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Ata do episó dio “Consílio dos Deuses”

Aos 10 dias do mês de Fevereiro de mil quatrocentos e noventa e oito,


reuniram-se os deuses no Olimpo luminoso sobre a presidência de Júpiter,
com as seguintes obras de trabalho:

 Ponto único – decidir as coisas futuras do Oriente.

A reunião iniciou-se com a intervenção de Júpiter, elogiando os


portugueses e os seus feitos gloriosos, dizendo que os feitos das outras
civilizações iriam ser esquecidas, se os portugueses chegassem ao Oriente.
Júpiter refere-se aos feitos dos portugueses no passado contra os Mouros,
Castelhanos e Romanos, comparando o poder dos portugueses com o dos
adversários dizendo que o poder dos portugueses era simples e pequeno
e o dos seus oponentes era forte e grande. De seguida Júpiter referiu-se
aos feitos dos portugueses no presente: viagem de descoberta do
caminho marítimo para a Índia. Desta forma, Júpiter salientou a
determinação dos portugueses em enfrentar o mar desconhecido, todos
os perigos que daí resultavam e o cansaço de que padeciam. Por estes
motivos, e pelo facto de lhes já ter sido destinado o domínio do mar.
Júpiter exigiu que os portugueses sejam bem acolhidos na costa oriental
africana e depois de abastecida a sua frota tenham uma boa viagem para
a Índia.

No fim do discurso de Júpiter, os Deuses deram as suas opiniões, entre


as quais a de Baco. Baco era oponente às palavras de Júpiter que era seu
pai. Baco tinha receio que o esquecessem, porque ele foi o primeiro
conquistador do Oriente, e como os portugueses já tinha alcançado alguns
feitos grandiosos e também porque Baco já tinha ouvido que vinha uma
gente muito forte da Península Ibérica e que dominaria todo o Oriente, e
ela receava a sua glória, se a “forte gente do luso” lá chegassem. Vénus
era adjuvante à palavra de Júpiter, porque os portugueses a faziam
lembrar os romanos: terem fortes corações, como demonstraram em
Marrocos; a língua dos portugueses era parecida à dos romanos (latim).
Vénus pretendia honras com os feitos dos portugueses, porque ela sabe
que onde os portugueses chegarem o seu nome será sempre lembrado.
No fim do discurso de Vénus, a assembleia ficou com um clima de
discussão, por causa das ideias de Baco e de Vénus.

Marte apoiava Vénus, porque Marte tinha uma paixão antiga por
Vénus, ou porque os portugueses o merecia, Marte não sabia de pela qual
estava do lado de Vénus. Marte levantou-se e foi para perto de Júpiter,
com o bastão deu uma pancada com força, o céu tremeu, até Apolo
perdeu um pouco de luz. No fim da assembleia estar calma prosseguiu o
seu discurso, dirigindo-se a Júpiter, pede para não dar ouvidos a quem
parece que é suspeito (Baco), se os portugueses andavam à procura da
Índia, para não sofrerem vergonhas desnecessárias. Marte também
afirmou que Júpiter era juiz direito, dizendo para não voltar a trás com a
sua palavra. Marte pede a Mercúrio, sendo o deus mais rápido, para ir à
terra, e em sonhos dizer aos portugueses onde podiam descansar e
recuperar as suas forças, assim terminou o discurso de Marte.

Júpiter concordou com o que foi dito por Marte, decidindo que os
portugueses iriam chegar à Índia e que boa gente os aceitaria em sua
terra. No fim da reunião os Deuses foram para casa, os portugueses foram
bem acolhidos e recebidos e depois prosseguiram viagem.

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