais complexos o melhor a fazer é procurar os melhores
profissionais no mercado para àquela operação.

 MELHOR CUSTO-BENEFÍCIO: O vencedor será aquele que oferecer


o melhor produto ou serviço pelo menor preço, é levado em conta a
técnica e o preço.

Depois de escolher o Tipo chegou a hora de escolher a modalidade da


licitação.

6. MODALIDADE DA LICITAÇÃO:

Modalidade de licitação é a forma específica de conduzir o procedimento


licitatório, a partir de critérios definidos em lei. O valor estimado para contratação é o
principal fator para escolha da modalidade de licitação, exceto quando se trata de
pregão, que não está limitado a valores.
Quando o órgão público vai realizar uma compra é feita uma pesquisa de preço
no mercado, a fim de estabelecer um limite para a licitação (para ter uma noção do
preço base e do preço mais elevado, assim não irá pagar muito caro nem contratar
um serviço simples demais, prezando um bom serviço pelo menor preço como foi
visto nos tipos). Após o término da pesquisa o governo não irá pagar mais do que o
valor que foi pesquisado. Compras com valores menores que R$ 8 mil podem ser
feitas pelo governo sem a necessidade de licitação.

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Além do leilão e do concurso, as demais modalidades de licitação admitidas são
exclusivamente as seguintes:

 CONCORRÊNCIA: Concorrência é a modalidade de licitação adequada a


contratação de grande vulto. O estatuto estabelece duas faixas de valor,
para obras e serviços de engenharia (acima de R$ 1,5 milhão), e outra
para compras e serviços (Acima de R$ 650 mil).

 TOMADA DE PREÇO: Tomada de Preço é a modalidade de licitação


entre interessados previamente cadastrados nos registros dos órgãos
públicos e de pessoas administrativas, ou que atendem a todas as
exigências para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas. Esta modalidade é menos formal que a
concorrência, e isso em virtude de ser destinar a contratação de vulto
médio, cujas faixas de valores estão estabelecidas: Para obras e serviços
de engenharia (de R$ 150 mil até R$ 1,5 milhão), e para compras e
serviços (de R$ 80 mil até R$ 650 mil).

 CONVITE: A modalidade de convite (ou Carta-Convite) é que comporta


menor formalismo, e isso porque se destina a contratações de menor
vulto. Para obras e serviços de engenharia (de R$ 15 mil até R$ 150 mil),
e para compras e serviços (de R$ 8 mil até R$ 80 mil).

 PREGÃO: É a modalidade licitação em que disputa pelo fornecimento de


bens e serviços comuns é feita em sessão pública. Os licitantes
apresentam suas propostas de preço por escrito e por lances verbais,
independentemente do valor estimado da contratação. Ao contrário do que
ocorre em outras modalidades, no Pregão a escolha da proposta é feita
antes da análise da documentação, razão maior de sua celeridade.

A modalidade pregão foi instituída pela Medida Provisória 2.026, de 4 de maio de


2000, convertida na Lei nº 10.520, de 2002, regulamentada pelo Decreto 3.555, de
2000. O pregão é modalidade alternativa ao convite, tomada de preços e

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concorrência para contratação de bens e serviços comuns. Não é obrigatória, mas
deve ser prioritária e é aplicável a qualquer valor estimado de contratação.

7. FASES DA LICITAÇÃO:

Os atos da licitação devem desenvolver-se em sequência lógica, a partir da


existência de determinada necessidade pública a ser atendida. O procedimento tem
início com o planejamento e prossegue até a assinatura do respectivo contrato ou a
emissão de documento correspondente, em duas fases distintas:

 FASE INTERNA OU PREPARATÓRIA: Delimita e determina as condições do


ato convocatório antes de trazê-las ao conhecimento público.

 FASE EXTERNA OU EXECUTÓRIA: Inicia-se com a publicação do edital ou


com a entrega do convite e termina com a contratação do fornecimento do
bem, da execução da obra ou da prestação do serviço.

8. ESCOLHA DO FORNECEDOR:

O processo pelo qual será escolhido o fornecedor deve ser através de uma
sessão pública, pois dessa forma há transparência na escolha. As empresas devem
entregar seus documentos de habilitação e suas propostas comerciais, haverá
conferencia de documentos, se estiver tudo em ordem a empresa passa para a
próxima fase, e vence a melhor empresa, de acordo com o tipo de licitação
escolhido no edital. Mesmo depois do vencedor ser escolhido o processo licitatório
ainda não termina.

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9. ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO:

Porém nem sempre o processo licitatório é legal, nesses casos o poder judiciário
ou a própria administração pública podem promover um pedido de anulação da
licitação:

 ANULAÇÃO: A anulação da licitação é decretada quando existe no


procedimento vício de legalidade. Há vicio quando não há algum dos
princípios ou alguma das normas pertinentes à licitação ou quando não se
escolhe proposta desclassificável, ou seja, tudo que configura como vício
de legalidade provoca a anulação do procedimento.

 REVOGAÇÃO: A revogação é o desfazimento dos efeitos da licitação, já


concluída, em virtude de critérios de ordem administrativa, ou razões de
interesse público, como diz a lei.

"A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá


revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente
devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo
anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer
escrito e devidamente fundamentado" (art. 49 da lei nº 8.666/93).

10. CONCLUSÃO:

A empresa para ser vencedora deve passar por todas as fases vistas acima,
após isto só resta passar pela fase de adjudicação que é o momento em que a
comissão de licitação declara e publica efetivamente sua empresa como vencedora,
e a fase de homologação, que é a batida final do martelo. O prazo máximo de
prorrogação de contratos é de cinco anos.

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Segue no ANEXO I um breve resumo de como é feito todo o processo licitatório,
e no ANEXO II um modelo de licitação da Prefeitura Municipal de São Luis do
Maranhão.

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ANEXOS

ANEXO I

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ANEXO II

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11. BIBLIOGRAFIA:

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 Disponível em: <http://www.jurisway.org.br> Acesso em: 01 de Novembro de
2009.

 Disponível em: <http://forum.jus.uol.com.br> Acesso em: 01 de Novembro de


2009.

 Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/estado> Acesso em: 01 de


Novembro de 2009.

 Disponível em: <http://www.conlicitacao.com.br> Acesso em: 01 de Novembro


de 2009.

 Disponível em: <http://www.administradores.com.br> Acesso em: 01 de


Novembro de 2009.

 Disponível em: < http://www.hsw.uol.com.br/> Acesso em: 01 de Novembro de


2009.

 Disponível em: <www.sg6.ufrj.br/licitacao_conceitos_principios.doc> Acesso


em: 01 de Novembro de 2009.

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