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1 Departamento de Serviço Abstract This article focuses on key elements contributing to the public social policy debate,
Social, Universidade
specifically from the perspective of promoting distributive justice. The reference is the Family
Federal Fluminense.
Travessa Washington Luiz Health Program in Brazil and its relation to recent changes in national health policy and the lit-
317, São Gonçalo, RJ erature on the issues of equity and social justice. This concern is due to recent changes in social
24210-020, Brasil.
interventions by the Brazilian state, where targeting assumes a central place in the reform
marcossenna@uol.com.br
process. Specifically concerning health policy, the issue of equity has gained visibility, linked to
the discussion on the profile of health expenditures. One of the central aspects in this context lies
in the debate between notions such as the regressive and inequitable nature of targeted measures
and programs, on the one hand, and the expanded perspective of access by what have tradition-
ally been socially excluded sectors, on the other. The debate between such perspectives highlights
the controversies concerning the effectiveness of health measures, equity, and the distributive
concept of social justice, with the latter as the central discussion in this study.
Key words Health Policy; Equity; Social Justice; Family Health
Resumo Este artigo busca trazer alguns elementos para o debate acerca das políticas públicas
de corte social, no que tange à perspectiva de promoção de justiça distributiva. Toma por refe-
rência o Programa Saúde da Família (PSF), articulando as recentes alterações na política nacio-
nal de saúde com a literatura que trata as questões de eqüidade e justiça social. Tal interesse se
justifica em virtude das recentes inflexões no padrão de intervenção do Estado brasileiro na área
social, onde a focalização assume um lugar central na agenda das reformas. No campo da políti-
ca de saúde em especial, o tema da eqüidade ganha visibilidade articulada à discussão em torno
do perfil dos gastos no setor. Um dos aspectos centrais neste contexto reside no debate que polari-
za, de um lado, noções como o caráter regressivo e iníquo de ações e programas focais e, de outro
lado, a perspectiva ampliação de acesso de setores sociais tradicionalmente excluídos. O debate
entre estas perspectivas traz para discussão as polêmicas em torno da efetividade das ações de
saúde, da eqüidade e da concepção distributiva de justiça social, sendo esta a discussão central
deste trabalho.
Palavras-chave Política de Saúde; Eqüidade; Justiça Social; Saúde da Família
profunda crise fiscal que atravessa os Welfare ram identificados como sinônimos de demo-
States e a quebra dos laços de solidariedade so- cratização.
cial erguidos ao longo do século XX fornecem, Ainda para Draibe, um segundo ciclo de re-
ao lado de outros aspectos, as condições pro- formas ganha corpo a partir da segunda meta-
pícias para a revisão do papel do Estado, espe- de dos anos 90, pautado pela complexa agenda
cialmente no que diz respeito a seu padrão de de estabilização, reformas institucionais e con-
intervenção social, onde a eqüidade se confi- solidação democrática. Uma série de medidas e
gura como um dos eixos centrais. inovações institucionais são implantadas, bus-
Na América Latina, o perfil da política so- cando conciliar, de um lado, as exigências de
cial sofre uma profunda inflexão a partir da in- adequação do padrão do gasto social aos obje-
trodução do plano de ajuste estrutural da eco- tivos macroeconômicos e, de outro, a promoção
nomia e de reforma do Estado, com a adoção de maior eqüidade e justiça social. Assim, é sob
da perspectiva de racionalização do gasto pú- um contexto de crise da capacidade fiscal e re-
blico (Diniz, 1997). Entre as teses mais difundi- gulatória do Estado que se destacam medidas
das está a que associa os altos níveis de infla- de racionalização dos gastos governamentais,
ção, a falta de crescimento econômico e a ine- visando melhor desempenho dos programas
ficiência e ineficácia das ações estatais ao au- sociais e maior eficiência e eficácia das ações.
mento desenfreado dos gastos públicos. Neste Dentro desse quadro, ganha força a pers-
contexto, uma das características mais mar- pectiva de que mais do que a insuficiência de
cantes do processo é a tensa conciliação dos recursos, o que caracteriza a ação governamen-
objetivos macroeconômicos de estabilização tal no Brasil é a má distribuição dos recursos
com propostas de reformas sociais voltadas pa- existentes, que acabam não atingindo os gru-
ra a melhoria da eficiência e da eqüidade. pos sociais mais vulneráveis. Ao se considerar
No que pesem os condicionantes mais am- o montante do gasto social brasileiro, compa-
plos, decorrentes da dinâmica do contexto in- rativamente a outros países, observa-se que o
ternacional, não se pode afirmar que as recen- mesmo não é insuficiente mas ineficiente (Ro-
tes mudanças introduzidas no padrão de rela- cha, 2001). Ao mesmo tempo, verifica-se que
ção Estado/sociedade no Brasil sejam um me- são os segmentos menos pobres dentre os po-
ro reflexo da nova ordem mundial. Como res- bres, sobretudo aqueles com maior poder de
salta Diniz (1997), além da dimensão externa, é vocalização, os que proporcionalmente mais se
preciso considerar os fatores internos, relacio- apropriam dos serviços e benefícios sociais
nados ao esgotamento simultâneo do modelo prestados (Ramos, 2000). Nessa direção, a foca-
de desenvolvimento vigente no país até fins lização das políticas sociais nos grupos mais
dos anos 70, de seus parâmetros ideológicos e vulneráveis é defendida como forma de pro-
do tipo de intervenção estatal responsável por mover o acesso desses setores aos programas e
sua implementação, dentro de um quadro mais serviços sociais.
geral de reestruturação da ordem política. Embora haja um relativo consenso quanto
Assim, nos anos 80, num contexto de transi- ao diagnóstico da ineficiência e ineficácia dos
ção democrática, reforçam-se expectativas de gastos públicos, os temas da eqüidade e da fo-
formatação de uma nova institucionalidade pa- calização têm suscitado forte polêmica. De um
ra as políticas sociais, com vistas ao resgate da lado, situam-se posições que associam a focali-
imensa dívida social acumulada em décadas de zação à perspectiva de restrição de direitos a
exclusão e à ampliação dos direitos sociais. Nas partir da instauração de um cardápio mínimo
palavras de Draibe (1997), tratava-se de fazer de ações a serem desenvolvidas pelo Estado,
com que a democracia política pudesse se fazer apenas para a população mais pobre. De outro
acompanhar de sua base indispensável: a de- lado, encontram-se algumas análises que sa-
mocracia social fundada em maior eqüidade. lientam a possibilidade de a focalização se cons-
Na avaliação dessa autora (Draibe, 1999), a tituir numa alternativa atraente para fazer face
agenda reformista dos anos 80, no entanto, es- ao quadro de extrema pobreza e desigualdades
barrou nas mesmas contradições e indefinições sociais no Brasil, à medida que estabelece prio-
do movimento político em que se inscreveu, ridades de acesso dos segmentos mais vulnerá-
ainda que mudanças significativas tenham si- veis aos programas sociais.
do introduzidas, das quais se destacam a valo- Em termos gerais, é possível afirmar que o
rização do princípio do direito social e a ten- debate em torno da focalização das políticas
dência à universalização do acesso dos progra- sociais está extremamente relacionado à análi-
mas sociais. No plano institucional, a descen- se dos diferentes critérios adotados na aloca-
tralização, a transparência dos processos deci- ção de recursos e na seleção dos beneficiários.
sórios e a ampliação da participação social fo- Lindblom (1980) chama a atenção para que,
embora essas escolhas sejam subsidiadas por No debate contemporâneo, é forte a idéia de
informações de ordem técnica, elas devem ser que a desigualdade é algo desejável. A questão
compreendidas enquanto decisões políticas, chave parece residir na perspectiva de que re-
como resposta a distintos interesses dos diver- sultados eqüitativos pressupõem redistribui-
sos atores sociais presentes na arena decisória. ções desiguais de recursos, produzidas por
Na mesma direção, Elster (1992) considera ajustes efetuados em função dos fatores acima
o importante papel que possuem os atores so- mencionados, determinantes das desigualda-
ciais ao influenciar a seleção de procedimen- des existentes. Aqui, torna-se necessário dis-
tos e critérios específicos para alocação de re- tinguir diferença de diversidade. Enquanto a
cursos escassos. Ao mesmo tempo, este autor diversidade é determinada por fatores alheios
chama a atenção para o contexto na qual tais à vontade humana ou resultado das vontades
decisões são tomadas, identificando que os cri- individuais, aquilo que é considerado social-
térios e mecanismos adotados em situações de mente injusto envolve questões éticas, morais
escolhas trágicas diferem sistematicamente da- e políticas, referindo-se a diferenças indesejá-
quelas usadas em escolhas não trágicas. veis e, portanto, passíveis de intervenção atra-
Tais escolhas encontram-se mesmo na base vés das políticas dos diversos setores, inclusive
da definição do conceito de política social. San- o de saúde (Almeida et al., 1999). Nesse contex-
tos (1989:37) propõe chamar de política social to, a focalização assume o sentido de ação afir-
a “toda política que ordene escolhas trágicas se- mativa ou discriminação positiva, como pro-
gundo um princípio de justiça consistente e coe- posto por Rawls (1997), a partir da instauração
rente”. No entanto, este mesmo autor salienta de uma seletividade dos potenciais beneficiá-
que à medida que o estabelecimento de princí- rios da política, de forma a ampliar o acesso
pios absolutos é incompatível com a idéia de econômico, social e cultural dos segmentos so-
democracia e que existem diferentes e até mes- ciais que realmente precisam.
mo divergentes princípios de justiça social, re-
sulta ser impossível a escolha de um princípio
de justiça consistente e coerente, sendo essa a Eqüidade e saúde: reflexões
trágica condição da política social. Nessa pers- em torno de uma política
pectiva, a formulação de critérios para dese-
nhar ou avaliar políticas sociais é, no dizer do No campo da saúde, a conceituação de eqüida-
autor, um “permanente experimento com o im- de tem sido objeto de amplo debate, engloban-
previsível” (Santos, 1989:51). do várias dimensões e estimulando a discussão
O que se quer aqui salientar é a complexi- sobre sua operacionalização, seja para a busca
dade do tema da eqüidade, ainda mais profun- dos determinantes das desigualdades em saú-
da frente a um quadro social marcado pelos ní- de, seja para formulação de políticas e priori-
veis de desigualdades sociais como no caso bra- dades a serem implementadas com vistas tan-
sileiro. O tratamento dessas desigualdades im- to à diminuição do impacto dos diferenciais
põe, na ótica da justiça social, a definição técni- sociais na saúde, como para a elaboração de
ca e política de prioridades com base nos valo- instrumentos e indicadores para o monitora-
res que regem as sociedades, envolvendo a de- mento dos processos de reforma dos sistemas
finição de quanto será distribuído e para quem de saúde (Almeida et al., 1999).
será distribuído. Assim, menos do que um pro- Em linhas gerais, pode-se dizer que a litera-
blema de escassez de recursos, o conceito de tura sobre o tema tem apontado que o termo
justiça social envolve a maneira segundo a qual eqüidade refere-se a diferenças que são desne-
benefícios e encargos, ganhos e perdas são dis- cessárias e evitáveis, além de consideradas in-
tribuídos entre os membros de uma sociedade, justas (Whitehead, 1992). O termo iniqüidades
como resultado do funcionamento de suas ins- em saúde assume, assim, uma dimensão ética
tituições (Figueiredo, 1997). e moral. Nessa perspectiva, se determinadas
Em termos gerais, pode-se dizer que as abor- diferenças individuais ou grupais, sobretudo as
dagens contemporâneas em torno do tema da decorrentes de variações biológicas naturais,
justiça social (Rawls, 1997; Sen, 1997; Walzer, não devem ser tomadas como iniqüidades, no
1983), no que pesem suas divergências, cen- sentido acima abordado, há um certo consen-
tram-se na valorização da noção de eqüidade so de que são desnecessárias e injustas aquelas
como igualdade no alcance de objetivos finais, diferenças em saúde determinadas por exposi-
bem como no reconhecimento explícito de fa- ção a condições de vida e trabalho estressantes
tores determinantes das diferenças existentes e doentias; acesso inadequado a serviços pú-
na sociedade, que dizem respeito a aspectos blicos essenciais, entre eles os de saúde; com-
biológicos, sociais e político-organizacionais. portamentos que podem causar danos à saúde
da que seu impacto tenha se diferenciado nas gulamentações ministeriais, que acabaram for-
diversas políticas setoriais. talecendo o caráter focalizador da proposta ao
No caso da saúde, pode-se dizer que as prin- privilegiar o número de equipes implantadas e
cipais medidas reformistas nessa época cen- não o aumento da cobertura, como previsto ini-
tram-se basicamente nos seguintes aspectos cialmente. Apesar disso, a definição das áreas
(Draibe, 1999): prioritárias pelo nível local pode contribuir
a) diversificação das fontes e critérios de trans- enormemente para a o estabelecimento de
ferência de recursos; prioridades e de princípios de justiça local, tal
b) aceleração do processo de descentralização como pensado por Elster (1992), promovendo
setorial; uma discriminação positiva a favor dos grupos
c) focalização das ações básicas e da popula- mais vulneráveis da população.
ção carente; Por outro lado, é preciso considerar que os
d) reorganização do aparato regulador do Es- municípios brasileiros têm sua tradição políti-
tado. ca assenta sobre o clientelismo e o paternalis-
Nesse contexto, o PSF integra uma conjun- mo, podendo, dessa maneira, contribuir para
to de medidas de reorganização da atenção bá- que o PSF se configure muito mais em um me-
sica na perspectiva, conforme apontam os do- canismo de barganha política envolvendo pre-
cumentos do MS, de se constituir uma das es- feitos, vereadores e a população do que um ins-
tratégias de reorientação do modelo de aten- trumento de promoção da eqüidade. De fato,
ção à saúde da população no âmbito do SUS análises sobre o processo recente de descen-
(MS, 1998). A adoção do PSF parte do reconhe- tralização das políticas sociais no Brasil, têm
cimento de que as iniciativas de introdução de ressaltado características dos níveis locais as
mudanças substantivas no setor saúde, a partir mais diversas, que vão desde a capacidade eco-
da implantação do SUS, apesar de seus avan- nômica, grau de desenvolvimento e perfil de
ços, têm resultados pouco perceptíveis na es- distribuição de renda até competência técnica,
truturação dos serviços de saúde, exatamente capacidade de governança e capital cívico, en-
por não promover alterações significativas no tre outros fatores. Somente estudos empíricos
modelo assistencial. Assim, para o MS, o pro- que se debrucem sobre o nível local, podem efe-
grama pressupõe muito mais uma inversão do tivamente contribuir para o conhecimento dos
modelo de atenção à saúde do que uma sim- critérios (e interesses) envolvidos na imple-
ples mudança, configurando uma importante mentação do programa e do tipo de focaliza-
inovação programática. ção que está sendo realizado pelo mesmo.
O PSF tem como marco uma reunião entre Quanto ao desenho do PSF, tem-se que, em
técnicos do MS e os secretários municipais, em linhas gerais, cada equipe é formada por um
dezembro de 1993, congregando atores das vá- médico generalista, dois auxiliares de enferma-
rias regiões do país, de forma a romper com o gem e seis agentes comunitários de saúde, de-
confinamento das experiências de agentes co- vendo cobrir cerca de 4.500 habitantes e refe-
munitários e saúde da família às regiões Norte renciar-se a uma unidade básica de saúde, que
e Nordeste. Pode-se dizer que o Programa de assegura o acesso do paciente na rede do SUS.
Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e suas A unidade de saúde da família trabalha com
experiências exitosas, sobretudo no Estado do uma definição de território de abrangência, e
Ceará, constituem as plataformas para implan- cada equipe é responsável por uma área de re-
tação do PSF no país. Assim, em 1994, mas com sidências de 600 a 1.000 famílias, variação que
expressão nacional somente em 1995, surge o leva em conta as diversidades regionais. Para
PSF enquanto instrumento de reorganização Draibe (1999), a adscrição territorial da clien-
do SUS, sendo definida sua implantação em tela, juntamente com a opção pela unidade fa-
áreas de risco, de acordo com o Mapa da Fome miliar, constituem-se duas das principais ino-
(Viana & Dal Poz, 1998). vações do PSF que se não representam um
O estímulo financeiro do MS para implan- avanço do SUS, são pelo menos uma correção
tação do PSF, segundo a parcela variável do Pi- de suas insuficiências.
so de Atenção Básica (MS, 1996) tem, desde As estratégias de visita domiciliar e de bus-
1998, efetivamente contribuído para a expan- ca ativa, aliadas ao acompanhamento das fa-
são do programa em todo o país, o que remete mílias das áreas de abrangência, vêm de en-
à definição quanto ao estabelecimento de prio- contro à necessidade apontada por Vasconce-
ridades e critérios das áreas para implantação los (1999), de apoio intensivo a famílias viven-
do projeto para o nível local. Todavia, para Al- do em situações de crise que colocam em risco
meida et al. (1999), a implementação deste me- a vida de seus membros. Para este autor, os re-
canismo foi acompanhada de uma série de re- centes estudos sobre a família brasileira têm
Agradecimentos
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