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Consumismo

Por esses dias vi em um dos artigos que o Wikileaks divulgou, que o embaixador americano
acreditava que Brasil e os brasileiros queriam sistematicamente ser como os EUA e os
estado-unidenses, enfim. Refleti um pouco e lembrei de outra coisa, o american way of life
exportado para o mundo todo realmente tem uma enorme influência sobre os brasileiros.
Até mais do que os Europeus. Mas isso se dá também por questões históricas de resistência
e nacionalismo criado do outro lado do oceano.
A bem da verdade os brasileiros sempre tiveram anseios de se tornarem como os
americanos, mas especificamente em relação ao consumo. O brasileiro adora comprar.
Durante o século passado era muito mais complicado o consumo atingir a todas as classes,
eu era novo, mas me recordo bem, que a burocracia para comprar algo era grande, mas
mesmo assim as pessoas não esmoreciam e partiam atrás do seu carnê das Casas Bahia,
chegavam na loja com 10 copias de cada documento, tinha que comprovar mesmo que ia
pagar o produto e ainda por cima pagava praticamente o dobro.
Os tempos mudaram, crédito fácil, abundância de produtos, consumidores vorazes, juros
relativamente baixos, grande concorrência e estabilidade econômica, são ingredientes que
mudaram o bolo econômico brasileiro. As classes emergentes pegam fatias cada vez
maiores. Seu sonho de consumo se realiza. As classes mais abastadas preferem adotar
medidas mais “européias”, consomem menos, porém produtos mais caros. Nesse quadro o
bolo cresce a passos largos. Em quinze anos o PIB brasileiro mais do que quadruplicou, e
principalmente devido aos setores terciários, quaternários e quinarios da economia, que
crescem a índices avassaladores.
Esse crescimento entra em outra questão que abordarei em outro tema que é a criação de
novas necessidades, mas quero me pautar no consumo.

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