Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Caro treinando,
Este é o material de estudo do programa de treinamento que vai preparar você para prestar o
próximo exame de Certificação ANBID – CPA 20.
Eu sou seu professor virtual e vou aparecer muitas vezes ao longo das apostilas para ajudá-lo,
chamando sua atenção para os pontos de maior importância, sugerindo discussões, fazendo
perguntas, enfim, utilizando diversos recursos para atingirmos, juntos, nosso objetivo final:
sua aprovação no próximo exame de certificação ANBID.
Detetive
Fique de olho no seu detetive. Ele indicará pontos que caíram nos exames passados e têm
grande chance de caírem novamente no próximo exame que você esta rá prestando.
R Mini-simulados
Ao término de cada apostila será aplicado um mini-simulado para testar seu conhecimento
sobre o tema específico do programa.
A Parte 1 representa
de 6% a 15% do exame
METAS DE APRENDIZADO
(Continua)
O que é?
O valor dos bens intermediários não é computado no cálculo do PIB, visto que
está incluído dentro do valor dos bens finais.
Com o objetivo de computar o valor dos bens e serviços finais, soma-se o valor
adicionado em cada etapa de produção.
PIB Real: é o valor dos bens serviços medidos a preços constantes.Faça uma
analogia com seu salário : Seu salário anual nominal será a soma algébrica dos
12 meses do ano. Suponha R$ 1.000,00 x 12 = R$ 12.000,00.
Todavia este valor final de R$ 12.000,00 não é o valor Real de seus
rendimentos se levarmos em conta a inflação.
Imagine agora que a inflação média no ano foi de 5%. Logo seu salário real será
:
R$ 12.000,00 menos 5% = R$ 11.400,00
O mesmo ocorrerá quanto quisermos saber o PIB real. Devemos deflacionar
(descontar a inflação) do período que estará sendo analisado.
§ Investimento: consiste nos bens adquiridos para uso futuro. Essa categoria
divide-se em duas subcategorias: investimento fixo das empresas (formação bruta
de capital fixo) e variação de estoques.
No nosso sistema, o Banco Central dispõe de autonomia operacional, isto é, ele tem
liberdade para fixar a taxa SELIC e utilizar outros instrumentos de política monetária
como lhe convier para atingir a meta. A definição da meta, entre tanto, não é decisão
do Banco Central, mas do Conselho Monetário Nacional.
A avaliação do Banco Central é feita ao final de cada ano. Considera -se que a meta
foi atingida caso a inflação observada ao final do ano se situe dentro do intervalo de
tolerância previamente estabelecido.
Caso não consiga cumprir a meta, o Presidente do Banco Central deve escrever uma
carta aberta justificando os motivos que levaram a isso, quais a s medidas de política
monetária serão tomadas e em quanto tempo se espera que a inflação retorne à
meta.
Open Market
O mercado aberto funciona com base numa rede nacional de negociadores de títulos
federais. Semanalmente, o Tesouro Nacional emite títulos, cujo montante, é leiloado
pelo Banco Central do Brasil às instituições financeiras participantes do sistema
financeiro nacional.
Redesconto
O mercado interbancário pode realizar opera ções para suprir suas necessidades
normais através do CDI – Certificado de Depósito Bancário. A utilização do
redesconto da autoridade monetária se restringe aos casos mais graves ou a valores
que o sistema não pode auto-financiar.
O redesconto tem um caráter punitivo já que opera com taxa de juros mais altas que
as praticadas pelo mercado.
Os efeitos do redesconto se fazem sentir no médio prazo já que os bancos que estão
utilizando essa assistência financeira procuram reformular suas posições em busca
do equilíbrio na liquidez.
Depósito Compulsório
§ Venda de títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos públicos ele retira
moeda da economia que é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração dos
meios de pagamento e da liquidez da economia.
§ Compra de títulos públicos: quando o Banco Central compra títulos públicos há uma
expansão dos meios de pagamento que é a moeda dada em troca dos títulos. Com
isso, ocorre uma redução na taxa de juros e um aumento da liquid ez.
A taxa de juros fixada na reunião do COPOM é a meta para a taxa SELIC (taxa
média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no
Taxa SELIC Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período
Uma das funções do entre reuniões ordinárias do Comitê.
COPOM é determinar a
meta da taxa SELIC que Se for o caso, o COPOM também pode definir o viés, que é a prerrogativa dada
mede a taxa média dos ao Presidente do Banco Central para alterar a meta para a taxa SELIC a
financiamentos diários qualquer momento entre as reuniões ordinárias.
realizados no mercado
interfinanceiro com lastro O Copom é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do Banco Central
em títulos públicos do Brasil:
federais. § o presidente, que tem o voto de qualidade;
e os diretores de:
§ Política Monetária,
§ Política Econômica,
§ Estudos Especiais,
§ Assuntos Internacionais,
§ Normas e Organização do Sistema Financeiro,
§ Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e
§ Administração.
Também participam do primeiro dia da reunião os chefes de Departamentos do
Banco Central.
Metodologia
Os índices são calculados para cada região, através do cálculo da média aritmética
simples de pre ços do produto que, comparadas em dois meses consecutivos,
resultam no relativo das médias. A variável de pondera ção do IPCA é o rendimento
total urbano (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD/96).
Periodicidade
Mensal, o período de coleta do IPCA estende-se, em geral, do dia 01 a 30 do mês
de referência.
Divulgação
Aproximadamente 8 (oito) dias úteis após o término da coleta.
Composição
A ponderação das despesas das pessoas para se verificar a varia ção dos custos foi
definida do seguinte modo:
Saúde e Artigos de
cuidados residência
pessoais 8%
9% Alimentação
25%
Habitação
11%
Transportes e
Vestuário comunicação
12% Despesas 19%
pessoais
16%
Composição
É composto pela média ponderada do IPA (60%), IPC (30%) e INCC (10%).
(veja ilustra ção no final desta p ágina)
Quem calcula?
Ibre - Instituto Brasileiro de Economia da FGV - Fundação Getulio Vargas
Metodologia
Os pesos convencionados, representam a importância relativa de cada um
desses índices no cômputo da despesa interna bruta.
Periodicidade
Do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de referência.
Divulgação
Divulgado no último dia útil do mês de referência.
INCC
10%
§ O IGP-M corrige a NTN-C Nota Tesouro Nacional série C
§ É benchmark dos Fundos IGP-M e alguns Fundos Multi-índice
IPC
§ Composto por IPA (60%), IPC (30%) e INCC (10%) IPA
30%
§ Calculado e divulgado pela FGV Fundação Getúlio Vargas 60%
§ Taxa Selic Over - Taxa média das operações realizadas entre 2 instituições financeiras, prazo
de 1 dia, com lastro em títulos públicos federais;
§ COPOM divulga periodicamente a meta da taxa SELIC a ser praticada pelo mercado;
§ Corrige a LFT – Letra Financeira do Tesouro;
§ Calculada e divulgada diariamente pela SELIC – Serviço Especial de Liquidação e Custódia.
Foi criada com a intenção de ser uma taxa básica que daria referência para o
mercado a respeito de quais deveriam ser os juros praticados naquele mês.
O seu cálculo se baseia em uma média mensal ponderada da taxa prefixada dos
CDB de 30 instituições financeiras, excluindo-se sempre as duas de maior e menor
taxa.
Para cada dia do mês - dia de referência, o Banco Central deve calcular e divulgar a
TBF - Taxa Básica Financeira, para o período de um mês, com início no próprio dia
de referência e término no dia correspondente ao dia de referência no mês
seguinte.
Para cada TBF obtida, deve ser calculada a correspondente TR, pela aplicação de um
redutor "R". A taxa calculada considera o número de dias úteis do período de
referência em rela ção ao ano de 252 úteis. Atualmente, o cálculo da TR tem como
base o seguinte:
R = ( a + b X TBF / 100 )
TR – Taxa Referencial
§ Seu cálculo deriva da TBF – Taxa Básica Financeira, que é a taxa média paga pelos 30
maiores bancos na captação de recursos através de CDBs;
§ É calculada e divulgada diariamente pelo Banco Central do Brasil;
§ É utilizada para corrigir os depósitos em Poupança antes do crédito dos juros de 0,5% ao
mês.
Essa taxa de juros básica, portanto, estabelece o custo que irá financiar o
setor produtivo, determinando um maior ou menor desenvolvimento
econômico em função de seu nível.
O ponto de partida para examinar a relação entre a moeda doméstica e a estrangeira deve
ser o mercado de câmbio, que é o local onde estes dois ativos são trocados.
As operações ali realizadas refletem a oferta e a demanda de cada uma das moedas. O preço
da mercadoria nele negociada é a taxa de câmbio.
Vamos primeiro revisar os três regimes cambiais que tivemos rece ntemente :
No Memorando de Política Econômica enviado ao Fundo Monetário Internacional em 1999 o Banco Centra l
justifica eventuais intervenções no mercado para manter o câmbio próximo a um nível considerado de
equilíbrio.
Dessa forma, pode-se considerar a política cambial brasileira instaurada em 1999 s ituando-se entre um
Regime de Flutuação “suja” e um Regime de Câmbio Flutuante.
Como sabemos, o governo utiliza a emissão de títulos federais para captar recursos visando “fechar” seu
orçamento. Dessa forma, ele emite títulos de dívida e vende esses títulos no mercado para captar os
recursos financeiros que necessita.
Para satisfazer a necessidade de hedge cambial demandada pelo mercado, o governo emite títulos de
dívida corrigidas pela variação da taxa de câmbio do real (R$) frente ao dólar norte -americano – a NTN-D
– Nota do Tesouro Nacional série D.
Então, parte da dívida interna do governo, representada por todas as obrigações de dívida em Reais (R$),
é corrigida pela variação cambial. Maior ou menor quantidade desse tipo de operação na composição da
dívida interna reflete o nível de confiança do público no governo, demonstrando maior ou menor busca por
operações de hedge cambial.
Variação O mercado define essa taxa de juros (cupom cambial) em função da expectativa da
Cambial variação da taxa de câmbio para que, no conjunto, obtenha um retorno esperado
Esperada equivalente ao custo do dinheiro.
Cupom
Cambial
Custo do Dinheiro (Selic)
Cupom =
Variação Cambial Esperada
A taxa de câmbio reflete uma rede de relações de causa e efeito por vezes difícil de
ordenar.
Quando a taxa de câmbio sofre uma desvalorização (ou seja, a moeda estrangeira fica
mais cara), todos os produtos importados ficam mais caros em reais. É uma pressão de
custos que, transferida aos preços dos bens e serviços que usam esses insumos
importados, causa inflação.
Sendo assim, no curto prazo, variações da taxa de câmbio por qualquer razão, tendem
a ser vistas como a causa da inflação. No longo prazo, entretanto, o nível da inflação -
determinada aqui pela qualidade das políticas monetária e fiscal - torna-se o fator
determinante da taxa de câmbio, ou o preço do dólar, uma vez que a taxa de câmbio
real (ou efetiva) costuma apresentar uma tendência à estabilidade ao longo do tempo.
Reservas Internacionais
Quando um país não consegue cobrir o déficit em transações corre ntes do Balanço de
Pagamentos com a entrada de capitais (empréstimos e financiamentos, investimentos
diretos, etc.), ele geralmente recorre às suas reservas para realizar esse equilíbrio.
Finalmente, em casos excepcionais o Governo pode lançar mão de linhas de crédito que
detemos junto ao FMI – Fundo Monetário InTernacional ou outros organismos
multilaterais de ajuda financeira.
Um déficit nessas três contas significa que as receitas em dólares foram inferiores às
despesas, embora possa ter havido uma receita maior do que a despesa numa delas
em particular, mas superada pelo déficit registrado nas demais.
Verifique na tabela abaixo o significado de cada uma das três contas que, juntas,
resultam no saldo das “transações correntes” ou “conta corrente”:
Transações Correntes
Balança Comercial Exportações menos Importações
Conta de Serviços Os itens mais significativos dessa conta são as despesas com o
pagamento de juros da dívida externa e as remessas de lucros e
dividendos do capital estrangeiro investidor no país.
Transferências Fluxo de recursos de entrada de remessas de brasileiros que
Unilaterais trabalham no exterior para o Brasil menos fluxo de recursos de
saída de estrangeiros para seus países de origem.
Balanço de Pagamentos
Transações Correntes § Balança Comercial
§ Conta de Serviços
§ Transferências Unilaterais
Movimento de Capitais Empréstimos, financiamentos, investimento externo direto,
Autônomos amortização de empréstimos obtidos, reinvestimentos e capitais de
curto prazo.
Movimento de Capitais Inclui a conta de caixa do Banco Central, que mede a variação de
Compensatórios reservas internacionais (em moeda estrangeira) do país,
empréstimos de regularização e atrasados comerciais.
No caso de moedas de livre curso internacional, seus pre ços são determinados
em boa medida pela relação entre oferta e procura no mercado global. Assim, o
valor do dólar em relação ao euro ou ao iene reflete movimentos de oferta e
procura em escala internacional e não apenas a procura por ienes ou euros nos
PTAX mercados norte -americanos.
A taxa média ponderada
das negociações da moeda No caso brasileiro o Banco Central divulga a Taxa PTAX como a cotação oficial das
estrangeira no decorrer de moedas estrangeiras em relação ao Real.
um dia.
O PTAX é a informação oficial sobre a cota ção das moedas estrangeiras no Brasil.
No Sisbacen, que é o sistema através do qual todas as instituições financeiras se
comunicam com o Banco Central, é possível consultar o Ptax de todas as moedas.
Esse cálculo é feito levando em conta as várias operações efetuadas durante o dia.
Suponhamos que a taxa PTAX de hoje seja R$ 1,9666 como no nosso exemplo
anterior, mas que ao se iniciar as operações de hoje no mercado spot, o dólar
apresentou forte alta, indicando que a nova PTAX referente às opera ções de hoje
ficará em torno de R$ 2,1557, por exemplo.
Taxa PTAX
§ É a informação oficial sobre a cota ção das moedas estrangeiras no Brasil.
§ É utilizada também para corrigir os títulos federais indexados a taxa cambial,como por
exemplo a NTN-D, contratos de swap e futuros.
R
MA1
§ O PIB Produto Interno Bruto é o total de bens e serviços produzidos num país, em um ano,
independentemente da nacionalidade dos agentes econômicos que atuam.
§ O IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo - é o índice utilizado pelo Banco Central para o
acompanhamento das metas de inflação do governo. Calculado pelo IBGE, reflete a variação dos preços das
cestas de consumo das famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.
§ O IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado – é calculado pela FGV Fundação Getúlio Vargas e é composto
pelo IPA (60%), IPC (30%) e INCC (10%). Corrige a NTN-C Nota do Tesouro Nacional, série C.
§ A Taxa SELIC é a taxa básica da economia brasileira. Calculada e divulgada diariamente pela SELIC - Serviço
Especial de Liquidação e Custódia, reflete a taxa média dos negócios realizados entre instituições financeiras
pelo prazo de 1 (um) dia com lastro em títulos públicos federais.
§ A taxa DI é calculada e divulgada diariamente pela CETIP – Central de Custódia e Liquidação e reflete a taxa
média dos negócios realizados entre instituições financeiras pelo prazo de 1 (um) dia com lastro em título
privado.
§ A TR – Taxa Referencial é calculada e divulgada diariamente pelo Banco Central do Brasil. Deriva da TBF (taxa
Básica Financeira) que é a taxa média paga pelos 30 maiores bancos na captação de recursos através de CDBs
e RDBs. Corrige os depósitos em poupança.
§ A PTAX e a taxa média ponderada das negociações de uma moeda estrangeira no decorrer de um dia. É
calculada pelo Banco Central do Brasil e é utilizada para corrigir os títulos federais (NTN-D), contratos de swap
e futuros.
§ O cupom cambial é o rendimento em dólar, pago ao investidor que assume risco de investir em outra moeda
(no caso brasileiro, o real), bem como a taxa de juro paga nos títulos com correção cambial. A diferença entre
a taxa de juros interna e a desvalorização da taxa de câmbio do país equivale ao juro pago em dólar, ou seja,
cupom cambial.
§ O COPOM – Comitê de Política Monetária é composto pela Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil,
define a meta da taxa SELIC e seu eventual viés e estabelece as diretrizes da Política Monetária.
§ Política Fiscal é a política de receitas e despesas do Governo. Envolve a definição e a aplicação da carga
tributária sobre empresas e pessoas físicas, e a definição dos gastos do Governo com base nos tributos
arrecadados. Exerce um forte impacto na política monetária.
§ Política Monetária é o conjunto de medidas que definem o controle da oferta de moeda e conseqüentemente
das taxas de juros, visando garantir a liquidez ideal para cada momento econômico. O executor dessas políticas
é o Banco Central e os instrumentos clássicos utilizados são o d epósito compulsório, o redesconto e as
operações de open market.
§ Política Cambial é o conjunto de medidas tomadas pelo governo que afetam a formação da taxa de câmbio. É
diferente da política monetária por atuar mais diretamente sobre todas os fatores relacionados às transações
econômicas do país com o exterior.
§ O Balanço de Pagamentos é o resumo das transações ocorridas entre o país e o resto do mundo. Ele
apresenta duas grandes contas: o saldo em transações correntes, que se refere às transações de bens e
serviços realizadas pelos brasileiros com o exterior; e, o saldo de capitais que reflete o fluxo de moedas entre o
país e o resto do mundo.
Taxa Nominal
É a taxa que encontramos nas opera ções correntes, ou seja a taxa que é visível
aos participantes de uma transação. Exemplo: Contratos de empréstimos e
financiamentos, aplicações financeiras, etc.
Normalmente, vem escrita em um documento, como por exemplo, um contrato
ou título de crédito.
Podemos dividir o rendimento que ela proporciona em duas partes:
Taxa Nominal § a primeira será a mera recupera ção do poder de compra do investidor
Podemos também dizer remunerando-o pela inflação;
que, do ponto de vista
econômico, a Taxa § a outra parte refere -se ao ganho acima da inflação que visa remunerar
Nominal de Juros (iN) é a também o risco de investimento. Chamamos esta segunda parte de rendimento
taxa na qual está embutida real.
a recomposição do poder Veja a fórmula:
de compra do dinheiro,
iN = [(1 + iR) × (1 + INFL) − 1] × 100
baseado em um índice de
inflação, acrescido de uma
taxa de remuneração pelo
capital ou taxa real. Em que:iN = Taxa Nominal
iR = Taxa Real
INFL = Índice de Inflação
1 + 0,0714
iR = − 1 × 100 iR = 3,80% ao mês
1+ 0,0322
1 + 0,26
iR = − 1 × 100 iR = 15,59% ao ano
1+ 0,09
Regime de Capitalização No regime de capitalização simples a taxa de juros incide apenas sobre o
Simples. capital inicial, portanto a taxa de juros será aplicada sempre sobre o mesmo
Os juros são gerados e por capital pelos seus diversos períodos.
conseguinte aplicados
exclusivamente pelo Exemplo: Uma aplicação de R$100 feita por 3 meses a uma taxa de 2% ao
capital inicial investido. mês. Qual o rendimento acumulado no final de 3 meses?
0 1 2 3 meses
Juro = 2 Juro = 4 Juro = 6
Capital = 100 Capital = 100 Capital = 100
Montante = 102 Montante = 104 Montante = 106
Regime de
Capitalização Composto
Neste regime de
Já no regime de capitalização composto a taxa incide sobre o capital inicial
capitalização, os juros são
acrescido dos juros do período anterior, ou seja, os juros de cada período são
formados ao final de cada
gerados pela aplicação de sua taxa sobre a soma do capital anterior e seu
intervalo unitário de
respectivo juro.
tempo.
São gerados pelo
Observe o fluxo de caixa do exemplo abaixo:
montante (principal +
juros anterior) existente
no início de cada
intervalo.
0 1 2 3 meses
Taxa Equivalente
Duas taxas são equivalentes quando, considerados o mesmo prazo e o
mesmo capital, produzem o mesmo montante, no regime de capitalização
Taxa Equivalente composto de juros.
Regime de Capitalização
Composto quero
tenho iq = taxa que eu quero
i it = taxa que eu tenho
i = 1 + − 1 × 100 q = prazo que eu quero
quero 100
t = prazo que eu tenho
1
Exemplo: Dada a taxa 12
de 12% ao ano, 12
i = 1 + − 1 × 100 = 0 ,95 %
calcular a taxa mensal 100
mensal.
Taxa Proporcional Neste caso podemos dizer que as taxas de 0,95% ao mês e 12% ao a no são
Regime de Capitalização equivalentes, pois aplicadas sobre o mesmo valor pelo mesmo período (1
Simples mês) produzirão o mês resultado, no regime de capitalização composto.
Taxa Proporcional
Duas taxas são proporcionais quando, considerados o mesmo prazo e o mesmo
capital, produzem o mesmo montante, no regime de capitalização simples de
juros.
12 1
im e n s a=l × × 100 = 1,00%
100 12
Neste caso podemos dizer que a taxas de 1,00 % ao mês e 12% ao ano são
proporcionais, pois quando aplicadas sobre o mesmo valor pelo mesmo
período (1 mês) produzirão o mês resultado, no regime de capitalização
simples.
Taxa Nominal: as taxas são ditas nominais quando são expressas em uma
Taxa Nominal unidade de tempo que não coincide com o período no qual os juros são
taxa expressa em uma capitalizados ou pagos. Exemplo: a taxa de juros nominal da poupança é de 6%
unidade de tempo que não ao ano. Isto porque o período em que os juros da poupança são pagos
coincide com o período de (mensalmente) não coincide com o período em que a taxa foi expressa
capitalização. (anualmente).
Taxa Efetiva: as taxas são ditas efetivas quando são expressas em uma
Taxa Efetiva unidade de tempo que coincide com o período no qual os juros são
Expressa em uma unidade capitalizados ou pagos. Exemplo: a taxa de juros efetiva da poupança é de
de tempo que coincide com 0,5% ao mês. Isto porque período em que os juros da poupança são pagos
o período de capitalização. (mensalmente) coincide com o período em que a taxa foi expressa.
PU Preço Unitário
Normalmente o PU é
expresso com 4 casas 1.000,00
PU = = 894.4272
decimais após a 6
vírgula. 25 12
1 +
100
Perceba que o cálculo demonstrado acima DESCONTA o valor de resgate pela taxa
PU x Taxa de Juros de juros. Assim, quanto maior a taxa – menor seu PU. A relação é, portanto,
Perceba que a relação inversamente proporcional.
entre taxa de juros e
preço é inversamente Taxa
proporcional. Taxa
juros
juros PU PU
menor
maior menor maior
Neste caso, mais uma vez, existe uma relação de proporção inversa. Quanto maior
o prazo a decorrer de um determinado título, menor será seu preço ou PU. Da
mesma forma, quanto menor o prazo a decorrer, maior será o preço ou PU de um
título.
Prazo a PU
Prazo a PU maior
decorrer
decorrer menor menor
maior
VR VF
P.U. = VP. =
=
n n
i i
1 + 1 +
100 100
Perceba que o denominador destas equações funciona como taxa de desconto, sendo
que no caso específico do VP seu valor é produto da divisão do VF (valor futuro) pela
taxa de desconto em forma de fator.
Quanto ao seu comportamento e, a exemplo do PU, o VP move -se inversamente
proporcional a taxa de desconto de um fluxo de caixa futuro. Quanto maior a taxa de
desconto menor será o VP e vice-versa.
1 2 3 4
(coluna 2/$135) Prazo Médio
Período Cupons Ponderação Coluna 3 x 1
meses ($)
1 5 0,0370 0,0370
Neste exemplo, um fluxo de 2 5 0,0370 0,0740
caixa de 7 meses apresenta
um prazo médio ponderado 3 5 0,0370 0,1110
de 6,2230 meses. 4 5 0,0370 0,1480
5 5 0,0370 0,1850
6 5 0,0370 0,2220
30 30 30 30
1
0
0
1 2 3 4
(coluna 2/$120) Prazo Médio
Período Cupons Ponderação Coluna 3 x 1
Meses ($)
1 30 0,25 0,25
Neste exemplo, um fluxo de
2 30 0,25 0,50
caixa de 4 meses apresenta
um prazo médio ponderado 3 30 0,25 0,75
de 2,50 meses.
4 30 0,25 1,0
Total 120 1 2,50 meses
Você deve ter percebido que cada um destes 3 títulos têm fluxo de caixa diferente,
inclusive com vencimento ou maturidade (maturity) diferentes.
Esta relação entre prazo médio e maturidade é o ponto importante deste item.
Para gestores tanto o prazo médio ponderado como o prazo final do título, ou sua
maturidade, têm muita importância em composição de carteiras.
O prazo médio ditará o fluxo de caixa da carteira enquanto o prazo final trará uma visão
mais analítica de quando estes fluxos de caixa ocorrerão.
Você terá oportunidade de ter contato com estes conceitos em nossos módulos de Renda
Fixa e Gestão de Risco, quando estaremos tratando de conceitos mais complexos destes
títulos.
Como já vimos, títulos de renda fixa e até mesmo projetos e outros tipos de
investimentos apresentam fluxos de caixa nas mais diversas formas.
É praticamente impossível olharmos para estes fluxos e dizer qual sua taxa de retorno.
O conceito de TIR ou Taxa Interna de Retorno é um dos mais importantes instrumentos
para esta avaliação.
- 90,20
2 30 17,75
1 10 9,09
Valor das Parcelas 2 20 16,53
VP =
10 3 30 22,54
1 +
100
4 100 68,30
Total 116,46
Neste caso também cada parcela foi trazida a valor presente à ta xa de 10%.
Concluímos que para se obter um retorno de 10% neste fluxo caixa , podemos
pagar, no máximo, $ 116,46.
Então, se você escolhe algo, se você obtém algo, normalmente terá que abandonar algo. E isso
que é “desistido”, sacrificado ou do que se abre mão, refere-se justamente ao custo
de oportunidade.
É interessante notar que quando escolhemos algo, temos a tendência a olhar apenas para
aquilo que foi obtido com a escolha, não atentando para os benefícios que foram sacrificados
pelo fato de não se ter escolhido outras alternativas.
Vamos aqui fazer uma diferenciação do que é: Taxa livre de risco de Ativos livre de risco.
A primeira propriedade da taxa livre de risco é que seu retorno deve ser completamente não
correlacionado com o de outros ativos presentes na economia o que, na prática, não se
mostra muito fácil de se conseguir.
Nos EUA aproximações razoáveis para esta situação seriam os retornos das Letras do Tesouro
(Treasury Bills) e outros títulos do Governo Federal Americano de 10 e 30 anos de duração.
Outra questão fundamental ainda para o que se pode chamar de taxa livre de risco está
relacionada ao risco de liquidez de um título e risco de crédito de seu emissor.
Neste ponto focamos nossa discussão para Ativos livres de risco, ou seja papéis com grande
liquidez de mercado e que seu emissor não represente risco de crédito.
Desta forma, para se enquadrar em Ativos livres de risco (mercado, crédito e liquidez) os
mesmos deveriam satisfazer as seguintes condições:
“O investidor sabe exatamente o valor que receberá no final do prazo do investimento, seja
este investimento indexado ou não a um índice econômico ou financeiro.”
Normalmente as taxas livre de risco são utilizadas como custo de oportunidade para
investimentos. Lembra -se deste conceito no item anterior?
2.8.1 – Conceito
Ativos Passivos
Aplicação de Recursos Fontes de Recursos
Circulante Circulante
Fornecedores
Aplicações Financeiras Salários
Duplicatas a Receber
Estoques
Longo Prazo Fontes de
Empréstimos Capital
Permanente
Patrimônio Liquido
Máquinas e Equipamentos Ações Preferenciais
Edifícios Ações Ordinárias
Nosso cálculo para fontes de capital estará focado nos empréstimos de longo prazo e
Patrimônio Líquido.
Para este efeito teremos que calcular o custo de cada fonte específica de financiamento.
Vamos iniciar pela mais fácil que são os empréstimos de longo prazo.
Por definição, os juros pagos por esta fonte são dedutíveis do Imposto de Renda, logo
seu custo final deverá levar isto em consideração através da seguinte fórmula:
Custo de Capital = Taxa de Juros x (1 – alíquota de IR)
Assim sendo, um empréstimo que tem sua taxa de juros efetiva anual de 20%,
considerando-se uma alíquota de IR de 30%, deverá ser considerado para efeito de
custo de capital:
Custo de Capital = 0,20 x (1 – 0,30) = 0,14 ou 14% ao ano.
CAP = Custo
= da Ação Preferencial
D = Dividendo
M = Valor de Mercado da Ação
C = Custos de Emissão
7,50
D CAP. =
15% de 50 CAP . = = 16,66%
CAP. = = = 45
M− C 50- 5
O terceiro e último item de nosso cálculo refere -se ao cálculo do custo da ação
ordinária, que é idêntico ao da ação preferencial visto acima, acrescido de um fator
de crescimento esperado nos dividendos a serem distribuídos.
D 12% de 60 7,20
CAP. = xF = CAP. = = CAP . = = 0,1333 % x 1,10 = 14,66%
M− C 60- 6 54
Empréstimos de 50% 14 7
Longo Prazo
Apesar da estrutura de capital ser uma das áreas mais complexas na tomada de
decisões financeiras devido ao seu inter-relacionamento com outras variáveis de
decisões financeiras, uma determinada estrutura de capital pode maximizar os
lucros da empresa e servir como excelente ferramenta de alavanca gem
financeira.
§ A Taxa Real indica qual foi o ganho que o investidor teve efetivamente no seu investimento depois de
excluído o índice da inflação.
§ No Regime de Capitalização Simples os juros são gerados e, por conseguinte, aplicados exclusivamente
pelo capital inicial investido.
§ No Regime de Capitalização Composto os juros são formados ao final de cada intervalo unitário de tempo.
São gerados pelo montante (principal + juros anterior) existente no início de cada intervalo.
§ A Taxa é dita Equivalente no Regime de Capitalização Composto e a Taxa é dita Proporcional no regime de
capitalização simples.
§ PU - Preço Unitário- é o valor presente de um título calculado a partir de seu valor de resgate. As variáveis
que afetam seu preço são:
§ Taxa de juros (desconto)
§ Prazo a decorrer
§ Os títulos “zero cupom” são negociados com deságio e não pagam cupom de juros. O prazo médio é igual
ao prazo de maturidade do título.
§ Taxa livre de risco - o investidor sabe exatamente o valor que receberá no final do prazo do investimento,
seja este investimento indexado ou não a um índice econômico ou financeiro. Pressupõe inexistência de risco
de crédito, mercado e liquidez.
§ Podemos definir alavancagem financeira como sendo o grau de utilização de títulos de renda fixa
(normalmente empréstimos) na estrutura de capital da empresa. A maneira pela qual a empresa organiza
sua necessidade de capital é chamada estrutura de capital da empresa e indica a proporção de
financiamento com capital próprio e capital de terceiros de curto e longo prazo.
Estaremos agora revisando alguns conceitos básicos de estatística que serão úteis para o
entendimento de vários pontos de nosso programa.
Vamos então encará-lo como sendo uma importante prepara ção, principalmente, para o
ultimo módulo de nosso curso que tratará de Gestão de Risco e Medidas de Performance.
Bom estudo!
São medidas que localizam o centro de uma amostra, sendo as três mais populares, a
média, a mediana e a moda.
3.1.1 - Média
Exemplo:
Imagine que você queira determinar o valor médio das casas de uma determinada rua
cujos valores estão abaixo descritos:
Casa 1 -$ 125.000,00
Casa 2 -$ 150.000,00
Casa 3 -$ 135.000,00
Casa 4 -$ 120.000,00
Casa 5 -$ 140.000,00
Casa 6 -$ 110.000,00
Casa 7 -$ 1.000.000,00
Casa 8 -$ 100.000,00
Casa 9 -$ 100.000,00
A média será a soma dos valores destas casas ($ 1.980.000,00) dividido pelo número de
casas (9), que será de $ 220.000,00.
O que acontece é que a média, apesar de ter como característica levar em conta todos
elementos da amostra é muito sensível a valores muito grandes ou muito pequenos.
No caso do exemplo foi o valor $ 1.000.000,00 que inflacionou a média.
3.1.2 – Mediana
casas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 média
valores 100 100 110 120 125 135 140 150 1000 220
mediana
Apenas uma dica: se a amostra total resultar em um número par, a mediana será
a média aritmética dos dois elementos centrais desta amostra.
3.1.3 - Moda
Para um conjunto de dados define-se moda como sendo: o valor que surge com
mais freqüência. É uma medida muito utilizada por sindicatos para se obter o salá rio
representativo de uma categoria.
casas 1 2 3 4 5 6 7 8 9
valores 100 100 110 120 125 135 140 150 1000
Primeira 5 10 1 2 2 3 35 4 4 50 5 60
Dispersão Amostra 5 0 5 0 0 5 5
Como você percebe,
a idade média destas
três amostras é
comum a todas =
32,5. Segunda 20 30 35 45
Contudo a dispersão Amostra
de seus dados é bem
diferente, concorda?
Terceira 5 1 5 60
Amostra 0 5
3.2.1 – Variância
Eleva-se ao quadrado
Por que elevamos ao quadrado estas diferenças?
TABELA NÚMERO 1
N X(i) Média (x – média) (x – média)²
idades
Por que elevamos os 1 5 32,5 - 27,5 756,25
resultados as diferenças ao 2 10 32,5 - 22,5 506,25
quadrado?
3 15 32,5 - 17,5 306,25
Respondendo nossa 4 20 32,5 - 12,5 156,25
pergunta da página
anterior: Perceba que, caso 5 25 32,5 - 7,5 56,25
não elevássemos as 6 30 32,5 - 2,5 6,25
diferenças dos dados em
7 35 32,5 + 2,5 6,25
relação à média ao
quadrado, as diferenças 8 40 32,5 +7,5 56,25
positivas seriam anuladas 9 45 32,5 +12,5 156,25
pelas negativas, resultando
em variância Zero. 10 50 32,5 +17,5 306,25
11 55 32,5 +22,5 506,25
12 60 32,5 +27,5 756,25
Total 32,5 Zero 3.575
Variância = 3575/12 = 297,92
TABELA NÚMERO 2
Grupo Eletrônico N X(i) Média (x – ( x – média )²
idades média)
Pontos para observação 1 20 32,5 -12,5 156,25
1) Comente as variâncias 2 30 32,5 -2,5 6,25
encontradas aqui 3 35 32,5 +2,5 6,25
2) Os resultados 4 45 32,5 +12,5 156,25
encontrados são de fácil Total 32,5 Zero 325
interpretação?
Variância = 325/4 = 81,25
3) Quais suas conclusões?
TABELA NÚMERO 3
N X(i) Média (x – média) ( x – média )²
idades
1 5 32,5 -27,5 756,25
2 10 32,5 -22,5 506,25
3 55 32,5 +22,5 506,25
4 60 32,5 +27,5 756,25
Total 32,5 2.525
Variância =2525/4 = 631,25
1. Amostras de dados com médias iguais podem ter um nível de dispersão muito diferente.
2. O resultado obtido pelas variâncias de nossas três amostras demonstrou isto claramente,
as amostras mais dispersas foram as que tiveram maiores variâncias.
3. Se observarmos com cuidado as três tabelas da página anterior, podemos perceber que
elevamos ao quadrado todas as diferenças de seus elementos em rela ção a sua média. Por
que será?
6. Isto, porém, provoca um efeito na variância que é o que chamamos de forma “não
organizada” de vermos uma dispersão. A unidade de medida da variância não é a
mesma da média.
7. Precisamos então encontrar uma medida mais organizada para observarmos esta
dispersão. Confira o próximo ponto.
Desvio padrão =
81,25 = 9,01anos
Desvio padrão =
631,25 = 25,12 anos
Em primeiro lugar sabemos que os três grupos de pessoas analisadas têm a mesma idade média ou
seja 32,5 anos.
Sabemos também que a dispersão das idades destas pessoas em relação à média é bem diferente
para os três grupos. Vamos então analisar seus Desvios Padrões.
Primeira 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
17,16 anos
Amostra
Segunda 20 30 35 45
9,01 anos
Amostra
Terceira 5 10 55 60
25,12 anos Amostra
a) Na primeira amostra temos que a idade média é de 32,5 anos e seu desvio é de 17,16 anos.
Isto significa que o desvio médio em relação a esta média é de 1 7,16 anos para mais e para
menos em relação aos 32,5 anos. Desta forma, é de se esperar que, na média, a idade desta
primeira amostra fique assim:
b) Para a segunda amostra é de se esperar que a idade média situe-se entre 23,49 anos
(32,5 – 9,01) e 41,51 anos (32,5 + 9,01)
c) Para a terceira amostra é de se esperar que a idade média situe-se entre 7,38 anos
(32,5 – 25,12) e 57,62 anos (32,5 + 25,12)
Percebemos que a mostra número três tem a maior dispersão dentre todas.
Observação Final:
Da mesma forma que a média, o desvio padrão é uma medida pouco resistente, pois é
influenciado por valores muito grandes ou muito pequenos (o que seria de esperar já que seu
cálculo que é derivado da variância é baseado nas diferenças entre os dados e sua média).
Assim, se a distribuição dos dados for bastante enviesada, isto é, com valores extremos
elevados, não é conveniente utilizar a média como medida de localização, nem o desvio padrão
como medida de variabilidade.
Estas medidas só dão informação útil, respectivamente sobre a localização do centro da
distribuição dos dados e sobre a variabilidade, se as distribuições dos dados forem
aproximadamente simétricas, cujo conceito você entenderá a seguir.
O que você achou do desvio padrão como medida de dispersão, não é muito mais de ser
analisado do que a variância?
Pois bem, para o estudo de Gerenciamento de Risco o Desvio Padrã o será uma de nossas
principais medidas estatísticas, por isso vale a pena entendê-la muito bem.
Uma distribuição de dados dita como normal possui uma importante propriedade:
seus dados possuem uma classe média predominante e as outras classes se
distribuem à volta desta de forma aproximadamente simétrica e com freqüência a
decrescer à medida que se afastam da classe média, da seguinte forma:
Imagine um grupo de 100 pessoas onde a idade média é de 30 anos, sendo seu
desvio padrão de 10 anos. Desta forma teríamos a seguinte situa ção:
Simetria
Significa que os dados -
negativos e positivos - estão
distribuídos de forma
igualmente proporcionais
em torno da média.
Imagine que você tenha 100 dados que queira organizá-los na chamada
distribuição de freqüência. O eixo vertical determinará a quantidade de vezes que
o dado apareceu e o eixo horizontal mostrará a característica do intervalo da
amostra inclusive com sua média. Observe:
40 Freqüência
Quantidade de vezes
em que o dado apareceu.
30
20
21 24 27 30 33 36 39
Imagine que tenhamos 100 pessoas com idade média de 30 anos, com desvio padrão
de 10 anos, cuja amostra resultou em uma distribuição normal.
Por dedução sabemos que este intervalo de confiança terá 95% de chances de conter
um valor que se desvie da média na proporção de até dois desvios padrões.
Suponha que uma pesquisa de opinião predissesse que, se a eleição ocorresse hoje,
o Partido Político XYZ teria 60% dos votos.
O responsável pela pesquisa associou à mesma um nível de confiança de 95%. Isto
quer dizer que imagina-se que o partido XYZ poderá ter algo em torno de 57% a 63%
dos votos, ou seja 5% de erro dos 60% dos votos que resultam em 3% , devem
adicionados e tirados do percentual esperado de votos.
Dado duas séries de dados, existirão várias medidas estatísticas que podem ser
Covariância usadas para analisar como as duas séries se movem através do tempo.
Seu sinal, positivo
ou negativo, indica o As duas mais largamente usadas são: a correlação e a covariância.
tipo de relação entre
duas séries de dados. Para duas séries de dados, X (X1, X2,.) e Y(Y1,Y2,.), a covariância fornece uma
medida não padronizada do grau no qual elas se movem, e é estimada tomando o
produto dos desvios da média, para cada variável, em cada período.
Veja abaixo a hip ótese de pre ços de duas a ções: Sadia (Série A) e Perdigão (série B)
1. A Série “A” é uma série da dados que em 100% do tempo está em direção
ascendente, come çando com 10 e terminando com 35, sempre em intervalos de 5.
2. A Série “B” também é uma série de dados que, em praticamente 100% do tempo,
(todos, exceto um), está em direção ascendente.
3. Como podemos observar, o coeficiente de correla ção destas duas séries para um
mesmo período é muito forte, e aliás, não poderia deixar de ser. Elas movimentam-
se de forma bem uniforme, pois todas sobem ao mesmo tempo e em padrões
relativamente parecidos.
Vamos ver se o diagrama abaixo ajuda você a fixar melhor os conceitos aqui explicados.
-1 - 0,5 0 +0,5 +1
• Perceba que a correlação hipotética das nossas duas ações (Sadia e Perdigão), ficou em
0,96, ou seja, bem próxima a +1.
• Agora imagine se ocorresse o contrário, se elas tivessem correla ção negativa (enquanto
uma sobe de preços a outra cai), que efeito isto teria em uma carteira de ações?
• Voltaremos a este assunto e falaremos de sua aplicação na Apostila de Gestão de Risco.
Será um número sempre positivo, variando de zero até 1, e demonstra quão forte é a
relação entre duas variáveis, sendo 0 a mais fraca e 1 a mais forte.
Exemplo:
1) Suponha que você tem uma posição da ação “A” e queira fazer uma operação de
proteção utilizando o índice Bovespa.
2) Suponha também que o coeficiente de correlação entre esta ação e o Ibovespa seja
0,8, ou seja, em 80% das vezes que o preço da ação sobe ou cai, o mesmo ocorre
com o índice Bovespa.
Assim sendo:
64% da variação dos preços da ação “A” pode ser explicada pela variação do
Ibovespa. Cabe agora ao analista concluir se, com o coeficiente R² de 0,64, a
operação fornece o nível de proteção adequado.
§ A média tem como característica levar em conta todos os elementos da amostra e é muito sensível a
valores muito grandes ou muito pequenos.
§ A mediana é representada pelo elemento central de uma série de dados sendo que metade da amostra
estará de seu lado direito e a outra metade de seu lado esquerdo.
§ Para um conjunto de dados define-se moda como sendo o valor que surge com mais freqüência.
§ O desvio padrão é uma medida que só pode assumir valores positivos e quanto maior for, maior será a
dispersão dos dados. Trata -se da raiz quadrada da variância.
§ Uma distribuição normal possui uma importante propriedade: seus dados possuem uma classe média
predominante e as outras classes se distribuem à sua volta de forma aproximadamente simétrica e com
freqüência a decrescer à medida que se afastam da classe média.
§ Um intervalo de confiança é uma faixa ou a extensão de valores ou dados que representa a probabilidade
de conter um determinado parâmetro estatístico a ser estimado para um conjunto de dados representados
por uma distribuição normal.
§ A covariância fornece uma medida não padronizada do grau no qual duas séries de dados se movem, e é
estimada tomando o produto dos desvios da média, para cada variável, em cada período.
§ A correlação é a medida padronizada da relação entre duas variáveis. Ela é calculada com base na
covariância.
§ Uma correlação próxima a zero indica que as duas variáveis não estão relacionadas.
§ Uma correlação positiva indica que as duas variáveis se movem juntas, sendo a relação mais forte
quanto mais a correlação se aproxima de 1.
§ Uma correlação negativa indica que as duas variáveis se movem em direção oposta, sendo que a
relação fica mais forte quanto mais próxima de menos 1 ela ficar.
Criado em 1979 pela ANDIMA em parceria com o Banco Central, o SELIC é um sistema
eletrônico que processa o registro, a custódia e a liquidação financeira das opera ções
realizadas com títulos p úblicos, garantindo segurança, agilidade e transparência aos
negócios.
SELIC
Sistema eletrônico
Na década de 70, as opera ções financeiras implicavam o manuseio e a movimenta ção
que custodia e
física desses títulos, com grande risco de fraude e extravio.
liquida as operações
com títulos públicos
A partir do SELIC, títulos e cheques foram substituídos por simples registros
federais.
eletrônicos, gerando enorme ganho de eficiência, já que as opera ções são fechadas no
mesmo dia em que ocorrem.
Você vai aprender as características dos principais títulos públicos federais liquidados e custodiados
pelo SELIC na Parte 2 deste programa de treinamento. Aguarde!
O que a Taxa SELIC Over tem a ver com esse Sistema de Liquidação e Custódia? Tudo
a ver!
A taxa SELIC Over é a taxa média dos negócios realizados entre duas instituições
financeiras, pelo prazo de 1 dia, com lastro em títulos públicos federais. Como todas
as operações são liquidadas através deste sistema eletrônico, é ele que apura e
divulga essa taxa diariamente.
Você vai aprender as características dos principais títulos privados liquidados e custodiados pela
CETIP na Parte 2 deste programa de treinamento. Aguarde!
Pois bem, ela é a taxa média dos negócios realizados entre duas instituições financeiras, pelo prazo de 1
dia, com lastro em CDI que, sendo um título privado, tem sua liquidação e custódia processada através
da CETIP. Como todas as operações são liquidadas através deste s istema eletrônico, é ela que apura e
divulga essa taxa diariamente.
Clearings de Pagamentos
Segurança na Liquidação
Uma das condições necessárias ao perfeito funcionamento dos mercados financeiro e de capitais
é a crença de seus participantes de que seus ganhos serão recebidos e de que suas operações de
compra e venda serão liquidadas nas condições e no prazo estabelecidos.
5.1 Benchmark
Você conheceu no item 1.1 desta apostila, que se inicia na página 8, os principais
indicadores do mercado de Renda Fixa.
Volte, se necessário, para recordar o conceito de cada uma delas. O comentário
importante que podemos acrescentar é que esses indicadores são utilizados como
benchmark de diversas opera ções no mercado financeiro.
§ A taxa DI, por exemplo, é benchmark dos conhecidos Fundos de Renda Fixa DI;
§ O IGP-M é o benchmark dos Fundos IGP-M e de alguns Fundos Multi-índices;
§ A Taxa PTAX é adotada por muitos Fundos Cambiais para o cálculo do valor da cota.
O Índice Bovespa é o mais importante indicador do desempenho médio das cota ções do
mercado de a ções brasileiro.
Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então,
considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de
proventos pelas empresas emissoras (tais como reinversão de dividendos recebidos e
do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das
ações recebidas em bonificação).
Dessa forma, o índice reflete não apenas as varia ções dos pre ços das a ções, mas
também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que
avalia o retorno total de suas ações componentes.
Finalidade
Representatividade do Ibovespa
• Em termos de liquidez
As ações integrantes da carteira teórica do Índice Bovespa respondem por mais
de 80% do número de negócios e do volume financeiro verificados no mercado
à vista (lote -padrão) da BOVESPA.
Transparência
Uma metodologia de cálculo simples, com seus dados à disposição do público investidor,
assegura uma grande confiabilidade ao Índice Bovespa. Isto pode ser constatado pela
chancela do mercado, traduzida pelo fato do Ibovespa ser o único dos indicadores de
performance de ações brasileiras a ter um mercado futuro líquido (um dos maiores
mercados de contrato de índice do mundo).
Uma ação selecionada para compor a carteira s ó deixará de participar quando não
conseguir atender a pelo menos dois dos critérios de inclusão anteriormente indicados.
Deve-se ressaltar que companhias que estiverem sob regime de concordata preventiva,
processo falimentar, situação especial ou sujeitas a prolongado período de suspensão de
negocia ção não integrarão o Ibovespa.
Vigência da Carteira
A carteira te órica do Ibovespa tem vigência de quatro meses, vigorando para os períodos
de janeiro a abril, maio a agosto e setembro a dezembro.
Ajustes do Índice
De forma a medir o retorno total de sua carteira te órica, o Índice Bovespa será ajustado
para todos os proventos distribuídos pelas companhias emissoras das a ções integrantes
de seu portfólio.
Apresentação
O IBrX - Índice Brasil é um índice de preços que mede o retorno de uma carteira teórica
composta por 100 a ções selecionadas entre as mais negociadas na BOVESPA, em termos
de n úmero de negócios e volume financeiro. Essas a ções são ponderadas na carteira do
índice pelo seu respectivo número de a ções disponíveis à negociação no mercado.
b) terem sido negociadas em pelo menos 70% dos pregões ocorridos nos doze meses
anteriores à formação da carteira.
Cumpre ressaltar que companhias que estiverem sob regime de concordata preventiva,
IBrX processo falimentar, situação especial, ou ainda que estiverem sujeitas a prolongado
Mede o retorno de período de suspensão de negociação, não integrarão o IBrX.
uma carteira teórica
de ações composta Critérios de Exclusão
pelas 100 ações Uma ação será excluída do índice, nas reavaliações periódicas, quando deixar de
mais negociadas do atender aos critérios de inclusão.
mercado.
Se, durante a vigência da carteira, a empresa emissora entrar em regime de concordata
preventiva ou falência, as a ções de sua emissão serão excluídas da carteira do índice.
Vigência da Carteira
A carteira te órica do índice terá vigência de quatro meses, vigorando para os períodos
de janeiro a abril, maio a agosto e setembro a dezembro.
Ao final de cada quadrimestre a carteira será reavaliada, utilizando-se os procedimentos
e critérios integrantes desta metodologia.
Ajustes no Índice
Quando da distribuição de proventos por empresas emissoras de ações pertencentes ao
índice, efetuar-se-ão os ajustes necessários de modo a assegurar que o índice reflita
não somente as variações das cota ções da a ção, como também o impacto da
distribuição dos proventos.
Em função desta metodologia, o IBrX - Índice Brasil é considerado um índice que avalia
o retorno total ("total return") das ações componentes de sua carteira.
IBrX-50
O IBrX-50 é um índice que mede o retorno total de uma carteira teórica composta por 50 ações
selecionadas entre as mais negociadas na BOVESPA em termos de liquidez, ponderadas na carteira pelo
valor de mercado das ações disponíveis à negociação.
Ele foi desenhado para ser um referencial para os investidores e administradores de carteira, e também
para possibilitar o lançamento de derivativos (futuros, opções s obre futuro e opções sobre índice).
O IBrX-50 tem as mesmas características do IBrX – Índice Brasil, que é composto por 100 ações, mas
apresenta a vantagem operacional de ser mais facilmente reproduzido pelo mercado.
Tanto o IBOVESPA quanto o IBrX são muito utilizados como benchmark dos
Fundos de Ações Índice que se caracterizam por fundos passivos com o objetivo
exclusivo de acompanhar a variação da carteira teórica do Índice de referência.
Você mais aprender tudo sobre esses fundos na Parte 3 deste programa de
treinamento. Aguarde.