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Por dentro da UEA


as apostilas anteriores do Aprovar, você pôde conhecer um

Índice N pouco mais sobre as ações da Universidade do Estado do


Amazonas (UEA) desenvolvidas por meio do ensino e da exten-
são. Esta apostila traz para você um panorama da área de pesquisa na
universidade.
Atualmente, estão em execução na UEA 22 programas de pós-gra-
PORTUGUÊS duação (cursos de mestrado e doutorado), desenvolvidos pela
Regência Verbal ........................................... Pág. 03 própria universidade ou em parceria com as mais renomadas insti-
tuições de pesquisa nacionais e internacionais. São mais de 3 mil
(aula 61) alunos beneficiados em 25 cursos Stricto Sensu e 48 Lato Sensu.
Os programas próprios da UEA são: Biotecnologia e Recursos Na-
PORTUGUÊS turais (em Manaus e em Parintins, sendo o primeiro curso Stricto
Uso do hífen ............................................... Pág. 05 Sensu oferecido no interior do Estado); Medicina Tropical; Direito
Ambiental; Educação e Ensino de Ciências na Amazônia; e Clima e
(aula 62) Ambiente (INPA/UEA).
Outros 17 estão em processo de implantação, previstos para iniciar
HISTÓRIA em 2010; desses, quatro programas são inéditos: Direito Governa-
Grandes projetos para amazônia .............. Pág. 07 mental, com a USP; Administração Pública, com a FGV; Engenharia
Elétrica/Microeletrônica, com a COPPE/UFRJ (Instituto Alberto Luiz
(aula 63) de Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Uni-
versidade Federal do Rio de Janeiro), referência na área de pós-
GEOGRAFIA graduação em engenharia na América Latina, e Engenharia Naval,
também com a COPPE/UFRJ.
A degradação do meio ambiente ............. Pág. 09
Por meio da Pós-Graduação estão sendo desenvolvidos mais de 70
(aula 64) projetos de pesquisa (financiados pela Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), Coordenação de
MATEMÁTICA Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desen-
volvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Financiadora de
Geométria espacial: Sólidos ...................... Pág. 11 Estudos e Projetos (Finep) – o que implica o investimento de
(aula 65) recursos da ordem de R$ 35 milhões) e mais de 900 de iniciação
científica com foco na compreensão de nossa realidade peculiar,
MATEMÁTICA nos biomas amazônicos e sua influência sobre os sistemas pro-
dutivos, além de projetos de pesquisas avançadas executadas em
Ponto e reta ................................................ Pág. 13 associação com instituições brasileiras, da França, da Alemanha,
(aula 66) dos Estados Unidos e de Cuba;
Em 2007, foi implantado o Programa de Estudo em Áreas Alagadas em
FÍSICA convênio com o Inpa e o Instituto Max Planck, da Alemanha. Já está
implantada cooperação técnica com a COPPE/UFRJ na implantação
Calorimetria: Estudo das trocas e transmissão de de linhas de pesquisa no doutorado em Engenharia Civil/Transportes
calor ........................................................... Pág. 15 e linha de pesquisa em Engenharia Molecular para o doutorado em
Engenharia Química e com a Universidade de São Paulo (USP) para
(aula 67) doutorados em Geografia Física e Geografia Humana.
A Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa criou o Polo Científico e
FÍSICA Tecnológico e, em parceria com a Secretaria de Estado da Ciência e
Tecnologia, pretende agregar à iniciativa privada incubadoras e Uni-
Óptica Geométrica ...................................... Pág. 17
versidade, gerando sustentabilidade para o Polo Industrial de Manaus
(aula 68) (PIM), baseando em pesquisa e em produção de inovação tecno-
lógica.
BIOLOGIA Também foi implantada a Coordenadoria de Relações Interinstitucio-
nais, que já iniciou parcerias com instituições da França, Portugal,
Parasitologia ............................................... Pág. 19 Alemanha e Espanha, as quais começaram a ser desenvolvidas a
(aula 69) partir de 2008.
No último mês de agosto, a UEA titulou os primeiros doutores em
BIOLOGIA Doenças Tropicais e Infecciosas, do Programa de Medicina Tropical.
No último dia 26 de outubro, a UEA titulou o primeiro doutor em
Sistema hormonal ou indocrino ................. Pág. 21 Clima e Ambiente do Programa de Pós-Graduação em Clima e
(aula 70) Ambiente, executado em parceria com o Inpa. Também em outubro,
nos dias 27 e 28, a UEA titulou os três primeiros mestres do
Programação Aprovar 2009 ...................... Pág. 23 programa em Clima e Ambiente.
Na pesquisa avançada, a UEA obteve mais uma significativa con-
Referências bibliográficas ........................ Pág. 24 quista no início de 2009: o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia
(INCT) de Energia, Ambiente e Biodiversidade, sediado na Escola
Superior de Ciências da Saúde da UEA, aprovado em fevereiro
deste ano pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq).

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b) lo, la, los, las – Variantes de o, a, os, as quando enclíticos (depois

Português do verbo) ou mesoclíticos (no meio do verbo); só podem ser objeto


direto. Devem ser acrescentados a verbos transitivos diretos que
Professor JOÃO BATISTA Gomes terminem por r, s ou z.
Exemplos:

Aula 61 1. Vou ouvi-la sempre.


2. As testemunhas? Ouvimo-las ontem.
Regência verbal 3. As planilhas de custo? Refi-las à noite.
c) no, na, nos, nas – Variantes de o, a, os, as quando enclíticos
(depois do verbo); só podem ser objeto direto. Devem ser
1. Classificação dos verbos quanto à predicação
acrescentados a verbos transitivos diretos que terminem por ão, õe
Quanto à regência (relação entre o verbo e os termos ou expressões ou m.
que lhe completam o sentido ou a ele atribuem uma circunstância),
Exemplos:
podemos dividir todos os verbos da língua portuguesa em três
categorias: 1. Com relação ao dinheiro, ele repõe-no ainda hoje.
2. Lições de esperança? Eles dão-nas todos os dias.
a) transitivos;
3. Obstáculos da vida? Transpõe-nos naturalmente.
b) intransitivos;
c) de ligação. 6. Verbo transitivo direto x lhe
Os transitivos podem ser: Se o pronome lhe estiver ao lado de verbo transitivo direto, com certeza
a) diretos; estará no papel de pronome possessivo: pode ser trocado por seu
b) indiretos; (dele), sua (dela), seus (deles), suas (delas). A função sintática, nesse
c) diretos e indiretos. caso, é de adjunto adnominal.
Exemplos:
2. Vocabulário técnico
1. Ouço-lhe muito as opiniões.
a) Transitivo – Que requer um ou mais complemento; complemento.
= Ouço muito as suas opiniões.
b) Intransitivo – Que não aceita complemento; sem complemento. “lhe” = adjunto adnominal.
c) Direto – Que se liga ao verbo sem preposição; complemento direto. 2. Conheço-lhe a família há muitos anos.
d) Indireto – Que se liga ao verbo por meio de preposição; = Conheço a sua família há muitos anos.
complemento indireto. “lhe” = adjunto adnominal.
e) De ligação – Que liga o predicativo ao sujeito. Antônimo: verbo 3. Doíam-lhe todas as partes do corpo.
significativo. = Doíam todas as partes do seu corpo.
“lhe” = adjunto adnominal.
3. Verbo transitivo direto
4. Admiro-lhe muito as atitudes.
Entende-se por transitivo o verbo que precisa de complemento. Vamos
observar as seguintes construções: = Admiro muito as suas atitudes.
“lhe” = adjunto adnominal.
a) De repente, a gente sente isso.
Função de “isso”: objeto direto. 7. Verbo transitivo direto e voz passiva
b) A gente já não sente aquilo. Os verbos transitivos diretos aceitam mudança da voz ativa para a
Função de “aquilo”: objeto direto. passiva e vice-versa. Confira:
c) De repente não há mais saco. a) Da ativa para a passiva analítica:
Função de “saco”: objeto direto. 1. Ela ouviu todos os conselhos.
Observe que não há preposição intermediando os verbos e seus Todos os conselhos foram ouvidos por ela.
respectivos complementos. Diz-se, então, que os complementos ligam- 2. Ele perdeu dinheiro no jogo.
se aos verbos diretamente, ou seja, sem auxílio de preposição. São, O dinheiro foi perdido por ele no jogo.
por isso, verbos transitivos diretos. b) Da passiva analítica para a ativa:
4. Objeto direto preposicionado 1. A crise está sendo sentida por todos.
Todos estão sentindo a crise.
Se o verbo transitivo direto vier preposicionado, com certeza a
2. A decisão foi mudada pelo diretoria.
preposição não é exigida pelo verbo. O complemento recebe, então, o
A diretoria mudou a decisão.
nome de objeto direto preposicionado.
c) Da passiva sintética para a ativa:
a) Ela só ouve a mim.
1. Ouviram-se muitos conselhos.
Regência de ouvir: transitivo direto.
Ouviram muitos conselhos.
Função sintática da expressão “a mim”: objeto direto preposicionado.
2. Reconstruíram-se os prédios.
b) Venceu ao pai o filho. Reconstruíram os prédios.
Regência de vencer: transitivo direto.
Função sintática da expressão “ao pai”: objeto direto preposicionado. 8. VTD e oração subordinada substantiva objetiva direta
c) Em casa, ele não respeitava a ninguém. O complemento do verbo transitivo direto pode ser uma oração inteira:
Regência de respeitar: transitivo direto. é a oração subordinada substantiva objetiva direta.
Função sintática da expressão “a ninguém”: objeto direto 1. Sinto que ela me ama.
preposicionado. Objeto direto de sinto: “que ela me ama”.
5. Objeto direto X pronomes átonos 2. Saquei que nada é eterno.
Objeto direto de saquei: “que nada é eterno”.
Ao lado de verbos transitivos diretos, na função de complemento, só
podem aparecer os seguintes pronomes átonos: 9. Verbos transobjetivos
a) o, a, os, as – Só podem ser objeto direto. Podem aparecer antes Os verbos transitivos diretos que formam o predicado verbo-nominal
(próclise), no meio (mesóclise) ou depois (ênclise) do verbo, com predicativo do objeto merecem atenção especial. São conhecidos
representando pessoas ou coisas. como transobjetivos. O complemento verbal (objeto direto) vem
Exemplos: acompanhado de predicativo.
1. Sempre a ouço. 1. Julgamos Teotônio incapaz dessa atitude.
2. Convivendo com ela, eu a mudei. Função de incapaz: predicativo do objeto.
3. Convivendo com ela, eu mudei-a. Classificação do predicado: verbo-nominal.
4. O dinheiro, passei-o a você. 2. Elegeram-na vereadora.
Função de vereadora: predicativo do objeto.

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Classificação do predicado: verbo-nominal. Obedecemos a elas. (certo)

Principais verbos transobjetivos 3. Obedeço sempre aos meus superiores.


Obedeço-lhes sempre (certo)
Os verbos seguintes, quando empregados em sentido especial, são
Obedeço sempre a eles. (certo)
transobjetivos: transitivos diretos (raramente indiretos) + predicativo.
Vêm acompanhados de predicativo do objeto, formando o predicado 4. Confio muito em Rosilda.
verbo-nominal. Confio-lhe muito. (errado)
Confio muito nela. (certo)
1. ACHAR
Eu sempre a achei atraente. b) a ele(s), a ela(s), a isso – Pronomes que podem representar
2. ACUSAR pessoas ou coisas indiferentemente.
O povo acusava-o de corrupto. Veja construções analisadas:
3. CHAMAR 1. Referimo-nos às estrelas.
Os moleques chamavam-na de galinha garnisé. Referimo-nos a elas. (certo)
4. CONSIDERAR 2. Obedecemos à lógica do mercado.
Sempre a considerei infiel. Obedecemos a isso. (certo)
5. CRER
c) me, te, se, nos, vos – Pronomes que só podem representar
Na infância, todos me criam um santo.
pessoas.
6. DAR
Veja construções analisadas:
Apesar das evidências, ele não se dava por vencido.
1. Coisas boas aconteceram a mim.
7. DECLARAR
Coisas boas aconteceram-me. (certo)
Depois dos testes, declararam-me habilitado.
2. Cabe a ti a decisão de mudar de vida.
8. DEIXAR
Cabe-te a decisão de mudar de vida. (certo)
Usaram o livro e deixaram-no rasgado.
9. ELEGER 4. Pronomes com dupla função
O povo elegeu-o senador pelo Amazonas. Os pronomes átonos me, te, se, nos e vos podem fazer o papel tanto
10. ENCONTRAR de objeto direto quanto de objeto indireto. A diferença está na
Para minha decepção, fui encontrá-la muito feliz. regência do verbo a que se filiam.
11. FAZER 1. Eu tenho coisas lindas para te dar.
A minha intenção era fazê-la secretária. Função do “te”: objeto indireto.
12. INTITULAR 2. Eu nasci para te amar.
Os ribeirinhos intitularam-no herói. Função do “te”: objeto direto.
13. JULGAR 3. A noite vem-nos envolver.
Todos o julgavam culpado. Função do “nos”: objeto direto.
14. NOMEAR 4. Nada nos falta aqui.
Nomearam meu primo inspetor-chefe. Função do “nos”: objeto indireto.
15. SUPOR 5. Ele deu-se o luxo de viajar.
A família supunha-o íntegro. Função do “se”: objeto indireto.
16. TACHAR 5. VTI: sem voz passiva
Por causa da briga, tacharam-no de louco.
Os verbos transitivos indiretos não aceitam, em rigor, voz passiva.
17. TER Alguns verbos, porém, por força do uso, são apassivados. É o caso de
Todos o tinham como doido. obedecer, pagar, perdoar, responder. Mas, em provas de concursos,
em que a língua culta padrão é preservada, tais construções são
VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS condenadas, com exceção daquelas com o verbo obedecer.
Veja construções certas e erradas:
1. Definição
1. O jogo foi assistido por toda a família.
Transitivo indireto é o verbo que exige complemento com preposição. Construção errada porque o verbo assistir (transitivo indireto) não
O complemento chama-se objeto indireto. aceita voz passiva.

2. Preposição obrigatória 2. Toda a família assistiu ao jogo.


Frase na voz ativa; construção certa.
Quando o complemento do verbo transitivo indireto vem representado
por um substantivo (ou por pronome que não seja átono), a preposição 3. As leis de trânsito nunca são obedecidas.
é obrigatória. A construção de frases sem ela constitui agressão à Construção certa; o verbo obedecer (transitivo indireto) admite voz
norma culta da língua escrita. passiva.
Veja construções certas e erradas: 4. Não se obedece nunca às leis de trânsito.
Construção certa.
1. Este é o homem que o Brasil precisa. (errado)
2. Este é o homem de que o Brasil precisa. (certo) 6. VTI + se = sujeito indeterminado
3. O filme que assisti impressionou-me. (errado) Os verbos transitivos indiretos, acompanhados do pronome se, não
4. O filme a que assisti impressionou-me. (certo) admitem plural. É que, nesse caso, o se indica sujeito indeterminado,
3. Complemento dos verbos transitivos indiretos obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular.
Além dos substantivos, os verbos transitivos indiretos admitem como Veja construções analisadas:
complemento: 1. Precisam-se de pedreiros. (errado)
a) lhe(s) – Pronome que só pode representar pessoas ou seres vivos; 2. Precisa-se de pedreiros. (certo)
deve ser usado com verbos que combinem com as preposições a Regência de “precisar”: VTI.
ou para. Função do “se”: PIS (pronome que indetermina o sujeito).
Veja construções analisadas: Sujeito: indeterminado.
1. Assistimos ao filme proibido. 3. Aqui, obedecem-se às leis. (errado)
Assistimos-lhe. (errado) 4. Aqui, obedece-se às leis. (certo)
Assistimos a ele. (certo) Regência de “obedecer”: VTI.
2. Obedecemos às leis de trânsito. Função do “se”: PIS (pronome que indetermina o sujeito).
Obedecemos-lhes. (errado)

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anti- (prefixo de origem grega = em frente de, de encontro a, contra, em

Português lugar de, em oposição a).


COM HÍFEN SEM HÍFEN
Professor JOÃO BATISTA Gomes anti-halo antiarbotivo
anti-herói antigripal
anti-higiênico antioxidante
Aula 62 anti-horário antiparlamentarismo
anti-ibérico antirrábico
Uso do hífen anti-imperialismo antissocial
1. Hífen com sufixos arqui- (prefixo de origem latina = primazia; proeminência; superiori-
-açu, -guaçu – Elementos de composição oriundos do tupi; exprimem a dade).
ideia de ‘grande’. O hífen só ocorre quando a palavra termina em vogal COM HÍFEN SEM HÍFEN
graficamente acentuada ou para evitar deturpação da pronúncia. arqui-herói arquimártir
COM HÍFEN SEM HÍFEN arqui-hesitação arquirromântico
acará-açu buritiaçu arqui-inimigo arquirrival
andá-açu cupuaçu arqui-imitador arquirreitor
capim-açu jiboiaçu audio- (elemento latino de composição = audição).
jacaré-açu minhocuçu
COM HÍFEN SEM HÍFEN
-mirim – Elemento de composição oriundo do tupi; exprime a ideia de audio-hemograma audioamplificador
‘pequeno’. O hífen só ocorre quando a palavra termina em vogal grafi- audio-otologia audiossinal
camente acentuada ou para evitar deturpação da pronúncia. audio-ovação audiorreceptor
COM HÍFEN SEM HÍFEN auto- (prefixo de origem grega = por si próprio). Nos compostos forma-
araçá-mirim buritimirim dos a partir de auto-, o segundo elemento vai para o plural.
cajá-mirim cajumirim
COM HÍFEN SEM HÍFEN
paraná-mirim paumirim
auto-hemoterapia autoafirmação
2. Hífen com prefixos e pseudoprefixos auto-hemoterápico autoadmiração
auto-hemotransfusão autobiografia
Regra geral – Com a reforma ortográfica de 2009, os prefixos (auto-,
auto-hipnose autodefesa
ante-, anti-, arqui-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-,
neo-, proto-, pseudo-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e os bi- (prefixo latino = duas vezes).
elementos não autônomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina COM HÍFEN SEM HÍFEN
(aero-, agro-, arqui-, bi-, bio-, cardio-, eletro-, geo-, hidro-, macro-, maxi-, bi-habilitado bianual
micro-, mini-, multi-, pan-, penta-, pluri-, retro-, tele-, tetra-, tri-, etc.), bi-halografia birradiano
provocam hífen diante de palavras iniciadas por h e por vogais idênticas bi-inclinação birradical
à vogal final do prefixo ou do falso prefixo. Diante de palavras iniciadas bio- (elemento grego de composição = vida).
por “r” e “s”, essas consoantes devem duplicar-se.
COM HÍFEN SEM HÍFEN
Exemplário – A seguir, em ordem alfabética, uma relação completa de bio-halogênico bioacústica
prefixos e pseudoprefixos seguidos de palavras grafadas de acordo com bio-harmônico bioclima
a reforma ortográfica. bio-obstrução biorritmo
ab- (elemento latino de composição = afastamento, separação, priva- bio-oculação biossocial
ção). Provoca hífen, antes de b, h e r (este último por conta da pro- circum- (prefixo de origem latina = em torno de, em volta de; por (com
núncia). ideia de movimento); ao pé de, perto de, nas imediações de). Provoca
COM HÍFEN SEM HÍFEN hífen quando a palavra que vem depois começa por uma vogal, h, m ou
ab-reagir abgregação n.
ab-rogação abgregar COM HÍFEN SEM HÍFEN
ab-rogar abjudicar circum-adjacência circumboreal
ab-rupto (melhor) ou abrupto. circum-escolar circunfluente
ad- (elemento latino de composição = aproximação; em direção a). circum-murado circunjazer
Provoca hífen, antes de d, h e r (este último por conta da pronúncia). circum-navegação circumpolar
COM HÍFEN SEM HÍFEN circum-oral circumportuário

ad-digitala djazer mal- (prefixo de origem latina = mau, nocivo, ruim, maligno). Provoca
ad-rogação adjudicado hífen quando a palavra que vem depois começa por uma vogal ou pela
ad-rogador adjudicar letra h.

afro- (elemento latino de composição = africano). Além de provacar hífen COM HÍFEN SEM HÍFEN
com vogais iguais e com a letra h, também o provoca na formação de mal-aventurado malcriado
adjetivos pátrios. mal-assado malcuidado
mal-afeiçoado maldisposto
COM HÍFEN SEM HÍFEN
mal-informado malpassado
afro-americano afroespacil mal-habituado maltrapilho
afro-brasileiro afroinfluência
cis- (prefixo latino = aquém de, do lado de cá).
afro-cubano afromania
afro-habilidade afrorreação COM HÍFEN SEM HÍFEN
afro-lusitano afrorrealidade cis-havaiano cisandino
afro-obrigação afrossexualidade cis-havanês cisatlântico
cis-heleno cisalpino
agro- (elemento latino de composição = terra, agricultura, campo).
co- (prefixo latino = contiguidade, companhia). Nas formações com o
COM HÍFEN SEM HÍFEN
prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo
agro-ocupação agroecologia quando iniciado por “o”: coobrigação, coocupante, coordenar, coopera-
agro-orgânico agroflorestal ção, cooperar, etc.
agro-herança agrossocial
SEM HÍFEN
ante- (prefixo de origem latina = em frente de, antes de). coadministração coabitante
COM HÍFEN SEM HÍFEN coavalista coeternidade
ante-etapa anteontem coaxial coexistir
ante-escolar anterreal cofator coirmã

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cossecante coirmão neo- (prefixo de origem grega = novo, recém, renovadamente).


cosseno coirmandade COM HÍFEN SEM HÍFEN
cotangente conatural neo-habilitado neoafricano
contra- (prefixo de origem latina = oposição, ação conjunta). neo-hebraico neoacadêmico
COM HÍFEN SEM HÍFEN neo-helenismo neobarroco
contra-abertura contrabaixo neo-oriental neoquinhentismo
contra-atacar contraindicar neo-otoplastia neorrepublicano
contra-aviso contramão neo-ortodoxo neorrealismo
contra-harmonizar contrassenso pan- (elemento grego de composição = tudo, todos). Provoca hífen
contra-hastear contraofensiva quando a palavra que vem depois começa por uma vogal, h, m ou n.
extra- (prefixo de origem latina = posição exterior, fora de). COM HÍFEN SEM HÍFEN
COM HÍFEN SEM HÍFEN pan-africano pancontinental
extra-abdominal extraclasse pan-americano pancosmismo
extra-amazônico extrafino pan-helenismo panglossiano
extra-axilar extrassensorial pan-iconografia panléxico
extra-hepático extrassensível pan-mítico panlogismo
extra-humano extrarregulamento pan-oftalmite pansexual

hexa- (elemento grego de composição = seis). penta- (elemento grego de composição = cinco).

COM HÍFEN SEM HÍFEN COM HÍFEN SEM HÍFEN


penta-alado pentacampeão
hexa-adagiário hexacampeão
penta-arruinado pentacapsular
hexa-adaptado hexagrama
penta-hibernar pentassílabo
hexa-haustelado hexassílabo
penta-hierárquico pentassépalo
hiper- (prefixo de origem grega = posição superior; além; excesso).
pluri- (elemento latino de composição = muitos, vários).
COM HÍFEN SEM HÍFEN
COM HÍFEN SEM HÍFEN
hiper-hedonismo hiperacidez pluri-habitação plurianual
hiper-humano hiperexcitado pluri-hibridação pluridentado
hiper-rancoroso hiperinflação pluri-irrigado plurirreação
pluri-irritado plurissecular
infra- (prefixo de origem latina = abaixo, embaixo, em posição inferior).
poli- (elemento grego de composição = muitos, diversos).
COM HÍFEN SEM HÍFEN
infra-assinado infrabasilar COM HÍFEN SEM HÍFEN
infra-hepático infraorbitário poli-higinenização poliadição
infra-hióideo infrarrenal poli-híbrido polissílabo
poli-infecção poliarterite
inter- (prefixo de origem latina = posição intermediária; reciprocidade;
poli-idiomático polissíndeto
interação). Provoca hífen antes de h e r.
proto- (prefixo de origem grega = primeiro, principal, renovadamente).
COM HÍFEN SEM HÍFEN
inter-helênico interacadêmico COM HÍFEN SEM HÍFEN
inter-humano interestadual proto-história protoariano
inter-racial internacional proto-humano protomártir
inter-regional interoceânico proto-ocidental protorrevolução
proto-ocular protorreação
intra- (prefixo de origem latina = dentro de, no interior).
proto-oncológico protossol
COM HÍFEN SEM HÍFEN
pseudo- (prefixo de origem grega = mentiroso, enganador, falso).
intra-arterial intracelular
intra-abdominal intracerebral COM HÍFEN SEM HÍFEN
intra-hemisférico intrarrenal pseudo-herói pseudoalelo
intra-hepático intraósseo pseudo-hermafrodita pseudobulbo
pseudo-obra pseudorrandômico
macro- (elemento grego de composição = grande, longo).
semi- (prefixo de origem latina = quase, metade, um tanto).
COM HÍFEN SEM HÍFEN
macro-habilitar macrocefalia COM HÍFEN SEM HÍFEN
macro-hematoma macrossismo semi-herbáceo semiaberto
macro-onda macroeconomia semi-herbívoro semicerrado
macro-organismos macrorregião semieixo semicondutor
semi-infantil semifeudal
micro- (elemento grego de composição = pequeno, curto, fraco). semi-inteiro semirreta
COM HÍFEN SEM HÍFEN semi-internato semissoma
micro-harpa microbiologia sobre- (prefixo de origem latina = em cima de, por cima de, acima de,
micro-hélice micro-organismo além de).
micro-onda microssaia
COM HÍFEN SEM HÍFEN
micro-ônibus microrregião
sobre-elevação sobreabundar
mini- (elemento latino de composição = mínimo, muito pequeno). sobre-excelente sobreafligir
COM HÍFEN SEM HÍFEN sobre-humano sobressaturar
mini-horta minibiblioteca sub- (prefixo de origem latina = sob, embaixo de, por baixo de, abaixo
mini-hotel minissaia de, segundo). Provoca hífen antes de palavras iniciadas por b, h ou r.
mini-inflamação minicasaco
COM HÍFEN SEM HÍFEN
mini-insuficiência minirrelógio
sub-base subaquático
mini-irrigação minirrua
sub-bibliotecário subaxilar
multi- (elemento latino de composição = muito, numeroso). sub-habitação subchefe
COM HÍFEN SEM HÍFEN sub-humano subchefia
multi-hábil multiangular sub-raça subestação
multi-hediondo multicolorido sub-região subeditor
multi-incentivar multirracial sub-reino subinspetor
multi-irritar multissegmentado sub-reitor suboceânico

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Com novas pressões da indústria nacional, o comércio da ZFM importa ape-

História nas os produtos que ainda não são fabricados no Brasil, como medida de
proteção à indústria instalada em outras regiões do País, com reflexos na
Professor Francisco MELO de Souza emergente indústria da ZFM, que também tem de cumprir índices de
nacionalização em seus produtos.
No final dos anos 70, vêm a liberação das viagens ao exterior e a permissão
Aula 63
para entrada no País de bagagem procedente do exterior até 100 dólares.
Começam as dificuldades do setor comercial da Zona Franca de Manaus,
Grandes projetos para a Amazônia que, a partir de então, só recebia consumidores em determinadas épocas do
Em 1953, Getúlio Vargas criou a Superintendência do Plano de Valorização ano, com grandes promoções. Durante toda a década de 80, o setor comer-
Econômica da Amazônia (SPVEA), a fim de promover o desenvolvimento da cial promoveu pacotes turísticos para atrair visitantes, e a SUFRAMA
produção agrícola e pecuária, além de promover a integração da região à organizou Feiras e Exposições de Produtos da Zona Franca de Manaus em
economia nacional. várias capitais brasileiras como forma de divulgar o produto local e captar
Em 1957, visando atender à ideia de desenvolver a Região Amazônica, foi novos investimentos. O número de empregos gerados, nessa época, atingiu
criada a Zona Franca de Manaus, uma área de livre comércio com isenção a casa dos 80 mil.
fiscal. Nos anos 90, veio a abertura do mercado brasileiro ao produto estrangeiro.
Em 1966, no governo Castelo Branco, a SPVEA foi substituída pela Superin- O País inteiro passou a importar de tudo um pouco, com alíquotas do impos-
tendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), órgão responsável to de importação bastante reduzidas. Para adequar o regime fiscal e de im-
para dinamizar a economia amazônica. portações da Zona Franca de Manaus à nova política industrial e de comér-
A SUDAM seria o órgão responsável em coordenar, supervisionar, elaborar e cio exterior do Brasil, o Governo Federal deu nova redação ao § 1.º do art. 3.º
executar projetos de outros órgãos federais. Para isso, tinha poderes de criar e aos art. 7.º e 9.º do Decreto-Lei n.º 288/67, com a sanção da Lei n.º 8.387,
incentivos fiscais e financeiros especiais para atrair investidores privados de 30 de dezembro de 1991. Os efeitos nas atividades comerciais e no
nacionais e estrangeiros. turismo doméstico foram devastadores, com muitos hotéis e estabele-
Foi a partir da SUDAM que os setores agrícolas, pecuários, indústrias de cimentos comerciais tradicionais fechando as portas e demitindo funcio-
bens e de mineração passaram a ganhar maior dinamismo. nários, o que reduziu o número de empregos para 30 mil.
Nesse mesmo ano, o Banco de Crédito da Amazônia foi transformado em O novo século iniciou com esse quadro pouco alterado, com pequenos
Banco da Amazônia S.A. (BASA). períodos de aquecimento e outros de retração.

Zona Franca de Manaus e SUFRAMA Setor Industrial

Em 1957, no governo de Juscelino Kubtschek, foi criada a Zona Franca de Os primeiros projetos industriais da ZFM começaram a se implantar em 1969,
Manaus no contesto da Guerra Fria como parte do Projeto de contenção do embora o marco do setor industrial seja o ano de 1972, com a inauguração
avanço do comunismo. do Distrito Industrial. O começo não foi diferente de outros lugares:
Em 1967, no governo de Humberto de Alencar Castelo Branco, foi criada a importava-se o produto acabado, em partes e com peças desagregadas para
Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), no contexto da montagem do produto final por operários amazonenses para atender ao
expansão do capitalismo pela Amazônia. mercado nacional. O Amazonas precisava criar empregos para evitar que os
Nesse período, com uma série de incentivos fiscais especiais para integrar a amazonenses migrassem para outras regiões, e a Zona Franca era, justa-
Amazônia ao restante do País, diminuindo as desigualdades regionais e o mente, o projeto de desenvolvimento concebido pelo Governo Federal para
vazio econômico e demográfico que a área então apresentava, a Zona ocupação racional da região, por brasileiros.
Franca de Manaus teve como objetivos: Para adequar-se à nova ordem, a indústria local ainda nascente teve que
1. Instalar no interior da Amazônia Ocidental um programa de desenvolvi- substituir alguns componentes e insumos importados por similares produzi-
mento Industrial, Comercial e Agropecuário. dos no Brasil. A Zona Franca de Manaus, sob o pretexto de harmonização
2. Gerar emprego e renda na Amazônia Ocidental, propiciando um efeito com o parque industrial brasileiro, só podia produzir bens que não fossem
multiplicador na economia regional. produzidos em outras regiões. Os índices mínimos de nacionalização eram
3. Buscar a ocupação econômica da Amazônia Ocidental e suas regiões progressivos, o que possibilitou o surgimento de uma indústria nacional de
fronteiriças e, componentes e de insumos em várias regiões, sobretudo no Estado de São
4. Atenuar as desigualdades existentes entre as duas Amazônias e as demais Paulo, de forma que, no final da década de 80, para cada dólar gasto com
regiões do Brasil. importações, a ZFM comprava o equivalente a quatro dólares no mercado
nacional. Alguns produtos, como televisores em cores, alcançaram índices de
Setor Comercial 93% de nacionalização; outros 100%, como as motocicletas de 125cc.
O setor comercial foi o primeiro a fortalecer-se com a reformulação do projeto Na década de 80, a economia brasileira sofreu as consequências de fenômenos
Zona Franca de Manaus, estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 288/67: nos primeiros externos como a desvalorização do dólar americano, a valorização da moeda
anos, logo após sua reformulação, a Zona Franca funcionou como um grande japonesa e o excesso de protecionismo nas economias industrializadas. Tudo
Shopping Center para todos os brasileiros. O Governo Federal, à época, não isso restringiu as perspectivas de exportações, provocando o desequilíbrio do
permitia importações nem a saída de brasileiros para o exterior. A Zona Franca balanço de pagamento, que, associado a fatores internos como a queda do
funcionou como uma válvula de escape para as pessoas de melhor poder poder aquisitivo do povo brasileiro e a inflação, resistiu a todos os planos econô-
aquisitivo, que encontravam em Manaus as novidades importadas de todo o micos implementados nos diversos Governos no período e fez que o Brasil
mundo. Por conta dessa corrida às compras, a cidade ampliou seus serviços, entrasse nos anos 90 em grave processo de recessão.
ganhou hotéis de 4 e de 5 estrelas, um aeroporto internacional e atraiu Implantação do DI
investidores das mais diversas procedências.
Nessa época, as importações não tinham limites, com apenas 5 restrições, O lançamento da pedra fundamental do Distrito Industrial, no dia 30 de se-
estabelecidas no Decreto-Lei 288/67 (que permanecem até hoje): armas e tembro de 1968, reunindo, no ato, o Superintendente Floriano Pacheco e o
munições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passeio e artigos de Governador do Estado Danilo Duarte de Mattos Areosa, marcou também a
perfumaria, cuja importação só poderia ser feita mediante o pagamento de aprovação do primeiro projeto industrial para instalar-se na ZFM: o da
todos os impostos. Do leite em pó holandês ao cristal da Bohemia ou à indústria Beta S/A, fabricante de joias e de relógios, que funcionou até
gravata italiana, tudo era vendido livremente no comércio da cidade, com meados da década de 90.
permissão de serem levadas, como bagagem acompanhada de passageiro Os trabalhos de infraestrutura começaram no final de 1969, com a instalação
saído de Manaus, seis unidades de cada produto importado de uso pessoal, das redes de energia elétrica, água e esgotos, além da abertura da malha
o que tornava a viagem um grande atrativo. viária. Todas as obras foram feitas com recursos próprios. Em 1972, o Distrito
Segundo dados da Junta Comercial do Amazonas, só em 1967, foram recebe a primeira indústria, a CIA – Companhia Industrial Amazonense,
registradas 1.339 novas empresas, oferecendo, pelo menos, o dobro desse ocupando uma área de 45.416 m², para produção de estanho, e, logo em
número em novas oportunidades de trabalho aos amazonenses. seguida, a Springer, para produção de aparelhos de ar condicionado.
Essa fase inicial durou até 1975, quando o Governo Federal baixou o De- O Distrito possui estação de captação e de tratamento de água, rede de
creto-Lei n.º 1.435, modificando o artigo 7.º. do Decreto-Lei n.º 288/67, alte- esgotos sanitários e de telecomunicações e sistema viário com 48 km de ruas
rando a alíquota do Imposto sobre Importação no internamento de merca- asfaltadas e com manutenção própria. A área dispõe de hospital, creche,
dorias para o território nacional. As importações foram limitadas em US$ 300 centro de treinamento do Senai, entidades das classes empresariais e
milhões, divididos entre o comércio e a indústria, que, a partir de então, teria trabalhadoras, escolas de tecnologia, centros de pesquisa, hotéis de 4
de praticar índices mínimos de nacionalização em seus produtos. estrelas, pistas apropriadas para caminhadas, para cooper, para ciclismo,

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quadras de esportes e áreas de lazer, bares, restaurantes e shopping center. d) A Zona Franca de Manaus foi criada para ser um complemento das
Os lotes são vendidos às empresas a preço simbólico, com prazo de 10 anos industriais eletrônicas acessórias da indústria automobilística.
para pagamento. e) A Transamazônica é um exemplo malsucedido de aplicação do PIN –
Em 1980, a SUFRAMA adquiriu uma área de 5.700 ha, contígua à do Distrito já Plano de Integração Nacional, porque não foi concluída, e o que
ocupado, para expansão. Nessa área, já estão instaladas algumas empresas, restou dela foi retomada pela selva.
nos 1000 ha que receberam toda a infraestrutura necessária à ocupação,
havendo, inclusive, áreas destinadas à construção de conjuntos habitacionais 02. A respeito da luta ideológica e dos conflitos sobre terra e
para os trabalhadores. Da mesma forma que o Distrito menor, essa área foi trabalho nas últimas décadas na Amazônia, é correto afirmar
planejada preservando-se áreas verdes em proporção às áreas construídas, que:
para que o equilíbrio ecológico seja mantido. a) A igreja Católica interveio nas questões ambientais e na luta política e
territorial no Norte somente após o sucesso dos empates que
Planos de Integração
pretendiam proteger a floresta, para não se comprometer com
Em junho de 1970, o governo federal adotou o Plano de Integração Nacional
fracassos.
(PIN); em julho do mesmo ano, o Instituto de Nacional de Colonização e
b) A Igreja admitiu as comunidades eclesiais de base e as Comissões
Reforma Agrária (INCRA).
Pastorais da Terra, solidária à militância, embora alguns padres
Em 1971, criou-se o Programa de redistribuição de Terras e Estímulo à Agro-
adotassem posições mais emocionais e menos pastorais como a
indústria do Norte e Nordeste (PROTERRA). E, entre 1971–78, construíram-se
recusa de batismos e de missas em terras de certos fazendeiros.
as várias rodovias importantes: Transamazônica, Perimetral Norte, Cuiabá-
Santarém e Manaus-Caracarai (BR–174). c) A Igreja, apesar da associação com o Estado e de sua secular aliança
Em 1974, foi criado o Programa de Polos Agropecuários e Agrominerais da com o latifúndio, não conseguiu impedir a formação de órgãos
Amazônia (POLAMAZÔNIA). sindicais no seu interior, como as comunidades de base e as
Em 1994, foi criado o Plano Estratégico do Desenvolvimento do Amazonas pastorais da terra.
(PLANAMAZÔNIA), o qual projetava suas atividades até o ano 2000, estiman- d) A fragilidade dos seringueiros e ambientalistas amazônicos deve-se à
do investimento na ordem de US$ 3,14 bi, os quais seriam cinco prioridades: 1) sua obstinação em recusar apoios e participações de pessoas e de
Meio Ambiente; 2) Infraestrutura; 3) Distrito Industrial e ZFM; 4) Formação de instituições de cunho político e sindical.
recursos humanos; 5) Desenvolvimento de Pesquisas Científicas. e) Os seringueiros e os ambientalistas distinguiram-se por seu
Terceiro Ciclo nacionalismo e pela recusa aos apoios político-ideológicos.

Consistiu num programa, desenvolvido no governo Amazonino Mendes, de 03. A criação de indústrias na Região Norte, sobretudo em Manaus,
reestruturação da economia do Amazonas. Esse Programa econômico está ligada à (s):
pretendia dar prioridades para o setor primário (agricultura). a) Presença de matérias-primas minerais e vegetais.
A Greve dos Metalúrgicos de 1985 b) Oferta de abundante mão-de-obra especializada.
c) Necessidade do mercado consumidor local em expansão.
A conjuntura política brasileira dos anos oitenta foi marcada por movimentos
contestatórios contra a ditadura militar e organizações sindicais, que faziam d) Obras de infraestrutura básica, como estradas de ferro e usinas
grandes mobilizações pelo Brasil inteiro, a exemplo do ABC paulista, em que hidroelétricas.
aparecem vários líderes sindicais e políticos, tais como Luiz Inácio Lula da e) Política de incentivos fiscais estabelecidos pelo Governo Federal.
Silva. Foi nesse período que várias correntes políticas, ideológicas, trabalhis- 04. Quanto à política para o setor industrial adotada pelo governo
tas e setores da Igreja, como a Pastoral Operária, criaram o Partido dos do Brasil a partir dos anos 1990, pode-se afirmar que levou à
Trabalhadores (PT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
(ao):
Em fevereiro de 1984, ocorreu a eleição para a diretoria do Sindicato dos
a) diminuição dos gastos públicos.
Metalúrgicos. Nessas eleições, a chapa PUXIRUM, tendo como diretores
b) abertura da economia para o mercado mundial, reduzindo as
Ricardo Morais – presidente, Simão Pessoa – vice, “Chico Fera” – tesoureiro,
restrições às importações.
Alberto “Gordo” – segundo tesoureiro, Ana Maria – secretária, Élson Melo –
c) criação de uma política favorável aos investimentos externos no País.
secretário, José Magno – secretário.
d) privatização das empresas estatais.
Após a eleição, a primeira grande batalha sindical ocorreu na campanha sala-
e) crescimento econômico da região e à distribuição de renda por meio
rial, e a nova diretoria provocou a primeira convenção coletiva. Mas, depois de
uma série de discussão com representantes das empresas, que duraram 13 da geração de empregos.
dias, não houve acordo entre as partes, e o resultado foi a deflagração da greve 05. Todas as alternativas relacionadas à Amazônia são verdadeiras,
no dia 1 de agosto de 1985. Os representantes das empresas ameaçaram entrar exceto:
na justiça e pedir a ilegalidade da greve e demitir os operários por justa causa, a) A Amazônia constitui um espaço econômico, social e político pouco
caso não houvesse o retorno das atividades. As condições conjunturais foram estruturado e potencialmente gerador de novas oportunidades.
analisadas por vários setores que estavam envolvidos no movimento e
b) A diversidade biológica ímpar da região lhe confere, atualmente,
resolveram convocar uma Assembleia Geral para 7 de agosto de 1985. Nessa
grande valor tendo em vista o desenvolvimento das biotecnologias.
Assembleia, decidiu-se pelo retorno das atividades.
c) A região apresenta focos de modernidade, exemplificados pela
Apesar das reivindicações não serem alcançadas, naquele momento, os
presença de uma zona franca e de grandes projetos de mineração.
ganhos políticos para a classe trabalhadora manauense foram enormes, pois,
d) A disputa pela posse da terra envolvendo posseiros, fazendeiros,
a partir desse momento, outras categorias profissionais passaram a se
extrativistas, garimpeiros, índios, mineradoras e madeireiras continua
mobilizar contra a estrutura econômica que achatava o salário e promovia
intensa.
demissões em massas.
e) As taxas de investimento, de ocupação e de produção regionais são
elevadas, mas o valor da terra se mantém baixo.
Exercícios propostos
04. A Amazônia atravessa uma nova fase de reorganização espacial.
01. (UEA-2006) O milagre brasileiro tinha pontos positivos e negati-
Isso ocorre porque:
vos, como a desproporção entre o avanço econômico e o retar-
a) As atividades econômicas regionais se estabilizam em torno da
damento ou mesmo o abandono dos programas sociais pelo
população para a industrialização.
Estado.
A respeito dos projetos do milagre brasileiro, assinale a afirmati- b) O crescimento dos centros urbanos diminuiu pelo aumento da
va incorreta. produtividade no campo.
c) Os impactos dos investimentos públicos e privados transformaram a
a) obedecendo aos princípios da Doutrina de Segurança Nacional, o
região, modificando intensamente a organização espacial nos últimos
governo procurou ocupar os espaços vazios, promovendo as agrovilas
para assentamento de trabalhadores, especialmente nordestinos. trinta anos.
b) A regulamentação da SUFRAMA – Superintendência da Zona Franca d) A presença dos grandes projetos proporciou a valorização da mão-
de Manaus – visava a criar um centro industrial, comercial e agro- de-obra regional e o aumento da qualidade de vida no campo.
pecuário para capitalizar a Região Amazônica e gerar empregos. e) As atividades econômicas desenvolvidas na região nos últimos dez
c) Os governos militares aceleraram o desenvolvimento econômico por anos garantiram boa competitividade dos produtos amazônicos no
meio de um modelo concentrador de renda, cujo impacto foi exterior, com a criação, em todos os estados, das Zonas de Pro-
atenuado pela expressão do emprego. cessamento de Exportação.

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repositório de grande parte da biodiversidade existente. Atualmente, o avan-


Geografia ço capitalista sobre as franjas sul e oriental da Amazônia Brasileira coloca
essa imensa área sob o risco de destruição. A agricultura, a mineração, a
Professor HABDEL Jafar extração indiscriminada de madeira, as construções de hidrelétricas, as
queimadas são as atividades humanas que mais contribuem para reduzir as
áreas florestadas da Terra.
Aula 64
Em função disso, tem-se a redução e até a extinção da biodiversidade nos
locais atingidos por essas práticas. O aumento da temperatura, a diminuição
A degradação do meio ambiente da pluviosidade são exemplos das consequências mais prováveis. Os rios
Princípio 1 podem ser assoreados por materiais trazidos pelas enxurradas, que
Os seres humanos estão no centro das preocupações com o desenvolvimen- provocam cheias mais acentuadas e a diminuição do tempo de permanência
to sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com das águas na bacia hidrográfica.
a natureza. Os solos empobrecem em virtude da retirada da vegetação. O rebaixamento
do nível do lençol freático pela diminuição da infiltração compromete não só
Princípio 2
a vegetação local, mas também o nível dos rios no período de estiagem. Com
Os Estados, de conformidade com a Carta das Nações Unidas e com os
os desmatamentos, acelera-se o processo de desertificação com conse-
princípios do Direito Internacional, têm o direito soberano de explorar seus
quências imprevisíveis para o clima do planeta.
próprios recursos, segundo suas próprias políticas de meio ambiente e
desenvolvimento, e a responsabilidade de assegurar que atividades sob sua A desertificação
jurisdição ou controle causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou Chamamos de desertificação “a degradação das terras nas zonas áridas,
de áreas além dos limites da jurisdição nacional. semiáridas e subúmidas secas, resultante de fatores diversos como as
(Declaração do Rio sobre meio ambiente e desenvolvimento – 1992 – e Índice da Agenda variações climáticas e as atividades humanas”. (Agenda 21 da Eco–92).
21. IN: Santos, Celeste Leite dos. Crimes contra o meio ambiente. Responsabilidade e A desertificação pode ser provocada pelo uso intensivo do solo pela agri-
sanção penal. p.194-195 anexo II. Ed. Juarez de Oliveira.São Paulo.2002). cultura. Técnicas inapropriadas de irrigação e cultivo podem desencadear a
Desde que aprendeu a criar animais e a plantar, o homem precisou modificar perda irreversível de uma área. Os desmatamentos são os grandes vilões
o ambiente que o cercava. Alterar o ambiente para produzir alimentos era quando o tema é a abertura de processos de desertificação, pois quebram o
necessário. A vida em comunidade, a segurança contra as intempéries frágil equilíbrio do ecossistema atingido.
naturais, o perigo de ataques de grandes animais ou a invasão de povos Na maioria das áreas desertificadas, verificam-se problemas ligados à fome,
inimigos obrigaram esse ser a promover uma série de adaptações na paisa- à desnutrição, ao analfabetismo, à diminuição da renda e do consumo nas
gem que o cercava. As civilizações buscam sempre explorar e intervir nos áreas rurais. Mesmo que essas pessoas migrem para as áreas urbanas, per-
ambientes naturais visando a condições mais ideais, ao crescimento demo- siste, ainda, a pobreza, a desestruturação familiar, o desemprego e a falta de
gráfico e ao bem-estar material. Os impactos ambientais decorrentes da ação moradia. Como consequência, temos a destruição da biodiversidade, a
do homem podem ocorrer em escalas local, regional e global. erosão dos solos, a formação e o avanço de dunas. Por outro lado, reduzem-
Na natureza, há recursos que são renováveis e os que não se renovam. Com se os recursos hídricos e as áreas cultiváveis. Aumenta-se o desemprego e a
o desenvolvimento tecnológico, parcelas cada vez maiores desses recursos estagnação econômica das áreas afetadas.
estão sendo consumidas. A população, por outro lado, manteve crescimento A agricultura e o meio ambiente
sempre positivo, apesar dos momentos em que ocorreram aumentos nas taxas Produzir alimentos e matéria-prima para a indústria sempre foi a responsa-
de mortalidade (provocada pelas crises de fome ou ocorrência de pestes e bilidade da agricultura e da pecuária. Apesar disso, essas atividades podem
guerras) e da tendência atual da diminuição das taxas de natalidade. provocar danos à natureza. A expansão da agricultura implica mudanças no
Durante muito tempo, a regra básica da economia era a obtenção de lucro a meio original. O desmatamento, a preparação do solo (aragem) e a introdução
qualquer custo. Nesse sentido, florestas inteiras desapareceram na Europa. de fertilizantes e defensivos, quando não manipulados com o devido cuidado,
Mudava-se o leito dos rios para adequá-los a alguma obra de engenharia. A mais prejudicam do que ajudam a humanidade. A padronização das culturas
construção de barragens não levava em consideração o ecossistema fluvial, o quebra a cadeia alimentar local, podendo provocar o desaparecimento de
tipo de solo das redondezas e a vegetação que seria inundada. espécies de animais ou a proliferação sem controle de alguns.
A mineração abria profundas feridas no solo para arrancar os minerais úteis É possível evitar a progressão desses problemas. Tomando-se algumas medidas
ao avanço industrial. Os dejetos, resultantes do processo de lavagem e de prevenção, minimizam-se os efeitos colaterais dessas atividades. O plantio em
separação dos minerais, eram lançados, sem a menor preocupação, nos curvas de nível pode reduzir muito a perda de nutrientes do solo. O terracea-
rios, lagos naturais ou crateras abertas no terreno. Animais foram caçados mento nas áreas íngremes reduz a velocidade de escoamento da água, evitando-
até o extermínio. Outros foram apreendidos até o risco de desaparecimento. se a erosão dos solos. A associação de culturas, além de proteger o solo do
Tudo isso apenas para suprir os mercados com suas peles, sua gordura, sua impacto direto das águas da chuva e das enxurradas, possibilita a diversificação
carne ou apenas para terem suas cabeças exibidas como troféus de caça nas da produção e o combate à fome dos trabalhadores rurais.
salas de algum entediado milionário norte-americano.
A difícil preservação dos recursos hídricos
Rios, a exemplo do Tamisa (atravessa Londres), hoje recuperado, viraram
verdadeiros repositórios dos esgotos residenciais e industriais. Os oceanos, Há muito tempo, o homem joga lixo nos rios, lagos e mares. Até o advento da
por muito tempo, foram depósitos de lixo radioativo das potências nucleares. Primeira Revolução Industrial, muito do que se jogava eram materiais que se
Os parques industriais lançavam toneladas de poluentes na atmosfera como decompunham em pouco tempo. Entretanto os avanços tecnológicos da
se esses materiais desaparecessem por encanto. Revolução Industrial não só possibilitaram o aumento da produção, mas
Meio ambiente é o conjunto dos elementos e fatores físicos, químicos e também elevaram o volume de lixo lançado nas águas. O pior disso tudo é
biológicos, naturais e artificiais, necessários à sobrevivência das espécies. que grandes somas de materiais não são recicláveis, o que acaba provocando
Impacto ambiental é toda ação ou atividade humana ou natural que provoque a morte de animais e plantas aquáticos, diminuindo a potabilidade da água e
bruscas alterações no meio ambiente. Podemos perceber que há dano reduzindo de vez a capacidade de esses sistemas se renovarem.
ambiental quando ocorre alteração na concentração de um produto que já Grande parte dos oceanos e mares, principalmente nas regiões costeiras,
existe na natureza. No efeito estufa, ocorre uma concentração cada vez maior onde se concentra a maior parte da fauna marinha, encontra-se violentamen-
de gás carbônico. Já na abertura de buraco na camada de ozônio, dá-se o te poluída. A água é severamente atingida pela escalada desenvolvimentista
inverso. O lançamento dos gases clorofluorcarbonos reduz a concentração de da sociedade capitalista. “Mais de 1,2 bilhão de pessoas não dispõe de água
ozônio, expondo todos nós a uma radiação solar mais intensa e mais perigosa. potável para beber, e 1,8 bilhão de pessoas não dispõe de saneamento
Dano ambiental também ocorre quando se introduz, num ecossistema, quais- adequado. A água limpa salvaria a vida de 2 milhões de crianças a cada ano.
quer substâncias, embora naturais, mas que lhes são estranhas. O petróleo é Todos os anos, as doenças decorrentes da água imprópria custam à Índia 73
um produto natural. Mas, quando é despejado, por acidente, em qualquer lu- milhões de dias de trabalho.” (Nagle e Spencer. Advanced Geography.
gar da natureza, provoca uma agressão gravíssima aos ecossistemas afetados. Oxford University Press, p. 137. 1997.).
Há, ainda, o caso da introdução de produtos artificiais em algum ecossiste- As principais fontes de poluição das águas são os derrames de petróleo, em
ma. Desde o advento da Revolução Industrial, o homem não parou de pro- razão dos acidentes com embarcações. Os efluentes industriais e resi-
duzir substâncias e materiais artificiais que acabam indo parar nos rios, solos denciais sobrecarregam os cursos de águas que cortam as cidades. O
ou lixões. Isso danifica o meio. Muitas vezes, o estrago é tão extenso e chorume do lixo orgânico depositado em lixões a céu aberto e nos aterros
profundo que a área dificilmente se recupera. sanitários acaba atingindo os lençóis subterrâneos, comprometendo por
completo a qualidade da água dos rios e igarapés nas suas imediações. O
Retirada da cobertura vegetal
lixo sólido despejado pelas populações ribeirinhas no leito dos igarapés e
No planeta, as florestas tropicais e equatoriais remanescentes são, em gran- lançado pela tripulação dos navios polui seriamente o ecossistema marinho
de parte, responsáveis pelo equilíbrio ecológico. Elas são também o e fluvial. O uso excessivo de adubos orgânicos e o manuseio inadequado de

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agrotóxicos contaminam as águas subterrâneas e os rios. A mineração preju-


dica seriamente o meio ambiente quando os resíduos da lavagem dos
minerais são depositados em lagos naturais ou em bacias de decantação
Exercícios propostos
que não foram construídas com as devidas especificações técnicas. 01. (G1) São as principais alterações ambientais causadas pelo ritmo
Uma atmosfera poluída frenético da urbanização e o aparecimento de novas megacida-
A poluição do ar é provocada, principalmente, por atividades industriais,
des, nas últimas décadas, em países subdesenvolvidos:
a) geração de grandes volumes de resíduos sólidos, poluição d'água e
pela frota de automotores e pelas queimadas. As refinarias de petróleo, as
da atmosfera.
fábricas de celulose, de fertilizantes, de ácido sulfúrico, de cimento e as
siderurgias são as principais fontes dessa poluição. b) globalização e poluição atmosférica.
Essas atividades liberam para a atmosfera grande quantidade de partículas c) coleta seletiva de resíduos e investimentos no comércio.
sólidas em suspensão e gases nocivos às plantas, aos animais e ao homem. Os d) minimização do deficit habitacional e coleta seletiva de resíduos.
rios, os lagos, os solos, os mares e oceanos também são seriamente atingidos e) diminuição do nível de instrução da população e aumento do setor
por essa carga de material em suspensão quando precipitada pelas chuvas. informal.
Óxido de nitrogênio, dióxido de enxofre, hidrocarbonetos, clorofluorocarbo- 02. (Cesgranrio) A industrialização europeia teve como base ener-
nos (CFC) e uma infinidade de outros produtos, isolados ou associados, vão gética o uso do carvão mineral. Até hoje, mesmo com a amplia-
comprometer a qualidade do ar atmosférico. Os impactos ambientais ção do uso de petróleo, da energia hidrelétrica e das usinas nu-
provocados pela poluição atmosférica podem ocorrer em escalas local, cleares, o carvão permanece como importante fonte energética,
regional e global. principalmente nos países da Europa Oriental. Ocorre, porém,
A Inversão Térmica é um fenômeno natural que ocorre em vários lugares do que a queima do carvão mineral, em grandes quantidades, pode
planeta. Sozinha, não configura dano à natureza. O problema surge quando provocar o aumento do volume do óxido de enxofre na
ela ocorre em áreas que apresentam grande concentração de poluentes. atmosfera e, com isso, o fenômeno do(da):
A circulação atmosférica acontece quando o ar mais aquecido pela irradiação a) redução da ionosfera b) vento geotrópico. c) rarefação do ar
terrestre sobe e depois desce ao se resfriar. Esse movimento constante ajuda d) formação do ozônio. e) chuva ácida.
a dispersar os poluentes das camadas próximas do solo.
No outono ou no inverno, quando a temperatura diminui, essa situação inverte- 03. (UEG) A água da chuva é normalmente ácida. Porém a presença de
se. O ar próximo do solo (agora mais frio) não é aquecido. Por não ascender, a poluentes no ar atmosférico (ácido sulfúrico, ácido clorídrico,
poluição fica concentrada rente à superfície. Por algumas horas, até que o solo trióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio) torna a água da chuva
se aqueça, não há a subida do ar. Essa paralisia momentânea da atmosfera mais ácida ainda. Sobre esse fenômeno, é INCORRETO afirmar:
concentra os poluentes, agravando a qualidade do ar, que fica irrespirável. Em a) As áreas mais afetadas pelas chuvas ácidas estão no Hemisfério
vários lugares onde esse fenômeno acontece, registram-se aumentos nos casos Norte, principalmente nos Estados Unidos, no Canadá e nos países
de internações provocadas por problemas respiratórios. Muitos pacientes europeus.
chegam ao óbito em conseqüência do agravamento desses males. b) As indústrias na Alemanha, no Reino Unido e na França emitem
As chuvas ácidas constituem outro sério problema de agressão à atmosfera. grande quantidade de poluentes contribuindo para acidificar os lagos
Trata-se da precipitação das gotas de águas (chuva, neblina), carregadas de da Escandinávia.
ácido nítrico (HNO3) e sulfúrico (H2SO4). c) No Brasil, esse fenômeno não ocorre de forma significativa em
Esses ácidos são resultantes de reações químicas que ocorrem na atmosfera função do recente processo de industrialização e da desconcentra-
a partir da presença de enxofre (dióxido de enxofre: SO2). Essa substância, ção industrial.
por sua vez, é lançada à atmosfera pelas indústrias, pela queima de carvão ou d) As chuvas ácidas causam impactos também na cobertura vegetal;
pela queima de derivados de petróleo pelos veículos automotores. algumas florestas não estão resistindo a essa agressão, como é o
Essas chuvas têm efeito corrosivo e atingem não só as edificações, os rios, os caso da Floresta Negra.
lagos, os veículos, entre outras coisas, mas também todos os seres vivos.
Provocam problemas respiratórios nos seres humanos e animais. Podem 04. (Ufla) Sabe-se que as queimadas são prejudiciais ao meio
destruir as matas, poluir os solos e contaminar as águas superficiais. ambiente, com efeitos imediatos sobre o clima. Os efeitos
O efeito estufa é um fenômeno conhecido desde o fim do século XIX. Naquela imediatos das queimadas são apontados nas alternativas a
época, havia cientistas que já se preocupavam com a interferência das seguir, EXCETO:
atividades humanas no equilíbrio térmico atmosférico. Apontavam os riscos a) Aumento do "buraco" na camada de ozônio.
associados às emissões de carbono (CO2) e a outros gases como o metano b) Elevação da temperatura do ar.
(CH4) e o óxido nitroso (N2O). c) Impossibilidade de a área devastada reter a energia do sol e gerar fluxos
O aumento da concentração desses gases na atmosfera provou ser o res- ascendentes de ar.
ponsável pelo aumento da temperatura do ar atmosférico. O uso cada vez maior d) Não-formação de chuvas.
de carvão e petróleo como combustíveis, a partir da Revolução Industrial, criou 05. (Ufpel) APOCALIPSE JÁ...
uma camada muito resistente à passagem da irradiação terrestre. Essa, por sua
vez, é refletida de volta à superfície, contribuindo sobremaneira para o aumento Já começou a catástrofe que se esperava para daqui a 30 ou 40
da temperatura média do planeta. O derretimento de parte das calotas polares anos. A ciência não sabe como reverter seus efeitos.
e o aumento do nível médio dos oceanos provocariam um desequilíbrio em O derretimento do Ártico, a elevação do nível do mar, o avanço
escala planetária. Homens, plantas e animais estariam em risco. das áreas desérticas, o aumento da intensidade dos furacões,
Atualmente, vivemos sob a ameaça dos problemas provocados pela abertura entre outras, são algumas das mudanças de grandes propor-
de buraco na camada de ozônio. A camada de ozônio tem importância vital ções causadas pelos altos níveis do aquecimento global. "Veja",
para a vida no planeta Terra. Ela absorve grande parte da radiação ultravioleta 21/06/06. [adapt.]
oriunda do Sol, filtrando-a. Essa radiação direta processa-se em comprimentos Esse aquecimento global é consequência do desequilíbrio em
de ondas que são prejudiciais para quase todas as formas de vida. Nos um processo natural.
humanos, a exposição às radiações ultravioleta intensas pode provocar câncer Com base em seus conhecimentos e nas informações anteriores,
de pele, inflamação da córnea e redução das defesas imunológicas. é correto afirmar que o processo que sofre o desequilíbrio res-
Certos compostos químicos de origem artificial são capazes de acelerar a ponsável pelo aquecimento global se refere
destruição das moléculas de ozônio. Rompe-se, assim, o equilíbrio natural a) às ilhas de calor, resultantes da elevação das temperaturas médias
que mantém a camada protetora. Os principais implicados nessa destruição e nas áreas urbanizadas das grandes cidades, em comparação com as
o desequilíbrio são os CFCs (clorofluorocarbonos), que podem permanecer zonas rurais.
ativos na atmosfera por mais de um século. b) à inversão térmica, resultante da concentração do ar frio nas cama-
Nas grandes cidades, ocorre outro problema associado à concentração de das mais baixas, impedindo sua dispersão.
concreto e asfalto e à poluição atmosférica. O crescimento desordenado, a c) às chuvas ácidas, resultantes da elevação exagerada dos níveis de
ausência de áreas verdes e a ineficiência de um planejamento urbano agra- acidez da atmosfera em consequência do lançamento de poluentes
vam esse fenômeno. Trata-se das “Ilhas de calor”. Nos centros dessas man- produzidos pela atividade humana.
chas urbanas, a reflexão de calor para a atmosfera é enorme. Nesses locais, d) ao efeito estufa, que consiste na retenção do calor irradiado pela
a concentração de poluentes no ar também é muito grande. O resultado dis- superfície terrestre e pelas partículas de gases e água existentes na
so é que a temperatura eleva-se, pois a dissipação de calor fica prejudicada. atmosfera.
Em direção à periferia, nota-se uma diminuição gradativa da temperatura. É e) aos ciclones extratropicais, que são provocados pela interação entre
que, nessas áreas, a densidade de construções e de asfalto, sendo menor, ventos, pressão atmosférica e altas temperaturas, comuns em zonas
diminui a reflexão de calor para a atmosfera. tropicais.

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Matemática
Professor Claúdio Barros VITOR
Aplicações
01. (VUNESP – 07) Calcular o volume de um paralelepípedo retângulo, saben-
do que suas dimensões são proporcionais a 9, 12 e 20 e que a diagonal mede
100 m.
Aula 65
Solução:
d2 = a2 + b2 + c2
Geométria espacial: Sólidos 1002 = (20k)2 + (12k)2 + (9k)2
PRISMAS 1002 = 625k2
Assim, 25k = 100 ⇒ k = 4
São poliedros com pelo menos duas faces contidas em planos paralelos, e
Então, a = 20 . 4 = 80 m
as demais faces interceptam-se dois a dois em retas paralelas.
b = 12 . 4 = 48 m
c = 9 . 4 = 36 m
V = a . b . c = 80 . 48 . 36
V = 138240m3

02. (Fuvest-SP) Dois blocos de alumínio, em forma de cubo, com arestas


medindo 10 cm e 6 cm, são levados juntos à fusão, e em seguida o
alumínio líquido é moldado como um paralelepípedo reto de arestas 8 cm,
8 cm e x cm. O valor de x é:
a) 16 m b) 17 m c) 18 m
d) 19 m e) 20 m
Solução:
O volume do paralelepípedo é igual à soma dos volumes dos cubos. Assim:
8 . 8 . x = 63 + 103 ⇒ 64 x = 216 + 1000 ⇒ x = 19.
PIRÂMIDE
Consideremos um polígono contido em um plano (por exemplo, o plano ho-
Prismas especiais rizontal) e um ponto V localizado fora desse plano. Uma pirâmide é a reunião
Cubo de todos os segmentos que têm uma extremidade em P e a outra num ponto
qualquer do polígono. O ponto V recebe o nome de vértice da pirâmide.
Cubo é um prisma em que todas as faces são quadradas. O cubo é um
prisma quadrangular regular cuja altura é igual à medida da aresta da base.

Paralelepípedo
Chamamos de paralelepípedo o prisma cujas bases são paralelogramos;
dessa forma, todas as faces de um paralelepípedo são paralelogramos.

Pirâmide regular

Prisma triangular regular

Tetraedro regular
É uma pirâmide regular que tem as quatro faces congruentes.
Prisma hexagonal regular • As seis arestas são congruentes;
• As faces são triângulos equiláteros.

Aplicações
01. Juliana tem um perfume contido em um frasco com a forma de uma
pirâmide regular com base quadrada. A curiosa Juliana quer saber o volu-
me de perfume que o frasco contém. Para isso ela usou uma régua e tirou
duas informações: a medida da aresta da base de 4cm e a medida da
aresta lateral de 6cm.

11
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Solução:
Como V = (Ab.h)/3, devemos calcular a área da base e
a medida da altura. A base tem forma quadrada de lado
Aplicações
a = 4cm, temos que Ab = 42 = 16 cm2. 01. Um troféu para um campeonato de futebol tem a forma de uma esfera de
raio R = 10 cm cortada por um plano situado a uma distância de cm do
centro da esfera, determinando uma circunferência de raio r cm, e sobreposta
a um cilindro circular reto de 20 cm de altura e raio r cm, como na figura (não
em escala).

O volume do cilindro, em cm3, é


a) 100 π
b) 200 π
02. Uma pedra preciosa foi lapidada, ficando com a forma de um octaedro c) 250 π
regular com aresta 0,5 cm. Determine a área total e o volume dessa pedra. d) 500 π
e) 750 π

Solução:

02. Um paciente recebe por via intravenosa um medi-


camento à taxa constante de 1,5 ml/min. O frasco do
medicamento é formado por uma parte cilíndrica e
uma parte cônica, cujas medidas são dadas na figura,
e estava cheio quando se iniciou a medicação.
Após 4h de administração contínua, a medicação foi
CILINDROS interrompida. Dado que 1 cm3=1ml, e usando a aproxi-
Área de base: πr2 mação π = 3, o volume, em ml, do medicamento res-
Área de lateral: 2πrh tante no frasco após a interrupção da medicação é,
Área de total: 2π(h + r) aproximadamente,
Volume: 2πr2h a) 120. b) 150. c) 160.
Se o cilindro é equilátero, temos h = 2r daí: d) 240. e) 360.
• Al= 4πr2 Solução:
• At = 6πr2 V=Cci + Vco → V= π r2h1 + 1/3 π r2h2
• V = 2πr3 V= π 42.9 + 1/3 π 42 .3 V= 144π +16π =160π cm3 ⇒ V = 480ml
Após 4 h, ou seja, 240 min o volume consumido é de 1,5. 240 = 360 ml. O
CONES restante, então, é de aproximadamente 120 ml.
Área de base: πr2
Área de lateral: πrg
Área de total: 2π(g + r) Exércicios propostos
πr2h 01. Considere o cubo de aresta a representado abaixo. A medida,
Volume: ––––––
3 em graus, do ângulo AFC é:
Se o cone é equilátero, temos g = 2r daí: a) 30°
• Al= 2πr2 b) 45°
• At = 3πr2 c) 60°
• V= πr3 d) 90°
e) 120°
ESFERAS
02. Uma piscina com forma de um prisma reto tem como base um
retângulo de dimensões 10m e 12m. A quantidade necessária
de litros para que o nível de água da piscina suba 10 cm é de
a) 10.200 b) 10.800 c) 11.600
d) 12.000 e) 14.000

03. A grande pirâmide de Quéops, antiga construção localizada no


Egito, é uma pirâmide regular de base quadrada, com 137m de
altura. Cada face dessa pirâmide é um triângulo isósceles cuja
altura relativa à base mede 179m.
Área do fuso
A área da base dessa pirâmide, em m2, é:
Note que, quanto maior for o ângulo, maior será o fuso correspondente; a
área do fuso é diretamente proporcional a α. a) 13.272 b) 26.544 c) 39.816
Assim, podemos estabelecer as seguintes regras de três simples: d) 53.088 e) 79.432
Para α em graus: Para α em radianos 04. O diâmetro da base de um reservatório cilíndrico mede 2
360° ––––––– 4πr2 2πrad ––––– 4πr2 metros. Sabendo-se que sua altura mede 60 centímetros, sua
α° ––––––– Afuso α rad ––––– Afuso
capacidade aproximada, em litros, é de
↓ ↓
πr2a a) 1.884 b) 1.970 c) 2.764
Afuso = ––––– Afuso = 2r2α d) 3.140 e) 3.810
90
Cunha Esférica 05. A terra retirada na escavação de uma piscina semicircular de
6m de raio e 1,25m de profundidade foi amontoada, na forma
de um cone circular reto, sobre uma superfície horizontal plana.
Admita que a geratriz do cone faça um ângulo de 60° com a
Se um semicírculo com o diâmetro num vertical e que a terra retirada tenha volume 20% maior do que o
eixo gira a graus (0° < α ≤ 360°) em torno volume da piscina.
do eixo, ele gera um sólido que é chamado Nessas condições, a altura do cone, em metros, é de
cunha esférica. a) 2,0 b) 2,8 c) 3,0
d) 3,8 e) 4,0

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O ângulo A do triângulo BCA será igual ao da incli-


nação da reta, pois, pelo Teorema de Tales, duas
Matemática retas paralelas cortadas por uma transversal,
desde que essa não seja perpendicular às para-
Professor CLÍCIO Freire lelas, e os seus ângulos colaterais corresponden-
tes serão iguais.
Aula 66 Levando em consideração o triângulo BCA e que o coeficiente angular é igual
à tangente do ângulo de inclinação, teremos:
Ponto e reta cateto oposto
tg α = –––––––––––––––
cateto adjacente
1. Estudo do ponto
yB – yA
Distância entre dois pontos no plano tg α = –––––––––
xB – xA
Portanto o cálculo do coeficiente angular de uma reta pode ser feito pela
razão da diferença entre dois pontos pertencentes a ela.
Δy
m = tgα = ––––
Δx

Fórmula para calcular a distância entre dois pontos


Aplicações
01. Qual é o coeficiente angular da reta que passa pelos pontos A (-1,3) e B
Alinhamento entre pontos (-2,3)?
Δy 3–3 0
Três pontos não alinhados em um plano cartesiano formam um triângulo de m = –––– = –––––– = ––– = 0
Δx –2+1 –1
vértices A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC). A sua área poderá ser calculada da m=0
seguinte forma: 02. O coeficiente angular da reta que passa pelos pontos A (2,6) e B (4,14) é:
Δy 14 – 6 8
m = –––– = –––––– = ––– = 4
Δx 4–2 2
A = 1/2 . |D|, ou seja, |D| / 2, considerando
m=4
03. O coeficiente angular da reta que passa pelos pontos A (8,1) e B (8,6) é:
Δy 6–1 7
m = –––– = –––––– = ––– = ?
Δx 8–8
Portanto m (coeficiente angular) não irá existir.
Para que exista a área do triângulo, esse determinante deverá ser diferente Equação geral da reta
de zero. Caso seja igual a zero, os três pontos, que eram os vértices do Para formar a equação geral da reta, é preciso levar em consideração as
triângulo, só poderão estar alinhados. seguintes condições:
Portanto podemos concluir que três pontos distintos A(xA, yA), B(xB, yB) e • Condição de existência de uma reta, que diz que, para construir uma reta,
C(xC, yC) estarão alinhados se o determinante correspondente a eles basta conhecer apenas dois pontos pertencentes a ela.
• Condição de alinhamento de três pontos que diz: três pontos pertencentes
for igual a zero.
a uma reta A(xA, yA), B(xB, yB) mais um ponto genérico da reta C(xC,yC)

Exemplo: serão colineares se o seu determinante for igual a zero. .


Verifique se os pontos A(0,5), B(1,3) e C(2,1) são ou não colineares (são
alinhados).
O determinante referente a esses pontos é . Para que sejam colineares, Seguimos essas condições e consideramos os pontos distintos A(xA, yA), B(xB, yB)
pertencentes a reta t e C (xC,yC) como sendo um ponto genérico (qualquer) da
reta. Uma das formas de demonstrarmos a equação geral da reta é a seguinte:
o valor desse determinante deve ser igual a zero.

= 10+1–6–5 = 9–6–5 = 5–5 = 0

Portanto os pontos A, B e C estão alinhados. xA yB + yA xC + xB yC – xC yB – xA yC – yA xB


Baricentro do Triângulo yB xC – xC yB + xB yC – xA yC – yA xB + xA yB = 0
O ponto de encontro das três medianas de um triângulo qualquer é chamado yA – yB xB – x A xAyB – yAxB
xC(–––––––) + yC(–––––––––) + –––––––––– =0
de baricentro ou centro de gravidade do triângulo. O baricentro divide cada a b c
mediana em dois segmentos, de modo que aquele que tem como a xC + b yC + c = 0
extremidades um vértice, e o baricentro é o dobro daquele que tem como Dessa forma, conclui-se que toda reta no plano cartesiano pode ser repre-
extremidades o baricentro e o ponto médio do lado do triângulo. sentada na forma ax + by + c = 0, conhecida como equação geral da reta,
O baricentro de um triângulo qualquer de vértices A( xa, ya), B (xb, yb) e C sendo (x,y) um ponto genérico a essa reta.
(xc, yc) tem coordenadas: Exemplo: Dados os pontos A (–1,3) e B (2,-4), escreva a equação geral da
xA + xB + xC reta que passa por esses pontos.
xG= –––––––––––––
3
yA + yB + yC ⇒ 4 + 3x + 2y + 4x + y – 6 = 0
yG= ––––––––––––– 7x + 3y – 2 = 0
3
2. Estudo da reta Equação da reta, dados um ponto P(x0,y0) e o coeficiente angular mr.
Sabemos que o coeficiente angular de uma reta é a tangente do seu ângulo Com um ponto e um ângulo, podemos indicar e construir uma reta. E, se a
de inclinação. Por meio dessa informação, podemos encontrar uma forma reta formada não for vertical (reta vertical é perpendicular ao eixo Ox) com o
prática para obter o valor do coeficiente angular de uma reta sem precisar ponto pertencente a ela mais o seu coeficiente angular (tangente do ângulo
fazer uso da tangente. de inclinação), é possível determinar a equação fundamental da reta.
É importante lembrar que só será possível encon- Consideremos uma reta r, o ponto C(x0, y0) pertencente à reta, seu
trar o coeficiente angular de uma reta não-vertical, coeficiente angular m e outro ponto D(x,y) genérico diferente de C. Com dois
pois não é possível calcular a tangente de 90°. pontos pertencentes à reta r, podemos calcular o seu coeficiente angular.
Para representarmos uma reta não-vertical em um
plano cartesiano, é preciso ter, no mínimo, dois
pontos pertencentes a ela. Desse modo, conside- m = y – y0
re uma reta s que passa pelos pontos A(xA, yA) e x – x0
B(xB, yB) e possui um ângulo de inclinação com o m (x – x0) = y – y0
eixo Ox igual a α.
Prolongando a semirreta que passa pelo ponto A e é paralela ao eixo Ox, Portanto a equação fundamental da reta será determinada pela seguinte
formaremos um triângulo retângulo no ponto C. equação: y – y0 = m (x – x0)

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03. O valor de y, para qual e distância do ponto A (1, 0) ao ponto B


Aplicações (5, y) seja 5, é:
01. Encontre a equação fundamental da reta r que possui o ponto A (0,–3/2) a) ±3 b) ±4 c) 3
e coeficiente angular igual a m = –2. d) 2 e) –1
y – y0 = m (x – x0)
04. Os pontos pertencentes ao eixo das abcissas que distam 13
y – (–3/2) = –2(x – 0)
y + 3/2 = –2x
unidades do ponto A (–2, 5 ) têm abscissas cuja soma é:
2x – y – 3/2 = 0 a) 4 b) –4 c) 24
02. Obtenha uma equação para a reta representada abaixo: d) 14 e) –12
Para determinarmos a equação fundamental da reta,
precisamos de um ponto e do valor do coeficiente 05. O ponto do eixo das ordenadas equidistantes dos pontos A(1, 2)
angular. O ponto foi fornecido (5,2); o coeficiente e B (–2, 3) tem ordenadas igual a :
angular é a tangente do ângulo α. a) 4 b) –4 c) 3
d) 5 e) –5

Iremos obter o valor de a com a diferença 06. A soma das coordenadas do ponto da reta suporte das
180° – 135° = 45°, então α = 45° e a tg 45° = 1. bissetrizes dos quadrantes ímpares equidistantes dos ponto A
y – y0 = m (x – x0) (1, 2) e B (–2, 3) é:
y – 2 = 1 (x – 5)
a) 4 b) –4 c) –10
y–2=x–5
–x + y + 3 = 0 d) 10 e) 0
Distância entre ponto e reta 07. O ponto distinto da origem pertencente à reta suporte das
O ponto e a reta são consideradas figuras geométricas distintas e, para medir bissetrizes dos quadrantes ímpares que forma com os pontos
a distância entre elas, quando representadas no plano cartesiano, é preciso (0, 4) e (3, 0) um triângulo retângulo tem a soma das coordena-
traçar o menor segmento de reta que una as duas. das igual a:
a) 0 b) 7 c) 7/2
Para calcular essa distância, é possível fazer uma rela-
ção com as coordenadas do ponto e com a equação d) 14 e) 5
geral da reta. Essa relação nos permite chegar à 08. O perímetro do triângulo ABC, conforme os dados A (–1, 1), B
seguinte fórmula:
(4, 13) e C (–1, 13) é:
a) 30 b) 15 c) 17
Para: d) 25 e) 22
d = distância entre duas retas.
a, b, c = coeficientes da equação geral da reta. 09. O valor real de x para que o triângulo formado pelos pontos A
x0 e y0 = coordenadas do ponto. (–1, 1), B (2, 5) e C (x, 2) seja retângulo em B é:
a) 3 b) 4 c) 5
Aplicações d) 6 e) –4
01. Calcule a distância entre o ponto (–1, –3) e a reta de equação geral igual 10. ( CESCEA–SP ) O ponto do eixo Ox equidistante dos pontos (0,
a: x–2y = 0. –1) e (4, 3) é:
a) (–1, 0) b) (1, 0) c) (2, 0)
d) (3, 0) e) (8, 0)

11. (PUC–SP ) Sendo A (3, 1) B (4, –4) e C (–2, 2) vértices de um


triângulo, então esse triângulo é:
a) retângulo e não isósceles
02. Calcule o comprimento da altura (h) do triângulo cujos vértices são os b) retângulo e isósceles
pontos A (2,-1), B (3,2) e C (4,0). Considerando a base do triângulo o c) equilátero
segmento de reta AC. d) isósceles e não retângulo
e) escaleno e não retângulo
Encontramos a equação da reta AC:
0 – (–1) 0+1 1 12. (UEPG–PR) Para que as retas 2.x + m.y – 10 = O e m.x + 8.y +
mAC = ––––––– = ––––– = –––
4–2 2 2 5 = 0 sejam paralelas, o valor de m deve ser:
Aplicando esse coeficiente angular na equação a) 4 b) –4 c) 4 ou –4
fundamental da reta e considerando um dos
d) –1 e) n.d.a.
pontos, temos:
13. (CEFET) A reta 7.x – y + 7 = 0 determina um segmento sobre
y – y0 = m (x – x0) os eixos coordenados. Qual a mediatriz desse segmento?
y – 0 = 1/2 (x – 4)
a) x + y – 25 = 0 b) 7y + x = 0 c) x + 7y – 24 = 0
y = 1/2x – 2
d) 7x + y + 7 = 0 e) x + 7 y = 0
x – 2y – 4 = 0
x y
Agora a altura do triângulo equivale a calcular a distância da reta x– 14. (CESCEA) As retas ––+y=1 e x+––=1
2y – 4 = 0 ao ponto B (3,2). m p
|3 – 4 – 4| são paralelas se:
d = –––––––––– a) p + m = 0 b) m = –p c) p = m
d) p/m = 1 e) p.m = 1
d=
15. (PUC–SP) As retas (m–2)x+3y–1=0 e x+my+2=0 são
paralelas, somente se:
Exercícios propostos
a) m= 3 b) m= –1 c) m= 1
01. A distância do ponto A (–1, 2) ao ponto B (2, 6) é: d) m= 2 e) m= 3 ou m= –1
a) 3 b) 4 c) 5
16. (UEPG–PR) A equação da mediatriz do segmento cujas
d) 6 e)
extremidades são as intersecções da reta x–3y–6=0 com os
02. A distância do ponto A (a, a) ao ponto B (6a, 13a) é: eixos coordenados é:
a) 10 b) 13 c) 12 a a) 3x – y – 8 = 0 b) 3x – y + 8 = 0 c) 3x + y + 8 = 0
d) 13a e) 17a d) 3x + y – 8 = 0 e) n.d.a.

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Quando dois ou mais corpos, a temperaturas diferentes, são colocados no

Física interior de um recipiente termicamente isolado, eles trocam calor entre si, até
atingem o equilíbrio térmico. A soma das quantidades de calor trocado é
zero.
Professor JULIO CEZAR
ΣΔQe + ΣΔQr = 0
O calorímetro participa das trocas de calor, embora na maioria dos casos
Aula 67
essas participação seja pouco acentuada. No entanto, quando o calorímetro
Calorimetria: absorve uma quantidade de calor considerável, devemos levar em conta a
Estudo das trocas e transmissão do calor sua capacidade térmica C, expressão pela relação entre o calor absorvido
Δt).
Q e a variação de temperatura Δt que ele sofre (C=Q/Δ
Dobrando repetidamente de um lado para o outro um pedaço de arame ou
qualquer outro metal, verifica-se que a região dobrada fica mais quente. Isso
acontece porque a energia mecânica relacionada com o movimento das Aplicação
mãos foi transformada em energia térmica. O gráfico mostra as quantidades de calor recebidas por dois corpos A e B em
No século XIX, graças às pesquisas do físico inglês James Prescott Joule função da temperatura.
(1818–1889), do físico alemão Rudolf Clausius (1822–1888) e de lorde Kelvin,
a) Determine a capacidade térmica
uma teoria moderna sobre o calor foi formulada: calor é a energia
de cada substância.
transferida de um corpo para outro em consequência da diferença de
b)Sabendo que as massas dos
temperatura entre eles.
corpos são iguais a 100g, deter-
Calor sensível e Calor Latente mine o calor específico de cada
Um corpo, ao receber ou ceder calor, pode sofrer dois efeitos diferentes: corpo.
variação de temperatura ou mudança de fase.
A quantidade de calor recebida ou cedida por um corpo, ao sofrer uma Resolução:
variação de temperatura sem que haja mudança de fase, é denominada calor a) Analisando o gráfico, podemos
sensível. verificar que:
Se o corpo sofrer apenas uma mudança de fase, sem haver variação de
temperatura (permanece constante), o calor é chamado latente.
Capacidade térmica de um corpo
Colocados sobre a chama de um fogão, em qual aumenta primeiro a
temperatura em 1°C: 1L de leite ou 2L de leite? Qual esfria primeiro?

Mudança de fase
Para uma mesma substância pura podemos distinguir três estados físicos ou
Da simples observação, sabemos que 1L aquece primeiro e também esfria fases: sólido, líquido e gasoso.
primeiro. Quando, a pressão constante, uma substância recebe ou cede calor sem
ΔQ1: quantidade de calor recebida por 1L de leite. que varie sua temperatura, dizemos que está ocorrendo o fenômeno da
ΔQ2:quantidade de calor recebida por 2L de leite. mudança de fase.
ΔQ2>Δ ΔQ1 Na transformação do gelo em água, por exemplo, verifica-se que, embora a
Da mesma maneira, sabemos que, para elevar em 1°C a temperatura de 1kg substância esteja recebendo calor, sua temperatura não varia enquanto não
de chumbo, é necessária uma quantidade de calor maior que para elevar em se completa a mudança de fase.
1°C a temperatura de 10g do mesmo material. Essa temperatura invariável denominamos temperatura de mudança de
Esses exemplos permitem concluir que corpos diferentes necessitam de estado. A quantidade de calor necessária para que a unidade de massa de
diferentes quantidades de calor para elevar sua temperatura em 1°C. Essa uma substância mude de fase é chamada calor latente (L).
quantidade de calor é denominada capacidade térmica de um corpo. Sua Há seis mudanças de fase possíveis: fusão, ebulição, condensação,
expressão matemática é: solidificação, sublimação e ressublimação.
ΔQ Na fusão, ao atingir determinada temperatura, as moléculas do sólido se
C= –––– agitam mais intensamente e rompem essa estrutura, passando a apresentar o
Δt
ΔQ: quantidade de calor e Δt: correspondente variação de temperatura. movimento característico dos líquidos.
No SI a unidade da capacidade térmica é J/K (joule por Kelvin. É comum utilizar O aquecimento do líquido faz que suas moléculas se movimentem ainda mais,
também cal/°C. até que, no ponto de ebulição, elas perdem a coesão e ganham o espaço na
forma de vapor. A ebulição é a passagem turbulenta do estado líquido para o
Calor específico dos materiais gasoso; quando essa passagem se dá à temperatura ambiente, é chamada
Qual será a razão de, na praia, durante o verão, sentirmos a areia mais quente evaporação.
que a água do mar? No estado gasoso, a substância transforma-se em líquido num processo
As diferentes sensações térmicas que temos de corpos em um mesmo am- inverso: cedendo calor até atingir a temperatura necessária à mudança de
biente, recebendo a mesma quantidade de calor, num mesmo intervalo de fase, suas moléculas diminuem de movimento até que a substância sofre um
tempo, são explicadas pelas natureza de cada material. condensação, transformando-se em líquido.
Isso significa que, para elevar em 1°C a temperatura de 1g, cada material O resfriamento do líquido diminui ainda mais o movimento de suas
necessita de uma quantidade diferente de calor, definida como calor espe- moléculas, até que elas se agrupam, ocorrendo a solidificação
cifico do material. A sublimação é a passagem direta do estado sólido para o gasoso.
Podemos dizer que o calor específico corresponde à capacidade térmica por A passagem direta da fase gasosa para a sólida se dá pela ressublimação,
unidade de massa: no caso do resfriamento do vapor de iodo (conseguido apenas em
C ΔQ ΔQ laboratório).
c = –––– . Como C = –––– , vem: c = ––––– ⇒ ΔQ = m.c.Δt
m Δt mΔt O quadro a seguir resume essas mudanças de fase:
A unidade usual de calor especifico é cal/g.°C (caloria por grama por grau
Celsius). No SI, sua unidade é J/Kg . K (joule por quilograma por Kelvin).
Princípio da Igualdade das Trocas de Calor
Dois corpos de temperatura diferentes trocam calor entre si quando colocados
em contato. Por exemplo, se você tocar uma vidraça, pode passar calor da sua
mão para ela; sua mão, portanto, esfria porque perdeu calor e consequen-
temente teve a temperatura diminuída. Por outro lado, a parte da vidraça que
você tocou recebeu calor e consequentemente sua temperatura aumentou.
Calor latente
De acordo com o Princípio da Conservação de Energia, num sistema
termicamente isolado, a quantidade de calor trocada entre os corpos é tal Para haver mudança de fase, cada grama da substância necessita de certa
que a soma da quantidade de calor (Δ ΔQ) recebida com a quantidade de quantidade de calor, que, como vimos, é o calor latente. Assim, 1g de gelo à
calor cedida é nula. pressão de 1atm, por exemplo, precisa de 80cal para passar ao estado
líquido: se fornecermos 800cal a uma barra de gelo a 0°C, 1g de alumínio,
Calorímetro
são necessárias 93cal.
Para medir a quantidade de calor recebida ou cedida por uma substância, Podemos expressar o calor latente da seguinte forma:
podemos usar um aparelho chamado calorímetro, que tem a propriedade de
L= ΔQ/m ⇒ ΔQ = mL
não efetuar trocas de calor com o ambiente.

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No SI, sua unidade é J/kg (joule por quilograma), mas, na prática, é comum o L = 2,0mm = 2,0 . 10–3m; t1 = 20°C; t2 = 18°C
uso da unidade cal/g. A.(t2 – t1) 5,0 (20 – 18)
A temperatura de mudança de fase depende da pressão a que a substância Φ = K ––––––––––– = (0,84) –––––––––––– = 4200
está submetida. No caso da fusão (0°C) e da ebulição (100°C) da água, essa e 2,0.10–3
pressão é 1atm. Q
Φ = K ––– = 4200J/s=4200W
Δt
Aplicação Portanto, a cada segundo, passa pela vidraça uma quantidade de calor
Q = 4200J.
Sabendo que cgelo = 0,5cal/g . °C; cágua = 1,0cal/g . °C; Lgelo = 80cal/g,
determine a quantidade de calor necessária para que 50g de gelo, a –10°C, TRANSMISSÃO DE CALOR POR CONVECÇÃO
resultem em água numa temperatura de 80°C. Os líquidos e os gases não bons condutores de calor. No entanto eles podem
Resolução: transmitir calor de modo significativo por um outro processo: a convecção. Esse
Podemos dividir em três etapas o processo de transferência de calor para a processo consiste na movimentação de partes do fluido dentro do próprio fluido.
substância: Consideremos, por exemplo, uma vasilha conten-
1.a – ΔQ1 quantidade de calor necessária de transferência de calor para a do água a uma temperatura inicial superior a 4°C
substância:
(sob pressão normal). Sabemos que, acima de
(calor sensível ⇒ Δt ≠ 0; ΔQ1= ΔQ1 – 0
4°C, a água expande-se ao ser aquecida. Coloque-
2.a – ΔQ2: fluxo de calor que prova mudança de fase (calor latente ⇒ Δt = 0;
ΔQ2= ΔQ2 – ΔQ1) mos, então, essa vasilha sobre uma chama (fig. 3).
3.a – ΔQ3: calor necessário para elevar a 80ºC a temperatura da substância A parte de baixo da água, ao ser aquecida, sofrerá
(calor sensível ⇒ Δt ≠ 0; ΔQ3= ΔQ3 – ΔQ2) expansão, terá sua densidade diminuída e, assim,
Essas etapas podem ser representadas num diagrama de temperatura X de acordo com o Princípio de Arquimedes, subirá.
quantidade de calor fornecida: A parte superior, mais fria e mais densa, descerá.
Formam-se, então, as correntes de convecção, Fig. 3
Portanto a quantidade de calor total é: uma ascendente e outra descendente.
ΔQ = ΔQ1 + ΔQ2 + ΔQ3 ⇒
⇒ ΔQ = mgcgΔtg + mL + macaΔta TRANSMISSÃO DE CALOR POR IRRADIAÇÃO
⇒ ΔQ = 50.0,5(0 + 10)+ 50.80 + 50.1 (80 No estudo da Eletricidade, vimos que partículas que possuem carga elétrica
– 0) (como, por exemplo, os elétrons) ao oscilarem produzem “algo” não-material
⇒ ΔQ = 8250cal que se propaga pelo espaço e é chamado onda eletromagnética (ou
radiação eletromagnética).
Todos os corpos emitem ondas eletromagnéticas cujas características e
TRANSMISSÃO DE CALOR
intensidade dependem do grau de aquecimento do corpo. Isso é chamado
A propagação do calor efetua-se por três modos diferentes: condução, con- de irradiação.
vecção e irradiação. Quando um conjunto de ondas eletromagnéticas incide em um corpo (fig. 4),
Para os três modos de propagação, definimos a grandeza fluxo de calor (Φ). uma parte delas pode ser refletida, outra pode ser transmitida e outra, ainda,
Seja S uma superfície localizada na região onde ocorre a propagação de pode ser absorvida, transformando-se em novas formas de energia, como,
calor. O fluxo de calor (Φ) através da superfície S é dado pela relação entre a por exemplo, a energia térmica. É desse modo que recebemos o calor do Sol.
quantidade de calor Q que atravessa a superfície e o intervalo de tempo Δt É assim, também, que recebemos o calor de um ferro elétrico ou de uma
decorrido. Φ = Q/Δt lâmpada incandescente. Se pusermos, por exemplo, a mão ao lado de um
ferro elétrico ligado, nossa mão aquecerá. Como o ar é mau condutor e ar
aquecido deve subir, o calor que recebemos veio principalmente por
irradiação, e não por condução ou por convecção.
As unidades usuais de fluxo de calor são
cal/s e kal/s. Como é energia, podemos As superfícies metálicas polidas refletem praticamente
também usar a unidade watt (W), que todas as ondas eletromagnéticas incidentes. Os
corresponde ao joule por segundo (J/s). corpos negros absorvem; a maior parte os corpos
brancos reflete a maior parte das ondas incidentes.
Por isso, recomenda-se que, no verão, não usemos
CONDUÇÃO
roupas pretas, pois ela absorverão muita radiação,
É o processo de transmissão de calor pelo qual a energia passa de molécula aquecendo-se mais que as roupas brancas.
para molécula sem que elas sejam deslocadas.
Quando uma fonte térmica emite calor, fazemos a distinção entre calor lu-
Exemplo: Aquecendo-se a extremidade de uma barra metálica, as moléculas
passam a vibrar com maior intensidade, transmitindo essa energia adicional minoso e calor obscuro. O calor luminoso é o que vem acompanhado de luz
às moléculas mais próximas, que também passam a vibrar mais inten- (sol, lâmpadas incandescentes), enquanto o calor obscuro não é acom-
samente, e assim sucessivamente até alcançar a outra extremidade. panhado de luz (fomos, ferros de passar).
Nos líquidos e nos gases, a condução térmica é baixa. Por esse motivo é que Quando o calor radiante incide na superfície de um corpo, ele é parcialmen-
os gases são utilizados como isolantes térmicos. te absorvido, parcialmente refletido e parcialmente transmitido. Na figura: Qi
= parcela incidente; Qr = parcela refletida; Qa = parcela absorvida; Qt =
Lei da Condução Térmica
parcela transmitida.
Considere dois ambientes a temperaturas t1 e t2, tais que t2 > t1 , separados Qi = Qa + Qr + Qt
por uma parede de área A e espessura e (figura abaixo)
A experiência mostra que: Para avaliar que proporção do calor incidente sofre os
Em regime estacionário, o fluxo de calor fenômenos de absorção, reflexão e transmissão, defini-
por condução num material homogêneo mos as seguintes grandezas adimensionais.
é diretamente proporcional à área da se-
ção transversal atravessada e à diferença
de temperatura entre os extremos, e Absorvidade Refletividade Transmissividade
inversamente proporcional à espessura da Qa Qr Qt
a = ––––– r = –––– t = ––––
camada considerada. Qi Qi Qi
Somando as três grandezas, obteremos: a + r + t = 1
Esse enunciado é conhecido como lei Fourier, expressa pela equação:
Quando não há transmissão (t=0), o corpo é denominado atérmico (opaco
K.A.(t2 – t1)
Φ = ––––––––––– ao calor). Nesse caso: a + r = 1
e As grandezas a, r e t podem ainda ser denominadas, respectivamente, poder
A constante de proporcionalidade K depende da natureza, sendo denomi- absorvedor, poder refletor e poder transmissor.
nada coeficiente de condutibilidade térmica. Seu valor é elevado para os
bons condutores, como os metais, e baixo para os isolantes térmicos. Por definição, corpo negro é um corpo atérmico ideal que absorve toda a
energia radiante nele incidente. Decorre daí que sua absorvidade é a = 1
(100%) e sua refletividade é nula (r=0). O espelho ideal é um corpo atérmico
Aplicação que reflete totalmente a energia radiante que nele incide, tendo absorvidade
nula (a = 0) e refletividade r= 1 (100%).
Em uma residência, há uma vidraça de área A = 50m2 e espessura e =
2,0mm. Suponhamos que a temperatura, no interior da residência, seja 20°C Corpo negro (a = 1; r = 0)
e no exterior seja 18°C. Supondo que a condutividade térmica do vidro seja Espelho ideal (a = 0; r = 1)
k = 0,84J/s . m . °C, calcule o fluxo de calor através da vidraça.
Resolução:

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Imagem de um objeto extenso

Física
Professor CARLOS JENNINGS
1.° caso – espelho côncavo; objeto
colocado além de C:

Aula 68 Imagem: real, invertida e menor


que o objeto.
Óptica geométrica
Estuda as leis que descrevem o comportamento geométrico da luz nos
2.° caso – espelho côncavo;
fenômenos ópticos.
objeto colocado sobre C:
Reflexão da luz – Fenômeno óptico que ocorre quando a luz, ao incidir em
uma superfície que separa dois meios, volta ao meio original.
Imagem: real, invertida e do
a) Reflexão difusa – Efetua-se em todas as direções, como a reflexão
mesmo tamanho do objeto.
produzida por todos os corpos que não apresentam uma superfície polida
como um espelho (esta página que você está lendo, por exemplo).
b) Reflexão especular – Ocorre quando um feixe incide numa superfície
polida e volta regularmente para o meio original; por exemplo, se o feixe
incidente é paralelo, o refletido também é paralelo. A reflexão especular 3.° caso – espelho côncavo; objeto
permite a formação de imagens. colocado entre F e C:
AS LEIS DA REFLEXÃO
Imagem: real, invertida e maior que
o objeto.
a
1. O raio incidente, a normal à superfície
4.° caso – espelho côncavo;
refletora no ponto de incidência e o raio
objeto colocado sobre F:
refletido pertencem a um mesmo plano.

Neste caso, não haverá forma-


2.a O ângulo de incidência é igual ao ân-
ção de imagem (imagem impró-
gulo de reflexão.
pria).

ESPELHO PLANO
Qualquer superfície lisa e plana que reflita especularmente a luz.
5.° caso – espelho côncavo; objeto
Características da imagem em um espelho plano: colocado entre V e F:

Imagem: virtual, direita e maior.


a) Imagem virtual – Forma-se atrás do
espelho, na interseção dos prolongamen-
6.° caso – espelho convexo:
tos dos raios refletidos.

No espelho convexo, a imagem de


um objeto real é sempre virtual,
direita e menor que o objeto.

b) Imagem de um objeto extenso – Tem o


mesmo tamanho do objeto e é simétrica Equação dos espelhos esféricos (Equação de Gauss)
dele em relação ao espelho: invertem-se 1 1 1
–– = ––– + –––
os lados esquerdo e direito. A distância f di do
da imagem ao espelho é igual à Equação da ampliação (A)
distância do objeto ao espelho. Hi di
––– = –––
Ho do
ESPELHO ESFÉRICO Nas equações acima:
f = distância focal (positiva para espelho côncavo; negativa para convexo);
Foco imagem de um espelho
di = distância da imagem ao vértice (positiva para imagem real; negativa
esférico – É o ponto de
para virtual);
encontro dos raios refletidos
Hi = altura da imagem (positiva para imagem direita; negativa para invertida).
ou de seus prolongamentos.
do = distância do objeto ao vértice;
a) O foco do espelho côncavo Ho = altura do objeto.
é real (espelho convergen-
te); do convexo, virtual (es-
pelho divergente); Aplicação
b) A distância entre o foco e o vértice do espelho é chamada distância focal 01. Um objeto de 4cm é colocado verticalmente sobre o eixo principal de um
(f) – nos espelhos de Gauss, consideramos f = R/2, onde R é o raio de espelho côncavo, a 60cm do vértice. O raio do espelho mede 40cm. Calcule
curvatura. a natureza e a posição da imagem fornecida pelo espelho.
Raios fundamentais: Solução:

1. Todo raio paralelo ao eixo principal de um a) Pela Equação de Gauss:


Ho = 4cm; do = 60cm; f = R/2 = 40/2 = 20cm
espelho esférico reflete-se passando pelo 1 1 1 1 1 1 1 1 1
foco. –– = ––– + ––– ∴ ––– = ––– + ––– ∴ –– = ––– – –––
2. Todo raio que passa pelo centro de f do di 20 60 di di 20 60
curvatura reflete-se sobre si mesmo. 1 2
––– = ––– ∴di =30cm . Como di é positiva, a imagem é real.
3. Todo raio que passa pelo foco reflete-se di 60
paralelamente ao eixo principal.
b) Para determinar o tamanho da imagem, aplicamos a expressão da
4. Todo raio que atinge o vértice, formando
ampliação:
certo ângulo com o eixo principal, reflete- Hi di Hi 30
se formando ângulo igual. ––– = – ––– ∴ ––– = – ––– ∴ Hi=–2cm
Ho do 4 60
O resultado mostra que a imagem é menor que o objeto e invertida em
relação a ele (Hi negativa).

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Lentes convergentes e divergentes


– Os raios luminosos que incidem nu-
Refração da luz ma lente podem ser desviados, con-
vergindo para o eixo principal ou di-
A velocidade de um raio luminoso muda quando ele passa de um meio para
vergindo dele. Isso depende da for-
outro, sofrendo, em consequência, um desvio na sua direção de propagação.
ma das lentes e do índice de refra-
A esse fenômeno dá-se o nome de refração da luz.
ção do meio onde elas se encontram:
Índice de refração – Caracteriza, do ponto de vista óptico, um meio
transparente e homogêneo. A velocidade da luz em cada meio está associada 1. Se o índice de refração da lente for maior que o do meio em que ela está:
c as de bordas finas são convergentes; as de bordas grossas, divergentes.
ao índice de refração absoluto: n = –––
v 2. Se o índice de refração da lente for menor que o do meio em que ela está:
Na expressão acima, c é a velocidade da luz no vácuo (≅ 300.000km/s), e v as de bordas finas são divergentes; as de bordas grossas, convergentes.
é a velocidade da luz em dado meio. Construção de imagens – De modo semelhante aos espelhos, as lentes
O índice de refração é também chamado de refringência. Diz-se que mais também formam imagens reais ou virtuais de objetos que são colocados
refringente é o meio com maior índice de refração; menos refringente, o meio diante delas. Usaremos, também aqui, os raios principais, que permitem en-
com menor índice de refração. contrar a posição da imagem de um ponto.
Lei de Snell-Descartes 1.° – Um raio luminoso que
Ao incidir na superfície de separação (dióptro plano) incide paralelamente ao eixo
dos meios 1 e 2, parte do feixe de luz é refletida e de uma lente convergente
parte é refratada. refrata-se passando pelo 1.°
O produto do seno do ângulo de incidência pelo va- foco.
lor do índice de refração do meio onde se propaga Um raio luminoso que incide paralelamente ao eixo de uma lente divergente
o raio incidente (n1) é igual ao produto do seno do refrata-se de modo que o seu prolongamento passa pelo 1.° foco.
ângulo de refração pelo índice de refração do meio 2.°– Um raio luminoso que incide em uma lente convergente e cuja direção
onde se propaga o raio refratado (n2). passa pelo 2.° foco, refrata-se paralelamente ao eixo da lente.
n1 . sen i = n2 . sen r
Um raio luminoso que incide
Ângulo-limite (L) – É o ângulo de incidência que corresponde a um ângulo em uma lente divergente, de
de refração de 90°. modo que o seu prolonga-
Sendo o meio 1 mais refringente que o meio 2, ao passar de 1 para 2, um raio mento passe pelo 2.° foco,
luminoso sofre um desvio, afastando-se da normal. À medida que o ângulo refrata-se paralelamente ao
de incidência cresce, o de refração também cresce, mas numa proporção eixo da lente.
maior. Exemplo 1 – O objeto AB da figura encontra-se em frente a uma lente
No esquema abaixo, o ângulo de incidência do raio OC é o ângulo-limite, convergente, cujos focos estão localizados em F1 e F2. A distância do obje-
porque o correspondente ângulo de refração é 90°. to à lente é maior do que o dobro de sua distância focal. Localizar a imagem
Reflexão total – Se um raio do objeto.
de luz incidir na superfície Traçamos, a partir do ponto
de separação de dois meios A, os dois raios principais.
com ângulo maior que o Os raios refratados encon-
ângulo-limite, a superfície tram-se em A’, onde se for-
reflete o raio incidente. Na ma a imagem A’B’ real, inver-
figura acima, o raio OD é to- tida e menor que o objeto.
talmente refletido.
Agora, faça você: desloque o objeto AB para uma posição entre o foco e a
lente e obtenha a imagem A’B’ (ela será virtual, direita e maior que o objeto).
Aplicação
Exemplo 2 – Considere o objeto AB diante de uma lente divergente como na
Determine o ângulo-limite para a água, cujo índice de refração é 4/3. figura. Como será a imagem dele?
Solução: Nesse caso, observe que os
Neste caso, comparamos a água com o ar (nar =1), aplicando a Lei de raios refratados não se cruzam.
Snell-Descartes (lembre-se de que o ângulo de refração é 90o): Seus prolongamentos cortam-
n1. sen i = n2 .sen r se no ponto A’, onde o obser-
nágua . sen L = nar . sen 90° ∴ 4/3 . sen L = 1,1 vador verá a imagem A’B’ vir-
sen L = 3/4 ∴ sen L = 0,5 ∴ L ≅ 50° tual, direita e menor que o obje-
Profundidade aparente - Dado um dióptro (ar-água), um observador no ar e to. Numa lente divergente, a
um ponto objeto P na água, verifica-se que a luz, saindo da água, afasta-se da imagem terá sempre essas
normal. O observador, em vez de enxergar o ponto objeto P, verá a imagem P’. características.
Quando os raios incidem praticamente na Equação de Gauss para lentes esféricas
di n2
vertical, é válida a proporção: ––– = –––– ,
do n1 1 1 1
em que y' é a profundidade aparente; y é a ––– = –––– + ––––
f di do
profundidade real; n2 é o índice de refração Equação da ampliação (A)
do meio onde está o observador; n1 é o Hi di
–––– = – ––––
índice de refração do meio onde está o Ho do
objeto.
Exemplo:
No fundo de um copo de 12cm de altura, completamente cheio de água, há
uma moeda. A que altura um menino, que observa a moeda numa direção
Aplicação
aproximadamente perpendicular, vai vê-la? Dados: nágua = 4/3; nar = 1. 01. Um objeto de 6cm é colocado diante de uma lente convergente, com
Solução: distância focal de 20cm, a 60cm do centro óptico da lente. Determine a na-
y’ nar y’ 1 tureza e a posição da imagem.
––– = ––––– ∴ ––– = ––––– ∴ y= 9cm Solução:
y nágua 12 4/3
a) Ho = 6cm; do = 60cm; f = 20cm
A imagem da moeda é virtual e, embora muitos digam que não, ela tem o 1 1 1 1 1 1
–– = ––– + ––– ∴ –––– = ––– + –––
mesmo tamanho da moeda propriamente dita. f do di 20 60 di
LENTES ESFÉRICAS 1 1 1 3–1
––– = ––– – –––– = ––––– ∴di =30cm
di 20 60 60
Classificação das lentes delgadas – A denominação das lentes de bordas b) Pela ampliação:
finas termina sempre com a palavra convexa; das de bordas grossas, com a Hi di H 30
–––– = – –––– ∴ –––i = – ––– ∴ Hi =–3cm
palavra côncava. Ho do 6 60
Os resultados mostram que a imagem é real, invertida e colocada a 30cm do
centro óptico da lente.

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femininos. A união deles formará o zigoto, que se desenvolve na parede do

Biologia estômago do mosquito e origina o oocisto. Dentro do oocisto, por divisão


múltipla, formam-se esporozoítos, que migram para as glândulas salivares do
Professor JONAS Zaranza inseto.
O intervalo entre as febres identifica a espécie do protozoário. Existem três
tipos:
Aula 69 Plasmodium vivax: malária terçã benigna com febre a cada dois dias.
Plasmodium malariae: malária quartã benigna com febre a cada três dias.
Parasitologia Plasmodium falciparum: malária terçã maligna com febre a cada um ou dois
Protozooses dias.
O tratamento é à base de quinino, que destrói os protozoários que estão no
Os protozoários parasitas causam diversas doenças, as protozooses.
sangue, mas não aqueles que estão no fígado. Desse modo, a pessoa pode
Leishmaniose voltar a ter a doença.
A leishmaniose, úlcera de Bauru ou leishmaniose tegumentar sul-americana A prevenção em áreas atingidas é feita com o uso de quinino; combate ao
é uma doença causada pelo flagelado Leishmania brasiliensis. A transmissão mosquito, destruindo criadouros como lagoas e poças d’água; proteção das
é feita pela picada da fêmea do mosquito-palha ou mosquito birigui, infectada casas com telas e uso de mosquiteiros sobre as camas.
com a L. Brasliensis. No sangue, o protozoário instala-se na pele e nas
mucosas do nariz, da orelha ou da boca e causa úlceras. A prevenção é feita
por vacinas e pelo combate ao transmissor.
Giardíase
O flagelado Giardia lamblia instala-se no intestino delgado do ser humano,
provocando fortes cólicas, diarreia e vômitos, doença conhecida como giar-
díase.
A transmissão ocorre por meio das fezes com cistos de G. Lamblia. Ao serem
liberadas no ambiente, podem contaminar alimentos e águas, transmitindo a
doença a outras pessoas.
Doença de Chagas
Platelmintos
A tripanosomíase ou doença de
Os platelmintos podem ter vida livre ou ser parasitas. Aqueles que têm vida livre
Chagas é causada pelo flagelado
habitam solos úmidos ou ambientes aquáticos marinhos ou de água doce.
Trypanosoma cruzi. O T. Cruzi está
As tênias parasitam animais, inclusive o ser humano, provocando a teníase.
presente em animais como tatus,
Os esquistossomos provocam a esquistossomose. A Fasciola hepatica
morcegos, gambás e raposas, cha-
parasita carneiros.
mados reservatórios naturais. O bar-
bero (Triatoma infestans), inseto que Teníase
vive em frestas de casas de pau-a- A teníase pode ser causada pela
pique, paióis, chiqueiros, ao picar um Taenia solium ou Taenia saginat.
desses animais, aloja o T. Cruzi no Uma pessoa contaminada, ao defe-
intestino. car, elimina no ambiente, com as
Ao picar uma pessoa enquanto dor- fezes, ovos de tênia. Esses ovos po-
me, o barbeiro elimina o protozoário dem ser ingeridos por porcos ou por
Representação do ciclo da doença de Chagas
com as fezes. Ao coçar o lugar, a gado, e chegar ao intestino. Os ovos
pessoa permite a entrada do T. Cruzi (pelo ferimento e ele alcança o sangue. rompem-se e liberam a oncosfera que
No corpo humano, os protozoários podem parasitar o coração, o intestino perfura o intestino, atinge a corrente-
grosso e o esôfago. Como consequência, esses órgãos tornam-se dilatados. sanguínea e aloja-se nos músculos,
No caso do coração, a pessoa pode morrer, repentinamente. evoluindo para um cisto, o cisticerco.
Não há vacinas ou remédios eficazes contra essa doença. A prevenção é feita O tecido muscular onde está o cisti-
com a erradicação do barbeiro, caiação de chiqueiros, paiós, estábulos, cerco forma uma reação inflamatória
Esquema do ciclo de vida da Täenia solium
melhoria das condições habitacionais, proteção de janelas e portas com telas granular, conhecida popularmente
e o uso de mosquiteiros sobre as camas. como canjiquinha.
Amebíase ou disenteria amebiana Se uma pessoa ingerir essa carne crua ou malpassada, será contaminada. O
cisticerco, ao chegar ao duodeno, inverte-se, libera o escólex e fixa-se no
A Entamoeba histolytica é um tipo de ameba parasita e causa a amebíase ou
intestino delgado. Em dois meses, a tênia começa a eliminar proglótides
disenteria amebiana.
grávidas.
A doença ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados com
cistos da E histolytica. No intestino, os cistos se rompem e liberam o pro- Cisticercose
tozoário, que se multiplica e passa a parasitar as células e os vasos intes- A cisticercose ocorre quando o ser humano ingere ovos de T. Solium, dire-
tinais, englobando hemácias, causando cólicas e diarreia sanguinolenta. A tamente de água ou de hortaliças contaminadas. Pode também ser adquirida
perda de sangue provoca anemia e fraqueza. por reinfestação, isto é, quando o ser humano ingere ovos eliminados pela
A prevenção é feita lavando bem os alimentos e as mãos antes das refeições, tênia presente em seu intestino.
ingerindo água tratada ou fervida e defecando em locais próprios. Os ovos rompem-se e evoluem para cisticercos. Quando o cisticerco se aloja
Malária no cérebro, pode causar dores de cabeça, convulsões e até a morte. Nesse
caso, a doença chama-se neurocisticercose.
A malária ou maleita é provocada por esporozoários do gênero Plasmodium e
Ambas as tênias causam teníase. A cisticercose é mais comumente provo-
transmitida pela fêmea do mosquito do gênero Anopheles, conhecido como
cada pela T. Solium.
mosquito prego. Ao sugar o sangue de uma pessoa, o mosquito injeta a saliva
e, com ela, os protozoários, na forma de esporozoítos. No fígado, os Hospedeiros
esporozoítos adquirem uma uma forma arredondada, os trofozoítos. Daí mi- Hospedeiros são organismos nos quais os parasitas se desenvolvem.
gram, novamente, para o sangue e penetram nas hemácias, onde se repro- Eles são hospedeiros intermediários (HI) quando o parasita neles se
duzem por divisão múltipla, dando origem aos merozoítos. As hemácias desenvolve até a forma de larva, ou hospedeiros definitivos (HD) quando a
rompem-se, liberando os merozoítos e substâncias tóxicas. O rompimento larva neles encontra ambiente favorável para desenvolver-se até a fase adulta.
das hemácias é acompanhado de mal-estar e febre alta. Na teníase, porco e boi são hospedeiros intermediários, e o ser humano é o
No interior das hemácias, alguns merozoítos formam gametócitos mascu- hospedeiro definitivo. Na cisticercose, o ser humano assume o lugar de
linos ou femininos. Ao picar uma pessoa doente, o mosquito ingere esses hospedeiro intermediário.
gametócitos, que, no estômago, transformam-se em gametas masculinos e

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Para prevenir teníase e cisticercose, é fundamental educação sanitária, orien- Vermes adultos podem ser eliminados nas fezes ou durante acessos de tosse
tando as pessoas para que eliminem fezes em locais próprios, bebam água ou vômitos.
tratada, lavem bem as hortaliças antes de comê-las, não se alimentem de A ascaridíase causa fraqueza, dores de cabeça, cólicas abdominais intensas
carnes cruas ou malpassadas e lavem as mãos antes das refeições. e diarreia. Podem ocorrer complicações como perfuração intestinal pelo
O tratamento é feito com remédios denominados vermífugos. verme e o chamado bolo de áscaris, em que dezenas de vermes impedem a
Esquistossomose ou barriga d’água passagem das fezes.
A prevenção é a medida mais eficaz: eliminar fezes em locais adequados,
A esquistossomose ou barriga d’água é causada pelo Schistosoma mansoni.
lavar bem os alimentos, beber água tratada ou fervida e lavar as mãos antes
Uma pessoa contaminada, ao defecar, elimina ovos de esquistossomo. Es-
das refeições. O tratamento é feito com vermífugos.
ses ovos são carregados para lagoas de águas calmas ou paradas. Nessas
águas, transformam-se em larvas ciliadas, os miracídios, que permanecem Ancilostomíase
na água até penetrarem em caramujos dos gêneros Biomphalaria ou Mais conhecida como amarelão ou
Australorbis. opilação, a ancilostomíase é causa-
No caramujo, os miracídios fazem reprodução assexuada, formando larvas da pelo Ancylostoma duodenale.
ciliadas, as cercárias. Quando o caramujo morre, as cercárias são liberadas O animal fixa-se e desenvolve-se no
na água. intestino delgado do ser humano e
Lagoas de coceira e ascite alimenta-se de hemácias. O hospe-
deiro fica fraco e com cor amarela-
As lagoas que contêm cercá-
da, daí o nome da doença.
rias são conhecidas como
Os ovos fertilizados são eliminados
lagoas de coceira, pois, ao
com as fezes e, no ambiente, libe-
penetrar na pele, as larvas
ram larvas. As larvas entram através
causam reação alérgica com
da pele, chegam ao sangue e vão
intensa coceira.
aos pulmões, à faringe e, finalmente,
Na esquistossomose há au-
ao intestino.
mento do fígado e do baço
obstruindo, parcialmente, a Esquema do ciclo de vida do Ancylostoma duodeale
passagem do sangue. Essa A prevenção é feita ao eliminar fezes em locais adequados e usar calçados.
obstrução aumenta a pressão O tratamento é feito com vermífugos.
no interior das veias e faz o Oxiuríase
sangue procurar um trajeto
O Enterobius vermicularis parasita o intestino grosso, causando oxiuríase,
alternativo. O resultado é um
oxiurose ou enterobiose, inflamação com intenso prurido na região do ânus.
grande aumento das veias
Ovos de oxiúros, presentes em água e em hortaliças contaminadas, quando
superficiais e o extravasamen-
ingeridos pelo ser humano, eclodem no intestino delgado, liberando larvas.
to de plasma para dentro do
Essas migram para o intestino grosso e tornam-se adultas. As fêmeas fecun-
abdome. Daí o nome ascite Esquema do ciclo de vida do Schistosoma mansoni.
dadas dirigem-se para a região anal, onde colocam ovos, que são eliminados
ou barriga d’água.
com as fezes.
Se alguém ingerir essa água contaminada ou banhar-se nela, as cercárias
A prevenção é feita ao eliminar fezes em locais adequados e manter limpas
irão penetrar pela pele e alojar-se em veias próximas ao fígado, onde irão
e aparadas as unhas. O tratamento é feito com vermífugos.
originar adultos.
Após a cópula, a fêmea coloca os ovos na parede externa do intestino gros- Elefantíase
so. Os ovos perfuram o intestino, atingem seu interior e são eliminados com A elefantíase ou filariose é uma doença causada pela Wuchereria bancroti,
as fezes. que vive no interior do mosquito Culex pipiens.
Na esquistossomose, o caramujo é o hospedeiro intermediário, e o ser hu- O ser humano picado pelo mosquito desenvolve a doença. O verme adulto,
mano é o hospedeiro definitivo. em forma de linha, parasita os vasos linfáticos, obstruindo-os. Com isso, há
Nematódeos intenso inchaço, e o membro ou órgão parasitado torna-se enorme, daí o
nome elefantíase.
Os nematódeos têm corpo cilíndrico, alongado, com extremidades afiladas e
Medidas de prevenção: combate ao mosquito e uso de telas e mosquiteiros
simetria bilateral. Alguns são microscópicos, e outros têm mais de um metro
em regiões onde a doença é comum. Não existe tratamento eficaz.
de comprimento. O corpo é revestido por epiderme e, externamente a ela,
por uma cutícula resistente.
São triblásticos, protostômios e pseudocelomados: a mesoderme reveste Exércicios propostos
parcialmente a cavidade do corpo. Nessa cavidade estão os órgãos e o
01. (PUC-SP) O doente que apresenta cisticercose:
líquido pseudocelômico.
Filo nematoda: animais com o corpo cilíndrico, como o Ascaris lumbricoides. a) foi picado por Triatoma.
b) nadou em água com caramujo contaminado.
Ascaridíase c) andou descalço em terras contaminadas.
A ascaridíase é causada pelo ás- d) comeu carne de porco ou de vaca com larvas de tênia.
caris (Ascaris lumbricoides), ne- e) ingeriu ovos de tênia.
matódeo conhecido popularmen-
02. (CESGRANRIO) A elefantíase ou filariose é uma parasitose co-
te como lombriga. Instala-se no
mum na Região Amazônica. Sua profilaxia pode ser feita por
intestino delgado e reproduz-se. A
meio do combate ao inseto vetor e do isolamento e tratamento
fêmea coloca até 200 mil ovos por
das pessoas doentes. O agente causador e o hospedeiro inter-
dia, e esses são eliminados nas
mediário dessa parasitose são, respectivamente:
fezes do hospedeiro.
No ambiente, esses ovos contami- a) Ascaris lumbricoides e um mosquito de gênero Culex.
nam frutas, verduras, legumes e a b) Wuchereria bancrofti e um mosquito do gênero Culex.
água. Ao serem ingeridos, c) Wuchereria bancrofti e o caramujo.
chegam ao intestino delgado, d) Schistosoma mansoni e a filária.
abrem-se e liberam larvas que e) Ancylostoma duodenale e a filária.
migram pela mucosa intestinal até
os vasos sanguíneos. Na corrente sanguínea, chegam ao fígado, ao coração
e, depois, aos pulmões. Nos pulmões, provocam uma reação alérgica, com
tosse e dificuldade respiratória. Perfuram os alvéolos, chegam aos bron-
quíolos, aos brônquios e à laringe. Da laringe, passam à faringe, são deglu-
tidas e voltam ao intestino onde evoluem até a fase adulta.

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3. Tireoide

Biologia Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre


as cartilagens da laringe e da traqueia. Seus dois
Professor GUALTER Beltrão hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4),
aumentam a velocidade dos processos de oxida-
Aula 70 ção e de liberação de energia nas células do cor-
po, elevando a taxa metabólica e a geração de
Sistema hormonal ou indócrino calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a
síntese de proteínas, estando relacionados ao
As unidades morfológicas do sistema endócrino são as glândulas endócri- crescimento, à maturação e ao desenvolvimento.
nas. Elas produzem secreções chamadas hormônios, considerados as A calcitonina, outro hormônio secretado pela
unidades funcionais do sistema endócrino. Os hormônios são transportados tireoide, participa do controle da concentração
pela corrente sanguínea e atuam em órgãos-alvo, inibindo-os ou esti- sanguínea de cálcio, inibindo a remoção do cál-
mulando-os. cio dos ossos e a saída dele para o plasma san- Indivíduo com alteração da
No corpo dos animais, existem outros tipos de glândulas denominadas exó- tireoide chamada exofitalmia.
guíneo, estimulando sua incorporação pelos
crinas e mistas. As exócrinas possuem dutos que conduzem a secreção ossos.
para o exterior da glândula. As secreções que produzem não são hormônios. Além desses órgãos, existem outros que também sintetizam hormônios,
Exemplo: as sudoríparas, dos mamíferos, e as digestórias, dos vertebrados. atuando secundariamente como órgãos endócrinos. É o caso do estômago
A mista está representada pelo pâncreas, pois possui uma parte endócrina e e do intestino, que secretam cerca de oito hormônios, incluindo a gastrina e
outra exócrina. a secretina. O coração também produz hormônios que atuam no controle
O sistema endócrino difere funcionalmente do sistema nervoso pela rapidez dos níveis de sódio e de água no organismo.
da resposta: enquanto um impulso nervoso pode percorrer o corpo em mi- A tabela a seguir resume algumas das principais funções dos hormônios
lésimos de segundo, o hormônio pode levar segundos ou até minutos para para a espécie humana.
atingir o órgão-alvo.
Apesar dessas diferenças anatômicas e funcionais entre esses sistemas, veri-
ficou-se que alguns neurônios podem produzir hormônios denominados
neurossecreções. Alguns neurônios do hipotálamo dos mamíferos, por
exemplo, produzem neurossecreções que ficam acumuladas no lobo poste-
rior da hipófise (neuro-hipófise).
Frequentemente, o sistema nervoso interage com o endócrino, formando me-
canismos reguladores bastante precisos.
Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-endócrinos, alguns hormônios,
denominados trópicos, atuam sobre outras glândulas endócrinas. Os
principais hormônios trópicos dos vertebrados são produzidos pela hipófise.
São eles:
• tireoideotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina tireoide;
• adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula endócrina
adrenal (ou suprarrenal).
• gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas.
1. Hipófise ou pituitária
Situa-se na base do encéfalo, em uma cavi-
dade do osso esfenoide chamada tela
túrcica. Nos seres humanos, tem o tamanho
aproximado de um grão de ervilha e possui
duas partes: o lobo anterior (ou adeno-
hipófise) e o lobo posterior (ou neuro-
hipófise).

Glândulas humanas produtoras de


hormônios.
2. Hipotálamo
Localizado no cérebro diretamente acima
da hipófise, é conhecido por exercer con-
trole sobre ela por meio de conexões neu-
rais e substâncias semelhantes a hor-
mônios chamadas fatores desencadea-
dores (ou de liberação), o meio pelo qual
o sistema nervoso controla o comporta-
mento sexual via sistema endócrino.
O hipotálamo estimula a glândula pitui-
tária a liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), que atuam sobre as
gônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais na corrente
sanguínea. Na mulher, a glândula-alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário;
no homem, são os testículos. Os hormônios gonadais são detectados pela
pituitária e pelo hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônio pituitário,
por feed-back.
Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e está
subordinada, por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o sistema
endócrino é subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o mediador entre
esses dois sistemas.

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De acordo com o esquema e com os seus conhecimentos, é


correto afirmar, EXCETO:
a) Estímulo e inibição atuam coordenadamente, opondo-se a grandes
variações na concentração plasmática de tiroxina em indivíduos
normais.
b) Tiroxina pode atuar como hormônio que contribui para nos adaptar-
mos ao frio.
c) A redução nos níveis de TSH é sempre indicadora de hipotireoidismo.
d) A carência nutricional de iodo pode determinar a redução na
produção de tiroxina e o aumento de volume da tireoide.

02. (UFRS) Os hormônios participam da regulação de várias


funções fisiológicas, como a ativação metabólica e a regulação
da temperatura. O hormônio que modula esses processos é
produzido pela:
a) tireoide b) hipófise; c) suprarrenal;
d) paratireoide; e) amígdala.

03. Quando nos encontramos em situação de alarme (pânico, susto


e raiva), quase que imediatamente o coração começa a bater
mais rápido, empalidecemos, pela diminuição da circulação
periférica, e a frequência respiratória aumenta. Essas são
algumas alterações fisiológicas que ocorrem quando o
organismo produz uma maior quantidade de:
a) Adrenalina. b) Estradiol. c) Cortisona.
d) Tiroxina. e) Progesterona

04. (Ufpe) O equilíbrio hídrico no corpo humano depende dos


hormônios:
a) testosterona e tiroxina;
b) glucágon e timosina;
c) ADH (antidiurético) e aldosterona;
d) paratormônio e calcitonina;
e) calcitonina e antidiurético.

05. (Ufes) A hipófise produz e secreta uma série de hormônios que


têm ação em órgãos distintos, sendo, portanto, considerada a
mais importante glândula do sistema endócrino humano.
A respeito dos hormônios hipofisários, é CORRETO afirmar que
a) o FSH, produzido na hipófise anterior, facilita o crescimento dos
folículos ovarianos e aumenta a motilidade das trompas uterinas du-
rante a fecundação.
b) a vasopressina, secretada pelo lobo posterior da hipófise, é
responsável pela reabsorção de água nos túbulos renais.
c) o hormônio adenocorticotrópico (ACTH) é um esteroide secretado
pela adeno-hipófise e exerce efeito inibitório sobre o córtex adrenal.
d) o comportamento maternal e a recomposição do endométrio, após o
parto, ocorrem sob a influência do hormônio prolactina.
e) o hormônio luteinizante atua sobre o ovário e determina aumento nos
níveis do hormônio folículo estimulante (FSH) após a ovulação.

06. (Cesgranrio) A incrementação nutricional dos alimentos teve


início em 1924, quando, nos EUA, o iodato de potássio foi adi-
cionado ao sal de cozinha numa tentativa de inibir o bócio.
Estudos científicos revelam que a carência de iodo na dieta
produz uma hipofunção glandular que acarreta desordens meta-
bólicas importantes, pois deixam de ser produzidos hormônios
fundamentais na homeostase e no metabolismo celular em ge-
ral.
Assinale a opção que relaciona corretamente os hormônios e a
respectiva glândula que pode sofrer disfunção se houver ca-
rência de iodo.
a) Hormônio tireotrófico e adrenocorticotrófico – hipófise.
Exercícios b) Hormônio tireotrófico e do crescimento – hipófise.
01. (PUC–MG) O esquema a seguir representa um processo de c) Tiroxina e calcitonina – tireoide
regulação endócrina por fatores internos e externos ao organismo. d) Triiodotironina e tiroxina – tireoide.
e) Triiodotironina e calcitonina – tireoide

07. (PUC–MG) A remoção de um tumor no pescoço de um paciente


provocou hipofunção da glândula tireoide. Dentre os sintomas
decorrentes dessa hipofunção, podemos encontrar, EXCETO:
a) Emagrecimento
b) Cansaço (letargia)
c) Edema de pele
d) Redução do metabolismo basal
e) Retardamento do desenvolvimento físico e mental

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Calendário 2009 Momento gramatical


Aulas de 01 à 40

Sempre com hífen


A seguir, prefixos que sempre provocam hífen.
além- (prefixo latino = além de, para além de).
além-atlântico além-mar
além-eras além-mundo
aquém- (prefixo latino antônimo de além-).
aquém-fronteira(s) aquém-oceano
aquém-mar aquém-pireneus
bem- (prefixo de origem latina = vantajosamente, excelentemente, con-
venientemente; felizmente, prosperamente). O normal é aparecer com
hífen, principalmente quando a pronúncia o exige.
COM HÍFEN SEM HÍFEN
bem-afirmação bendição
bem-acabado bendicionário
bem-aceito bendito
bem-amado bendizente
bem-apanhado bendizer
ex- (prefixo latino = que deixou de ser algo).
ex-amigo ex-marido
ex-deputado ex-noiva
para- (antepositivo que provém do verbo “parar” = proteger, resguardar,
aparar). O normal é parecer com hífen. Exceção: paraquedas, paraque-
dismo, paraquedista.
COM HÍFEN
para-brisa(s)
para-choque
para-estilhaços
pós- (prefixo latino = atrás de; depois de; após; em segundo lugar; em
seguida; pouco depois; posposição).
pós-abdômen
pós-adolescência
pós-casamento
pré- (prefixo latino = anterioridade). O normal é que o prefixo pré-
provoque hífen, mas, por força do uso, muitas palavras perderam-no.
COM HÍFEN
pré-ajustar pré-gravar
pré-adaptar pré-história
pré-aviso pré-imaginar
SEM HÍFEN:
preanunciar predispor
preaquecimento preencher
precantar preexistir
precogitar prefigurar
pró- (prefixo latino = a favor de).
pró-americano
pró-britânico
pró-germânico
recém- (elemento latino de composição = recentemente, ocorrido há
pouco).
recém-achado
recém-morto
recém-nascido
sem- (prefixo de origem latina = privação, exclusão, negação). O normal
é parecer com hífen. Os compostos formados a partir de sem- são
invariáveis: os sem-teto, os sem-terra, os sem-cultura.
Sem-amor (que não é amado por ninguém).
Sem-cerimônia (liberdade nos gestos, nas ações; naturalidade).
Sem-dinheiro (pobre, miserável).
Sem-justiça (ato contrário à justiça).
Sem-lar (indivíduo que não tem lar).
Sem-nome (que não tem nome; anônimo).
sota(o)- (prefixo de origem latina = debaixo, subordinação,
inferioridade, subposição).
sota-almirante
sota-capitão
sota-general
vice-/vizo- (elemento latino de composição = que substitui).
vice-almirante
vice-campeão
vice-comandante

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