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Quinn et al (1988) relatam que a alma do planeamento nas organizações está na

resposta que se pode dar às questões colocadas por Loabsy (1967): porque é que uma
organização deve olhar para o seu futuro? Porque não esperar até que ele chegue?

Na realidade, a gestão do presente ocorre num ambiente de contínua e rápida mudança,


sendo pois, essencial responder acertada e oportunamente às questões que vão surgindo
de modo a estar prevenido quanto ao futuro.

H. Gonçalves (1991) considera que é cada vez mais indispensável que as organizações
estejam preparadas para responder ao desafio da gestão numa situação de agitação e
dubiedade, garantindo o seu funcionamento de forma a alcançarem os objectivos a que
se propõem. Neste sentido, torna-se inevitável desenvolver processos e aproveitar
recursos e meios que permitam a definição de um quadro de referência do futuro, E isto
não é mais do que planear.

Já Sawyer (1983) refere que todos os gestores planeiam, nem que seja através de um
processo pessoal, intuitivo ou até mesmo subconsciente.

Para Mankin (1984) o planeamento é definido como um processo de toma de decisões


que antecede a acção futura e, como resultado, a gestão decide o que deve, quando deve
e como deve ser feito. O autor encara o planeamento como um processo completo, que
origina objectivos, estratégias, políticas, programas e orçamentos organizacionais e cujo
principal objectivo é conceber comportamentos que levem aos resultados desejados.

De modo semelhante, Steiner (1979) relata que o planeamento diz respeito às


consequências futuras das decisões actuais, no sentido de definir objectivos e
incrementar estratégias para os alcançar, transformando as estratégias em programas
operacionais e certificando que os planos são cumpridos. Isto denota que o planeamento
tem em conta uma série de causas e efeitos de uma decisão ao longo do tempo. O autor
adita ainda que o planeamento significa desenhar o futuro desejado e reconhecer
processos de o tornar realizável.
Para além das definições que já foram expostas, para o conceito de planeamento, muitas
outras têm sido apresentadas. Assim, Hax e Majuluf (1984) consideram o planeamento
como a aptidão principal desenvolvida pelas organizações para se adaptarem ao
ambiente. Já Mintzberg (1994a) refere que para Bolan (1974) e Sawyer (1983) o
planeamento é pensamento no futuro.

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