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1.

Campainhas

1.1. Motor magnético


A parte principal de uma campainha convencional é um eletromagneto.Ele é
uma bobina de fio, geralmente envolvido em uma peça de metal magnético.

Os eletromagnetos funcionam com base em um princípio muito simples.


Transmitir corrente elétrica através do fio cria um campo magnético muito
pequeno ao seu redor. Enrolar o fio amplia esse campo magnético, já que ele
tem um efeito substancial em quaisquer objetos magnéticos à sua volta.
Assim como o campo magnético em volta de um magneto permanente, o
campo magnético de um eletromagneto tem uma orientação polar, ou seja,
uma extremidade "norte" e uma extremidade "sul", e é atraído por objetos de
ferro.
Ao pressionar o botão de uma campainha, ele encerra um circuito elétrico para
que a corrente interna flua através do(s) eletromagneto(s) por meio de um
transformador.

O transformador é um dispositivo simples que pega a corrente interna de 120


volts e a reduz para uma corrente de 10. Em seguida, essa corrente é
transferida para o fio do eletromagneto.
O campo magnético do eletromagneto funciona para acionar algum tipo de
aparato sonoro. Há muitos modos diferentes de configurar os componentes da
campainha para produzir diferentes tipos de ruídos. Os três sistemas mais
comuns são: a cigarra, a sineta e o repique.

1.2. Cigarra e sineta


Como vimos na seção anterior, um eletromagneto consiste em um único
comprimento de fio enrolado em uma bobina. Em uma cigarra, o tipo mais
simples de campainha, um eletromagneto é usado para operar um circuito de
interrupção automática. Você pode ver como esse sistema funciona no
diagrama abaixo.
Uma extremidade do fio do eletromagneto é conectada diretamente a uma
extremidade do circuito elétrico. A outra extremidade do fio conecta-se a um
contato de metal, que é adjacente a um suporte de contato de deslocamento.
O suporte de contato é uma fina parte de metal condutor de luz, com uma
barra fina de ferro soldada nele. A extremidade embutida do suporte de contato
é conectada ao circuito elétrico.
Quando o eletromagneto for desligado, a extremidade livre do suporte irá
permanecer contra o ponto de contato. Isso forma uma conexão entre essa
extremidade do fio e o circuito elétrico, ou seja, a eletricidade poderá fluir
através do eletromagneto quando o circuito for encerrado.
Encerrar o circuito da campainha, ao pressionar o botão, coloca o mecanismo
em movimento. No começo, o campo eletromagnético atrai a barra de ferro,
que retira o suporte de contato do contato de metal estacionário. Isso rompe a
conexão entre o circuito e o eletromagneto.

Em seguida, o eletromagneto se desliga. Sem um campo magnético recuando-


o, o suporte de contato retorna à posição contra o contato estacionário. Isso
reestabelece a conexão entre o eletromagneto e o circuito, além da corrente
poder fluir através dele novamente. O campo magnético desloca o suporte de
contato e o processo se repete se você pressionar o botão da cigarra. Dessa
forma, o eletromagneto continua ligando-se e desligando-se.
O ruído da cigarra que você ouve é o som do suporte que se desloca,
rapidamente, encostando-se ao magneto e no contato estacionário várias
vezes por segundo.
Um sistema de sineta funciona exatamente do mesmo modo, com exceção do
suporte de deslocamento, que é conectado a uma chapeleta extensa, que fica
junto à sineta circular. Conforme o suporte desloca-se para frente e para trás, a
chapeleta encosta-se à sineta repetidamente. Esse é o mesmo sistema usado
nos alarmes de incêndios antigos e nos sinais das escolas.

Hoje, a maioria das pessoas não tem cigarras ou sinetas nas casas. O design
padrão das campainhas de hoje faz um som de repique mais suave.

1.3. Dim-dom
Uma campainha de repique usa um tipo específico de eletromagneto chamada
solenóide. Um solenóide é um eletromagneto, cujo fio enrolado circunda um
pistão de metal. O pistão contém um metal, magneticamente condutor, para
que ele possa ser deslocado para frente e para trás pelo campo
eletromagnético.
Nesse design, o pistão do solenóide consiste em um núcleo de ferro instalado
em uma barra de metal não magnética. Onde não houver energia no
eletromagneto, uma mola empurra o pistão para a esquerda e o núcleo de
ferro estende-se para fora da serpentina do fio. Ao acionar o eletromagneto,
pressionando o botão da campainha, o núcleo de ferro é empurrado para o
campo magnético, fazendo com que ele se deslize para o centro do fio
enrolado.
Conforme o núcleo de ferro desliza para a direita, a extremidade do pistão toca
a barra de timbre à direita. A barra de timbre vibra, produzindo uma nota
específica. É o som do "dim".
Se você pressionar o botão da campainha, a corrente irá fluir pelo
eletromagneto e o pistão irá permanecer nessa posição. Mas ao soltar o botão,
a corrente irá interromper o fluxo através do eletromagneto e o campo
magnético entrará em colapso.
A mola retorna o pistão para a esquerda, onde ele encosta-se à barra de
timbre do outro lado. A segunda barra de timbre produz o som "dom".
Você pode criar seqüências de timbre mais elaboradas acrescentando mais
solenóides e barras de timbre. Algumas variações desse design produzem um
padrão de timbre diferente quando alguém toca a campainha posterior do que
quando alguém toca a campainha frontal. Cada botão da campainha encerra
um circuito separado, conectado a solenóides separados no mecanismo da
campainha. No design mais simples, um dos solenóides encosta-se a um
amortecedor em vez da segunda barra de timbre.
Dessa forma, um botão da campainha irá acionar um timbre de "dim-dom" e o
outro botão irá acionar somente um timbre de "dim".

Esta campainha tem dois solenóides, cada um conectado a um


botão de toque diferente. Um solenóide encosta em duas
barras de timbre, enquanto o outro toca em apenas uma.

Nos últimos anos, cada vez mais pessoas instalaram campainhas eletrônicas
nas suas casas. Uma campainha eletrônica não possui eletromagnetos nem
barras de timbre. Em vez disso, ela tem um circuito integrado (IC - integrated
circuit) que registra quando o botão foi pressionado. O IC aciona uma música
ou mensagem gravada digitalmente. Muitas campainhas eletrônicas têm um
sistema de controle sem fio e, portanto, o seu mecanismo não precisa ser
conectado de forma especial.
As campainhas eletrônicas estão ganhando cada vez mais espaço, mas a
maioria das casas ainda usa campainhas convencionais com eletromagnetos.
O design clássico pode até não reproduzir músicas ou mensagens elaboradas,
mas é tão simples e durável que ainda deve ser usada por um bom tempo.

2. Transformadores
2.1. Sobre os transformadores
Normalmente a energia elétrica não é gerada sob a forma e parâmetros
apropriados a uma determinada utilização e, assim sendo, o problema de
alterações nos valores de tensões e correntes apareceu logo nas primeiras
aplicações industriais.
Os aparelhos imaginados para resolver tais problemas são de concepções que
datam de mais de um século. Tais aparelhos recebem a denominação genérica de
transformadores e são melhores conhecidos sob adjetivos que especificam mais
apuradamente suas funções particulares, tais como: elevadores de tensão,
abaixadores de tensão, de isolamento, causadores de impedância, de
acoplamento, de pulso, de saída etc.

2.2. Noções básicas sobre os transformadores


A grande vantagem técnica da corrente alternada em confronto com a corrente
contínua repousa na possibilidade de se obter, a partir da primeira, qualquer
tensão elétrica desejada, quase sem perdas, por meio dos transformadores.
Ordinariamente, no local de utilização, se necessita baixas tensões que não
são perigosas para o organismo humano (é comum o emprego de tensões de
120 volts e 220 volts).Por outro lado, o transporte da energia elétrica desde o
local de sua geração até o de sua utilização, convém que seja efetuado sob
tensões mais altas possíveis (220 000 V ou mesmo 380 000 V). Porém, ao
funcionamento mais econômico das máquinas que produzem a energia
elétrica corresponde uma tensão média de alguns milhares de volts. Portanto,
em toda rede de distribuição existe sempre a necessidade de transformar a
tensão elétrica.

2.3. Constituição de um transformador


Um transformador consiste em um núcleo fechado sobre si mesmo, formado
por lâminas de ferro doce (para diminuir as perdas devidas às correntes de
Foucault), no qual há um enrolamento primário (A) e outro secundário (B),
conforme se ilustra.
Para iniciar, que o enrolamento (B) está aberto, ou seja, por ele não circula
corrente alguma.
Aos terminais do enrolamento (A) seja aplicada uma tensão alternada U1 =
Uo.senw.t que produz no mesmo uma corrente elétrica im (corrente de
imantação). Essa corrente excita no núcleo de ferro um fluxo magnético F =
(FMM)m/Rm = n1.im/Rm , sendo n1 o número de espiras do enrolamento primário
e Rm a relutância do núcleo de ferro. (FMM)m = n1. im é uma força magneto
motriz.
Porém, como im varia com o tempo, o mesmo ocorre com o fluxo F , e o fluxo
variável determina em cada uma das n1 espiras do enrolamento primário uma
força eletromotriz - dF/dt, e no total uma força eletromotriz E = - n1.DF/dt. Se
R1 é a resistência ôhmica do enrolamento primário, teremos U1 + E = R1. im.
Porém, R1 é sempre pequeno e podemos considerar R1 = 0, obtendo-se então
U1 + E = 0 , ou seja, Uo.senw.t = n1.dF/dt ou ainda dF/dt = (Uo/n1).senw.t
Por integração se obtém:
F = - (Uo/w.n1).cosw.t = (Uo/w.n1).sen(w.t - p/2)

O fluxo magnético no núcleo de ferro apresenta, portanto, a mesma forma


senoidal que a tensão primária U1, porém tem sua fase atrasada de p/2 com
relação a tensão. A relação acima, entre o fluxo F e a tensão primária U1 existe
sempre no enrolamento primário, inclusive quando existir corrente no
enrolamento secundário, já que é uma conseqüência necessária da relação
sempre válida U1 + E = 0.
Agora a corrente de imantação im que produz o fluxo F. Posto que F = n1.im/Rm
, resulta que im fica fixada a todo o momento pelo valor de F. Porém, a
relutância Rm depende da resistividade magnética h ou da permeabilidade
magnética m = 1/h do núcleo de ferro, que está sub-metido a uma imantação
cíclica permanentemente.
A permeabilidade, por sua vez, depende (ainda que não de modo unívoco) da
excitação magnética, quer dizer, de im em última instância, de maneira que
Rm é função de im (aliás, de uma forma bem parecida com a lei de Ohm).O
fluxo F atravessa todo o núcleo de ferro e, portanto, passa também através
das n2 espiras do enrolamento secundário; recorde que iniciamos a discussão
considerando um circuito aberto no secundário. O fluxo F, variável com o
tempo, induz nesse enrolamento secundário uma força eletromotriz E2 = -
n2.dF/dt e, portanto, dF/dt = E2/(-n2) que levada à expressão Uo.senw.t =
n1.dF/dt fornecerá:

Uo.senw.t = n1.E2/(-n2) ou, E2 = - (n2/n1).Uo.senw.t = - (n2/n1).U1 = (n2/n1).Uo


sen(wt - p)

Assim, a força eletromotriz induzida no enrolamento secundário (E2), que se


tratando de um enrolamento aberto corresponde integralmente à tensão que
aparece entre seus terminais (U2), é superior ou inferior à tensão primária U1
na relação n2/n1 (relação de transformação), e tem um desenvolvimento
puramente senoidal; sua fase apresenta um atraso igual a p com respeito à
tensão primária.
Quando o enrolamento secundário estiver sendo atravessado por corrente i2
(pense inicialmente numa carga puramente resistiva), está produzirá um fluxo
adicional F2 no núcleo de ferro, que atravessa também o enrolamento
primário; com isso, resultará perturbada a condição de equilíbrio no
enrolamento primário, expressa pela equação U1 + E = 0. Porém, este se
restabelece instantaneamente, porque além da corrente de imantação im , se
origina uma corrente adicional i1 às custas do gerador que alimenta o
enrolamento primário, cuja intensidade é justamente a necessária para a
produção do fluxo F1 que anula exatamente o fluxo F2 de i2. Com carga, a
corrente no primário aumenta!

Assim, independentemente do consumo, no núcleo de ferro existe sempre o


fluxo F determinado exclusivamente pela tensão primária e à existência da
corrente im .
Num dado instante, a potência da corrente secundária vale P2 = E2.i2 = -
(n2/n1).U1.i2 . A potência da corrente i1 (uma parte da corrente primária, pois
ainda há a parcela im) é P1 = U1.i1 = - (n2/n1).U1.i2. Tem-se, pois, P1 = P2 .
A potência fornecida pela parte i1 da corrente no enrolamento primário se
recolhe integralmente no circuito secundário. Se prescindirmos da corrente de
imantação im, um transformador converte uma tensão dada em outra diferente
sem perda de energia.
Se o núcleo de ferro não apresentasse histerese magnética, não teria que
ocorrer uma imantação cíclica no transcurso de um período da corrente
alternada, e, a corrente im corresponderia a uma pura reatância, de modo que,
o valor médio do gasto relativo a um período, seria nulo. Por seu lado, uma
imantação cíclica exige um trabalho proporcional à área do ciclo de histere,
que deve ser efetuado pela corrente i.
Porém, na prática, im é sempre pequena em confronto com i1 que circula pelo
enrolamento primário; isso significa que a potência envolvida com im é apenas
uma pequena fração daquela envolvida no gasto total no primário.
Outras causas de perda de energia são: as ligeiras dispersões de linhas
magnéticas para o ar, nos ângulos do núcleo, onde umas poucas linhas de
campo dos fluxos se fecham através do ar, fora dos enrolamentos primário e
secundário e o fato de que as resistências ôhmicas dos dois enrolamentos não
podem ser consideradas rigorosamente nulas. Todavia, essas perdas de
energia (e algumas outras que não citamos) são muito pequenas e, um bom
transformador deverá funcionar com rendimento próximo de 100%.
A força eletromotriz secundária E2 se deve unicamente ao fluxo variável com o
tempo produzido pela corrente im, a qual é independente da carga. Por causa
disso não é possível fabricar um transformador que trabalhe economicamente
e que seja construído sem ferro (núcleo), ainda que os dois enrolamentos se
disponham tam juntos quanto possível. O fluxo é proporcional à
permeabilidade m e, portanto, im será tanto maior quanto menor for o m. Se
substituirmos o ferro por ar, im se tornará umas m vezes maiores, quer dizer,
umas centenas de vezes mais intensas e já não representará uma fração
insignificante da corrente total; a potência im2. R1 será agora considerável --- o
transformador não resultará econômico.
A vantagem apresentada pelas elevadas tensões para o transporte da energia
elétrica se deduz das seguintes considerações: Seja R a resistência dos
condutores à longa distância e i a intensidade de corrente que circula por eles.
A condução consome uma potência i2.R = DP. Sendo E a força eletromotriz
responsável pela condução, a potência total será P = E.i. Portanto, na
condução desaparece a fração DP/P = R.i/E que resulta inutilizável. Porém,
quanto maior for E, para uma dada potência P = E.i, tanto menor será a
intensidade i. Por conseguinte, a perda relativa diminui quando E aumenta
Introdução
Transformadores:
É um dispositivo capaz de elevar, ou rebaixar uma d.d.p transformando
corrente alternada de baixa tensão em alta tensão e vice e versa. É
constituido, basicamente de um nucleo de substancia facilmente imantavel
(ferro puro) e de duas bobinas, denominada primaria e secundaria. Se o
número de espiras secundarias tem um maior numero que a primaria ela
aumenta a tensão.

Campainhas:
As campainhas são um desses dispositivos de uso diário ao qual não damos
importância. Na superfície, elas não poderiam ser mais simples: você
pressiona um botão, que completa um circuito e que aciona algum tipo de
sonorizador. Em um mundo repleto de computadores, carros e televisores elas
não parecem muito impressionantes.
Mas quando você retira a cobertura e vê o funcionamento, percebe que as
campainhas convencionais são um dos aparelhos mais bacanas que existem,
exatamente devido à sua simplicidade. As campainhas colocam o princípio básico
do eletromagnetismo para funcionar de maneiras notáveis e inovadoras. Neste
artigo, vamos dar uma olhada por dentro de algumas campainhas comuns para
ver esses dispositivos transformarem corrente em alarmes, toques e ruídos.
Uberaba, 12 de junho de 2008

Transformadores
E
Campainhas

Colégio Coliseu Mario Quintana


Uberaba, 12 de junho de 2008

Transformadores
E
Campainhas

Colégio Coliseu Mario Quintana

Nomes: Antonio José Pena Jr. e Pedro Paulo Alves Martins


Serie: 3º Colegial

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