Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A Narrativa
A Narrativa
Narrativa
Narrador — Ser imaginário, existente no texto e criado pelo autor. Encarregado de contar (narrar) a
história.
Espaço — Os acontecimentos passam-se sempre em qualquer sítio, espaço (casa, rua, floresta,...).
Tempo — Os acontecimentos decorrem em qualquer altura (manhã, tarde, noite,...) e podem ter
duração variada (minutos, dias, meses,...).
Retrato — Conjunto de características que o leitor encontra no texto e que ajudam a imaginar como
seria a personagem se ela existisse na realidade. As características podem ser fornecidas ao leitor, pela
fala do narrador ou das personagens.
O retrato pode ser físico e psicológico.
História completa — Geralmente a história começa por preparar o leitor para o que se vai passar em
algumas linhas iniciais (introdução ou princípio). Só então se narram os acontecimentos
(desenvolvimento ou meio) e, finalmente, também em poucas linhas, o leitor sente, através de uma
conclusão, opinião ou parecer, que termina a história (conclusão ou final).
Narrativa fechada — A este tipo de narrativa com introdução, desenvolvimento e conclusão, damos o
nome de narrativa fechada porque sabemos a sorte final das personagens.
Texto
O Bule Encantado
A princesa Luísa era muito vaidosa, pois sentia-se muito satisfeita por ser a filha de um rei
poderoso.
Um dia, o embaixador de um remoto país ofereceu à bonita e orgulhosa princesa um esquisito
bule da mais fina porcelana.
A princesa recomendou aos seus servidores que tivessem muito cuidado com o bule, uma vez
que se tratava de um bule encantado do qual nunca se esgotava o chá, sem que tivessem de o encher.
- Só tu poderás beber esse chá desse bule – avisou-a o embaixador – porque, se uma outra
pessoa beber chá dele, ficarás sujeita à sua vontade.
Um dia, oriundos de longínquas terras, chegaram dois príncipes que procuravam cada um, uma
princesa para se casarem.
- A princesa Luísa é muito bonita, irmão – disse o príncipe que montava o cavalo negro. Porque
não paramos e a vamos cumprimentar?
- Desculpem-me por não lhes oferecer uma chávena de chá, príncipes – disse a princesa ao
recebê-los – mas este bule está encantado e só eu me posso servir dele.
Os dois príncipes, muito desgostosos pela descortesia da princesa, despediram-se
apressadamente. Quando os príncipes se foram embora, o bule encheu-se de vida e disse à
surpreendida princesa:
- Com medo de ficares sujeita à vontade dos demais, mostraste-te egoísta e pouco generosa. A
partir de agora ninguém quererá beber o teu chá.
Sim, amigos, ninguém quis provar o chá do bule encantado, pois a princesa tinha-se
transformado numa mulher feia e de aspecto desagradável, que assustava todos.
- Não! Não queremos o chá do teu bule – diziam-lhe todos. Temos medo de nos aproximarmos
de ti.
- Oh! - Chorou a princesa. – Ninguém se aproxima do meu palácio e todos rejeitam o chá que
lhes ofereço.
- Segundo dizem – comentou um dos passarinhos com os seus companheiros – a princesa só
recuperará a sua aparência normal se alguém aceitar o chá do bule encantado.
Aconteceu que um cão e um burro, que por ali passavam, pararam um pouco em frente do
palácio da princesa Luísa.
- Não sabes? – disse o burro ao seu ocasional companheiro. Aqui vive a princesa que tem um
bule encantado. Tenho sede, e se me atrevesse, pedir-lhe-ia um pouco de chá.
Mas quando a princesa Luísa apareceu à porta do seu palácio, o burrinho, ao vê-la tão feia,
fugiu a toda a pressa, dizendo:
-Vou mas é beber ao rio! Prefiro presenciar a minha própria imagem, ao beber a água, do que a
dessa princesa tão feia.
Mas o cãozinho, com pena da tristeza que os olhos da jovem revelavam, aceitou uma chávena
de chá do bule encantado.
- Obrigado, amigo! – disse-lhe a princesa. – És um cão muito bom e amável.
Assim que o cão provou o chá, a princesa Luísa recuperou a sua beleza e o animal transformou-
-se num elegante príncipe.
- O líquido do teu bule encantado fez com que eu voltasse à minha verdadeira aparência e a ti
devolveu-te a tua beleza – disse o jovem.
A princesa Luísa casou-se com o príncipe desencantado e deixou de ser vaidosa e egoísta, para
apenas pensar na felicidade dos demais.
Ah, é verdade! O bule encantado desapareceu e nunca mais se voltou a saber nada dele
GRIMM.
Escola _____________________________
Ficha Formativa
Língua Portuguesa
Nome: _________________________________________ Ano____ Turma ____ Número____
Língua Portuguesa
Conto Maravilhoso
1 - Escreve um conto, escolhendo em cada uma das tiras de opções que se seguem, um herói ou
heroína, algo que ele deseja, alguém ou alguma coisa que o ajude, etc., e assim sucessivamente até à
conclusão feliz do conto.
Escolhe o herói
(heroína) do conto
que vais escrever.
Escolhe a coisa
que essa
personagem
procura.
O herói (a heroína)
tem de partir para
conseguir o seu
objectivo. Usa
como meio de
transporte:
Na sua viagem
encontra perigos
que deve vencer.
Escolhe- os:
Chega finalmente
ao local onde está
o que procura:
Ficha informativa
Conto maravilhoso
Narrativa curta, imaginada e contada pelas pessoas com o fim de entreter e dar prazer.
O conto maravilhoso transmite sempre uma lição, ou seja, um ensinamento que ajuda a corrigir
os defeitos.
No conto maravilhoso inserem-se as fábulas (A cigarra e a formiga, O corvo e a raposa, A lebre
e a tartaruga, etc.), as lendas (A lenda das amendoeiras, a lenda de Timor, etc.) e os contos (A Gata
Borralheira, Branca de Neve e os sete anões, A fada Oriana, etc.).
No conto maravilhoso há seres, objectos sobrenaturais que têm o poder de mudar o destino das
outras personagens, revelando assim, poderes inatingíveis pelos humanos.
Há seres bons que ajudam o herói a conquistar o seu objectivo e há os maus que procuram, a
qualquer preço, impedir essa realização.
De entre os seres bons destacam-se as fadas, embora existam fadas más.
As fadas são figuras femininas que usam uma varinha de condão, têm o poder de transformar as
pessoas e as coisas de forma a satisfazerem todos os desejos.
As fadas boas têm o papel de anjo da guarda, protegendo e amparando os desprotegidos (a
madrinha da Gata Borralheira, a fada boa da fada Oriana, etc.). As fadas más são seres cheios de ódio e
desejo de vingança quando se vêem perante alguma coisa que as contraria, ou até, fazendo mal por
prazer (a fada má da fada Oriana e tantas outras.).
O mundo das fadas contribui para transmitir às crianças valores sociais e morais.
A figura da bruxa opõe-se à da fada boa e ajuda a distinguir a ideia entre o bem e o mal.
A bruxa apresenta-se com um aspecto medonho: rosto feio, nariz longo e pontiagudo, dentes
enormes, queixo saliente e aguçado, vestida de negro e envolvida num xaile preto, trazendo na mão
uma vassoura. Esta figura assustadora está presente nos contos: A Branca de Neve e os sete anões, O
Feiticeiro de Oz, A Sereiazinha, etc.
Quanto à estrutura, o conto maravilhoso é uma narrativa fechada com: introdução,
desenvolvimento e conclusão.
Caracteriza-se por haver sempre alguém ou alguma coisa que ajuda o herói a ultrapassar os
obstáculos e a realizar os seus desejos mas, há os que se opõem a essa realização e tudo fazem para
dificultar a vida do herói no entanto, tudo acaba em bem e o conto tem um final feliz.
Fim